Avaliação pedagógica digital em contextos de elearning

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Universidade Aberta | Portugal Mestrado em Pedagogia do Elearning, 7ª Edição UC 12090 – Avaliação em Contextos de Elearning Tema 2 Atividade 2: Avaliação Pedagógica Digital em Contextos de Elearning Docente Responsável: Professora Doutora Lúcia Amante Grupo 2: Ana Freire, Carlos Santos, Diana Morais e Nelson Soares 11 de maio de 2014 1

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Universidade Aberta | Portugal

Mestrado em Pedagogia do Elearning, 7ª Edição

UC 12090 – Avaliação em Contextos de Elearning

Tema 2 ­ Atividade 2: Avaliação Pedagógica Digital em Contextos de Elearning

Docente Responsável: Professora Doutora Lúcia Amante

Grupo 2: Ana Freire, Carlos Santos, Diana Morais e Nelson Soares

11 de maio de 2014

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Texto 1 ­ “A Cultura de Avaliação: que dimensões?” Esta é uma temática atual que emerge de muitas investigações. O artigo intitulado “A Cultura de Avaliação: que dimensões?” compreende as novas estratégias de avaliação e as dimensões e parâmetros da cultura de avaliação. Tendo em consideração os autores, “o Processo de Bolonha” (Comissão Europeia,2008:citado por Pereira,A;Oliveira,I & Tinoca,L.,2010) apresenta “o desafio ao ensino superior de promover ambientes virtuais de aprendizagem” (p.1). Mas que mudanças referem os autores?

alteração na perceção dos objetivos do sistema de ensino superior e na seleção de metodologias a utilizar;

estratégias de avaliação a implementar de forma a avaliar um currículo baseado em competências; surgem os Programas de Avaliação de Competências (PACs).

A avaliação de competências requer uma nova abordagem. As novas culturas de aprendizagem forçam o uso de novas estratégias de avaliação. Essas estratégias de avaliação são vitais para garantir um adequado reconhecimento do trabalho individual realizado, segundo os autores. Existe uma nova cultura de avaliação:

A avaliação deverá ser centrada no aluno, com critérios explícitos, processos clarificados, resultados obtidos e competências evidenciadas. Tudo isto tem de ser conseguido de modo a puder integrar todas as situações, mediante uma estratégia que deverá contemplar atividades colaborativas.

Para os autores, “as novas estratégias de avaliação introduzem a necessidade de ter em conta as competências exigidas na prática da vida real e de assegurar que os modos de avaliação reflitam os que são utilizados nesses cenários e que os critérios de avaliação sejam adequados”. Existem quatro dimensões para a cultura de avaliação: autenticidade, consistência, transparência e praticabilidade. Sobre a autenticidade, os autores referem que este conceito está ligado com o grau de semelhança entre competências que são avaliadas num PAC, considerando os seguintes parâmetros de referência, designadamente, a similitude, complexidade, adequação e significância. Quanto à consistência, esta “surge como forma de responder às exigências de validade e fiabilidade tradicionalmente associadas apenas a indicadores psicométricos” (Pereira; Oliveira & Tinoca, 2010,p.4), compreende quatro parâmetros, tais como, alinhamento instrução­avaliação, multiplicidade de indicadores, adequação dos critérios e alinhamento competências­avaliação. Em termos de transparência, o programa deverá ser visível e entendível para todos, considerando quatro parâmetros: democratização, envolvimento, visibilidade e impacto. Por último, os autores tecem considerações sobre a praticabilidade, ou seja, a exequibilidade de qualquer estratégia de avaliação. Agrega três vértices essenciais: custos, eficiência e sustentabilidade. A reconcetualização da avaliação nas suas funções, formas e instrumentos de avaliação tornou­se fundamental para garantir a qualidade da nova cultura da aprendizagem. Texto 2 ­ “Quality in Online Delivery: What does it mean for assessment in E­learning Environments?” Este artigo aborda as definições atuais de qualidade na avaliação on­line e examina as expetativas emergentes do que constitui avaliação on­line. A educação está focada nas necessidades do aluno, enquanto que o professor se tornou um mediador e motivador da aprendizagem do aluno.

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Recomendações dos processos de avaliação:

habilitar os alunos para o progresso autônomo; oferecer feedback regular aos alunos; suporte a aprendizagem entre pares; práticas de projeto de auto­avaliação.

Sobre as oportunidade de melhorar a avaliação na web, Laurillard (1993) sugere que a aprendizagem baseada em computador tem um papel importante na promoção:

auto­aprendizagem e aumento da autonomia do aluno; flexibilidade e diversidade na avaliação; aumento da literacia da informação, garantindo que as habilidades de pós­graduação estejam em

sintonia com os empregadores; aumento de produtividade e eficiência no ensino superior.

Schacter (1999) afirma que o que determina o valor educativo das TIC é a forma como ele é usado na prática. Aprendizagem baseada na web, o que significa esta nova pedagogia ou a repackaging? Os alunos precisam ter mais responsabilidade pelo seu aprendizado, mas muitos precisam de ajuda para conseguir esta habilidade. Shaffer e Resnick (1999) afirmam que a tecnologia pode ser usada para criar contextos autênticos de aprendizagem, e fornecer recursos para dar aos alunos oportunidades em várias áreas. são elas: conectividade ­ autenticidade ­ pluralismo epistemológico ­ para expressar e representar ideias de muitas maneiras. As tecnologias de informação podem alterar a qualidade da experiência de aprendizagem, e podem ser utilizadas para criar ambientes autênticos para a avaliação. A aprendizagem baseada na web significa uma nova concepção de currículo? Seria preciso utilizar e aplicar os meios de comunicação para o ensino e cenários onde os alunos participam ativamente produzindo conhecimento. a avaliação por pares é um indicador da extensão pedagógica através da web, como as ferramentas de comunicação on­line, espaços de trabalho compartilhados e diálogos assíncronos, tornando a aprendizagem em rede e a avaliação viáveis. Esta abordagem participativa se resume:

atividades de avaliação que reconhecem os alunos como contribuintes; atividade de avaliação envolvendo oportunidades para estudantes de comunicação que possam

participar de uma comunidade on­line; avaliação de atividade reflete o status dos estudantes como contribuintes para o conteúdo do curso

e criadores de novos produtos de conhecimento. Avaliação alternativa usando a tecnologia Esta forma de avaliação é baseada no construtivismo e reconhece o aluno como arquiteto­chefe na construção do conhecimento. Em ambientes de aprendizagem construtivistas há interação social, comunicação, troca de opiniões, colaboração e apoio para os alunos.

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Principais caraterísticas dos ambientes de aprendizagem construtivistas:

autenticidade; trabalho em grupo; controlo do aprendiz; aprendizagem em scaffolding . 1

A avaliação autêntica ou desempenho pode ser utilizada na aprendizagem construtivista de ambientes uma vez que permite o processo e conhecimento do produto a ser avaliado, apoiado por canais de comunicação para o trabalho em grupo, a reflexão, o pensamento racional e auto­dirigido de aprendizagem (Scardamalia, 1992; Birenbaun, 1999; Reeves, 2000). Texto 3 ­ “Avaliação de Cursos Online: algumas perspetivas” Do ponto de vista de Machado & Gomes (2013), “os desafios colocados pela sociedade do conhecimento exigem que as Instituições de Ensino Superior (IES) se adaptem a novas realidades económico­sociais e a novos públicos”, daí que seja imperscindível avaliar para melhor. Este artigo visa abordar a avaliação de cursos em b/e­Learning, onde são apresentados sete modelos de avaliação de cursos, segundo diferentes perspetivas e dimensões de análise.

O esquema abaixo sintetiza os modelos considerados:

1 “Processo que capacita a criança ou principiante a resolver um problema, executar uma tarefa ou alcançar um objetivo que estaria acima de sua capacidade” (WOOD; BRUNER; ROSS, 1976, p. 90).

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Considerações finais: Do primeiro artigo escolhido, poder­se­á sistematizar que o processo de Bolonha introduziu novos desafios numa nova cultura de avaliação, que deve ser uma evidência clara nas Instituições do Ensino Superior. Surgem os programas de avaliação de competência, designados por PACs. Por sua vez, a avaliação de competências requer uma nova abordagem. A avaliação deverá estar centrada no aluno. Esta nova cultura de avaliação introduz quatro pilares fundamentais: autenticidade, consistência, transparência e praticabilidade. Quanto ao segundo texto estudado, este menciona as inquietações da qualidade da avaliação online. A educação está focada nas necessidades dos alunos. Com a utilização das novas tecnologias de informação e comunicação, estas podem alterar a qualidade da experiência de aprendizagem e podem ser utilizadas para produzir ambientes autênticos de avaliação. É através da utilização da tecnologia, que o aluno numa ótica de construtivismo delinea a sua própria avaliação. Por último, o terceiro documento analisado compreende uma abordagem da avaliação nos cursos em regime b/e­Learning, onde são apresentados alguns modelos de avaliação, onde se identificam um conjunto de níveis, dimensões, fatores, componentes e variáveis a ter em consideração aquando da avaliação desta modalidade de cursos. Referências Bibliográficas

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Machado, C. & Gomes, M. J. (2013). Avaliação de cursos online : algumas perspetivas . Disponível em: http://repositorium.sdum.uminho.pt/handle/1822/25195 . Acesso 29 de abril de 2014. McLoughlin; C. & Luca, J. (2001). "Quality in Online Delivery: What does it mean for assessment in E­Learning Environments?" The ASCILITE conference proceedings. Pereira, A. Oliveira, I. & Tinoca, L. (2010). " A Cultura da Avaliação: que dimensões?", In Actas da Conferência Internacional TICeduca2010, Instituto de Educação, Universidade de Lisboa.

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