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Data: 08/03/99 6 Srie do Ensino Fundamental

Email para tirar dvidas: [email protected] das pirmides etrias

I) Estrutura Etria

1. Introduo

Jovens (do nascimento at 19 anos), adultos (de 20 at 59 anos) e idosos ou terceira idade (de 60 anos em diante) so as trs faixas em que se costuma dividir a estrutura etria (por idades) de uma populao.

Podemos representar a estrutura etria de uma populao por meio de um grfico denominado pirmide etria. Esse grfico fornece informaes das faixas etrias e da proporo dos sexos em cada faixa; um lado do grfico representa as pessoas do sexo masculino e o outro, as do sexo feminino. Cada degrau da pirmide representa uma gerao ou uma faixa de idades, cujo intervalo pode ser de um, dois ou mais anos. Esse grfico, portanto, representa as faixas de idade e os dois gneros, masculino e feminino, de uma populao.

Nos pases jovens, onde as taxas de natalidade e de mortalidade so elevadas, esse grfico tem o formato de um tringulo ou uma pirmide tpica, com uma base bem larga (o que indica elevada proporo de crianas) e um topo estreito (por causa da pequena percentagem de idosos na populao total). Nos Estados desenvolvidos, onde as taxas de natalidade e de mortalidade so baixas alm da elevada expectativa de vida , esse grfico j no se assemelha mais a uma pirmide, mas a um retngulo na vertical, com uma proporo de idosos praticamente igual ou superior de crianas.

Com o tempo mesmo que em alguns casos isso leve ainda algumas dcadas , praticamente todos os pases deixaro de ser jovens, no sentido de predomnio da faixa etria com menos de 19 anos de idade. Isso porque, at mesmo nos Estados mais pobres, a tendncia haver diminuio das taxas de mortalidade e de natalidade e um aumento da expectativa de vida, o que leva a um progressivo envelhecimento da populao. Por isso, a expresso "pirmide etria" vai perdendo a razo de ser. Ela foi criada h cerca de um sculo, em uma poca em que at os pases desenvolvidos tinham grande proporo de jovens no seu efetivo demogrfico e, portanto, esse grfico tinha formato piramidal para todas as naes, o que j deixou de ser verdadeiro para uma boa parte delas.

2. PIRMIDES ETRIAS Elementos, faixas etrias, perfil, anlise, comparao e evoluoSo grficos que representam a populao de acordo com a idade e o sexo. Ao analisar uma pirmide etria, devemos observar o seguinte: I. Elementos

a base representa a populao jovem;

o corpo corresponde populao adulta;

o pice mostra a populao senil;

direita so representadas as mulheres, e, esquerda, os homens;

no eixo vertical esto representadas as idades e no eixo horizontal, o nmero de habitantes.

II. Faixas etrias

ESTRUTURA ETRIA DA POPULAO (CLASSIFICAES MAIS UTILIZADAS)

Faixa Etria Intervalos de idade

ABC

Jovens

Adultos

Velhos 0 a 14

15 a 59

60 e mais 0 a 14

15 a 64

65 a mais0 a 19

20 a 59

60 e mais

III. Perfil

O perfil de uma pirmide etria pode ser alternado em funo dos seguintes fatores:

Principais

Secundrios :

IV. Anlise

Alteraes demogrficas que podemos observar analisando a evoluo de uma pirmide etria:

a. volume total da populao absoluta;

b. proporo entre:

( os sexos;

( as faixas etrias.

c. mo-de-obra disponvel para o mercado de trabalho no futuro;

d. evoluo:

( da expectativa de vida;

( do crescimento vegetativo.

e. encargos scio-econmicos bancados pelos adultos em relao:

( aos jovens;

( aos velhos.

f. deformaes causadas por guerras, epidemias etc.

V. Comparao

Pases

PasesCrescimento vegetativoTaxa de natalidadeExpectativa de vidaBase da pirmidepice da pirmide

DesenvolvidosBaixoBaixaAltaMenos larga do que os subdesenvolvidos.Menos estreita do que os subdesenvolvidos.

SubdesenvolvidosAltoAltaBaixaMais larga do que os desenvolvidos.Mais estreita do que os desenvolvidos.

VI. Pirmides mostrando as principais etapas na evoluo demogrfica

Evoluo

Relao jovens x adultos

A: em expanso

% J > % A

B: em declnio

% A > % J

C: estvel

% J (( % A

D: estvel com efeito de guerra

com deformao

3. PIRMIDES ETRIAS DO BRASIL O processo de modernizao (urbanizao industrializao) ocorrido no Brasil ao longo das quatro ltimas dcadas acarretou significativas alteraes na estrutura etria da populao brasileira. A principal alterao foi a diminuio do percentual de jovens, devido reduo das taxas de natalidade, e o aumento do percentual de adultos e idosos, devido ao aumento da expectativa de vida.

As modificaes ocorridas na estrutura etria da populao brasileira nas ltimas dcadas alteraram, de modo significativo, a pirmide etria do Brasil. Ela se distanciou das pirmides dos pases subdesenvolvidos e se aproximou das pirmides dos pases desenvolvidos.

A pirmide etria do Brasil vem perdendo largura na base (queda da taxa de natalidade) e ganhando largura no pice (aumentando a expectativa de vida). No futuro poderemos ter uma carncia de mo de obra (reduo de jovens) e j temos maiores gastos com aposentadoria (aumento nos idosos).

O Brasil no mais um pas de populao jovem. A maior parte da nossa populao j e constituda de adultos.

Nas ltimas dcadas, aumentou o percentual de idosos e adultos e diminuiu a percentagem de jovens, pois, em 1950, a distribuio era a seguinte: idosos, 4,6%; adultos. 43,1%; e jovens, 52,3%. Essa mudana se deveu diminuio das taxas de mortalidade e de natalidade e ao aumento da expectativa de vida, fatos j analisados anteriormente.

Dessa forma, podemos dizer que o Brasil se encontra no final do estgio de transio de pas jovem para maduro. Ele ainda no pode ser considerado plenamente um "pas maduro", como os pases desenvolvidos, mas caminha a passos rpidos nessa direo. Todavia, a proporo de idosos no total populao (8,9%) ainda pequena em comparao a pases como Japo (26,3%), Sucia (23,5%) ou Estados Unidos (16,9%); ela mais semelhante maioria dos Estados subdesenvolvidos.

Observe trs pirmides de idades do Brasil: uma de 1980, outra de 2000 e a de 2010. Elas demonstram um progressivo amadurecimento populacional nas ltimas dcadas: a de 1980 constitui uma tpica pirmide etria de pas jovem; a de 2000 j sinaliza um avanado estgio de transio; e a de 2010 evidencia uma populao no mais jovem, na qual h considervel percentagem de idosos e uma menor proporo de crianas.

Veja dados bem atuais do censo-2010

Os dados do Censo 2010, divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica), indicam que, no mximo 40 anos, a pirmide etria brasileira ser semelhante da Frana atual. O pas ter taxa de natalidade mais baixa e, com isso, mdia de idade maior. H 50 anos, o pas tinha o mesmo perfil etrio do continente africano hoje: muitos jovens e crianas. Desde ento, a populao do pas cresce em ritmo cada vez mais lento.

De acordo com o IBGE, a expanso demogrfica mdia anual foi de apenas 1,17% nos ltimos dez anos, ante 1,64% na dcada anterior. Nos anos 60, era de 2,89%.

A populao do pas deve continuar a crescer por mais duas geraes at os anos 2030. Depois, deve estacionar ou at diminuir.

O pas deve comear a se preparar para as transformaes que j acontecem em pases como a Frana. Temos a oportunidade de antecipar discusses como a da reforma da Previdncia. Com um nmero de pessoas em idade ativa menor do que o de idosos, a solvncia do sistema ficar ameaada. Porm, at atingir esse estgio, o pas ser beneficiado pelo chamado bnus demogrfico, caracterizado pela maior presena de adultos na sociedade. O predomnio da populao produtiva vai dar condies de minimizar o impacto do envelhecimento nas contas pblicas.

A reduo do nmero de crianas deve permitir ao pas melhorar acesso e qualidade da educao sem aumentar muito os investimentos. Haver tambm transformaes no mercado de produtos e servios. Com mais adultos e idosos, so esperadas mudanas nos servios de sade, na construo civil e at em lazer.

O pas vai ter cada vez mais idosos levando vida ativa. A economia vai ter que se adaptar s novas necessidades de consumo dessa populao.ATENO!!!! Envelhecimento da populao do BrasilA tendncia de envelhecimento da populao brasileira reflete-se no sistema previdencirio e na dinmica do mercado de trabalho. Houve aumento da taxa de atividade(porcentagem da PEA em relao ao total de populao) decorrente do aumento da populao adulta. O tempo de contribuio era de 30 anos para os homens e 25 anos para as mulheres em 1991, e em 1998 passou para 35 anos homens e 30 para as mulheres, com diminuio de 5 anos para trabalhadores rurais nos casos de aposentadoria por idade e de aposentadoria por tempo de contribuio.Estrutura ocupacional e setorial

1. P.E.A ( P.E.IDo ponto de vista ocupacional, a populao de um pas pode ser dividida em dois grandes grupos:

Populao economicamente ativa (PEA) constituda pelas pessoas de 10 ou mais anos de idade que esto empregadas ou que esto procura de emprego. Nos pases desenvolvidos, a base para o clculo da PEA 15 anos de idade ou mais, pois nesses pases as pessoas em geral frequentam a escola at os 15 anos.

Populao economicamente inativa (PEI) representada pelas pessoas que no esto empregadas (crianas, estudantes, aposentados etc.) ou que no exercem atividade econmica remunerada (donas-de-casa etc.). Sob o ponto de vista econmico, a parcela da populao, que economicamente inativa requer grandes investimentos sociais (escolas, aposentadoria etc.).2. SETORES DE PRODUO

As atividades econmicas geralmente so classificadas em trs setores:

Setor primrio que compreender a agricultura, a pecuria e o extrativismo;

Setor secundrio que compreende as atividades industriais (indstria de transformao, indstria mineradora e construo civil);

Setor tercirio ou de prestao de servios compreende o comrcio, os bancos, o funcionalismo pblico, os transportes, a educao, a propaganda etc. Esse setor complementa os dois primeiros, pois permite ou induz ao consumo dos produtos e exerce um papel fundamental no aumento da produtividade.

Nota: Em muitos pases de grande tecnologia usado o setor quaternrio. O setor quaternrio o setor dos servios relacionados informao e pesquisa. Abrange as atividades intelectuais da tecnologia, como gerao e troca de informao, educao, pesquisa e desenvolvimento e a alta tecnologia em si, anteriormente includas no setor tercirio como servios. Este setor se destaca, principalmente, nos pases desenvolvidos uma vez que necessita de mo de obra preparada tecnologicamente. Pases como Coria do Sul, Japo, EUA e Inglaterra esto nas mais altas posies.

Ateno Diferenas entre Primeiro Setor, Segundo Setor e Terceiro Setor

O primeiro setor o governo, que responsvel pelas questes sociais. O segundo setor o privado, responsvel pelas questes individuais. Com a falncia do Estado, o setor privado comeou a ajudar nas questes sociais, atravs das inmeras instituies que compem o chamado terceiro setor. Ou seja, o terceiro setor constitudo por organizaes sem fins lucrativos e no governamentais, que tem como objetivo gerar servios de carter pblico.

Em resumo:

A organizao de uma sociedade constituda comporta trs mbitos ou setores, a saber:

1) O Primeiro Setor corresponde emanao da vontade popular, pelo voto, que confere o poder ao governo;

2) O Segundo Setor corresponde livre iniciativa, que opera o mercado, define a agenda econmica usando o lucro como instrumento;

3) O Terceiro Setor corresponde s instituies com preocupaes e prticas sociais, sem fins lucrativos, que geram bens e servios de carter pblico, tais como: ONGs, instituies religiosas, clubes de servios, entidades beneficentes, centros sociais, organizaes de voluntariado etc.

Seria enganoso achar que somente o primeiro e o segundo setores operam com dinheiro, como se o terceiro setor pudesse renunciar a este instrumento. O que caracteriza cada setor em face dos recursos financeiros o seguinte:

- Primeiro Setor: dinheiro pblico para fins pblicos;

- Segundo Setor: dinheiro privado para fins privados;

-Terceiro Setor: dinheiro privado para fins pblicos (nada impede, todavia, que o poder pblico destine verbas para o Terceiro Setor, pois seu dever promover a solidariedade social). Este setor movimenta mais de um trilho de dlares por ano, o que o coloca na posio de oitava economia mundial, se comparado ao PIB das naes mais ricas.

NOTAS DO PROFESSOR:I. Atualmente, com a revoluo tecnocientfica, existe ume tendncia em redividir os setores de atividade econmica em quatro, incluindo, alm dos trs citados, o setor quaternrio, que abrange a pesquisa de alto nvel (biotecnologia, robtica, aerospacial etc.) desenvolvida em universidades, laboratrios e empresa.

II. Os setores Primrio e Secundrio compem a esfera da produo de bens. O Setor Tercirio compe a esfera da circulao de bens, servios e informaes. O processo de desenvolvimento econmico, sob o impulso da expanso da produtividade, expressase nas contnuas transferncias da PEA dos setores dedicados produo para o setor dedicado circulao.

III. A proporo da populao ativa empregada no Setor Primrio um dos principais indicadores do estgio de desenvolvimento das economias nacionais. Nos pases desenvolvidos, a parcela da PEA absorvida pela agropecuria sempre inferior a 10%. No extremo oposto, a maior parte dos pases da frica e da sia meridional apresenta estruturas setoriais dominadas pelas atividades agropecurias. Na Amrica Latina, de modo geral, aparecem estruturas setoriais ainda marcadas pelo peso do emprego no Setor Primrio.

IV. O setor secundrio era considerado o mais importante pelo menos at os anos 1970, no auge da Segunda Revoluo Industrial. Tradicionalmente, ele considerado o que indica o peso da indstria na economia do pas. Assim, todo pas muito industrializado j chegou a ter um mnimo de 30% de sua populao economicamente ativa no setor secundrio. Com a Terceira Revoluo Industrial em andamento, acompanhada por intensa robotizao (substituio de mo de obra por robs, algo muito mais intenso nas fbricas), essa percentagem vem diminuindo bastante nos pases desenvolvidos.

Muitas profisses importantes at os anos 1970 como inmeras do setor metalrgico, por exemplo hoje em dia esto em via de extino, pois as mquinas j fazem o servio melhor que os trabalhadores com nenhuma ou pouca especializao, e o produto final, na maioria dos casos, sai at mais barato.

V. O setor tercirio o mais complexo e problemtico dos trs, pois muito amplo, engloba atividades muito diversas e, s vezes, at discrepantes, tanto atividades modernas (setor financeiro, firmas que elaboram programas para computadores, assessorias diversas, universidades, etc.) quanto atividades tradicionais (camelos, biscateiros, subempregados). Nos pases desenvolvidos, esse setor grande e vem crescendo cada vez mais: nos Estados Unidos, por exemplo, empregava 60% da populao economicamente ativa em 1980 e 75,6% em 2005; no Reino Unido, empregava 57% da fora de trabalho total em 1980 e 78% em 2005.

O tercirio o setor do futuro (j do presente em muitos pases), que dever empregar a maioria da populao mundial no decorrer do sculo XXI, pois o meio rural moderno necessita de pouca mo de obra e o setor industrial vem sendo robotizado. Mas o setor tercirio muito complexo e diversificado, abrangendo inmeras atividades diferentes.

VI. Generalizando, podemos afirmar que, nos pases desenvolvidos, o setor tercirio constitudo por pessoas muito especializadas, geralmente com curso superior. Nos pases subdesenvolvidos, coexistem um setor tercirio moderno e um arcaico, fruto de intenso crescimento urbano sem a gerao de empregos no mesmo ritmo. Isso ocasionou uma srie de atividades denominadas subemprego, como os "guardadores de carro" nas ruas, os "vendedores de semforos" (que fazem seus pontos nos semforos), os diversos tipos de vendedores ambulantes, os camelos, os biscateiros, etc. Esse fato, denominado hipertrofia do setor tercirio, vem aumentando consideravelmente no Brasil.

3. ALTERAES NOS SETORES DE PRODUOAs transformaes de uma economia alteram a distribuio da populao economicamente ativa pelos setores primrio, secundrio e tercirio. Seu estudo fornece uma radiografia da economia e, entre vrios elementos, a mobilidade da fora de trabalho de um setor para outro, permitindo uma anlise da estrutura econmica e de suas tendncias.

Entre os fatores que causam alteraes na estrutura da populao segundo os setores de produo, podem-se destacar:

a industrializao;

a urbanizao;

a modernizao do setor primrio, como, por exemplo, a mecanizao da agricultura e as mudanas nas relaes de trabalho no campo;

expanso no setor de servios;

avano tecnolgico (Terceira Revoluo Industrial) no setor secundrio (diminui a necessidade de mo de obra);

presso demogrfica no campo (pssima distribuio das terras no campo e muita mo de obra ociosa no meio rural).

4. DESEMPREGO: CONJUNTURAL ( ESTRUTURALO desemprego classificado em duas categorias: conjuntural e estrutural. Quando a conjuntura econmica desfavorvel recesso econmica, desemprego elevado, reduo nos ndices de consumo , muitos trabalhadores so dispensados de seus postos, mas os empregos podem ser recuperados, caso a situao econmica melhore, por meio de investimentos para a criao de novos postos de trabalho. Usando outro exemplo, uma seca prolongada, uma forte geada, ou qualquer outra adversidade que provoque reduo da produo agrcola faz com que um nmero menor de pessoas seja empregado no setor. Caso a produo volte a crescer, o nmero de postos tambm aumentar. Esse o desemprego conjuntural.

J o desemprego estrutural provocado pelo desenvolvimento de novas tecnologias, que extinguem definitivamente muitos postos de trabalho. A robotizao e a informatizao, por exemplo, substituem os trabalhadores por mquinas em indstrias e bancos. Nessas situaes, os postos de trabalho esto estruturalmente extintos e determinadas funes deixam de existir.

5. TERCEIRIZAO DA ECONOMIAConsiste no repasse de atividades de produo consideradas no estratgicas pelas grandes corporaes a outras empresas, que devem realizadas dentro dos padres de qualidade impostos pela contratante, com a finalidade principal de baixar os custos e melhorar os servios.

Aspectos positivos:

a) gera a desburocratizao;

b)alivia a estrutura organizacional;

c)proporciona melhor qualidade na prestao de servios, contribuindo para a melhoria do produto final;

d)traz mais especializao na prestao de servios;

e)proporciona mais eficcia empresarial;

f)aumenta a flexibilidade nas empresas;

g)proporciona mais agilidade decisria e administrativa;

h)simplifica a organizao;

i)incrementa a produtividade;

j)tem como uma das suas consequncias a economia de recursos: humanos, materiais, de instrumental, de equipamentos, econmicos e financeiros.

Aspectos negativos:

a)aumento do risco a ser administrado;

b)dificuldade no aproveitamento dos empregados j treinados;

c)demisses na fase inicial;

d)falta de parmetros de preos nas contrataes iniciais;

e)desgaste na relao com sindicatos;

f)m escolha de parceiros;

g)m administrao do processo;

h)aumento da dependncia de terceiros.ATENO!!!!!! A ndia : destaque mundial em terceirizao de servios

Na dcada de 2000, nenhum pas se destacou tanto como a ndia no campo da terceirizao de servios. Muitos servios de telemarketing, agendamentos de passagens areas e informaes de empresas que operam nos EUA so realizados por indianos, do outro lado do mundo. Para as empresas de informtica e telecomunicaes, os funcionrios com perfil dos indianos apresentam grandes vantagens. Eles falam ingls com fluncia, tm bom treinamento na rea de tecnologia e, principalmente, aceitam salrios muito baixos.ATENO!!! Relaes de trabalho no mundo globalizado

- globalizao da economia gera maior concorrncia entre as empresas: disputa pelo mercado em escala global;

- concorrncia gera melhorias na qualidade do produto e queda do preo, porm pode provocar mudanas na relao de trabalho, que muitas vezes prejudicial aos trabalhadores;

- uma dessas mudanas a necessidade de fazer uma reestruturao das empresas: mudanas organizao, gerenciamento e inovaes tecnolgicas;

- reestruturao das empresas envolve:

1)Reengenharia reorganizao da empresa: mudanas para torn-la mais competitiva, estabelecimento de metas e com o objetivo de reduzir custos e uma oferta mais eficiente de seus produtos;

2)Terceirizao a) uma empresa contra outra, denominada terceira;

b) reduo de custos:c) a empresa mantm o foco em sua atividade econmica principal;

d) exemplos: empresas que prestam servios no setor de limpeza e fornecimento de alimentos.

- a reestruturao tem como objetivos principais tornar as empresas mais flexveis e competitivas;

- nesse processo as empresasse equipam para que possam manter e ampliar suas margens de lucros, o que tem contribudo para o aumento do desemprego e precarizao das relaes de trabalho. Veja algumas formas de precarizao:

a)subcontratao e subemprego

b)aumento do trabalho informal;

c)aumento da rotatividade ou mobilidade de mo de obra;

- de maneira geral, as mudanas decorrentes da reestruturao empresarial causaram a flexibilizao das relaes de trabalho e a reduo de custos para a empresa, e se adequaram globalizao econmica.

6. ECONOMIA INFORMAL E SUBTERRNEAA economia informal corresponde ao conjunto de atividades no regulamentadas, sem carteira assinada e muitas vezes sem acesso aos direitos trabalhistas. Fazem parte os trabalhadores que no participam do sistema tributrio no pagam impostos (economia subterrnea)

7. REALIDADE DO MUNDO DESENVOLVIDO: TERCIARIZAO DA ECONOMIA

Predomnio da PEA no Tercirio: cresceu e desenvolveu

8. DA INDSTRIA PARA OS SERVIOS

Nos pases desenvolvidos, a modernizao da economia rural comeou no sculo XIX, acompanhando a Revoluo Industrial. A revoluo nas tcnicas agrcolas expeliu fora de trabalho para as cidades, onde se constituram os mercados consumidores que aliceraram o desenvolvimento da indstria, do comrcio e dos servios. Os pases desenvolvidos se encontram, em geral, nos nveis mais elevados de urbanizao.

Atualmente, com raras excees, a modernizao da economia rural j se completou. O Setor Primrio apresenta uma absoro mnima de fora de trabalho. A estrutura setorial dos pases desenvolvidos tpica: todos apresentam amplo predomnio do Setor Tercirio na absoro da populao ativa. Essa estrutura corresponde a economias ps-industriais estabelecidas em sociedades de consumo.

Nos pases desenvolvidos, o predomnio do Setor Tercirio reflete um estgio da economia marcado pela enorme importncia das atividades financeiras e comerciais e pela prestao de servios especializados. O elevado poder aquisitivo do mercado estimula e sustenta o conjunto dessas atividades, ligadas circulao de mercadorias e de servios. Nesses pases, a expanso do Setor Tercirio concentra-se em atividades baseadas na elevada qualificao do trabalho e em tecnologias modernas e no no pequeno comrcio nem nos servios domsticos e pessoais tradicionais.

O percurso histrico at essa estrutura de distribuio setorial da PEA exigiu, antes de tudo, uma contnua transferncia de fora de trabalho do Setor Primrio para os setores Secundrio e Tercirio.

Mais tarde, processou-se a transferncia de fora de trabalho do Setor Secundrio para o Setor Tercirio, que prossegue sob o impulso da revoluo tecnocientfica. 9. REALIDADE DO MUNDO SUBDESENVOLVIDO: HIPERTROFIA DO TERCIRIO

10. BRASILBRASIL: DISTRIBUIO DA POPULAO ATIVA POR SETORES DE ATIVIDADE (%)

Setor 19401950196019701980199120002012

Primrio

Secundrio

Tercirio70,2

10,0

19,860,7

13,1

26,254,0

12,7

33,344,2

17,8

38,029,0

25,0

46,022,5

23,0

54,524,2

19,3

56,514,2

22,7

63,1

Setor primrio: por causa dos processos de mecanizao das lavouras e da concentrao fundiria, um grande nmero de trabalhadores rurais deixou o campo, dirigindo-se para as cidades em busca de emprego na indstria, no comrcio e na prestao de servios.

Setor secundrio: cresceu substancialmente at o final da dcada de 1970, quando passou a perder trabalhadores, em especial para o setor tercirio, devido principalmente automao das linhas de produo e mais recentemente concorrncia com produtos industrializados importados, o que fez aumentar o desemprego no setor.

Setor tercirio: o que mais vem absorvendo a PEA tanto de trabalhadores rurais quanto de trabalhadores urbanos, principalmente nas atividades informais. um setor hipertrofiado, subterrneo (muitos no pagam impostos) e com excesso de mo de obra desqualificada.

11. EXPANSO DO SETOR INFORMAL DO BRASIL

Uma das consequncias do crescimento das taxas de desemprego no Brasil foi a expanso do chamado setor informal da economia. Tambm as migraes rural-urbanas contriburam para a expanso desse setor, que se concentra basicamente nas grandes e mdias cidades. Denomina-se economia informal geralmente situada no comrcio e nos servios, isto , no setor tercirio aquela que se encontra margem da legalidade: pessoas que no possuem carteira de trabalho assinada nem pagam a contribuio social do INSS (Instituto Nacional de Seguro Social); firmas que no possuem os documentos necessrios e no recolhem impostos. Isso no quer dizer que um setor que pratica o crime, tal como o narcotrfico, que tambm uma forma de economia informal, embora bastante diferente das demais.

So pessoas ou famlias e tambm pequenos grupos de pessoas que, em conjunto, montam uma firma que no conseguem ou no querem atividades ou empregos formais e vivem na informalidade, como vendedores de sanduches ou doces nos seus carros utilitrios, motoristas de vans que transportam grupos de pessoas, barracas de comrcio nas ruas, prestadores de servios diversos (eletricistas, encanadores, pedreiros, tcnicos de computador, professores de idiomas, tradutores, etc.) sem registro nem recibo legal (isto , com o nmero de inscrio no imposto de renda da pessoa ou firma), empregados domsticos no registrados, etc.

Segundo dados de 2005, cerca de 56% dos trabalhadores brasileiros isto , da populao ocupada no possuem registro em carteira de trabalho, o que significa que esto na informalidade. uma percentagem assustadora, bem maior que no passado e que indica que eles tambm no contribuem para a Previdncia Social. E o pior que essa percentagem tende a aumentar cada vez mais: uma pesquisa de 2003 na Grande So Paulo, por exemplo, mostrou que para cada 100 novos empregos gerados, 77 deles eram na informalidade.

A expanso da economia informal no Brasil decorre de vrias causas. Uma delas so as mudanas no mercado de trabalho, com a robotizao, a informatizao, a terceirizao e a eliminao de uma boa parte dos empregos no setor formal. Outra o medocre desempenho da economia nacional, que no tem gerado empregos em nmero suficiente. Outra ainda que uma grande parte dos empregos formais exige uma qualificao cada vez maior dos candidatos certo grau de estudos ou alguma especializao. E, por fim, existe a questo do excesso de impostos que recai sobre as pessoas e as empresas formais no Brasil, algo que, indiretamente, estimula a informalidade.

Polticas migratrias

1. INTRODUOO crescimento demogrfico de um pas resulta do crescimento vegetativo acrescido do contingente de imigrao (pessoas que entram em outro pas para nele viver) e com a subtrao do contingente de emigrao (pessoas que saem de seu pas de origem para viver em outro pas).

As razes que levam as pessoas a migrar so inmeras, podendo ser determinadas por diversos fatores:

polticos por exemplo, problemas de fronteira, formao de novas naes (ex-lugoslvia, Israel) ou terra civil (Afeganisto, Serra Leoa, Sudo), que geram divergncias, perseguies (caso dos curdos) e at expulso de populaes inteiras de seu territrio;

conflitos religiosos ou tnicos como a perseguio de judeus no sculo XX, no perodo das guerras mundiais, que provocou emigraes da Europa; ou os que ocorreram na Bsnia (1992) e na ex-Iugoslvia (1999);

naturais as emigraes provocadas por catstrofes naturais (enchentes, terremotos, erupes vulcnicas, secas);

econmicos que so, sem dvida, os fatores predominantes. As pessoas muitas vezes migram em busca de trabalho e de melhores condies de vida. Nas primeiras dcadas do sculo XX, devido a uma crise econmica, o Japo tomou-se um pas de emigrao. Em poucas dcadas, com a recuperao econmica, ele passou a ser um pas de imigrao.

As migraes costumam ser classificadas quanto ao tempo de durao e quanto ao espao de deslocamento. Em relao ao tempo de durao, as migraes podem ser:

migraes definitivas quando o migrante se estabelece de forma permanente no local de seu destino, como o caso, no Brasil, dos imigrantes italianos, japoneses, e das emigraes de nordestinos para outras regies do pas;

migraes temporrias podem ser dirias, sazonais (dependem da estao do ano) e por tempo indeterminado, ou seja, sem tempo certo para voltar, como no caso de migrantes que permanecem algum tempo no exterior e acabam voltando a seu pas.

Em relao ao espao de deslocamento, as migraes podem ser classificadas em migraes internas ou nacionais, quando ocorrem dentro de um mesmo pas, e migraes externas ou internacionais, quando implicam a travessia de uma ou mais fronteiras internacionais.

2. MIGRAES EXTERNASI. Introduo

O desenvolvimento do capitalismo acelerou os movimentos migratrios. Com a colonizao dos sculos XVI e XVII, ocorreram migraes espontneas de povoamento (resultado da poltica de expanso imperialista e da partilha dos imprios coloniais) e migraes foradas, como foi o caso do comrcio de escravizados africanos, atividade que transferiu milhares de pessoas de seu continente de origem para outros continentes. Outras migraes no exatamente foradas, mas que resultam de constrangimentos, podiam ocorrer em consequncia de guerras, perseguies polticas, falta de condies que satisfaam as necessidades bsicas (o desemprego, por exemplo) e negao do acesso terra (no caso do xodo rural).

A partir do sculo XVIII, em especial durante o sculo XIX e na primeira metade do sculo XX, o mundo conheceu um movimento migratrio de grandes propores. Nesse perodo, cerca de 60 milhes de europeus migraram para todas as partes do mundo, sobretudo para a Amrica e para a Oceania. Milhes de asiticos (chineses, indianos, japoneses e rabes) tambm migraram para a Amrica (chineses para os EUA, indianos para as Guianas, japoneses para o Brasil) e outros continentes.

Podemos dizer, ento, que durante muito tempo a sia e a Europa desempenharam um papel tipicamente emigratrio ou de repulso populacional, ao passo que a Amrica e a Oceania foram imigratrios ou de atrao. Na frica, alm das migraes foradas relacionadas ao processo de colonizao, um grande nmero de trabalhadores (marroquinos, argelinos etc.) tem se dirigido principalmente para a Europa.

A superao de um longo perodo marcado por constantes epidemias, fome, guerras, perseguies polticas e religiosas e a prosperidade alcanada no perodo ps- segunda Guerra Mundial fizeram com que a Europa passasse de reas tradicionalmente repulsiva para uma das mais importantes reas de atrao populacional da atualidade.

As melhores condies estruturais dos pases desenvolvidos ajudam a compreender que no foi por acaso que esses pases se transformaram em reas de atrao, enquanto pases subdesenvolvidos ou mercados emergentes como o Brasil e a Argentina, tradicionais reas atrativas, so agora repulsivas (os dois pases atravessam um longo perodo de estagnao e de crises econmicas).

Nas ltimas dcadas do sculo XX, presenciamos no somente a ida de milhares de pessoas em direo Europa (principalmente Alemanha) e ao Japo, mas tambm o seu retorno.

Os Estados Unidos so um dos pases que mais recebem imigrantes. Devido a problemas econmicos e falta de oportunidades, uma grande escalada migratria tem se estabelecido do Mxico para os Estados Unidos.As migraes externas mais comuns so:

1- dos pases pobres para os pases ricos;

2- dos pases pobres para outro pobre.

II. Fenmenos importantes observados no contexto das migraes externas

a) as remessas de recursos os imigrantes remetem para os seus pases de origem parte do que ganham;

b) a fuga de talentos ou de crebros com a globalizao da economia (e a consequente expanso do comrcio e das empresas transnacionais), os pases desenvolvidos atualmente tm requisitado trabalhadores especializados (executivos, administradores, especialistas em informtica e comrcio, pesquisadores etc.), que saem dos pases perifricos e se dirigem para os pases centrais;

c) o racismo e a xenofobia A retomada da imigrao na Europa e nos Estados Unidos, a partir da dcada de 1980, coincidiu com um novo momento social e econmico dos pases mais desenvolvidos. A diminuio no ritmo de crescimento econmico e mudanas tecnolgicas ocasionaram um aumento do desemprego. Por isso, os imigrantes passaram a ser vistos como concorrentes, que poderiam ameaar os empregos e os salrios da populao nativa. A constatao de que a populao de origem estrangeira nesses pases j era volumosa tambm ampliou o temor de que a cultura, os hbitos e o modo de vida local se modificassem. Disseminaram-se os movimentos xenfobos, que pregam o repatriamento dos estrangeiros, a negao da cidadania aos filhos desses estrangeiros nascidos na nova terra e a violncia contra os diferentes grupos de imigrantes.

d) desterritorializao O caso de populaes inteiras expulsas de seus territrios, o que ocorre em geral em pases da sia e da frica, constitui o processo de desterritorializao. Esses povos sem-territrio, minorias oprimidas, dispersos por outros pases, procuram um lugar para chamar de ptria, palavra que significa o lugar de nascimento e com o qual as pessoas se identificam. Desenraizados, muitas vezes acuados, privados de seus direitos de cidadania, esses refugiados vivem em condies precrias.

Atualmente so cada vez mais constantes os processos de desterritorializao, nos quais as pessoas so brigadas a sair de seu Estado. Esse processo muitas vezes resulta no desenraizamento do antigo territrio, com a perda das razes culturais e dos vnculos afetivos com o lugar. Nas dcadas de 1990, ocorreu o processo inverso: 10 milhes de pessoas voltaram para seus pases. A reterritorializao muitas vezes no representa a volta mesma territorialidade, pois as pessoas retornam a seu pas em condies muito mais precrias.

Ex.: Afeganisto, Iraque, Uganda, Somlia, Ruanda etc.

ATENO!!!! O Tratado de Schengen estabelecido em 1985.

Acordo de Schengen uma conveno entre paseseuropeussobre uma poltica de abertura das fronteiras e livre circulao de pessoas entre os pases signatrios. Um total de 30 pases, incluindo todos os integrantes daUnio Europeia(excetoIrlandaeReino Unido) e trs pases que no so membros da UE (Islndia,NoruegaeSua), assinaram o acordo de Schengen.Liechenstein,Bulgria,RomniaeChipreesto em fase implementao do acordo. A rea criada em decorrncia do acordo conhecida comoespao Schengene no deve ser confundida com a Unio Europeia. Trata-se de dois acordos diferentes, embora ambos envolvendo pases da Europa.De todo modo, em02 de outubrode1997o acordo e a conveno de Schengen passaram a fazer parte do quadro institucional e jurdico da Unio Europeia, pela via doTratado de Amsterdo. condio para todos os estados que aderirem UE aceitarem as condies estipuladas no Acordo e na Conveno de Schengen.

O acordo de Schengen foi assim denominado em aluso aSchengen, localidadeluxemburguesasituada s margens do rio Moselae prxima trplice fronteira entreAlemanha,FranaeLuxemburgo(este ltimo representando oBenelux, onde j havia a livre circulao). Ali, em junho de1985, foi firmado o acordo de livre circulao envolvendo cinco pases, abolindo-se controles de fronteiras, de modo que os deslocamentos entre esses pases passaram a ser tratados como viagens domsticas.

Posteriormente, oTratado de Lisboa, assinado em13 de dezembrode2007, modificou as regras jurdicas do espao Schengen, reforando a noo de um "espao de liberdade, segurana e justia", que vai alm dacooperao policial e judiciriae visa a implementao de polticas comuns no tocante a concesso de vistos,asiloeimigrao, mediante substituio domtodo intergovernamentalpelomtodo comunitrio.

Embora teoricamente no haja mais controles nas fronteiras internas ao espao Schengen, esses controles podem ser reativados temporariamente caso sejam considerados necessrios para a manuteno daordem pblicaou dasegurana nacional. Os pases signatrios reforaram os controles das fronteiras externas ao espao Schengen, mas, por outro lado, cidados estrangeiros que ingressem comoturistasou que obtenham um visto de longo prazo para qualquer um dos pases membros podem circular livremente no interior do espao. OEspao Schengenpermite a livre circulao de pessoas dentro dos pases signatrios, sem a necessidade de apresentao de passaporte nas fronteiras. Mesmo que no haja controle nas fronteiras, os cidados residentes nos pases signatrios devem, por norma, portar um documento legal de identificao, como obilhete de identidade. Para os turistas de pases no signatrios, a prova de identidade sempre o passaporte ou, no caso de longa permanncia, o documento legal substitutivo, emitido pelas autoridades de imigrao de um dos pases signatrios.

O espao Schengen no se relaciona com a livre circulao demercadorias(embargos, etc.). Nesse caso, a entidade mediadora a Unio Europeia, bem como os governos dos pases membros que no participam dobloco econmico.

Notas do professor:

1. A crise econmica que atingiu e atinge um grande grupo de pases subdesenvolvidos, a situao de extrema pobreza dos povos da frica central e o fim do regime socialista nos pases da Europa central e oriental originaram fluxos migratrios de ordem econmica em direo aos pases que ofereciam melhores oportunidades de vida e de trabalho. Esses movimentos se mantm at hoje.

2. Os principais polos de atraes de imigrantes correspondem aos pases mais desenvolvidos da Unio Europeia, da Amrica Anglo-Saxnica (Estados Unidos e Canad) e da Oceania (Austrlia e Nova Zelndia); os produtores de petrleo do Oriente Mdio e o Japo (que s se inseriu no conjunto dos pases de imigrao no inicio dos anos 90).

3. Podemos classificar as migraes internacionais ou externas em trs diferentes tipos.

( As migraes Sul-Norte referem-se s populaes que deixam os pases pobres, esperando encontrar melhores condies de vida nos pases mais ricos. H quatro fluxos principais: da Amrica Latina para a Amrica do Norte, principalmente para os Estados Unidos; da frica e da sia para a Europa Ocidental e para os pases produtores de petrleo do Oriente Mdio; de vrios continentes para a Austrlia.

(As migraes Sul-Sul envolvem as populaes que deixam seus pases de origem e vo a um outro pais do Hemisfrio Sul com melhores condies econmicas e sociais: africanos indo para a Costa do Marfim e frica do Sul ou Indonsios dirigindo-se para a Malsia.

(As migraes Norte-Norte ocorrem, por exemplo, da Europa para a Amrica Na Anglo-Saxnica e so consequncia da globalizao que vem gradualmente integrando as economias nacionais ao mercado mundial.

4. Os Estados Unidos, pais que mais recebeu imigrantes no continente americano e nao que se constitui pela variedade de povos de origem europeia, asitica, africana e, posteriormente, latino-americana, tm, tomado medidas para estancar a entrada de novos grupos.

Entre os imigrantes clandestinos, destacam-se os braceros, mexicanos que ingressam ilegalmente ao pas em busca de trabalho pouco qualificado. Para conter esse fluxo, o policiamento da fronteira entre o Mxico e os Estados Unidos, delimitada em parte pelo Rio Grande, foi reforado desde a dcada de 80. Mesmo porque migrantes de outros pases latino-americanos tambm costumavam utilizar a fronteira mexicana para entrar clandestinamente nos EUA.

5. A dcada de 90 obrigou os Estados Unidos receberam uma grande quantidade de imigrantes cubanos. A crise que envolveu a ex-URSS e os pases do Leste europeu no final dos anos 70 teve reflexos imediatos na economia cubana. Cuba perdeu o mercado preferencial, representado pelos pases socialistas, de seus produtos de exportao, como acar e fumo, alm da ajuda financeira anual que recebia da antiga URSS. Por outro lado, a manuteno do embargo econmico imposto a Cuba pelos Estados Unidos, desde o inicio dos anos 60, colocou a economia cubana num beco sem sada. Nos primeiros anos que se seguiram Revoluo de 1959, Cuba havia fornecido um grande nmero de refugiados polticos aos Estados Unidos. A partir da dcada de 90, passou a afugentar aqueles que no suportavam a escassez gerada pela crise econmica. Milhares de pessoas saram da ilha, em pequenos barcos em direo pennsula da Flrida, Devido precariedade das fugas em embarcaes, muito no sobreviveram. Esses imigrantes surgidos da crise econmica cubana ficaram mundialmente conhecidos pela denominao de balseros.

6. Os descendentes dos japoneses que imigraram para o Brasil chamam-se nikkei, sendo os filhos nissei, os netos sansei e os bisnetos yonsei. Os nipo-brasileiros que foram ao Japo trabalhar a partir do fim dos anos 80 so denominados dekassegui.

III. BRASIL: PASSADO DE IMIGRAO, PRESENTE DE EMIGRAO

1. Processo imigratrio do Brasil

Diversas causas contriburam para a implantao do processo imigratrio no pas. As principais foram:

necessidade de povoar e ocupar o territrio, j que o mesmo era muito extenso e a populao escassa;

necessidade de mo de obra e a dificuldade cada vez maior de se obter escravos, a partir de 1815 (presses da Inglaterra) e principalmente aps 1850 (proibio definitiva do trfico negreiro);

predomnio de negros no pas, o que no era visto com bons olhos pela Corte, .

A imigrao brasileira pode ser dividida em trs perodos principais:

1808. Corresponde chegada da famlia real, promulgao do decreto de concesso de terras e estrangeiros e chegada dos aorianos;

1850. Proibio do trfico de escravos (Lei Eusbio de Queirs);

1930-34. Corresponde revoluo brasileira (de 1930) e criao das leis da imigrao (1934).

No 1. perodo (1808 1850), a imigrao foi muito pequena, por causa principalmente da facilidade de obteno de escravos e, ao mesmo tempo, por causa do desinteresse e temor do europeu de emigrar para um pas escravocrata. Durante todo este perodo o pas recebeu menos de 10% do total de imigrantes.

No 2. perodo (1850 1930) foi o mais importante de todos, por causa:

da proibio do trfico de escravos a partir de 1850;

do desenvolvimento da cafeicultura, que exigia numerosa mo de obra;

dos incentivos por parte do governo que custeava as despesas com o transporte dos imigrantes , e tambm de alguns fazendeiros que assumiam as despesas dos imigrantes durante o primeiro ano de trabalho;

da abolio da escravido (1888).

Neste perodo, o Brasil recebeu quase 80% da populao imigrada. Em toda a histria da imigrao, a dcada mais importantes em termos numricos foi a de 1890-1900, com 1.129.315 imigrantes (cerca de 20% do total), na maior parte italianos (678.761), por causa da crise econmica e do desemprego na Itlia.

O 3. perodo (aps 1930) caracterizado pela diminuio progressiva da imigrao, em virtude de fatores como:

a crise econmica de 1929, provocada pela quebra da Bolsa de Valores de Nova Iorque e a consequente crise econmica da cafeicultura no Brasil, alm da crise poltica e social gerada pela revoluo de 1930;

as leis de imigrao criadas na Constituio de 1934, que dificultaram e restringiram a entrada de imigrantes. Exemplos:

a) Lei de Cotas de Imigrao a partir de 1934 s poderia entrar no pas 2% do total de imigrantes entrados nos ltimos 50 anos, por nacionalidade;

b) 80% dos imigrantes de cada nacionalidade deveriam ser agricultores;

c) seleo doutrinria ou ideolgica do imigrante.

a 2. Guerra Mundial e a posterior recuperao econmica da Europa, que provocou uma reorientao dos fluxos imigratrios, isto , a partir da dcada de 50 a maior parte dos migrantes europeus (portugueses, espanhis, italianos etc.) passaram a dar preferncia aos pases europeus, notadamente aqueles de economias mais fortes, tais como a Alemanha, Frana e Inglaterra.

Assim, com a grande reduo da imigrao, o aumento da populao brasileira passou a depender basicamente do crescimento vegetativo, e a demanda de mo de obra a ser suprimida pelos prprios brasileiros.

Geograficamente, as regies que mais receberam imigrantes foram as Sudeste e Sul.

O Estado de So Paulo recebeu cerca da metade do total de imigrantes entrados no pas.

De acordo com a nacionalidade, os imigrantes mais numerosos entrados no Brasil foram, pela ordem, os seguintes: portugueses, italianos, espanhis, japoneses e alemes.

Dentre os pases americanos, os que mais receberam imigrantes foram os Estados Unidos, seguidos pela Argentina, pelo Canad e pelo Brasil.

BRASIL PRINCIPAIS GRUPOS DE IMIGRANTES E REAS DE FIXAO

Imigrante rea de fixao

PortuguesesPraticamente em todo o pas, em especial no Rio de Janeiro, com preferncia pelas cidades em relao ao campo.

ItalianosSo Paulo (capital e interior), Rio Grande do Sul (Bento Gonalves, Garibaldi, Caxias do Sul) e Santa Catarina (Nova Trento, Uruanga e Nova Veneza), principalmente.

EspanhisPrincipalmente So Paulo (capital e interior), Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.

JaponesesSo Paulo (capital e rea do interior: Marlia, Tup, Presidente Prudente, Vale do Ribeira), Par (regio Bragantina), Paran (Londrina, Maring) e Mato Grosso do Sul.

AlemesSanta Catarina (Vale do Itaja), Rio Grande do Sul (Novo Hamburgo, Estrela, Lajeado, Vale dos Sinos), Paran, So Paulo e Esprito Santo.

EslavosParan (Curitiba, Ponta Grossa, Castro e Lapa), em especial.

Srio-libanesesQuase todo o pas, em especial nos centros urbanos. Um certo destaque para So Paul (capital e interior).

2. Processo emigratrio do Brasil

O Brasil j foi um pas de imigrao tendo recebido muitas pessoas de Portugal, Itlia, Espanha, Japo e Alemanha. A partir da dcada de 30 (criao das leis de imigraes de Getlio Vargas), das crises polticas (dc. 60-70) e das crises econmicas (dc. 80-90), a imigrao teve uma queda muito grande. A partir da dc. 80, o Brasil passou a ser um pas de emigrao. Os lugares para onde os brasileiros mais emigram so: EUA, Europa Ocidental, Austrlia, Japo e Paraguai (brasiguaios).

A emigrao (sada de pessoas do Brasil para residirem no estrangeiro), apesar de pouco estudada, atualmente to importante quanto a imigrao, talvez at mais. Do final dos anos 1960 at 2000, inclusive, o nmero de emigrantes foi superior ao de imigrantes, tanto por motivos polticos (a ditadura militar, que governou o pas de 1964 a 1985, perseguiu muita gente), quanto, principalmente, por razes econmicas (os baixos salrios pagos no Brasil em comparao aos padres internacionais).

muito difcil obter dados estatsticos seguros sobre o total de emigrantes porque muitos ingressaram clandestinamente nos pases de destino; no muito fcil obter visto de entrada como imigrante nos Estados Unidos ou nos pases da Europa Ocidental. No obstante, sabe-se que muitos brasileiros deixaram o pas nestas ltimas dcadas. Calcula-se que mais de 1 milho estejam residindo nos Estados Unidos, cerca de 500 mil no Paraguai (brasiguaios terras disponveis a preos baixos no Paraguai), por volta de 200 mil no Japo e um nmero um pouco menor em outros pases, como Frana, Itlia, Inglaterra, Canad e Austrlia.

ATUALIDADE: 27/04/2012

IBGE: nmero de imigrantes no Brasil sobe quase 87% em 10 anos

O Censo 2010 registrou um grande aumento no movimento de entrada no pas em relao a 2000. Foram 286,5 mil imigrantes internacionais pelo critrio de data-fixa, ou seja, indivduos que residiam no Brasil na data de referncia do Censo, mas que moravam em um pas estrangeiro cinco anos antes. Esse nmero foi 86,7% maior do que em 2000 (143,6 mil). Os principais estados de destino desses imigrantes foram So Paulo, Paran e Minas Gerais que, juntos, receberam mais da metade dos imigrantes internacionais do perodo.

Do total de imigrantes internacionais, 174,6 mil (65,0%) nasceram no Brasil, portanto eram imigrantes internacionais de retorno. Em 2000, foram 87,9 mil imigrantes internacionais de retorno, 61,2% dos imigrantes do perodo.

Os principais pases de origem dos imigrantes foram os Estados Unidos (51,9 mil imigrantes), Japo (41,4 mil), Paraguai (24,7 mil), Portugal (21,4 mil) e Bolvia (15,8 mil). Em 2000, os principais pases de origem eram o Paraguai (35,5 mil), Japo (19,7 mil), Estados Unidos (16,7 mil), Argentina (7,8 mil) e Bolvia (6,0 mil).

Santa Catarina teve o maior crescimento de imigrantes do pas de 2000 para 2010 O Censo 2010 detectou uma reduo na migrao interna da populao. Entre 1995 e 2000, havia 30,6 migrantes para cada mil habitantes, enquanto que de 2005 a 2010, eram 26,3 migrantes para cada mil habitantes.

O aumento do nmero de imigrantes em Santa Catarina, que foi de 59,1% entre os dois perodos, resultou em um saldo migratrio (balano entre entradas e sadas de pessoas) entre 2005/2010 de 174,1 mil pessoas, quase o triplo do saldo contabilizado em 1995/2000, que foi de 59,9 mil pessoas.

Os estados da Regio Nordeste continuam a perder populao, a exceo dos estados do Rio Grande do Norte e Sergipe, que apresentaram saldo migratrio positivo.Percentual de migrantes de retorno foi maior entre os estados do Nordeste Em 2000, os migrantes de retorno representavam 22,0% do total de migrantes (1,1 milho de pessoas) do Brasil. Em 2010, esse percentual subiu para 24,5% dos migrantes (1,23 milho de pessoas).

A migrao de retorno, referente s pessoas que nasceram no mesmo estado em que residiam na data de referncia do Censo, mas que moravam em outra unidade da Federao cinco anos antes representou mais de 40,0% entre os estados da Regio Nordeste, com exceo do Rio Grande do Norte e Sergipe.

O maior percentual de imigrantes de retorno do pas, de 46,6%, foi encontrado no estado do Cear e o segundo maior, 44,2%, no Rio Grande do Sul.

3. MIGRAES INTERNASa) NOMADISMO

sem residncia fixa;

deslocamento de toda a populao global.

Ex.: pastores nmades nas reas perifricas do Saara.

Msica: A vida do viajante (Luiz Gonzaga e Herv Cordovil) CD: Luiz Gonzaga

b) TRANSUMNCIA: reversvel, peridica e de acordo com as estaes do ano (sazonal):

Ex. 1:

Ex. 2:

Na Amaznia ocorre transumncia entre as reas de castanha-do-par e as de extrao de ltex (borracha). Aps o trmino da coleta da castanha (terra-firme: nunca inundada), os trabalhadores aproveitam o perodo ocioso e se deslocam para os seringais (vrzea: inundada no perodo das cheias dos rios). Realizam a extrao do ltex e depois retornam aos castanhais.Msica: Asa Branca (Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira) CD: Fagner

c) MIGRAES PENDULARES: fundamentalmente determinada pelo campo de trabalho. Alcana grande intensidade com a periferizao e o crescimento horizontal das cidades. um movimento populacional que intensificado pelo xodo rural.

Ex.: subrbio, cidade-satlite

Ex.: centro urbano, metrpole

Msica: Cidado (Lcio Barbosa) CD: Z Geraldo

d) MIGRAES INTRA-REGIONAIS: praticadas dentro da prpria macrorregio.

Ex.1:

Ex.2:

Msica: De Teresina a So Lus

Na Amaznia ocorre transumncia entre as reas de castanha-do-par e as de extrao de ltex (borracha). Aps o trmino da coleta da castanha (terra-firme: nunca inundada), os trabalhadores aproveitam o perodo ocioso e se deslocam para os seringais (vrzea: inundada no perodo das cheias dos rios). Realizam a extrao do ltex e depois retornam aos castanhais.

e) MIGRAES INTER-REGIONAIS (entre regies) e intra-regionais (em uma mesma regio)

ciclo da mineraosculo XVIII

ciclo da borracha

1860 1910

ciclo do caf

1850 - 1930

Industrializao

Desde a dcada de 1930

A partir da dcada de 1940

Projetos de colonizao

A partir de dcada de 1950

Construo da rodovia Belm-

Braslia e projetos minerais e

agropecurios

Msica: Peguei um Ita no Norte (Dorival Caymmi) CD: Nana Caymmi

AS MIGRAES INTERREGIONAIS QUE PREDOMINARAM 1940 1970: grande fluxo de nordestino

( estagnao do Nordeste;

( industrializao do Centro-Sul.

1970 1990: Amaznia A nova fronteira agrcola do Brasil.

A partir da dcada de 70, a Regio Sul passou a ter importncia como rea de sada populacional em direo nova fronteira agrcola brasileira (MT, RO).

O desenvolvimento da Regio Sul, o aumento das culturas mecanizadas (como a soja), a geada que atingiu a cafeicultura e o crescimento do tamanho mdio das propriedades foram fatores que colaboraram para a expulso dos trabalhadores rurais e dos pequenos proprietrios. O Paran registrou a maior sada de migrantes do Sul.

Hoje: A Atrao dos Centros Regionais

Na dcada de 90, devido crise econmica, tm ocorrido duas situaes:

a) Primeira: a migrao de retorno, em que milhares de nordestinos, expulsos do mercado de trabalho em contrao, retornam a suas cidades de origem;

b) Segunda: o crescimento nas reas industriais e agroindustriais das capitais regionais, cidades com forte atrao dos migrantes brasileiros.

A dcada de 90 registrou praticamente o fim das grandes correntes migratrias, como a dos nordestinos ou dos paranaenses.

Hoje, os movimentos migratrios so pequenos e bem localizados, em geral, em direo a capitais regionais. Agora, em vez de mudar para So Paulo, os nordestinos preferem buscar empregos e oportunidades nas prprias capitais nordestinas ou em cidades mdias da regio sul, transferindo para o Nordeste problemas que antes eram tpicos das grandes metrpoles do Centro-Sul.

EXPANSO DA FRONTEIRA AGRCOLA

Ambientais

Econmicas

Sociais

Atualmente (desde a dcada de 90):

A ATRAO DOS CENTROS REGIONAIS

Na dcada de 90, devido crise econmica, tm ocorrido duas situaes:

1. Primeira: a migrao de retorno, em que milhares de nordestinos, expulsos do mercado de trabalho em contrao, retornam as suas cidades de origem;

2. Segunda: o crescimento nas reas industriais e agroindstrias das capitais regionais, cidades com forte atrao dos migrantes brasileiros.

A dcada de 90 registrou praticamente o fim das grandes correntes migratrias, como a dos nordestinos ou dos paranaenses.

Hoje, os movimentos migratrios so pequenos e bem localizados, em geral, em direo a capitais regionais. Agora, em vez de mudar para So Paulo, os nordestinos preferem buscar empregos e oportunidades nas prprias capitais nordestinas ou em cidades mdias da regio sul, transferindo para o Nordeste problemas que antes eram tpicos das grandes metrpoles do Centro-Sul.

f)XODO RURAL um dos mais importantes exemplos de migraes internas. Em geral assume carter definitivo.

Msica: Triste partida (Patativa do Assar) CD: Lus Gonzaga

MIGRAES CAMPO-CIDADE

REGIESCAUSASCONSEQNCIAS

De expulsoDe atrao

Pases desenvolvidosLiberao de mo-de-obra pela mecanizaoOferta de empregos urbanosUrbanizao integrada; aumento de populao secundria e terciria.

Pases subdesenvolvidosPresso demogrfica no campoFascnio urbanoUrbanizao anmala; cinturo marginal; subemprego no tercirio.

XODO RURAL

Causas: fatores de estagnao e da mudana

a) Os fatores de mudana constituem as transformaes sofridas no meio rural pela modernizao e mecanizao da agricultura. Essa modernizao dispensa mo-de-obra, j que eleva a produtividade do trabalho pela introduo de mquinas ou tcnicas modernas de cultivo. Esses fatores prevalecem nos pases desenvolvidos e formam a principal causa das migraes rural-urbanas, juntamente com a Revoluo Industrial. No caso do Brasil, esses fatores existem em algumas reas, principalmente no Centro-Sul do pas, mas no so os mais importantes para se explicar o xodo rural.

b) Os fatores de estagnao constituem a presso exercida pelo crescimento demogrfico sobre a disponibilidade de reas cultivveis, que limitada tanto pela insuficincia fsica de terras como pela monopolizao por grandes proprietrios. Esses fatores no esto ligados industrializao, como ocorre como fatores de mudana, e sim com um crescimento populacional que no absorvido no local, porque a oferta de trabalho inferior procura. E o principal motivo de a terra no sustentar o grande nmero de novos trabalhadores que surge a cada ano prende-se estrutura social, isto , ao monoplio de extensas reas por grandes proprietrios ou latifundirios. Esses fatores prevalecem nos pases subdesenvolvidos. Aparecem no Brasil em grande escala, principalmente no Nordeste e tambm em algumas partes do Centro-Sul Paran, Rio Grande do Sul , onde muitas vezes o tamanho da terra no suficiente para todos os filhos do pequeno proprietrio. Muitos, ao se casar, tero que migrar em busca de novas terras ou de centros urbanos.

g) MIGRAES INTRAMETROPOLITANAS as pessoas se deslocam de uma cidade dentro da regio metropolitana, em geral a cidade principal da regio, para outra cidade prxima. Em geral, atinge a camada mais pobre da populao, em razo do preo elevado dos terrenos nas cidades principais.ATUALIDADES: IBGE comprova queda da migrao no Brasil - 15/07/2011

Ofertas de emprego espalhadas pelo Brasil desencorajam mudana de estado. RJ e SP deixaram de ser importadores e passam a exportadores de moradores

Estudo divulgado nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE) sobre o deslocamento da populao brasileira indica a diminuio da migrao interna e tendncia de permanncia ou de retorno de moradores a seus estados de origem. Em vez da corrida para o Sudeste, que marcou as dcadas de 1960 a 1980, a tendncia de deslocamentos entre municpios de um mesmo estado e queda acentuada nas migraes entre regies.

A ltima dcada aponta ainda para mudanas nas correntes migratrias, em que Rio de Janeiro e So Paulo deixam de ser "importadores" e passam a "exportadores" de moradores, enquanto o Esprito Santo desponta como foco de atrao de novos habitantes.

Os principais fatores para a diminuio no nmero de migrantes so a saturao das metrpoles e a melhor distribuio da oferta de emprego. Os dados apontam a tendncia de deslocamento para cidades de mdio porte. "A principal motivao para a migrao a busca por trabalho. Qualidade de vida e menos violncia podem ser complementares', diz o pesquisador do IBGE Antnio Tadeu Ribeiro de Oliveira. um dos autores do artigo "O panorama dos deslocamentos populacionais no Brasil: Pnads e Censos Demogrficos."

Oliveira diz que dos anos 80 para c, houve desconcentrao da atividade econmica. O Nordeste, por exemplo, passou a segurar populao e atrair a migrao de retorno. "O pas hoje se desenvolve em quase todas as reas. Com essa mudana no modelo de desenvolvimento, os imigrantes tendem a diminuir", afirma.

A publicao tem como base o Censo 2000 e as Pesquisas Nacionais por Amostra de Domiclios (Pnads) de 2004 e 2009. O IBGE pergunta aos entrevistados onde moravam cinco anos antes da data da pesquisa. Tambm questiona o estado de nascimento do entrevistado. O Censo 2000 apontou a existncia de 5,1 milhes migrantes no Pas. Estimativas com base na Pnad 2004 indicam 4,63 milhes migrantes naquele ano. Em 2009, o nmero caiu para 3,24 milhes.

Regies e estados - O IBGE destaca a queda no deslocamento da populao entre as regies do Brasil. Em 2000, 3,36 milhes de pessoas viviam em regies diferentes daquela de origem. Em 2004, esse nmero caiu para 2,86 milhes e chegou a 2,05 milhes em 2009. "Houve reduo nessa migrao em que a pessoa percorre muitos mil quilmetros movida pela oferta de trabalho. A tendncia continuar a diminuir", diz Antnio Tadeu.

Na mudana de perfil dos Estados, Rio de Janeiro e So Paulo viveram uma inverso no saldo de migrantes. Enquanto o Censo de 2000 apontava que So Paulo tinha 340.000 imigrantes (moradores vindos de fora do Estado) a mais que emigrantes (paulistas que viviam fora de So Paulo), a Pnad de 2004 apontou 155.000 emigrantes mais que imigrantes. A Pnad de 2009 ainda mostra a tendncia de sada dos moradores, porm em menor intensidade: havia 53.000 emigrantes a mais que imigrantes em So Paulo. Os nmeros do Censo 2010, mais precisos que da Pnad, indicaro se o estado continuou a exportar mais do que importar moradores.

O Esprito Santo vai ao sentido contrrio. O fortalecimento da industrializao na rea de minrio e siderurgia nos anos 80 foi um fator decisivo para a atrao de populao, depois do esvaziamento da populao nos anos de 1950 e 1960. A tendncia de que o Estado se consolide como atrativo de novos moradores nos prximos anos, graas expanso do setor de petrleo. O Esprito Santo foi o nico estado que no teve queda no nmero absoluto de imigrantes entre 2004 e 2009. Alm disso, mostrou um forte movimento de permanncia dos moradores, reduo metade do nmero de emigrantes, de 108.000 em 2004 para 54.000 em 2009.

Outros estados com altos ndices de atrao de migrantes, segundo a Pnad 2009, so Gois, Amazonas, Amap e Santa Catarina. O Censo 2010 trar nmeros mais precisos que podero confirmar ou no esta tendncia. Entre os estados classificados como "expulsadores" de populao, embora em intensidade menor que nos anos 60 e 70, esto Bahia e Alagoas.

De vota para casa - O Rio Grande do Sul foi o estado com maior taxa de retorno de migrantes, segundo dados da Pnad 2009, divulgados pelo IBGE. Estados do Nordeste como Pernambuco, Sergipe e Rio Grande do Norte, alm de Minas Gerais e Paran, tambm registraram grande nmero de moradores que tinham deixado a terra natal e voltaram, provavelmente movidos por oportunidades de emprego e alta atratividades de cidades de porte mdio.

"Os deslocamento tpicos da primeira fase da transio demogrfica (dcadas de 1960 e 70), quando as taxas de fecundidade eram altas e a mortalidade comeava a declinar, gerando excedentes populacionais que favoreciam a migrao do campo para a cidade, comearam a perder importncia no Brasil a partir dos anos 80", informa o estudo. A publicao aponta a tendncia de retorno da populao de estados antes classificados como "reas de expulso", como a Regio Nordeste, Minas Gerais, Esprito Santo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

A alta taxa de retorno j tinha sido detectada no Censo 2000, referente dcada de 1990, em maior intensidade do que a registrada na Pnad 2009. Os dados do Censo 2010 indicaro com mais preciso os movimentos ocorridos na dcada passada. A Pnad 2009 indica que, do total de imigrantes do Rio Grande do Sul, 23,98% eram gachos que voltavam ao Estado de origem. Em Pernambuco, a taxa de retorno foi de 23,61%. No Paran, foi de 23,44%.

SRIE/ANO

PROFESSOR(A): SAUL

DATA:___/____/_____

3 EM

TURMA:

ALUNO(A):

GEO. HUMANA II ESTRUTURA ETRIA-SETORIAL E MIGRAES

As naes que possuem, h vrias dcadas, baixos ndices de natalidade e mortalidade e uma expectativa de vida elevada caso dos pases capitalistas desenvolvidos e de uma parte dos ex"socialistas" (Hungria, Repblica Tcheca e outros) tm a maioria de sua populao na faixa etria dos adultos (entre 55% e 60% do total); a percentagem de idosos relativamente alta (mais de 15%); e a faixa dos jovens geralmente est abaixo dos 30% do total da populao.

Os pases subdesenvolvidos, especialmente aqueles com baixa expectativa de vida, apresentam uma maioria de populao jovem (50% ou mais), e a faixa dos idosos muito reduzida (nunca chega a 10% e, s vezes, nem a 5% do total).

Os pases desenvolvidos antigos tem um percentual de jovens menor ainda do que os desenvolvidos recentes. E um percentual de idosos maior do que os recentes.

Os pases subdesenvolvidos noindustrializados tem um percentual de jovens maior do que os industrializados. E um percentual de idosos menor do que os pases subdesenvolvidos industrializados.

REA I

REA III

REA II

Minha vida andar

Por este pas

Pra ver se um dia

Descanso feliz

Guardando as recordaes

Das terras onde passei....

seca

SERTANEJO

chuvas

Trabalho sazonal: corte de cana

ZONA DA MATA

SERTO

inverno

PASTORES/REBANHO

vero

MONTANHA OU

PLANALTO

PLANCIE

REA DE PASTAGEM

REA DE PASTAGEM

Quando oiei a terra ardendoHoje, longe muitas lguas

Qual fogueira de So Joo,Numa triste solido,

Eu perguntei a Deus do cu, ai,Espero a chuva cair de novo

Por que tamanha judiao...Pra mim vort pro meu serto...

Que braseiro, que fornaia,Quando o verde dos teus io

Nenhum p de prantao,Se espai na prantao

Por farta dgua perdi meuEu te asseguro, no chore

GadoNo, viu

Morreu de sede meu alazo.Que eu vortarei, viu, meu

Corao...

Int mesmo a asa branca

Bateu asa do serto

Entonce eu disse adeus

Rosinha,

Guarda contigo meu corao...

LOCAL DE

TRABALHO

LOCAL DE

RESIDNCIA

T vendo aquele edifcio, moo?

Ajudai a levantar

Foi um tempo de aflio

Eram quatro condues

Duas pra ir, duas pra voltar...

Regio Nordeste

Maranho Bahia

Regio Sudeste

Minas Gerais So Paulo

Peguei o trem em TerezinaO trem danou-se

Pra So Lus do MaranhoNaquelas brenhas

Atravessei o ParnabaSoltando brasa

Ai, ai que dor no coraoComendo lenha

Comendo lenha

E soltando brasa

Tanto queima

Como atrasa...

.....................................

MG, MT, GO

NORDESTE

SP

NORDESTE

AMAZNIA

SP

PR

NORDESTE

MG

NORDESTE

MS

ES

SP

RJ

NORDESTE

SUDESTE

SUL

CENTRO-OESTE

REGIO NORTE

(Amaznia)

Ai, ai, aiAi, ai, ai

Adeus, Belm do ParAdeus, Belm do Par

Peguei um Ita no NorteAi, ai, ai

E fui pro Rio morarAdeus Belm do Par

Adeus meu pai, minha me

Adeus Belm do Par

Regies Sudeste e Sul:

decrscimo populacional (%)

Regio Nordeste:

decrscimo populacional (%)

Concentrao fundiria.

Mecanizao agrcola.

Concentrao fundiria.

Migraes internas

Amaznia

Expanso da fronteira agrcola

Regies Norte e Centro-Oeste:

Acrscimo populacional (%)

Implicaes

Zona urbana

(cidade)

Zona rural

(campo)

....................................................................Chegaram em So Paulo sem cobre quebrado

Agora pensando ele segue outra trilhaE o pobre acanhado procura um padro

Chamando a famlia comea a dizerS v cara estranha

Eu vendo meu burro, meu jegue e o cavaloV estranha gente

Ns vamos a So PauloTudo diferente do caro torro.

Viver ou morrer..............................................................................

Ns vamos a So Paulo que a coisa ta feia

Por terra alheias ns vamos vagar

Se o nosso destino no for to mesquinho

Pro mesmo cantinho ns torna a voltar.

E vende seu burro, o jumento e o cavalo

At mesmo o galo venderam tambm

Pois logo aparece feliz fazendeiro

Por pouco dinheiro me compra o que tenho

Chegou triste dia j vai viajar.

......................................................................

13

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