Avaliação do Ano Zero
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Transcript of Avaliação do Ano Zero
R e l a t ó r i o C r í t i c o
E s c o l a S e c u n d á r i a d e S a m p a i o
A n o l e c t i v o 2 0 0 7 / 2 0 0 8
Luis Miguel Varela Fernandes
Relatório Crítico – Coordenador TIC
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Escola Secundária de Sampaio :: Estrada da Faúlha – Sampaio ::2970 – 577 Sesimbra :: Tel. 21 268 81 60 :: Fax 21 268 81 79
Mail; [email protected] :: Página web: www.esec-sampaio.net
Relatório Coordenador TIC
Introdução
No início do presente ano lectivo assumi o cargo de Coordenador TIC, iniciando as funções previstas no Despacho n.º 26 691/2005, de 30 de Novembro.
A partir de Setembro de 2007 iniciei as actividades de modo a que, neste primeiro ano conseguisse fazer um levantamento geral da situação da escola em relação à utilização das TIC. Tratou-se do ponto de partida para a elaboração do plano TIC da escola. Ao longo de todo o ano fui desempenhando as minhas funções, sem que existisse uma equipa TIC constituída, facto que prejudicou algumas das tarefas idealizadas. Contudo, algo foi feito e preparamo-nos para uma nova fase neste desafio de integração das TIC nas diversas áreas disciplinares e na generalização da sua utilização pelo maior número possível de elementos da comunidade escolar.
Neste sentido, no final deste ano lectivo elaborei um relatório de reflexão crítica do trabalho desenvolvido como Coordenador TIC da Escola Secundária de Sampaio. A abordagem feita neste relatório apresenta a seguinte estrutura:
a) Identificação do Coordenador TIC;
b) Ano 0 – Objectivos e Cronograma;
b) Tarefas ao nível pedagógico;
d) Tarefas ao nível técnico;
e) Plano TIC – ponto da situação;
f) Equipa TIC;
Este relatório tem como função principal a análise das actividades desenvolvidas ao longo do ano lectivo, sempre com uma perspectiva crítica, que permita a reflexão sobre a acção e possibilite e potencie a evolução no desempenho deste cargo.
Identificação do Coordenador TIC
• Nome: Luís Miguel Varela Fernandes
• Grupo disciplinar: 550
• Início de funções: Setembro 2007
Ano 0 – Objectivos e Cronograma
Dado que neste primeiro ano não foi constituída uma equipa TIC na escola, iniciei as minhas funções tentando, numa primeira instância, analisar tudo o que existe na escola em termos de TIC e realizar um ponto de situação que serviria de impulsionador para a elaboração de um plano TIC mais consistente e realista. A este conjunto de tarefas atribui o nome de Ano zero para o plano TIC.
Neste ano zero foram definidos os seguintes objectivos:
a) Efectuar o levantamento de equipamentos e Software;
b) Realizar um inventário e identificar os equipamentos;
c) Investigar sobre plataformas e aplicações que simplifiquem
a publicação de conteúdos online;
d) Reestruturar o website da escola (www.esec-sampaio.net);
e) Estruturar, administrar e incentivar a utilização da
Plataforma de Gestão de Aprendizagem – Moodle
(www.escolasdesesimbra.net);
f) Apoiar e promover a utilização das TIC nos vários grupos
disciplinares;
g) Divulgar projectos e actividades TIC;
h) Analisar e reestruturar a rede interna da escola;
i) Realizar manutenção e actualização de equipamentos e
Software;
j) Criar equipa para elaboração do plano anual TIC para o
próximo ano lectivo;
k) Apoiar projectos realizados na escola que integrem a
utilização das TIC (www.projectosess.net).
As actividades que foram preparadas e
desenvolvidas no sentido de cumprir os objectivos
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previstos deveriam ser sujeitas a uma calendarização
(pouco rígida).
Como tal, foi criado no início do ano um cronograma
onde constavam as tarefas e os prazos previstos:
Tarefas Prazo Obj.
Levantamento de equipamentos e Software
Final do ano lectivo a)
Inventário de Equipamentos e Software
Final do ano lectivo b)
Investigação –Autoformação (Joomla e Moodle)
1º Período c)
Reestruturação da estrutura, imagem e conteúdos do site
da Escola
1º Período d)
Estruturação e administração do Moodle – Escolas de
Sesimbra
1º Período e)
Publicar novo site Início 2º Período d)
Apoiar projectos da escola que utilizem as TIC1
Todo o ano k)
Manutenção de Equipamentos e Software
Todo o ano i)
Divulgar projectos aos docentes (informal)
Todo o ano g)
Apoiar e promover a utilização das TIC (informal)
Todo o ano f)
Criação da Equipa TIC Final do ano lectivo j)
Criação de plano TIC Final do ano lectivo 06/07 – Início do ano
lectivo 07/08
j)
Naturalmente que, por ser o primeiro ano de
desempenho de funções, e com a necessidade de
trabalhar sozinho por não ter sido criada a equipa TIC,
estes objectivos traçados (que incluíam outros
implícitos) terão sido demasiado ambiciosos, contudo,
em grande parte foram cumpridos.
1 Incluem-se neste âmbito: Projecto Portáteis, Concurso de Produção de Conteúdos,
Sistema GIAE, Programa ENES, Jornal Opinião, Nota Informativa CREscendo e Área de Projecto do 12º Ano.
Tarefas ao nível pedagógico
Ao nível pedagógico (a vertente com maior
importância para os professores dos vários grupos
disciplinares) o Despacho n.º 26 691/2005, de 30 de
Novembro, indica um conjunto de tarefas que o
Coordenador TIC, conjuntamente com a equipa, no
sentido de promover a integração das TIC nas várias
áreas disciplinares. Neste ano 0 estas tarefas foram
sobrepostas pelo peso das necessidades existentes ao
nível técnico. O facto de não existir uma equipa TIC a
funcionar de forma articulada, foi preponderante para
o 2º plano atribuído a esta vertente.
No entanto, foram cumpridos alguns dos objectivos
principais, essencialmente com algumas das tarefas de
mobilização de professores para a utilização das TIC
nas suas actividades, bem como da influência que os
alunos exerceram em alguns professores na realização
de projectos que implicaram a utilização obrigatória
de novas tecnologias.
Naturalmente que as intervenções que fui
realizando ao longo do ano não foram planificadas
nem previstas com intencionalidade e finalidades
definidas. Portanto, a intensidade e a consistência não
foram, na maior parte dos casos, muito conseguidas.
Para a realização das tarefas de intervenção ao nível
pedagógico contei com o apoio do Centro de
Formação da Associação de Escolas do Concelho de
Sesimbra e do Centro de Competência de Setúbal. O
apoio foi dado nos aspectos logísticos (espaço para
criação de plataforma Moodle), aspectos informativos
no que se refere a acções de formação de interesse
para os professores da escola e aspectos formais e
estruturais da Coordenação TIC.
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Tarefas ao nível técnico
As tarefas de nível técnico incumbidas ao Coordenador TIC são diversas e, tendo em conta a dimensão do parque informático da escola, deverão, num futuro próximo, ser distribuídas por elementos da equipa TIC (e outros).
Neste primeiro ano tentei, com algum esforço, apoiar todo o tipo de problemas técnicos que surgiam nos computadores da escola. Tal como está a acontecer com outros Coordenadores TIC, assumi o papel de “bombeiro” das TIC.
Importa recordar que, para além das Salas de Informática (2 Salas TIC e uma sala informática), existem outros espaços onde, de forma mais frequente, é necessário o apoio, seja de nível físico, seja ao nível de software: secretaria, sala de professores, biblioteca, portaria, bares, papelaria, reprografia, laboratórios, portáteis e sala nónio. São aproximadamente 100 computadores, uma quantidade de outros equipamentos que necessitam de algum apoio e manutenção e as redes internas.
Naturalmente que ao longo do ano tive, em alguns sectores, o apoio de colegas do grupo de Informática que, de uma forma bastante positiva, asseguraram a manutenção e resolução de problemas nas salas de informática.
Muitas foram as tarefas realizadas ao longo do ano. Mas, ao existir uma grande intensidade de trabalho, o tempo para registar todo o tipo de tarefas é diminuto, contudo, apresento uma pequena lista:
Formatação de computadores;
Instalação de software;
Reparação de avarias e Substituição de equipamentos;
Análise e selecção de equipamentos antigos (monitores, memórias, placas, etc.)
Actualização de software (sistemas operativos, aplicações diversas, sistema GIAE, Software JPM Abreu, software PORBASE 5, anti-vírus, etc.);
Instalação de software Open-Source (Biblioteca, Salas TIC e sala Professores);
Remodelação/Reestruturação da rede interna;
Apoio na implementação no laboratório de informática;
Preparação dos portáteis para utilização de professores e alunos;
Etiquetagem dos portáteis;
Criação de um inventário dos portáteis;
Apoio na instalação do software para optimização do quadro interactivo;
Etc.
Todas estas tarefas implicam uma dedicação enorme e exigem muito tempo, portanto, esta é a razão principal para que tenham sido um pouco descuradas as tarefas ao nível pedagógico. Contudo, penso que esta primeira fase era importante para criar mecanismos de automatização de tarefas, envolvimento dos elementos da comunidade escolar e, essencialmente, o conhecimento mais aprofundado da realidade da escola em relação às TIC.
É importante realçar que alguns colegas participaram e apoiaram este processo de forma bastante positiva, todos os professores do grupo de Informática, com particular destaque para o Herculano Rodrigues, o António Cabeça e o Noel Cabeça. Estes elementos disponibilizaram-se muitas vezes para que, fora do horário lectivo, fosse possível implementar algumas alterações na estrutura das salas de informática e da rede interna da escola.
No final deste ano lectivo a maioria dos professores do grupo de informática inscreveu-se na acção de formação 3A – Montagem e Manutenção de Redes e Equipamento Informático. No decorrer da acção surgiu a hipótese de realizar um projecto nesta área. O Grupo de professores desta escola decidiu avançar com a remodelação/reestruturação da rede interna da escola. Estão, neste momento, a ser implementadas algumas alterações, que irão constar do plano TIC para o próximo ano lectivo.
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Plano TIC – ponto da situação;
O Plano TIC é um plano de acção anual para as TIC nas escolas. Este plano visa promover a integração da utilização das TIC nas actividades lectivas e não lectivas, rentabilizando os meios informáticos disponíveis e generalizando a sua utilização por todos os elementos da comunidade educativa. Este Plano TIC deverá ser concebido no quadro do Projecto Educativo da Escola e do respectivo Plano Anual de Actividades, em conjunto com os órgãos de Administração e Gestão, em articulação e com o apoio do Centro de Formação da Área do Agrupamento/Escola (CFAE's) e de outros parceiros a envolver.
Neste primeiro ano não foi criado o plano TIC para a Escola Secundária de Sampaio. Isto é, não foi criado um documento estruturado com objectivos e finalidades definidas como é indicado no Despacho n.º 26 691/2005, de 30 de Novembro. Contudo, as tarefas que foram realizadas ao longo do ano vão ao encontro do objectivo primordial de um plano TIC: Integrar a utilização das TIC por todos os elementos da comunidade escolar.
No ano lectivo 2007/2008 irá ser implementado o primeiro plano anual TIC na nossa escola. Não será um plano demasiado ambicioso, será, acima de tudo, realista e simples, com metas muito bem definidas. Este plano está em fase de elaboração e irá contar com o apoio da equipa TIC que também está a ser constituída.
O plano TIC será anual e alvo de uma avaliação/remodelação contínua, para que se consigam alcançar os objectivos definidos, envolvendo o maior número possível de elementos da comunidade escolar. Numa primeira instância será dada uma atenção muito especial a todos aqueles que ainda se mantêm distantes e resistentes às TIC. Neste sentido, serão preparadas pequenas acções de formação/oficinas sobre aspectos básicos da utilização das TIC em contextos educativos.
O grande desafio será promover a realização de projectos com utilização das TIC nas várias áreas
disciplinares, tanto ao nível interno, como ao nível externo. Para tal, o papel da equipa TIC será extremamente importante.
Para apoiar a equipa TIC, o plano TIC e todos os elementos envolvidos neste desafio, será criado um pequeno portal de divulgação de todo o tipo de informações relacionadas com as actividades que irão ser desenvolvidas.
Equipa TIC
Como coordenador TIC, existe a possibilidade de propor ao Conselho Executivo a criação de uma equipa de apoio à concretização do plano anual TIC. Neste sentido, já iniciei os primeiros contactos com alguns colegas no sentido de criar uma equipa de trabalho para promover, dinamizar e avaliar o plano TIC no próximo ano lectivo. De acordo com o Despacho n.º 26 691/2005, de 30 de Novembro, poderão ser incluídos nesta equipa: professores, funcionários, estagiários e alunos monitores.
Portanto, apesar de ainda não estar completa a equipa TIC, posso já avançar com o nome de alguns elementos que estão disponíveis, e que irão ter horas de componente de estabelecimento para dar apoio à implementação do plano TIC:
E q u i p a T I C
Coordenador TIC Prof. Luis Varela
Conselho Executivo Prof. Rui do Bem
Vertente pedagógica
Prof. ª Paula Alves
Prof. Luis Santos
Prof. ª Amália Calçada
Prof.ª Paula Santos
Prof. ª Vânia Janela
Vertente técnica
Prof. Herculano Rodrigues
Prof. António Cabeça
Alunos
Curso Tecnológico de Informática
Curso Profissional de Programação e Gestão de Sistemas Informáticos
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Conclusão/Reflexão
No final do ano lectivo, o balanço das actividades pode considerar-se positivo, contudo, devido a factores anunciados anteriormente, algumas das tarefas não foram concluídas com o sucesso previsto. As funções do Coordenador TIC são de extrema importância para a implementação de projectos com utilização efectiva e interactiva das TIC. Para tal, a criação de uma equipa de trabalho será um passo muito importante para a dinamização de um plano de intervenção nesta área.
Grande parte do trabalho desenvolvido ao longo deste ano foi de cariz técnico. O parque informático e tecnológico da escola exige intervenções muito frequentes, como tal, esse tipo de tarefas consome um número de horas incalculável. Tentei envolver alguns colegas do grupo de Informática de modo a conseguir resolver o maior número de problemas possível. A equipa TIC que será criada no próximo ano lectivo irá contemplar um grupo abrangente para a manutenção e remodelação do sistema informático da escola.
O envolvimento de outros professores não foi muito notório pois, por consequência, o Coordenador TIC foi encarado como o técnico de informática da escola. No entanto, foi possível envolver alguns colegas na realização de pequenos projectos de intervenção no processo de ensino/aprendizagem com recurso às TIC. Julgo que o que falta, na generalidade dos casos, é alguma formação direccionada para que consigam escolher e utilizar as ferramentas mais adequadas para cada caso. As TIC estão, na maioria dos casos, a ser utilizadas como novas técnicas de apoio ao ensino tradicional. Os vários recursos não estão a ser rentabilizados da melhor forma, existe pouca interactividade na utilização das TIC. Na maior parte dos casos, resume-se à investigação/apresentação. Portanto, julgo que do ponto de vista pedagógico, o plano TIC deverá ser bastante incisivo e direccionado no que se refere à formação dos vários elementos da comunidade escolar de modo a optimizar os recursos existentes na escola e a melhorar a utilização das diversas ferramentas disponibilizadas nos vários ambientes: Escola, Internet e em Casa.
Será, também, importante analisar o plano TIC, e todo o tipo de actividades que o plano envolve, de modo a analisar o orçamento necessário para criar mais e melhores condições de trabalho para professores e alunos. Não se trata, no meu entender, de um investimento exagerado mas sim de um investimento planificado. Ao longo deste ano lectivo sempre existiu muito apoio do Conselho Executivo no que se refere a aquisições de materiais necessários, contudo, tratou-se de aquisições que resultavam de problemas que surgiam num determinado momento e não de aquisições planificadas e estruturadas. Não sei se será possível incluir no 1º Plano TIC um orçamento previsto para as TIC, no entanto, depois da avaliação final desse plano, da análise mais detalhada dos projectos a desenvolver, será possível criar um orçamento mais coerente. Para realizar este orçamento poderá ser incluído um elemento na Equipa TIC com estas funções.
Neste primeiro ano como Coordenador TIC posso referir que foi um ano bastante desgastante pela enorme quantidade de trabalho, mas enriquecedor em termos de auto-formação. Foi possível adquirir competências em diversas áreas: Software, Hardware, Redes, Webdesign, etc. Todo este processo, que irá ter continuidade no próximo ano, é possível se existir alguma vontade de aprender e muitos problemas para resolver. Será interessante envolver outros elementos e incentivar a este tipo de postura perante as TIC. Só será possível a utilização constante e actualizada das TIC se existir uma perspectiva de pesquisa e auto-formação contínua. Surgem novidades quase diariamente e a informação circula a uma grande velocidade. Por isso, antes de orientar os alunos, os professores deverão conhecer e saber estar no “mundo” em que vivem os jovens. A inovação e a criatividade, aliadas às novas tecnologias poderão ser um motor impulsionador para uma nova forma de aprendizagem. É nesse sentido que iremos trabalhar no próximo ano lectivo, tentaremos libertar os professores mais resistentes do abuso do PowerPoint e da Investigação pouco direccionada, para uma perspectiva mais interactiva das TIC com recurso a ferramentas de fácil utilização mas com inúmeras potencialidades.