Automedicação, texto publicado n'O Diário do Norte do Paraná

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O DIÁRIO DO NORTE DO PARANÁ Domingo, 08 de fevereiro de 2015 A Cultura D1 Aos poucos, o cartão do Vale- Cultura começa a chegar na mão das pessoas e possibilita o acesso a produtos culturais (li- vros, ingressos para cinema e teatro, discos), graças ao vale de R$ 50, por mês, a funcionári- os que trabalham em empresas que aderiram ao benefício ofe- recido pelo Ministério da Cultu- ra (MinC), com mecanismos de isenção fiscal. De acordo com dados recen- tes do MinC, hoje, 339,6 mil tra- balhadores recebem o Vale- Cultura em todo o País. Desde o início da entrega dos cartões, em janeiro do ano passado, foram utilizados R$ 47,7 mi- lhões no acesso a eventos, aqui- sição de produtos e pagamen- to de mensalidades de cursos. Com R$ 35,2 milhões em ven- das para beneficiários do Vale- Cultura, o setor de livros, jor- nais e revistas responde por 74% do consumo. Wilame Prado [email protected] y V ale-Cultura é pra valer BENEFÍCIO O Dados do Ministério apontam quase 340 mil beneficiários do programa em todo o País O Livraria, que atua em Maringá, comemora 1.500 compras efetuadas com o cartão, em 2014 TAVARES y - Sérgio Tavares Tal qual o médico que acha que pode se curar, o escritor tem a con- vicção de que precisa somente de si para compor um bom livro. Automedicação az uma semana, estive no oftalmo- logista, por causa da rotina de avali- ação do meu transplante. Na recep- ção, sob o silêncio ambicioso da espera, fui surpreendido por uma carreira de tosses encorpadas que fugia do consultório. Pre- sumi, por alguns minutos, que fosse do paciente em atendimento, até que de lá saiu uma senho- ra franzina, dessas que os óculos lhes parecem um peso excessivo. “Sérgio, a sua vez”, anunci- ou a recepcionista. Levantei-me e segui ciente de que seria consultado por um médico doente. Logo que me sentei, o doutor se descontro- lou noutro acesso de tosse. “Gripe?”, perguntei. “Pois é!”, desculpou-se, assoando o nariz. “Co- meçou no fim de semana. Um mal-estar, uma febrinha. Tomei umas vitaminas, mas piorou. Hoje, não dá mais. Cancelei toda agenda da tarde. Vou ao médico”, e disparou outra saraiva- da de tosse. “Sabe como é: médico tem mania de se automedicar”, destacou. Saí de lá com uns pontos a menos e a certeza de que entre a Medicina e a Literatura existe uma linha fina de sutura: a autossuficiência. Tal qual o médico que acha que pode se curar, o escritor tem a convicção de que precisa somente de si para compor um bom livro. Apenas se sentar e derramar o fluxo de ideias pelos dedos, não é? Não, diagnóstico errado. Todo escritor carece da assistência de outro escritor mais experiente para medicar os males da sua escrita. E atenção ao verbo “medicar”. Diferentemente da Medici- na, a Literatura não opera cura. Escrever um livro é uma presunção, supor que se possa con- ceber um livro perfeito é o caso de avaliação da saúde mental. Escrever é ler em demasia. Sinceramente nunca entendi os autores que dizem que, durante a gestação criativa, não leem sequer bula, para não influenciar a escrita, como se pudessem compor algo inédito e impermeabilizado pela arrogância. Não há a mínima chance. Escrito- res inspiram escritores antes da descoberta da penicilina. Não há livro original. Há livro de qua- lidade e livro ruim. Identificar essa condição de início é fundamental para estabelecer em qual ala ficará. A Literatura se renova em um contí- nuo processo de retroalimentação. Tanto quan- do se escreve, como quando se lê. Escrever um livro é construir um universo que, pouco a pouco, vai adquirindo autonomia e, de repente, fecha-se para o autor, impenetrável se- quer a fórceps. Nos livros estão as chaves, o acesso para retomar a história e reconduzi-la ao fim. Não se trata de plágio, mas de refração. Para meu primeiro livro, foi importante a lei- tura de “Giovanni”, de James Baldwin. Já o se- gundo trafega por veredas campeadas pelo mi- neiro Murilo Rubião, inclusive, com a presença furtiva de alguns de seus personagens. O roman- ce em progresso surgiu dos encontros com um conto do Mark Doty e com uma figura real. Toda a vez que me sento para escrevê-lo, esta fica ao meu lado, contando segredos de liquidi- ficador. Escrever é, sobretudo, um ato de insolência. Todo autor escreve um livro para si, o leitor é um efeito colateral. Uma tosse que, quanto mais se encorpar, será vital para saúde daquele orga- nismo. O escritor busca de fato, na Literatura, algo que a Medicina ainda não foi capaz: eterni- zar-se. F O ministro da Cultura, Juca Fer- reira, anunciou o nome do se- cretário executivo dele, o núme- ro 2 da Pasta. É João Brant, 36 anos. Um segundo nome, venti- lado pela imprensa como certo, ainda não foi confirmado. É o de PolaRibeiro,cotadoparaaSecre- taria do Audiovisual. Ele é forma- do em Rádio e TV e tem doutora- do em Ciências Políticas pela USP e mestrado em Regulação e Polí- ticas de Comunicação pela Lon- don School of Economics and Political Science. A ligação dele mais visível, no Brasil, é com o co- letivo ligado a iniciativas da área de comunicação social chamado Intervozes. Brant defende a regulação dos meiosdecomunicaçãoargumen- tando que, só assim, pode tor- naramídiabrasileiramaisdemo- crática. Já falou sobre o tema di- versas vezes, como em uma se- mana de comunicação, quando defendeu as ideias dele na pa- lestra “Quais os desafios para a democratizar as comunicações no Brasil, depois de 50 anos da Lei Geral das Comunicações?” O grupo que lidera, Intervozes, é formado por ativistas e profissio- nais de comunicação de cerca de 15Estadosbrasileiros. O tema da regulação da im- prensa é considerado por setores da sociedade como uma tentati- va de controle dos grandes meios de comunicação. Em entrevista recente, Juca falou com indigna- ção sobre o que chamou de “ma- nipulações” provocadas pela im- prensa convencional e defendeu a rede Fora do Eixo, que também vaiparticipardagestãodele. Júlio Maria Agência Estado y POLÍTICA ‘Número 2’ do Minc é anunciado ‘ORQUESTRA DE BEXIGAS’ É ATRAÇÃO DESTE DOMINGO NO CALIL HADDAD Pelo 10º Festival de Férias, o grupo Meu Clown apresenta, às 16 horas, deste domingo, no Teatro Calil Haddad, o espetáculo “Orquestra de Bexigas”, que conta a história de cinco palhaços que se divertem em cenas lúdicas de maneira criativa e dinâmica. Ingressos, na bilheteria, a R$ 5. Classificação livre. /// Wilame Prado A Cooper Card, empresa ma- ringaense administradora de cartões, é a quinta bandeira em números de adesões no País, com 558 beneficiários (dados di- vulgados pelo MinC, em outu- bro passado). O diretor Comer- cial e de Marketing da compa- nhia, Sílvio Domingues, explica que, desse total, a maioria se concentra em Maringá. Segun- do ele, são dez empresas marin- gaenses que aderiram ao Vale- Cultura utilizando a bandeira do Cooper Card, além de duas empresas em Londrina, uma em Cascavel, outra em Douradi- na e uma outra em Guarapuava. Na avaliação do diretor, este ano tem tudo para ser ainda mais animador, culturalmente falando. Com o mercado repri- mido, sem tantas contratações e aumentos de salários, na opi- nião dele, mais empresas ten- dem a aderir ao programa. “Os sindicatos estão cada vez mais empenhados em imple- mentar o benefício do Vale- Cultura nas convenções cole- tivas de trabalho. Da mesma forma que os cartões alimen- tação e refeição são previstos nos dissídios coletivos, assegu- ro que o Vale-Cultura seguirá caminho semelhante. Reconhe- ço também que 2015 será um ano de grandes desafios para o mundo corporativo, onde pro- vavelmente aumento de salári- os serão mais difíceis, contri- buindo com a implementação de benefícios como o Vale-Cul- tura, que é isento de encargos trabalhistas e passível de dedu- ção no Imposto de Renda”, diz. Maislivrosvendidos O diretor Comercial do Grupo Li- vrarias Curitiba, Marcos Pedri, estimaque,emcurtoprazo,have- rá um aumento de 30% nas ven- das de livros, CDs e DVDs, por meio de compras feitas com o Vale-Cultura. Graças aos R$ 50 que os funci- onários têm direito mensalmen- te com o cartão, o diretor tem percebido um novo público nas lojas do grupo, que atua no Pa- raná (duas, em Maringá), Santa Catarina e São Paulo. “A classe C também entra nas livrarias. Mui- tos começam comprando livros de autoajuda, infanto-juvenis e escolares, para depois consumi- remoutrostiposdeliteratura.” Segundo balanço das Livra- rias Curitiba, nas 13 unidades da rede, o cartão Vale-Cultura foi acionado em 92.500 aquisi- ções, no ano passado, totalizan- do R$ 4.626.000. Em Maringá, foram recebidos 1.489 unidades do Vale-Cultura nas duas lojas da rede (Catuaí Shopping e Ma- ringá Park Shopping), gerando um total financeiro de R$ 74.450. “A maioria dos clientes utilizou para aquisição de livros de fic- ção, não-ficção, autoajuda e in- fanto-juvenil. As bandeiras de cartões mais trocados em Marin- gá foram: Alelo, Ticket, Sodexo, Good Card e Cooper Card”, infor- maaassessoria. VERSÁTIL. Nessa época, cartão serve até para compras de material escolar. —FOTO: J.C FRAGOSO NO BRASIL x mil É o número, estimado, de beneficiários do programa. 340 A Editor: Cláudio Galleti Tel. (44) 3221-6615 Email: [email protected]

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Automedicação, de Sérgio Tavares, publicado n'O Diário do Norte do Paraná, em 8 de fevereiro de 2015

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O DIÁRIO DO NORTE DO PARANÁ Domingo, 08 de fevereiro de 2015 A Editor: Jary Mércio

Tel. 3221-6609 Email: jary@odiario@com

CulturaD1

Aos poucos, o cartão do Vale-Cultura começa a chegar na mão das pessoas e possibilita o acesso a produtos culturais (li-vros, ingressos para cinema e teatro, discos), graças ao vale de R$ 50, por mês, a funcionári-os que trabalham em empresas que aderiram ao benefício ofe-recido pelo Ministério da Cultu-ra (MinC), com mecanismos de isenção fiscal.

De acordo com dados recen-tes do MinC, hoje, 339,6 mil tra-balhadores recebem o Vale-Cultura em todo o País. Desde o início da entrega dos cartões, em janeiro do ano passado, foram utilizados R$ 47,7 mi-lhões no acesso a eventos, aqui-sição de produtos e pagamen-to de mensalidades de cursos. Com R$ 35,2 milhões em ven-das para beneficiários do Vale-Cultura, o setor de livros, jor-nais e revistas responde por 74% do consumo.

Wilame Prado [email protected] y

Vale-Cultura é pra valer BENEFÍCIO

Dados do Ministério apontam quase 340 mil beneficiários do programa em todo o País Livraria, que atua em Maringá, comemora 1.500 compras efetuadas com o cartão, em 2014

TAVARES

y-

Sérgio Tavares

Tal qual o médico que acha que pode se curar, o escritor tem a con-vicção de que precisa somente de si para compor um bom livro.

Automedicação az uma semana, estive no oftalmo-logista, por causa da rotina de avali-ação do meu transplante. Na recep-ção, sob o silêncio ambicioso da

espera, fui surpreendido por uma carreira de tosses encorpadas que fugia do consultório. Pre-sumi, por alguns minutos, que fosse do paciente em atendimento, até que de lá saiu uma senho-ra franzina, dessas que os óculos lhes parecem um peso excessivo. “Sérgio, a sua vez”, anunci-ou a recepcionista. Levantei-me e segui ciente de que seria consultado por um médico doente. Logo que me sentei, o doutor se descontro-lou noutro acesso de tosse. “Gripe?”, perguntei. “Pois é!”, desculpou-se, assoando o nariz. “Co-meçou no fim de semana. Um mal-estar, uma febrinha. Tomei umas vitaminas, mas piorou. Hoje, não dá mais. Cancelei toda agenda da tarde. Vou ao médico”, e disparou outra saraiva-da de tosse. “Sabe como é: médico tem mania de se automedicar”, destacou. Saí de lá com uns pontos a menos e a certeza de que entre a Medicina e a Literatura existe uma linha fina de sutura: a autossuficiência. Tal qual

o médico que acha que pode se curar, o escritor tem a convicção de que precisa somente de si para compor um bom livro. Apenas se sentar e derramar o fluxo de ideias pelos dedos, não é? Não, diagnóstico errado. Todo escritor carece da assistência de outro escritor mais experiente para medicar os males da sua escrita. E atenção ao verbo “medicar”. Diferentemente da Medici-na, a Literatura não opera cura. Escrever um livro é uma presunção, supor que se possa con-ceber um livro perfeito é o caso de avaliação da saúde mental. Escrever é ler em demasia. Sinceramente nunca entendi os autores que dizem que, durante a gestação criativa, não leem sequer bula, para não influenciar a escrita, como se pudessem compor algo inédito e impermeabilizado pela arrogância. Não há a mínima chance. Escrito-res inspiram escritores antes da descoberta da penicilina. Não há livro original. Há livro de qua-lidade e livro ruim. Identificar essa condição de início é fundamental para estabelecer em qual ala ficará. A Literatura se renova em um contí-nuo processo de retroalimentação. Tanto quan-

do se escreve, como quando se lê. Escrever um livro é construir um universo que, pouco a pouco, vai adquirindo autonomia e, de repente, fecha-se para o autor, impenetrável se-quer a fórceps. Nos livros estão as chaves, o acesso para retomar a história e reconduzi-la ao fim. Não se trata de plágio, mas de refração. Para meu primeiro livro, foi importante a lei-tura de “Giovanni”, de James Baldwin. Já o se-gundo trafega por veredas campeadas pelo mi-neiro Murilo Rubião, inclusive, com a presença furtiva de alguns de seus personagens. O roman-ce em progresso surgiu dos encontros com um conto do Mark Doty e com uma figura real. Toda a vez que me sento para escrevê-lo, esta fica ao meu lado, contando segredos de liquidi-ficador. Escrever é, sobretudo, um ato de insolência. Todo autor escreve um livro para si, o leitor é um efeito colateral. Uma tosse que, quanto mais se encorpar, será vital para saúde daquele orga-nismo. O escritor busca de fato, na Literatura, algo que a Medicina ainda não foi capaz: eterni-zar-se.

F

O ministro da Cultura, Juca Fer-reira, anunciou o nome do se-cretário executivo dele, o núme-ro 2 da Pasta. É João Brant, 36 anos. Um segundo nome, venti-lado pela imprensa como certo, ainda não foi confirmado. É o de Pola Ribeiro, cotado para a Secre-taria do Audiovisual. Ele é forma-do em Rádio e TV e tem doutora-do em Ciências Políticas pela USP e mestrado em Regulação e Polí-ticas de Comunicação pela Lon-don School of Economics and Political Science. A ligação dele mais visível, no Brasil, é com o co-letivo ligado a iniciativas da área de comunicação social chamado Intervozes.

Brant defende a regulação dos meios de comunicação argumen-tando que, só assim, pode tor-nar a mídia brasileira mais demo-crática. Já falou sobre o tema di-versas vezes, como em uma se-mana de comunicação, quando defendeu as ideias dele na pa-lestra “Quais os desafios para a democratizar as comunicações no Brasil, depois de 50 anos da Lei Geral das Comunicações?” O grupo que lidera, Intervozes, é formado por ativistas e profissio-nais de comunicação de cerca de 15 Estados brasileiros.

O tema da regulação da im-prensa é considerado por setores da sociedade como uma tentati-va de controle dos grandes meios de comunicação. Em entrevista recente, Juca falou com indigna-ção sobre o que chamou de “ma-nipulações” provocadas pela im-prensa convencional e defendeu a rede Fora do Eixo, que também vai participar da gestão dele.

Júlio Maria Agência Estado y

POLÍTICA

‘Número 2’ do Minc é anunciado

‘ORQUESTRA DE BEXIGAS’ É ATRAÇÃO DESTE DOMINGO NO CALIL HADDAD Pelo 10º Festival de Férias, o grupo Meu Clown apresenta, às 16 horas, deste domingo, no Teatro Calil Haddad, o espetáculo “Orquestra de Bexigas”, que conta a história de cinco palhaços que se divertem em cenas lúdicas de maneira criativa e dinâmica. Ingressos, na bilheteria, a R$ 5. Classificação livre. /// Wilame Prado

A Cooper Card, empresa ma-ringaense administradora de cartões, é a quinta bandeira em números de adesões no País, com 558 beneficiários (dados di-vulgados pelo MinC, em outu-bro passado). O diretor Comer-cial e de Marketing da compa-nhia, Sílvio Domingues, explica que, desse total, a maioria se concentra em Maringá. Segun-do ele, são dez empresas marin-gaenses que aderiram ao Vale-Cultura utilizando a bandeira do Cooper Card, além de duas empresas em Londrina, uma em Cascavel, outra em Douradi-na e uma outra em Guarapuava.

Na avaliação do diretor, este ano tem tudo para ser ainda mais animador, culturalmente falando. Com o mercado repri-mido, sem tantas contratações e aumentos de salários, na opi-nião dele, mais empresas ten-dem a aderir ao programa.

“Os sindicatos estão cada vez mais empenhados em imple-mentar o benefício do Vale-Cultura nas convenções cole-tivas de trabalho. Da mesma forma que os cartões alimen-tação e refeição são previstos nos dissídios coletivos, assegu-ro que o Vale-Cultura seguirá caminho semelhante. Reconhe-ço também que 2015 será um ano de grandes desafios para o mundo corporativo, onde pro-vavelmente aumento de salári-os serão mais difíceis, contri-buindo com a implementação de benefícios como o Vale-Cul-tura, que é isento de encargos

trabalhistas e passível de dedu-ção no Imposto de Renda”, diz.

Mais livros vendidos O diretor Comercial do Grupo Li-vrarias Curitiba, Marcos Pedri, estima que, em curto prazo, have-rá um aumento de 30% nas ven-das de livros, CDs e DVDs, por meio de compras feitas com o Vale-Cultura.

Graças aos R$ 50 que os funci-onários têm direito mensalmen-te com o cartão, o diretor tem

percebido um novo público nas lojas do grupo, que atua no Pa-raná (duas, em Maringá), Santa Catarina e São Paulo. “A classe C também entra nas livrarias. Mui-tos começam comprando livros de autoajuda, infanto-juvenis e escolares, para depois consumi-rem outros tipos de literatura.”

Segundo balanço das Livra-rias Curitiba, nas 13 unidades da rede, o cartão Vale-Cultura foi acionado em 92.500 aquisi-ções, no ano passado, totalizan-

do R$ 4.626.000. Em Maringá, foram recebidos 1.489 unidades do Vale-Cultura nas duas lojas da rede (Catuaí Shopping e Ma-ringá Park Shopping), gerando um total financeiro de R$ 74.450. “A maioria dos clientes utilizou para aquisição de livros de fic-ção, não-ficção, autoajuda e in-fanto-juvenil. As bandeiras de cartões mais trocados em Marin-gá foram: Alelo, Ticket, Sodexo, Good Card e Cooper Card”, infor-ma a assessoria.

VERSÁTIL. Nessa época, cartão serve até para compras de material escolar. —FOTO: J.C FRAGOSO

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mil É o número, estimado, de beneficiários do programa.

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A Editor: Cláudio GalletiTel. (44) 3221-6615 Email: [email protected]