AVALIAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA DE Abelmoschus esculentus (L.) Moench - QUIABOS COMERCIALIZADOS EM...

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Congresso Técnico Científico da Engenharia e da Agronomia CONTECC 2014 Centro de Convenções Atlantic City - Teresina - PI 12 a 15 de agosto de 2014 AVALIAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA DE Abelmoschus esculentus (L.) Moench - QUIABOS COMERCIALIZADOS EM FEIRA LIVRE DO MUNICÍPIO DE POMBAL-PB Thalita Sévia Soares de Almeida 1 , José Nildo Vieira Deodato 2 , Cesar Carlos Martins da Silva 3 , Jéssica de Sousa Negreiros 4 ,Gilcean Silva Alves 5 , 1 Mestranda em Sistemas Agroindustrias, UFCG, Pombal, (83)96551146, [email protected] 2 Mestrando em Sistemas Agroindustrias, UFCG, Pombal, (83) 99769436, [email protected] 3 Graduando em Engenharia de Alimentos, UFCG,Pombal, (83) 99965141, [email protected] 4 Graduanda em Engenharia de Alimentos, UFCG,Pombal, (83) 96903639, [email protected] 5 Professor Doutor, IFPB, João Pessoa, (83) 99439302 [email protected] Apresentado no Congresso Técnico Científico da Engenharia e da Agronomia CONTECC2014 12 a 15 de agosto de 2014 - Teresina-PI, Brasil RESUMO O Abelmoschus esculentus (L.) Moench, regionalmente conhecido por quiabo, é uma planta hortícola pertencente à família Malvaceae, cujo fruto verde contém vitaminas A, B1 e C, cálcio e ferro. O fruto compõe a variação alimentar regionais, assim constituindo um importante adjuvante nutricional. É formado por uma capsula fibrosa cheia de sementes brancas, redondas de cor verde intensa, firmes e sem manchas escuras. Desta forma, o objetivo do presente estudo foi realizar a caracterização físico- química dos frutos de quiabo comercializado na feira livre do município de Pombal-PB. As amostras foram submetidas às análises físicas e químicas como umidade, cinzas, lipídeos e proteínas. O teor de umidade foi determinado bem abaixo ao encontrado na literatura, este resultado pode ter sofrido influência pelo grau de maturação do fruto. Diante do exposto, faz-se necessário a realização de novas pesquisas, a fim de melhorar a utilização desse fruto. PALAVRASCHAVE: Quiabo, físico-químico, feira livre. PHISICOCHEMICAL EVALUATION OF ABELMOSCHUS ESCULENTUS (L.) Moench - okra SOLD IN THE COUNTY IN A FREE MARKET IN Pombal-PB ABSTRACT Okra (Abelmoschus esculentus (L.) Moench) is a horticultural plant whose green fruit, which contains vitamins A, B1 and C, calcium and iron. Your fruit is a fibrous capsule full of round white seeds of intense, firm and no dark green spots. This way, the aim of this work was the physicochemical characterization of okra pods sold in free market of the municipality of Pombal PB. The sample analyzes of moisture, ash, lipids and proteins were submitted. The moisture content was determined well below that found in the literature, this result may have been influenced by the degree of maturity. KEYWORDS: okra, physicochemical, street fair. INTRODUÇÃO O Abelmoschus esculentus (L.) Moench, conhecido regionalmente como quiabo, encontra no Brasil condições excelentes para o seu cultivo, principalmente no que diz respeito ao clima, sendo popularmente cultivado nas regiões Nordeste e Sudeste. A planta apresenta algumas características desejáveis como ciclo rápido, custo de produção economicamente viável, resistência a pragas e alto valor alimentício e nutritivo. É uma hortaliça de clima quente e por isso é um dos cultivos mais bem adaptados ao clima tropical brasileiro. Temperaturas baixas causam danos aos frutos e impedem o pleno crescimento da planta. (MOTA, et. al. 2000). O quiabo, conhecido como lady´s finger, okra, gumbo e bhindi dependendo da região no qual é cultivado, pertence à família Malvaceae, hortaliça bastante difundida na região Nordeste do Brasil,

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  • Congresso Tcnico Cientfico da Engenharia e da Agronomia CONTECC 2014

    Centro de Convenes Atlantic City - Teresina - PI 12 a 15 de agosto de 2014

    AVALIAO FSICO-QUMICA DE Abelmoschus esculentus (L.) Moench - QUIABOS

    COMERCIALIZADOS EM FEIRA LIVRE DO MUNICPIO DE POMBAL-PB Thalita Svia Soares de Almeida

    1, Jos Nildo Vieira Deodato

    2, Cesar Carlos Martins da Silva

    3, Jssica

    de Sousa Negreiros4,Gilcean Silva Alves

    5,

    1Mestranda em Sistemas Agroindustrias, UFCG, Pombal, (83)96551146, [email protected]

    2Mestrando em Sistemas Agroindustrias, UFCG, Pombal, (83) 99769436, [email protected] 3Graduando em Engenharia de Alimentos, UFCG,Pombal, (83) 99965141, [email protected] 4Graduanda em Engenharia de Alimentos, UFCG,Pombal, (83) 96903639, [email protected] 5 Professor Doutor, IFPB, Joo Pessoa, (83) 99439302 [email protected]

    Apresentado no

    Congresso Tcnico Cientfico da Engenharia e da Agronomia CONTECC 2014 12 a 15 de agosto de 2014 - Teresina-PI, Brasil

    RESUMO O Abelmoschus esculentus (L.) Moench, regionalmente conhecido por quiabo, uma planta hortcola

    pertencente famlia Malvaceae, cujo fruto verde contm vitaminas A, B1 e C, clcio e ferro. O fruto

    compe a variao alimentar regionais, assim constituindo um importante adjuvante nutricional.

    formado por uma capsula fibrosa cheia de sementes brancas, redondas de cor verde intensa, firmes e

    sem manchas escuras. Desta forma, o objetivo do presente estudo foi realizar a caracterizao fsico-

    qumica dos frutos de quiabo comercializado na feira livre do municpio de Pombal-PB. As amostras

    foram submetidas s anlises fsicas e qumicas como umidade, cinzas, lipdeos e protenas. O teor de

    umidade foi determinado bem abaixo ao encontrado na literatura, este resultado pode ter sofrido

    influncia pelo grau de maturao do fruto. Diante do exposto, faz-se necessrio a realizao de novas

    pesquisas, a fim de melhorar a utilizao desse fruto.

    PALAVRASCHAVE: Quiabo, fsico-qumico, feira livre.

    PHISICOCHEMICAL EVALUATION OF ABELMOSCHUS ESCULENTUS (L.) Moench -

    okra SOLD IN THE COUNTY IN A FREE MARKET IN Pombal-PB

    ABSTRACT Okra (Abelmoschus esculentus (L.) Moench) is a horticultural plant whose green fruit, which contains

    vitamins A, B1 and C, calcium and iron. Your fruit is a fibrous capsule full of round white seeds of

    intense, firm and no dark green spots. This way, the aim of this work was the physicochemical

    characterization of okra pods sold in free market of the municipality of Pombal PB. The sample

    analyzes of moisture, ash, lipids and proteins were submitted. The moisture content was determined

    well below that found in the literature, this result may have been influenced by the degree of maturity.

    KEYWORDS: okra, physicochemical, street fair.

    INTRODUO O Abelmoschus esculentus (L.) Moench, conhecido regionalmente como quiabo, encontra no

    Brasil condies excelentes para o seu cultivo, principalmente no que diz respeito ao clima, sendo

    popularmente cultivado nas regies Nordeste e Sudeste. A planta apresenta algumas caractersticas

    desejveis como ciclo rpido, custo de produo economicamente vivel, resistncia a pragas e alto

    valor alimentcio e nutritivo. uma hortalia de clima quente e por isso um dos cultivos mais bem

    adaptados ao clima tropical brasileiro. Temperaturas baixas causam danos aos frutos e impedem o

    pleno crescimento da planta. (MOTA, et. al. 2000).

    O quiabo, conhecido como ladys finger, okra, gumbo e bhindi dependendo da regio no qual

    cultivado, pertence famlia Malvaceae, hortalia bastante difundida na regio Nordeste do Brasil,

  • porm pouco utilizada no restante do pas (SOARES, 2010). Situa-se entre as hortcolas de alto valor

    alimentcio (DAS; MUKHERJEE; DAS, 2012). Tem origem africana, precisamente da Etipia, sendo

    atualmente amplamente difundida na frica Ocidental, ndia, Sul da Europa, parte da sia, Filipinas e

    nas Amricas, ocupando a quinta posio, junto ao tomate, em cultivo na ndia, constituindo uma

    hortalia bastante consumida nesse pas. (PENDRE, et. al. 2011). Atinge uma produo de 10 a 20

    toneladas por hectare (AGRUJURIS, 2004).

    A sua comercializao feita geralmente na forma in natura. Por ser constitudo em 89,9% de

    gua do total do seu peso fresco, conferi assim, um dos problemas quanto a sua conservao, pois se

    comporta como hortcola perecvel, com curto perodo de conservao ps-colheita (MOTA, et. al.

    2000).

    A aparncia dos frutos e hortalias caracterizada pelo tamanho, forma, cor, condies e

    ausncia de desordens mecnicas, fisiolgicas e patolgicas (KAYS, 1999). A aparncia externa o

    primeiro critrio utilizado pelo consumidor no julgamento da qualidade da hortalia (KAYS, 1991;

    1999). O valor nutritivo um atributo de qualidade muito importante, porm o mais negligenciado na

    cadeia de comercializao de frutos, visto que no afeta a aparncia (CHITARRA; CHITARRA,

    1990).

    O fruto a parte do vegetal utilizada na culinria. Apresenta-se em forma de cpsula, na qual

    contm sementes brancas e redondas, numa consistncia viscosa (OLIVEIRA, et. al. 2011). Suas

    folhas podem ser utilizadas como salada e as sementes fornecem um leo aromtico, que pode ser

    utilizado na alimentao humana e na fabricao de margarinas (Mller, 1982). Diante do exposto, o

    objetivo do presente trabalho foi realizar a caracterizao fsico-qumica dos frutos de quiabo

    comercializado em feira livre.

    MATERIAL E MTODOS

    Para o presente estudo ser utilizado como matria-prima o fruto do quiabo. As amostras

    foram adquiridas na feira livre do municpio de Pombal PB, dos quais foram colocadas em sacos plsticos, e encaminhadas ao laboratrio do Centro Vocacional e Tecnolgico de Pombal (CVT) em conjuntura Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) campus Pombal.

    Os frutos foram submetidos sanitizao e seleo das amostras, propiciando melhoria na

    qualidade do produto final. O fruto considerado adequado apresentou boa aparncia. Para a preparao

    das amostras, a matria-prima foi processada em liquidificador industrial, para ento serem submetida

    s anlises fsicas e qumica, descritas a seguir. As anlises foram realizadas em triplicata.

    Umidade (%)

    Foram utilizados 2 g da amostra para a determinao dos teores de umidade. Foram

    determinados atravs do mtodo de secagem a 105C, em estufa de ar marca De Leo, tipo A3SE, de

    acordo com a metodologia 012/IV do Instituto Adolf Lutz (2008).

    Teor de Cinzas (%)

    O teor de cinzas foi determinado atravs da calcinao de aproximadamente 5 g das amostras,

    determinadas segundo o mtodo 018/IV do Instituto Adolf Lutz (2008).

    Protenas (%)

    Os teores de protenas foram determinados atravs do mtodo Kjedahl, 036/IV descrito pelo

    Instituto Adolfo Lutz (2008). Foi realizado o processo de digesto em bloco digestor, com o auxlio de

    tubos para digesto, nos quais continham 0,2 g das amostras, 1,5 g de substncia cataltica e 3 mL de

    cido sulfrico PA. O aquecimento da capela ocorreu de forma gradativa, com temperatura inicial de

    50 C e final de 400 C.

    Para a destilao foi utilizado fenolftalena como indicador e aos tubos foral adicionados 30

    mL de gua destilada, 5 mL de hidrxido de sdio 63%. Sofreram destilao em um destilador de

    nitrognio e as solues foram coletadas em recipientes contendo cido brico e os indicadores para,

    ento, serem tituladas com soluo de cido clordrico a 0,1 Molar (M).

    Lipdios (%)

  • A anlise de lipdios foi determinada atravs do aparelho extrator de Soxhlet, seguindo o

    mtodo descrito 033/IV do Instituto Adolf Lutz (2008). Foram empregadas 3 g das amostras e hexano

    como solvente extrator. O sistema foi aquecido por cerca de 6 horas e em seguida submetido

    secagem em estufa a 105 C durante 1 hora. Assim, procedidas s pesagens.

    RESULTADOS E DISCUSSO O teor de umidade do quiabo foi de 84,9%, valore este inferior ao encontrado por MOTA et.

    al. (2005), pois em estudos similares obtiveram valores de 89,77 a 91,28 em quatro diferentes tipos de

    cultivares. Os resultados podem ter sofrido influncia pelo grau de maturao do fruto aqui avaliado.

    Quanto ao teor de cinzas foi de 1,1%, e ainda verificaram-se os valores de lipdios e protenas 3,70% e

    2,77, respectivamente. Com relao aos parmetros de cinzas, lipdios e protenas no foram

    encontrados registros em literaturas pesquisadas.

    CONCLUSES

    O presente estudo alcanou o seu objetivo, uma vez que, proporcionou informaes quanto a

    caracterizao do fruto.

    Ainda, diante da importncia do quiabo para a culinria regional e sua utilizao como

    matria-prima para a fabricao de produtos industrializados, faz necessrio desenvolver novos

    estudos, metodologias e estratgias capazes de promover maior utilizao do fruto.

    AGRADECIMENTOS Os autores expressam seus agradecimentos ao CVT pelo auxilio e material concedido para a realizao

    do presente trabalho.

    REFERNCIAS

    AGRUJURIS. Cultura do quiabo. Disponvel em . Acesso em: 20/05/2014.

    CHITARRA, M. I. F.; CHITARRA, A. B. Ps- colheita de frutos e hortalias: fisiologia e manuseio.

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    biolgica de abelmoschus esculentus (l.) Moench (malvaceae). II Jornada de Ensino, Pesquisa e

    Extenso da UniEVANGLICA Anais do IX Seminrio de PBIC Volume 1 2011 Anpolis-Go. PENDRE, N.K. et al. Effect of drying temperature and slice size on quality of dried okra

    (Abelmoschus esculentus (L.) Moench). Journal of Food Science and Technology, v.49, n.3, p.378-

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  • RESENDE, I. C. Reao varietal do quiabeiro a Meloidogyne spp. e avaliao do controle por

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    Mestrado.

    SOARES, G.S.F. Estudo da qualidade nutricional de sementes e da atividade antiinflamatria

    da lectina do Abelmoschus esculentus (L.) MOENCH (quiabo). Joo Pessoa, PB, 2012.

    Originalmente apresentada como dissertao de mestrado, Universidade Federal da Paraba, 2010.