Av Fisio Neuro
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7/24/2019 Av Fisio Neuro
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Exame neurolgico tradicional
- anamnese
- exame clnico
- exames complementeres
- hipteses diagnsticas clnicas
- exame neurolgico especfico
Exame neurolgico evolutivo
- exame neurolgico do RN normal
- exame evolutivo
O exame neurolgico de uma criana depende de sua idade.
Em crianas maiores, onde no h diferenas da avaliao do adulto, utili!amos o exame
neurolgico tradicional.
Nas crianas menores, onde a cola"orao se torna impossvel e o tipo de resposta no #
ade$uada, se utili!a o exame neurolgico evolutivo, cu%a padroni!ao foi feita por &ef#vre e
cols' esta avaliao se presta para co"rir uma lacuna existente na avaliao do (N das
crianas, entre os tr)s e os sete anos principalmente.
Exame Neurolgico Tradicional
O ponto de partida de uma consulta de especialista sempre se inicia com o exame fsico geral
da criana, como uma consulta peditrica normal.
* partir da se reali!a o exame especfico.
Roteiro completo da avaliao:
1. Anamnese
+.
../.*
.N../0 desenvolvimento neuropsicomotor.
*ntecedentes0 hereditrios' gestacionais' o"st#tricos' neonatais' mr"idos.
1.(..*.0 interrogatrio so"re os diferentes aparelhos.
"itos0 sono, atividades de vida diria, alimentao, escolaridade.
2. Exame Clnico
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2eral
Neurolgico tradicional ou neurolgico evolutivo
Especial
Estes procedimentos iniciais so denominados de 3avaliao clnica4. * partir da$ui deve-se
formular hipteses diagnsticas com os dados o"tidos, mesmo no se tendo uma definio
precisa so"re o pro"lema da criana.
!. Exames Complementares
(o divididos em0
/#todos grficos
- EE2 5eletroencefalografia6
- EN/2 5eletroneuromiografia6
- E 5potenciais evocados6
/#todos por imagem
- Radiografias simples ou contrastadas- 7ltra-sonografia
- 8*9 5tomografia axial computadori!ada6
- RN/ 5resson:ncia nuclear magn#tica6
- (E98 5exame de perfuso cere"ral6
/#todos "io$umicos
- &9R 5l$uido cefalorra$uidiano ou l$uor6- E1/ 5erros inatos do meta"olismo6
- osagens "io$umicas diversas
- rovas sorolgicas especficas
- Estudo gen#tico
". #ipteses $iagnsticas Clnicas
*ssim como fi!emos hipteses diagnsticas aps a avaliao clnica inicial, agora, aps a
reali!ao dos exames complementares, devemos esta"elecer os diagnsticos provveis, $ue a
esta altura % devem estar ra!oavelmente definidos.
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Os diagnsticos podem ser divididos em0
funcional
sindr;mico
anat;mico
etiolgico ou causal
fatores desencadeantes e agravantes
pro"lemas associados
%. Exame Neurolgico Espec&ico
Exame do cr:nio0 - inspeo, palpao e percusso'
- medidas cranianas0 o permetro ceflico 596, os permetros "iauricular 5
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"raos estendidos6 e a de /inga!!ini para os mmii. Em RN e lactentes podem ser reali!adas as
provas da 3echarp4 ou do cachecol. O rechao dos mmii $uando se fletem as pernas so"re as
coxas e estas so"re a "acia e em seguida so soltas para se avaliar o t;nus e se h volta dos
mem"ros D posio original. ara os mmii pode ser reali!ada a mano"ra da "eira do leito, $ue
consiste na mano"ra de /inga!!ini 3forada4, 1nclui-se a$ui o item coordenao dos mmss e
mmii e a coordenao tronco = mem"ros.
< - motricidade passiva0 pes$uisa do t;nus muscular atrav#s da inspeo, palpao e
movimentao passiva dos segmentos.
9 - motricidade involuntria0 o"servao de algum movimento involuntrio. * pes$uisa de
reflexos superficiais e profundos 5esteroceptivas e miotticos t;nicos6 deve ser feita.
Os reflexos mais pes$uisados so0
F cut:neo a"dominal e plantar
F axiais da face 5nasopalpe"ral, oro-or"icular e mentual6.
F estilorradial, "iciptal e tricipital em mmss.
F adutor, patelar e *$uileu em mmii.
F em RN so pes$uisados os reflexos primitivos
- motricidade automtica0 exame da respirao, deglutio, mastigao, marcha, linguagem econtrole de esfncteres.
* sensi"ilidade t#rmica, ttil, dolorosa, artrest#sica e astereognsica 5incapacidade de
reconhecer ou identificar o"%etos pelo tato6 devem ser pes$uisadas, deixando "em claro a
dificuldade de o"teno de respostas ade$uadas em crianas.
es$uisa de distr"ios trficos da pele e musculatura, presena de deformidades e m
formao e distr"ios neurovegetativos.
es$uisa de pares de nervos cranianos, $ue do ponto de vista gen#rico, envolvem amotricidade e a sensi"ilidade do segmento ceflico.
*s principais provas so0
- nervo olfatrio, 5@G par6 dificilmente testado na criana.
- nervo ptico, 5HG par60 aus)ncia ou presena de viso e acuidade e campo visual.
- nervos oculomotor 51116, troclear 51C6 e a"ducente 5C160 a pes$uisa # feita atrav#s de uma fonte
luminosa, $ue se move em diferentes sentidos, devendo-se avaliar0
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F posio do glo"o ocular em repouso
F movimentos dos glo"os independentes um do outro
F movimento con%ugado dos olhos, principalmente em relao ao corpo e a ca"ea.
F nistagmo, viso dupla e pupilas.
- nervo trig)meo, 5C60 o ramo motor se avalia pedindo D criana para apertar com fora os
dentes. ara se avaliar a fra$ue!a ou no do msculo pterigideo, solicitar D criana mover de
um lado para o outro o maxilar inferior. 8rismo, tremor e movimentos involuntrios do maxilar
podem ser significativos. 9om um algodo avalia-se a sensi"ilidade.
- nervo facial, 5C1160 a sua leso fica evidenciada % no RN durante o choro, $uando h uma
assimetria facial. ode acometer a mmica voluntria, automtica ou reflexa.
F paralisia facial tipo perif#rica 5de
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- virar a ca"ea de um lado para o outro.
- nervo hipoglosso 5M1160
- d#ficit motor homolateral
- avalia-se se movendo a lngua de um lado para o outro, para cima e para "aixo e para fora da
"oca.
Exame Neurolgico Evolutivo
Est "aseado no padro evolutivo da criana, dependendo da idade cronolgica ou etapa de
desenvolvimento. *s provas se referem D pes$uisa de e$uil"rio esttico e din:mico,
coordenao apendicular, sensi"ilidades e gnosias 5relativos ao conhecimento6, persist)ncia
motora, coordenao tronco = mem"ros, reflexos cut:neos e miotticos, t;nus muscular e
sincinesias 5associao de um movimento involuntrio a um voluntrio, da $ual resulta, p. ex.,
levantar o paciente os dois "raos $uando se lhe ordenou levantasse apenas um6.
Em particular nos primeiros do!e meses de vida, a avaliao neurolgica # especial, pois as
provas devem o"edecer rigorosamente ao estgio de maturao de todas as estruturas do (N.
1. Exame neurolgico do RN normal.
O exame neurolgico do RN deve ser repetido no HG ou JG dias de vida, por$ue nas primeiras
horas o paciente no permite um exame satisfatrio.
*titude
Aace voltada para um dos lados
Os mmii movem-se mais $ue os mmss
ode apresentar tremores
/ovimentao estimulada
de difcil anlise, pois o RN apresenta, geralmente, respostas glo"ais.
/ano"ra de propulso
/ano"ra do rechao 5o RN em dec"ito dorsal se segura os mmii fletidos so"re o a"dome' ao
solt-los deve haver um movimento sim#trico em extenso6.
8ono /uscular
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8end)ncia D flexo do corpo
/ano"ra de 8o"ler0 consiste em segurar o RN de ca"ea para "aixo' evidencia-se um
predomnio dos msculos flexores.
Reflexo de /oro
* resposta glo"al consiste em extenso e a"duo seguidas de flexo e aduo dos K
mem"ros, com se estivesse a"raando. ara se estimular puxa-se "ruscamente o lenol so" o
RN ou "ate-se palmas prximo a ele.
Reflexo de reenso
9onsiste em estimular a regio de emerg)ncia dos dedos 5mos e p#s6 com um "asto, ou com
o dedo do examinador' o"serva-se a flexo de todos os dedos so"re o dedo do examinador.
Reflexo de (uco
Estimulao la"ial o desencadeia.
Reflexo da /archa
(egurando-se a criana em p#, esta movimenta as pernas como se estivesse marchando' em"e")s sonolentos ou nas @s HK h deve pode no ser positivo.
Reflexo cut:neo-plantar
9onsiste em estimular a planta do p# em sua "orda lateral.
No RN o reflexo deve ser em extenso.
Reflexos profundos
ifcil de serem avaliados nos RNs, pois deve haver um relaxamento muscular, assim como no
adulto. /uitas ve!es h aus)ncia de reflexos. Nesta fase deve se dar mais valor a uma
assimetria.
Reflexo Aotomotor
Nos RN onde se consegue manter as plpe"ras a"ertas h resposta positiva.
(ensi"ilidade
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Em RN, assim como exames citados anteriormente, # muito difcil se avaliar a sensi"ilidade.
* audio se testa com $ual$uer som alto, como "ater palmas. * resposta pode se fa!er como
um piscar de olhos ou com /oro positivo. /uitas ve!es estas respostas esto ausentes.
* viso pode ser testada atrav#s de estmulos luminosos $ue provocam piscar de olhos, em
L>P dos casos.
Os estmulos dolorosos t)m, geralmente resposta glo"al, no se distinguindo a locali!ao do
estmulo' em casos de paralisias pode haver respostas locali!adas.
*ps a alta do "errio, todo RN deve ser acompanhado para $ue se possa acompanh-lo do
ponto de visa neurolgico, de modo evolutivo. Este exame # importante e no podemos
es$uecer todas as transformaQes determinadas pelos diferentes estmulos rece"idos pelas
crianas.
2. Exame Evolutivo
Reflexo da marcha
Raramente perceptvel aos J meses
Reaparece com @H meses em m#dia
9om @? meses as crianas % esto andando corretamente
Reflexo de reenso e (uco
Ocorre mudana por volta dos seis meses, $uando passa a ser voluntrio.
Reflexo 9ut:neo lantar
*t# o fim do @G semestre # em extenso+uando o paciente % anda, o reflexo deve apresentar-se em flexo.
Entre estes perodos a resposta # varivel 5este espao a"range desde o fim do primeiro
semestre at# por volta de @H meses6.
Reflexo de /oro
* durao da resposta vai diminuindo com o tempo0
- @G m)s0 K segundos
- G m)s0 >,L segundo
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Reflexo t;nico cervical de /agnos Slei%n
No # exatamente um reflexo, mas sim uma tend)ncia do RN de assumir uma posio
caracterstica 5posio de 3esgrimista46' para o lado onde se vira ou est virada a ca"ea, os
mem"ros deste lado ficam estendidos 5lado facial6 e do lado oposto os mem"ros assumem
posio de flexo 5lado nucal6. (ua aus)ncia no #, necessariamente sinal de processos
patolgicos.5figura6
ermanece at# o HG m)s' sua persist)ncia pode tradu!ir um dos primeiros sinais de
encefalopatia.
8;nus /uscular
*o redor do JG m)s passa a predominar o t;nus dos msculos extensores so"re os flexores, at#
agora predominantes.
* partir do final do @G semestre inicia-se uma reao da criana frente D mano"ra de 8o"ler,
numa tentativa de sair da posio inc;moda, fato no o"servado neste intervalo de J meses
5dos J aos seis meses6.
ara se tratar $ual$uer patologia ou sndrome no ser humano, em $ual$uer idade,
principalmente na criana, primeiro # preciso reconhecer tal doena pelo $uadro clnico com
seus sintomas e sinais caractersticos' isto s ser conseguido se conhecermos antes a
normalidade de cada faixa etria especfica, seno a tarefa torna-se impossvel.