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    Exame neurolgico tradicional

    - anamnese

    - exame clnico

    - exames complementeres

    - hipteses diagnsticas clnicas

    - exame neurolgico especfico

    Exame neurolgico evolutivo

    - exame neurolgico do RN normal

    - exame evolutivo

    O exame neurolgico de uma criana depende de sua idade.

    Em crianas maiores, onde no h diferenas da avaliao do adulto, utili!amos o exame

    neurolgico tradicional.

    Nas crianas menores, onde a cola"orao se torna impossvel e o tipo de resposta no #

    ade$uada, se utili!a o exame neurolgico evolutivo, cu%a padroni!ao foi feita por &ef#vre e

    cols' esta avaliao se presta para co"rir uma lacuna existente na avaliao do (N das

    crianas, entre os tr)s e os sete anos principalmente.

    Exame Neurolgico Tradicional

    O ponto de partida de uma consulta de especialista sempre se inicia com o exame fsico geral

    da criana, como uma consulta peditrica normal.

    * partir da se reali!a o exame especfico.

    Roteiro completo da avaliao:

    1. Anamnese

    +.

    ../.*

    .N../0 desenvolvimento neuropsicomotor.

    *ntecedentes0 hereditrios' gestacionais' o"st#tricos' neonatais' mr"idos.

    1.(..*.0 interrogatrio so"re os diferentes aparelhos.

    "itos0 sono, atividades de vida diria, alimentao, escolaridade.

    2. Exame Clnico

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    2eral

    Neurolgico tradicional ou neurolgico evolutivo

    Especial

    Estes procedimentos iniciais so denominados de 3avaliao clnica4. * partir da$ui deve-se

    formular hipteses diagnsticas com os dados o"tidos, mesmo no se tendo uma definio

    precisa so"re o pro"lema da criana.

    !. Exames Complementares

    (o divididos em0

    /#todos grficos

    - EE2 5eletroencefalografia6

    - EN/2 5eletroneuromiografia6

    - E 5potenciais evocados6

    /#todos por imagem

    - Radiografias simples ou contrastadas- 7ltra-sonografia

    - 8*9 5tomografia axial computadori!ada6

    - RN/ 5resson:ncia nuclear magn#tica6

    - (E98 5exame de perfuso cere"ral6

    /#todos "io$umicos

    - &9R 5l$uido cefalorra$uidiano ou l$uor6- E1/ 5erros inatos do meta"olismo6

    - osagens "io$umicas diversas

    - rovas sorolgicas especficas

    - Estudo gen#tico

    ". #ipteses $iagnsticas Clnicas

    *ssim como fi!emos hipteses diagnsticas aps a avaliao clnica inicial, agora, aps a

    reali!ao dos exames complementares, devemos esta"elecer os diagnsticos provveis, $ue a

    esta altura % devem estar ra!oavelmente definidos.

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    Os diagnsticos podem ser divididos em0

    funcional

    sindr;mico

    anat;mico

    etiolgico ou causal

    fatores desencadeantes e agravantes

    pro"lemas associados

    %. Exame Neurolgico Espec&ico

    Exame do cr:nio0 - inspeo, palpao e percusso'

    - medidas cranianas0 o permetro ceflico 596, os permetros "iauricular 5

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    "raos estendidos6 e a de /inga!!ini para os mmii. Em RN e lactentes podem ser reali!adas as

    provas da 3echarp4 ou do cachecol. O rechao dos mmii $uando se fletem as pernas so"re as

    coxas e estas so"re a "acia e em seguida so soltas para se avaliar o t;nus e se h volta dos

    mem"ros D posio original. ara os mmii pode ser reali!ada a mano"ra da "eira do leito, $ue

    consiste na mano"ra de /inga!!ini 3forada4, 1nclui-se a$ui o item coordenao dos mmss e

    mmii e a coordenao tronco = mem"ros.

    < - motricidade passiva0 pes$uisa do t;nus muscular atrav#s da inspeo, palpao e

    movimentao passiva dos segmentos.

    9 - motricidade involuntria0 o"servao de algum movimento involuntrio. * pes$uisa de

    reflexos superficiais e profundos 5esteroceptivas e miotticos t;nicos6 deve ser feita.

    Os reflexos mais pes$uisados so0

    F cut:neo a"dominal e plantar

    F axiais da face 5nasopalpe"ral, oro-or"icular e mentual6.

    F estilorradial, "iciptal e tricipital em mmss.

    F adutor, patelar e *$uileu em mmii.

    F em RN so pes$uisados os reflexos primitivos

    - motricidade automtica0 exame da respirao, deglutio, mastigao, marcha, linguagem econtrole de esfncteres.

    * sensi"ilidade t#rmica, ttil, dolorosa, artrest#sica e astereognsica 5incapacidade de

    reconhecer ou identificar o"%etos pelo tato6 devem ser pes$uisadas, deixando "em claro a

    dificuldade de o"teno de respostas ade$uadas em crianas.

    es$uisa de distr"ios trficos da pele e musculatura, presena de deformidades e m

    formao e distr"ios neurovegetativos.

    es$uisa de pares de nervos cranianos, $ue do ponto de vista gen#rico, envolvem amotricidade e a sensi"ilidade do segmento ceflico.

    *s principais provas so0

    - nervo olfatrio, 5@G par6 dificilmente testado na criana.

    - nervo ptico, 5HG par60 aus)ncia ou presena de viso e acuidade e campo visual.

    - nervos oculomotor 51116, troclear 51C6 e a"ducente 5C160 a pes$uisa # feita atrav#s de uma fonte

    luminosa, $ue se move em diferentes sentidos, devendo-se avaliar0

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    F posio do glo"o ocular em repouso

    F movimentos dos glo"os independentes um do outro

    F movimento con%ugado dos olhos, principalmente em relao ao corpo e a ca"ea.

    F nistagmo, viso dupla e pupilas.

    - nervo trig)meo, 5C60 o ramo motor se avalia pedindo D criana para apertar com fora os

    dentes. ara se avaliar a fra$ue!a ou no do msculo pterigideo, solicitar D criana mover de

    um lado para o outro o maxilar inferior. 8rismo, tremor e movimentos involuntrios do maxilar

    podem ser significativos. 9om um algodo avalia-se a sensi"ilidade.

    - nervo facial, 5C1160 a sua leso fica evidenciada % no RN durante o choro, $uando h uma

    assimetria facial. ode acometer a mmica voluntria, automtica ou reflexa.

    F paralisia facial tipo perif#rica 5de

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    - virar a ca"ea de um lado para o outro.

    - nervo hipoglosso 5M1160

    - d#ficit motor homolateral

    - avalia-se se movendo a lngua de um lado para o outro, para cima e para "aixo e para fora da

    "oca.

    Exame Neurolgico Evolutivo

    Est "aseado no padro evolutivo da criana, dependendo da idade cronolgica ou etapa de

    desenvolvimento. *s provas se referem D pes$uisa de e$uil"rio esttico e din:mico,

    coordenao apendicular, sensi"ilidades e gnosias 5relativos ao conhecimento6, persist)ncia

    motora, coordenao tronco = mem"ros, reflexos cut:neos e miotticos, t;nus muscular e

    sincinesias 5associao de um movimento involuntrio a um voluntrio, da $ual resulta, p. ex.,

    levantar o paciente os dois "raos $uando se lhe ordenou levantasse apenas um6.

    Em particular nos primeiros do!e meses de vida, a avaliao neurolgica # especial, pois as

    provas devem o"edecer rigorosamente ao estgio de maturao de todas as estruturas do (N.

    1. Exame neurolgico do RN normal.

    O exame neurolgico do RN deve ser repetido no HG ou JG dias de vida, por$ue nas primeiras

    horas o paciente no permite um exame satisfatrio.

    *titude

    Aace voltada para um dos lados

    Os mmii movem-se mais $ue os mmss

    ode apresentar tremores

    /ovimentao estimulada

    de difcil anlise, pois o RN apresenta, geralmente, respostas glo"ais.

    /ano"ra de propulso

    /ano"ra do rechao 5o RN em dec"ito dorsal se segura os mmii fletidos so"re o a"dome' ao

    solt-los deve haver um movimento sim#trico em extenso6.

    8ono /uscular

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    8end)ncia D flexo do corpo

    /ano"ra de 8o"ler0 consiste em segurar o RN de ca"ea para "aixo' evidencia-se um

    predomnio dos msculos flexores.

    Reflexo de /oro

    * resposta glo"al consiste em extenso e a"duo seguidas de flexo e aduo dos K

    mem"ros, com se estivesse a"raando. ara se estimular puxa-se "ruscamente o lenol so" o

    RN ou "ate-se palmas prximo a ele.

    Reflexo de reenso

    9onsiste em estimular a regio de emerg)ncia dos dedos 5mos e p#s6 com um "asto, ou com

    o dedo do examinador' o"serva-se a flexo de todos os dedos so"re o dedo do examinador.

    Reflexo de (uco

    Estimulao la"ial o desencadeia.

    Reflexo da /archa

    (egurando-se a criana em p#, esta movimenta as pernas como se estivesse marchando' em"e")s sonolentos ou nas @s HK h deve pode no ser positivo.

    Reflexo cut:neo-plantar

    9onsiste em estimular a planta do p# em sua "orda lateral.

    No RN o reflexo deve ser em extenso.

    Reflexos profundos

    ifcil de serem avaliados nos RNs, pois deve haver um relaxamento muscular, assim como no

    adulto. /uitas ve!es h aus)ncia de reflexos. Nesta fase deve se dar mais valor a uma

    assimetria.

    Reflexo Aotomotor

    Nos RN onde se consegue manter as plpe"ras a"ertas h resposta positiva.

    (ensi"ilidade

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    Em RN, assim como exames citados anteriormente, # muito difcil se avaliar a sensi"ilidade.

    * audio se testa com $ual$uer som alto, como "ater palmas. * resposta pode se fa!er como

    um piscar de olhos ou com /oro positivo. /uitas ve!es estas respostas esto ausentes.

    * viso pode ser testada atrav#s de estmulos luminosos $ue provocam piscar de olhos, em

    L>P dos casos.

    Os estmulos dolorosos t)m, geralmente resposta glo"al, no se distinguindo a locali!ao do

    estmulo' em casos de paralisias pode haver respostas locali!adas.

    *ps a alta do "errio, todo RN deve ser acompanhado para $ue se possa acompanh-lo do

    ponto de visa neurolgico, de modo evolutivo. Este exame # importante e no podemos

    es$uecer todas as transformaQes determinadas pelos diferentes estmulos rece"idos pelas

    crianas.

    2. Exame Evolutivo

    Reflexo da marcha

    Raramente perceptvel aos J meses

    Reaparece com @H meses em m#dia

    9om @? meses as crianas % esto andando corretamente

    Reflexo de reenso e (uco

    Ocorre mudana por volta dos seis meses, $uando passa a ser voluntrio.

    Reflexo 9ut:neo lantar

    *t# o fim do @G semestre # em extenso+uando o paciente % anda, o reflexo deve apresentar-se em flexo.

    Entre estes perodos a resposta # varivel 5este espao a"range desde o fim do primeiro

    semestre at# por volta de @H meses6.

    Reflexo de /oro

    * durao da resposta vai diminuindo com o tempo0

    - @G m)s0 K segundos

    - G m)s0 >,L segundo

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    Reflexo t;nico cervical de /agnos Slei%n

    No # exatamente um reflexo, mas sim uma tend)ncia do RN de assumir uma posio

    caracterstica 5posio de 3esgrimista46' para o lado onde se vira ou est virada a ca"ea, os

    mem"ros deste lado ficam estendidos 5lado facial6 e do lado oposto os mem"ros assumem

    posio de flexo 5lado nucal6. (ua aus)ncia no #, necessariamente sinal de processos

    patolgicos.5figura6

    ermanece at# o HG m)s' sua persist)ncia pode tradu!ir um dos primeiros sinais de

    encefalopatia.

    8;nus /uscular

    *o redor do JG m)s passa a predominar o t;nus dos msculos extensores so"re os flexores, at#

    agora predominantes.

    * partir do final do @G semestre inicia-se uma reao da criana frente D mano"ra de 8o"ler,

    numa tentativa de sair da posio inc;moda, fato no o"servado neste intervalo de J meses

    5dos J aos seis meses6.

    ara se tratar $ual$uer patologia ou sndrome no ser humano, em $ual$uer idade,

    principalmente na criana, primeiro # preciso reconhecer tal doena pelo $uadro clnico com

    seus sintomas e sinais caractersticos' isto s ser conseguido se conhecermos antes a

    normalidade de cada faixa etria especfica, seno a tarefa torna-se impossvel.