Avaliação de Pacientes com Cirrose Atendidos em Nível Ambulatorial
Avaliação da qualidade de vida e do índice de capacidade locomotora dos amputados atendidos no...
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FACULDADES ANGLO-AMERICANO CURSO DE FISIOTERAPIA
AMIRAH ALI ABDALLAH JANAINE GALINDO
SIMONE DE CARVALHO RIBEIRO
AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA E DO ÍNDICE DE CAPACIDADE LOCOMOTORA DOS AMPUTADOS ATENDIDOS NO CENTRO DE
REABILITAÇÃO DE FOZ DO IGUAÇU
FOZ DO IGUAÇU 2010
RESUMO
O objetivo do estudo foi avaliar o nível de capacidade locomotora e da qualidade de
vida de amputados que freqüentaram o Centro de Reabilitação do Centro de
Especialidades Médicas, do município de Foz do Iguaçu, Paraná, e descrever o perfil
sóciodemográfico e socioeconômico destas pessoas. Os pacientes amputados foram
divididos em 2 grupos: A, composto por 16 sujeitos em fase de protetização e
protetizados; e B, por 10 sujeitos que se encontravam na fase de cicatrização da
amputação. Para caracterização dos amputados foi proposto um questionário para
avaliar as características sociodemográficas e socioeconômicas, para avaliação da
qualidade de vida foi utilizado o questionário de qualidade de vida SF-36, já para
avaliação da capacidade locomotora foi utilizado o questionário Medida Funcional
para Amputados (MFA). Ambos os grupos apresentaram redução na qualidade de
vida, bem como influência negativa na sua capacidade locomotora, porém sem
diferenças significativas entre eles.
Palavra-chave: Amputação, Reabilitação, fisioterapia, avaliação, locomoção.
ABSTRACT
The main objective of the study was to evaluate the way of amputees to move and
the quality of health that attended on the Rehabilitation Center of the Center of
Medical Specialties in the municipality of Foz do Iguaçu, Paraná, and also describe
the sociodemographic and socioeconomic profile of these people. The amputees
patients were separated into two groups: in the group A had 16 (sixteen) people
during the phase of fitting and hearing aids, and in the group B had 10 (ten) people
who were in the healing phase of amputation. For the characterization of the
amputees a questionnaire was proposed to evaluate the sociodemographic and
socioeconomic, for the evaluation of the quality of life a questionnaire of Short Form
Health Survey 36 (SF-36) was used, as for the evaluation of moving capacity a
questionnaire of Functional Measure for Amputees (FMA) was used. Both of the
groups had reduced their quality of life as well as the negative influence on their
ability to move, but there weren’t any significant differences between them.
Keywords: amputation, rehabilitation, physiotherapy, evaluation, locomotion.
1. INTRODUÇÃO
Amputação é uma palavra derivada do latim (ambi = ao redor de/em volta de,
e putatio = podar/retirar), a qual também pode ser definida como sendo a retirada,
normalmente cirúrgica, parcial ou total de um membro, após todas as tentativas para
salvá-lo1. A parte restante do membro amputado recebe o nome de coto e sua
principal finalidade é a fixação da prótese, sendo esta empregada para substituir a
região perdida ou malformada do organismo2. São comuns certas complicações com
o coto, como: deformidade em flexão, neuromas dolorosos, complicações cutâneas,
comprometimento vascular, irregularidades ósseas e excesso de partes moles3.
Outra complicação citada é a sensação fantasma, definida como uma
sensação não dolorosa do membro amputado; enquanto que a dor fantasma é vista
como uma dor referida no membro amputado ou na parte amputada de um membro;
já a dor no coto é uma sensação dolorosa percebida na extremidade do membro
amputado, usualmente na região onde se fez o corte transversal do nervo sensitivo4.
É de extrema importância a distinção destes termos para uma melhor abordagem
fisioterapêutica que atua, desde a fase pré e pós-operatória, até a fase pré e pós-
protetização, tendo como principais objetivos: visar à cicatrização e a redução do
edema do coto, cuidar com o posicionamento no leito prevenindo contraturas e
deformidades articulares, preparar o coto para a protetização e retorno às atividades
de vida diária, restabelecendo, assim, a independência funcional5.
A referência escrita mais antiga sobre amputações é encontrada no Rig-Veda
(3.500 E 1.800 a.C) um antigo poema sagrado indiano que conta a história de uma
rainha guerreira que teve um membro inferior amputado devido à guerra, e ela
confeccionou uma prótese de ferro e retornou à batalha6. Já em 26 de Janeiro de
1971, a agência France Presse publicou um artigo relatando que arqueólogos russos
descobriram um esqueleto de uma mulher com um pé artificial, com data aproximada
de 2300 a.C. A prótese era composta por um pé-de-cabra adaptado ao coto, seu
encaixe foi feito com a própria pele dessecada do animal, esta é provavelmente,
uma das primeiras próteses de que se tem relato7.
As causas de uma amputação são múltiplas sendo, mais freqüentes em
membros superiores os processos traumáticos e tumorais, enquanto nos membros
inferiores, podem-se encontrar etiologias relacionadas aos processos: congênitos,
infecciosos, traumáticos, neuropáticos e tumorais8. Quanto aos níveis de amputação
dos membros, estes variam conforme a necessidade e as características que o
paciente apresenta, sendo mais comum o nível de amputação transtibial9.
A reabilitação de um amputado não depende apenas da protetização. Existe
um tipo de prótese para cada nível de amputação, mas nem sempre estas atendem
as expectativas do protetizado10. Com a amputação o paciente sofre uma grande
alteração funcional, emocional, social, econômica e psicológica que envolve ele e
toda sua família, os quais podem interferir na sua reabilitação. Sendo este processo
imediato e com o objetivo de recuperar a função, permitindo, assim, a readaptação
profissional e a reintegração social. O papel do fisioterapeuta é fundamental na
reeducação funcional destes pacientes, acompanhando-os nas fases pré e pós-
cirúrgico e de pré e pós-protetização, mantendo as funções músculo-esqueléticas11.
O objetivo do estudo foi avaliar o índice de capacidade locomotora e da
qualidade de vida, assim como traçar o perfil sóciodemográfico e socioeconômico
destas pessoas.
.
2. MATERIAIS E MÉTODOS
O presente estudo caracterizou-se como um estudo transversal, baseado em
um modelo epidemiológico descritivo, através da identificação de características
sociodemográficas e socioeconômicas de sujeitos amputados, além de quantificar a
qualidade de vida e o nível de amputação destes sujeitos.
O estudo iniciou-se após a aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da
Faculdade Assis Gurgacz (CEP/FAG) sob protocolo de número 064/2010 (Anexo
01).
No município de Foz do Iguaçu os sujeitos amputados são encaminhados ao
Centro de Reabilitação do Centro de Especialidades Médicas (CR/CEM) para o setor
de prótese e órtese. Neste setor estes sujeitos são cadastrados, e após triagem e
avaliação são encaminhados para aquisição de dispositivos de acordo com as suas
necessidades.
Foram incluídos na pesquisa sujeitos que aceitaram participar da pesquisa
com a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (Apêndice 01),
conforme determina a resolução 196/96 do CNS, sujeitos acima de 18 anos, ambos
o sexo, submetidos à amputação de membros, independente do seu nível e de sua
etiologia; protetizados ou não; que frequentam ou já frequentaram o CR/CEM, Foz
do Iguaçu – PR. E foram excluídos da pesquisa, sujeitos que apresentassem
dificuldade na comunicação verbal e escrita, diagnóstico clínico de doenças
neurológicas.
Nos meses de setembro e outubro de 2010, após contato e autorização do
responsável pelo CR/CEM (Apêndice 02) iniciou-se um estudo retrospectivo, por
meio de consulta nos cadastros dos usuários deste centro. Foram consultados os
cadastros realizados de janeiro de 2008 até junho de 2010. Cento e sessenta e
cinco cadastros foram consultados, destes 90 eram de sujeitos com amputação de
membros, os demais não se enquadraram nos critérios de inclusão. Foi levantado o
contato telefônico e endereço de todos os sujeitos. Porém, o contato só foi exitoso
com 50 sujeitos, dos quais 16 concordaram em participar da pesquisa.
No mesmo período, procurou-se o Poliambulatório Nossa Senhora Aparecida
(PNSA), onde o amputado é atendido na fase pós-cirurgica e de cicatrização, e
somente após a cicatrização completa eles são encaminhados para o CR/CEM. Dez
sujeitos estavam freqüentando o PNSA, e todos concordaram em participar da
pesquisa.
Desta forma, formou-se 2 grupos: grupo A, composto por 16 sujeitos em fase
de protetização e protetizados; e grupo B, por 10 sujeitos que se encontravam na
fase de cicatrização da amputação.
Para o grupo A, como os sujeitos já haviam passado pela fase de
protetização, alguns não freqüentavam mais o CR/CEM. Para os que se
disponibilizaram, foram convidados a participar de uma palestra, na qual foram
abordadas as principais dificuldades na reabilitação, formas para facilitar as
transferências, mudanças de decúbitos, demonstrações de tipos de órteses que
auxiliam na locomoção, respeitando o ciclo normal da marcha, assim como,
orientações nas atividades de vida diária, realizada na Clínica-Escola da Faculdade
Anglo Americano, Foz do Iguaçu – PR e logo após todos foram convidados a
participar da pesquisa avaliativa para caracterizar os amputados, assim como avaliar
a qualidade de vida e independência funcional. E para o grupo B, como ainda se
encontravam em fase de cicatrização, estavam freqüentando o PNSA, onde foi
realizada a pesquisa avaliativa.
Para caracterização dos amputados foi proposto um questionário para avaliar
as relações sociodemográficas e socioeconômicas, além de conter a anamnese do
sujeito (Apêndice 03).
Para avaliação da qualidade de vida relacionada à saúde foi aplicada a
versão brasileira do questionário 36-Item Short-Form Survey, (Anexo 02) conhecido
como SF-36, traduzido e validado por Ciconelli et al. (1997), o qual consiste em oito
domínios, com escores que variam de 0 a 100, que consideram a percepção do
paciente sobre a forma como sua saúde, bem-estar e a maneira como desempenha
suas atividades de vida diária interferem em sua qualidade de vida.
Já para avaliação da capacidade locomotora foi aplicado a versão brasileira
do questionário Functional Measure for Amputees Questionnaire (Medida Funcional
para Amputados – MFA) (Anexo 03), traduzido e validado por Kageyama et al.
(2008). Para esta avaliação foi considerada a questão número 02, a qual consiste de
14 perguntas, permitindo um escore entre 0 a 42, sendo as menores pontuações
associadas às menores disfunções.
Para análise estatística do questionário SF-36 e do escore da questão 2 do
questionário MFA, atribuiu-se como valores médios para a qualidade de vida e para
a capacidade locomotora 50% dos escores máximos. Assim, cada grupo foi dividido
em 2 subgrupos: os que estavam com escores abaixo de 50% do escore máximo, e
os que apresentavam escore acima de 51% do máximo. Os dados foram submetidos
à análise de contingência inter-grupos, utilizando o qui-quadrado (x2), do programa
GraphPad InStat 3, sendo considerado significativo p<0,05.
3. RESULTADOS
3.1 Caracterização do grupo A
O grupo A foi composto por 16 sujeitos, sendo 62,5 % protetizados e 37,5%
não protetizados, sendo 10 (62,5%) do sexo masculino e 6 (37,5%) do sexo
feminino, com idade média de 47,81±16,97 anos. O nível de amputação mais
observado foi o transtibial, presente em 50% dos sujeitos, seguido pelo transfemoral
(37,5%), do médio pé (6,3%), e transumeral (6,3%).
As principais etiologias da amputação citadas foram: trauma direto (75%),
diabetes (18,8%), vascular (6,3%). O tempo médio de amputação foi de 8,12±8,05
anos, enquanto o tempo de protetização era de 5,18±6,52 anos. Todos os sujeitos
abordados na pesquisa foram atendidos ou estavam em atendimento
fisioterapêutico, com média de 10,12±14,44 meses. Das possíveis complicações que
podem aparecer após a amputação, a dor fantasma foi citada por 37,5% dos
sujeitos, enquanto a sensação fantasma por 31,25%, já a dor no coto por 6,25% dos
sujeitos.
Nas atividades de vida diária (AVD’s), 50% dos sujeitos foram classificados
como independentes 37,5% independentes com auxilio e 12,5% dependentes.
Quanto aos hábitos de vida 37,5% dos sujeitos entrevistados relatam serem
tabagistas, 18,5% etilistas e 87,5% sedentários.
3.2 Caracterizações do grupo B
O grupo B foi composto por 10 sujeitos, sendo 5 (50%) do sexo masculino e 5
(50%) do sexo feminino, com idade média de 46,4±9,66 anos. O nível de amputação
mais presente foi o transtibial (40%), seguido do médio pé (30%), o transfemoral
(20%) e o quinto dedo do pé (10%).
As principais etiologias da amputação foram: trauma direto (60%) e
comprometimento vascular (40%). O tempo médio de amputação foi de 4,9±3,38
meses. Todos os sujeitos abordados na pesquisa foram atendidos ou estavam em
atendimento fisioterapêutico, com tempo médio de 2,7±1,159 meses. Das possíveis
complicações que podem aparecer após a amputação a dor fantasma esteve
presente em 80% dos sujeitos, enquanto a sensação fantasma foi relatada por todos
os sujeitos e a dor no coto por 70%.
Nas AVD’s, todos os sujeitos foram classificados como independentes com
auxílio. Quanto aos hábitos de vida, 30% relataram serem tabagistas, 40% etilistas e
todos sedentários.
3.3 Análise do questionário SF-36
Quando comparadas as médias das respostas do questionário SF-36 pode-se
observar médias maiores para o grupo A em relação ao B (Tabela 01), exceto para o
domínio “vitalidade”. Porém, apesar destas diferenças, quando os grupos foram
comparados estatisticamente não foram observadas diferenças significativas entre
os domínios deste questionário (Tabela 02).
Tabela 01: Médias e desvios padrões dos domínios do Questionário SF-36
Domínios Grupo A Grupo B
Capacidade Funcional 56,88±32,8 19,50 ± 31,2
Aspectos Físicos 48,44±41,7 22,50±30,0
Dor 69,25±30,2 58,80±30,8
Estado geral de saúde 69,81±24,0 47,70±19,4
Vitalidade 50,63±15,0 54,00±17,1
Aspectos Sociais 86,11±28,3 57,14±29,4
Aspecto Emocional 38,46±46,2 25,00±44,0
Saúde Mental 52,94±16,9 51,60±16,3
Tabela 02: Análise inter-grupos dos domínios do Questionário SF-36
<50% > 50% Total P
Capacidade Funcional
grupo A
grupo B
8 (31%) 8 (31%) 16 (62%) 0,2647
8 (31%) 2 (8%) 10 (38%)
Aspectos Físicos
grupo A
grupo B
9 (35%) 7 (27%) 16 (62%) 0,7031
8 (31%) 2 (8%) 10 (38%)
Dor
grupo A
grupo B
5 (19%) 11 (42%) 16 (62%) 0,5880
5 (19%) 5 (19%) 10 (38%)
Estado geral de saúde
grupo A
grupo B
4 (15%) 12 (46%) 16 (62%) 0,1706
6 (23%) 4 (15%) 10 (38%)
Vitalidade
grupo A
grupo B
10 (38%) 6 (23%) 16 (62%) 0,8986
6 (23%) 4 (15%) 10 (38%)
Aspectos Sociais
grupo A
grupo B
4 (15%) 12 (46%) 16 (62%) 0,3789
5 (19%) 5 (19%) 10 (38%)
Aspecto Emocional
grupo A
grupo B
6 (23%) 10 (38%) 16 (62%) 0,4744
6 (23%) 4 (15%) 10 (38%)
Saúde Mental
grupo A
grupo B
7 (27%) 9 (35%) 16 (62%) 0,8506
4 (15%) 6 (23%) 10 (38%)
3.4 Análise do questionário MFA
Quando comparadas as médias das respostas do questionário MFA pode-se
observar médias maiores para o grupo A em relação ao B (Tabela 03). Porém,
apesar desta diferença, quando os grupos foram comparados estatisticamente não
foram observadas diferenças significativas (Tabela 04).
Tabela 03: Médias e desvios padrões do Questionário MFA
Questão 2 Grupo A Grupo B
Capacidade locomotora 31±9,70 12,2±6,62
Tabela 04: Comparação do Índice de Capacidade Locomotora, análise inter-grupos
<50% >50% Total P
Questão 2
grupo A
grupo B
13 (50%) 3 (12%) 16 (62%) 0,9657
9 (35%) 1 (4%) 10 (38%)
4. DISCUSSÃO
A alteração na qualidade de vida é uma situação comum em pessoas que
sofreram alguma amputação de membros. Nesta pesquisa foi observada uma
redução em pelo menos um domínio na qualidade de vida de todos os sujeitos.
Destaca-se que a maior redução foi observada nos sujeitos com amputação
transtibial.
Segundo Diogo14, a presença de uma incapacidade funcional, determinada
por uma amputação de membros inferiores implica em interferência sobre a
autonomia e independência da pessoa. No presente estudo foram encontradas
incapacidades funcionais em todos os sujeitos, sendo as maiores nos sujeitos em
fase de cicatrização da amputação. Rosa et al15, definem a incapacidade funcional
pela presença de dificuldade no desempenho de certos gestos e de certas
atividades da vida cotidiana, ou mesmo, pela impossibilidade de desempenhá-las.
Um importante indicador da qualidade de vida é a capacidade funcional,
destacando-se as relações sociais, as condições de saúde, a realização de atividade
e renda, como fatores objetivos. Pesquisas mostram que o bem estar físico objetivo
está diretamente relacionado à ausência de doença ou de comprometimento da
capacidade locomotora e do conforto, portanto, uma boa saúde física é considerada
um forte indicativo de bem estar psicológico (Diogo16).
Ciconelli et al12, ressaltam que é importante descrever o comprometimento da
qualidade de vida de determinada patologia de forma genérica e ao compará-la com
outras doenças pode-se demonstrar sua importância para o individuo, em nível
social ou de saúde, dentro de uma comunidade. Dessa forma, é de extrema
importância possuir parâmetros de avaliação, tais como a avaliação da qualidade de
vida, para nortear a decisão quanto à melhor distribuição de recursos dentro do
sistema de saúde.
Kageyama et al13, traduziu e validou o questionário MFA, criado
especificamente para pacientes amputados, considerando-se sua facilidade de
aplicação, rapidez e avaliação de aspectos relevantes referentes ao uso da prótese.
A questão 02 deste questionário, que gera o Índice da Capacidade Locomotora, é a
única a apresentar um escore (0 a 42 pontos), o que indica que é possível avaliar a
mobilidade dos pacientes que usam ou não prótese por meio deste índice.
Ao avaliar a população de pacientes amputados, é importante considerar
todos os aspectos: idade, gênero, nível da amputação, etiologia, existência de
doenças associadas, tempo de protetização, o tempo que realizou fisioterapia,
condição socioeconômica, condição sociodemográfica, hábitos de vida, entre outros.
Devido à necessidade de traçar um perfil socioeconômico e
sociodemográfico, foi criado um questionário abordando os itens citados
anteriormente, onde foi possível observar que todos (100%) os sujeitos entrevistados
tinham renda familiar menor que R$1.000, justificando a procura pelo serviço do
Sistema Único de Saúde (SUS).
No estudo de Helm et al17, com 257 pacientes submetidos à amputação de
membros inferiores, os autores constataram que 6% dos pacientes tornaram-se
menos dependentes após a amputação, 36% apresentaram grau de dependência
inalterado, enquanto que em 58%, o grau de dependência aumentou. No atual
estudo, foram constatados no grupo A que 37,5% dos sujeitos, foram considerados
independentes com auxilio, 50% foram considerados independentes e 12,5%
dependentes, já no grupo B 100% dos sujeitos foram considerados independentes
com auxilio, justificando através da fase inicial da amputação o nível maior de
dependência, não sendo considerado o grau de independência anterior a
amputação.
O´Sullivan e Schimtz18, afirmam que a causa mais frequente de amputação é
por doença vascular periférica, combinada ou não com diabetes. Pinto et al19,
descreve que o nível transtibial é o mais freqüente em sujeitos que sofreram
amputação de um membro, apresentando como causas principais, as complicações
vasculares para indivíduos na faixa entre 50 e 75 anos e traumatismos observados
em adultos jovens, porém Bonamigo et al20, observa que a idade média dos
brasileiros amputados é de 63,3 anos. Silva21 mostra que o mecanismo de trauma
direto é o resultado de diversas situações, acometendo em maior escala os
adolescentes e adultos jovens, devido aos acidentes automobilísticos e de trabalho.
No presente estudo pode-se observar que o nível mais freqüente de amputação foi o
transtibial, com prevalência de 50% no grupo A e 40% no grupo B, porém a faixa
etária resultou-se entre 22 e 78 anos.
Para o presente estudo, destaca-se que o município de Foz do Iguaçu
encontra-se em uma região de tríplice fronteira (Paraguai e Argentina), desta forma o
trânsito favorece o acontecimento de acidentes. Fato que pode ser comprovado com
dados divulgados pelo Anuário Estatístico da Secretaria de Estado de Segurança
Pública do Estado do Paraná, no qual é divulgado que Foz do Iguaçu apresenta a 6ª
maior prevalência de acidentes de trânsito no Estado do Paraná com 2.490
acidentes no ano de 2008.
Teixeira et al22, relatam que a dor fantasma é referida no membro ou em parte
do membro amputado, os mecanismos pelos quais a dor fantasma ocorre ainda não
foram elucidados. Devido à inadequada resposta a diferentes formas de tratamento,
a dor fantasma foi associada a transtornos psicológicos ou a mecanismos
periféricos, ocorrendo em 0,4% a 88% dos indivíduos que sofreram amputação. O
que se confirma com o atual estudo, pois no grupo A, a dor fantasma esteve
presente em 37, 5% dos entrevistados e no grupo B em 80%.
Thomaz e Herdy23, afirmam que a incidência de amputações é maior nos
homens (60%). Confirmando os dados desses autores, foi constatada que a
incidência de amputações, de modo geral, é maior no sexo masculino, sendo 62, 5%
no grupo A e 50% no grupo B.
Já em relação à fisioterapia, os sujeitos que realizavam ou já realizaram
fisioterapia relataram que a maior dificuldade na realização destas foi à questão da
locomoção até as clínicas de fisioterapia. Fato que pode ser correlacionado com o
nível de dependência/independência. Pois conforme observado, muitos dos sujeitos
foram classificados como dependentes com auxílio, e para estes é necessário auxílio
de outra pessoa (acompanhante) ou de alguma órtese.
CONCLUSÃO
Tanto o grupo que já passou pela fase pré e pós-protetização, como os
amputados que se encontram na fase de cicatrização, apresentam redução na
qualidade de vida, bem como influência negativa na sua capacidade locomotora.
Embora não tenha sido possível obter resultados estatisticamente
significativos, pôde-se observar que os fatores socioeconômicos e
sociodemográficos têm uma relação direta com a reabilitação, podendo progredir ou
retardar este processo.
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24- Thomaz JB, Herdy CDC. Fundamentos de Cirurgia Vascular e Angiologia. São
Paulo: BYK, 1997.
ANEXOS
ANEXO 01
ANEXO 02
Questionário SF-36
1. Em geral, você diria que sua saúde é:
Excelente 1
Muito boa 2
Boa 3
Ruim 4
Muito ruim 5
2. Comparada há um ano, como você classificaria sua saúde em geral, agora?
Muito melhor agora do que há um ano atrás 1
Um pouco melhor agora do que há um ano atrás 2
Quase a mesma de um ano atrás 3
Um pouco pior agora do que há um ano atrás 4
Muito pior agora do que há um ano atrás 5
3. Os seguintes itens são sobre atividades que você poderia fazer atualmente
durante um dia comum. Devido a sua saúde, você tem dificuldade para fazer
essas atividades? Neste caso, quanto?
Atividades Sim. Dificulta
muito
Sim. Dificulta
um pouco
Não. Não
dificulta de
modo algum
a. Atividades vigorosas, que exigem muito
esforço, tais como correr, levantar objetos
pesados, participar em esportes árduos
1 2 3
b. Atividades moderadas, tais como mover
uma mesa, passar aspirador de pó, jogar
bola, varrer a casa
1 2 3
c. Levantar ou carregar mantimentos 1 2 3
d. Subir vários lances de escada 1 2 3
e. Subir um lance de escada 1 2 3
f. Curvar-se, ajoelhar-se ou dobrar-se 1 2 3
g. Andar mais de 1 quilômetro 1 2 3
h. Andar vários quarteirões 1 2 3
i. Andar um quarteirão 1 2 3
j. Tomar banho ou vestir-se 1 2 3
4. Durante as últimas 4 semanas, você teve algum dos seguintes problemas
com seu trabalho ou com alguma atividade diária regular, como conseqüência
de sua saúde física?
Sim Não
a. Você diminuiu a quantidade de tempo que se dedicava ao seu
trabalho ou a outras atividades?
1 2
b. Realizou menos tarefas do que gostaria? 1 2
c. Esteve limitado no seu tipo de trabalho ou em outras atividades? 1 2
d. Teve dificuldade de fazer seu trabalho ou outras atividades (p. ex:
necessitou de um esforço extra?)
1 2
5. Durante as últimas 4 semanas, você teve algum dos seguintes problemas
com o seu trabalho ou outra atividade regular diária, como conseqüência de
algum problema emocional (como sentir-se deprimido ou ansioso?
Sim Não
a. Você diminuiu a quantidade de tempo que se dedicava ao seu
trabalho ou a outras atividades?
1 2
b. Realizou menos tarefas do que gostaria? 1 2
c. Não trabalhou ou não fez qualquer das atividades com tanto cuidado
como geralmente faz?
1 2
6. Durante as últimas 4 semanas, de que maneira sua saúde física ou
problemas emocionais interferiram nas suas atividades sociais normais, em
relação a família, vizinhos, amigos ou em grupo?
De forma nenhuma 1
Ligeiramente 2
Moderadamente 3
Bastante 4
Extremamente 5
7. Quanta dor no corpo você teve durante as últimas 4 semanas?
Nenhuma 1
Muito leve 2
Leve 3
Moderada 4
Grave 5
Muito grave 6
8. Durante as últimas 4 semanas, quanto a dor interferiu com o seu trabalho
normal (incluindo tanto o trabalho fora de casa e dentro de casa)?
De maneira nenhuma 1
Um pouco 2
Moderadamente 3
Bastante 4
Extremamente 5
9. Estas questões são sobre como você se sente e como tudo tem acontecido
com você durante as últimas 4 semanas. Para cada questão, por favor dê uma
resposta que mais se aproxime da maneira como você se sente em relação as
últimas 4 semanas.
Todo
tempo
A
maior
parte
do
tempo
Uma
boa
parte
do
tempo
Algum
a
parte
do
tempo
Uma
pequena
parte do
tempo
Nunca
a. Quanto tempo você tem se sentido 1 2 3 4 5 6
cheio de vontade, cheio de força?
b. Quanto tempo você tem se sentido
uma pessoa muito nervosa?
1 2 3 4 5 6
c. Quanto tempo você tem se sentido
tão deprimido que nada pode animá-
lo?
1 2 3 4 5 6
d. Quanto tempo você tem se sentido
calmo ou tranqüilo?
1 2 3 4 5 6
e. Quanto tempo você tem se sentido
com muita energia?
1 2 3 4 5 6
f. Quanto tempo você tem se sentido
desanimado e abatido?
1 2 3 4 5 6
g. Quanto tempo você tem se sentido
esgotado?
1 2 3 4 5 6
h. Quanto tempo você tem se sentido
uma pessoa feliz?
1 2 3 4 5 6
i. Quanto tempo você tem se sentido
cansado?
1 2 3 4 5 6
10. Durante as últimas 4 semanas, quanto do seu tempo a sua saúde física ou
problemas emocionais interferiram com as suas atividades sociais?
Todo o tempo 1
A maior parte do tempo 2
Alguma parte do tempo 3
Uma pequena parte do tempo 4
Nenhuma parte do tempo 5
11. O quanto é verdadeiro ou falso cada uma das afirmações para você?
Definitiva-
mente
verdadeiro
A maioria
das vezes
verdadeiro
Não
sei
A
maioria
das
vezes
falsa
Definiti-
vamente
falsa
a. Eu costumo adoecer um
pouco mais facilmente que as
outras pessoas
1 2 3 4 5
b. Eu sou tão saudável quanto
qualquer pessoas que eu
conheço
1 2 3 4 5
c. Eu acho que a minha saúde
vai piorar
1 2 3 4 5
d. Minha saúde é excelente 1 2 3 4 5
ANEXO 03
Questionário de Medida Funcional para Amputados
1- Você diria que é capaz de colocar sua prótese:
a) Sozinho, sem qualquer dificuldade?
b) Sozinho, mas com dificuldade?
c) Sozinho, mas com outra pessoa orientando?
d) Somente se tiver ajudar de outra pessoa?
2- (escore 0 a 42 pontos)
Atualmente, você consegue realizar as seguintes atividades usando a sua
prótese? Mesmo que, para isso, tenha que usar uma bengala ou qualquer
outro auxílio para realizá-las? NÃO – 0; SIM, se alguém me ajudar – 1; SIM, se
alguém estiver próximo -2; SIM, sozinho – 3.
0 1 2 3
a) Levantar-se de uma cadeira?
b) Pegar um objeto no chão quando você está em pé com a sua
prótese?
c) Levantar-se do chão? (por exemplo, se você tivesse caído)
d) Andar pela casa?
e) Andar fora de casa em piso liso?
f) Andar fora de casa em piso irregular ou acimentado?
g) Andar fora de casa com mau tempo, por exemplo, com chuva?
h) Subir escadas segurando um corrimão?
i) Descer escadas segurando um corrimão?
j) Subir na calçada?
k) Descer da calçada?
l) Subir alguns degraus sem um corrimão?
m) Descer alguns degraus sem um corrimão?
n) Andar enquanto carrega um objeto? (por exemplo, xícara ou
copo)
3- Quando você precisa se locomover dentro de casa, aproximadamente
quanto das suas atividades são feitas...
Nenhuma Metade Quase todas
Na cadeira de rodas?
Andando com sua prótese? (Mesmo que
precise usar bengala ou andador)
Andando sem sua prótese, mas usando um
auxílio para andar, como muletas?
4- Quantas horas por dia você usa sua prótese? __________
Quantos dias por semana você usa sua prótese? _______
5- O que impede de usar sua prótese para se locomover dentro de casa?
** se o paciente responder que concorda a frase abaixo, ignore os itens
seguintes e passe para a questão 6 **
Concordo Discordo
a) Eu sempre uso minha prótese para me locomover dentro
de casa.
b) Eu não me locomovo rápido o suficiente com a minha
prótese dentro de casa.
c) Eu acho muito cansativo me locomover com a minha
prótese dentro de casa.
d) Usar minha prótese para me locomover dentro de casa
causa problemas para minha perna não amputada. (ex:
dor)
e) Quando uso minha prótese para me locomover dentro de
casa ela me causa problemas (ex: desconforto,
transpiração)
f) Usar minha prótese para me locomover dentro de casa
causa problemas para meu coto (ex: irritação da pele, dor,
feridas)
g) Usar minha prótese para me locomover dentro de casa me
faz sentir inseguro.
h) Eu não uso a minha prótese para me locomover dentro de
casa, porque sinto que ela precisa de ajustes. (ex: larga,
apertada)
i) Eu não uso minha prótese para me locomover dentro de
casa por outras razões.
6- Quando você precisa se locomover fora de casa, aproximadamente quanto
das suas atividades são feitas...
Nenhuma Metade Quase todas
a) Na cadeira de rodas?
b) Andando com sua prótese, mesmo se usando
bengala?
c) Andando sem sua prótese, mas usando
muletas?
7- O que o impede de usar a sua prótese para de locomover fora de casa:
** se o paciente responder que concorda a frase abaixo ignore os itens
seguintes e passe para a questão 8 **
Concordo Discordo
a) Eu sempre uso a minha prótese para me locomover
fora de casa.
b) Eu não me locomovo rápido o suficiente com a minha
prótese fora de casa.
c) Eu acho muito cansativo usar minha prótese fora de
casa.
d) Usar minha prótese para me locomover fora de casa
causa problemas para a minha perna não amputada.
e) Quando uso minha prótese para me locomover fora de
casa, ela me causa problemas.
f) Usar minha prótese para me locomover fora de casa
causa problemas para meu coto.
g) Quando não uso minha prótese fora de casa tenho
medo de cair.
h) Não uso minha prótese fora de casa quando a
distancia a percorrer é muito longa.
i) Eu não uso minha prótese para me locomover fora de
casa por outras razões. (ex: muito pesada)
8- Quando você anda com a sua prótese, aproximadamente, qual a distancia
que consegue percorrer sem parar?
a) Eu posso andar o quanto eu quiser.
b) Eu posso andar aproximadamente 100 passos sem parar.
c) Eu posso andar mais que 30 passos de uma vez, mas menos do que
100 sem parar.
d) Eu posso andar entre 10 a 30 passos sem parar.
e) Eu posso andar menos de 10 passos sem parar.
f) Eu não consigo andar com a minha prótese.
9- Desde que você recebeu alta, você caiu enquanto usava a sua prótese?
Sim ( ) Quantas vezes no ultimo mês? ____ Não ( )
10- Que tipo de auxílio para andar você mais usa para realizar atividades com a
prótese? (ex: levantar-se, andar, subir escadas) ** As duas próximas questões,
11 e 12, só serão feitas se o paciente não estiver usando a prótese. Se o
paciente usa a prótese, passe para a questão 13.
Dentro de casa Fora de casa
Nenhum
1 bengala
2 bengalas
1 bengala com 4 apoios
Muletas
Andador
Outros (especificar)
11- Quando você parou de usar a sua prótese?
a) Há menos de 1 mês b) Há menos de 3 anos
c) Há menos de 6 meses d) Há menos de 4 anos
e) Há menos de 1 ano f) Há 4 anos ou mais
g) Há menos de 2 anos h) Eu nunca a usei
12- Por que você parou de usar sua prótese?
a) O cartucho da minha prótese estava muito largo para o meu coto.
b) O cartucho da minha prótese estava muito apertado para o meu
coto.
c) Era muito cansativo.
d) Foi realizada uma nova cirurgia no meu coto (ex: nova amputação.
e) Outros motivos (especificar)
13- (Reformulada)
Nas suas atividades do dia-a-dia, dentro e fora de casa, qual a resposta que
melhor descreve o grau de dificuldade que você apresenta depois da
amputação?
a) Eu não era uma pessoa muito ativa antes da minha perna ser amputada.
b) Eu deixei de fazer a maioria das minhas atividades após amputação da
perna.
c) Eu só consigo realizar as atividades dentro de casa.
d) Eu faço todas as atividades dentro de casa e só consigo fazer algumas
fora.
e) Eu retornei as minhas atividades exatamente como antes da amputação.
APÊNDICES
APÊNDICE 01
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Você está sendo convidado (a) a participar, como voluntário(a), da pesquisa –
Avaliação da Qualidade de Vida e Independência Funcional dos Amputados
Atendidos no Centro de Reabilitação de Foz do Iguaçu, no caso de você concordar
em participar, favor assinar ao final do documento.
Sua participação não é obrigatória, e, a qualquer momento, você poderá
desistir de participar e retirar seu consentimento. Sua recusa não trará nenhum
prejuízo em sua relação com o pesquisador(a) ou com a instituição.
Você receberá uma cópia deste termo onde consta o telefone e endereço do
pesquisador(a) principal, podendo tirar dúvidas do projeto e de sua participação.
TÍTULO DA PESQUISA: Avaliação da Qualidade de Vida e Independência
Funcional dos Amputados Atendidos no Centro de Reabilitação de Foz do
Iguaçu
PESQUISADOR RESPONSÁVEL: Andersom Ricardo Fréz.
ENDEREÇO: Avenida José Maria de Brito, 2930, ap 508.
TELEFONE: (45) 9912-7521
PESQUISADORES PARTICIPANTES: Amirah Ali Abdallah, Janaine Galindo,
Simone de Carvalho Ribeiro.
PATROCINADOR: não consta.
OBJETIVOS: Caracterizar os amputados que freqüentam o Centro de Reabilitação
do Centro de Especialidades Médicas de Foz do Iguaçu, Paraná
JUSTIFICATIVA: O Centro de Reabilitação do Centro de Especialidades Médicas de
Foz do Iguaçu não possui dados epidemiológicos sobre amputados, níveis e
etiologias das amputações. Assim como inexiste o controle sobre a demanda de
pacientes atendidos e seus perfis socieoeconômicos e sociodemográficos. Neste
sentido, torna-se de grande importância o levantamento e caracterização dos
usuários deste setor, permitindo, assim, um melhor controle da demanda destes
pacientes, de acordo com a realidade local.
PROCEDIMENTOS DO ESTUDO: Inicialmente será realizado um levantamento no
banco de dados do Centro de Reabilitação do Centro de Especialidades Médicas de
Foz do Iguaçu para ter o conhecimento do número de sujeitos que frequentaram ou
que frequentam este Centro. Através dos dados dos cadastros os sujeitos serão
recrutados através de contato telefônico e via carta.
RISCOS E DESCONFORTOS: Riscos mínimos.
BENEFÍCIOS: Traçar propostas mais adequadas de acordo com perfil encontrado.
CUSTO/REEMBOLSO PARA O PARTICIPANTE: Não haverá nenhum gasto com
sua participação.
CONFIDENCIALIDADE DA PESQUISA: Será garantido o sigilo e a privacidade dos
sujeitos quanto aos dados confidenciais envolvidos na pesquisa, os dados não serão
divulgados.
Assinatura do Pesquisador Responsável
_____________________________________
Eu, NOME DO VOLUNTÁRIO (A), declaro que li as informações contidas nesse
documento, fui devidamente informado pelo pesquisador – Andersom Ricardo Fréz
– dos procedimentos que serão utilizados, riscos e desconfortos, benefícios,
custo/reembolso dos participantes, confidencialidade da pesquisa, concordando
ainda em participar da pesquisa.
Foi-me garantido que posso retirar o consentimento a qualquer momento,
sem qualquer penalidade ou interrupção de meu
acompanhamento/assistência/tratamento. Declaro ainda que recebi uma cópia desse
Termo de Consentimento.
Poderei consultar o pesquisador responsável (acima identificado) ou o
CEP/FAG, com endereço na Faculdade Assis Gurgacz, Av. das Torres, 500, Cep
85807-030, Fone: (45) 3321-3871, no e-mail: [email protected] sempre que
entender necessário obter informações ou esclarecimentos sobre o projeto de
pesquisa e minha participação no mesmo.
Os resultados obtidos durante este estudo serão mantidos em sigilo, mas
concordo que sejam divulgados em publicações científicas, desde que meus dados
pessoais não sejam mencionados.
Foz do Iguaçu, junho de 2010.
Presenciamos a solicitação de consentimento, esclarecimentos sobre a pesquisa e
aceite do sujeito em participar.
Testemunhas (não ligadas à equipe de pesquisadores):
Nome:
________________________________Assinatura:_______________________
Nome:
________________________________Assinatura:_______________________
APÊNDICE 02
AUTORIZAÇÃO PARA A REALIZAÇÃO DE PESQUISA
Eu Nabil El Hajjar, responsável pelo Centro de Reabilitação do Centro de
Especialidades Médicas, autorizo a realização da Pesquisa intitulada Avaliação da
Quantidade de Vida e Independência Funcional dos Amputados Atendidos no Centro
de Reabilitação de Foz do Iguaçu, que tem por objetivo Caracterizar os amputados
que frequentam o Centro de Reabilitação do Centro de Especialidades Médicas de
Foz do Iguaçu, Paraná.
Estou ciente de que a pesquisa será realizada sob a responsabilidade de
Andersom Ricardo Fréz, e concordo que a mesma seja realizada no período de 01
de julho de 2010 a 30 de novembro de 2010.
Atenciosamente,
___________________________________________________
Nabil El Hajjar
Centro de Reabilitação do Centro de Especialidades Médicas
APÊNDICE 03
Questionário Sociodemográfico e Socioeconômico
Anamnese
Nome: ______________________________________________________________
Data de nascimento: ___/___/___ Sexo: Feminino ( ) Masculino ( )
Nível de Escolaridade: _________________________________________________
Profissão: ___________________________________________________________
Renda Familiar:_______________________________________________________
Nível de amputação: __________________________________________________
Protetizado ( ) Não-protetizado ( )
História da Patologia Atual:
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
História da Patologia Pregressa:
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
Hábitos de Vida: (Tabagista/etilista/atividade física):
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________