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Manual de Biossegurança Bayer
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Manual de
Manual de Biossegurança Bayer
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índice1. INTRODUÇÃO ........................................................... 3
2. OBJETIVOS .................................................................. 4
3. BIOLOGIA E CONTROLE ............................................. 5 INTEGRADO DE ROEDORES 3.1. Biologia do Camundongo (Mus musculus) ............ 6 3.2. Biologia do Rato-de-Telhado (Rattus rattus) .......... 7 3.3. Biologia da Ratazana (Rattus novergicus) ............... 8 3.4. Avaliação do grau de infestação da instalação ..... 9 3.5. Controle de roedores ........................................ 10
4. BIOLOGIA E CONTROLE ........................................... 21 INTEGRADO DO CASCUDINHO 4.1. Biologia do cascudinho ..................................... 22 4.2. Avaliação quantitativa da infestação do galpão . 23 4.3. Controle químico .............................................. 27
5. BIOLOGIA E CONTROLE ........................................... 32 INTEGRADO DE MOSCAS 5.1. Biologia das moscas ......................................... 32 5.2. Controle das moscas ......................................... 34 5.3. Avaliação do grau de infestação da instalação ... 40 5.4. Monitoramento e registro ................................. 40 5.5. Adoção de medidas preventivas ........................ 41 5.6. Considerações finais ......................................... 41
6. BIOLOGIA E CONTROLE ........................................... 42 INTEGRADO DE BARATAS 6.1. Biologia das principais espécies de baratas ........ 43 6.2. Avaliação do grau de infestação da instalação ... 43 6.3. Controle de baratas .......................................... 44
7. CONCLUSÃO DO CONTROLE ................................... 47 INTEGRADO DE pRAGAS
8. HIGIENIZAÇÃO ........................................................ 48
9. BIBLIOGRAfIA ......................................................... 55
Este Manual de Biossegurança é uma publicação da Bayer S.A.
Não está autorizada sua reprodução total ou parcial.
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1. INTRODUÇÃO
A produção de aves e suínos é empreendimento
que requer investimentos razoáveis, cujo retorno
é proporcional à habilidade do produtor
de maximizar os ganhos e minimizar as fontes
de perdas. Tanto quanto a alimentação
e o manejo, a saúde do plantel é importante.
No Brasil, grande exportador das carnes de aves
e suínos, a necessidade de implementar medidas
de biossegurança no setor produtivo é cada vez
maior. Uma vez que problemas sanitários graves
podem comprometer a exportação e o consumo
interno dos produtos derivados de aves e suínos,
essas medidas devem ser adotadas, visando
à obtenção de melhores resultados de produção
e o comprometimento do setor com a produção
regional e nacional.
Diante de tais fatos, um programa
de biossegurança se torna indispensável.
Através dele, o produtor complementa o manejo
das granjas, diminui o risco da introdução
de enfermidades veiculadas por roedores e insetos,
melhora o status sanitário do plantel, maximiza
seus lucros e otimiza a produção.
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2. OBJETIVOS
O Programa de Biossegurança Bayer visa a orientar
a cadeia de produção animal sugerindo programas
sanitários eficazes e seguros para a eliminação,
controle e redução significativa da inevitável
exposição dos lotes aos agentes infecciosos.
Este programa tem como objetivo atender
às necessidades plenas do cliente buscando
oferecer produtos e serviços de alta tecnologia,
que deem sustentação a esta parceria.
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3. BIOLOGIA E CONTROLE INTEGRADO DE ROEDORES
A infestação por roedores em qualquer local
é sempre um problema grave a ser enfrentado.
Os roedores competem com a população humana
no consumo de alimentos, causando enormes
prejuízos econômicos e inutilizam, anualmente,
cerca de 4 a 8% da produção nacional de cereais,
raízes e sementes. Esse prejuízo é causado não
apenas pela ingestão (ingerem diariamente
aproximadamente 10% de seu peso corpóreo),
mas também porque estragam 3 vezes mais aquilo
que consomem, através da roedura e rompimento
de sacarias, degradação e contaminação dos
alimentos com fezes e pelos. Os roedores também
são responsáveis pela destruição de máquinas
e equipamentos, cabos elétricos e telefônicos,
podendo até provocar incêndios em decorrência
de curtos-circuitos. Acredita-se que cerca
de 5 a 25% dos incêndios de causa desconhecida
sejam causados por roedores.
Além desses graves inconvenientes, os roedores são
responsáveis pela transmissão de diversas doenças
tanto ao homem como aos animais.
Entre outras enfermidades, podem transmitir
aos suínos a disenteria suína, leptospirose, Doença
de Aujezky, brucelose, erisipela, salmonelose, febre
aftosa, peste suína clássica, raiva, toxoplasmose.
As aves podem ser responsáveis pela transmissão
da Salmonella pullorum (pulorose), Salmonella
gallinarum (tifo aviário), outras salmoneloses,
pasteurelose (cólera aviária), campilobacteriose,
listeriose. Ao homem, podem transmitir a
leptospirose, salmonelose, peste bubônica,
febre por mordedura, hantavirose, pasteurelose,
micoplasmose e a raiva.
Dotados de instintos apurados, prolíficos,
extremamente habilidosos e resistentes, exigem
para o seu controle o conhecimento de sua biologia
e seus diferentes hábitos. Dentre as espécies que
podem ser encontradas no Brasil, as que vivem
mais próximas aos humanos são:
1. Mus musculus (camundongo)
2. Rattus norvegicus (ratazanas ou rato-de-esgoto)
3. Rattus rattus (ratos-de-telhado, rato-preto
ou rato-de-paiol)
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3.1 BIOLOGIA DO CAMUNDONGO (Mus musculus)
São roedores pequenos com orelhas e olhos
proeminentes. Embora prefiram ambiente seco,
os camundongos conseguem encontrar condições
adequadas de vida praticamente em qualquer lugar.
Vivem dentro das edificações, fazendo ninhos em
cantos de paredes ou em amontoados de materiais.
Habitam o solo e também as partes superiores das
instalações, e podem se instalar no interior das
residências. Devido ao seu tamanho, conseguem
atravessar pequenos orifícios (1,2 cm2).
Figura 1 - Camundongo
Vivem em colônias que podem ser muito
numerosas, desde que haja disponibilidade
de água e alimento. Podem constituir um problema
grave nos sistemas de produção de aves e de
suínos, assim como nos currais de outros animais.
É reconhecido seu papel de portador de diversas
doenças que podem afetar tanto os seres humanos
como os animais.
São muito lépidos e ariscos, e possuem grande
habilidade em escalar. Ingerem cerca de 2 a 3
gramas de alimento por dia, e o consumo de água
é de 2 mL por dia.
Cauda sem pelosComprimento: 6 a 11 cm
Orelhas salientes e grandesem relação à cabeça
Olhos pequenose pretos
Vibrissas
Cíbalos em forma de bastonete de 5 a 12 mm de comprimento
Tabela 1. Biologia do camundongo
(Mus musculus)
Corpo pequeno e delgadopeso do adulto 15 a 30 gComprimento (cabeça e corpo)
7 a 11 cm
Cauda 6 a 11 cmfocinho pontiagudoOrelhas GrandesOlhos pequenospelagem Marrom-claro / cinza-claro
fezesEm forma de vareta, pequena e fina (5mm)
Visão Deficiente; não distinguem coresOlfato, paladar, audição, tato
Excelente
Alimento preferem cereais e grãos
ÁguaGeralmente extraem água do alimento
Hábitos alimentaresOnívoro. Lambiscador, pouco receoso
Capacidade de escalar
Bom escalador
Capacidade de nadar pode nadarRaio de atividade pequeno 6 a 9 m, muito territorialCiclo de vida 9 a 12 mesesMaturidade sexual 42 a 45 diasGestação 19 a 21 diasfilhotes / ninhada 3 a 8Ninhadas / ano 5 a 6Desmame 23 dias
NinhosSolitários, geralmente dentro de materiais armazenados. Também fazem tocas.
Figura 2 - Características do camundongo (Mus musculus)
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3.2 BIOLOGIA DO RATO-DE-TELHADO (Rattus rattus)
Figura 3 - Rato-de-telhado
É um ágil escalador e saltador, prefere viver em
locais altos, mas pode ser encontrado junto ao solo
na ausência de ratazanas.
Sua identificação é muito fácil, pois tem a cauda
maior que o corpo mais a cabeça e mantém a
cauda sempre levantada, pois esta tem a função
de dar equilíbrio ao rato em locais altos. Vivem em
pequenos grupos e só formam grandes colônias em
condições especiais como em locais de produção
animal ou lixões. Atuam em um raio de ação de
até 60 metros. Habitam forros de casas, depósitos
e armazéns. Costumam ser encontrados nas
proximidades de áreas portuárias. Ingerem
de 15 a 30 gramas de alimento por dia,
e têm preferência por legumes, frutas, cereais,
raízes e pequenos insetos.
Ingerem de 15 a 30 mL de água por dia.
Tabela 2. Biologia do rato-de-telhado
(Rattus rattus)
Corpo Liso, menor que o da ratazanapeso médio do adulto 200 gComprimento (cabeça e corpo)
15 a 22 cm
Cauda 18 a 24 cmfocinho pontiagudoOrelhas Grandes, quase sem pelosOlhos Grandes e proeminentesCauda Uniformidade escura
pelagemCinza-escura, mas suave e homogênea
fezesEm forma de vareta, pequena até 13 mm
Visão Deficiente; não distinguem cores
Olfato, paladar, audição, tato
Excelente
AlimentoOnívoros. preferem frutas, grãos e legumes
Água Requerimento diário essencial
Hábitos alimentaresReagem com desconfiança diante de novos objetos
Capacidade de escalar Hábil escalador
Capacidade de nadar pode nadar, mas não gosta
Raio de ação 60 mCiclo de vida 18 mesesMaturidade sexual 60 a 75 diasGestação 20 a 22 dias filhotes / ninhada 7 a 12Ninhadas / ano 4 a 8Desmame 28 dias
Ninhosprincipalmente no telhado, sótão, plantas trepadoras, árvores
Comprimento: 15 a 22 cm
Cauda fina, em chicoteComprimento: 18 a 24 cm
Poucos pelos250 anéis ou mais
Cíbalos afilados8 a 13 x 5 mm
Olhos grandes
Focinho afilado
Vibrissas
Orelhas grandes, salientes, de pouca espessura e desprovidas de pelos
Figura 4 - Características do rato-de-telhado (Rattus rattus)
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3.3 BIOLOGIA DA RATAZANA (Rattus norvegicus)
Dotadas de habilidade para escavar, nadar e roer,
atuam em um raio de ação de 50 metros. Abrigam
tocas e galerias no subsolo, na beira de rios,
córregos e lixões.
A ratazana vive nas áreas externas.
Em áreas rurais procuram
plantações, silos, granjas
de aves e suínos,
estábulos etc.
São excelentes nadadoras, mergulhadoras, podem
nadar até 800 metros e suspender a respiração por
até três minutos.
A ratazana é onívora e pode também matar
pintinhos. Ingerem de 25 a 35 gramas de alimento
por dia e consomem cerca de 25 mL de água
diariamente.
Tabela 3. Biologia da ratazana
(Rattus novergicus)
Corpo Grande e robustopeso médio do adulto 250 a 400 gComprimento (cabeça e corpo)
18 a 25 cm
Cauda 15 a 22 cmfocinho Arredondado
Orelhaspequenas, cobertas por pelos
Olhos pequenosCauda Escura em cima e clara embaixo
pelagemÁspera; lombo pardo com algumas manchas escuras. parte inferior cinza a branco-amarelado.
fezes Rombudas, de 13 a 19 mm
VisãoDeficiente; não distinguem cores
Olfato, paladar, audição, tato
Excelente
AlimentoOnívoros. preferem grãos, carne, ovos e frutas (podem matar pintinhos)
Água Requerimento diário essencial
Hábitos alimentaresReagem com desconfiança diante de novos objetos
Capacidade de escalar
podem escalar
Capacidade de nadar
Excelente nadadora (até 800 m), suspende a respiração por até 3 minutos
Raio de ação Cerca de 60 mCiclo de vida 2 a 3 anosMaturidade sexual 60 a 90 diasGestação 22 a 24 diasDesmame 28 diasfilhotes / ninhada 7 a 12Ninhadas / ano 8 a 12Ninhos principalmente tocas no solo
Figura 5 - Ratazana
Comprimento: 18 a 25 cm
Cauda grossa e peludaComprimento: 15 a 22 cm220 anéis mais ou menos
Orelhas pequenas, amendoadas,peludas e pouco
salientesOlhos pequenos
em relaçãoà cabeça
Membranas interdigitaisCíbalos robustos: 13 a 19 x 6 mm
Calos lisos
Figura 6 - Características da ratazana (Rattus novergicus)
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3.4 AVALIAÇÃO DO GRAU DE INFESTAÇÃO DA INSTALAÇÃO
Devido ao fato de os roedores possuírem hábito
noturno e considerando-se as características
da praga, há dificuldade em quantificar o número
de roedores em instalações pecuárias.
O exame in loco pode dar uma estimativa do grau
de infestação das instalações pelo roedor.
A Tabela 4 traz algumas referências:
Tabela 4. Indicadores do grau de infestação
das instalações pelos roedores
Grau de infestaçãoINDICADORES BAIXO MÉDIO ALTO MUITO ALTO
TRILHAS Ausentes Algumas Várias Em todos os ambientes externos
MANCHAS DE GORDURA Ausentes Pouco perceptível Evidências em vários locais
Presentes em todos os locais de circulação
ROEDURAS Ausentes Algumas Visíveis em diversos locais
Presentes em todos os locais de circulação
FEZES Algumas Vários locais Numerosas e frescas Grandes volumes, frescas em todos os ambientes das instalações
TOCAS OU NINHOS 1 a 3 / 500 m2 de área externa
4 a 8 / 500 m2 de área externa
9 a 12 / 500 m2 de área externa
Acima de 12 / 500 m2 de área externa
ROEDORES VIVOS Ausentes Alguns em ambientes escuros
Vários no escuro, alguns à luz do dia
Roedores circulam durante o dia pelas instalações
CAUDA
CORPO
ORELHA
OLHOS
NARIZ
Rattus rattus Rattus norvergicusMaior que
o corpo
Leve, delgado
Grande
Grandes
Afilado
Menor queo corpo
Pesado, grosso
Pequena
Pequenos
Arredondado
Figura 7 – Principais diferenças entre o rato-de-telhado e a ratazana
Outra opção para avaliação do nível da infestação
consiste em distribuir 100 armadilhas com iscas
em determinado local a ser avaliado.
As armadilhas devem ser colocadas às 22 horas
de um dia e recolhidas às 5 horas do dia seguinte,
repetindo-se o procedimento por três dias.
Ao final deste período, apura-se o número
de roedores capturados determinando o grau
de infestação, conforme exemplo a seguir:
Infestação baixa: captura de 1 a 5 roedores
Infestação média: captura de 6 a 15 roedores
Infestação alta: captura de 16 a 29 roedores
Infestação muito alta: captura acima
de 30 roedores.
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Figura 10 – Tocas feitas pelos roedores
roedor morto
tocas ativas
Figura 9 – Manchas de gordura nos pontos de passagem
manchas de gordura
Figura 8 – Ninhada de roedores
3.5 CONTROLE DE ROEDORES
3.5.1 Inspeção das unidades de produção
A inspeção cuidadosa do local é de grande
importância no programa de controle de roedores.
Durante a inspeção deve-se procurar por vestígios
que indiquem a presença de roedores, tais como:
presença de tocas, ninhos, manchas de gordura nas
paredes, roeduras, fezes, pegadas, entre outros.
Figura 11 – Roedura na cortina
danos em cortinas
Figura 12 –Rastros de roedores: fezes e gordura
manchas de gordura
fezes
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Importância da identificação da espécie
Conhecer a biologia das principais espécies
de roedores ajuda a determinar a melhor forma
de controle destas pragas. Por exemplo,
se soubermos que a espécie presente
é o rato-de-telhado, devemos colocar os raticidas
da Bayer em locais altos, e não no esgoto.
Devem-se determinar corretamente os pontos
de colocação das iscas e a quantidade adequada
Figura 13 – Principais diferenças entre as espécies de roedores
Ratazana(Rombudas)
Cerca de 13 a 19 mm de comprimento
Rato-de-telhado(Afiladas)
Cerca de 8 a 13 mm de comprimento
Camundongo(Afiladas)
Cerca de 5 a 12 mm de comprimento
Barata americana(Estrias)
Cerca de 3 mm de comprimento
Rato-de-telhado Rattus rattus Ratazana jovem
Ratazana Rattus norvegicus Camundongo-domésticoMus musculus
mais compridocabeça + corpo
Levedelgado
Pesadogrosso
Mais curtocabeça + corpo
Grande
Grande
Compridos
Afilado
Grande
Pequena
Pequenos
Pequenas
Pequenos
Arredondado
Figura 14 – Características das fezes das diferentes espécies de roedores
do produto, posicionando as iscas em locais
estratégicos.
Ambientes que apresentam sujeira, mato, entulho,
áreas abandonadas ou água parada formam
um habitat propício para os roedores.
Nesses locais podemos determinar a espécie
presente, por meio dos vestígios deixados pelos
roedores.
Identificação da espécie
através das fezes
As espécies de roedores
também podem ser
facilmente identificadas
através das fezes, pois estas
apresentam características
distintas de acordo com
a espécie. Uma avaliação
cuidadosa pode auxiliar a
determinação da espécie de
roedor presente na granja.
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3.5.2 Controle químico
Antes de efetuar o controle químico, deve-se
assegurar que as iscas serão colocadas fora
do alcance das crianças e dos animais domésticos.
As iscas raticidas devem ser dispostas nos pontos
de circulação dos roedores, como, por exemplo,
nos cantos de paredes, entrada de tocas,
onde há presença de fezes e roeduras.
As iscas não devem ficar muito distantes umas
da outras, evitar espaços superiores a 25 metros
lineares entre pontos; o adensamento ficará
em função do grau de infestação presente
nas instalações. Os raticidas que possuem ação
anticoagulante são produtos altamente eficazes
e o uso das diferentes apresentações será
realizado de acordo com as características
do local e da infestação. Como exemplo, o raticida
na apresentação de pó pode ser espalhado
nos pontos de circulação dos roedores, os blocos
parafinados podem ser colocados em locais
de alta umidade e os pellets parafinados podem
ser colocados no interior das tocas. O importante
é realizar o controle químico de forma que seja
favorecida a ingestão do raticida pelo roedor.
A definição estratégica da distribuição das iscas,
o uso de formulações que não causem desconfiança
ao roedor e que sejam de alta palatabilidade, pois
os roedores são muito exigentes no que se refere
à escolha dos alimentos, à adoção de medidas
preventivas, enfim, a implementação de
um programa adequado de controle de roedores
é fundamental para o controle desta praga.
Produtos Bayer para o controle
de roedores
Com o objetivo de auxiliar o produtor rural
na eliminação dos roedores de suas unidades
de produção, a Bayer disponibiliza ao mercado
uma linha de produtos muito eficazes,
os raticidas de ação anticoagulante Racumin® Pó,
Rodilon® Pellets Parafinados e Rodilon® Blocos
Parafinados.
Para a otimização do uso e utilização correta destes
produtos, visando a um controle bem sucedido
desta praga, a Bayer oferece aos seus clientes
o Programa Bayer de Controle de Roedores,
que conta com técnicos treinados para que
o programa seja implementado de forma eficaz
nas granjas. Conheça o Programa Bayer de
Controle de Roedores através da equipe Bayer
de representantes técnicos, ou através
de nossos distribuidores, ou ainda no site
www.bayeravesesuinos.com.br.
Os técnicos da Bayer responsáveis pela
implantação do Programa Bayer de Controle
de Roedores irão fazer análise cuidadosa do local
e do grau de infestação, e, com isto, darão
as orientações adequadas relacionadas
à quantidade dos raticidas Bayer a ser disposta
e ao intervalo entre as revisões e recolocações
dos raticidas na granja.
Rodilon®
Raticida anticoagulante de dose única que
tem como princípio ativo o difetialone.
Por ser formulado à base de cereais,
o produto é altamente atrativo para roedores.
Possui na sua formulação uma substância
amargante, o que reduz o risco de ingestão
do raticida pelo homem e por animais não alvos.
A morte dos roedores se dá em torno
de 5 a 7 dias após a ingestão do Rodilon®, desta
forma, os outros roedores não associam o produto
com a morte.
É indicado para o controle de camundongos, ratos
e ratazanas em áreas urbanas e rurais.
Esta formulação está disponível em duas
apresentações: Rodilon® Pellets Parafinados
e Rodilon® Blocos Parafinados.
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Rodilon® Blocos Parafinados
Eficiente em áreas abertas, locais úmidos (próximo
à rede de esgoto) e áreas sujeitas a intempéries.
Principais indicações de uso:
Em locais úmidos, entulhos, bueiros, •
boca de lobo etc.
Nas partes internas e externas das granjas •
de aves e suínos
No anel sanitário junto à cerca perimetral •
das unidades de produção
Em fábricas de ração e incubatório•
Na parte externa de frigoríficos•
Rodilon® Pellets Parafinados
Dispor os sachês em locais onde os roedores
passam: ninhos, tocas, canos, trilhas etc. Repetir a
colocação das iscas até que não se perceba mais
nenhuma aceitação pelos roedores. Este será o
sinal de que a eliminação dos roedores foi bem-
sucedida.
Figura 16 – Embalagem do Rodilon® Pellets
Principais indicações de uso:
Em locais onde a poeira impede o uso •
do Rodilon® Blocos Parafinados
Nas tocas, associado ao • Racumin® Pó
Na área de serviço das granjas de aves e suínos •
Nas partes externas das unidades de produção •
nos períodos de pouca umidade
Figura 17 – Rodilon® Pellets Parafinados na toca do roedor
Os pontos permanentes de controle devem
ser mantidos no interior da propriedade e das
instalações.
O porta-isca
Os raticidas devem ser acondicionados em
porta-iscas. Estes podem ser confeccionados
a partir de canos de PVC ou podem ser caixas
comerciais específicas para este fim.
Figura 18 – Porta-isca tipo caixa
Figura 15 – Embalagem do Rodilon® Blocos Parafinados
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Figura 19 – Porta-isca tipo cano de PVC
O porta-isca tipo cano de PVC pode ser
desenvolvido a partir de canos de 100 mm.
O comprimento deve ser de 50 cm e bem
no centro devem ser feitos dois furos
paralelos com broca n° 3, um de cada lado
do porta-isca.
Figura 20 – Dimensões do porta-isca tipo cano de PVC
Estes dois furos irão dar sustentação ao suporte
das iscas. Este suporte pode ser desenvolvido
a partir de arame galvanizado n° 12 de 25 cm
de comprimento e dobras, conforme representado
na Figura 21.
Figura 21 – Formato do ferro Figura 22 – Como usar o ferrode sustentação das iscas de sustentação das iscas
É importante ressaltar que as iscas devem ficar
suspensas, não devem entrar em contato com
a base do porta-isca. O ferro de sustentação
sempre deve permanecer na horizontal, evitando-se
assim o contato do raticida com a sujeira
e os líquidos que eventualmente se depositem
no interior do porta-isca.
O posicionamento da isca no centro do suporte
está associado ao comportamento dos roedores, e
as dimensões do cano de PVC foram determinadas
com o objetivo de tornar o instrumento eficiente
e prático. Canos de PVC menores que 50 cm, ou
muito longos, ou com diâmetro muito grande,
inibem a entrada dos roedores, além de prejudicar
o manuseio durante as revisões e recolocações das
iscas.
Figura 23 – Posição adequada das iscas no interior do porta-isca tipo cano PVC
As iscas devem ser distribuídas nos locais de
circulação dos roedores, nas laterais internas e
externas das instalações, e nos demais pontos onde
a presença do roedor for identificada.
Se você for cliente Bayer e fizer uso dos raticidas
de sua linha, os técnicos treinados da Bayer
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indicarão a melhor maneira de distribuir as iscas
e darão todo o suporte necessário através do
Programa Bayer de Controle de Roedores.
Figura 24 – Porta-isca tipo cano PVC na lateral do galpão
Os roedores têm o hábito de se alimentar
e demarcar alimentos e território através da urina
e fezes. Nos locais onde as iscas não são mantidas
suspensas, há deposição de excrementos sobre
elas, o que reduz a sua atratividade.
.
Figura 25 – Rodilon® Blocos Parafinados parcialmente consumido e depositado no piso
Tabela 5. Eficácia do Rodilon® em condições
de campo - Porcentagem de redução da
população de roedores em diferentes
ambientes
Ambiente
Redução (%) do n° de
ratazanas
Redução (%) do n° de
ratos de telhado
Redução (%) do n° de
camundongos
Silos 97 98,3 99,7Granjas leiterias 100 98,9 97,0Cocheiras 96 97,0 99,1Granjas avícolas 100 99,2 97,5Granjas de suínos
100 99,0 99,2
Fonte: Centro de pesquisa e desenvolvimento da Bayer na Alemanha
Tabela 6. Segurança do Rodilon®
para espécies não alvo - Quantidade
de Rodilon® necessária para causar
a morte das diferentes espécies
Suíno (30 kg) 3 kgCachorro (10 kg) 400 gGato (3 kg) 2 kgfrango (2 kg) 3 kg
Fonte: Centro de pesquisa e desenvolvimento da Bayer na Alemanha
Racumin® Pó
Raticida anticoagulante à base de cumatetralil. Pó
de contato hidrorrepelente, se adere à pelagem do
roedor, sendo ingerido pelo roedor durante o ato
de se lamber. Sua ação ocorre dentro de 3 a 5 dias
após a ingestão, não causando desconfiança na
população de roedores.
Figura 26 – Embalagem do Racumin® Pó
O Racumin® Pó é
indicado para o controle
de camundongos, ratos e
ratazanas em áreas urbanas
e rurais.
O produto deve ser aplicado no caminho
frequentado pelos roedores, evitando alterar a
disposição dos objetos na área tratada, pois, se
os roedores notarem qualquer alteração em seu
trajeto habitual, poderão alterar as trilhas utilizadas.
Nas trilhas, aplicar uma camada de Racumin® Pó
de aproximadamente 5 a 8 cm de comprimento
e 2 cm de espessura. O produto não deve ser
polvilhado em grandes áreas.
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Figura 27 – Marca de pegada de roedor na trilha coberta com Racumin® Pó
O Racumin® Pó também pode ser utilizado
nas tocas, buracos, esconderijos, em porta-iscas
tipo caixa e no vazio sanitário entre lotes.
Adicionar em média 50 gramas de Racumin® Pó
em cada porta-isca.
Figura 28 – Colocação de Racumin® Pó no porta-isca, em associação com Rodilon®
Esquema de distribuição das iscas
nas instalações agrícolas
Racumin® Pó nas tocas: acoplar a saída do frasco
de Racumin® Pó na toca, e aplicar o produto até
que toda a toca seja tomada pelo pó de contato.
Em seguida, cobrir a abertura da toca com a
terra presente ao redor, pressionar a terra para
vedar os espaços vazios. Cada vez que o frasco
de Racumin® Pó é pressionado, é dispensado um
volume aproximado de 50 gramas de produto.
Figura 29 – Aplicação do Racumin® Pó em tocas de roedores
01
03
05
04
02
11 10 09 08 07 06
Ponto inferior com Rodilon® Blocos Parafinados
Ponto superior com Rodilon® Blocos Parafinados + Racumin® Pó em porta-isca
Ponto inferior com Rodilon® Blocos Parafinados + Racumin® Pó em porta-isca
Ponto inferior. Vazio sanitário entre lotes Racumin® Pó em porta-isca
Ponto superior. Vazio sanitário entre lotes Racumin® Pó em porta-isca
12 13 14 15 16 17
Figura 30 – Exemplo do esquema de distribuição das iscas nas instalações pecuárias
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Figura 31 – Exemplo do esquema de distribuição das iscas em instalações de matrizes
Ponto inferior com Rodilon® Blocos Parafinados
Ponto superior com Rodilon® Blocos Parafinados + Racumin® Pó em porta-isca
Ponto inferior com Rodilon® Blocos Parafinados + Racumin® Pó em porta-isca
01
04
03
13 12 11 10 09 08 07 06
Galpão 208 x 12 m com silo na área de serviço
14 15 16 17 18 19 20 21
05
02
01
04
03
11 10 09 08 07 06
Galpão 184 x 12 m com silo na área de serviço
12 13 14 15 16 17
05
02
01
04
03
11 10 09 08 07 06
Galpão 184 x 12 m com silo na área de serviço
13 14 15 16 17 18
05
02
W
12
10 09 08 07
Galpão 100 x 12 m com silo externo automático
12 13 14 15
11
06
05
0201
0403
07 06 05 04 03
Galpão 140 x 12 m com silo externo e automático
09 10 11 12 13
080201
01
04
03
12 11 10 08 07 06
Galpão 184 x 12 m com silo na parte externa
13 14 15 16 17 18
05
02
09
SILOBALANÇA
Manual de Biossegurança Bayer
18
3.5.3 Monitoramento e registro
Após a adoção de um programa de controle
de roedores, é fundamental que seja feito
o monitoramento deste, onde se avalia o grau
de consumo dos raticidas, faz-se a reposição
adequada das iscas, a limpeza dos porta-iscas,
a avaliação da necessidade de medidas corretivas,
a verificação do preenchimento adequado
das planilhas de controle, entre outras ações.
Este monitoramento tem como objetivo favorecer
o sucesso do programa.
O registro adequado de todas as ações tomadas
durante um programa de controle de roedores
pode identificar desvios e apontar melhorias,
evitando o comprometimento do programa
em andamento, além de dar as diretrizes para
a determinação da melhor forma de controle para
a unidade em questão.
Planilha de controle do consumo de rodenticidas
Instalação: Setor: Responsável:
P Data da revisão: Nº Lote P Data da revisão: Nº Lote P Data da revisão: Nº Lote
O Bloco-Data fabricação: Nº Lote O Bloco-Data fabricação: Nº Lote O Bloco-Data fabricação: Nº Lote
N Pellets-Data fabricação: Nº Lote N Pellets-Data fabricação: Nº Lote N Pellets-Data fabricação: Nº Lote
T Racumin-Data fabricação: Nº Lote T Racumin-Data fabricação: Nº Lote T Racumin-Data fabricação: Nº Lote
O Vestígios roedores Dados consumo O Vestígios roedores Dados consumo O Vestígios roedores Dados consumo
S Pelos Fezes Mortos Urina Bloco Pellets Pó S Pelos Fezes Mortos Urina Bloco Pellets Pó S Pelos Fezes Mortos Urina Bloco Pellets Pó
1 1 1
2 2 2
3 3 3
4 4 4
5 5 5
6 6 6
7 7 7
8 8 8
9 9 9
10 10 10
11 11 11
12 12 12
13 13 13
14 14 14
15 15 15
16 16 16
O/U Outros consumos O/U Outros consumos O/U Outros consumos
Consumo de produtos Consumo de produtos Consumo de produtos
Programa Biossegurança Bayer
DADOS DE CONSUMO PARA PREENCHIMENTO DA PLANILHA0 - Quando não houver consumo do produto0.5 - Quando consumir até meio bloco ou sachê
1.0 - Quando consumir mais de meio bloco ou sachê (substituir)S - Substituto (Quando estragado pelo tempo)
Figura 32 – Planilha de controle do consumo dos raticidas do Programa Bayer de Controle de Roedores
Manual de Biossegurança Bayer
19
QUANDO COMO FAZER PRODUTOS SITUAÇÕES QUEM FAZ
7 a 10 diasLimpar os pontos,
recolocar os produtos, conforme mapeamento.
Rodilon® Pellets Rodilon® Blocos
Racumin® Pó
presença de roedores vivos, muitos sinais e consumo da
maioria dos raticidas.
Responsável pelas aplicações.
10 em 10 diasLimpar os pontos,
recolocar os raticidas, conforme mapeamento.
Rodilon® PelletsRodilon® Blocos
Racumin® Pó
Com sinais de roedores e consumo
das iscas.
Responsável pelas aplicações.
10 em 10 diasIntensificar a limpeza dos
pontos de controle.Rodilon® Pellets
Racumin® PóCom sinais de roedores e sem
consumo das iscas.Responsável
pelas aplicações.
10 em 10 diasColocar Racumin® Pó
e distribuir no interior das instalações.
Racumin® PóCom sinais de roedores e sem
consumo das iscas.
Responsável pelas aplicações.
15 a 20 diasLimpar os pontos, recolocar raticidas,
conforme mapeamento.
Rodilon® Pellets Rodilon® Blocos
Racumin® Pó
Rotina necessária para um controle efetivo. Mesmo
em infestações baixas.
Responsável pelas aplicações.
20 em 20 diasLimpar os pontos, recolocar veneno,
conforme mapeamento.
Rodilon® PelletsRacumin® Pó
Sem sinais de roedores e sem consumo
das iscas, prevenção.
Responsável pelas aplicações.
20 a 25 diasLimpar os pontos,
recolocar os raticidas, conforme mapeamento.
Rodilon® Pellets Rodilon® Blocos
Racumin® Pó
Rotina necessária para um controle efetivo. Mesmo em infestações baixas.
Responsável pelas aplicações.
60 em 60 diasTrocar Rodilon® Blocos
e/ou Pellets Parafinados conforme mapeamento.
Rodilon® BlocosRodilon® Pellets
Sem sinais de roedores e sem consumo dos raticidas, prevenção.
Responsável pelas aplicações.
Intervalo entre lotes,
imediatamente após a saída.
Recolher toda ração. Limpar todos os pontos,
recolocar os raticidas conforme mapeamento.
Rodilon® PelletsRodilon® Blocos
Racumin® PóBaixa infestação.
Responsável pelas aplicações.
Intervalo entre lotes,
imediatamente após a saída.
Aumentar quantidade de iscas por ponto
de iscagem.
Rodilon® PelletsRodilon® Blocos
Racumin® PóAlta infestação.
Responsável pelas aplicações.
Intervalo entre lotes,
imediatamente após a saída
do lote.
Colocar Racumin® Pó nos pontos de
circulação dos roedores no interior das instalações.
Racumin® Pó
Alta infestaçãocom sinais de
roedores e sem consumo de veneno.
Responsável pelas aplicações.
Tabela 7. Limpeza dos porta-iscas e recolocação dos raticidas Bayer
Manual de Biossegurança Bayer
20
3.5.4 Cuidados com o Programa Bayer de
Controle de Roedores
Respeitar o esquema de distribuição das iscas •
proposto pelo Programa Bayer de Controle
de Roedores, quando este for definido por
um técnico treinado da Bayer. Não alterar
aleatoriamente o número de pontos de colocação
dos raticidas (pontos internos, externos
e nas cercas). Ao longo do programa de controle,
os pontos podem ser trocados de local, desde
que os indícios de circulação dos roedores
estejam fora da área de cobertura das iscas
O intervalo entre as revisões das iscas distribuídas •
nas instalações pode ser alterado em função
do histórico da infestação da granja por roedores.
Esta medida é definida corretamente através
do monitoramento e registro dos dados
No momento das revisões, observar se há sinais •
da presença de roedores fora do raio
de cobertura das iscas. Quando identificados,
adotar medidas corretivas
Após o fechamento das tocas, observar se estas •
voltam a ter atividade
Adotar medidas preventivas que auxiliarão •
o controle químico
3.5.5 Adoção de medidas preventivas
Para evitar a reinfestação das unidades de produção
pelos roedores, é necessário que sejam adotadas
as boas práticas de produção. Devem-se manter
os ambientes limpos e organizados, acondicionar
o lixo em recipientes fechados, manter
a caixa-d’água adequadamente tampada, evitar
vazamentos de água, aparar constantemente
a vegetação da margem dos córregos, o gramado
das proximidades e arredores das granjas, evitando
assim que o roedor encontre água, alimento
e abrigo.
Fatores que atraem e favorecem a instalação
de roedores:
Instalações danificadas ou mal-construídas: •
recomenda-se vedar os pontos onde houver
roeduras, como em forros e paredes
Presença de entulhos e materiais desnecessários •
no interior das instalações
Lixo acumulado•
Fiações expostas•
Entulhos acumulados•
Presença constante de ração fora dos •
comedouros
Áreas ao redor do galpão abandonadas / •
mal-cuidadas
Sala de armazenagem de ração sem estrados•
Falta de defesas (placas metálicas) na parte •
inferior das portas
Proximidade de aterros sanitários a céu aberto ou •
lixões
Paióis ou tulhas abandonadas•
Criações informais de fundo de quintal de suínos •
ou outros animais
Medidas preventivas devem ser adotadas a fim
de tornar o ambiente impróprio à instalação dos
roedores.
Manual de Biossegurança Bayer
21
4. BIOLOGIA E CONTROLE INTEGRADO DO CASCUDINHO
O Alphitobius diaperinus é um inseto da ordem
Coleoptera, pertencente à família Tenebrionidae
e popularmente conhecido como cascudinho,
escaravelho-da-cama ou ainda besouro-da-cama.
Este besouro é originário do leste da África e está
associado a ninhos de aves e morcegos. Com
a expansão da avicultura industrial e a criação
intensiva de aves de produção, este coleóptero
encontrou, junto às instalações avícolas, habitat
ideal para seu desenvolvimento, tornando-se um
problema mundial.
Esse besouro é capaz de proliferar-se com eficiência
na cama dos aviários, sendo encontradas elevadas
populações em camas de frangos de corte,
de matrizes, e mesmo em fezes de poedeiras
de ovos comerciais confinadas em gaiolas, porém
em menor grau. Adultos, ovos, larvas e pupas
vivem sob a superfície da cama, em equipamentos
e em frestas dos pisos e paredes; alimentam-se
de ração, aves mortas, aves debilitadas, esterco
e outros materiais orgânicos em decomposição
encontrados no galpão.
O cascudinho é responsável por grandes prejuízos
na avicultura: participa na transmissão de diversas
doenças, contribui para a desuniformidade do lote
e alteração da conversão alimentar, desperdício
de ração e danos nas instalações.
Transmissão de doenças: o Alphitobius diaperinus
pode ser responsável pela transmissão
de fungos (Aspergillus sp., Candida sp.
e Fusarium sp.), bactérias (Escherichia coli,
Salmonella typhimurium, Streptococcus sp.,
Campylobacter jejuni, Corynebacterium sp., Bacillus
subtilis, Staphylococcus aureus entre outras), vírus
(Gumboro, Leucose, Doença de Marek, Newcastle,
Rotavírus, Reovírus, Influenza, Varíola aviária),
de parasitos e de oocistos de Eimeria spp. quando
a ave ingere o besouro que ingeriu previamente
estes oocistos. A micotoxina F-2, produzida
pelo fungo Fusarium roseum, pode persistir
no cascudinho ao longo de suas etapas de
metamorfose. A persistência desta micotoxina
durante vários estágios evolutivos do besouro
aponta para a possibilidade de que outros agentes
patogênicos possam persistir da mesma forma.
Este fato poderia explicar por que certas doenças
possuem comportamento endêmico em algumas
unidades de produção, apesar dos esforços para
melhorar a limpeza e a desinfecção.
Desuniformidade do lote e alteração da conversão
alimentar: aves jovens preferem comer a larva
do cascudinho e cascudinhos adultos, o que reduz
o consumo de ração, aumenta a chance de danos
no aparelho digestivo e torna a ave mais suscetível
a irritações do trato respiratório. Durante
os primeiros 10 dias de vida, frangos de corte
podem consumir cerca de 450 larvas / ave / dia;
os perus, por sua vez, consomem cerca de 200
larvas / ave / dia, mesmo que tenham alimento
à sua disposição.
Outro dano significativo causado pelo cascudinho
consiste na perfuração dos painéis de isolamento
dos galpões, o que pode representar até 26%
de perda de capacidade de isolamento, além
da destruição do material de isolamento térmico
utilizado em países de clima frio.
Também são frequentes as reclamações dos
vizinhos cujas casas ficam seriamente infestadas
por esses insetos quando a cama infestada
é removida dos aviários.
Vale ressaltar que o controle químico efetivo
depende do uso de inseticidas destinados
às diferentes fases de desenvolvimento do besouro:
Manual de Biossegurança Bayer
22
larvas e adultos. As infestações pelo cascudinho
representam um sério problema na avicultura,
o qual muitas vezes é subestimado pelos granjeiros
e veterinários devido à falta de informação.
4.1 BIOLOGIA DO CASCUDINHO
O ciclo de vida do Alphitobius diaperinus tem
duração variável, pois depende da temperatura
e da umidade do aviário. Os cascudinhos
alimentam-se de quase tudo e não possuem
inimigos naturais. São muitos ativos à noite e,
durante o dia, aglomeram-se sob os comedouros,
ripas de madeira, aves mortas e moribundas.
Os adultos que costumamos ver representam
apenas uma parcela do total da população
de besouros, e nisto reside o problema. Para atingir
a fase adulta o inseto passa por uma série
de estágios de desenvolvimento: ovo, larva e pupa.
4.1.1 Estágios de desenvolvimento do
Alphitobius diaperinus
4.1.1.1 Ovo
Os ovos são depositados em pequenos cachos
na cama ou nas frestas das instalações.
Em temperatura superior a 15°C processa-se
o desenvolvimento embrionário. O desenvolvimento
ideal ocorre em ambientes com temperatura
ao redor de 32°C e umidade relativa entre 15%
e 20%. Do ovo emerge a larva.
4.1.1.2 Larva
As larvas passam por várias ecdises (trocas de pele),
apresentando 5 a 9 ínstares ou mais. Um ínstar
é um estágio larval de alguns artrópodes, atingido
após uma muda ou ecdise. Cada ínstar tem
duração de 5 a 11 dias ou mais, de acordo com
a temperatura e umidade do galpão. Alimentam-se
de aves mortas e moribundas, ração, fezes, fungos
e de grãos e farinhas armazenadas.
As larvas podem atingir 11 mm de comprimento
no último ínstar. São de coloração branco-
-creme após a eclosão, tornando-se amareladas
posteriormente. Nas fases finais sua coloração varia
entre marrom-escuro e preto. A larva é carnívora,
alimenta-se de aves mortas, e também come ração,
esterco, fungo ou outra matéria orgânica presente
no galpão.
A superpopulação pode levar ao canibalismo
dos ovos e larvas menores pelas larvas maiores
e adultos. A migração das larvas pode ocorrer
quando o lote de aves é retirado do galpão,
na remoção da cama, durante a limpeza dos
galpões, quando há superpopulação de insetos,
quando há variações de temperatura e umidade
na cama do aviário. A maior taxa de migração
ocorre na retirada do lote ou da cama.
Figura 1 – Larvas de último ínstar
A larva de último ínstar busca as partes
das instalações que permitem o alojamento
e formação de galerias, como frestas, buracos,
solo e material de isolamento, onde fazem túneis
para se transformarem em pupas. As larvas sempre
procuram lugares escuros. A movimentação
ascendente das larvas à procura de lugares para
a formação da pupa está relacionada com a alta
densidade da população de insetos na cama
e com a carência de lugares adequados na cama
do galpão, no esterco ou abaixo do solo.
Manual de Biossegurança Bayer
23
Figura 2 – Larva de cascudinho em cama de aves
Figura 3 – Larva de cascudinho e de mosca em cama de aves
4.1.1.3 Pupa
O período de desenvolvimento da pupa a 28°C
é de 5,3 dias podendo variar entre 4 e 17 dias,
de acordo com as condições de temperatura
e umidade. A pupa é esbranquiçada e mede
aproximadamente 5 mm de comprimento
e 2,5 mm de largura. O estágio de pupa ocorre
na cama, no esterco, no solo subjacente,
em galerias ou em frestas. Ao final deste
período, emerge o besouro adulto. Quando esta
transformação ocorre no material isolante
do galpão, há deterioração deste material.
Larva de cascudinhos
Larva de cascudinhos
Larva de moscas
Figura 4 – Pupas de cascudinho em cama de aves
4.1.1.4 Cascudinho adulto
Os adultos medem 6 mm de comprimento por
2,5 a 3,1 mm de largura. O corpo é marrom-
-escuro, quase negro brilhante. As pernas, antenas
e mandíbulas são de cor marrom-avermelhado.
O adulto vive entre 3 meses a 1 ano. Tem
preferência por cama com umidade entre
30 e 40%. Apresentam fototropismo negativo,
tornando-se mais ativos à noite.
Os adultos podem voar mais de 1.600 m, e são
atraídos por luz ofuscante. Além de se alimentarem
de ração e de outros tipos de matéria orgânica, os
adultos podem também ingerir outros artrópodes,
inclusive os da sua própria espécie, e carcaças de
aves mortas.
Com isto, aumentam a possibilidade de atuar como
vetores mecânicos de patógenos.
Figura 5 – Cascudinho adulto
4.2. AVALIAÇÃO QUANTITATIVA DA INFESTAÇÃO DO GALPÃO
A avaliação quantitativa da infestação dos galpões
pelo cascudinho consiste na determinação do
número aproximado de adultos e larvas por m2
de área infestada. São distribuídas armadilhas em
pontos alternados no interior do galpão. Após vinte
e quatro horas, é feita a contagem do número de
larvas e adultos capturados. Posteriormente, faz-se
o cálculo aproximado da população do inseto por
m2 de área infestada.
Manual de Biossegurança Bayer
24
4.2.1 Confecção das armadilhas
4.2.1.1 Primeiro passo
As armadilhas são confeccionadas a partir de dois
cortes de madeira de uma polegada, nas dimensões
de 15 x 15 cm.
Os dois cortes devem conter um furo, feito
com broca nº 3 ou 4, como mostra a Figura 6,
necessário para a união das partes.
Figura 6 – Cortes de madeira empregados na confecção da armadilha
4.2.1.2 Segundo passo
Um dos cortes deve conter uma cava de 2 a 3 mm
de profundidade. As larvas e os adultos
de cascudinho irão se alojar nesta cava.
Neste corte, o furo de fixação deve ser feito sempre
sobre uma das bordas salientes. A Figura 7 mostra
formato dos cortes.
Figura 7 – Detalhe do formato da armadilha
4.2.1.3 Terceiro passo
A Figura 8 mostra uma armadilha pronta, onde
se observa o local de alojamento dos insetos entre
as duas partes da armadilha.
É importante ressaltar que o parafuso utilizado para
a junção deve ser do tipo cabeça chata e esta deve
estar posicionada sobre o corte que contém a cava.
Figura 8 – Junção das partes para a formação da armadilha
Ao colocar as armadilhas, apoiar no piso do galpão
o lado que contém a cava. Entre o piso e a base
da armadilha não deve existir espaço; caso isto
ocorra, os insetos tenderão a se alojar neste local,
distorcendo o resultado final.
A Figura 9 mostra a sobra do parafuso voltada
para cima.
Figura 9 – Posição do parafuso na armadilha pronta
cava
Manual de Biossegurança Bayer
25
4.2.2 Distribuição das armadilhas
no interior do galpão
Distribuir as armadilhas conforme o exemplo
a seguir.
Para galpões com menos de 100 metros
de comprimento, usar somente 60% do número
de armadilhas proposto no esquema, mantendo
o mesmo modelo de distribuição.
Obs.: Exemplo de contagem de cascudinhos em galpões de produção
Obs.: Exemplo de contagem de cascudinhos em galpões de recria
Armadilhas colocadas junto às muretas dos galpões
Armadilhas colocadas embaixo do comedouro
Sentido fluxo do ar dos galpões
Armadilhas colocadas junto às muretas
Armadilhas colocadas entre os postes e os tubulares ou calhas
LEGENDA
MAPA DA DISTRIBUIÇÃO DAS ARMADILHAS PARA CONTAGEM DE CASCUDINHOS EM GRANJAS AVíCOLAS DE RECRIA E PRODUÇÃO
4.2.2.1 Primeiro passo
Identificar os pontos de colocação das armadilhas.
Essas devem ser colocadas nos pontos de maior
concentração do inseto. Afastar a cama por
completo, até visualização do piso. Colocar a
armadilha com o lado da cava voltada para o piso.
Mantenha a armadilha afastada da mureta
e do poste, afastamento em torno de 3 a 5 cm,
evitando assim a obstrução das entradas.
Figura 10 – Afastamento da cama para colocação da armadilha
4.2.2.2 Segundo passo
Avaliar colocação adequada das armadilhas.
Observar: 1) se não há espaço entre a base
da armadilha e o piso, 2) se foi respeitada a
distância de 3 a 5 cm entre a armadilha e a mureta
o pilar, 3) se o lado da armadilha onde foi feita
a fixação do parafuso foi colocado paralelamente
à mureta, 4) se a sobra do parafuso está voltada
para cima,
garantindo
que o lado
da armadilha
que possui
a cava ficou
voltado para
o piso.Figura 11 – Colocação da armadilha na cama
Manual de Biossegurança Bayer
26
4.2.2.3 Terceiro passo
Cobrir a armadilha. Após certificação de que
a armadilha foi posicionada corretamente e de
que o ponto foi identificado, cobrir totalmente
a armadilha com uma camada da cama do aviário.
Deixar nesta posição por 24 horas.
Figura 12 – Cobertura da armadilha com cama
4.2.2.4 Quarto passo
Recolher as armadilhas. Decorrido o intervalo
de 24 horas, as armadilhas devem ser recolhidas
e os insetos quantificados. Desconsiderar larvas
e adultos localizados na parte externa, considerar
apenas os insetos alojados no interior da armadilha.
É importante que as armadilhas sejam colocadas
nas primeiras horas da manhã e retiradas
no mesmo horário do dia seguinte.
Figura 13 – Retirada das armadilhas e contagem de larvas e adultos do cascudinho
4.2.3 Cálculo da população de larvas e adultos
por m² de área infestada
Multiplicando-se o número de armadilhas
por 0,0225 m² (área de cada armadilha = 15 cm X
15 cm) teremos a metragem da área total avaliada,
ou seja, a área do galpão que foi coberta pelas
armadilhas.
Multiplicando-se o número total de larvas
encontradas nas armadilhas pela metragem
da área total avaliada, obteremos o grau
de infestação de larvas por m² da área avaliada
do galpão. Fazer o mesmo cálculo para o número
total de adultos capturados pelas armadilhas.
Com esse dado, determinar o grau de infestação
de acordo com os limites críticos de infestação
descritos na Tabela 1.
4.2.3.1 Área avaliada
Área de cada armadilha = 15 cm X 15 cm = 0,0225 m²
Total de área avaliada = 0,0225 m² X nº de
armadilhas distribuídas no galpão
4.2.3.2 Número de larvas por m2
Número total de larvas encontradas nas
armadilhas X Total de área avaliada
4.2.3.3 Número de adultos por m2
Número total de adultos encontrados nas
armadilhas X Total de área avaliada
Através de uma regra de três extrapola-se o grau
de infestação da área avaliada para o total da área
do galpão, ou seja, projeta-se o valor aproximado
de larvas e adultos no galpão.
Tabela 1. Grau de infestação do galpão
Grau ClassificaçãoNº de
adultos/m2
Nº de larvas/m2
I Ausente 0 – 0 0 – 0II Moderada 1 – 40 1 – 25III Alta Acima de 41 Acima de 26
Tabela 2. Recomendações baseadas no grau
de infestação do galpão
Grau ClassificaçãoProcedimento a ser adotado
I AusenteAção preventiva, uma aplicação do inseticida antes da colocação da maravalha no galpão.
II Moderada
Duas aplicações do inseticida, 1º na saída das aves, 2º antes da entrada da maravalha. Avaliações e aplicações do inseticida a cada 60 dias.
III Alta
Duas aplicações do inseticida, 1º na saída das aves, 2º antes da entrada da maravalha. Avaliações e aplicações do inseticida a cada 30 dias.
Manual de Biossegurança Bayer
27
Figura 14 - Planilha de registro da quantificação de larvas e adultos do Alphitobius diaperinus no aviário
4.3. CONTROLE QUíMICO
A Bayer desenvolveu inseticidas eficazes
no controle do Alphitobius diaperinus. O controle
químico do cascudinho deve ser realizado
com inseticidas específicos para cada fase
de desenvolvimento do inseto: larva e adulto.
A combinação dos inseticidas da Bayer
– Starycide® SC 480 e Solfac® CE 5%
– resulta no controle efetivo da infestação.
4.3.1 Starycide® SC 480
Figura 15 – Embalagem de 250 mL do Starycide® SC 480
Avaliação de Infestação de CascudinhosGRANJA
Núcleo: Nº Galpão:
Data da Avaliação: Tipo Cama Qual. Cama Responsável:
Núm.Ponto
Adultos Larvas MaravalhaCascaarroz
Outros Seca Úmida Molhada Observações
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
Total
Grau daInfestação
Programa Biossegurança Bayer
Adulto Larva Classificação
I - 00- 00 Ausente
II 1 - 40 1 - 25 Moderada
III acima de 41 acima de 26 Alta
É o inseticida da Bayer destinado ao controle
de larvas. É um inseticida inibidor de crescimento
(IGR, do inglês Insect Growth Regulator) à base
de triflumuron, de elevado poder residual,
compatível com o adulticida Solfac® CE 5%.
Não deixa odor nem manchas,
é extremamente seguro para animais
não alvos e para o homem.
Sua ação eficaz e seletiva inibe o crescimento
dos insetos, impedindo a formação da quitina,
elemento essencial do exoesqueleto e que protege
os insetos contra as adversidades do meio. Também
provoca esterilidade nos insetos adultos. Permite
um efetivo controle de larvas e ninfas, com baixa
dosagem, reduzindo dessa forma os riscos de
intoxicação e contaminação.
Starycide® SC 480 é solúvel em água.
Deve ser pulverizado em toda a instalação,
em fendas e aberturas, atingindo os locais onde
os insetos tendem a se esconder.
Manual de Biossegurança Bayer
28
4.3.2 Solfac® CE 5%
Figura 16 – Embalagem de 1L do Solfac CE® 5%
É o inseticida da Bayer destinado ao controle
de formas adultas do cascudinho, barata, formiga,
cupim, mosca, mosquito e aranha. É um inseticida
piretroide à base de ciflutrina, responsável pela
interrupção da transmissão elétrica dos impulsos
nervosos. Inseticida de contato que apresenta
elevado efeito desalojante e prolongado poder
residual.
Sua formulação segura permite que seja utilizado
no interior das instalações, e recomenda-se
também que seja utilizado nas áreas externas para
a formação da barreira química, garantindo assim
proteção mais duradoura do aviário.
Solfac® CE 5% é solúvel em água e miscível em
solventes (óleo mineral, óleo vegetal, óleo diesel
ou querosene). Deve ser pulverizado
em toda a instalação, equipamentos e nos focos
de infestação.
4.3.3 Controle químico do cascudinho no vazio
sanitário
Retirar as aves•
Retirar cascões, revolver a cama, queimar penas, •
afastar um pouco a cama das muretas, postes
e divisórias
Diluir 60 mL a 80 mL de • Solfac® em volume
de água suficiente para tratar 200 m2 de área.
Fazer o cálculo da área a ser tratada e acrescentar
mais 25%, o que corresponde à área dos postes,
divisórias, eitões, muretas e equipamentos
Aplicar a calda inseticida em toda a instalação, •
sobre toda a cama, muretas internas e externas,
esteios, eitões, divisórias e equipamentos
Utilizar bomba de média pressão, bico tipo leque. •
Aplicar em média 500 mL da calda inseticida
por m2 em aviários com piso; nos aviários de chão
batido utilizar entre 800 mL e 1 litro de calda
inseticida por m2 (a quantidade de calda pode
ser ajustada conforme a umidade do piso)
Deixar o produto agir por 48 horas•
Em casos de altas infestações do aviário pelo
cascudinho, recomenda-se o procedimento
de aplicação de Solfac® sobre a cama, logo após
a retirada das aves, pois esta aplicação evita
a migração dos cascudinhos para outros núcleos.
Retirar a cama. A cama deve ser removida em •
caminhões enlonados, evitando assim que
cascudinhos e resíduos sejam espalhados nas vias
de acesso.
Remover a sujeira visível do galpão com pá e •
vassoura, retirar o excesso de matéria orgânica
e restos de ração
Esvaziar as valas coletoras de dejetos•
Diluir 60 mL de • Solfac® e 15 mL de Starycide®
em volume de água suficiente para tratar 200
m2 de área. Fazer o cálculo da área da base a ser
tratada e acrescentar 25%, o que corresponde
à área dos postes, divisórias, eitões, muretas
ninhos e equipamentos
Manual de Biossegurança Bayer
29
Aplicar a calda inseticida em toda a instalação •
e equipamentos
Aplicar em média 500 mL da calda inseticida •
por m2 (a quantidade de calda pode ser ajustada
conforme a umidade do piso). Utilizar bomba
de média pressão, bico tipo leque
Deixar o produto agir por 48 horas•
Recolher e queimar os cascudinhos mortos•
Realizar lavagem e desinfecção do galpão •
(Informe-se sobre o Programa Bayer
de Higienização)
Deixar o galpão secar•
Realizar a segunda aplicação dos inseticidas •
Solfac® e Starycide®, seguindo
as recomendações de dosagem e forma
de aplicação citadas acima
Deixar os produtos agirem por 48 horas•
Recolher e queimar os cascudinhos mortos•
4.3.4 Preparo e aplicação da calda inseticida
em aviário vazio
4.3.4.1 Primeiro passo
Após a determinação da dosagem adequada
de cada inseticida, faça primeiramente a pré-
-diluição destes em água, utilizando um recipiente
menor. Em seguida, faça a diluição desta calda
inseticida no reservatório de água da bomba que
será utilizada na pulverização. Importante:
no momento de adicionar a calda pré-diluída
no reservatório da bomba, faça movimentos
circulares para facilitar a homogeneização
da calda final.
Figura 16 – Dosagem do inseticida
Figura 17 – Adição da calda inseticida pré-diluída no reservatório do pulverizador
4.3.4.2 Segundo passo
Com bomba de média pressão e bico tipo leque,
pulverizar uniformemente toda a extensão das
muretas, umedecer todo o piso, concentrando
maior volume da calda inseticida nos pontos onde
houver rachaduras, buracos ou rompimento.
Muretas que não forem rebocadas sempre devem
receber maior atenção, pois nelas há muitos pontos
de alojamento para os insetos.
Figura 18 – Pulverização dos inseticidas no aviário vazio
4.3.4.3 Terceiro passo
No momento da aplicação dos inseticidas, deve-se
dar atenção especial a todos os postes do galpão,
sejam eles laterais ou centrais, pois estes, assim
como as muretas sem reboco, oferecem condições
favoráveis para o alojamento e proliferação do
cascudinho. Umedecer o poste todo, desde a base.
Figura 19 – Aplicação da calda inseticida nos postes do aviário
Manual de Biossegurança Bayer
30
4.3.4.4 Quarto passo
Pulverizar as paredes, máquinas e equipamentos
presentes no interior das instalações. Pulverizar
também as estruturas do telhado. O cascudinho
é um inseto que apresenta comportamento
migratório, ou seja, sempre que ocorrem variações
no ambiente onde o inseto se encontra, este
procura as partes superiores das instalações,
o que torna necessária a pulverização destes locais.
Figura 20 – Aplicação da calda inseticida nas paredes internas do galpão
4.3.5 Aplicação da calda inseticida em aviário
com aves alojadas
Durante o período de produção de aves, deve-se
acompanhar o grau de infestação do galpão pelo
cascudinho, pois nos casos de altas infestações,
faz-se necessária a aplicação dos inseticidas,
mesmo na presença das aves.
Afastar ligeiramente a cama nos focos
de infestação e aplicar a calda inseticida.
Diluir 60 mL de Solfac® e 15 mL de Starycide®
em bomba costal de 20 litros de água. Aplicar
nos focos, linhas de comedouro, postes, silos,
muretas e divisórias. Esta aplicação deverá ser
realizada também no interior dos ninhos, caso haja
a presença do cascudinho.
Figura 21 – Aplicação da calda inseticida em galpão com aves alojadas
4.3.6 Aplicação da calda inseticida em aviário
com reaproveitamento de cama
Para o controle do Alphitobius diaperinus
em galpões com reaproveitamento de cama,
deve-se:
Revolver a cama, queimar as penas e afastar •
a cama das muretas, postes e divisórias,
imediatamente após a saída do lote
Diluir 60 mL a 80 mL de • Solfac® e 15 mL a 20
mL de Starycide® em volume de água suficiente
para tratar 200 m2 de área. Fazer o cálculo
da área da base do aviário a ser tratada
e acrescentar 25% de produto sobre a área
da base, o que corresponde à área dos postes,
divisórias, eitões, muretas e equipamentos
Utilizar bomba de média pressão, bico tipo leque. •
Não utilizar o sistema de nebulização.
Aplicar em média 800 mL a 1 litro da calda •
inseticida por m2, aplicar sobre toda a cama,
nos postes, divisórias, eitões, muretas
e equipamentos (a quantidade de calda pode
ser ajustada conforme a umidade da cama)
Deixar o produto agir por 48 horas. •
Manual de Biossegurança Bayer
31
4.3.7 Registro das aplicações de Solfac® e Starycide® no controle do Alphitobius diaperinus
Controle de CascudinhosGRANJA
Produtos em mL
Responsável:Núcleo:
Núm.Galp.
Data
Adu. = Adultos Anotar: Alta, Média ou BaixaLar. = Laravas Anotar: Alta, Média ou BaixaFoc. = Focos Anotar apenas com "X" no campo correspondente
Ger. = Geral Anotar apenas com "X" no campo correspondenteMos. = Moscas Anotar apenas com "X" no campo correspondenteÓti. = Ótimo Anotar apenas com "X" no campo correspondente
Solfac® Nº Partida Validade Starycide® Nº Partida Validade
Infestação
Adu. Lar. Foc. Ger. Mos. Óti. Boa Ruim
Aplicações emVolume
água
Programa Biossegurança Bayer
EficiênciaObservações
Manual de Biossegurança Bayer
32
5 - BIOLOGIA E CONTROLE INTEGRADO DE MOSCAS
Ao transformar o ambiente natural em área rural
ou urbana, o homem provoca modificações radicais
na flora e fauna locais. Por um lado, verifica-se
a extinção da maioria das espécies nativas e, por
outro lado, a adaptação de algumas espécies ao
ambiente perturbado, onde passam a se beneficiar
do material orgânico acumulado.
As moscas representam um sério problema
na produção animal, em especial em granjas de
aves de postura comercial, nas quais as gaiolas
ficam distante do solo, ocorrendo acúmulo de
esterco na parte inferior. Já em galpões de matrizes
e de frangos de corte, o problema é menos intenso.
Na suinocultura a infestação das granjas por
moscas também pode ocorrer, e este problema
deve ser controlado em todo tipo de unidade
de produção animal.
Várias espécies de moscas podem causar problemas
na pecuária, destacando-se as espécies:
Musca domestica• (mosca-doméstica)
Stomoxys calcitrans• (mosca-dos-estábulos)
Drosophila• spp. (mosquinha)
Chrysomia megacephala• (mosca-varejeira)
5.1 BIOLOGIA DAS MOSCAS
5.1.1 Ciclo de vida
As moscas desenvolvem-se por metamorfose
gradual passando pelos estágios de ovo, larva,
pupa e adulto.
Figura 1 – Ciclo de vida das moscas
Ovo
Os ovos possuem a forma de banana e medem
cerca de 1mm de comprimento.
Figura 2 – Ovos de moscas logo após a postura
Os ovos são depositados sobre substâncias
orgânicas como esterco e lixo ou qualquer
material em putrefação, a deposição ocorre
preferencialmente em locais onde a matéria
orgânica se apresenta mais liquefeita, pois são
muito sensíveis à perda de umidade.
Do ovo eclodem as larvas em torno de 8 a 24
horas, dependendo da temperatura.
Manual de Biossegurança Bayer
33
Larva
As larvas se alimentam da matéria orgânica em
decomposição (esterco ou lixo) e de bactérias
presentes no esterco. O período larval dura cerca
de 5 a 8 dias, variando de acordo com a umidade,
o calor e a presença de matéria orgânica.
Geralmente ficam agrupadas, são vermiformes,
esbranquiçadas, movimentam-se muito, não
gostam de luz e alimentam-se ativamente. Passam
por 3 estágios larvais (L1, L2 e L3) e trocam
de pele 2 vezes. Ao passar de um estágio a outro,
as larvas perdem sua antiga “pele” (cutícula)
e produzem uma nova cutícula, a qual é formada
por uma substância denominada quitina. Um quilo
de esterco pode nutrir 1.000 larvas.
Figura 3 – Larvas de primeiro estágio (L1)
Figura 4 – Larvas de segundo estágio (L2)
Figura 5 – Larvas de terceiro estágio (L3)
Pupa
Quando as larvas completam seu desenvolvimento,
se movem para as áreas mais secas do esterco ou
lixo, em geral são as bordas do substrato, onde
ocorre a transformação para a fase de pupa.
Figura 6 – Pupa de mosca
O tegumento da larva se contrai, endurece
e escurece, tomando a forma de um barril,
denominado pupário, dentro do qual irá se
desenvolver a forma adulta. No início,
o pupário tem a coloração amarelada, mudando
gradativamente para castanho-claro a castanho-
-escuro, dentro de 24 horas. A duração da fase
de pupa depende da umidade e temperatura.
O tempo de duração deste estágio é de 3 a 4 dias
na temperatura de 25 a 30°C.
Adulto
Quando a mosca adulta emerge do pupário,
ela apresenta o corpo mole, incapaz de voar.
Ela move-se vagarosamente até encontrar um
local apropriado para descansar, onde irá esticar
inteiramente suas asas e endurecer sua cutícula.
Pode levar até 24 horas, antes que as moscas
possam usar suas asas e voar, momento em que
ocorre o acasalamento.
As moscas adultas vivem apenas cerca de uma
semana. Durante sua vida uma fêmea de Musca
domestica deposita de 800 a 1.200 ovos.
Manual de Biossegurança Bayer
34
5.1.2 Fatores que afetam a população
das moscas
Matéria orgânica
As moscas se desenvolvem e se alimentam
na matéria orgânica em decomposição. Fezes
de animais são importantes substratos para esses
dípteros, assim como o lixo, excrementos humanos
e de animais, insetos mortos, matéria orgânica
vegetal em decomposição, carnes salgadas, ninhos
de pássaros, frutas maduras, extratos vegetais,
sucos, matéria orgânica em fermentação. Cerveja,
vinagre e vinho também são excelentes atrativos
para a Drosophila spp., que também pode procriar
em canos e utensílios de limpeza sujos.
Havendo a presença de matéria orgânica, há
condições para a proliferação de moscas.
Umidade
As larvas de mosca precisam de umidade,
e o acúmulo de esterco úmido aparece como
um lugar propício para o seu desenvolvimento.
As condições são facilitadas quando há a presença
de bebedouros com vazamentos ou alagamento.
Inversamente, se o esterco secar rapidamente,
as larvas não poderão se desenvolver totalmente
e morrerão.
Temperatura
As larvas da mosca se desenvolvem mais
rapidamente em temperaturas elevadas. Sob
a temperatura de 30°C, as moscas podem
completar o ciclo de vida (de ovo a adulto)
em apenas dez dias. Sob baixas temperaturas este
desenvolvimento é desacelerado. Em galpões onde
a temperatura é controlada, as moscas representam
um problema durante o ano todo.
Inimigos naturais
Figura 7 – Pequenas vespas se alimentando-se da pupa da mosca
No esterco há muitos predadores e parasitas
que se alimentam do ovo, das larvas e da pupa
das moscas. Entre eles incluem-se muitas espécies
de ácaros que se alimentam dos ovos, besouros
que se alimentam de larvas e pequenas vespas que
põem seus ovos dentro das pupas, as quais servem
de alimento para as suas próprias larvas.
É conveniente deixar uma base de esterco seco
para ajudar a absorver a umidade das fezes frescas,
formando assim um substrato para a criação
e preservação destes insetos benéficos.
5.2 CONTROLE DAS MOSCAS
5.2.1 Importância do controle da mosca
As moscas podem provocar:
Danos à saúde humana•
Danos à saúde animal•
Transtornos ao homem e aos animais•
Prejuízos econômicos •
Aumento dos problemas ambientais •
na comunidade
Atuam como vetores mecânicos de diversos
agentes patogênicos: bactérias, vírus, protozoários
e vermes. A mosca-doméstica transporta esses
agentes de doenças em todo o seu corpo,
principalmente nas pernas e peças bucais.
Em estudos realizados com a mosca-doméstica,
verificou-se que ela raramente age como
hospedeiro intermediário, atuando quase sempre
como vetor mecânico. Assim, as moscas fazem
Manual de Biossegurança Bayer
35
a dispersão dos germes no substrato alimentar
com auxílio das pernas e labela. Outra forma
de disseminação de doenças através das moscas
é por meio da ingestão de agentes patogênicos
pela mosca e sua eliminação através das fezes.
As moscas também podem regurgitar os agentes
patogênicos após o armazenamento temporário
no proventrículo e fazer a deposição de micro-
-organismos na forma de gotas regurgitadas,
enquanto se alimenta.
Figura 8 – Desenvolvimento bacteriano nos pontos de contato entre as patas das moscas em placas de cultivo
É muito difícil fazer uma estimativa prática
do impacto econômico causado pela infestação
de moscas, devido à ampla margem de flutuação
dos parâmetros econômicos no setor da produção
animal. Além de transmitir doenças, as moscas
podem ser um problema quando os ovos ficam
manchados com seus excrementos e vômitos.
Muitos deles podem ser foco de salmoneloses.
Há também a presença de gastos com
medicamentos e perdas de perfomance
dos animais quando estes são acometidos por
doenças transmitidas pelas moscas, além
do baixo desempenho dos lotes e piora
da conversão alimentar gerados pelo estresse
da infestação do ambiente pela mosca.
Deve-se ressaltar também que, além
da contaminação dos alimentos, há elevação
dos gastos com a higienização das instalações
e até a suspensão do abate pelo SIF em frigoríficos
infestados.
O aumento da população de moscas pode tornar-
se um grande transtorno para os trabalhadores das
granjas de aves e suínos, pois a presença de moscas
incomoda, é muito desagradável.
Quando a urbanização se expande em direção
às zonas rurais, podem ocorrer reclamações
da população contra os produtores, o que pode
se tornar uma ameaça ao funcionamento destas
granjas. Normalmente esses insetos se desenvolvem
no ambiente de produção e invadem as áreas
residenciais vizinhas.
5.2.2 Controle químico
O controle eficiente da mosca é obtido a partir
da adoção do Controle Integrado de Pragas (CIP),
adaptado para atender às particularidades de cada
granja ou ambiente invadido pelas moscas.
As moscas adultas representam apenas uma
pequena porcentagem da população presente
na propriedade. O adulto é somente a etapa final
de uma série de estágios (ovo, larva e pupa).
Se as medidas de controle forem dirigidas somente
às moscas adultas, dificilmente o problema será
contornado e o ambiente levado aos parâmetros
esperados.
Com o objetivo de auxiliar o produtor rural
na eliminação das moscas de suas unidades
de produção, a Bayer disponibiliza ao mercado
uma linha de produtos muito eficazes: QuickBayt®,
isca mosquicida; os inseticidas piretroides
Responsar® SC 1,25 SP e Solfac® CE 5%;
e o regulador de crescimento Starycide® SC 480.
Para a otimização do uso e utilização correta desses
produtos, visando a um controle bem-sucedido
deste inseto, a Bayer oferece aos seus clientes
o Programa Bayer de Controle de Moscas,
que conta com técnicos treinados para que o
programa seja implementado de forma eficaz
nas granjas. Conheça o Programa Bayer
de Controle de Moscas através da equipe Bayer
de representantes técnicos, ou através de nossos
distribuidores, ou ainda no site
www.bayeravesesuinos.com.br.
Manual de Biossegurança Bayer
36
Os técnicos da Bayer responsáveis pela
implantação do Programa Bayer de Controle
de Moscas irão fazer análise cuidadosa
do local e do grau de infestação e, com isto,
darão as orientações adequadas para o controle
bem-sucedido.
5.2.2.1 Controle das larvas
Starycide® SC 480
Inseticida inibidor de crescimento de insetos,
formulado à base de triflumuron, apresenta elevado
poder residual. Seu uso é compatível com o uso dos
inseticidas Responsar® SC 1,25 SP e Solfac® CE
5%, os quais são destinados
ao controle do inseto adulto.
O Starycide® SC 480 é um
larvicida muito potente, não
deixa odor nem manchas,
é extremamente seguro
para animais não alvos e ao
homem.
Figura 9 – Embalagem do Starycide® SC 480
Sua ação eficaz e seletiva inibe o crescimento
dos insetos, impedindo a formação da quitina,
elemento essencial do exoesqueleto e que protege
os insetos contra as adversidades do meio. Também
provoca esterilidade nos insetos adultos. Permite
um efetivo controle de larvas e ninfas, em baixa
dosagem, reduzindo desta forma os riscos
de intoxicação e contaminação.
Modo de Usar
Starycide® SC 480 é solúvel em água. Deve ser
aplicado em toda a instalação, fendas e aberturas,
composteira, lagoa de dejetos, canaleta
de escoamento de dejetos, diretamente nas fezes
acumuladas no ambiente, ou seja, em todos
os ambientes que favorecem o desenvolvimento
das larvas de moscas.
Diluir 200 mL de Starycide® SC 480 em
10 litros de água e aplicar 50 mL da calda inseticida
por m2. A aplicação do produto nos focos
de desenvolvimento de larvas pode ser realizada
com pulverizador costal ou motorizado.
Figura 10 – Pontos de desenvolvimento de larvas de moscas em galpão de aves de postura
5.2.2.2 Controle da mosca adulta
QuickBayt®
Isca mosquicida com atrativo, pronto para o uso,
eficaz no controle da mosca adulta.
Especialmente indicado para o controle de moscas
em instalações rurais, tais como aviários, pocilgas,
estábulos etc.
Figura 11 – Apresentações do QuickBayt®
Manual de Biossegurança Bayer
37
Mosquicida de ingestão formulado à base
de imidacloprida, princípio ativo do grupo
neonicotinoide. Promove rápido knock-down,
matando a mosca muito rapidamente. Produto de
fácil aplicação e baixa toxicidade para animais de
sangue quente.
Modo de usar
O QuickBayt® pode ser utilizado na forma de isca
granulada ou na forma de isca umedecida.
Figura 12 – Formas de utilização do QuickBayt®
QuickBayt® como isca granulada
No interior e arredores das instalações, espalhar
os grânulos secos em superfícies planas, placas
ou bandejas, de modo uniforme. Evite áreas sujas.
O ideal é que sejam utilizadas pequenas
quantidades do produto em diferentes pontos
da instalação. Duzentos gramas do produto tratam
100 m2 de área infestada, ou seja, 2 gramas
de QuickBayt® por m2.
Figura 13 – QuickBayt® em diferentes porta-iscas
QuickBayt® como isca umedecida
O QuickBayt® pode ser dissolvido em água
e aplicado com pincel em paredes, vigas, batentes
de janelas, máquinas, equipamentos e outras áreas
onde os insetos pousam.
Dissolver 100 g de QuickBayt® em 100 mL de
água e deixar em repouso por 15 a 30 minutos,
tempo necessário para que se forme uma pasta.
Em seguida, agitar novamente a solução e esta
estará pronta para o uso.
Figura 14 – Preparo do QuickBayt® como isca umedecida
Com o auxílio de um pincel, aplicar a pasta
de QuickBayt® em pequenas faixas com
espaçamento entre estas. A aplicação deve ser
realizada nos pontos onde as moscas costumam
permanecer durante o dia e também repousar.
Figura 15 – Aplicação do QuickBayt® na forma de isca umedecida
O emprego do QuickBayt® na forma de isca
umedecida pode contemplar divisórias, máquinas
e equipamentos contidos nas instalações.
A Figura 16 mostra a
aplicação do produto
na parte externa dos
comedouros de um
galpão de aves de
postura comercial.
Figura 16 – Aplicação do QuickBayt® na parte externa do comedouro de aves
Manual de Biossegurança Bayer
38
As partes externas das instalações também podem
ser tratadas, pois devido ao aroma irresistível às
moscas e à atraente cor vermelha do QuickBayt®,
as moscas que circulam pelas proximidades são
atraídas e rapidamente destruídas.
É importante ressaltar que para se garantirem os
resultados eficientes do QuickBayt® como isca
umedecida, é necessário manter a isca úmida.
Para isto, borrifar água nos pontos de aplicação
sempre que estes ressecarem. A água reativará
a atratividade do produto.
O QuickBayt® tem prolongado efeito residual,
podendo alcançar sete semanas com resultados
altamente eficientes, como mostra o Gráfico 1,
onde se vê a porcentagem de redução do número
de insetos por animal no período de 7 dias.
Gráfico 1 – Redução média de moscas por animal no período de 7 semanas
Responsar® SC 1,25 SP
Inseticida piretroide de última
geração formulado à base
de beta-ciflutrina. Apresenta
elevado poder residual,
é indicado para uso em áreas
internas e externas.
Altamente eficaz contra
insetos rasteiros e voadores,
não deixa manchas, resíduos
visíveis nem odores.
Figura 17 – Embalagem de 1 litro do Responsar® SC 1,25 SP
Inseticida de contato que age através
da interrupção da transmissão elétrica dos impulsos
nervosos. É o produto indicado para o uso nos
ambientes fechados, com presença de animais
e circulação constante de colaboradores por se
tratar de produto sem cheiro.
Devido à alta estabilidade da formulação SC,
as moléculas de Responsar® SC 1,25 SP não se
evaporam e não se dispersam, permanecendo mais
tempo na superfície.
Indicado para o controle de moscas, mosquitos,
baratas, pulgas, cascudinhos, formigas, traças,
percevejos e escorpiões.
Modo de usar
Responsar® SC 1,25 SP é solúvel em água. Dilua
o produto diretamente no pulverizador e aplique
a calda inseticida nos locais preferidos pelo inseto,
tais como: batentes de portas e janelas, vigas,
rodapés, cantos de máquinas e equipamentos,
paredes, canos, caixas elétricas, de gordura, esgoto
etc. Deixe secar naturalmente. Para o controle de
moscas, diluir 150 mL a 350 mL de Responsar® SC
1,25 SP para cada 10 litros de água e aplique 50
mL de calda por m2.
Solfac® CE 5%
Inseticida piretroide de última
geração, formulado
à base de ciflutrina. Apresenta
elevado poder residual e efeito
desalojante. Seu veículo é um
derivado do petróleo, o que dá
ao produto grande capacidade
de se infiltrar nas superfícies,
promovendo o desalojamento
dos insetos que se encontram
abaixo da superfície.
50
40
30
20
10
01 2 3 4 5 6
(% de redução da infestação média
de moscas por animal)
Figura 18 – Embalagem de 1 litro do Solfac® CE 5%
Manual de Biossegurança Bayer
39
O Solfac® CE 5% é um inseticida de contato que
age através da interrupção da transmissão elétrica
dos impulsos nervosos. Pode ser utilizado tanto nas
áreas internas da granja como nas áreas externas
para formação de barreira química, garantindo
assim proteção mais duradoura. Indicado para
o controle de moscas, baratas, formigas, cupins,
cascudinhos, mosquitos, aranhas, pulgas
e escorpião.
Modo de usar
Solfac® CE 5% é solúvel em água e miscível em
solventes (óleo mineral, óleo vegetal, óleo diesel
ou querosene). Para o controle de moscas, prepare
diretamente no tanque do pulverizador uma calda
com 60 mL a 80 mL de Solfac® CE 5% para cada
10 litros de água e aplique 50 mL de calda por m2.
Aplicar a solução sobre as áreas onde os insetos se
encontram.
Figura 19 - Matricial BAYER de controle de moscas
5.2.3 Controle de moscas na composteira
A colocação adequada de aves, cama, maravalha
e palha seca nas caixas determinarão a formação
de uma boa compostagem. Não caixa primária,
coloque de 15 a 30 cm de cama ou serragem ou
outro material absorvente na base dela, o que
minimizará o potencial de lixiviação de líquidos que
poderia deixar a mistura muito úmida. A seguir,
coloque 15 cm de palha solta na caixa para prover
aeração. Coloque uma fileira de aves mortas sobre
a palha, deixando cerca de 15 cm entre as aves
mortas e a parede da caixa. Este espaço permite
a circulação de ar ao redor da compostagem
e matém as carcaças próximas ao centro da pilha
onde as temperaturas são mais altas. É importante
que as aves mortas não fiquem estaqueadas na
fileira, mas as carcaças individuais podem ficar
em contato umas com as outras, em uma simples
camada. A determinação do peso das aves mortas
por camada deve ser feita, assim saberemos quanto
de cada um dos outros ingredientes da receita
precisarão ser adicionados à compostagem.
Depois de colocar a fileira de aves mortas, espalhar
a quantidade apropriada de cama ou esterco sobre
as aves mortas, de acordo com a receita que está
sendo usada. Espalhe o esterco ou a cama
da maneira mais uniforme possível. Por exemplo,
72 kg de ave morta devem receber uma camada
de 108 kg de cama de aviário ou esterco. Adicionar
mais uma camada de palha seca sobre a camada
de cama ou esterco. A camada de palha deve
conter um volume mínimo de 7 kg.
Manual de Biossegurança Bayer
40
Continue colocando as camadas conforme descrito
acima, seguindo a sequência aves mortas, cama
ou esterco, palha, até alcançar o preenchimento
da caixa. O ideal é que a mortalidade de um
dia forme uma ou mais camadas completas na
caixa. Caso contrário, faça uma camada parcial
e complete no próximo dia. Caixas cheias devem
ser cobertas com 15 cm de serragem ou material
similar, o que irá reduzir a atração de moscas,
além de prover uma aparência melhor.
Se a compostagem foi bem dimensionada
e a mortalidade é normal, a primeira caixa estará
pronta para a retirada quando a última começar
ser preenchida. Isto permite que
o processo tenha andamento contínuo. A Figura 20
demonstra a maneira correta de se trabalhar com
a compostagem de aves mortas, exibindo
a sequência das camadas no interior do sistema.
A composteira é um local propício à proliferação
das moscas. O manuseio correto evitará
a proliferação do inseto, reduzindo assim
a necessidade do uso de produtos químicos.
Recomenda-se o uso do Starycide® SC 480
nos pontos onde há presença de larvas, e o uso
de QuickBayt® nos locais de permanência
do inseto adulto.
Maravalha seca
Palha seca
Cama de aviário
Aves mortas
Palha seca
Cama de aviário
Aves mortas
Palha seca
Cama de aviário
Piso concretoFigura 20 – Sequência de camadas da composteira
5.3 AVALIAÇÃO DO GRAU DE INFESTAÇÃO DA INSTALAÇÃO
A) Avaliação do grau de infestação do
ambiente pela mosca adulta
Nos locais frequentados pelas moscas adultas,
demarcar uma área de um metro quadrado,
a qual pode ser vertical ou horizontal. Usar
preferencialmente um fundo na cor vermelha ou
amarela, pois são cores que atraem as moscas.
Fazer a contagem, durante cinco minutos, do
número de moscas adultas que pousam no local
demarcado. Fazer contagens periódicas e registrar
os resultados obtidos, para que posteriormente
possam ser gerados gráficos de acompanhamento
do grau de infestação do ambiente pelo inseto
adulto.
B) Avaliação do grau de infestação do
ambiente pela pupa
Nos locais onde há desenvolvimento de larvas,
demarcar uma área de um metro quadrado,
quantificar o número de pupas e registrar nas
planilhas de acompanhamento. Os dados devem
ser avaliados para que se faça a verificação
do sucesso do controle de moscas.
Faz-se a contagem das pupas e não das larvas
devido à utilização do Starycide® SC 480, produto
que impede o desenvolvimento da larva da mosca.
5.4 MONITORAMENTO E REGISTRO
Após a adoção de um programa de controle
de moscas, é fundamental que seja feito
o monitoramento deste, onde se avalia o grau
de infestação da granja pela mosca, a necessidade
de adoção de medidas corretivas, a verificação
do preenchimento adequado das planilhas
de controle, entre outras ações.
Este monitoramento tem como objetivo favorecer
o sucesso do programa.
Manual de Biossegurança Bayer
41
O registro adequado de todas as ações tomadas
durante um programa de controle de moscas pode
identificar desvios e apontar melhorias, evitando o
comprometimento do programa em andamento,
além de dar as diretrizes para a determinação
da melhor forma de controle para a unidade em
questão, e dar informações para que se faça o
controle preventivo.
Planilha de controle de produto aplicado no controle de moscas
Data da
Aplicação
Produto
QuickBayt®Número
Lote
Data da
fabricação
Produto
Responsar
Número
Lote
Data da
fabricação
Produto
Starycide
Número
Lote
Data da
fabricação
Produto
Solfac®
Número
Lote
Data da
fabricação
Avaliação dos Produtos Aplicados
Ótima Boa Ruim
Instalação: Responsável:
Programa Biossegurança Bayer
Produtos Aplicadas em mL/grama
Dosagem dos produtos para controle de larvas e moscasStarycide® SC 480: Aplicar 100 mL a 200 mL do produto para cada 200 m² de área tratada.Responsar®: Aplicar 150 mL a 350 mL do produto para cada 10 litros de água, aplicar 50 mL de calda por m² Solfac®: Aplicar 20 mL a 80 mL do produto para cada 10 litros de água, aplicar 50 mL de calda por m² QuickBayt®: Com o granulado seco ou isca umedecida, aplicar 100 g do produto para cada 50 m² ou pincelado 100 g do produto dissolver em 100 mL de água.
Figura 21: Planilha de controle do volume de inseticida empregado no Programa Bayer de Controle de Moscas
5.5 ADOÇÃO DE MEDIDAS PREVENTIVAS
Medidas preventivas devem ser adotadas a fim
de tornar o ambiente impróprio à instalação
e proliferação de moscas:
Mantenha os ambientes limpos e organizados •
Não jogue lixo nas ruas e terrenos vazios•
Remova os resíduos que possam servir de atrativo•
Não jogue esgoto a céu aberto•
Evite e elimine vazamentos em sistemas •
de esgoto
Controle rigorosamente o fornecimento •
e o manuseio adequado de água no interior
das granjas
Coloque as carcaças de animais mortos •
na composteira
Faça o manejo correto do esterco e de dejetos•
5.6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O sucesso do controle de moscas está ligado
ao uso correto dos inseticidas e a adoção das
medidas preventivas. Lembre-se que é fundamental
que se faça o controle químico tanto da larva como
do adulto, e que existem produtos específicos
para cada uma destas fases. O monitoramento
constante também é de grande importância,
adotando-se as medidas corretivas quando
necessário.
Manual de Biossegurança Bayer
42
As baratas apareceram sobre a face do nosso
planeta há aproximadamente 400 milhões
de anos e são, sem dúvida, um dos insetos mais
conhecidos e causadores de repulsa nos seres
humanos desde os seus primórdios. Pertencentes
a Ordem Dictyoptera, foram descobertas até
o momento cerca de 3.500 espécies de barata,
e desse total apenas 1% (cerca de 25 a 30 espécies)
possui hábitos domiciliares. Muitas espécies vivem
na natureza e são importantes na cadeia ecológica,
servindo de alimento a outros seres e mesmo
ajudando na incorporação de nutrientes ao meio
ambiente silvestre. Possuem pouca ou praticamente
nenhuma importância na agricultura.
As espécies mais nocivas ao homem e que são
frequentemente encontradas em residências são:
Periplaneta americana (barata-americana), Blattella
germanica (barata-alemã) e Blatta orientalis
(barata- oriental).
As baratas desenvolvem-se por metamorfose
gradual em três estágios: ovo, ninfa e adulto.
A fêmea produz um estojo protetor de ovos, em
forma de bolsa fechada, chamada de ooteca,
a qual contém duas fileiras de ovos cujo número
varia conforme a espécie. As ninfas rompem
a ooteca trabalhando juntas e saem para iniciar
sua vida no ambiente. Parecem-se com os adultos,
embora não tenham asas e de tempos em tempos
sofrem mudas e crescem. Assim que passa por uma
ecdise (muda), a ninfa recém-saída de sua casca
anterior é de cor muito clara, praticamente branca,
mas escurece em algumas horas. Depois da última
ecdise, surge a barata adulta que já tem as asas
completamente formadas e é sexualmente madura;
no entanto, há espécies cujos adultos não possuem
asas ou são elas atrofiadas.
Características gerais das baratas:
São ativas principalmente à noite, quando deixam •
seus abrigos em busca de alimentos
Geralmente vivem em grupos•
Hábito onívoro•
Elevado potencial reprodutivo•
Facilidade de se esconder em pequenas frestas•
As baratas têm muitos inimigos naturais,
predadores e parasitoides:
Bactérias, vermes, fungos, protozoários•
Artrópodes: ácaros, aranhas, besouros, •
escorpiões, percevejos, vespas, abelhas
e formigas
Vertebrados (aves)•
Homem •
As baratas podem provocar danos à saúde
humana, danos à saúde animal e prejuízos
econômicos. Atuam como vetores mecânicos de
diversos agentes patogênicos: bactérias, vírus
e protozoários, responsáveis por doenças como
cólera, difteria,
febre tifoide, giardíase, toxoplasmose, herpes,
poliomielite, gastroenterocolites, lepra, pneumonia,
infecções respiratórias, conjuntivite, infecções
urinárias, intoxicação alimentar. Também podem
carrear ovos de helmintos (vermes) como
o Ancylostoma duodenale e o Necator americanus,
ambos encontrados em baratas de esgoto,
causadores da ancilostomíase ou amarelão.
A barata transporta estes agentes de doença
em todo o seu corpo, patas e fezes.
Os prejuízos econômicos se expressam na
necessidade de tratamento das enfermidades
transmitidas pelas baratas, nos sérios danos que
as baratas podem causar a eletroeletrônicos, e na
contaminação de alimentos, de equipamentos,
ou seja, de todo lugar por onde passam.
6 - BIOLOGIA E CONTROLE INTEGRADO DE BARATAS EM ÁREAS DE PRODUÇÃO ANIMAL
Manual de Biossegurança Bayer
43
6.1 BIOLOGIA DAS PRINCIPAIS ESPÉCIES DE BARATA
6.1.1 Blattella germanica (Barata-alemã)
Figura 1 – Casal de Blatella germanica
Espécie de cor castanho-claro, mede cerca de 1,5
cm. Seu ciclo de vida varia entre 200 a 300 dias. As
fêmeas carregam a ooteca até quase o momento
da eclosão. Produzem 4 a 8 ootecas durante a vida,
e cada ooteca contém cerca de 24 a 28 embriões
que se desenvolvem em torno de 28 dias.
A Blattella germanica normalmente habita
ambientes quentes e úmidos como áreas
de armazenamento, cozinhas, despensas, fornos,
frigoríficos, freezers, estufas e coifas, sob pias,
sob bancadas, atrás de quadros e painéis, caixas
de interruptores, pés vazados de mesas e cadeiras,
ao longo de tubulações.
6.1.2 Periplaneta americana
(Barata-americana)
Figura 2 – Casal de Periplaneta americana
Espécie de coloração castanho-avermelhado, mede
entre 3,5 e 4 cm. Seu ciclo de vida varia entre 180
dias a 3 anos, sendo que uma fêmea coloca em
sua vida uma média 225 ovos dispostos em várias
ootecas.
Os locais propícios a infestação são áreas térreas,
galerias subterrâneas, tubulações, caixas de esgoto,
caixas de gordura, caixas de passagem, caixas de
força, ralos, cisternas, tubos de queda, áreas de
serviço, banheiros, atrás de cortinas.
6.1.3 - Blatta orientalis (Barata-oriental)
Figura 3 – Casal de Blatta orientalis
Espécie de coloração quase negra, mede entre 2
e 2,7 cm de comprimento e possui asas abreviadas.
A longevidade dos adultos varia entre 60 a 250
dias. A fêmea carrega a ooteca por 1 ou 2 dias,
e a deposita em locais protegidos. As fêmeas
produzem de 5 a 10 ootecas, com cada ooteca
apresentando aproximadamente 16 ovos que se
desenvolvem em aproximadamente 40-80 dias.
O período de desenvolvimento das ninfas machos
é de 180 dias com 7 a 8 mudas, e o das ninfas
fêmeas é de 300 dias com 9 a 10 mudas.
A espécie Blatta americana apresenta hábitos
domésticos sendo comumente encontrada em
ambientes resfriados e úmidos, comuns em porões
e adegas; também podem ser encontradas junto
a fontes de água, pias e banheiros.
6.2 AVALIAÇÃO DO GRAU DE INFESTAÇÃO DA INSTALAÇÃO
Baixa infestação: Quando não são encontradas
baratas durante o período diurno e o número de
baratas circulantes no ambiente estiver entre 1 e 5
durante o período noturno.
Alta infestação: Quando o número de baratas
circulantes no ambiente estiver entre 1 e 3 durante
Manual de Biossegurança Bayer
44
o período diurno e acima de 5 durante o período
noturno.
6.3 CONTROLE DE BARATAS
6.3.1 Inspeção das unidades de produção
A inspeção cuidadosa do local é de grande
importância no programa de controle de baratas.
Durante a inspeção deve-se identificar a presença
de locais propícios à multiplicação
e desenvolvimento das baratas, procurar por
vestígios que indiquem a presença de baratas
e também identificar a espécie de barata presente
no ambiente e o grau de infestação do ambiente
pela praga.
Figura 4 – Baratas alojadas nas rachaduras do concreto de fábrica de rações
Figura 5 – Alojamento de baratas adultas em instalações suínas
6.3.2 Controle químico
Produtos Bayer para o controle
de baratas
Com o objetivo de auxiliar o produtor rural
na eliminação das baratas de suas unidades
de produção, a Bayer disponibiliza ao mercado
produtos muito eficazes no controle desta praga,
os inseticidas Solfac® CE 5% e Responsar® SC
1,25 SP. Para a otimização do uso e utilização
correta destes produtos, visando a um controle
bem-sucedido desta praga, a Bayer oferece aos
seus clientes o Programa Bayer de Controle
de Baratas, que conta com técnicos treinados
para que o programa seja implementado de forma
eficaz nas granjas. Conheça o Programa Bayer
de Controle de Baratas através da equipe Bayer
de representantes técnicos, ou através de nossos
distribuidores, ou ainda no site
www.bayeravesesuinos.com.br.
Os técnicos da Bayer, responsáveis pela
implantação do Programa Bayer de Controle
de Baratas, irão fazer análise cuidadosa do
local e do grau de infestação, e, com isto, darão
as orientações adequadas relacionadas aos
procedimentos de controle.
Responsar® SC 1,25 SP
Inseticida piretroide de última
geração, formulado
à base de betaciflutrina.
Apresenta elevado poder
residual, não causa irritações,
não deixa manchas, resíduos
visíveis, nem cheiro. Figura 6 – Embalagem de 1 litro do Responsar®
Manual de Biossegurança Bayer
45
Inseticida de contato que age através
da interrupção da transmissão elétrica dos
impulsos nervosos. Pode ser utilizado tanto nas
áreas internas da granja como nas áreas externas.
É o produto indicado para o uso nos ambientes
fechados, com presença de animais e circulação
constante de colaboradores, por se tratar
de um produto sem cheiro.
Devido à alta estabilidade da formulação SC,
as moléculas de Responsar® SC 1,25 SP não
se evaporam e não se dispersam, permanecendo
mais tempo na superfície.
Indicado para o controle de baratas, moscas,
mosquitos, pulgas, cascudinhos, formigas, traças,
percevejos e escorpiões.
Modo de usar
Responsar® SC 1,25 SP é solúvel em água. Dilua
o produto diretamente no pulverizador e aplique
a calda inseticida nos locais preferidos pelo inseto,
tais como: batentes de portas e janelas, vigas,
rodapés, cantos de máquinas e equipamentos,
paredes, canos, caixas elétricas, de gordura, esgoto
etc. Deixe secar naturalmente.
Dosagem
Diluir 150 mL a 350 mL de Responsar® SC 1,25 SP
para cada 10 litros de água
e aplique 50 mL de calda por m2.
Solfac® CE 5%
Inseticida piretroide de última
geração, formulado
à base de ciflutrina.
Apresenta elevado poder
residual e efeito desalojante.
Seu veículo é um derivado do petróleo, o que dá
ao produto grande capacidade de se infiltrar nas
superfícies, promovendo o desalojamento dos
insetos que se encontram abaixo da superfície.
O Solfac® CE 5% é um inseticida de contato que
age através da interrupção da transmissão elétrica
dos impulsos nervosos. Pode ser utilizado tanto nas
áreas internas da granja como nas áreas externas
para formação de barreira química, garantindo
assim proteção mais duradoura.
Indicado para o controle de baratas, formigas,
cupins, cascudinhos, moscas, mosquitos, aranhas,
pulgas e escorpião.
Modo de usar
Solfac® CE 5% é solúvel em água e miscível em
solventes (óleo mineral, óleo vegetal, óleo diesel
ou querosene).
Para o controle de baratas, prepare diretamente no
tanque do pulverizador uma calda com 60 mL a 80
mL de Solfac® CE 5% para cada 10 litros de água
e aplique 50 mL de calda por m2. Aplicar a solução
sobre as áreas onde os insetos se encontram.
Recomendações
Evite o uso de desinfetantes sobre as superfícies •
tratadas com inseticidas.
Nos casos de alta infestação das instalações •
animais pela barata, recomenda-se a aplicação
de Solfac® CE 5%, nos pontos de proliferação
e alojamento da barata, antes que o processo
de lavagem do galpão seja iniciado.
Ao término da lavagem e desinfecção das •
instalações, aguardar 48 horas e proceder à
aplicação da calda inseticida.
Solfac• ® CE 5% é o produto indicado para
o uso durante o vazio sanitário das instalações
e em condições em que haja a necessidade
de desalojamento dos insetos.
Figura 7 – Embalagem de 1 litro do Solfac®
Manual de Biossegurança Bayer
46
6.3.3 Monitoramento e registro
Após a adoção de um programa de controle
de baratas, é fundamental que seja feito
o monitoramento deste, onde se avalia o grau
de infestação da granja pela barata, a necessidade
de adoção de medidas corretivas, a verificação
do preenchimento adequado das planilhas de
controle, entre outras ações. Este monitoramento
tem como objetivo favorecer o sucesso
do programa. O registro adequado de todas
as ações tomadas durante um programa
de controle de baratas pode identificar desvios
e apontar melhorias, evitando o comprometimento
do programa em andamento, além de dar
as diretrizes para a determinação da melhor forma
de controle para a unidade em questão.
Figura 8: Planilha de controle do volume de inseticida empregado no Programa Bayer de Controle de Baratas
Planilha de controle de produto aplicado no controle de baratas
Data da Aplicação Produto Responsar®Número
LoteData da fabricação Produto Solfac®
Número
LoteData da fabricação
Avaliação dos Produtos Aplicados
Ótima Boa Ruim
Instalação: Responsável:
Programa Biossegurança Bayer
Produtos Aplicadas em mL
Dosagem dos produtos para controle de baratas
Responsar®: Aplicar 150 ml a 350 ml do produto para cada 10 litros de água, aplicar 50 ml de calda por m² Solfac®: Aplicar 60ml a 80 ml do produto para cada 10 litros de água, aplicar 50 ml de calda por m²
6.3.4 Adoção de medidas preventivas
Medidas preventivas devem ser adotadas a fim
de tornar o ambiente impróprio à instalação
e proliferação de baratas:
Mantenha os ambientes limpos e organizados •
Não jogue lixo nas ruas e terrenos vazios•
Remova os resíduos que possam servir de atrativo•
Elimine entulhos junto às paredes e áreas •
externas das instalações
Não jogue esgoto a céu aberto•
Evite e elimine vazamentos em sistemas •
de esgoto
Mantenha esgotos com sistema de sifão em •
perfeito estado
Realize o fechamento de rachaduras nas paredes •
e pisos
Faça a manutenção constante do rejunte •
de azulejos e lajotas
Inspecione e controle a entrada de materiais •
embalados em caixas
Todo tipo de estocagem realizada no ambiente •
de produção ou residencial deve ser em estrados,
respeitando-se o afastamento entre a pilha
e a parede e entre as pilhas
Coloque as carcaças de animais mortos •
na composteira
Manual de Biossegurança Bayer
47
7 - CONCLUSÃO DO CONTROLE INTEGRADO DE PRAGAS
O controle dos insetos que se proliferam nas
unidades de produção animal é de extrema
importância, pois estes insetos são responsáveis
por danos que podem acometer os animais
e o homem. Estes danos podem ser tanto
econômicos como sanitários. A abordagem correta
do problema engloba elementos biológicos,
de manejo, o controle químico, e inclusive fatores
culturais das diferentes regiões. Acreditar que
a simples aplicação periódica de inseticidas
ou raticidas nas granjas irá resolver o problema
das infestações pelas pragas é incorreto, pois
o controle químico é parte do programa integrado
de controle de pragas. O controle químico é muito
eficaz, desde que seja planejado e adequadamente
implementado, seguindo as especificações amplas
de um programa de controle das diferentes pragas.
O controle efetivo de insetos e roedores se alcança
através de um conjunto de medidas que visam
à redução das chances de invasão e da instalação
do inseto na granja ou estabelecimento.
Também é importante que se faça
o monitoramento contínuo da infestação
e a adoção de medidas corretivas quando
necessário.
É muito importante conscientizar todos
os operadores sobre os fatores que favorecem
o desenvolvimento de insetos e roedores, e sobre
as medidas que devem ser tomadas para seu
controle; daí, a importância de se realizarem
treinamentos técnicos.
A adoção correta do Programa Biossegurança
Bayer irá auxiliar o produtor no controle de insetos
e roedores.
Entre em contato conosco!
Manual de Biossegurança Bayer
48
8 - HIGIENIZAÇÃO
INTRODUÇÃO
O manejo animal está diretamente ligado
à prevenção da transmissão de doenças.
Independentemente da capacidade letal de cada
patógeno, estes sempre foram e continuam
sendo os propulsores do medo no setor produtivo
nacional e internacional. Dentro deste contexto,
a biossegurança tem se tornado o foco de atenção
da maioria dos produtores de animais e nas
indústrias de alimentos.
O termo biossegurança se refere ao conjunto de
programas e medidas delineadas com o objetivo
fundamental de diminuir, de maneira significativa,
a inevitável exposição dos animais a agentes
infecciosos e predadores naturais.
O programa de higienização é parte integrante
da biossegurança de uma granja e tem por objetivo
reduzir os riscos de contaminação dos plantéis
através do controle de patógenos sobre o ambiente
de criação, o que irá reduzir o nível de ocorrência
de doenças e irá permitir que o potencial genético
dos animais se expresse de maneira plena. Deve-se
ressaltar também a necessidade de reduzir
o número de patógenos de importância econômica
e de saúde humana, garantindo a segurança
alimentar e a redução de gastos decorrentes do uso
de medicações e perdas com animais doentes.
O termo higienização associa os processos
de limpeza e de desinfecção das instalações.
A higienização correta das instalações, associada
ao vazio sanitário, é fundamental para minimizar
os riscos de infecções e a quebra do ciclo de vida
de determinados agentes infecciosos.
Passo 1 IDENTIFICAÇÃO DO PROBLEMA
Inspeção das unidades de produção
A inspeção cuidadosa do local é de grande
importância no programa de higienização. Durante
a inspeção, deve-se avaliar o grau de sujidade
em todo o ambiente de criação, incluindo as partes
superiores das instalações, a área externa e todos
os equipamentos. A inspeção bem realizada pode,
ainda, indicar a presença de insetos e roedores
através da detecção de seus rastros, como também
pode auxiliar a identificação de pequenos danos
estruturais.
Figura 1 – Acúmulo de sujidade na parte superior da instalação
Figura 2 – Acúmulo de sujidade na parte externa da instalação
Manual de Biossegurança Bayer
49
Figura 3 – Acúmulo de sujidade em equipamentos
Figura 4 – Manchas de gordura indicando presença de roedores
Passo 2 IDENTIFICAÇÃO DOS PONTOS CRíTICOS DE HIGIENIZAÇÃO
Após a inspeção, criar um relatório orientando
as ações necessárias e essenciais para a eliminação
ou a redução significativa da contaminação
ambiental e dos equipamentos.
A higienização correta traz grandes benefícios
para a produção animal. Compreender
os procedimentos de limpeza e desinfecção
das instalações e equipamentos resulta na correta
eliminação dos resíduos da produção.
Dentro de um sistema de produção animal,
os procedimentos de limpeza das instalações devem
ser entendidos em dois momentos: a limpeza
de rotina diária e a limpeza no intervalo entre
os lotes ou período de vazio sanitário das instalações.
Na limpeza de rotina diária, para atender
ao objetivo de minimizar a carga microbiana
das instalações e reduzir a exposição dos animais
alojados aos patógenos veiculados pela matéria
orgânica ou “sujeira”, devem-se atender aos
seguintes aspectos:
Fluxo: quando a rotina de limpeza da granja •
é feita pela mesma pessoa, esta deve obedecer
ao fluxo para iniciar a limpeza no sentido da fase
menos contaminada para a mais contaminada
Esvaziar e limpar com água sob pressão as calhas •
e fossas existentes (criação de suínos)
Retirar das instalações qualquer material •
remanescente de atividades diversas como sacos
de ração, seringas, frascos de produtos etc.
Utilizar utensílios como vassoura, pá e escova •
exclusivas para cada galpão
Limpar os comedouros, retirando os restos •
de ração antes de adicionar nova ração
Retirar fezes dos comedouros sempre que •
for detectado pelo operador
Manter os bebedouros limpos•
Trocar o desinfetante do pedilúvio •
Verificar as condições do desinfetante do arco •
de desinfecção na entrada da granja
Clorar a água de bebida •
Limpar os bebedouros do tipo pendular •
diariamente (criação de aves)
Remover as aves mortas do galpão•
Manual de Biossegurança Bayer
50
O procedimento de limpeza em instalações vazias
pode ser dividido em cinco etapas:
1. Limpeza seca
2. Limpeza úmida
3. Aplicação do detergente/limpador
4. Enxágue
5. Desinfecção
Cabe destacar que em um programa de limpeza
e desinfecção, a fase de limpeza “sempre” precede
a desinfecção propriamente dita e a qualidade
da limpeza, neste caso, é limitante para o sucesso
do processo de desinfecção.
1. Limpeza seca: utiliza pá e vassoura para
remoção das fezes, cama, restos de ração etc.,
sem umedecer as superfícies das instalações.
Iniciar, no máximo, 3 horas após a saída •
dos animais
Retirar da instalação os equipamentos •
desmontáveis e os utensílios
Remover a maravalha e o esterco solto •
ou incrustado no piso
Remover toda a sujeira seca existente no interior •
das instalações: pisos, muretas, cantos, frestas,
contornos das aberturas, divisórias e calhas. Tal
medida auxilia o processo de lavagem reduzindo
o volume de matéria orgânica que será carregada
para as lagoas de decantação ou arredores das
instalações, evitando remoção futura
Remover a sujeira do teto e da parte superior •
das paredes
Remover toda a sujeira seca existente •
nos arredores das instalações
Limpar as caixas de pedilúvio•
Figura 5 – Limpeza seca em galpão de criaçao de suínos
Figura 6 – Limpeza seca em galpão de criaçao de aves
2. Limpeza úmida: consiste na lavagem com água
sob pressão de todas as superfícies utilizadas por
um lote para remover a sujeira grossa, visível, que
está solta nas superfícies. Este processo promove
a redução de 90% dos resíduos e potencializa
a ação do limpador/detergente. A lavagem deve ser
feita do fundo para o depósito, de cima para baixo,
e do centro para a lateral.
Figura 7 – Limpeza úmida em galpão de criação de suínos
Figura 8 – Limpeza úmida em galpão de criação de aves
Manual de Biossegurança Bayer
51
3. Aplicação do detergente/limpador:
deve contemplar toda a estrutura e todos
os equipamentos. Pode ser realizada com água
quente ou fria; a água quente favorece a remoção
da gordura acumulada nas instalações.
Os equipamentos desmontáveis podem ser
mantidos submersos em tanques com solução
detergente. O uso de um limpador/detergente
reduz o tempo, a energia e a água necessária para
o processo de limpeza, ajuda a remover o biofilme
e ajuda a maximizar a eficiência do desinfetante.
Para a limpeza das instalações
e equipamentos, a Bayer
fornece aos seus clientes
o limpador Cleanagol®.
Figura 9 – Embalagem de 5 litros do Cleanagol®
O Cleanagol® é o limpador biosseguro
e de alta performance destinado para uso geral.
Sua formulação contém tensoativos catiônicos
(Cloreto de cocobenzil dimetil amônio e Amina
etoxilada quaternizada), tensoativo não-iônico
(Álcool graxo etoxilado) e alcalinizante
e sequestrante (Tripolifosfato de sódio).
Modo de uso
Diluir o Cleanagol® seguindo as recomendações
da tabela a baixo:
Limpeza Diluição recomendadaLimpeza leve 100 mL / 10 litros de águaLimpeza média 200 mL / 10 litros de águaLimpeza pesada 300 mL / 10 litros de água
Umedecer toda a instalação com a solução de
Cleanagol® devidamente diluído para facilitar
a remoção de toda a matéria orgânica aderida nas
paredes e pisos. Aplicar o produto com máquina
formadora de espuma ou com bomba de baixa
ou média pressão, bico em leque que permita
a aderência e absorção do produto na superfície.
Aplicar de 300 a 600 mL de calda detergente por
m2 de área a ser limpa. A quantidade de calda por
m2 vai depender do tipo de superfície (porosa ou
lisa) e da quantidade de sujidade a ser removida.
A aplicação da solução de Cleanagol® deve
contemplar todos os equipamentos (bebedouros,
comedouros, sistemas de ventilação, exaustão
e ninhos). A solução deve ser aplicada
uniformemente em toda a superfície.
Aguardar 30 minutos para a adequada ação
da solução de Cleanagol®. Observado o tempo
necessário, esfregar e/ou passar água pressurizada.
Equipamentos desmontáveis podem ser mantidos
submersos em tanques com solução de Cleanagol®
para a remoção da matéria orgânica e minerais que
formam espessas camadas de sujeira nas superfícies
dos mesmos (biofilme). Após cerca de três horas
de imersão, submeter os equipamentos a jatos
de água pressurizada; em casos especiais, remover
a sujidade pela ação manual, esfregando com
esponja específica. O procedimento garante
a higienização, reduz a mão de obra, o consumo
de água e de energia elétrica.
Lembre-se que áreas que permanecem
empoeiradas, úmidas ou molhadas, hospedam
micro-organismos e/ou facilitam a sua reprodução.
Benefícios e diferenciais do limpador
Cleanagol®
Produto para limpeza, mas com ação microbicida: •
inicia o processo de desinfecção devido à
presença do Cloreto de cocobenzil dimetil
amônio em sua formulação
Alta biodegradabilidade: base aquosa•
Grande potencial de ação sobre biofilmes•
Excelente ação mesmo na presença de água dura•
Manual de Biossegurança Bayer
52
Baixa viscosidade e formação de espuma: menos •
gastos com água e tempo de lavagem
Princípios ativos diferenciados e qualidade •
superior: moderno e eficaz
Menor esforço na limpeza•
•
•
•
•
•
•
Figura 10 – Aplicação do limpador Cleanagol® nas instalaçoes e equipamentos de sistemas de criaçao de aves e suínos
4. Enxágue: aguardar o tempo de ação
do limpador Cleanagol® e proceder ao enxágue
com água sob pressão. Os jatos de água devem ser
passados uniformemente em todas as superfícies.
Nos pontos onde as impregnações de matéria
orgânica forem expressivas, o direcionamento deve
ser específico, aproximando-se o bico e mantendo
o jato de água por um tempo maior.
5. Desinfecção: a desinfecção de ambientes
e estruturas de produção tem por objetivo destruir
micro-organismos patogênicos. A desinfecção
somente deve ser iniciada após a lavagem
adequada de toda e estrutura e equipamentos.
Antes de dar início à desinfecção, o responsável
pela limpeza deverá aplicar o check-list do vazio
sanitário. Caso este seja aprovado, realizar
a desinfecção. Quando reprovado, o processo
de lavagem deve ser refeito até a aprovação
do check-list ser alcançada.
Aplicar o desinfetante no dia seguinte ao •
da lavagem, com a instalação totalmente seca
Diluir o desinfetante seguindo as recomendações •
do fabricante
Nos meses de inverno e dias muito frios, •
recomenda-se o uso de água pré-aquecida
a 37°C para diluir o desinfetante. Verifique com
o fabricante do produto a possibilidade deste uso.
Aplicar quantidade suficiente da calda •
desinfetante por metro quadrado de área a ser
desinfetada. Siga recomendações do fabricante.
Usar bomba de média pressão e bico tipo leque. •
Aplicar a solução desinfetante do fundo para
o depósito, de cima para baixo e do centro para
a lateral
Desinfetar todas as superfícies da instalação •
e de todos os equipamentos
Verificar em bula o tempo mínimo recomendado •
de contato do desinfetante com a superfície
tratada, para o combate dos diferentes agentes
patogênicos.
Deixar secar•
Fazer a monitoria. Esta deve ser realizada •
preferencialmente pelo veterinário ou
colaborador treinado, garantindo que as amostras
coletadas atendam às exigências do laboratório
que as processará. A avaliação do processo de
desinfecção deve ser realizada sistematicamente,
por meio de amostragem para a contagem total
de bactérias presentes no ambiente. Um método
bastante utilizado para avaliar a eficiência de um
programa de limpeza e desinfecção é a exposição
de placas com meio de cultivo seletivo para
contagem dos indicadores microbianos, abertas
no ambiente por tempo determinado. Amostras
de superfície também podem ser obtidas pelo
contato direto de swabs estéreis com a superfície
a ser analisada. Após serem semeados em meio
de cultura, permitem a determinação do número
de células viáveis pela visualização do crescimento
de colônias.
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Respeitar o vazio sanitário mínimo de 10 (dez) •
dias. Durante este período o galpão deve ser
mantido fechado
Aguardar os resultados do laboratório. •
Se a monitoria for aprovada, liberar as instalações
para o alojamento. Caso contrário, repetir
a desinfecção até que haja a aprovação
da monitoria pelos laudos laboratoriais
Fazer relatórios de procedimentos adotados •
e da monitoria realizada, especificando ações
tomadas, resultados obtidos, observações feitas
etc. Fazer registros em planilhas. Quanto mais
detalhados forem os relatórios, maior será
o número de informações relativas ao processo
de limpeza e desinfecção, o que irá favorecer
a implementação do processo mais eficaz para
a sua granja.
Montar os equipamentos no galpão limpo •
e desinfetado
Realizar uma segunda desinfecção, usando •
pulverização ou nebulização, cerca de duas horas
antes do alojamento do próximo lote de animais.
OBS.: Utilizar equipamento de proteção individual
sempre que for manipular produtos químicos
(protetor respiratório com filtro, luvas de proteção
de PVC, óculos de proteção, vestuário de proteção
impermeável).
Passo 3 OS LIMITES CRíTICOS DE SEGURANÇA
A determinação dos limites críticos de segurança
auxilia a padronização do monitoramento,
fornecendo limites que serão empregados
no preenchimento das planilhas de controle
da higienização, além de direcionar procedimentos
metodológicos. Assim, define-se:
Limpeza adequada: Quando visualmente não •
houver matéria orgânica residual após
a higienização
Limpeza regular: Quando visualmente houver •
pequena quantidade de matéria orgânica residual
após a higienização
Limpeza ruim: Quando visualmente houver •
grande quantidade de matéria orgânica residual
após a higienização
Passo 4 MONITORAMENTO
Deve ser realizado o monitoramento, tanto
ao término do processo de limpeza, como
ao término do processo de desinfecção. Para
a realização deste monitoramento, recomenda-se
a utilização de uma planilha de verificação padrão
(check list), a qual permitirá que as mesmas
observações sejam feitas por diferentes funcionários
da granja. Caso o monitoramento da limpeza não
tenha sido satisfatório, realizar novamente
a lavagem do galpão, antes que se inicie a etapa
de desinfecção. Após a secagem do desinfetante,
realizar a monitoria da desinfecção, incluindo
verificação visual, verificação de contato,
verificação da carga microbiana e verificação dos
procedimentos operacionais padrão (POPs).
Esta monitoria deve ser realizada preferencialmente
pelo veterinário ou colaborador treinado,
garantindo que as amostras coletadas atendam
às exigências do laboratório que as processará.
A avaliação do processo de desinfecção deve ser
realizada sistematicamente, por meio
de amostragem para a contagem total
de bactérias presentes no ambiente.
Núcleos com lotes abatidos em decorrência
de problemas sanitários devem seguir programas
específicos de desinfecção, que atendam
às orientações legais.
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Passo 5 AÇÕES CORRETIVAS
Ações corretivas devem ser indicadas quando
houver falha na aplicação do produto, erro na
dosagem do detergente e/ou do desinfetante,
diluição incorreta do produto, erro no cálculo
da metragem efetiva a ser tratada, ou seja, quando
os procedimentos determinados pelo programa não
forem atendidos de forma adequada.
Medida a ser tomada: repetir o processo
de higienização, de acordo com as recomendações
determinadas pelo programa.
Passo 6 REGISTRO DOS DADOS
É fundamental que seja realizado o registro
de todas as fases do processo de higienização,
desde a sua implantação, incluindo relatórios
e anotações de todas as variações ocorridas, com
o objetivo
de registrar e estabelecer o processo mais eficaz
para cada unidade de produção.
As planilhas de registro devem ser padronizadas
e os limites críticos de segurança determinados
no programa devem ser empregados.
Passo 7 PROCEDIMENTOS DE VERIFICAÇÃO DA CONDUÇÃO DO PROGRAMA
Os procedimentos de verificação garantem
a efetividade do processo de higienização.
A checagem deve ser realizada ao final de cada
etapa do processo, visando à obtenção do objetivo
final que é a eliminação das sujidades e destruição
dos micro-organismos; e verificações constantes
da manutenção da limpeza e desinfecção dos
ambientes de criação animal também devem ser
realizadas, evitando-se o acúmulo de sujidades
e aumento da pressão de infecção.
Passo 8 CAPACITAÇÃO DO PESSOAL E CONSIDERAÇÕES FINAIS
Treinamentos constantes devem ser aplicados
ao pessoal envolvido nas atividades da granja
para que todos sejam esclarecidos quanto
à forma correta de se proceder, ou seja, de forma
ampla: todo o processo envolvido no programa
de higienização, assim como a sua importância.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Chave do sucesso do programa de higienização: •
deve haver limpeza e desinfecção
Limpeza deve obedecer aos passos de limpeza •
seca e úmida
Desinfecção: usar corretamente o desinfetante, •
seguindo as instruções do fabricante, para que
fatores como concentração do agente químico,
tempo de exposição, entre outros, não interfiram
negativamente na ação do produto.
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