Aviação Civil de asas partidas - Angop

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Agência Angola Press Angop - Agência Angola Press | Imprenso em 24-10-2021 | Página 1 de 4 Gerado pelo sistema Mukanda Aviação Civil de "asas partidas" Por: Moisés da Silva 331 Vizualizações LUANDA - 07-12-2020 17h00 - Transporte Luanda – Com o surgimento da Covid-19, o ano de 2020 trouxe enormes desafios para todos os sectores da sociedade, em particular a Aviação Civil, que vive um impacto significativo com as restrições de viagem e a queda da demanda de viajantes. Em consequência da pandemia, as companhia aéreas, como parte fundamental desse segmento económico, suspenderam (umas paralisaram) as operações desde Março, limitando- se a voos humanitários, de resgate de cidadãos, entre outros especiais inevitáveis. Aliás, as doenças infeciosas e as pandemias são motores de mudança que causam "impacto e incerteza acima da média" no setor da Aviação Civil, que hoje (7) comemora internacionalmente o 76º aniversário de existência, sob o lema "Promovendo a Inovação para o Desenvolvimento da Aviação Mundial". Nos últimos meses, o sector tem sido muito assolado pela redução drástica das receitas, factor que obriga a alteração de muitas acções dos planos estratégicos globais e locais que previam crescimentos para a aviação civil, forçando a revisão em baixa deste importante ramo da economia. Entretanto, face à pandemia e suas consequências devastadoras a nível da aviação civil, em específico, os Estados implementaram medidas inovadoras para assegurar a protecção das populações e, ao mesmo tempo, a sustentabilidade do transporte aéreo de pessoas, correio e mercadorias. Em Angola, como não podia deixar de ser, nesse período extraordinário, têm sido implementadas uma série de medidas a nível geral e em particular na aviação civil, alinhadas com as políticas do Executivo e com as orientações da Organização Internacional da Aviação Civil (OACI ou ICAO, em português). Várias acções operacionais e administrativas foram implementadas para assegurar que o pessoal aeronáutico possa manter as qualificações técnicas, sem descurar as actividades de supervisão e fiscalização à indústria.

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Aviação Civil de "asas partidas"

Por: Moisés da Silva 331 VizualizaçõesLUANDA - 07-12-2020 17h00 - Transporte

Luanda – Com o surgimento da Covid-19, oano de 2020 trouxe enormes desafios paratodos os sectores da sociedade, emparticular a Aviação Civil, que vive umimpacto significativo com as restrições deviagem e a queda da demanda de viajantes.

Em consequência da pandemia, as companhia aéreas, como parte fundamental dessesegmento económico, suspenderam (umas paralisaram) as operações desde Março, limitando-se a voos humanitários, de resgate de cidadãos, entre outros especiais inevitáveis.

Aliás, as doenças infeciosas e as pandemias são motores de mudança que causam "impacto eincerteza acima da média" no setor da Aviação Civil, que hoje (7) comemorainternacionalmente o 76º aniversário de existência, sob o lema "Promovendo a Inovação para oDesenvolvimento da Aviação Mundial".

Nos últimos meses, o sector tem sido muito assolado pela redução drástica das receitas, factorque obriga a alteração de muitas acções dos planos estratégicos globais e locais que previamcrescimentos para a aviação civil, forçando a revisão em baixa deste importante ramo daeconomia.

Entretanto, face à pandemia e suas consequências devastadoras a nível da aviação civil, emespecífico, os Estados implementaram medidas inovadoras para assegurar a protecção daspopulações e, ao mesmo tempo, a sustentabilidade do transporte aéreo de pessoas, correio emercadorias.

Em Angola, como não podia deixar de ser, nesse período extraordinário, têm sidoimplementadas uma série de medidas a nível geral e em particular na aviação civil, alinhadascom as políticas do Executivo e com as orientações da Organização Internacional da AviaçãoCivil (OACI ou ICAO, em português).

Várias acções operacionais e administrativas foram implementadas para assegurar que opessoal aeronáutico possa manter as qualificações técnicas, sem descurar as actividades desupervisão e fiscalização à indústria.

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Apesar das restrições necessárias aos voos comerciais, foram autorizados voos derepatriamento de nacionais e estrangeiros, de e para Angola, e outros domésticosindispensáveis, em respeito estrito a todos os protocolos de biossegurança aceitáveis eindispensáveis em todo o processo de viagem.

À semelhança de vários Estados, o Executivo, através da Comissão Multissectorial deCombate à Covid-19, engendrou uma combinação de suspensão de viagens internacionais ede restrições específicas (avisos e proibições), com vista a inibir a propagação do vírus Sars-Cov 2.

Muitos trabalhadores da aviação estão afectados, companhias e aeroportos estão a confrontar-se com "milhares" de problemas, como resultado da pandemia.

As estratégias de redução de custos podem incluir um amplo leque de políticas que terãoimpacto no emprego e no trabalho digno deste setor.

A efeméride

A data foi instituída na sequência da assinatura, em Chicago (1944), da Convenção sobre aAviação Civil Internacional, que criou a Organização da Aviação Civil Internacional - OACI,agência especializada das Nações Unidas responsável pela promoção do desenvolvimentoseguro e ordenado da aviação civil mundial.

Essa promoção processa-se por meio do estabelecimento de normas e práticasrecomendadas, visando a segurança, eficiência e regularidade das ligações aéreas, aprotecção ambiental e o desenvolvimento sustentável da aviação, regulada em Angola pelaAutoridade da Aviação Civil (ex-INAVIC).

Actualmente, a indústria do transporte aéreo opera com os mais elevados níveis dos protocolosde biossegurança, implementando acções concretas emanadas pelo Conselho, órgão directivoda Organização, na sequência de amplas consultas aos países e organizações regionais, e emobservância estrita aos critérios da Organização Mundial da Saúde.

Desde o despoletar da pandemia, em Dezembro de 2019, na cidade chinesa de Whuan, novasmedidas de sanidade e de resposta emergencial foram gizadas, especialmente para impedir aparagem total das ligações aéreas e ao mesmo tempo assegurar um nível aceitável deprotecção nas aeronaves.

Face à crise instalada, os esforços desenvolvidos levaram à criação de uma "Força Tarefa"(Task Force) que avalia em permanência as formas de atenuar o seu impacto sobre otransporte aéreo e apresenta propostas que viabilizem a recuperação a nível global do sector,actualmente muito fustigado pelo encerramento das fronteiras aéreas e aeroportos.

Esta Task Force é composta por especialistas de todas as áreas da ciência aeronáutica,gestores da indústria, representantes de organismos congéneres e de outras agências

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especializadas, que com o seu saber vão identificando as prioridades e recomendarpontualmente políticas e estratégias para os Estados e a indústria, com a finalidade de mantera conectividade aérea.

O trabalho realizado produziu já um relatório onde são formuladas orientações estratégicaspara a retomada segura e sustentável da aviação civil; as medidas de mitigação para reduçãodos riscos aos passageiros, funcionários da aviação e ao público em geral.

Nota da Autoridade

A chave para superação destas dificuldades é, sem dúvidas, a inovação, resiliência,cooperação e colaboração com todos os parceiros para que, juntos, se possa encetar o retornogradual às operações de forma segura e sustentável.

Para isto, é necessário o empenho de todos os actores do sistema nacional e internacional daaviação civil.

Enquanto representantes da Autoridade Aeronáutica, é nossa missão assegurar, por meio dafiscalização e acompanhamento, que a aviação civil em Angola cumpra com as medidasnecessárias para conter a pandemia e mitigar os seus efeitos, sem descurar a sobrevivência esustentabilidade da indústria.

Neste contexto, refere (em nota) a Autoridade da Aviação Civil angolana, totalmente adverso, énecessária a resiliência e inovação para adequar a aviação civil aos novos desafios que seapresentam, não só no campo da saúde e sanidade públicas, mas também no domínioeconómico e financeiro.

"Neste capítulo não estamos isolados. Estamos integrados num mundo em constante evoluçãoque busca novas formas de fazer aviação neste contexto bastante desafiador”, lé-se nocomunicado chegado hoje à Angop, reflectindo o 76º aniversário da ICAO, da qual Angola émembro há maise de 40 anos.

Todas as iniciativas inovadoras, indica a nota, são bem-vindas, desde que possibilitem amanutenção e até mesmo a melhoria dos padrões de segurança operacional econcomitantemente de saúde pública, buscando o caminho certo para atingir a tão almejada"gestão preditiva" dos fenómenos da aviação civil.

Na mensagem a propósito da data, o antigo Instituto Nacional da Aviação Civil reitera o apeloao empenho e responsabilidade individual do pessoal que trabalha no sector aeronáutico, paraque se possa recuperar a actividade, mantendo-se as medidas de biossegurança.

"Mantemos o compromisso de continuar a regular, a acompanhar, a auscultar as necessidadesdos operadores, provedores e de toda a família aeronáutica, para que juntos encontremossoluções para o regresso do normal formal, com justa alegria por termos vencido juntos".

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O avião é considerado, até aos dias de hoje, o meio de transporte mais seguro e dos maisrápidos do mundo. "É o veículo comercial" que mais movimenta pessoas no planeta,promovendo essencialmente a união entre povos e o intercâmbio profissional e cultural, hámais de um século.