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1GNEROS E FORMATOS NA COMUNICAO MASSIVA PERIODSTICA:UM ESTUDO DO JORNAL "FOLHA DE S. PAULO" E DA REVISTA "VEJA"
Coordenador: Prof. Dr. Jos Marques de MeloEdio final: Paulo da Rocha Dias
Rosemary Bars MendezGrupo de pesquisadores:Paulo da Rocha Dias
Rosemary Bars MendezDaniella Crespin VillaltaGlubio Batista
UNIVERSIDADE METODISTA DE SO PAULO
RESUMO
Os gneros da comunicao massiva so os lugares privilegiados daapropriao do comuniclogo e exercem influncia fundamental no processo delegitimao e autonomia das Cincias da Comunicao. Esta pesquisa, combase em amplo referencial terico, aborda os gneros da comunicao massivaperiodstica que tm como suporte o jornal e a revista propondo uma novaclassificao geral dos mesmos.
ABSTRACT
The Mass Communication Genders are fundamental as objects of empiricalobservation for scholars dedicated to the study of Communications. They arealso fundamental in the making of Communication Research as an autonomousField of Knowledge. This paper, based on solid research and review of the stateof the art on the matter, analyses the printed Mass Communication Genders,specifically those circulated by newspapers and magazines. Its main objective isto propose a new general classification for the Genders.
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2INTRODUO
O conjunto formado pela Comunicao Interpessoal, Grupal, Comunitria e Massiva
constitui-se num campo especfico de conhecimento que progressivamente se autonomiza
dentro das Cincias Sociais e Humanas e se caracteriza como Cincias da Comunicao1. Na
medida em que esse campo especfico de conhecimento se homogeneiza e se constitui como
uma Cincia Social Aplicada, torna-se patente a necessidade de se elaborar,
concomitantemente ao processo de legitimao, uma abordagem terica, um conjunto de
hipteses e metodologias que permitam superar a fragmentao e ao mesmo tempo delimitar o
campo como cincia que se estabelece a partir de paradigmas prprios2.
Para que toda e qualquer cincia se desenvolva fundamental a produo,
armazenamento, organizao e classificao dos conhecimentos. O mtodo basilar para
qualquer sistema de classificao fundamentalmente a observao, o mtodo emprico, e o
lugar privilegiado de observao para os estudiosos de comunicao so os gneros.
Os gneros da comunicao de massa assumem papel de grande importncia no
processo de legitimao e autonomia das Cincias da Comunicao. comunidade cientfica,
os gneros so fundamentais pois permitem a discusso sobre a abrangncia dos fenmenos
comunicacionais como prtica estruturadora e construtora de significados na sociedade. Os
gneros so os lugares da apropriao emprica do investigador onde so apontadas as linhas
gerais dos procedimentos analticos para a compreenso da comunicao, sua natureza e suas
dinmicas internas como campo autnomo de conhecimento3. Como afirma Lorenzo Gomis, os
gneros ajudam o escritor a escrever e o leitor a ler4, permitindo relacionar formas e
contedos.
Jesus Martin-Barbero mais claro ao afirmar que os gneros atuam estrategicamente
na produo e como leitura de si mesmo, permitindo que o sentido da narrativa seja produzido
1 VASSALO LOPES, Maria Immacolata - Pesquisa em Comunicao: formulao de um modelometodolgico. 2a. edio. So Paulo: Loyola, 1994, pg. 112 WOLF, Mauro. Teorias da Comunicao. 1a. edi. Lisboa, Presena, 1995, pg 133 RIBEIRO, Lavina Madeira - Contribuies no Estudo Institucional da Comunicao. Teresina: Edufpi,19964 in Armaanzas, Emy y Noci, Javier Daz - Periodismo y argumentacin. Gneros de Opinin,Barcelona, Universidade del Pais Vasco pg. 77
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3e consumido, lido e compreendido, e que, diferentemente do funcionamento da obra na
cultura culta, constitui-se na unidade de anlise da cultura de massas5.
Para Alceu Amoroso Lima o gnero compreendido no como uma imposio ou um
modelo, de fora para dentro, mas como uma livre disciplina, de dentro para fora, como
princpios ordenadores determinados pela prpria arte em sua funo criadora 6. O gnero
possui carter mutvel, por ser um instrumento de dilogo entre produtor e receptor. Na
medida em que o dilogo avana, as formas de apresentao vo mudando. Trata-se de uma
realidade dinmica.
Das cincias naturais, passaram para a filosofia e dela para a literatura. via literatura
que comeam a ser usados no jornalismo, permitindo que os produtores possam estruturar suas
matrias, numa produo coletiva. Atuam como normas que possibilitam unificar, uniformizar
a informao, em determinados formatos.
OBJETIVO
A comunicao massiva periodstica tem como suporte o jornal e a revista. Para
identificar as estruturas que compem os espaos destes peridicos foram analisadas todos as
edies, procurando decifrar os espaos ocupados pelas informaes. O objetivo principal
desta pesquisa foi o de estabelecer uma nova classificao para os gneros, possvel atravs da
reviso de literatura, sendo posteriormente realizado a anlise emprica. O estudo quantitativo
levou em conta as Unidades Comunicacionais - UC - matrias publicas neste perodo.
A pesquisa proposta teve a inteno de identificar os gneros jornalsticos para estes
periodcos, a partir de uma anlise emprica do jornal Folha de S.Paulo, nas edies publicadas
entre 20 a 26 de outubro de 1997, e da revista Veja, edies de 15 de outubro a 5 de novembro
de 1997. A semana foi escolhida por no haver programao de eventos nacionais ou
internacionais de grande impacto que pudessem alterar a apresentao do jornal e da revista.
5 Martin-Barbero, Jesus - Diletica escritura/leitura in Dos Meios s Mediaes - Comunicao, Culturae hegemnonia, Rio de Janeiro, Editora UFRJ, 1997, pg. 1836 Lima, Alceu Amoroso - O Jornalismo como Gnero Literrio, Belo Horizonte, Agir, 1960, pgi 15
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4O critrio para classificao baseia-se na seguinte ordem CAMPO, MODALIDADE,
CATEGORIA, GNERO E FORMATO, como est definido abaixo:
CAMPO :
Comunicao
CONJUNTO :
1. Interpessoal 2. Grupal
3. Massiva
3. COMUNICAO MASSIVA
MODALIDADE :
3.1 Bibliogrfica - livros e
assemelhados
3.2 Periodstica - jornal e revista
3.3 Cinematogrfica - cinema
3.4 Fonografica
3.5 Radiofnica - rdio
3.6 Televisiva - televiso
3.7 Videogrfica - vdeo
3.8 Ciberntica - computador
3.2 COMUNICAO PERIODSTICA
CATEGORIA:
Jornalismo
Propaganda
Educao
Entretenimento
JORNALISMO
GNERO:
Informativo
Interpretativo
Opinativo
Diversional
Utilitrio
JORNALISMO INFORMATIVO
FORMATO :
Nota
Notcia
Reportagem
Entrevista
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5JORNALISMO INTERPRETATIVO
Anlise
Perfil
Enquete
Cronologia
JORNALISMO OPINATIVO
Editorial
Comentrio
Artigo
Resenha
Coluna
Caricatura
Carta
Crnica
JORNALISMO DIVERSIONAL
Histria de interesse humano Histria colorida
JORNALISMO UTILITRIO
Chamadas
Indicador
Cotao
Roteiro
Obiturio
PROPAGANDA
GNERO:
Comercial
Institucional
Ideolgico
Legal
PROPAGANDA COMERCIAL
FORMATO :
Avulsos Encartes
Classificados Calhau
PROPAGANDA INSTITUCIONAL
Empresarial
Governamental
Comunitria
Corporativas
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6 Social Funerria
PROPAGANDA IDEOLGICA
Poltica
Religiosa
Ineditorial
PROPAGANDA LEGAL
Edital
Balancetes
Atas
Avisos
EDUCAO
GNERO:
Formal Informal
FORMAL
FORMATO:
Apostilas
Testes
INFORMAL
Receitas
ENTRETENIMENTO
GNERO:
Fico
Passatempos
Jogos
FICO
FORMATO:
Histria em quadrinhos
Contos
Mini-contos
Novelas
Poesia
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7PASSATEMPOS
Palavras Cruzadas
Charadas
Horscopo
JOGOS
Dama Xadrez
Proposta para classificao
Apesar de haver uma ampla produo sobre gneros, nota-se que poucos oferecem
uma classificao consistente, como o livro do Prof. Doutor Jos Marques de Melo, sobre
jornalismo opinativo, podendo ser considerada uma obra completa.
Emy Armaanzas e Javier Diaz Noci afirmam que os gneros jornalsticos ficam mais
evidentes a partir do sculo XIX, quando a notcia se consolida como gnero jornalstico,
com informaes sobre os acontecimentos polticos e sociais mais importantes. Apontam ainda
a reportagem, com longos relatos sobre guerras, ou sobre as viagens dos exploradores.
Segundo os autores, com o amadurecimento do trabalho da imprensa fica evidente as
diferenas entre jornalismo opinativo, informativo7 e interpretativo8.
Neste trabalho, os autores recorrem a Josep Maria Casasss e Maria Pilar Diezhandino
para explicar que a partir da dcada de 80 o jornalismo tem uma nova classificao: o
jornalismo de servios, de bem-estar ou social9, em decorrncia das necessidades da
sociedade, com carter de utilidade para o leitor.
A proposta dos autores, porm, aprofundar a discusso sobre jornalismo opinativo,
dividindo em editorial, colunas, crticas, comentrios e artigos10. Para eles, o que h de
comum entre estes textos que todos trabalham com idias, a partir de um acontecimento
atual ou no.
Luiz Nez Ladevze procura mostrar a funo do jornal, que o intermedirio entre a
informao e o leitor, selecionando os acontecimentos que merecem ser considerados como
7 Idem, pg. 758 Idem, ibidem9 idem, pg 8110 Idem, pgs 83 a 85.
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8notcias, devendo estabelecer o melhor critrio para sua publicao. Alerta para a distino
entre os fatos que so informados e as opinies de quem informa.
Apesar desta distino, o autor, garante que no existe uma funo informativa que no
inclua algum tipo de apreciao subjetiva ou juzo de valor, de critrio interpretativo. O
jornalismo informativo aquele que tem predominantemente por objeto a informao da
atualidade; seu fim principal dar conta do que acontece (...). O jornalismo interpretativo
um modo de aprofundar a informao; seu fim principal o de relacionar a informao da
atualidade com seu contexto temporal e espacial; tem, pois, um sentido conjuntural e no se
limita a dar conta do que acontece, j que o jornalista interpreta o sentido dos acontecimentos.
No jornalismo de opinio, a recompilao de dados informativos subsidiria, o principal
que o jornalista toma posio a partir desses dados e trata de convencer o leitor de que esta
tomada de partido a mais adequada ou correta11.
Mais adiante, Ladevze afirma que os gneros se distinguem por seu fim
comunicativo e por sua forma de exposio12. Em sua anlise, estabelece que informativo
proporcional informao obtida, noticiando o que acontece, utlizando a linguagem de forma
funcional. No interpretativo, tambm h informao, que aparece atravs de crnicas e
comentrios. A opinio publicada em forma de artigos e crticas.
A proposta da professora Ana Atorresi consiste numa diviso mais sistemtica para os
gneros, afirmando que existem trs grandes formas de expresso no jornalismo, que
implicam intencionalidades diferentes e, assim, possuem caractersticas diferentes. Podem ser
definidos como informativo, de opinio e de entretenimento13.
No jornalismo informativo so encontradas as notcias, as crnicas, as notas,
trabalhos de investigao, reportagens, chamadas de 1o. pgina e fotografias. No formato
opinio pode ser definido como editoriais, comentrios, fotografias e cartas de leitores. A
anlise do formato entretenimento levou classificao de desenhos de humor e histrias,
jogos, entretenimento variado e literatura.
Os autores Ana Francisca Aldunate e Mara Jos Lecaros afirmam que a tradio
jornalstica da Amrica Latina compreende os gneros: informativo, interpretativo e de
11 idem, pg 3412 dem, pg 3713 Atorresi, Ana - Los Gneros Periodsticos, Argentina, ediciones Colihue pg. 19
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9opinio14. O primeiro se dedica a comunicar os fatos noticiosos, em menor tempo possvel,
nutrindo-se basicamente de fatos atuais, curiosos. A interpretao aprofunda e explica a
notcia, situando os fatos em um contexto, preocupando-se com o processo. Na opinio h a
argumentao, convencendo o leitor para um determinado ponto de vista, trabalhando com
idias e valores.
Em cada gnero, acentuam, h um esquema para se tratar a informao, para que a
notcia seja clara e sua compreenso rpida. Esse esquema uma regra que d unidade
informao e pode ser traduzido como nota, crnica, entrevista e reportagem, editorial,
comentrio ou coluna. O gnero periodstico um modo de informar e esse modo depende
da expectativa do leitor 15.
Definindo de forma prtica e didtica os gneros encontrados no jornalismo, Sibila
Camps e Luiz Pazos afirmam que as fronteiras entre os gneros esto cada dia mais ambguas
e muitas vezes aparecem o que na Argentina chamam de sub-gneros. Essas modificaes,
assinalam, so decorrentes de vrios fatores, como as novas tecnologias e a necessidade dos
meios (impresso, rdio e tev) de atingir todos os nveis sociais e culturais.16 Desta forma, os
autores apresentam a definio para gneros.
O trabalho aponta a crnica como o relato de um fato mediante a informao pura e
sem interpretao ou opinio17. crnica pode ter descries, comparaes ou referncias
quando tem uma relao direta com o fato, ou quando o leitor precisa de mais informaes
para entender o que aconteceu. As declaraes podem ser includas, desde que se respeitando a
preciso dos acontecimentos.
O gnero nota tem uma descrio mais ampla: a narrao de um fato, com enfoque
particular, que admite o uso da literatura, com estrutura fixa (introduo, corpo e ltimo
pargrafo), podendo ser informativa, descritiva, declarativa, extica. Admite a opinio ou a
interpretao da notcia.18
14 Aldunate, Ana Francisca e Lecaros, Mara Jos - Gneros Periodisticos, Pontificia UniversidadeCatlica de Chile, 1989, pg. 715 Idem, pg. 1316 Camps, Sibila e Pazos, Luiz, Los gneros periodsticos in As se Hace Periodismo - Manual prticodel periodista grfico, Barcelona, Paids, 1994, pg.12917 Idem, Op. cit, pg 13018 idem, Op. cit, pg 136
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Os autores ainda classificam histria colorida, que descreve uma situao, com
recursos literrios, transmitindo emoes e sentimentos, exemplificando com a saga de uma
famlia que deixa o lugar onde vive. Outra proposta dos autores a identificao dos gneros
biogrficos, que podem ser identificados com a biografia, o perfil da pessoa, necrologia e
histria de vida da pessoa.
Para opinio encontramos a proposta: editorial, coluna fixa e nota de opinio19.
Camps e Pazos ainda apresentam a classificao de cronologia, que seria informao
complementar da crnica ou da nota, enumerando os fatos. Como seo fixa, os autores
indicam cartas aos leitores, que podem conter informao ou opinio.20
Nos estudos estabelecidos pelo professor Jos Marques de Melo, ao fazer a anlise
morflogica dos jornais Jornal do Brasil, Jornal do Commercio e Correio da Paraba, so
identificados trs categorias: o jornalismo, a propaganda e o entretenimento. Em Jornalismo
aparecem o informativo, opinativo e entretenimento 21.
Em outro trabalho morfolgico, publicado em 1972, Marques de Melo utilizou a
mesma classificao, chamando de informao as notcias -- reportagens, entrevistas,
editoriais, crnicas, artigos, comentrios; as propagandas -- econmica, administrativa,
religiosa, poltica e pessoal; e entretenimento -- histrias em quadrinhos e variedades. 22
Mrio Erbolato ao falar sobre as tcnicas jornalsticas definiu a prtica jornalstica em
quatro gneros: informativo, interpretativo, opinativo e diversional23.
A anlise sobre o jornalismo de opinio ganha fora quando Melo faz um estudo
especfico para a sua classificao. Na publicao ressalta, porm, uma proposta para
reclassificar jornalismo informativo e o opinativo, a partir de uma avaliao criteriosa sobre
os estudos norte-americanos, europeus e hispano-americanos, centrando sua ateno na
classificao utilizada por Luiz Beltro, que se aprofundou na avaliao do jornalismo
opinativo, dividindo-o em editorial, comentrio, artigo, resenha, coluna, caricatura e carta.
19 Idem, Op. cit, pg 144 e 14820 Idem, Op. cit, pg 151 e 15321 Marques de Melo, Jos, Comunicao Social - Teoria e Pesquisa, Rio de Janeiro, Editora Vozes, 1971,pg. 13522 Marques de Melo, Jos, Estudos de Jornalismo Comparado, So Paulo, Pioneira, 1972 pg 92 a 9823 Erbolato, Mrio - A Tcnica de Codificao em jornalismo, Rio de Janeiro, Editora Vozes, 1979, pg.32
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Em sua anlise, Marques de Melo afirma que Beltro adota critrio funcional e que o
pesquisador no se ateve natureza de cada um (estilo, estrutura narrativa, tcnica de
codificao), mas obedeceu ao senso comum que rege a prpria atividade profissional24. A
proposta do professor engloba dois critrios: definir os gneros que correspondem
intencionalidade dos relatos, levando em considerao a praxis jornalstica; e busca identificar a
natureza estrutural dos relatos.
Dessa forma, o trabalho de Marques de Melo estabelece como proposta para
classificao o seguinte: Jornalismo informativo nota notcia, reportagem e entrevista
que se estruturam a partir dos acontecimentos e da relao dos profissionais com os
protagonistas; e Jornalismo opinativo editorial, comentrio, artigo, resenha, coluna,
crnica, caricatura e carta 25.
Juarez Bahia ao escrever sobre As Agncias de Propaganda procura explicar a
diferena entre propaganda e publicidade. Segundo ele, os termos convergem para o mesmo
significado, dependendo dos meios e dos assuntos abordados. A publicidade conserva sua
natureza comercial e o seu propsito levar as pessoas a comprar produtos de consumo. A
propaganda tem uma inegvel correlao poltica e visa conseguir a concordncia do pblico a
respeito de indivduos, idias, princpios, decises. A classificao que Juarez Bahia determina
para a propaganda so, como ele diz, as mais conhecidas: propaganda de protesto; a de
interesse atual; de utilidade pblica e a institucional 26.
Jos Martinz Terrero afirma que a publicidade tambm uma forma de comunicao
e tem funo social, podendo possuir carter econmico e de negcios ou ser identificada como
ideologia e poltica. Publicidade a atividade que tem por objetivo criar na mente e vontade
dos consumidores potenciais uma imagem do produto e a disposio de compr-lo. A
publicidade se realiza criando e produzindo uma mensagem adequada e a transmitindo de
maneira eficaz, econmica e competitiva atravs dos meios de comunicao comercial27.
24 Marques de Melo, Jos, Classificao dos Gneros jornalsticos in A Opinio no JornalismoBrasileiro, So Paulo, Vozes, pg. 6025 Idem, Op. cit, pg 6426 Bahia, Joarez, Agncias de Propaganda in Jornal - Histria e Tcnica - Histria da ImprensaBrasileira, So Paulo, tica, 1990, pg.28727 Terrero, Jos Martinz, Integrao de Publicidade y Medios de Comunicacin Masivain LaPublicidade En Venezuela, Venezuela, Valencia, 1991, pg. 109
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Sua classificao abrange duas partes: a publicidade comercial e a no-comercial. O
autor entende como comercial as publicidades de carter informativo; as persuasivas e as
manipulantes, todos com objetivo de vender um bem ou um servio. As no-comerciais esto
divididas em publicidade institucional e educativa, com finalidades de criar uma reputao
positiva de um estabelecimento ou de uma empresa diante da comunidade28.
Enquanto a publicidade trata de vender um produto ou uma idia concreta, a
propaganda, diz, mais geral: pretende assegurar a fidelidade das massas a um sistema
poltico, governo, partido ou personagem29. Os gastos do governo venezuelano para
promoo de seus programas e ideologia definido por Terrero como propaganda
governamental.
Mas, segundo ele, quando a propaganda se utiliza das mesmas tcnicas da
publicidade comercial, ela deve ser definida como publicidade poltica. Ele se refere s
campanhas eleitorais, classificando-as como eleitoral, por utilizar, para vender a imagem do
candidato, os mesmos recursos que se utiliza para a venda de um produto com carter
meramente econmico. Terrero, porm, no retira da publicidade seu carter ideolgico,
afirmando ser um instrumento manipulador dos monoplios anunciantes para seus fins
ideolgicos30.
Diante das argumentaes dos estudiosos da rea fica evidente a necessidade de se
ampliar a discusses sobre os critrios utilizados para a classificao dos gneros
jornalsticos. O objetivo bsico deste trabalho o de apresentar novas propostas para a anlise
do que o jornalismo impresso brasileiro vem apresentando, justamente por seu carter mutvel,
exigncia da prpria dinmica do processo de comunicao e do fazer jornalstico.
A utilidade da classificao est no prprio exerccio profissional, porque cada gnero
cumpre uma funo especfica que responde a diferentes necessidades sociais e as formas de
satisfaz-las31.
Para que possamos entender os formatos definidos para a modalidade Periodstica, de
acordo com as categorias de Jornalismo, Propaganda, Entretenimento e Educao
28 Idem, Op. cit, pg. 11029 Idem, Op. cit, pg 17030 Idem, Op. cit, pg. 17931 Casass, Josep Maria e Ladevze, Luiz Nez, Estilo Y Gneros Periodsticos, Barcelona, EditoraArieal S.A., pg. 91
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explicamos abaixo as denominaes utilizadas para o estudo emprico proposto neste trabalho,
resultado de longas discusses durante o segundo semestre de 1997, com o professor doutor
Jos Marques de Melo, baseado na reviso de literatura especfica ao assunto.
Para os formatos de Jornalismo Informativo nota, notcia, reportagem e entrevista
recorremos ao conceito estabelecido pelo professor Marques de Melo, assim como as
definies para o Jornalismo Opinativo -- editorial, comentrio, artigo, resenha, crnica,
coluna, caricatura e carta 32.
Para classificarmos o Jornalismo Interpretativo definimos anlise quando a
informao analisada pelo autor do texto publicado, com dados complementares que fazem
com que o leitor possa ter uma compreenso maior dos fatos. Mrio Erbolato define anlise o
estudo do que foi veiculado pelo meio33. Para Algar, anlise corresponde investigao dos
elementos que compem uma mensagem informativa34.
Perfil compreende a apresentao descritiva do personagem enfocado, possibilitando a
interpretao de seu comportamento diante da sociedade. Para os autores Rabaa e Barbosa,
a descrio das caractersticas prprias do entrevistado, representado atravs da narrao da
histria da pessoa, com a descrio fsica do personagem e seus aspectos exteriores, traos
morais, psicolgicos ou fsicos. Esclarecem ainda que Perfil pode ser uma entrevista com uma
personalidade, com informaes biogrficas, com as idias, opinies do entrevistado,
descrevendo seu modo de falar, suas roupas e gestos 35. Tem relao direta com o fato de
atualidade que motiva a sua incluso.
A enquete corresponde ao espao dedicado para que a informao seja interpretada
pelo entrevistado de forma rpida e sucinta. Rabaa e Barbosa explicam que este formato
rene testemunhos de um determinado nmero de pessoas sobre um determinado assunto da
atualidade, com a finalidade de se registrar as diferenas de opinio do pblico ou do grupo
entrevistado e de se avaliar uma mdia de opinies.36
Mrio Erbolato divide a mesma opinio sobre enquete: quando se colhe entrevistas
sobre o mesmo assunto, ouvindo diversas pessoas, com depoimentos a respeito de um
32 Marques de Melo, Jos, Op. cit pg 6533 Erbolato, Mrio - Diconrio de Propaganda e Jornalismo, SP, Papirus, 1986, pg 3634 Lagar, Antonio Lpez de Zuago, Dicionrio del Periodismo, Madrid, Ed. Pirmide, 1978, pg 1935 Rabaa, Carlos Alberto e Barbosa, Gustavo - Dicionrio de Comunicao, SP, tica, 1987, pgs 197 e23836 Idem, Op. cit, pg 235
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problema ou ocorrncia. As opinies so divulgadas em poucas linhas, com nome do
entrevistado, idade, profisso e residncia37.
Cronologia a complemento da informao principal (seja ela reportagem ou notcia),
com dados cronolgicos dos acontecimentos. Camps e Pazos afirmam que cronologia consiste
na enumerao de forma sucinta de uma srie de fatos vinculados a um mesmo tema,
apresentada como informao complementar da reportagem, notcia, como os principais
acidentes de avio38.
No Jornalismo Diversional, cujo objetivo o prprio nome diz informao que diverte
, encontramos histria de interesse humano e histria colorida, que seguem a descrio
estabelecida por Camps e Pazos39. A histria de interesse humano utiliza um arsenal peculiar
ao universo da fico para abordar um fato que foi notcia retomado na sua dimenso humana
com a finalidade de suscitar o interesse e a ateno do pblico, caracterizado pela narrao de
um fato de interesse social. A histria colorida descreve uma situao em que se desenvolve o
fato, com recursos mais ligados literatura, transmitindo emoes e sentimentos. A nfase no
modo como a histria se desenvolve e no na informao.
Entendemos como Jornalismo Utilitrio as informaes que se caracterizam por
prestar servios, como as que auxiliam o leitor a manusear o peridico, no caso as chamadas.
Mrio Erbolato caracteriza a chamada como um resumo da notcia, ilustrada ou no, colocada
na primeira pgina ou capa de caderno, com esclarecimento sobre a seo ou pgina em que
pode ser lida40. A mesma definio adotada por Rabaa e Barbosa, complementando que
chamada tambm o anncio de uma determinada campanha publicitria para divulgar um
produto41.
Para os autores Rabaa e Barbosa, em indicador esto as informaes teis sobre
rgos governamentais, empresas, instituies, pases ou sobre determinado assunto
especializado, como mercado econmico42. Mrio Erbolato completa a definio lembrando
37 Erbolato, Mrio, Op. cit. Pg. 13438 Camps, Sibila e Pazos, Luiz, Op. cit, pg. 15139 Idem, Op. cit, pgs 129 a 14840 Erbolato, Mrio, Op. cit. Pg. 7741 Rabaa, Carlos Alberto e Barbosa, Gustavo, pgs 122 e 48142 Rabaa, Carlos Alberto e Barbosa, Gustavo, Op. cit. Pg 333
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dos indicadores profissionais, que a seo destinada insero de pequenos anncios, sob
vrias especialidades como mdicos, bares, institutos de beleza, melhores espetculos43.
Para o formato cotao optamos pela definio de que so informaes sobre peas de
mercadorias, bolsas de valores, preo de ouro, aes de bancos ou de fundos pblicos e valores
das moedas estrangeiras.
Em roteiro esto dicas sobre shows, espetculos, a relao de musicais selecionados,
trecho da programao de uma emissora ou um texto com indicaes sobre o programa de
rdio, televiso ou cinema, como exemplificam Rabaa e Barbosa44. A mesma descrio est
em Mrio Erbolato45.
Obiturio so informaes sobre os bitos registrados pelos Cartrios especializados,
publicados geralmente em coluna especfica. Camps e Pazos estabelecem que nessa coluna
esto os dados sobre a morte de uma pessoa, quando e onde ocorreu e a causa. Pode incluir
uma biografia ou o perfil da pessoa e, dependendo da personalidade, pode acompanhar
informaes especficas sobre as circunstncias da morte (suicdio, assassinato)46.
Para Propaganda Comercial, cujo objetivo a venda de um produto, encontramos as
seguintes definies. Avulsos so as propagandas realizados pelas agncias, que tratam o
objeto anunciado com grandes trabalhos de divulgao. Mrio Erbolato diz que o tipo de
anncio que ocupa quase toda a pgina de jornal, cercado por matrias produzidas pela
redao47.
Para Erbolato, encarte tambm o anncio completo, de fora a fora, cobrindo toda a
pgina de jornal ou da revista, podendo aparecer em formato de tablide, com papel
diferenciado e tendo mais destaque do que os demais anncios publicados na edio48.
Em classificados esto os anncios, geralmente feitos pelo cidado comum, para a
venda de um carro ou de uma casa. So anncios de pequeno ou mdio tamanho, inserido em
seqncia na pgina, no final dos ltimos cadernos, reunidos em blocos, de acordo com o que
oferecem ou solicitam49.
43 Erbolato, Mrio, Op.cit pg 7644 Rabaa, Carlos Alberto e Barbosa, Gustavo, Op.cit pg. 52045 Erbolato, Mrio, Op. cit. pg 27746 Campz, Sibila e Pazos, Luiz, Op. cit. pg 14647 Erbolato, Mrio, Op. cit. pg 4048 Erbolato, Mrio, Op. cit. pg. 4049 Idem, ibidem, pg 39
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Calhau a propaganda da prpria empresa de comunicao, normalmente recurso
utilizado pelo jornal, para preencher espao vago nas pginas internas.
Levando em considerao a definio de propaganda Institucional, que prev a
promoo da imagem de uma empresa, marca, instituio ou rgo pblico, encontramos a de
carter empresarial, quando uma empresa investe em seu prprio nome, independente do
produto que comercializa, publicando segundo Erbolato, texto ilustrado ou no50. O autor ainda
define a propaganda governamental, que so textos ilustrados ou no para divulgao de
obras ou metas oficiais dos governos federal, estadual ou municipal, e de seus respectivos
ministrios e secretarias51.
A propaganda comunitria destina informao uma determinada comunidade, como
por exemplo, falta de gua em bairro, na cidade. A corporativa a propaganda realizada por
entidades de classe, como sindicatos e associaes; a social visa a valorizao da imagem
pessoal, composta de um s pargrafo, onde se aborda nascimento, compromissos sociais e
empresariais.
A propaganda funerria patrocinada por empresas do ramo, com divulgao de seus
servios, relao dos bitos e indicaes sobre o velrio e o enterro.
Em Propaganda Ideolgica esto as que emitem mensagem com conotao poltica e
ou religiosa. Propaganda poltica tem por objetivo a conquista e a conservao do poder,
utilizando as mesmas tcnicas da propaganda comercial, embora os fins sejam distintos, como
colocam os autores Rabaa e Barbosa52. Para Mrio Erbolato, esse tipo de propaganda
utilizada para a divulgao de programas e idias de organizaes polticas e de seus
candidatos, visando a obteno do poder pelo voto53.
Em propaganda religiosa optamos pela definio do professor Marques de Melo, de
que esse o formato para a divulgao de diversos credos religiosos, de seus ideais com
finalidade de conquistar adeptos54.
Nesse gnero h tambm a propaganda ineditorial, que representa a opinio emitida
por uma empresa, independente da linha editorial adotada pelo veculo escolhido para divulgar
sua mensagem. Erbolato mais claro ao afirmar que a publicao feita por terceiros sem
50 idem, ibidem, pg, 3951 Idem, ibidem, pg 3952 Rabaa, Carlos Alberto e Barbosa, Gustavo, Op. cit. pg. 48253 Erbolato, Mrio, Op. cit. pg 254
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responsabilidade da empresa jornalstica55, como relatrios comerciais ou textos transcritos de
outros jornais.
Propaganda Legal so os anncios realizados mediante legislao vigente.
Encontramos nesse item o edital (para concorrncia pblica, por exemplo), que segundo
Erbolato corresponde s publicaes inseridas na imprensa visando dar conhecimento sobre a
existncia de um processo, um leilo, ou a compra e venda de materiais por empresas pblicas
ou particulares, ou assemblias de sociedades56.
Rabaa e Barbosa completam a definio lembrando dos avisos, das citaes, afixadas
em lugares pblicos e anunciadas na imprensa para o conhecimento dos interessados ou de
determinada pessoa de paradeiro desconhecido57.
Em balancete esto as publicaes que mostram dados financeiros das empresas e do
governo, podendo ser parcial. Para Rabaa e Barbosa, em atas esto as ocorrncias e decises
tomadas em uma reunio58.
As informaes relacionadas Educao Formal so as encontradas em apostilas e
testes. So matrias jornalsticas que seguem a L.D.B. - Lei de Diretrizes de Bases. Rabaa e
Barbosa colocam apostila como sendo as publicaes para fins didticos, dirigido educao
ou a professores, constitudo de pontos, notas de aula ou registro de palestras59. Para eles,
testes compreendem a verificao rpida e objetiva de uma determinada avaliao60.
Em Educao Informal esto as receitas, comportando parte da educao popular,
com descrio minuciosa dos procedimentos a serem adotados na culinria, no artesanato e
jardinagem.
Nos peridicos tambm encontramos informaes que levam exclusivamente ao
Entretenimento do leitor, com carter de Fico , que so as histrias construdas a partir da
imaginao do autor. Nesse gnero encontramos a histria em quadrinhos, que segundo
Rabaa e Barbosa, a descrio visual de um fato, de uma histria, formando a narrao em
54 Marques de Melo, Jos, Comunicao Social, Teoria e Pesquisa, RJ. Vozes, 1971, pg. 14655 Erbolato, Mrio, Op. cit. pg 20856 Idem, Op.cit. pg. 12757 Rabaa, Carlos Alberto e Barbosa, Gustavo, Op. cit. pg. 22558 Idem, ibidem, pg. 5359 Idem, ibidem, pg. 4660 Idem, ibidem, pg. 568
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seqncia dinmica da situao representada por meio de desenhos que constituem pequenas
unidades grficas sucessivas, geralmente integradas a textos sintticos e diretos61.
Contos e mini-contos correspondem a narrao literria publicada por revistas ou
suplementos de jornais, como afirma Mrio Erbolato62. Em Massaud Miss, esse formato
permite sutilezas para descrever esteticamente uma cena do cotidiano. O conto, diz, contm
um drama, um conflito ou uma ao63.
Rabaa e Barbosa definem novelas como gnero literrio estruturado em srie de
unidade dramtica encadeada e sucessiva, um entretenimento superficial e absorvente64. A
poesia, na descrio de Geri Campos, a obra literria escrita em versos, com sentido
completo ou fragmentrio, que se caracteriza pela obedincia a determinados preceitos rtmicos
e fnicos65.
Os Passatempos so espaos ocupados com palavras cruzadas e charadas. A palavra
cruzada uma espcie de diverso utilizando os sinnimos, tendo como suporte um desenho
quadriculado, de tal modo que a coluna horizontal se complete com a vertical. Charada
consiste em solucionar um enigma, utilizando significados parciais ou palavras chaves para
encontrar a palavra desejada. Em horscopo encontramos as orientaes para os 12 signos do
zodaco.
Como Jogos temos dama e xadrez. O jogo de dama praticado num tabuleiro
desenhado com 64 quadrados, permitindo disputa entre dois adversrios, que elimina o
concorrente com a supresso de peas do tabuleiro. Xadrez possibilita a diverso do leitor com
a movimentao de 32 peas de diferentes valores (rei, rainha, peo, bispo e cavalo).
RESULTADO DA PESQUISA
Definidas as classificaes para gneros peridicos, chegou-se ao resultado final da pesquisa,
descrito abaixo:
61 Rabaa e Barbosa, Op. cit. pg. 31462 Erbolato, Mrio, Op. cit. pg. 19463 Moiss, Massaud, Dicionrio de Termos Literrios, SP. Cutrix, s./d., pgs 98 a 10364 Rabaa, Carlos Alberto e Barbosa, Gustavo, op. cite. pag. 41865 Campos, Ger, Pequeno Dicionrio de Arte Potica, RJ, Conquista, s/d. pg. 157 a 205
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Quadro de avaliao da Folha de S.PauloEdio: 20 a 26/11 de 1997
JORNALISMO INFORMATIVOFORMATO
Nota 161 Reportagem 202Notcia 271 Entrevista 21
JORNALISMO INTERPRETATIVOFORMATO
Anlise 21 Enquete 04Perfil 06 Cronologia 10
JORNALISMO OPINATIVOFORMATO
Editorial 21 Coluna 60Comentrio 21 Caricatura 08Artigo 39 Carta 117Resenha 33 Crnica 06
JORNALISMO DIVERSIONALFORMATO
Histria de Interesse Humano 04Histria Colorida
JORNALISMO UTILITRIOFORMATO
Chamadas 110 Roteiro 756Indicador 118 Obiturio 49Cotao 453
PROPAGANDA COMERCIALFORMATO
Avulsos 856Encartes 03Classificados 31357Calhau 147
PROPAGANDA INSTITUCIONALFORMATO
Empresarial 168Corporativa 14Governamental 23Social 05Comunitria 06Funerria 52
PROPAGANDA IDEOLGICAFORMATO
Poltica IneditorialReligiosa
PROPAGANDA LEGALFORMATO
Edital 126 Atas 04Balancetes Aviso 39
EDUCAO FORMALFORMATO
Apostilas 01Testes 02
EDUCAO INFORMALFORMATO
Receitas 07
ENTRETENIMENTO FICOFORMATO
Histria em quadrinhos 64Contos 01 NovelasMini-contos Poesia
ENTRETENIMENTO PASSATEMPOFORMATO
Palavras CruzadasCharadasHorscopo 04
ENTRETENIMENTO JOGOSFORMATO
DamaXadrez
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Quadro de avaliao da Revista VejaEdio: 15/10 a 5/11de 1997
JORNALISMO INFORMATIVOFORMATO
Nota Reportagem 31Notcia 51 Entrevista 04
Outros/data 04
JORNALISMO INTERPRETATIVOFORMATO
Anlise 01 Enquete 01Perfil 04 Cronologia
JORNALISMO OPINATIVOFORMATO
Editorial 04 Coluna 16Comentrio 04 Caricatura 04Artigo 07 Carta 91Resenha 16
JORNALISMO DIVERSIONALFORMATO
Histria de Interesse Humano 02Histria Colorida
JORNALISMO UTILITRIOFORMATO
Chamadas 04 RoteiroIndicador 02 ObiturioCotao 04 Expediente 01
ndice 04
PROPAGANDA COMERCIALFORMATO
Avulsos 170 Encartes 03Classificados Calhau 01
PROPAGANDA INSTITUCIONALFORMATO
Empresarial 31Corporativa 03Governamental 11SocialComunitria 02Funerria
PROPAGANDA IDEOLGICAFORMATO
Poltica IneditorialReligiosa
PROPAGANDA LEGALFORMATO
Edital AtasBalancetes Aviso
EDUCAO FORMALFORMATO
ApostilasTestes
EDUCAO INFORMALFORMATO
Receitas
ENTRETENIMENTO FICOFORMATO
Histria em quadrinhosContos NovelasMini-contos Poesia
ENTRETENIMENTO PASSATEMPOFORMATO
Palavras CruzadasCharadasHorscopo
ENTRETENIMENTO JOGOSFORMATO
DamaXadrez
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CONCLUSO
A primeira concluso que se pode tirar sobre a classificao apresentada que a maioria dos
gneros definidos nesta nova proposta pode ser encontrado no jornal Folha de S.Paulo, ao
contrrio da revista Veja, onde esto apenas duas categorias no total das mensagens veiculadas
- Jornalismo e Propaganda.
Apesar da pesquisa priorizar as Unidades Comunicacionais e no a medida cm/coluna, o
resultado inicial de que a Folha de S.Paulo prioriza o jornalismo informativo, procurando o
fato do dia para ser noticiado; apresenta preocupao com o jornalismo utilitrio, o que parece
ser a nova tendncia entre os peridicos. Outra evidncia a importncia que o jornal dedica ao
jornalismo opinativo, deixando claro aos leitores sua postura, e, ao mesmo tempo, dando-lhes
espaos para manifestaes, atravs das cartas. No gnero da propaganda, a Folha de S.Paulo
tem mais espaos para os classificados, seguido dos avulsos e faz uso do calhau. A
propaganda institucional tambm comum em suas pginas.
Na revista Veja o maior espao, 52,75%, ocupado pela propaganda, dividida entre os gneros
comercial o que representa a maioria e institucional. J, o calhau, diante dos modernos
meios de diagramao, tende a desaparecer da revista semanal, e os classificados nas
edies examinadas inexistem, tendo espao reservado no suplemento Vejinha. A principal
observao que o setor privado o maior anunciante da Veja. Por excelncia, a revista de
informao e de anlise de notcias, ou seja, uma revista de jornalismo, levando-se em
considerao que os cinco gneros desta categoria esto em suas pginas. A abordagem da
notcia, contudo, tem a caracterstica cold news, -- notcias frias --, que acabam sendo
interpretadas por seu autor. O jornalismo interpretativo mais presente nos perfis, enquetes e
anlises. Vale ressaltar que o interpretativo pode ser considerado um rebento do informativo e
na Veja, s vezes, difcil distinguir se uma mensagem puramente informativa ou se
interpretativa. O jornalismo utilitrio tem pouca presena na Veja, assim como os gneros
diversionais.
Para fechar este trabalho, recorremos reflexo de Marques de Melo: Enfrentar esta questo
(os gneros) representa o maior dilema dos que se dedicam a estudar o jornalismo nas
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universidades brasileiras. Esperamos que a reflexo aqui contida, as observaes registradas e
as evidncias apreendidas possam estimular muitos outros a prosseguir a caminhada.66
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