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    Aula filtrao

    Prof. Gernimo

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    Filtrao Conceitos e Definies

    A filtrao uma das aplicaes mais comuns do escoamentode fluidos atravs de leitos compactos. A operao industrial anloga s filtraes realizadas em um laboratrio que utilizampapel de filtro e funil.

    O termo filtrao pode ser utilizado para processos deseparao dos slidos de suspenses lquidas e, tambm paraseparao de partculas slidas de gases, como por exemplo,

    a separao das poeiras arrastadas pelos gases utilizandotecidos.

    O objetivo da operao separar mecanicamente aspartculas slidas de uma suspenso lquida com o auxlio deum leito poroso. Quando se fora a suspenso atravs do

    leito, o slido da suspenso fica retido sobre o meio filtrante,formando um depsito que se denomina torta e cujaespessura vai aumentando no decorrer da operao. O lquidoque passa atravs do leito chamado de filtrado.

    Em princpio a filtrao compete com a decantao, a

    centrifugao e a prensagem.

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    Princpio de funcionamento de um filtro.

    Pa= presso da suspensoPb= presso do filtradoL = espessura da torta

    Filtrao Conceitos e Definies

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    Filtrao Conceitos e Definies

    A escolha do equipamento filtrante depende em grandeparte da economia do processo, mas as vantagenseconmicas sero variveis de acordo com o seguinte:

    Viscosidade, densidade e reatividade qumica do fludo;

    Dimenses da partcula slida, distribuiogranulomtrica, forma da partcula, tendncia afloculao e deformidade;

    Concentrao da suspenso de alimentao;

    Quantidade do material que deve ser operado;

    Valores absolutos e relativos dos produtos lquidos eslidos;

    Grau de separao que se deseja efetuar;

    Custos relativos da mo-de-obra, do capital e de energia.

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    Meio Filtrante.

    A variedade de meios filtrantes utilizados industrialmente to grande que seu tipo serve como critrio declassificao dos filtros: leitos granulares soltos, leitosrgidos, telas metlicas, tecidos e membranas.

    Os leitos granulares soltos mais comuns so feitos deareia, pedregulho, carvo britado, escria, calcrio,coque e carvo de madeira, utilizado para clarificarsuspenses diludas.

    Os leitos rgidos so feitos sob a forma de tubos porosos

    de aglomerados de quartzo ou alumina (para a filtraode cidos), de carvo poroso (para solues de soda elquidos amoniacais) ou barro e caulim cozidos a baixatemperatura (usados na clarificao de gua potvel).

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    Meio Filtrante.

    Os tecidos so utilizados industrialmente e ainda so osmeios filtrantes mais comuns.

    H tecidos vegetais, como o algodo, a juta (para lcalisfracos), o cnhamo e o papel; tecidos de origem animal,como a l e a crina (para cidos fracos);

    Minerais: amianto, l de rocha e l de vidro, para guas decaldeira; plsticos: polietileno, polipropileno, PVC, nylon,teflon, orlon, saran, acrilan e tergal.

    O inconveniente que a durao de um tecido limitada pelodesgaste, o apodrecimento e o entupimento. Por estemotivo, quando no estiverem em operao, os filtros devemficar cheios de gua para prolongar a vida do mesmo. Poroutro lado, o uso de auxiliares de filtrao diminui oentupimento dos tecidos, prolongando sua vida til.

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    Tipos de Filtro.

    O tipo mais indicado para uma dada operao aquele que, alm

    de satisfazer aos requisitos de operao, tambm satisfaz quantoao custo total de operao.

    A classificao dos diversos modelos pode ser feita com base nosseguintes critrios:

    Fora propulsora: gravidade, presso (com ar ou bomba), vcuo,

    vcuo presso e fora centrfuga; Material que constitui o meio filtrante: areia, tela metlica, tecido,

    meio poroso rgido, papel;

    Funo: strainers,clarificadores, filtros para torta e espessadores;

    Detalhes construtivos: filtros de areia, placas e quadros, lminas erotativos;

    Regime de operao: batelada e contnuos;

    s vezes a classificao feita em grupos caracterizados pelostipos de maior tradio: Kelly, Vallez, Oliver, Moore, Sweetland.

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    Tipos de Filtro.

    Adotando os detalhes construtivos como critrio principal e fazendo acombinao dos outros critrios, os modelos seguem a distribuio

    abaixo: Filtros de leito poroso granular Filtros prensa:

    de cmarasde placas e quadros

    Filtros de lminas:MooreKellySweetlandVallezTipos variantes

    Filtros contnuos rotativos:TamborDiscoHorizontais

    Filtros especiais.

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    Filtro-Prensa de Placas e Quadros

    O mais comum.

    Baixo custo de projeto e de manuteno. Extrema flexibilidade na operao.

    Necessita da desmontagem manual e consequentemente, mo-de-obra.

    Este tipo de filtro apresenta placas quadradas, com faces planas ebordas levemente ressaltadas. Entre duas placas sucessivas daprensa h um quadro que serve como espaador das placas. Decada lado de um quadro h uma lona que encosta-se placacorrespondente. Assim, as cmaras onde ser formada a torta ficamdelimitadas pelas lonas. A estrutura de suporte do conjunto tem

    barras laterais que servem de suporte para as placas e os quadros.O aperto do conjunto feito por meio de um parafuso ou sistemahidrulico.

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    Figuras: www.bomax.com.br

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    Clculos de Filtrao

    O escoamento do filtrado atravs do bolo do filtro passvel de umadescrio analtica por qualquer das equaes gerais deescoamento atravs de leitos compactos. Na realidade, em quasetodos os casos prticos, o escoamento laminar e usa-se aequao de Carman-Kozeny.

    Esta equao relaciona a queda de presso atravs do bolo do filtro

    vazo, porosidade do bolo, e sua espessura, e tambm aodimetro da partcula slida.

    Transformando a equao uma coordenada pertinente filtrao,isto , em termo da rea superficial especfica, temos:

    2

    3 2

    v(1 )180 s

    p

    P

    L D

    (1)

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    Clculos de Filtrao

    Sendo So= rea superficial especfica, de material slido. Ento:

    Resolvendo esta equao para a velocidade de escoamento se tem:

    Sendo: A = rea de filtraodV/dt = taxa de filtrao, isto , o volume de filtrado que passa pelo

    leito por unidade de tempo.

    0

    6 6

    pp

    p

    DA S

    V

    (2)

    2 2

    035(1 ) v

    s SPL

    (3)

    3

    2 2

    1v 5(1 )

    s

    o

    P dV

    S L A dt

    (4)

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    Clculos de Filtrao

    Para integrar a equao (4) e ter uma relao utilizvel para todo oprocesso, preciso que apenas duas variveis apaream naequao. As grandezas V, t, L, P, Soe podem todas variar.

    A espessura da torta (bolo) (L) pode ser relacionada ao volume dofiltrado por um balano de massa, pois a espessura proporcionalao volume de alimentao fornecido ao filtro.

    Sendo:

    s= densidade dos slidos no bolo do filtro.W = peso dos slidos na suspenso de lquido por unidade de volumedo lquido nesta suspenso.

    V = volume do filtrado que passou pela torta (bolo) do filtro.

    (1 ) ( )

    (1 )

    s

    s

    LA W V LA

    WVL

    A

    (5)

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    Clculos de Filtrao

    O termo final da equao (5) (LA) representa o volume do filtrado

    retido na torta (bolo) do filtro. Este volume normalmente muitopequeno em relao a V, volume do filtrado que passou pelo leito.

    Admitindo que esta parcela seja desprezvel e combinando asequaes (4) e (5), temos:

    Sendo: = resistncia especfica da torta (bolo), definida como:

    A equao (6) a equao bsica da filtrao em termos da perdade presso atravs da torta (bolo).

    3

    22 2

    3

    15(1 )

    5(1 )(1 )

    oo

    s s

    dV P PA PA

    wV SA dt wVS WV

    A

    (6)

    2

    3

    5(1 )1 o

    s

    SdV PA

    A dt wV

    (7)(6)

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    Clculos de Filtrao

    Incluso da resistncia do meio Filtrante (Rm).

    A equao (6) expressa na forma familiar de uma taxaproporcional a uma fora motriz dividida por uma resistncia. Nestecaso, a fora motriz e a resistncia so pertinentes apenas torta(bolo) do filtro.

    Uma queda (P) no sistema significa incluir tambm as resistnciasde escoamento em srie.

    Sendo Rm A resistncia ao meio filtrante e da tubulao deescoamento do filtrado.

    (8)

    m

    dV P

    wVAdt

    RA

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    Clculos de Filtrao

    Separando as variveis e integrando a equao (8) para tortasincompressveis (

    = constante) e para operao de

    P constante,

    temos:

    200

    2

    2

    2

    2 A

    Vt

    m

    m

    m

    RwVdt dV

    P A A

    w V Vt RP A A

    Rt wV

    V P A P

    (9)

    (10)

    1 2

    1 22 e

    2

    m

    y K x K

    RwK K

    PA AP

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    Inclinao = K1

    K2= coef. linear

    t/V

    V

    Grfico para determinao de e Rmem um ensaio de filtrao a presso constante.

    OBS: Regresso Polinomial:1 Plotar um grfico t(y) x V (x).2 - fazer a regresso polinomial de 2 ordem para obter a equao.

    t = a0+ a1V + a2V2

    3 Derivar dt/dV = a1+ 2a2VK1= 2a2e K2= a1

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    Processo com tortas compressveis

    Se independente de P a torta incompressvel. Masusualmente aumenta com P, pois a torta geralmente compressvel. Uma equao emprica foi determinada em pressesmodelaras.

    Sendo:

    0 - Resistncia especfica da torta em presso nula; umaconstante.

    s Fator de compressibilidade da torta, constante em domnios

    moderados de presso. Valores empricos que podem ser determinados por experimentos.

    Quando s = 0, tortas incompressveis.

    Para s entre 0 e 1, tortas compressveis.

    0s

    P

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    Exerccio de Filtrao.

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    0,000 0,002 0,004 0,006

    10000

    15000

    20000

    t/v

    Linear Fit of t/vt/v(s/m3)

    v (m3)

    Equation y = a + b*x

    Adj. R-Square 0,99608

    Value Standard Error

    t/v Intercept 6783,7529 187,34985

    t/v Slope 2,88496E6 60330,3248