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FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE FERNANDOPOLIS - FEF FACULDADES INTEGRADAS DE FERNANDÓPOLIS - FIFE CURSO DE FÁRMACIA GISELE MARINA NOVELLI JÉSSICA LISBOA DE SOUZA MARCIEL FIRMINO JANÚARIO SÉRGIO TOSHIO KAWAMATA AUTOMEDICAÇÃO EM UNIVERSITÁRIOS DA FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE FERNANDÓPOLIS E NÃO UNIVERSITÁRIOS DE UM BAIRRO DO MUNICÍPIO DE MARINÓPOLIS - SP FERNANDÓPOLIS - SP 2011

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FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE FERNANDOPOLIS - FEF FACULDADES INTEGRADAS DE FERNANDÓPOLIS - FIFE

CURSO DE FÁRMACIA

GISELE MARINA NOVELLI

JÉSSICA LISBOA DE SOUZA MARCIEL FIRMINO JANÚARIO SÉRGIO TOSHIO KAWAMATA

AUTOMEDICAÇÃO EM UNIVERSITÁRIOS DA FUNDAÇÃO

EDUCACIONAL DE FERNANDÓPOLIS E NÃO UNIVERSITÁRIOS DE

UM BAIRRO DO MUNICÍPIO DE MARINÓPOLIS - SP

FERNANDÓPOLIS - SP

2011

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GISELE MARINA NOVELLI

JÉSSICA LISBOA DE SOUZA

MARCIEL FIRMINO JANÚARIO

SÉRGIO TOSHIO KAWAMATA

AUTOMEDICAÇÃO EM UNIVERSITÁRIOS DA FUNDAÇÃO

EDUCACIONAL DE FERNANDÓPOLIS E NÃO UNIVERSITÁRIOS

DE UM BAIRRO DO MUNICÍPIO DE MARINÓPOLIS - SP

Monografia apresentada à Fundação Educacional de Fernandópolis como requisito parcial à obtenção do título de bacharel em Farmácia.

Orientador: Roney Eduardo Zaparoli

FERNANDÓPOLIS -SP

2011

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FOLHA DE APROVAÇÃO

GISELE MARINA NOVELLI

JÉSSICA LISBOA DE SOUZA

MARCIEL FIRMINO JANÚARIO

SÉRGIO TOSHIO KAWAMATA

AUTOMEDICAÇÃO EM UNIVERSITÁRIOS DA FUNDAÇÃO

EDUCACIONAL DE FERNANDÓPOLIS E NÃO UNIVERSITÁRIOS DE

UM BAIRRO DO MUNICÍPIO DE MARINÓPOLIS – SP

Monografia apresentada à Fundação Educacional de Fernandópolis como requisito parcial à obtenção do título em bacharel em Farmácia.

Aprovada em 09/11/2011

Examinadores:

_______________________________________

Prof. MSc. Roney Eduardo Zaparoli (Orientador)

Instituição: Fundação Educacional de Fernandópolis

_______________________________________

Profª. MSc. Luciana Estevam Simonato

Instituição: Fundação Educacional de Fernandópolis

_______________________________________

Profª. Esp. Vanessa Maira Rizzato Silveira

Instituição: Fundação Educacional de Fernandópolis

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Dedico esta monografia aos meus pais,

Marina e Vanderci, que em nenhum

momento mediram esforços para

realização dos meus sonhos, por tudo

quanto puderam me proporcionar.

Principalmente pela fé e confiança

demonstrada pelo amor e carinho, amo

vocês. Aos meus amigos pelo apoio

incondicional. Ao nosso orientador pela

paciência demonstrada no decorrer do

trabalho. Enfim a todos que de alguma

forma tornaram este caminho mais fácil

de ser percorrido. „‟Um sonho sonhado

sozinho é um sonho. Um sonho sonhado

junto é realidade‟‟ Obrigada meu Deus por

tudo.

(Gisele Marina Novelli)

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Dedico esta monografia a meu pai Nivaldo

e minha mãe Maria, sem eles não teria

todas as oportunidades que tive em minha

vida se não fosse o sacrifício deles, que

sempre lutaram para eu poder estudar.

Esses dois guerreiros que mesmo com as

pedras do caminho, fizeram tudo para

mim, sendo exemplos de pais. Tenho só

que dizer uma única palavra: Obrigado!

Ao meu namorado Júlio Cézar pela

compreensão, estímulo, amor, paciência e

incentivo para a concretização deste

sonho. Meu muito obrigado amo você.

(Jéssica Lisboa de Souza)

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A Deus que esta acima de todas as

coisas por me dar esta oportunidade, a

vida e forças para vencer os obstáculos

na caminhada. Aos meus pais Divino e

Divina pelo total empenho, dedicação,

conselhos, incentivos para que nunca

parasse mais prosseguisse na jornada

alcançando metas. A Miliany minha irma

que tanto amo, respeito, admiro e seu

cuidado que tem comigo, sempre

preocupada querendo o melhor para mim.

E dedico aos meus amigos Sérgio,

Jéssica e Gisele pela paciência e total

empenho, passamos vários momentos

que ficaram pra historia, vale a pena

recordar... “Em todo tempo ama um

amigo, na angustia nasce um

irmão”...Proverbios 17 e verso 17

(Marciel Firmino Janúario)

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Dedico esta monografia a duas pessoas

em especial Emilia e Nobuyoshi, que em

nenhum momento mediram esforços para

realização dos meus sonhos, que me

guiaram pelos caminhos corretos, me

ensinaram a fazer as melhores escolhas,

me mostraram que a honestidade e o

respeito são essenciais à vida, e que

devemos sempre lutar pelo que

queremos. A eles devo a pessoa que me

tornei, sou extremamente feliz e tenho

muito orgulho por chamá-los de pai e

mãe.

(Sérgio Toshio Kawamata)

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AGRADECIMENTOS

Agradecemos primeiramente Deus por ter nos dado forças e iluminado

nossos caminhos para que pudéssemos concluir mais uma etapa de nossas vidas,

aos nossos familiares e amigos que fizemos durante o curso, pela verdadeira

amizade que construímos. Em especial o nosso professor Ms. Roney Eduardo

Zaparoli, que nos orientou para realização desse trabalho, pela dedicação e

paciência. E a todos os professores do curso de farmácia pelos ensinamentos

proporcionados nas aulas, cada um de forma especial contribuiu para a conclusão

deste trabalho.

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A ética, a amizade, a capacidade de criar

novas estratégias, fundamentadas na

experiência, o talento para promover

alianças positivas, o espírito de liderança,

a consciência da força que reside no

verdadeiro trabalho em equipe. Tudo isso

aflora quando as circunstancias exigem,

quando se sabe que existe um objetivo

maior a ser alcançado.

(Autor Desconhecido)

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RESUMO

Automedicação é a prática da administração de medicamentos sem o aconselhamento ou acompanhamento de um profissional de saúde qualificado. Esse hábito pode possibilitar agravos e mascaramento de doenças, intoxicações e interações medicamentosas. Tem sido algo bastante preocupante no Brasil, normalmente, o modelo que conduz esta prática inicia-se com a percepção do problema de saúde pelo usuário, onde o indivíduo não procura o médico, mais procura o tratamento por meio de informações que obtiveram com familiares, amigos, que passaram por problemas correlacionados ao dele. A automedicação inadequada, tal como a prescrição errônea, pode ter como consequências efeitos indesejáveis, enfermidades e mascaramento de doenças evolutivas. O estudo teve como objetivo avaliar a prevalência, características e os principais motivos da automedicação em universitários da Fundação Educacional de Fernandópolis e não universitários do bairro João Marin Olmo de Marinópolis-SP. Foi realizada uma pesquisa de campo com 200 universitários e 200 não universitários, totalizando 400 pessoas, através de um questionário contendo 14 questões objetivas. Os resultados obtidos mostraram que tanto os universitários como os não universitários fazem uso da prática de automedicação, independente de sexo e nível socioeconômico e tendo os analgésicos, antiinflamatórios e antibióticos como principais medicamentos utilizados, as principais queixas foram dores em geral e gripe. Esta realidade leva a refletir que os motivos que levam a prática da automedicação, seja a população leiga ou não, podem estar relacionados a alta frequência de propagandas através dos meios de comunicação e fatores culturais, aprendidos no meio familiar e na sociedade. Palavras-chaves: Automedicação, risco, prevalência, medicamento.

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ABSTRACT

Self-medication is the management of drugs without the advices or attendance of a qualified health professional. This habit can cause aggravation and masking of the disease, intoxication or drug interactions. This is a concerning problem in Brazil. Usually, the example that leads this starts with the self-diagnosis, when the person do not looks for a medic, but searches a treatment by informations acquired with the family, friends that passed by problems correlated to his. The innapropriate self-medication, like the improper prescription can bring undesirable effects, illnesses and masking of evolutionary diseases. The work has the objective to rate the prevalence, characteristics and the main reasons of self-medication in college students of Fernandópolis’ Educational Foundation, and non-students of the João Marin Olmo’s district of Marinópolis-SP. Was realized a field research, with 200 students and 200 non-university, totaling 400 people, through a questionnaire containing 14 objective questions and results demonstrate that both students and non-students do self-medication, regardless the gender, socioeconomic status; with analgesics, anti-inflammatory and antibiotics as the most used drugs, and as the main complaints general pains and flu. This fact makes us think that the reasons that brings the habit of self-medication, being the population lay or not, can be related to the high frequency of advertising by the media and cultural factors, learnt in the familiar environment and the society. Keywords: Self-medication, risk, prevalence, drug.

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 – Idade dos participantes da pesquisa......................................................26

Gráfico 2 – Sexo dos entrevistados...........................................................................27

Gráfico 3 – Possui plano de saúde?..........................................................................28

Gráfico 4 – Costumam estocar medicamentos em casa?.........................................29

Gráfico 5 – Qual a classe de medicamentos que costuma estocar em casa?..........30

Gráfico 6 – Onde foi adquirido o medicamento?.......................................................31

Gráfico 7 – Utiliza medicamentos por conta própria, sem o consultar o médico?.... 32

Gráfico 8 – Freqüência de utilização de medicamentos sem passagem pelo

médico...................................................................................................33

Gráfico 9 – Para qual doença se automedica?.........................................................34

Gráfico 10 – Quem ou o que mais influência os entrevistados na automedicação.. 35

Gráfico 11 – Apresentou problemas relacionados ao medicamento?.......................36

.Gráfico 12 – Solicitou informações acerca do medicamento junto ao

farmacêutico?........................................................................................37

Gráfico 13 – Tem conhecimento dos riscos da automedicação?..............................38

Gráfico 14 – Veículos de comunicação que mais influenciam na automedicação....39

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AAS – Ácido Acetilsalicílico

ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária

OMS – Organização Mundial da Saúde

SUS – Sistema Único de Saúde

RENAME – Relação Nacional de Medicamentos Essenciais

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO...........................................................................................................15

1. DESENVOLVIMENTO...........................................................................................17

1.1 DEFINIÇÃO...............................................................................................17

1.2 A AUTOMEDICAÇÃO NO BRASIL...........................................................17

1.3 RISCOS DA AUTOMEDICAÇÃO..............................................................18

1.4 ANALGÉSICOS, ANTIINFLAMATÓRIOS, ANTIBIÓTICOS,

ANTI-HIPERTENCIVOS, ANTICONCEPCIONAIS, ANOREXIGENOS E A

AUTOMEDICAÇÃO...........................................................................................20

1.5 A IMPORTÂNCIA DO FARMACÊUTICO E A AUTOMEDICAÇÃO...........22

2. OBJETIVOS...........................................................................................................24

2.1 OBGETIVO GERAL...................................................................................24

2.2 OBJETIVO ESPECÍFICOS........................................................................24

3. MATERIAIS E MÉTODOS.....................................................................................25

4. RESULTADO E DISCUSSÃO...............................................................................26

5. CONCLUSÃO.........................................................................................................40

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................................41

7. REFERÊNCIAS.....................................................................................................42 8.APÊNDICE............................................................................................................46

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INTRODUÇÃO

A proposta deste trabalho foi conhecer os motivos e/ou sintomas que levam

pessoas a automedicar-se e conhecer os grupos farmacológicos mais

freqüentemente utilizados nessa pratica. O uso indiscriminado de medicamentos faz

parte do cotidiano de toda sociedade.

Existem diversos fatores pelos quais os pacientes tem praticado a

automedicação, entre eles a dificuldade de acesso aos prestadores de serviço de

saúde, devido a acessibilidade e razões econômicas; hábitos das próprias pessoas

quererem solucionar problemas “básicos” de saúde se automedicando; opiniões de

conhecidos sem base técnicas nem científicas para o aconselhamento na utilização

de medicamentos; repetições de experiências anteriores onde a resposta ao

tratamento fora como desejado; estabelecimento de um paralelismo de situações

idênticas de saúde (ARRAIS. et al., 2010)

Paulo e Zanine (1988), ressaltam que a automedicação é um procedimento

caracterizado fundamentalmente pela iniciativa de um doente, ou de seu

responsável, em obter ou produzir e utilizar um produto que acredita lhe trará

benefícios no tratamento de doenças ou alívio de sintomas. O mesmo autor refere a

automedicação inadequada, tal como a prescrição errônea, pode ter como

conseqüência efeitos indesejáveis, enfermidades iatrogênicas (refere-se a um

estado de doença, efeitos adversos ou complicações causadas por/ou resultantes do

tratamento médico) e mascaramento de doenças evolutivas, representando,

portanto, problema a ser prevenido.

Campos (1985) chama-nos atenção as antigas concepções que evidencia que

o risco dessa prática está correlacionado com o grau de instrução e informação dos

usuários sobre medicamentos, bem como com a acessibilidade dos mesmos ao

sistema de saúde. De acordo ainda com esse autor, certamente a qualidade da

oferta de medicamentos e a eficiência do trabalho das várias instâncias que

controlam este mercado também exercem papel de grande relevância nos riscos

implícitos na automedicação.

A automedicação para Jesus (2009) é considerado

um problema grave de saúde pública, que tem forte relação com o mercado ocupado

pela indústria farmacêutica, que investe milhões em pesquisas buscando a cura das

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pessoas, é a mesma que não mede esforços ao recorrer a todo tipo de marketing e

propagandas para esvaziar as prateleiras das farmácias, tudo para vender

medicamentos. De acordo com esse mesmo autor o medicamento é visto como

mercadoria comum, os doentes como meros clientes, criando uma cultura

desenfreada de consumo excessivo dos mais variados tipos de medicamentos.

Apenas um terço dos medicamentos vendidos por ano vem de prescrições médicas.

De acordo com Loyola et al. (2002) a automedicação é uma prescrição

relatada de forma comum de auto-atenção à saúde, baseia-se no consumo de um

produto com o objetivo de tratar ou aliviar sintomas ou doenças percebidos, ou de

promover a saúde, independentemente da prescrição profissional. Para tal, podem

ser utilizados medicamentos industrializados ou remédios caseiros.

“Todo medicamento é potencialmente tóxico e as reações adversas

multiplicam-se com o uso irracional” (NASCIMENTO, 2003).

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1. AUTOMEDICAÇÃO

1.1 DEFINIÇÃO

A automedicação é definida como o uso de medicamentos sem prescrição

médica, onde o próprio paciente decide qual fármaco vai utilizar. Inclui-se nessa

designação também, a prescrição ou indicação de medicamentos por pessoas não

habilitadas, como amigos, familiares e mesmo balconistas de farmácia. Neste último

caso, caracteriza-se exercício ilegal da medicina (KOVACS & BRITO, 2006).

1.2 A AUTOMEDICAÇÃO NO BRASIL

No Brasil, onde o acesso à assistência médica pública é difícil e há uma

grande parcela da sociedade na faixa da pobreza que não tem condições financeiras

para pagar um plano de saúde, a prática da automedicação torna-se bastante

comum. Somente o fator financeiro não basta para explicar a prática da

automedicação. Fatores como escolaridade, acesso às informações a respeito dos

medicamentos e, principalmente, o fator cultural também entram nesse contexto

(NASCIMENTO, 2005).

Segundo Morais (2001), o Brasil assume a quinta posição na listagem

mundial de consumo de medicamentos. Sendo o primeiro lugar em consumo destas

substancias na América Latina. Ocupa ainda o nono lugar, no mercado mundial de

medicamentos, em volume financeiro. Tal fato pode está relacionado às 24 mil

mortes anuais no Brasil por intoxicação medicamentosa.

Jesus (2007), ressalta que o Brasil está longe de ser um país de primeiro

mundo, mesmo porque é rotulado como país em desenvolvimento. Teoria à parte, os

números mostram a verdadeira realidade e são números alarmantes, quando

comparados ao consumo de medicamentos da população de países de primeiro

mundo. O alto índice de automedicação da população brasileira também tem forte

relação com o mercado ocupado pela indústria farmacêutica, que não mede

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esforços através das ferramentas de marketing, das propagandas e das drogarias

adaptadas a verdadeiros supermercados.

No Brasil, mesmo existindo regulamentação da Agência Nacional de

Vigilância Sanitária (ANVISA) a venda e propaganda de medicamentos que possam

ser adquiridos sem prescrição médica, não há regulamentação nem orientação para

aqueles que os utilizam. O fato de adquirir um medicamento sem prescrição não

permite o indivíduo fazer uso indevido do mesmo, isto é, usá-lo por indicação

própria, na dose que lhe convém e na hora que achar conveniente (QUEIROZ,

2008).

Acredita-se que o alto índice da automedicação no Brasil aconteça por dois

motivos. Um deles é o tempo gasto pra conseguir uma consulta médica pelo

Sistema Único de Saúde – (SUS). É muito mais fácil comprar um medicamento na

farmácia e aliviar os sintomas, do que esperar um agendamento da consulta. Outro

motivo bem evidente, principalmente nos jovens, é o padrão de estética cobrado

pela sociedade de nosso país, conhecido mundialmente como país tropical de

corpos esculturais (BRASIL, 2004).

A automedicação é um problema universal, antigo e de grandes proporções,

pode ser considerada uma forma de não adesão às orientações médicas e de

saúde. Não há como acabar com a automedicação, talvez pela própria condição

humana de testar e arriscar decisões. Há, contudo, meios para minimizá-la, entre

eles: programas de orientação para profissionais de saúde, farmacêuticos,

balconistas e população em geral, além do estímulo a fiscalização apropriada

(BISSON, 2007).

1.3 RISCOS DA AUTOMEDICAÇÃO

Alguns medicamentos apresentam uma janela terapêutica muito estreita, ou

seja, a dose que promove efeito terapêutico é muito próxima da dose que promove

um efeito indesejável, podendo este ser letal. Este comportamento dos

medicamentos foi descrito por um renomado cientista suíço, Paracelso (1493 –

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1541) cuja frase celebre ilustra o assunto “Não há nada na natureza que não seja

venenoso. Somente a dose certa diferencia o veneno do remédio” (NETO, 2000).

De modo geral o consumidor não tem experiência e conhecimentos

necessários para avaliar a gravidade da situação e optar por uma terapêutica

adequada. Este fica exposto a possíveis riscos, como:

- gastos desnecessários; diagnóstico incorreto da patologia; retardamento do

reconhecimento da patologia, com possível agravamento podendo mesmo levar o

doente ao internamento hospitalar ou à morte;

- escolha de terapêutica inadequada;

- administração incorreta do medicamento;

- dosagem inadequada ou excessiva;

- uso excessivamente curto ou prolongado;

- desconhecimento de possíveis interações com outros medicamentos;

- possibilidades de reações alérgicas, adversas ou intoxicações;

- armazenamento incorreto ou por tempo excessivamente longo do

medicamento;

- resistências aos antimicrobianos. (MATOS, 2005).

Ao longo das últimas décadas, a utilização maciça dos antibióticos e outros

antimicrobianos vieram revolucionar o tratamento de doenças infecciosas,

permitindo a melhoria geral da saúde das populações, com uma redução dramática

da morbilidade e mortalidade. Na atualidade, contudo, assiste-se a um decréscimo

da eficácia de drogas antes muito potentes, com reaparecimento de microrganismos

resistentes a todos os fármacos disponíveis, aumentando o risco de regressão à era

pré-antibiótica, em que muitas pessoas morriam por infecções não tratáveis.

(MONTEIRO, 2010)

Muitos não sabem o quanto é arriscado a utilização indiscriminada dos

analgésicos e antiinflamatórios porque a maioria é de prescrição livre. O acido

acetilsalisílico (AAS) indicado nos casos de reumatismo e para prevenir problemas

cardíacos, se usado na vigência de certas viroses infantis com o objetivo de reduzir

a febre, pode precipitar uma lesão hepática grave e culminar em um quadro de

encefalopatia (NORONHA, 2008).

A automedicação é uma decisão potencialmente nociva à saúde individual e

coletiva. Até mesmo um remédio utilizado de forma correta em sua indicação, se

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administrado em altas doses, pode causar sérios danos ao usuário (efeitos tóxicos)

(VILARINO et al., 1998).

Portanto o uso desnecessário, assim como a utilização de medicamentos em

situações impróprias, expõe os usuários a risco de reações indesejáveis e

intoxicações medicamentosas, constituindo-se, uma causa de mortalidade

significativa (BISSON, 2007).

1.4 ANALGÉSICOS, ANTIINFLAMATÓRIOS, ANTIBIÓTICOS ANTI-HIPERTENSIVOS, ANTICONCEPCIONAIS, ANOREXIGENOS E A AUTOMEDICAÇÃO.

Os analgésicos, antiinflamatórios, antibióticos, anorexígenos e anti-

hipertensivos estão entre os mais usados sem prescrição. A maioria das pessoas

não conhecem os efeitos colaterais que esses medicamentos podem causar. De

acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o percentual de

internações hospitalares provocadas por reações adversas a medicamentos

ultrapassa 10% e boa parte desses casos poderiam ser evitados através de

orientação adequada sobre o medicamento (OMS, 1998).

Em relação ao uso de analgésicos de venda livre, torna-se necessário

entender, o sinal de alerta que é a dor, e seu mecanismo de ação, onde a sensação

de dor é originada. Os analgésicos permitidos para venda livre são os indicados para

a dor de dente, cefaléia, dor abdominal e pélvica, enxaqueca, sintomas da gripe,

sintomas do resfriado, febre, dores reumáticas, nevralgias, lombalgia, mialgia,

torcicolo, dor articular, artralgia, inflamação da garganta, dor muscular, contusão,

hematomas, entorses, tendinites, cotovelo de tenista, dor pós-traumática, dor ciática,

bursite e distensões (BRASIL, 2003).

Segundo a RENAME (BRASIL, 2008), os analgésicos não-opióides como o

ácido acetilsalicílico, ibuprofeno (somente dose de 300 mg), paracetamol e dipirona

sódica, modificam mecanismos periféricos e centrais envolvidos no desenvolvimento

da dor. São indicados por tempo curto, particularmente para dores tegumentares

leves e moderadas e não necessitam de prescrição.

A dipirona tem amplo uso como analgésico e antipirético no Brasil, sendo

comercializada em preparações em que se encontra isolada ou em múltiplas

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combinações medicamentosas. A permanência de produtos comerciais com dipirona

atende a uma tradição de prescrição e uso baseado não em evidências, mas na

crença de eficácia superior à de outros analgésicos e antitérmicos. Os efeitos

adversos são raros, porém a gravidade e imprevisibilidade desses efeitos podem

justificar restrições de uso da dipirona (LUCCHETTI et al., 2010).

Os antibióticos são fármacos que atuam no combate a infecções causadas

por bactérias patogênicas. Os mesmos subdividem-se em duas classes, quanto ao

mecanismo de ação: bactericidas e bacteriostáticos. Os primeiros atuam na

membrana celular da bactéria modificando todo o seu mecanismo funcional,

causando a morte do microorganismo. Os bacteriostáticos atuam inibindo

temporariamente o crescimento e multiplicação bacteriana. O sucesso terapêutico

desta classe de fármacos depende da participação de mecanismos de defesa do

hospedeiro; o efeito pode ser reversível ou seja, com a remoção dos fármacos o

microorganismo adquire a capacidade de crescimento (KATZUNG et al., 1998).

Segundo Rang (2004), as penicilinas são antibióticos extremamente eficazes,

amplamente utilizados em infecções causadas por microorganismos Gram-positivos

e Gram-negativos. Sua descoberta, em 1928, foi, para a medicina, um dos maiores

acontecimentos do século XX.

O uso não controlado e imprudente de antibióticos pode provocar o

aparecimento de sérios efeitos indesejáveis como, o aumento da resistência aos

antimicrobianos. De acordo com o OMS, seguindo essa tendência, estaremos indo

na direção de uma “era pós-antibiótica”, em que muitas infecções se tornarão quase

impossíveis de tratar. A prescrição do antibiótico pelo médico só deve ser efetivada

quando o diagnóstico de uma infecção é confirmado ou suspeito, seja por meio de

exame clínico, laboratorial ou investigação epidemiológica (TOURINO et al.,2008).

Os anti-hipertensivos são os mais consumidos pelos idosos no tratamento da

hipertensão arterial é a redução da morbidade e da mortalidade cardiovasculares do

paciente hipertenso, aumentadas em decorrência dos altos níveis tensionais. Assim,

os agentes anti-hipertensivos a serem utilizados no tratamento do paciente

hipertenso devem permitir não somente a redução dos níveis tensionais, fatais e

não-fatais (RIERA, 2001).

Os anorexígenos são fármacos que provocam supressão do apetite,

diminuindo ou abolindo o mesmo (CUNHA et al., 2002).

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A obesidade é caracterizada por uma doença crônica, multifatorial, e

atualmente representa um dos maiores desafios de saúde pública em todo mundo

(BRASIL, 2008)

O uso irracional dos agentes farmacológicos existentes, generalização da

prescrição de medicamentos, comercialização abusiva e desvalorização da

orientação do tratamento tradicional tudo isso leva o paciente a busca-se por

situações rápidas e milagrosas de perda de peso. Dentre esses métodos, destacam-

se os anorexígenos, os quais fazem parte da lógica lucrativista do culto ao corpo e

todos os aspectos que o envolvem (SILVA, MELLA; 2007).

No entanto, é necessária uma reflexão da necessidade de utilização e

prescrição desses fármacos, pois são parcialmente efetivos, possuem um alto

número de efeitos colaterais, além de rápida instalação de dependência e tolerância

(BEHAR, 2002).

1.5 A IMPORTÂNCIA DO FARMACÊUTICO E A AUTOMEDICAÇÃO

Para entender o contexto dos medicamentos e sua importância para a

sociedade nos aspecto de saúde, faz-se necessário recuar na história, buscando

compreender alguns fatores que determinam o efeito benéfico e maléfico desta

prática terapêutica. Na antiguidade, as práticas empregadas para combater os males

do corpo eram baseadas no misticismo, por meio de exorcismo e do uso de

amuletos, e na utilização de drogas de origem vegetal e animal como terapia,

mesmo diante do desconhecimento das causas quanto à maneira pela a qual as

drogas promoviam o desaparecimento dos sintomas (COIMBRA, 2004).

A automedicação orientada pelo farmacêutico é vista atualmente como uma

realidade irreversível e já é considerada como parte integrante dos sistemas de

saúde. Ela permite uma maior autonomia por parte da população nos cuidados com

sua própria saúde e colabora com os governos na medida em que evita um número

insustentável de consultas médicas (REIS, 2008).

Em estudo de Silva e Goes (2008), ficou evidenciado as características da

Prática profissional dos responsáveis pela dispensação de medicamentos em

farmácias e pontos de distribuição. Apesar de não existir diferença estatisticamente

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significante entre a automedicação e as características demográficas como idade e

sexo da população estudada, foi observado que o tempo de atividade no setor e a

formação do profissional são fatores que podem contribuir para o aumento da

automedicação, tendo sido demonstrado que quanto maior o tempo de trabalho na

área e menor a qualificação profissional, maior o percentual de indicação de

medicamentos sem prescrição.

A inclusão do farmacêutico no processo de automedicação responsável,

normalmente, o modelo que conduz à automedicação inicia-se com a percepção do

problema de saúde pelo usuário, onde se apresentam duas opções: não tratar; tratar

com remédio caseiro ou automedicação com medicamentos. Saúde e doença para

Zubioli (2000) são consideradas como um processo pertinente à vida das pessoas e

que ao longo dos anos tem sido compreendido ou enfrentado de acordo com

diversas formas de existir das sociedade expressas nas diferentes culturas e formas

de organização. Na maioria das vezes, o usuário procura uma farmácia. Ela é uma

instituição de saúde, de acesso fácil e gratuito, onde o usuário, muitas vezes,

procura, em primeiro lugar, o conselho amigo, desinteressado, mas seguro, do

farmacêutico. Torna-se imprescindível para o farmacêutico ter a noção exata de sua

competência e dos limites de sua intervenção no processo saúde-doença, para que

assuma a atitude correta, no momento oportuno, avaliando a situação do doente,

conduzindo-o, se necessário, a uma consulta médica ou ao hospital, em caso de

urgência.

De acordo com a Lei 5991/73, medicamento é todo produto farmacêutico,

tecnicamente obtido ou elaborado, com finalidade profilática, curativa, paliativa ou

para fins de diagnóstico. Eles ocupam lugar de destaque nas práticas profissionais e

culturais relacionadas com a promoção ou a recuperação da saúde. A sua utilização

é uma preocupação social constante, tanto na disponibilidade à população como no

uso irracional ou abusivo (COSTA et al., 1988).

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2. OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL

Identificar a prevalência, características e os principais motivos da

automedicação dos universitários da Fundação Educacional de Fernandópolis, e dos

moradores não universitários do bairro João Marin Olmo, Marinópolis – SP.

3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Conhecer a prevalência da automedicação;

Conhecer os medicamentos mais utilizados na automedicação;

Conhecer os principais motivos que levam á automedicação;

Verificar o conhecimento em relação aos conceitos da automedicação;

Avaliar o grau de influência para se automedicar.

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3. MATERIAIS E MÉTODOS

Foi utilizado a aplicação de um questionário (anexo1), com perguntas

objetivas aos moradores do bairro João Marin Olmo, Marinópolis – SP e

universitários da Fundação Educacional de Fernandópolis - SP, relativas a

automedicação.

A pesquisa de campo foi realizada no período de 01 a 10 de setembro de

2011. Foram entrevistados 200 universitários e 200 não universitários, totalizando

400 pessoas com idade, sexo e nível socioeconômico diferentes.

As entrevistas foram realizadas sem a necessidade de que os entrevistados

se identificassem. Foram confeccionados gráficos com os resultados obtidos.

Page 26: Automedicação em universitarios da fef.pdf

26

Faixa etária - Não universitários

45%

8%

18%

12%

17%

18 a 25 anos

26 a 35 anos

36 a 45 anos

46 a 55 anos

acima de 56 anos

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os gráficos a seguir foram montados mediante informações coletadas no

questionário aplicado.

Gráfico 1 – Idade dos participantes da pesquisa.

Fonte:

elaboração

própria.

Fonte: elaboração própria.

Nota-se que foram entrevistadas pessoas de faixa etária variada, tendo maior

porcentagem na faixa de 18 a 25 anos, que representa 78% dos universitários da

Fundação Educacional de Fernandópolis e 45% dos não universitários do bairro

João Marin Olmo.

Faixa etária - Universitários

78%

11%

5%4% 2%

18 a 25 anos

26 a 35 anos

36 a 45 anos

46 a 55 anos

acima de 56 anos

Page 27: Automedicação em universitarios da fef.pdf

27

Gráfico 2 – Sexo dos entrevistados.

Universitários

50%50%

Feminino

Masculino

Não universitários

59%

41%

Feminino

Masculino

Fonte: elaboração própria.

A existência de maior número de mulheres entre os não universitários do

bairro João Marin Olmo, pode ser explicada devido ao fato de ter sido realizada uma

pesquisa domiciliar durante o horário comercial. Muitas vezes a mulher era a pessoa

responsável pelo cuidado do lar. No caso dos universitários foi possível dividir a

pesquisa igualmente em ambos os sexos.

Page 28: Automedicação em universitarios da fef.pdf

28

Gráfico 3 – Possui plano de saúde?

Universitários

41%

59%

sim

não

Não universitários

28%

72%

sim

não

Fonte: elaboração própria.

Os dados apresentados na pesquisa apontam que a maioria dos

entrevistados não possuem plano de saúde, 59% dos universitários e 72% dos não

universitários, fazendo com que a maioria utilizem o Sistema Único de Saúde (SUS).

Tendo em vista que o mesmo não vem conseguindo atingir um ponto eficaz para a

comunidade em geral, gerando certa dificuldade de acesso ao médico, podemos

supor que as pessoas que dependem desse sistema estejam mais sujeitas a se

automedicar, principalmente devido a falta de informação.

Page 29: Automedicação em universitarios da fef.pdf

29

Gráfico 4 – Costumam estocar medicamentos em casa?

Universitários

88%

12%

sim

não

Fonte: elaboração própria.

O resultado do gráfico acima é interessante, porque 14% dos entrevistados

(não universitários) não estocam medicamentos em casa, contra 12% dos

universitários. Apesar do maior acesso a informações que os universitários

possuem, quanto aos riscos de se armazenar medicamentos em casa, o resultado

foi similar aos não universitários.

Não universitários

86%

14%

sim

não

Page 30: Automedicação em universitarios da fef.pdf

30

Gráfico 5 – Qual a classe de medicamentos que costuma estocar em casa?

Universitários

23%

1%46%

17%7%

5%1%

0%

antiinflamatório

antibiótico

estimulantes

analgésicos

anticoncepcional

antiácidos

anorexigenos

outros

Não universitários

16%

22%

5% 1% 2%7%

2%45%

antiinflamatório

antibiótico

estimulantes

analgésicos

anticoncepcional

antiácidos

anorexigenos

outros

Fonte: elaboração própria.

Nota-se que em ambos os gráficos os medicamentos que os entrevistados

costumam mais estocar em casa são: analgésicos, antibióticos e antiinflamatórios

respectivamente. Muitas pessoas não fazem idéia do quanto é arriscada a utilização

indiscriminada dos analgésicos e antiinflamatórios, devido o fácil acesso e por serem

classificados como medicamentos de venda livre. O acido acetilsalisílico (AAS)

indicado nos casos de reumatismo e para prevenir problemas cardíacos, se usado

em certas viroses infantis com o objetivo de reduzir a febre, pode precipitar uma

lesão hepática grave e culminar em um quadro de encefalopatia (NORONHA, 2008).

Já no caso dos antibióticos a pesquisa nos traz um resultado importante, pois a

partir de um consumo indiscriminado, pode prejudicar tratamentos futuros. Quando o

paciente faz o uso de um antibiótico não específico para a sua doença, este

Page 31: Automedicação em universitarios da fef.pdf

31

medicamento além de matar a bactéria almejada, acaba eliminando muitas outras

que não deveria, ocasionando a chamada resistência bacteriana, ou seja,

surgimento de cepas bacterianas extremamente resistentes, tornando a questão um

problema da saúde pública, acarretando em dificuldades de se tratar doenças que

anteriormente eram mais facilmente tratadas.

Gráfico 6 – Onde foi adquirido o medicamento?

Universitários

5%

29%

63%

3%

Loja de conveniência

Mercados

Rede publica

Farmácia

Não universitários

1%13%

36%

50%

Loja de conveniência

Mercados

Rede publica

Farmácia

Fonte: elaboração própria.

Apesar da maioria dos entrevistados terem adquirido os medicamentos em

farmácias, uma parcela de 14% dos não universitários e 8% dos universitários

entrevistados, já adquiriram medicamentos em locais proibidos de comercializá-los,

como loja de conveniência e mercados, colocando em risco a saúde do usuário, pois

Page 32: Automedicação em universitarios da fef.pdf

32

esses medicamentos podem estar sendo armazenado incorretamente, não serem de

fontes seguras, alem de não terem a orientação adequada na aquisição,

propiciando, assim, maiores chances de ocorrer problemas relacionados com

medicamentos, além da ausência da atenção farmacêutica na dispensação.

Gráfico 7 – Utiliza medicamentos por conta própria, sem o consultar o médico?

Universitários

89%

11%

sim

não

Não universitários

93%

7%

sim

não

Fonte: elaboração própria.

O gráfico demonstra que 93% dos não universitários e 89% dos universitários

entrevistados fazem uso de medicamentos sem o consentimento de um médico,

mostrando que esta prática ainda é muito comum mesmo com quem tem mais

acesso as informações, como os universitários, mostrando que o tema merece mais

atenção.

Page 33: Automedicação em universitarios da fef.pdf

33

Gráfico 8 – Frequência de utilização de medicamentos sem passagem pelo médico.

Universitários

44%

18%

38%

raramente

ocasionalmente

sempre

Não universitários

32%

14%

54%

raramente

ocasionalmente

sempre

Fonte: elaboração própria.

Os resultados do gráfico 8 nos remete a porcentagem dos entrevistados que

responderam que se automedicam no gráfico 7. Percebe-se que a automedicação

predomina entre não universitários, onde tem menos informação. Como

consequência desta prática poderá ocorrer situações como: os medicamentos ou

substâncias não estarem indicadas para a doença do paciente, as doses estarem

acima ou abaixo do indicado, uso desnecessário do medicamento, dispêndio

financeiro desnecessário, curto ou longo tempo de exposição ao medicamento,

assim como não reconhecer os riscos farmacológicos específicos, acarretando em

conseqüências como: mascarar doenças mais graves e prioritárias (retardamento ou

agravamento do seu reconhecimento). Isso mostra que a chance dos entrevistados

Page 34: Automedicação em universitarios da fef.pdf

34

sofrerem algum dano à saúde é muito grande. Vale ainda alertar, que em alguns

casos, apenas uma mudança de hábito de vida já seria o suficiente.

Gráfico 9 – Para qual doença se automedica?

Universitários

46%

37%

8%

7% 2%

dores em geral

gripe

alergia

enjoo e nausea

outros

Não universitários

49%

35%

5%

7%4%

dores em geral

gripe

alergia

enjoo e nausea

outros

Fonte: elaboração própria.

O gráfico 9 nos chama atenção pois tanto nos não universitários como os

universitários entrevistados, a finalidade pela qual mais costumam se automedicar

são as dores em geral e a gripe. Estes sintomas em alguns casos pode ser um sinal

relacionado a outro problema de saúde mais grave e que pode requerer cuidados

e/ou tratamento específicos, como por exemplo, a hipertensão arterial, ficando claro

que na maioria das vezes a automedicação não soluciona o problema, mas sim o

mascara.

Page 35: Automedicação em universitarios da fef.pdf

35

Gráfico 10 – Quem ou o que mais influência os entrevistados na automedicação.

Universitários

55%

22%

16%

7%

amigos e parentes

precariedade do serviçopublico

propaganda

outros

Não universitários

52%38%

6% 4%

amigos e parentes

precariedade do serviçopublico

propaganda

outros

Fonte: elaboração própria.

Neste gráfico é possível observar que nos dois grupos entrevistados, tem

como maior influente na automedicação amigos e parentes e isso é um problema

gravíssimo, pois os mesmos não estão aptos a indicar um medicamento e orientar

devidamente quanto ao seu uso, podendo assim acarretar aos usuários problemas

leves, moderados ou graves levando-o até a morte. Nota-se também entre os não

universitários uma grande parcela que se automedica devido a precariedade do

serviço público.

Page 36: Automedicação em universitarios da fef.pdf

36

Gráfico 11 – Apresentou problemas relacionados ao medicamento?

Universitários6%

94%

sim

não

Não universitários

17%

83%

sim

não

Fonte: elaboração própria.

Este gráfico demonstra que 94% dos universitários e 83% dos não

universitários, não apresentaram problemas relacionados a medicamentos. A

maioria das pessoas confirmam que não apresentaram problemas ao se

automedicar. Muitas vezes o individuo ingere um fármaco e o efeito indesejável

aparece mas ele não o considera ruim, achando que é apenas mais um sintoma do

que já estava sentindo. Isso nos mostra o quanto é importante ter acesso a

informações suficientes a respeito dos medicamentos.

Page 37: Automedicação em universitarios da fef.pdf

37

Gráfico 12 – Solicitou informações acerca do medicamento junto ao farmacêutico?

Universitários

89%

11%

sim

não

Não universitários

95%

5%

sim

não

Fonte: elaboração própria.

Nestes gráficos a maioria dos entrevistados tanto não universitários quanto

universitários pede informações acerca do medicamento ao farmacêutico, no entanto

a parcela que não pede informações é maior entre os universitários (11%) do que

entre os moradores (5%).

Page 38: Automedicação em universitarios da fef.pdf

38

Gráfico 13 – Tem conhecimento dos riscos da automedicação?

Universitários

98%

2%

sim

não

Não universitários

75%

25%

sim

não

Fonte: elaboração própria.

O resultado do gráfico 13 é importantíssimo pois demonstra que 98% dos

universitários mesmo conhecendo o risco da automedicação continuam fazendo uso

desta prática. Já com os não universitários o resultado é preocupante, pois além de

se automedicarem muitos ainda não tem conhecimentos suficientes dos riscos que

estão se expondo.

Existe uma afirmação que diz: “a dose correta é o que diferencia um veneno

de um remédio”. Por isso uma dose acima da indicada, administrada por via

inadequada (via oral, intramuscular, retal) ou sem uso para fins não indicados,

podem transformar um inofensivo remédio em um tóxico perigoso.

Page 39: Automedicação em universitarios da fef.pdf

39

Gráfico 14 – Veículos de comunicação que mais influenciam na automedicação.

Universitários

32%

1%

15%

48%

4%

televisao

radios

folders

internet

outros

Não universitários

59%

4%

9%

22%

6%

televisao

radios

folders

internet

outros

Fonte: elaboração própria.

O gráfico demonstram que há uma grande influência dos meios de

comunicação para com automedicação, em destaque entre os não universitários

entrevistados está a televisão com 59%, já entre os universitários a internet foi a que

mais exerce influência com 48%. Esta diferença de um meio de comunicação para

outro entre os dois grupos entrevistados é devido a maior acessibilidade de cada um

deles. A alta frequência de propagandas através dos meios de comunicação é

muitas vezes um fator contribuinte para a automedicação de pessoas leigas no

assunto. Por trás deste ato aparentemente tolo e sem consequências está um

problema em potencial para a saúde.

Page 40: Automedicação em universitarios da fef.pdf

40

5. CONCLUSÃO

Podemos relatar perante este trabalho, que a automedicação é uma prática

seguida por grande parte das pessoas, seja por medicamentos de venda livre ou por

aqueles que são submetidos à prescrição médica. Existem aquelas pessoas que

fazem uso de medicamentos somente mediante orientação médica, porém o uso

daqueles já existentes em suas residências e sobe indicações de leigos são formas

de automedicação ainda muito expressivas. Estas evidências refletem vários

aspectos sócio-econômicos e culturais em geral. Dentre estes fatores podemos citar

a falta de informações por parte dos órgãos competentes, a venda livre de

determinados medicamentos, a fácil aquisição por parte da população, o marketing

que cerca a divulgação dos medicamentos e o poder aquisitivo da maioria da

população. Todos estes eventos contribuem significativamente para o incentivo à

automedicação, o que é preocupante.

Observamos na pesquisa que o meio de comunicação se destaca na

automedicação tanto pelos universitários como pelos não universitários.

A perspectiva histórica do medicamento e da automedicação mostra o

quanto é importante acompanhar esta realidade e como as diferentes legislações,

políticas, informações e promoção de acompanhamentos são cruciais para a saúde

pública.

O profissional farmacêutico busca a cada dia o seu espaço na farmácia,

embora que na maioria das regiões do Brasil a desvalorização da profissão seja

evidente. O farmacêutico dentro de suas habilitações é o profissional capacitado

para prestar assistência farmacêutica, cujo objetivo principal é conscientizar o

indivíduo/paciente que os medicamentos utilizados corretamente e sob orientação

médica propiciam alívio de males que afetam a sua saúde.

É claro que acabar com a automedicação é difícil, contudo é possível

minimizá-la, podendo haver uma estreita relação entre profissional e paciente de

modo a garantir o bem-estar da população de modo geral.

Page 41: Automedicação em universitarios da fef.pdf

41

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este trabalho demonstra a necessidade de se realizarem campanhas

informativas e conscientizadoras da população em geral quanto ao uso correto das

diversas medicações disponíveis no mercado. Para isto, é imprescindível a

participação ativa de profissionais da área da saúde, sobretudo nós farmacêuticos,

além da colaboração da indústria de medicamentos, da regulamentação

governamental e de uma ampla e contínua fiscalização pelas autoridades

competentes.

Page 42: Automedicação em universitarios da fef.pdf

42

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

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46

8. APÊNDICE

Fundação Educacional de Fernandópolis – F.E.F Faculdades Integradas de Fernandópolis – FIFE

Questionário para o Trabalho de Conclusão do Curso de Farmácia.

1-Idade:_______ 2-Sexo: ( ) Feminino ( ) Masculino 3 – Possui plano de saúde? ( ) Sim ( ) Não 4 – Costuma estocar medicamentos em casa? ( ) Sim ( ) Não 5 – Qual a classe de medicamentos que costuma estocar em casa? ( ) Antiinflamatório ( ) Antibiótico ( ) Estimulantes ( ) Analgésico ( ) Anticoncepcional ( ) Antiácidos ( ) Anorexígenos Outros: ___________________________ 6 – Onde foi adquirido o medicamento? ( ) Loja de conveniência ( ) Mercados ( ) Rede publica ( ) Farmácia Outros:_____________________ 7 – Utiliza medicamentos por conta própria, sem consultar o médico? ( ) Sim ( ) Não 8 – Qual a freqüência? ( ) Raramente ( ) Ocasionalmente ( ) Sempre 9 – Para qual doença costuma se automedicar? ( )Dores em Geral ( ) Gripe ( ) Alergias ( ) Enjôo e náusea Outros: ___________________________ 10 – Quem o que, mais influência na automedicação? ( ) Amigos e Parentes ( ) Precariedade do Serviço Público ( ) Propaganda Outros:_______________________

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47

11 – Ao se automedicar apresentou algum problema relacionado ao medicamento? ( ) Sim ( ) Não 12– Quando compra medicamentos pede sempre informações ao farmacêutico acerca do medicamento? ( ) Sim ( ) Não 13– Tem conhecimento dos riscos da automedicação? ( ) Sim ( ) Não 14 – Quais são os veículos de comunicação que mais influência na automedicação? ( ) Televisão ( ) Rádio ( ) Folders ( ) internet Outros: ___________________________