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CURSO NOVA HUMANIDADE Huberto Rohden Aula 22 Visitantes Espaciais 04/10/1977 Fritz Kahn reproduziu este desenho de Le Maitre no livro “O Átomo”, adotando a mesma teoria. Fritz Kahn é um cientista alemão e Le Maitre é um astrônomo belga. Tanto Le Maitre como Fritz Kahn e quase todos os astrônomos de hoje acham que está certa a teoria de Le Maitre de implosão e explosão. Vocês sabem! O contrário de explosão é implosão. Implosão é de fora para dentro e explosão é de dentro para fora. Então, eles usam os termos: implosão atômica e explosão cósmica. A implosão atômica forma este átomo aqui. E depois vem a explosão cósmica, quando o átomo explode, estilhaça e vai para todo o universo. Quase todos hoje adotam a teoria da explosão cósmica e da implosão atômica. O átomo é pura energia. Quando há implosão, então, resulta pura energia sem matéria. Quando há explosão a energia implodida se transforma em matéria explodida. É muito claro, é matemática pura!... Então, Le Maitre, Karl Fritz Kahn e outros acham que o universo veio de um núcleo atômico. Aqui é um núcleo atômico, também chamado Próton, (o primeiro). Próton - do grego é primeiro. O próton é o princípio de todas as coisas. Quer dizer que eles imaginam que primeiro se concentrou toda energia do universo. Estava concentrado num ponto indivisível. E quando ele chegou ao máximo de implosão e concentração (que é implosão), não aguentou mais e explodiu. Mas toda a energia do universo estava lá dentro. Toda a energia do universo estava concentrada dentro deste núcleo. Fritz Kahn disse que não era um núcleo, mas, uma nuvem nuclear. Uma nuvem de núcleos formou então isto. Aqui é a explosão - depois do excesso de implosão de energia atômica ele teve que arrebentar. Jogou para fora de si galáxias, sistemas solares, sistemas estelares e assim por diante. Pelo cálculo que Le Maitre fez, isto aconteceu mais ou menos 3 500 milhões de anos antes da nossa era. E o resultado foi mais ou menos 100 milhões de sistemas solares, ou de galáxias. Melhor dizer galáxias, porque sistema solar é menos que galáxia. Desta explosão resultaram mais ou menos 100 milhões de galáxias, de vias lácteas. Em grego chama galáxias - vias lácteas é latim. Então, isto são 100 milhões de vias lácteas ou galáxias. Esses estão ainda se alargando, ainda não acabou a explosão. Ela começou 3 500 milhões de anos antes de nossa era. Mas ainda está alargando - o nosso universo ainda está alargando; quer dizer que a explosão ainda não terminou. 175

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CURSO NOVA HUMANIDADE Huberto Rohden

Aula 22 Visitantes Espaciais

04/10/1977

Fritz Kahn reproduziu este desenho de Le Maitre no livro “O Átomo”, adotando a mesma teoria. Fritz Kahn é um cientista alemão e Le Maitre é um astrônomo belga. Tanto Le Maitre como Fritz Kahn e quase todos os astrônomos de hoje acham que está certa a teoria de Le Maitre de implosão e explosão.

Vocês sabem! O contrário de explosão é implosão. Implosão é de fora para dentro e explosão é de dentro para fora. Então, eles usam os termos: implosão atômica e explosão cósmica. A implosão atômica forma este átomo aqui. E depois vem a explosão cósmica, quando o átomo explode, estilhaça e vai para todo o universo. Quase todos hoje adotam a teoria da explosão cósmica e da implosão atômica. O átomo é pura energia. Quando há implosão, então, resulta pura energia sem matéria. Quando há explosão a energia implodida se transforma em matéria explodida. É muito claro, é matemática pura!...

Então, Le Maitre, Karl Fritz Kahn e outros acham que o universo veio de um núcleo atômico. Aqui é um núcleo atômico, também chamado Próton, (o primeiro). Próton - do grego é primeiro. O próton é o princípio de todas as coisas.

Quer dizer que eles imaginam que primeiro se concentrou toda energia do universo. Estava concentrado num ponto indivisível. E quando ele chegou ao máximo de implosão e concentração (que é implosão), não aguentou mais e explodiu. Mas toda a energia do universo estava lá dentro. Toda a energia do universo estava concentrada dentro deste núcleo.

Fritz Kahn disse que não era um núcleo, mas, uma nuvem nuclear. Uma nuvem de núcleos formou então isto. Aqui é a explosão - depois do excesso de implosão de energia atômica ele teve que arrebentar. Jogou para fora de si galáxias, sistemas solares, sistemas estelares e assim por diante.

Pelo cálculo que Le Maitre fez, isto aconteceu mais ou menos 3 500 milhões de anos antes da nossa era. E o resultado foi mais ou menos 100 milhões de sistemas solares, ou de galáxias. Melhor dizer galáxias, porque sistema solar é menos que galáxia. Desta explosão resultaram mais ou menos 100 milhões de galáxias, de vias lácteas. Em grego chama galáxias - vias lácteas é latim. Então, isto são 100 milhões de vias lácteas ou galáxias. Esses estão ainda se alargando, ainda não acabou a explosão. Ela começou 3 500 milhões de anos antes de nossa era. Mas ainda está alargando - o nosso universo ainda está alargando; quer dizer que a explosão ainda não terminou.

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Os astrônomos provam pelos maiores telescópios... (O de Palomar, na Califórnia é o maior telescópio do mundo) em que a gente pode verificar que o universo não é estático, mas, é dinâmico - ele não está parado. Ele vai se alargando cada vez mais. Nós não sabemos quando é que vai acabar a explosão. Quando ela acabar vai recomeçar a implosão. Mas isto leva centenas de milhões de anos. Nós não vamos saber nada disto, pelo menos deste lado - talvez do outro lado. E se terminar a explosão até o fim, então, recomeça a implosão. Estes são os termos da astronomia: Explosão e implosão.

Os termos da filosofia oriental são exalação e inalação de Brahman. Vocês já devem ter lido isto. São termos de filosofia oriental.

Em termos de medicina podemos chamar isto diástole e sístole. São os movimentos do nosso coração. Quando o nosso coração joga o sangue pelas artérias isto é diástole. E quando o nosso coração recolhe o sangue pela sístole, o sangue venoso vai para o coração purificado pelos pulmões, depois ele entra outra vez e é empurrado de novo pela diástole. Podemos usar estas palavras:

A astronomia usa explosão, A filosofia usa exalação. A medicina usa para o corpo humano, diástole. Podemos aplicar.

Bem, e onde estamos nós morando? Onde é a nossa terrinha. Fritz Kahn diz: é aqui mais ou menos, este pontinho. Este aqui, vocês não podem ver - este pontinho é invisível, quase. Aqui moramos nós, imaginem! O resto do universo não sabe nada de nós. Porque nós fazemos parte integrante, partícula mínima de um sistema solar que é isto aqui. Isto é uma galáxia, isto é o sistema solar, que faz parte da nossa galáxia. Galáxia é muito maior. A via Láctea é isto aqui (uma espiral). Então, aqui está o sistema solar com os seus planetas e um dos planetas é a nossa terra. Ao lado estão os outros: mercúrio, um pouco mais perto do sol. Marte lá, Vênus e Júpiter e etc... quer dizer, nós estaríamos aqui. O que nós somos em comparação com os outros do universo? Isto não é todo o universo, isto é apenas uma explosão do universo. Não devem pensar que isto seja o universo! Não, isto é um ponto de explosão, onde explodiu uma nuvem nuclear e deu esta parte do universo.

Há milhões e milhões destes sistemas no universo. Este é apenas um destes milhões de sistemas. E nossa terrinha estaria aqui. Uma coisa microscópica. Ninguém sabe nada do resto do universo. Se a nossa terra fosse à breca amanhã e morresse toda a vida na terra, e fosse desintegrada por forças atômicas, ninguém ia chorar por nós. Ninguém diria que houve uma tragédia! Não!... desapareceu um pontinho microscópico, não se sabe porquê. Algum astrônomo ia verificar que desapareceu um pontinho, que é a nossa terra. Mas, o resto não se ia cobrir de luto. Nada, nada... quer dizer que nós não somos tão importantes em face do todo. Nós, porque estamos num pedacinho do universo, achamos muito importantes.

Outrora, todo mundo pensava que nós éramos o centro do universo. E isto aqui não é nem o centro do nosso sistema solar, muito menos o centro da galáxia. Não somos nada.

Quer dizer, nós temos que estudar muito a nossa teologia e a nossa filosofia, por causa disto. Coisas que são certas hoje em dia. Nós somos uma partícula mínima, insignificante do universo. Por isto, nós não podemos mais fazer filosofia telúrica, filosofia terrestre.

Temos que fazer filosofia cósmica, filosofia univérsica. Nós não podemos mais pensar em termos domésticos da nossa terrinha, como se a nossa terrinha fosse uma coisa importante. Não é nada. Vamos começar a pensar em termos cósmicos, em termos univérsicos. É muito importante chegar a esta conclusão. E não considerar a nossa terra como um centro. A nossa terra não é nenhum centro. É apenas o centro da nossa lua. E nós devemos pensar em termos univérsicos, cósmicos - não por causa da nossa viagem à lua, isto não tem nenhuma importância.

Nós achamos uma coisa grandiosa: os americanos foram à lua, e mandaram mensagens eletrônicas de lá. Isto não quer dizer nada. Isto é uma tempestade num copo d’água. Uma tempestade num copo d’água tem alguma importância? Esta nossa viagem à lua é uma tempestade

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num copo d’água - porque a nossa lua está logo ali na esquina. A nossa lua está menos de 400 mil Km da terra. É como se fizesse um barulho por causa de uma pessoa ali na esquina.

Se eu faço uma viagem daqui à próxima esquina... é um grande acontecimento? Não. A nossa viagem à lua é como quem faz um passeio da sua casa até a próxima esquina. Não significa nada.

O que já é muito maior é a viagem de outras entidades cósmicas pela nossa terra. Está

acontecendo, vocês sabem. Há tempos que estamos sendo visitados por entidades desconhecidas, através de aparelhos desconhecidos que nós não fabricamos e que usam combustíveis que nós não usamos... Não usam gasolina, não usam petróleo. Nós não sabemos o que é que eles estão usando. Provavelmente energia eletromagnética, porque o espaço está cheio de energia eletromagnética. Não precisa cavar a terra para tirar petróleo, refinar, vender caro e depois viajar... isto é uma coisa muito primitiva. Só mesmo na nossa terrinha se pode fazer tal bobagem.

Os outros, que vêm de outros... provavelmente, nem vêm de planetas, provavelmente vêm do espaço. Eu acho que não vêm de outros planetas estes tais que nos visitam de vez em quando. Hoje em dia está provado, estas visitas não são mais fantasia. É certo que entidades de outros mundos ou do espaço - eu acho mais provável que não sejam de outros planetas, mas, que são habitantes do espaço. Eu digo isto e dizem:

- Mas, como é que se pode morar no espaço, onde pôr os pés no espaço? - Escutem! nós somos tão míopes na nossa visão que pensamos que não se possa viver sem

corpo material. Para nós a matéria é importante porque sem matéria não se tem corpo. Mas vocês não devem transferir esta ideologia para o cosmos, para o universo. Isto é uma ideologia doméstica, uma ideologia telúrica, muito estreitinha - que a gente não possa viver senão num pedaço de terra. Nós temos que pôr os pés num pedaço de terra senão não podemos viver, quem diz que os outros fazem isto?

Pode haver entidades no espaço, entidades inteligentes, muito mais inteligentes do que nós. Muito mais avançados na cultura que nós. Podem viver no espaço; no espaço sem matéria. Podem ter corpo astral. Por que não pode haver corpo astral? Nós só conhecemos corpo material. Mas, já falamos de vez em quando que quando a gente deixa o corpo material, na hora da morte, a gente continua com corpo astral. E outros perguntam, mas, o que é isto corpo astral?

- Astral é um termo que quer dizer pura energia. O que é pura energia é astral. Não é material. Einstein diz: a energia é matéria descongelada e a matéria é energia congelada. Palavras de Einstein! Quer dizer, o astral seria matéria descongelada. Quando há muita velocidade, então há energia. E quando diminui a velocidade, então, se chama energia congelada.

Vamos dizer: na energia há uma vibração, uma velocidade de 100.000 por segundo tem 100.000 vibrações por segundo. Se esses 100 000 passar a 50 000, então, podíamos chamar isto matéria. E se vai acima de 100 000 então, podemos chamar isto luz. Eisntein diz: luz é o mais alto. No meio está energia e bem no fundo está a matéria. Então, ele diz: a matéria é a energia descongelada e a energia é luz condensada. E a luz é energia descondensada. Isto são os termos da ciência atual.

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A luz é a coisa mais alta que conhecemos no mundo físico. Porque a luz ainda é física. Então, a luz é energia descondensada e energia é matéria descongelada. Em cima tem o máximo de velocidade. No meio tem meia velocidade e embaixo tem o mínimo de velocidade. Quer dizer que a matéria é a coisa mais passiva que existe. A luz é a coisa mais ativa que existe. E a energia está no meio, equidistante da matéria e da luz.

Bem, então, os que têm corpo astral teriam um corpo de pura energia. Pode até ser que tenham um corpo de luz, porque pode haver corpo de luz, corpo de pura luz. Mas, vamos dizer que tem corpo de energia pura, astral, e não corpo material. É bem possível que estas entidades existam no espaço. Não tenham nenhum corpo material como nós, mas tenham um corpo invisível, um corpo energético, um corpo astral, um corpo de matéria descongelada como diria Eisntein... ou de luz condensada.

É a mesma coisa: matéria descongelada e luz condensada. E eles vêm aqui nos visitar de vez em quando, não é novidade!... A história está cheia destas

coisas. Mas, naquele tempo eles chamavam isto os deuses. Os deuses que visitavam a terra (Júpiter) as coisas misteriosas que vinham de outros mundos eles chamavam deuses.

Nós não usamos mais mitologias antigas e dizemos: não, isto são entidades de outros mundos ou do espaço que parecem não ter corpo físico, mas, têm muita inteligência. Como eles viajam em aparelhos que ninguém de nós sabe fazer, com toda a nossa técnica, (porque é muito primitiva a nossa, nós ainda fazemos máquinas pesadas e precisamos usar combustíveis materiais da terra; eles não usam)... Os aparelhos deles também não são materiais. São astrais, os corpos são astrais, só se materializam quando entram na nossa atmosfera. Na entrada da atmosfera terrestre que é material os corpos destas entidades se materializam e os aparelhos deles também se materializam.

Sempre quando nós vemos estes chamados discos voadores, sabemos que aquilo é energia materializada. Energia materializada temporariamente. E quando eles deixam a nossa atmosfera terrestre, eles se desmaterializam outra vez. Eles se desmaterializam na saída e se materializam na entrada. E são seres muito inteligentes, porque podem voar em absoluto silêncio...

Nossos aviões fazem muito barulho. Todas as nossas máquinas fazem barulho. Eles voam em absoluto silêncio, numa velocidade supersônica, sem ruído. Iluminam seus aparelhos com luz maravilhosa, com luz em diversas cores. Pelas janelinhas redondas lá em cima sempre aparecem... Azulado, esverdeado e dourado - são as luzes que predominam. Com a velocidade do aparelho elas mudam de cores. Pelo lado de baixo geralmente tem luz branca só.

E, eles visitam nossa terra há muito tempo - não é novidade. Nós não prestamos atenção a isto porque eram da mitologia ainda. Mas, ultimamente estamos prestando mais atenção. Perguntam: são amigos ou inimigos?

São amigos e inimigos também. Eles são seres livres como nós. Nós somos todos bons? Não, há muitos maus. Eles também. Não é certo que todos sejam bons, muitos podem ser maus; porque onde há

livre arbítrio existe a possibilidade do bem e do mal. E certamente estes seres têm livre arbítrio. Não são máquinas. São seres inteligentíssimos.

Então, eles podem ser nossos inimigos e podem ser nossos amigos. Se eles são nossos inimigos eles querem fazer-nos mal. Alguns pensam que eles queiram apoderar-se do planeta terra ....não sei se é verdade. São hipóteses. Outros pensam que eles querem matar a humanidade por causa de sua podridão, que existe em grande parte. Porque nós degeneramos horrivelmente a humanidade. Deturpamos tudo. Deturpamos filosofia, deturpamos religião, deturpamos o nosso próprio corpo, deturpamos o espírito. Estamos numa putrefação contínua.

A filosofia oriental chama isto Kaliyuga. Nós estamos na Kaliyuga. Kali é preto; yuga é era, idade. Estamos na idade preta, na idade negra, na idade tenebrosa. É filosofia oriental que é muito antiga. Atualmente nós estamos na era tenebrosa. Tudo é decadência, decadência, decadência...

Bem, se os seres de outros mundos veem a nossa decadência cada vez maior, eles podem ter vontade de acabar conosco, para limpar a terra. Fazer limpeza de uma grande lixeira, aí. Parece

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que eles querem acabar conosco. Outros dizem, não, eles não vão acabar conosco. Eles nos estimulam para que façamos aparelhos atômicos. Porque estes aparelhos atômicos é que vão acabar conosco e explodir a terra. Pode ser que nós vamos destruir a humanidade - nós não vamos destruir a terra, mas, vamos destruir a vida na terra.

A vida na terra nós podemos destruir. Envenenando todo ar, com radioatividade, adeus vida. Não sobra ninguém, nem cachorro, nem gato. Morre tudo, porque a vida não é possível nesta atmosfera. A vida só é possível na atmosfera que nós temos agora. A nossa poluição pode envenenar as cidades, mas, não envenenam muito o campo. Mas, se vier a energia radioativa em alta potência não são só as cidades que vão ser atingidas pelo veneno; o mundo inteiro de polo a polo vai ser rodeado de veneno. Adeus vida!... A vida orgânica não pode viver neste veneno.

Pensam alguns que os visitantes misteriosos estão provocando este envenenamento da atmosfera feita por nós, mas, nós não precisamos deles para envenenar a terra - nós sabemos envenenar a terra. Nós sabemos!... a nossa inteligência descobriu isto... - como é que se pode envenenar o ar ao redor do globo. Então, morre tudo, isto pensam alguns.

E se há visitantes bons, o que é que eles querem aqui? Bem, eles nos querem prevenir do perigo. É bem possível que alguns sejam bons e querem

prevenir-nos do perigo que há neste avanço das experiências atômicas porque deixam um lixo enorme de radioatividade. Os lixo radioativo - são os fragmentos que sobram das experiências atômicas. Outrora envenenavam a terra. Agora põem aquele lixo no fundo da terra. Nos Estados Unidos e na Rússia estão cavando túneis enormes para enterrar o lixo de radioatividade, para não envenenar a superfície da terra.

Os franceses já jogaram o lixo para além da estratosfera. 10 000 metros para fora da nossa terra. Mas, na estratosfera ele cai para baixo. Pouco a pouco ele vai descer. Venha de cima ou venha de baixo ele vai envenenar a nossa terra.

E por isso parece que alguns estão prevenindo. Inventaram dois nomes para estes visitantes. Chamam uns de serpentes, e outros de Querubins. Isto é tirado do Gênesis. No Gênesis aparece a serpente venenosa querendo dissuadir os homens de obedecer a Deus. Isto seriam os nossos inimigos do espaço. E Querubins que estão guardando a árvore da vida, como diz o Gênesis, seriam os nossos amigos astrais que são bons.

Voltando ao princípio, nós não podemos mais pensar em termos domésticos, em termos telúricos, em termos próprios. Temos que começar pouco a pouco em termos univérsicos, em termos cósmicos. Por quê? Porque as mesmas leis que regem o universo, regem também o nosso corpo. Não há 2 leis. Há uma lei só. Há uma lei para o macrocosmo sideral. Isto é o universo físico. E a mesma lei funciona no microcosmo hominal, que somos nós. A natureza humana é chamada microcosmo hominal e o universo físico é chamado macrocosmo sideral. A lei é a mesma. Não existem 2 leis na natureza. Há uma lei, por detrás da pluralidade das leis há uma unidade da lei. Ela funciona em nós e funciona no universo.

A lei é essencialmente a lei da antítese e da síntese. Todo o universo é feito de antíteses. Positivo e negativo, luz e treva; são antíteses. Anti→ tese. A tese é a essência. As antíteses são as existências.

2a. parte A tese é uma só, mas as antíteses são duas. A tese não tem polos, não tem positivo nem

negativo. Porque a tese é a essência, a tese é o infinito. A tese é o absoluto. A tese é o eterno. A tese é a Divindade. A tese é Brahman, Tao, Yahvé. Tese é palavra grega para posição. Mas, isto é na essência. Na essência só há tese.

Mas, nós estamos na existência. A existência é produzida pela essência. Na existência tudo é bipolar. Tudo tem dois polos. Não existe nada na existência da natureza que não tenham dois polos.

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É positivo e negativo, é luz e é treva, é masculino e feminino. É tudo bipolarizado. Toda a natureza consiste em 2 polos. Esses dois polos se chamam antíteses. Contratese, contraposição.

Na natureza está cheio de antíteses. Tudo na natureza é positivo e negativo. Esta luz elétrica é positiva e negativa. Se vocês não tivessem dois polos nesta lâmpada vocês não teriam luz. O polo positivo não dá luz. O polo negativo não dá. Só o conjunto dá luz. Tudo que funciona na natureza é feita de dois polos. Mas na natureza os dois polos são combinados. Funcionam harmoniosamente. Um polo nunca é contrário a outro polo. Nunca é contrário, sempre é complementar. Um polo completa outro. O positivo completa o negativo. O negativo completa o positivo.

Isto se chama síntese. Síntese é a união das 2 antíteses em forma harmoniosa. Isto é síntese, composição. Tese é posição. Antítese é contraposição. E síntese é composição. A natureza toda é uma grande síntese. Tudo está harmonizado eternamente. A natureza não se desarmoniza. Está sempre em perfeito equilíbrio entre positivo e negativo. Ela não exclui um dos polos para afirmar o outro. A natureza sempre combina os dois polos. Faz um tratado de paz entre positivo e negativo. Isto é a natureza.

Na natureza isto acontece automaticamente. A natureza não sabe nada disto porque ela não tem consciência. Mas, uma inteligência superior, uma consciência cósmica que rege o universo já estabeleceu de antemão a síntese para as antíteses da natureza. A natureza não tem que fazer isto, não sabe nada disto. Isto lhe acontece automaticamente. Na natureza tudo é automático. E o que é automático é seguro, não falha. O que não é automático, isto falha. Em nós não existe automatismo. O nosso automatismo foi substituído pelo livre arbítrio. O livre arbítrio não é infalível.

Nós podemos fazer a síntese e também podemos não fazer a síntese. Quando fazemos a síntese dos nossos polos positivo e negativo, então, nós somos perfeitos. Quando não fazemos a síntese, então, somos imperfeitos. Quando fazemos a síntese entre os dois polos positivo e negativo, então, somos felizes. Quando não fazemos a síntese somos infelizes. Quando fazemos a síntese temos saúde e quando não fazemos a síntese, então, temos doença.

A síntese é saúde, vida, perfeição, felicidade. Mas, na humanidade a síntese não é automática. Na natureza é automática, mas, em nós pode falhar. Nós podemos fazer a síntese de dois polos e também podemos não fazer, mas, não fazemos ainda. A natureza não pode fazer e não fazer. Ela tem que fazer. Na natureza nada depende do querer. É uma questão de dever. A natureza deve..deve...e deve. Não tem liberdade. Quem deve não é livre. Agora nós estamos na posição estranha do querer. Eu posso querer e eu posso não querer. Isto é o nosso livre arbítrio. E por isso, para nós a síntese das 2 antíteses não é garantida. Ela depende de nós.

Nós somos os autores desta síntese. A natureza não é autora da síntese. A síntese foi feita pela natureza por uma inteligência transcendental. Pode dizer Deus, a Divindade, isto não interessa. Uma inteligência cósmica já estabeleceu o automatismo da síntese na natureza. Por isso na natureza não falha. Ela é infalível no seu mecanismo. Porque tudo que é mecânico é infalível, mas, o que é livre não é infalível. A nossa felicidade não é certa. A nossa perfeição não é certa. A nossa saúde e vida não são coisas certas. Depende sempre de nós. Na parte física também depende da natureza.

A nossa parte física também está sujeita às leis da natureza automática, mas, a nossa parte espiritual, o nosso centro humano está sujeito ao livre arbítrio. Não o nosso corpo. O nosso corpo segue as leis da natureza que ele faz parte. Porque o nosso corpo não é livre. Livre é somente o nosso espírito, mas, o nosso espírito pode dominar o corpo. O espírito pode fazer a antítese sem síntese e o espírito pode fazer síntese.. A síntese nós sempre chamamos a perfeição. A perfeição é a felicidade.

Para o homem ser feliz ele tem que fazer a síntese, de quê? Dos dois polos da sua natureza. Que polos da natureza temos nós? Toda a natureza é bipolar. Como é que nós faríamos

exceção. Não pode ser. No mundo sideral há atração e repulsão. São os dois polos. Atração centrípeta e repulsão centrífuga. Ou seja, implosão e explosão. São os dois polos da natureza. Em nós os dois polos se chamam o nosso Eu e o nosso ego. Nós também somos bipolarizados. Nós não somos inteiramente o nosso ego, nem somos inteiramente o nosso Eu. Podemos dar ao nosso ego

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um prefixo negativo e dizer que o nosso ego é o polo negativo e podemos dar ao nosso eu um prefixo positivo e dizer que nosso eu é positivo, mas, a perfeição não consiste no negativo e não consiste no positivo.

A perfeição e a felicidade consistem num perfeito equilíbrio, numa harmonia completa entre o positivo e o negativo; entre o Eu positivo e o ego negativo. Isto se chama perfeição. O homem integral não é Eu e não é ego. O homem integral não mata o ego para fazer viver o Eu, também não mata o Eu para fazer viver o ego. Isto não é perfeição.

O homem integral, o homem perfeito e feliz sabe que os dois polos têm que ser combinados em perfeita harmonia. Nenhum dos dois devem ser destruídos. E também não deve haver desarmonia entre os dois. Nem destruição de um, nem desarmonia entre os dois. Isto não é felicidade. Nós sabemos que somente a harmonia, o equilíbrio, a síntese, portanto, a perfeita síntese entre os dois polos da natureza humana nos dá perfeição. E nos dá felicidade, e nos dá até imortalidade.

A imortalidade não é outra coisa senão a síntese entre os dois polos da nossa natureza. Porque a nossa imortalidade é da existência, não é da essência. A essência é sempre imortal A essência nunca morre. A essência é eterna e infinita. Mas, nós estamos na existência, agora. É um produto da essência. Nós temos que imortalizar a nossa existência. Portanto, temos que imortalizar os nossos dois polos, o nosso positivo e o nosso negativo que são existência. Pela essência não há polo.

E como é que podemos imortalizar a nossa existência humana bipolarizada? Somente por uma perfeita harmonia estabelecida entre os dois polos. A harmonia é a perfeição. Eu digo isto porque há uma tendência que pensa, alguns pensam que a perfeição seja o eu sem o ego. Esses são os chamados espiritualistas.

Eles dizem que são espiritualistas porque detestam tudo que é material e exaltam tudo que é espiritual. Isto não é perfeição. A natureza não manda fazer isto. Os materialistas fazem o contrário e dizem: ‘eu só afirmo o ego, não quero saber desta bobagem do Eu. Isto é fantasia, esta mistificação.’ Quer dizer, que vivemos sob 2 extremos: ou somos materialistas por um lado, ou somos espiritualistas por outro lado. E pensam que ser espiritualista é a perfeição. Não é verdade. É preciso ser universal.

Somente o homem universal, ou se quiserem, o homem cósmico, o homem universalista ou o homem univérsico, como eu prefiro dizer, só seria o homem perfeito. A nova humanidade que falei tantas vezes seria um perfeito equilíbrio entre o nosso ego periférico e o nosso Eu central. Isto seria a nova humanidade, o homem perfeito. Isto é possível estabelecer em nossa vida. Por enquanto não existe. Parece que existiu só uma vez.

Aquele carpinteiro de Nazaré cujo nome nós conhecemos, parece que tinha realizado esta síntese entre o ego e o Eu. O ego se manifesta pelo corpo, pela inteligência e pelas emoções. Mas, ele tinha corpo, ele tinha inteligência, ele tinha emoções. E o Eu se manifesta pelo espírito. Mas, que tudo que nós sabemos deste homem de Nazaré, ele nunca desprezou o seu corpo. Nunca flagelou e mutilou o seu corpo para ser espiritualista. Tratava muito bem o seu corpo, não abusava dele, nem o recusava, mas usava.

Há 3 possibilidades: a gente pode abusar que é muito ruim, a gente pode recusar as coisas do corpo, que é permitido, mas não é perfeito, e a gente pode usar.

Abusar é dos materialistas. Recusar é dos espiritualistas. Usar é do homem perfeito. Eu disse que há 3 coisas. Nós podemos usar as coisas materiais, mas, também podemos

abusar e podemos recusar. No oriente a tendência é recusar as coisas materiais. Alguns yogues lá no Himalaia dizem que comer é coisa ruim, viver na sociedade é coisa ruim, fazer negócios é coisa ruim. Nada disto se pode fazer, vamos pensar em Deus nas cavernas do Himalaia, e pronto.

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Bem, eles são espiritualistas, mas, unilaterais. É melhor ser espiritualista unilateral do que ser materialista unilateral. Porque o espiritualista unilateral pelo menos produz altas vibrações positivas e fazem bem à humanidade. Gandhi chegou a dizer que quando um único homem chega à plenitude do amor ele neutraliza o ódio de milhões. Mesmo que não conheça nenhum deles. Mas, o natural seria quando o homem chegar à sua plenitude, que ele não fosse nem materialista por um lado, nem espiritualista por outro lado - mas, universalista.

Como este Nazareno que nunca se portou como um materialista, e nunca se portou como um espiritualista, mas, sempre se portou como o que ele chama o ‘Filho do Homem’. O homem integral que ele chama o Filho do Homem. O homem perfeito para ele é a perfeita união entre os dois polos da natureza humana. Isto é cósmico. Porque o cósmico é assim automaticamente. Nós temos que fazer livremente o que no cosmos já foi feito automaticamente. É tudo a nossa tese.

Nós não fomos feitos automaticamente harmonizados. Isto é a natureza. Está automaticamente harmonizada. Nós somos potencialmente

harmonizados, mas, não atualmente. A nossa harmonia é meramente potencial. Não é ainda atual. Porque nós somos os únicos seres livres aqui na terra. O ser livre deve ser creador do seu destino: Ou da sua desarmonia, ou da sua harmonia. Isto é o nosso destino. Eu tenho nas mãos a minha imperfeição e a minha perfeição. Eu tenho nas mãos a minha infelicidade e a minha felicidade. Eu tenho nas mãos o bem e o mal - eu sou creador.

Os gregos têm uma palavra bonita para o homem. Chamava o homem de demiurgo. Podem ver no dicionário o que é demiurgo. Demi - é a palavra grega para semi em latim. Semi, quer dizer meio. Urgo quer dizer creador. Os gregos chamavam o homem demiurgo, semicreador. Quer dizer que nós somos creadores. Não creador absoluto como a Divindade. Mas, nós somos demiurgos. Podemos crear o nosso bem e podemos crear o nosso mal. Podemos crear harmonia e podemos crear desarmonia. Podemos crear felicidade e podemos crear infelicidade. Podemos crear mortalidade e podemos crear imortalidade. Isto é ser demiurgo, semicreador.

Nós somos semipoderosos. Não somos absolutamente poderosos, mas, somos 50% poderosos, por assim dizer. Quer dizer, o nosso destino humano depende de nós e não depende das circunstâncias. Depende da nossa substância humana e não depende das circunstâncias externas. As circunstâncias podem facilitar a realização do nosso destino, também podem dificultar. As circunstãncias desfavoráveis dificultam. E as circunstâncias favoráveis facilitam a realização do nosso destino. Nenhuma circunstância me pode obrigar a ser mau. E nenhuma circunstância me pode obrigar a ser bom. Não existe, isto é ilusão dos nossos escritores modernos, que querem dizer que não existe tal coisa como liberdade. Que a liberdade é um mito.

É contra toda nossa consciência que a liberdade seja uma ilusão. Nós sabemos que temos nas mãos as chaves para nossa felicidade e a chave para nossa infelicidade. Somos demiurgos. Isto é pensar em termos cósmicos, porque o cosmos é positivo e negativo. A única diferença é que o cosmos é automaticamente harmonizado e nós somos livremente harmonizáveis. É a única diferença. Nós não somos ainda harmonizados, mas, podemos harmonizar-nos por nós mesmos. É a nossa vantagem e o nosso perigo. Porque se falhar a nossa harmonização - é ruim para nós. Mas, se realizarmos a nossa harmonização, somos muito superiores à própria natureza.

O único homem que se realizou pela síntese dos seus polos vale mais que todo o universo, porque fez livremente o que o universo fez automaticamente. O universo não fez nada. Apenas foi feito por Deus, para ele. Mas, nós somos deuses em certo ponto, porque somos livres em fazermos o nosso destino eterno. Estão vendo? Isto é pensar em termos cósmicos. Em termos univérsicos.

Mas, o pontinho que está aqui onde moramos é mais importante que todo o resto. Não por causa do tamanho, mas, por causa da qualidade. Porque o universo não é livre. É quantidade morta. Mas, cada um de nós é qualidade viva. Qualidade é liberdade. Quantidade é automatismo.

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