Banana Passa (RELATÓRIO)

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1. Introdução 1.1. Banana A banana (pertencente a família botânica Musaceae ) está as frutas mundialment consumidas. É cultivada na maioria dos países tropicais sendo !ue no presente em todos os estados. "e trata de um fruto de elevado valor ca carboidratos vitamina A B e $ e pode ser consumido de diversas manei assada incorporada em receitas in natura ou desidratada. % fruto possui pe!ueno valor a&re&ado e rápida deterioração p dificultar sua comerciali ação ap#s o amadurecimento. *evido a estes f perdas + necessário desenvolver formar de aumentar a vida de prateleir tais perdasno produto. A seca&emportanto + introdu ida como um processo economicamente interessante de preservar o fruto proporcionando'o maior estabilidade redu ida de&radação en imática e o,idativa al+m de redu ido custo de redu ido volume ap#s o processo. 1.-. "eca&em % ob etivo do processo de seca&em + o aumento da estabilidade do prod aumento de sua vida /til atrav+s da diminuição a atividade de á&ua do tamb+m proporciona redução da atividade microbiana e minimi a mudanças durante o arma enamento al+m de facilitar o transporte e manuseio do A seca&em envolve dois fen menos fundamentais e simultâneos onde o ca fluido de seca&em para o s#lido evaporando o lí!uido contido na super massa + transferida em fase lí!uida ou vapor no interior do material do vapor da superfície para a vi in ança do s#lido. A seca&em artifici superior ao da seca&em natural proporciona controle do processo redu conte/do de umidade a níveis aceitáveis sendo possível obter um mater uniforme e sem a necessidade de riscos 2s intemp+ries ambientais. As t seca&em variam dependendo das variedades das mesmas e necessidades fin 4,istem tr3s está&ios na seca&em de um material. 5o primeiro a!uecimento do material onde a ener&ia absorvida pelo material + util sensível. 5o se&undo está&io ocorre o período de ta,a constante onde massa e calor são e!uivalentes. 4ste período continua en!uanto a mi&ra interior at+ a superfície do produto se a suficiente para suprir a pe na superfície. 5o terceiro está&io a uma predominância das forças resi massa tendo como efeito imediato o sur&imento de pontos secos na supe conse!uentemente ocorre o decrescimento da ta,a de seca&em. A seca&em por convecção + considerada como um processo simultâneo de t calor e massa onde a á&ua + transferida por difusão do interior do ma s#lido e da interface para a corrente de ar por convecção. (A66I4$74 *entre os m+todos de seca&em e,istentes a seca&em convectiva + a mais entanto este m+todo tem um alto consumo de ener&ia lon&os re!ueridos por causa das bai,as condutividades t+rmicas dos materiais ta,a decrescente !ue dificultam a transfer3ncia de calor. %utros m+to

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Relatório Banana Passa, Frutas e Hortaliças, Engenharia de Alimentos

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1. Introduo

1.1. Banana

A banana (pertencente a famlia botnica Musaceae) est as frutas mundialmente mais consumidas. cultivada na maioria dos pases tropicais, sendo que no Brasil seu cultivo est presente em todos os estados. Se trata de um fruto de elevado valor calrico, rico em potssio, carboidratos, vitamina A, B e C e pode ser consumido de diversas maneiras, como frita, assada, incorporada em receitas, in natura ou desidratada.O fruto possui pequeno valor agregado e rpida deteriorao ps-colheita, o que vem a dificultar sua comercializao aps o amadurecimento. Devido a estes fatos e ao alto ndice de perdas necessrio desenvolver formar de aumentar a vida de prateleira, bem como diminuir tais perdas no produto. A secagem, portanto, introduzida como um processo economicamente interessante de preservar o fruto proporcionando-o maior estabilidade, reduzida degradao enzimtica e oxidativa, alm de reduzido custo de transporte graas ao reduzido volume aps o processo.

1.2. Secagem

O objetivo do processo de secagem o aumento da estabilidade do produto, e consequente aumento de sua vida til, atravs da diminuio a atividade de gua do produto. Tal processo tambm proporciona reduo da atividade microbiana e minimiza mudanas fsicas e qumicas durante o armazenamento, alm de facilitar o transporte e manuseio do produto.A secagem envolve dois fenmenos fundamentais e simultneos, onde o calor transferido do fluido de secagem para o slido, evaporando o lquido contido na superfcie do material e a massa transferida em fase lquida ou vapor no interior do material, ocorrendo transferncia do vapor da superfcie para a vizinhana do slido. A secagem artificial, embora possua custo superior ao da secagem natural, proporciona controle do processo reduzindo rapidamente o contedo de umidade a nveis aceitveis, sendo possvel obter um material com umidade mais uniforme e sem a necessidade de riscos s intempries ambientais. As tcnicas utilizadas na secagem variam dependendo das variedades das mesmas e necessidades finais do produto.Existem trs estgios na secagem de um material. No primeiro estgio a etapa do aquecimento do material, onde a energia absorvida pelo material utilizada na forma de calor sensvel. No segundo estgio ocorre o perodo de taxa constante, onde a transferncia de massa e calor so equivalentes. Este perodo continua enquanto a migrao de gua do interior at a superfcie do produto seja suficiente para suprir a perda por evaporao de gua na superfcie. No terceiro estgio a uma predominncia das foras resistivas a transferncia de massa, tendo como efeito imediato o surgimento de pontos secos na superfcie da partcula e consequentemente ocorre o decrescimento da taxa de secagem.A secagem por conveco considerada como um processo simultneo de transferncia de calor e massa, onde a gua transferida por difuso do interior do material para a interface ar-slido, e da interface para a corrente de ar por conveco. (ARRIECHE, 2003).Dentre os mtodos de secagem existentes a secagem convectiva a mais utilizada. No entanto, este mtodo tem um alto consumo de energia, longos tempos de secagem so requeridos, por causa das baixas condutividades trmicas dos materiais durante o perodo de taxa decrescente, que dificultam a transferncia de calor. Outros mtodos de secagem foram desenvolvidos que podem ser usados em conjunto com a secagem por conveco ou de forma independente (MOTEVALIet al. 2011).1.3. CaractersticasUma das mudanas fsicas mais importantes e visveis que ocorrem com os produtos agroindustriais durante a secagem a reduo do seu volume externo. A perda de gua e o aquecimento causam estresse na estrutura celular levando a alteraes na forma e causando a diminuio das dimenses desses materiais (VRAS, 2010).Na literatura so encontradas diferentes abordagens para esse fenmeno que vo desde as tericas envolvendo leis mecnicas, onde so consideradas as tenses e as deformaes do material durante a secagem, at as experimentais, onde os estudos visam quantificar a dependncia do volume dos materiais em funo do seu teor de umidade (VRAS, 2010).Tendo-se perfis de concentrao no interior do material, surgem tenses e tores no material, durante a secagem, o que causa deterioraes na qualidade como rupturas. Foras capilares tambm tm sido mencionadas como possveis foras dirigentes do processo de encolhimento, (Eichleret al., 1997; Arrieche, 2003).2. Materiais e MtodosNo processo de produo debanana-passa, usa-se abanana nanica. O ponto de maturao ideal quando a casca apresenta pequenas manchas pardas em toda sua superfcie, ou seja, a fruta deve estar bem madura. Os frutos foram lavados e deixados de molho por meia hora em gua clorada contendo 5mL de cloro para 10L de gua. Em seguida foram lavadas novamente. Mas esta etapa pode ser realizada em lavadores de imerso de trs estgios. Na primeira lavagem, a concentrao de cloro ideal de 50 mg/l e o tempo de imerso de 30 min. No segundo tanque, retiram-se as impurezas presentes nasbananas, com gua tratada em uma concentrao de cloro de 20 mg/l, durante 10 min. No terceiro estgio, as bananas j devem ser despencadas , sem a adio de cloro complementar.Em seguida foram descascadas manualmente, retirando-se as partes estragadas e escurecidas, e colocadas em um tanque para a retirada da pelcula (mesocarpo).No tanque as bananas ficaram imersas em gua a 70C por 10 min. Passado esse tempo a pelcula restante foi retirada manualmente e as bananas novamente lavadas em gua corrente. Sem a pelcula, asbananas foram distribudas sobre as grelhas de secagem e colocadas no desidratador a 60 C por 36h.As pesagens foram efetuadas no incio com as bananas ainda com casca, somente das cascas e no produto final, aps 36h de secagem.3. Resultados e discussoAs bananas pesadas antes e aps o processo de secagem apresentaram os seguintes resultados:Tabela 1- Massa das bananas antes do processo trmico.Turma 1Turma 2

Banana inteira 2500 g2500 g

Resduos895 g965 g

Banana sem resduos1605 g1535 g

Tabela 2 Massa das bananas aps o processo trmico.Turma 1Turma 2

Banana seca (total)395 g395 g

As bananas apresentaram uma perda de peso que variou de 70 80%, podendo se considerar uma significativa reduo do peso. Esta perda ocorre no somente pela eliminao da gua, como tambm pela retirada de partes no comestveis (casca, mesocarpo, etc.). Atravs de uma anlise sensorial superficial dos produtos, foi possvel observar sensveis mudanas que so caractersticas de produtos desidratados, como maior dulor, reduo de tamanho e alterao da colorao.As mudanas no flavor e aroma so atribudas alteraes nos nveis relativos de acares e cidos orgnicos, sendo que modificaes em substncias fenlicas (responsveis pela adstringncia) e sntese de compostos volteis contribuem para acentuar o aroma da fruta.

Fig 1- Bananas aps 36 horas de secagem

4. ConclusoO processo de desidratao de frutas atravs de uma secagem por conveco simples, porm, a utilizao do calor por longo tempo envolve um custo que ser agregado ao valor do produto final. Por se tratar de um produto com uma baixa atividade de gua, a banana passa possui maior shelf-life, porm, o meio de conservao deve ser adequado, para que no haja reabsoro de umidade. Devem ser embaladas logo aps o processo de desidratao e o aconselhvel que as mesmas sejam embaladas em sacos plsticos termoestveis de pequeno volume, para que o consumo no seja demorado aps aberto. Senso assim, a banana passa um produto mais caro que a banana in-natura.5. Questes

1- Quais os tipos de escurecimentos que podem ocorrer nos vegetais?Escurecimento enzimtico uma reao que acontece em frutais e vegetais quando em contato com o ar ocorre a transformao de compostos fenlicos em polmeros coloridos. Causando efeitos indesejveis. O escurecimento no oxidativo ou no enzimtico muito importante em alimentos, envolve o fenmeno de caramelizao e/ou a interao de protenas ou aminas com carboidratos (reao de Maillard). A intensidade das reaes de escurecimento no enzimtico em alimentos depende da quantidade e do tipo de carboidrato presente. Apesar da reao de escurecimento no enzimtico ocorrer principalmente entre aucares redutores e aminocidos, a degradao do acar, bem como a degradao oxidativa do cido ascrbico e adicional condensao de compostos carbonlicos formandos com grupos amina presentes, resulta na formao de pigmentos escuros. As reaes de escurecimento no enzimtico em alimentos esto associadas com aquecimento e armazenamento e podem ser dividas em trs mecanismos, Maillard, Caramelizao e Oxidao de cido ascrbico.

2- Quais so as tcnicas disponveis para se reduzir o escurecimento enzimtico em vegetais?Ao manipular frutas e verduras, para que essas no escuream, utilizar gotas ou suco de frutas ctricas diminui o Ph da fruta inativando a enzima que desencadeia o escurecimento. Existe a tcnica do branqueamento que consiste em imerso das frutas ou vegetais em gua fervendo e banho de gelo em seguida, para causar o choque trmico. Outra forma de evitar o escurecimento enzimtico colocando sal ou acar para prevenir o contato com o oxignio.

3- Cite algumas tcnicas para se reduzir o teor de gua (disponvel) nos vegetais.Secagem, desidratao, congelamento.6. Referncias FOLEGATTI M.I.S.; MATSUURA F.C.A.U.;CAP XIII - Processamento de BananaIn: Frutas do Brasil - Banana Ps-colheita.Embrapa. 2002.MOTA R.V.; Avaliao da Qualidade de Banana Passa Elaborada a Partir de Seis Cultivares.Cinc. Tecnol. Aliment., Campinas. v. 25, p. 560-563, 2005. Acesso em: 10 de outubro de 2014.