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Língua Portuguesa para o ICMS/SP Questões comentadas da FCC Prof. Fernando Pestana Aula 08 Prof. Fernando Pestana www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 45 AULA 08: Redação (Registro Culto) Salve, salve!!! Coisa linda é chegar ao fim, sabendo que a galera curtiu o trabalho! Sem delongas, hoje falarei sobre Aferição quanto ao domínio do registro culto da língua ou Redação (confronto e reconhecimento de frases corretas e incorretas). “Pest do céu, que parada é essa?!?!” Muito simples: a FCC se amarra em colocar questões testando seu conhecimento da língua culta. Resumindo: este tópico trata de questões em que o enunciado exige do candidato o domínio do registro culto da língua acerca de ortografia, acentuação gráfica, emprego de nomes, pronomes, verbos, regência, crase, concordância e pontuação, basicamente. Todo o seu conhecimento acumulado sobre a língua em apenas uma questão! Gostou? Apavorou-se? Jamais! Vamos dizer à banca: “Nunca serão! Jamais serão!” É agora! Boa resolução para você! Questões da FCC com Gabarito Comentado FCC – TCE/AP – TÉCNICO DE CONTROLE EXTERNO – 2012 1- O Parque Nacional Montanhas de Tumucumaque foi criado em 2002. A área do Parque compreende o noroeste do Amapá e pequena parte do Pará. A área do Parque Nacional é coberta pela floresta tropical úmida e densa. A região abriga as nascentes de todos os principais rios do Amapá. As frases acima se articulam de modo claro, correto e com lógica no período: (A) O Parque Nacional Montanhas de Tumucumaque que foi criado em 2002, em uma área coberta de uma floresta tropical úmida e densa, abrigando as nascentes de todos os principais rios do Amapá, e ocupando o noroeste desse Estado e pequena parte do Pará. (B) A área do Parque Nacional Montanhas de Tumucumaque foi criado em 2002, onde fica o noroeste do Amapá e pequena parte do Pará, coberta por floresta tropical úmida e densa, e ainda as nascentes do todos os principais rios do Amapá.

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AULA 08: Redação (Registro Culto) Salve, salve!!! Coisa linda é chegar ao fim, sabendo que a galera curtiu o trabalho! Sem delongas, hoje falarei sobre Aferição quanto ao domínio do registro culto da língua ou Redação (confronto e reconhecimento de frases corretas e incorretas). “Pest do céu, que parada é essa?!?!” Muito simples: a FCC se amarra em colocar questões testando seu conhecimento da língua culta. Resumindo: este tópico trata de questões em que o enunciado exige do candidato o domínio do registro culto da língua acerca de ortografia, acentuação gráfica, emprego de nomes, pronomes, verbos, regência, crase, concordância e pontuação, basicamente. ☺ Todo o seu conhecimento acumulado sobre a língua em apenas uma questão! Gostou? Apavorou-se? Jamais! Vamos dizer à banca: “Nunca serão! Jamais serão!” É agora! Boa resolução para você!

Questões da FCC com Gabarito Comentado

FCC – TCE/AP – TÉCNICO DE CONTROLE EXTERNO – 2012 1- O Parque Nacional Montanhas de Tumucumaque foi criado em

2002. A área do Parque compreende o noroeste do Amapá e pequena parte do Pará. A área do Parque Nacional é coberta pela floresta tropical úmida e densa. A região abriga as nascentes de todos os principais rios do Amapá.

As frases acima se articulam de modo claro, correto e com lógica no período: (A) O Parque Nacional Montanhas de Tumucumaque que foi criado em 2002, em uma área coberta de uma floresta tropical úmida e densa, abrigando as nascentes de todos os principais rios do Amapá, e ocupando o noroeste desse Estado e pequena parte do Pará. (B) A área do Parque Nacional Montanhas de Tumucumaque foi criado em 2002, onde fica o noroeste do Amapá e pequena parte do Pará, coberta por floresta tropical úmida e densa, e ainda as nascentes do todos os principais rios do Amapá.

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(C) Em 2002, a criação do Parque Nacional Montanhas de Tumucumaque compreenderam o noroeste do Amapá e pequena parte do Pará com floresta tropical úmida e densa, além de nascentes de todos os principais rios do Amapá. (D) Criado em 2002, o Parque Nacional Montanhas de Tumucumaque, cuja área compreende o noroeste do Amapá e pequena parte do Pará, é coberto pela floresta tropical úmida e densa, e abriga as nascentes de todos os principais rios do Amapá. (E) Numa área que está coberta não só pela floresta tropical úmida e densa, mas também as nascentes do todos os principais rios do Amapá, criado em 2002, o Parque Nacional Montanhas de Tumucumaque compreende o noroeste do Amapá e pequena parte do Pará. Analisemos um por um: (A) O Parque Nacional Montanhas de Tumucumaque que foi criado em 2002, em uma área coberta de uma floresta tropical úmida e densa, abrigando as nascentes de todos os principais rios do Amapá, e ocupando o noroeste desse Estado e pequena parte do Pará. Note que o defeito desta construção está no fato de o sujeito “O Parque Nacional Montanhas de Tumucumaque” não ter verbo. Há aqui um truncamento sintático, portanto. Truncamento sintático ocorre quando há um corte na estrutura sintática de modo que o período ou a oração ficam incompletos sintaticamente. Para que houvesse uma redação correta, seria necessário reestruturar o texto; sugestão: “O Parque Nacional Montanhas de Tumucumaque, em uma área coberta de uma floresta tropical úmida e densa, abrigando as nascentes de todos os principais rios do Amapá, e ocupando o noroeste desse Estado e pequena parte do Pará, foi criado em 2002.” Agora não houve truncamento algum. (B) A área do Parque Nacional Montanhas de Tumucumaque foi criado em 2002, onde fica o noroeste do Amapá e pequena parte do Pará, coberta por floresta tropical úmida e densa, e ainda as nascentes do todos os principais rios do Amapá. Há um problema de concordância com o verbo principal no particípio (criado), que deveria concordar em gênero com ‘área’, núcleo do sujeito, ficando assim: “A área do Parque Nacional Montanhas de Tumucumaque foi criada em 2002...”. Além disso, houve erro no emprego do artigo, que é desnecessário, neste trecho: “... as nascentes do todos os principais rios do Amapá.” Deveria ser assim: “... as nascentes de todos os principais rios do Amapá.” (C) Em 2002, a criação do Parque Nacional Montanhas de Tumucumaque compreenderam o noroeste do Amapá e pequena parte do Pará com floresta tropical úmida e densa, além de nascentes de todos os principais rios do Amapá.

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Há um problema de concordância entre o verbo ‘compreenderam’ e o núcleo do sujeito ‘criação’. O verbo deve ficar no singular para concordar com o sujeito. Há um problema de coerência neste trecho: “... pequena parte do Pará com floresta tropical úmida e densa...”, pois parece que só a parte do Pará tem floresta tropical úmida e densa. Percebeu que houve uma mudança de sentido do texto quanto ao texto original? (D) Criado em 2002, o Parque Nacional Montanhas de Tumucumaque, cuja área compreende o noroeste do Amapá e pequena parte do Pará, é coberto pela floresta tropical úmida e densa, e abriga as nascentes de todos os principais rios do Amapá. Não há qualquer desvio gramatical e de sentido aqui. Eis o gabarito! (E) Numa área que está coberta não só pela floresta tropical úmida e densa, mas também as nascentes do todos os principais rios do Amapá, criado em 2002, o Parque Nacional Montanhas de Tumucumaque compreende o noroeste do Amapá e pequena parte do Pará. Observe que este trecho apresenta uma falta de paralelismo sintático: “... não só pela floresta tropical úmida e densa, mas também as nascentes do todos os principais rios do Amapá...”. Deveria ser: “... não só pela floresta tropical úmida e densa, mas também pelas nascentes do todos os principais rios do Amapá...”. Além disso, a oração “criado em 2002”, deslocada, gera ambiguidade, pois não se sabe se o Amapá ou o Parque foi criado em 2002. GABARITO: D.

FCC – TCE/AP – ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO – 2012

2- Afirma-se com correção:

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(A) (linhas 1 a 5) Os termos que compõem a sequência inicial do texto estão todos citados sob a mesma perspectiva, a da completa determinação. (B) (linhas 5 e 6) Se a frase Esse largo uso, porém, não torna seu significado evidente fosse organizada de maneira distinta, a formulação “Seu significado não se torna evidente, mas seu uso é amplo” preservaria a correção e o sentido originais, considerado o contexto. (C) (linha 8) O modo como o segmento que sucede a isto é está redigido comprova que a expressão introduz um típico verbete de dicionário. (D) (linhas 10 a 11) O segmento a palavra cidadania atende bastante bem a um dos usos possíveis da linguagem teria seu sentido e correção preservados em “Da palavra cidadania pode-se dizer que não é nada mal o seu atendimento a um dos usos possíveis da linguagem”. (E) (linhas 13 a 15) Variante da redação da autora, a frase “Então, se o seu significado é tão pouco esclarecido, a palavra ‘cidadania’ é constantemente evocada por quê?”, está em conformidade com o padrão culto escrito e preserva o sentido do enunciado original. Na alternativa B, a reescrita não preserva o sentido original, pois o trecho Esse largo uso, porém, não torna seu significado evidente mantém uma relação de oposição com a ideia do período anterior. A reescritura proposta nesta opção, a saber: “Seu significado não se torna evidente, mas seu uso é amplo”, muda o sentido original, pois aqui há uma relação de adversidade entre as orações e não entre este período e o período anterior. Na alternativa D, há uma mudança de sentido entre a expressão “bastante bem” e “não é nada mal”, pois aquela carrega um juízo de valor mais positivo em relação a esta. Na alternativa E (o gabarito!), há apenas mudança de posição dos termos sem que haja alteração de sentido e incorreção gramatical. Observe o uso do “por que” (texto original) e “por quê” (reescritura). Houve uma mudança na grafia, pois usa-se “por quê” em fim de frase (interrogativa ou não). Afora isso, não há problemas com a inversão sintática dos termos. GABARITO: E. 3- Direitos, por isso, sustentam uma espécie de argumentação pública permanente, a partir da qual os atores sociais agenciam suas identidades e tentam ampliar o escopo da política de modo a abarcar suas questões. Considerada a frase acima, estarão assegurados a correção, a clareza e o sentido originais na substituição de (A) sustentam uma espécie de argumentação pública permanente por "confirmam a homologia com a argumentação pública permanente”.

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(B) a partir da qual por “a partir de quê”. (C) de modo a abarcar por “com vistas à abranger”. (D) agenciam sua identidade por “advogam benesses em função de sua identidade”. (E) tentam ampliar o escopo da política de modo a abarcar suas questões por “intentam maior abrangência da ação política de sorte que lhes contemple os interesses” Analisando uma por uma (questão difícil): Na opção A, a substituição de sustentar (manter, apoiar-se) por confirmar (corroborar, ratificar) altera o sentido original, pois tais verbos apresentam sentidos diferentes. Além disso, homologia (semelhança) e espécie (tipo, modelo) também não são sinônimos. Na opção B, a expressão “a partir da qual” apresenta um pronome relativo (a qual), que só poderia ser substituído pelo pronome relativo ‘que’. O termo ‘quê’, acentuado, usado só em fim de frase ou antes de pontuação (vírgula, p.ex.) não é um pronome relativo, portanto não cabe tal substituição. Na opção C, há um erro grosseiro de crase. Não há crase antes de verbos! Na opção D, a expressão “advogar benesses” significa defender os benefícios, o que nada tem a ver com ‘agenciar’, que significa providenciar. Na E (o gabarito!), a expressão tentam ampliar o escopo da política tem o mesmo sentido que intentam maior abrangência da ação política. Isso fica claro na paráfrase entre expressões sinônimas, em que ampliar é substituído por abrangência, e escopo é substituído por intentam. Igualmente há sinonímia entre de modo a abarcar suas questões e de sorte que lhes contemple os interesses, em que de modo a e de sorte que são expressões conclusivas/consecutivas. Entre abarcar suas questões e lhes contemple os interesses também há relação clara de sinonímia, em que “abarcar = contemplar”, “suas = lhes” e “questões = interesses”. GABARITO: E. 4- A frase redigida corretamente é: (A) No caso de elas virem até nós, teremos a oportunidade de esclarecer por que os documentos ainda não foram liberados, e também reiterar que o diretor os mantém devidamente resguardados. (B) Quanto aos fabricantes, se se contraporem à decisão do juiz, terão de apresentar provas convincentes, que, segundo eles mesmos, não é garantia de sortir efeito em nova deliberação.

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(C) Esclareço hoje, a uma semana da audiência de conciliação, que um acordo só será aceito por meu cliente se lhe convir não só o montante da indenização, mas também a forma de pagamento. (D) Quando entrevisto candidatos, sempre os argúo acerca de sua descrição quanto a assuntos profissionais, pois esse é um dos quesitos avaliados no processo de ascenção na empresa. (E) Ele incendia todas as reuniões com essa mania de projetos mirabolantes, a ponto de sempre alguém freiar sua participação em comissões de eventos. Já que o gabarito é a letra A, por não haver qualquer tipo de incorreção gramatical, vejamos as demais opções para entendermos por que a opção A é o que há! ☺ Vejamos: (B) Quanto aos fabricantes, se se contraporem à decisão do juiz, terão de apresentar provas convincentes, que, segundo eles mesmos, não é garantia de sortir efeito em nova deliberação. O verbo contrapor é derivado do verbo pôr, portanto a conjugação é idêntica. No futuro do subjuntivo, então, a conjugação acertada é esta: “... se se contrapuserem...”. Há também problema na concordância verbal do verbo ser, em “... provas convincentes, que... não é garantia...”; deveria ser: “... provas convincentes, que... não são garantia...”. Lembra-se dessa regra? O verbo concorda com o antecedente do pronome relativo. Para fechar, o verbo sortir não está adequado neste contexto, uma vez que significa abastecer, prover, misturar, etc. O certo seria surtir, que significa acarretar, provocar. (C) Esclareço hoje, a uma semana da audiência de conciliação, que um acordo só será aceito por meu cliente se lhe convir não só o montante da indenização, mas também a forma de pagamento. Há um problema de conjugação verbal do verbo convir (derivado de vir). Como ele está no futuro do subjuntivo, conjuga-se igual a ‘vir’. Portanto: “... será aceito por meu cliente se lhe convier...”. (D) Quando entrevisto candidatos, sempre os argúo acerca de sua descrição quanto a assuntos profissionais, pois esse é um dos quesitos avaliados no processo de ascenção na empresa. Há dois problemas de ortografia (argúo e ascenção). Tais palavras são escritas assim: arguo (1ª pessoa do singular do presente do indicativo do verbo arguir) e ascensão. Como arguo é palavra paroxítona terminada em -o, não recebe acento gráfico. Não se usa ç em ascensão, pois quando há -nd no radical do verbo de onde se deriva o substantivo, usa-se s na escrita deste nome (ascender > ascensão > ascensorista...).

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(E) Ele incendia todas as reuniões com essa mania de projetos mirabolantes, a ponto de sempre alguém freiar sua participação em comissões de eventos. O verbo incendiar faz parte daquele grupo de verbos terminados em –iar (lembra-se do MARIO? (rs)). Mediar, Ansiar, Remediar, Incendiar/Intermediar, Odiar. A conjugação destes verbos segue o modelo da conjugação do verbo odiar. Portanto, se ele “odeia”, ele “incendeia”. Visando à correção gramatical, o texto deveria ter iniciado assim: “Ele incendeia...”. Sobre a forma verbal “freiar”, saiba que ela não existe, é “frear” a correta grafia. GABARITO: A. 5- A frase redigida de forma clara e correta é: (A) Funcionários sem acesso à sala das telefonistas confirmaram que deviam ter havido mais de dez chamadas para, segundo se apurou posteriormente, denunciar o falsário, e ninguém atendendo, perdeu-se a oportunidade de prendê-lo aonde estava. (B) Existem, sim, grandes possibilidades de essa reutilização de tecidos com defeitos dar certo, entretanto é necessário que haja algumas reuniões, sejam quem forem os consultores, para definirem-se as linhas gerais do negócio. (C) Talvez alguns não deem importância ao relato do chefe dos pedreiros sobre o incidente com a cal, mas o fato é que, minimizá-lo, será abrir a possibilidade de o desempenho de todos eles decaírem intensa e irreversivelmente. (D) Senhor Ministro, é realmente confiável, segundo fontes fidedignas, os números que indicam quão séria é a questão que está sob sua responsabilidade enfrentar antes que se torne definitivamente insolúvel. (E) Visto a oportunidade imperdível de rever as normas não mais aplicáveis àquele específico grupo de infratores, os legisladores não convenceram-se da necessidade de ver postergado, no último momento, as datas das primeiras reuniões setoriais. Analisemos uma por uma: (A) Funcionários sem acesso à sala das telefonistas confirmaram que deviam ter havido mais de dez chamadas para, segundo se apurou posteriormente, denunciar o falsário, e ninguém atendendo, perdeu-se a oportunidade de prendê-lo aonde estava. Em “... deviam ter havido mais de dez chamadas...”, há um desvio de concordância, uma vez que o verbo auxiliar deveria estar no singular, pois faz parte de uma locução em que o verbo haver tem sentido de existir. Quando isso ocorre, a impessoalidade do verbo haver passa a todos os verbos da locução verbal. Portanto, todos ficam na 3ª pessoa do singular

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obrigatoriamente. Outro desvio claro é o uso de aonde. Tal expressão só é acertada quando há um verbo ou um nome exigindo a preposição a, que se junta ao advérbio onde formando a expressão aonde. Não é o caso no contexto; deveria ser apenas onde. (C) Talvez alguns não deem importância ao relato do chefe dos pedreiros sobre o incidente com a cal, mas o fato é que, minimizá-lo, será abrir a possibilidade de o desempenho de todos eles decaírem intensa e irreversivelmente. Há um desvio de concordância verbal em “... o desempenho de todos eles decaírem intensa e irreversivelmente.”, pois o verbo deve concordar em número com o núcleo do sujeito (desempenho). Portanto, o adequado à norma culta é: “o desempenho de todos eles decair intensa e irreversivelmente.” (D) Senhor Ministro, é realmente confiável, segundo fontes fidedignas, os números que indicam quão séria é a questão que está sob sua responsabilidade enfrentar antes que se torne definitivamente insolúvel. Novamente há problemas de concordância (verbal e nominal) neste texto. Veja a reescrita com correção: “... são realmente confiáveis... os números que indicam...” (E) Visto a oportunidade imperdível de rever as normas não mais aplicáveis àquele específico grupo de infratores, os legisladores não convenceram-se da necessidade de ver postergado, no último momento, as datas das primeiras reuniões setoriais. Deveria ser usada a expressão de valor causal “Haja vista” e não o particípio isolado “Visto”, que, inclusive, não concorda em número e pessoa com o seu sujeito ‘a oportunidade...’. Além disso, há um problema de colocação pronominal: “... os legisladores não convenceram-se da necessidade...”. Deveria ser: “... os legisladores não se convenceram da necessidade...”, pois o advérbio de negação (não) atrai o pronome oblíquo átono (se), ficando este antes do verbo (próclise). Não satisfeito, o cara que escreveu este texto cometeu outro desvio: “... da necessidade de ver postergado, no último momento, as datas das primeiras reuniões setoriais.”. Há um erro de concordância nominal, pois o adjetivo ‘postergado’ está ligado a ‘as datas das primeiras reuniões setoriais’. Sendo assim, o texto deveria ser reescrito assim para que houvesse correção gramatical: “da necessidade de ver postergadas, no último momento, as datas das primeiras reuniões setoriais”. Ufa! GABARITO: B. No texto da opção B não há qualquer incorreção gramatical. Qualquer dúvida, não hesite, envie um e-mail! 6- É frase clara e correta a apresentada na seguinte alternativa:

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(A) Nessa época do ano, as enchentes, e mais do que previsíveis, como todos o sabem, transformam a cidade uma paisagem horrenda. (B) A atividade docente por si só já exerce uma função de liderança nata, e isso é que às vezes a sociedade teme, pois nem todos os mestres primam por ética. (C) Com a anuência do interessado, revisei o texto e assinalei os pontos que, a meu ver, são os mais sensíveis da questão, e que efetivamente não lhe estariam a favor no caso de querer levar a juízo esse já antigo litígio. (D) Em detrimento do fenômeno de chuvas intensas, podemos destacar a significativa e essencial parceria entre distintos poderes − o municipal e o estadual − como avanço importante na área de prevensão de tragédias. (E) Minha expressão de compromisso para com meus pares e o órgão a que passarei a pertencer há de ser demonstrado a cada passo de minha atuação, pela qual sempre zelarei, como venho demonstrando por anos consecutivos. Vejamos as que devem ser corrigidas: (A) Nessa época do ano, as enchentes, e mais do que previsíveis, como todos o sabem, transformam a cidade uma paisagem horrenda. Quem transforma algo, transforma algo EM... Portanto, a reescritura deveria ser: “Nessa época do ano, as enchentes, e mais do que previsíveis, como todos o sabem, transformam a cidade em uma paisagem horrenda.”. (B) A atividade docente por si só já exerce uma função de liderança nata, e isso é que às vezes a sociedade teme, pois nem todos os mestres primam por ética. Achei esta alternativa complicada. O único desvio que vejo aqui tem a ver com o “às vezes”. Como é um adjunto adverbial deslocado, deveria vir entre vírgulas. No entanto, como é de curta extensão, as vírgulas são facultativas, portanto omissas a bel-prazer, o que tornaria acertada a escrita. Talvez o problema esteja neste trecho: “... isso é que às vezes a sociedade teme...”. Não se sabe se o sujeito do verbo “teme” é “isso” ou “a sociedade”. Se eu digo que o sujeito é “isso”, queremos dizer que ‘o fato de a atividade docente exercer liderança nata’ (retomada pelo “isso”) teme a sociedade, isto é, causa temor na sociedade. Por outro lado, se “a sociedade” for o sujeito, queremos dizer que “a sociedade” tem medo da ideia de a atividade docente exercer liderança nata, em que “isso” passaria a ser o objeto direto. Achei confusa esta alternativa, pois não está bem clara a incorreção gramatical ou a falta de clareza explícita neste trecho.

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(D) Em detrimento do fenômeno de chuvas intensas, podemos destacar a significativa e essencial parceria entre distintos poderes − o municipal e o estadual − como avanço importante na área de prevensão de tragédias. A palavra prevensão está escrita errada, deveria ser prevenção. O sufixo –ção é formador de substantivos abstratos. Prevenção é o ato de prevenir. (E) Minha expressão de compromisso para com meus pares e o órgão a que passarei a pertencer há de ser demonstrado a cada passo de minha atuação, pela qual sempre zelarei, como venho demonstrando por anos consecutivos. Desvio de concordância. Se o sujeito é composto anteposto ao verbo, este deve ficar no plural. Veja a correção: “Minha expressão de compromisso para com meus pares e o órgão a que passarei a pertencer hão de ser demonstrados a cada passo de minha atuação, pela qual sempre zelarei, como venho demonstrando por anos consecutivos.” GABARITO: C. Não há qualquer problema de incorreção nesta alternativa, daí o gabarito!

FCC – TJ/PE – TÉCNICO JUDICIÁRIO – 2012 7- A frase redigida em conformidade com o padrão culto escrito é: (A) A mãe sempre intervia nas discussões, mas os mal-entendidos entre o pai e o filho eram tão frequentes e tão excessivos, que um e outro já não dominavam a sua própria agressividade. (B) Com aquele jeito bonachão, a cada passo da viagem recaptulava a esplêndida experiência que tivera anteriormente, a ponto dos colegas pedirem que dispensasse as descrições. (C) Nesse processo de conscientização, são importantes o reconhecimento e respeito às diferenças, e como ele não as exercita só obstrói o crescimento do grupo. (D) Se muitas perdas advissem daquela decisão, ele as lamentaria, mas sem imputá-las jamais aos que denominava “guardiães da boa conduta alheia”. (E) Ao término do prazo de exceção, em que os processos não tiveram andamento, requereu nova acareação, com vistas a questionar o réu sobre as incongruências da anterior. Vejamos as alternativas comentadas: (A) A mãe sempre intervia nas discussões, mas os mal-entendidos entre o pai e o filho eram tão frequentes e tão excessivos, que um e outro já não dominavam a sua própria agressividade.

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O verbo intervir é derivado do verbo vir, logo a conjugação é igual. Uma vez que este verbo está no pretérito imperfeito do indicativo no contexto, deveria estar escrito assim: “A mãe sempre intervinha nas discussões...” (B) Com aquele jeito bonachão, a cada passo da viagem recaptulava a esplêndida experiência que tivera anteriormente, a ponto dos colegas pedirem que dispensasse as descrições. Vejo dois erros. Um deles entra na polêmica entre os gramáticos. Há um problema de ortografia: não é recaptulava, mas recapitulava, do verbo recapitular, derivado de capítulo. O outro problema polêmico está neste trecho: “... a ponto dos colegas pedirem...”. Alguns gramáticos dizem que não pode haver contração antes de sujeito no infinitivo, outros dizem que não há problema algum. Se olharmos de um ponto de vista ortodoxo, diríamos que há um erro, pois, se não há contração, deveria estar redigido assim o trecho: “... a ponto de os colegas pedirem...”. (C) Nesse processo de conscientização, são importantes o reconhecimento e respeito às diferenças, e como ele não as exercita só obstrói o crescimento do grupo. A forma verbal obstrói não existe, mas sim obstrui. (D) Se muitas perdas advissem daquela decisão, ele as lamentaria, mas sem imputá-las jamais aos que denominava “guardiães da boa conduta alheia”. O verbo advir é derivado do verbo vir, portanto a conjugação é idêntica. Deveria ser, como está no pretérito imperfeito do subjuntivo, assim: “Se muitas perdas adviessem...” GABARITO: E. Não há qualquer problema de incorreção nesta alternativa. 8- A frase redigida em conformidade com o padrão culto escrito é: (A) O projeto reformulado por implicar atitude descriminatória no tocante a raças foi sancionado pelo presidente, o que o fez ser saudado com grande entusiasmo. (B) A assessoria negou que o dirigente obtem informações por meios considerados expúrios, mas se propôs a discutir a questão perante uma comissão técnica. (C) Propuseram que todas as sexta-feiras, impreterivelmente ao mesmo horário, o grupo faça uma apresentação detalhando o avanço semanal da pesquisa. (D) Havendo crido nos seus sócios, manifestou seu lado mais ingênuo, o que faz que o advogado do jovem crédulo alimente a pretensão de pugnar por sua inocência.

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(E) São problemas, evidentemente, de ordem institucionais, que devem ser evitados sob pena de a barbárie vir a se instalar irreprimível na organização. Vejamos os comentários: (A) O projeto reformulado por implicar atitude descriminatória no tocante a raças foi sancionado pelo presidente, o que o fez ser saudado com grande entusiasmo. Descriminatória não! O certo é discriminatória. Muito se confunde essas duas palavras por serem parônimas, ou seja, palavras parecidas na pronúncia e na grafia. Só que descriminar significa inocentar, absolver; já discriminar significa diferenciar, distinguir (no contexto tem a ver com racismo). (B) A assessoria negou que o dirigente obtem informações por meios considerados expúrios, mas se propôs a discutir a questão perante uma comissão técnica. A forma verbal obtem segue a regra das oxítonas terminadas em -em, logo deve ser acentuada: obtém. Se estivesse no plural, receberia acento circunflexo, pois é derivado do verbo ter: ele obtém, eles obtêm. Além disso, expúrios é forma não existente na língua, mas sim espúrios. (C) Propuseram que todas as sexta-feiras, impreterivelmente ao mesmo horário, o grupo faça uma apresentação detalhando o avanço semanal da pesquisa. Segundo as regras de plural dos substantivos compostos, quando um substantivo é formado por numeral + substantivo, ambos variam, logo a forma acertada é sextas-feiras. (E) São problemas, evidentemente, de ordem institucionais, que devem ser evitados sob pena de a barbárie vir a se instalar irreprimível na organização. O adjetivo ‘institucionais’ está errado, pois ele deve concordar em número com o substantivo ordem, ficando no singular: “... ordem institucional...”. GABARITO: D. Não há qualquer problema de incorreção nesta alternativa

FCC – TRT/AM (11R) – ANALISTA JUDICIÁRIO – 2012 9- Está clara e correta a redação deste livre comentário sobre o texto:

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(A) Apesar de se ombrearem com outras artes plásticas, a fotografia nos faz desfrutar e viver experiências de natureza igualmente temporal. (B) Na superfície espacial de uma fotografia, nem se imagine os tempos a que suscitarão essa imagem aparentemente congelada... (C) Conquanto seja o registro de um determinado espaço, uma foto leva-nos a viver profundas experiências de caráter temporal. (D) Tal como ocorrem nos espelhos da Alice, as experiências físicas de uma fotografia podem se inocular em planos temporais. (E) Nenhuma imagem fotográfica é congelada suficientemente para abrir mão de implicâncias semânticas no plano temporal. Comentando... (A) Apesar de se ombrearem com outras artes plásticas, a fotografia nos faz desfrutar e viver experiências de natureza igualmente temporal. ‘A fotografia’ é o sujeito do verbo ‘ombrear’, logo ele deve ficar no singular, concordando em número com o sujeito: “Apesar de se ombrear com outras artes plásticas, a fotografia...” (B) Na superfície espacial de uma fotografia, nem se imagine os tempos a que suscitarão essa imagem aparentemente congelada... A forma verbal ‘imagine’ deveria concordar em número com o sujeito ‘os tempos’, ficando assim: “... nem se imaginem os tempos...”. Além disso, o verbo suscitar não exige preposição ‘a’ de modo que ela tenha de aparecer antes do pronome relativo. Portanto, o trecho corrigido é este: “... nem se imaginem os tempos que suscitarão essa imagem...” (D) Tal como ocorrem nos espelhos da Alice, as experiências físicas de uma fotografia podem se inocular em planos temporais. O único desvio quanto à gramática tradicional, segundo a visão ortodoxa, é esta: deveria haver um hífen ligando o pronome oblíquo átono ao verbo auxiliar: podem-se inocular. Muitos gramáticos, entretanto, já aceitam a ausência do hífen. (E) Nenhuma imagem fotográfica é congelada suficientemente para abrir mão de implicâncias semânticas no plano temporal. Creio que o problema seja o uso de congelada, no sentido figurado. GABARITO: C. Não há qualquer problema de incorreção nem de falta de clareza nesta alternativa. 10- É preciso reelaborar, para sanar falha estrutural, a redação da seguinte frase:

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(A) O autor do texto chama a atenção para o fato de que o desejo de promover a igualdade corre o risco de obter um efeito contrário. (B) Embora haja quem aposte no critério único de julgamento, para se promover a igualdade, visto que desconsideram o risco do contrário. (C) Quem vê como justa a aplicação de um mesmo critério para julgar casos diferentes não crê que isso reafirme uma situação de injustiça. (D) Muitas vezes é preciso corrigir certas distorções aplicando-se medidas que, à primeira vista, parecem em si mesmas distorcidas. (E) Em nossa época, há desequilíbrios sociais tão graves que tornam necessários os desequilíbrios compensatórios de uma ação corretiva. Há falha estrutural neste excerto: “Embora haja quem aposte no critério único de julgamento, para se promover a igualdade, visto que desconsideram o risco do contrário.” Já ouviu falar em truncamento sintático? Bem, é exatamente isso que está ocorrendo neste excerto. O truncamento sintático ocorre quando a estrutura sintática parece uma colcha de retalhos, de modo que fica difícil analisar um período, pois ele está cheio de falhas, "buracos" dentro de sua construção, como se as partes não estivessem conectadas ou como se faltasse algo. Observe que no período da letra B (o gabarito!) não há oração principal. De modo que há um corte (truncamento) na estrutura sintática, ficando ela incompleta. Além disso, destaco que falta paralelismo sintático também, pois a primeira e a terceira oração estão desenvolvidas, mas a segunda é uma oração reduzida; como tais orações subordinadas estão coordenadas entre si, todas deveriam estar desenvolvidas. Veja a correção do paralelismo sintático: “Embora haja quem aposte no critério único de julgamento, para que se promova a igualdade, visto que desconsideram o risco do contrário.” GABARITO: B.

FCC – TRT/MT (23R) – ANALISTA JUDICIÁRIO – 2011 11- Como historiador quis elaborar formas de apreensão do mutável, do transitório e de processos ainda incipientes no vir a ser da sociedade brasileira. A frase acima está corretamente reescrita, preservando-se em linhas gerais o sentido original, em: (A) Às formas de apreensão do mutável, do transitório e de processos ainda incipientes no vir a ser da sociedade brasileira voltou-se o historiador Sérgio Buarque, com o intento de elaborá-las.

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(B) Sérgio Buarque, como historiador, dedicou-se à elaborar formas de apreensão do mutável, do transitório e dos processos ainda incipientes no vir a ser da sociedade brasileira. (C) As formas de apreensão do mutável, do transitório e de processos ainda incipientes no vir a ser da sociedade brasileira o historiador Sérgio Buarque pretendeu dar elaboração. (D) Em seu trabalho como historiador, Sérgio Buarque tinha como meta chegar à certas formas de apreensão do mutável, do transitório e de processos ainda incipientes no vir a ser da sociedade brasileira. (E) O historiador Sérgio Buarque dedicou-se a elaboração de formas de apreensão do mutável, do transitório e de processos ainda incipientes no vir a ser da sociedade brasileira. Veja os comentários: (B) Sérgio Buarque, como historiador, dedicou-se à elaborar formas de apreensão do mutável, do transitório e dos processos ainda incipientes no vir a ser da sociedade brasileira. Não há crase antes de verbo. (C) As formas de apreensão do mutável, do transitório e de processos ainda incipientes no vir a ser da sociedade brasileira o historiador Sérgio Buarque pretendeu dar elaboração. Colocando na ordem direta: “O historiador Sérgio Buarque pretendeu dar elaboração as formas de apreensão do mutável, do transitório e de processos ainda incipientes no vir a ser da sociedade brasileira.”. Percebe que faltou a crase neste trecho: “... pretendeu dar elaboração às formas...”? É isso! (D) Em seu trabalho como historiador, Sérgio Buarque tinha como meta chegar à certas formas de apreensão do mutável, do transitório e de processos ainda incipientes no vir a ser da sociedade brasileira. Não há crase diante de pronome indefinido ‘certas’. Pode haver crase diante do pronome indefinido ‘outra(s)’, por exemplo, mas de ‘certa(s)’ não! (E) O historiador Sérgio Buarque dedicou-se a elaboração de formas de apreensão do mutável, do transitório e de processos ainda incipientes no vir a ser da sociedade brasileira. Faltou crase neste trecho: “... dedicou-se à elaboração...”, pois quem se dedica, se dedica A. GABARITO: A. Não há incorreção no texto desta alternativa.

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12- Deve-se CORRIGIR, por deficiência estrutural, a redação deste livre comentário sobre o texto: (A) O tratamento de vós, que hoje nos soa tão cerimonioso, ecoa uma época em que se aliavam boa argumentação e boa retórica. (B) Voltaire não hesita em lembrar as vantagens reais da aplicação de penas que poupam a vida do criminoso para que pague pelo que fez. (C) Como sempre há quem defenda os castigos capitais, razão pela qual Voltaire buscou refutá-los, através de alternativas mais confiáveis. (D) Note-se a preocupação que tem esse iluminista francês em escalonar as penas de modo a que nelas se preserve adequada relação com o crime cometido. (E) Na refutação aos que defendem a pena de talião, Voltaire argumenta que o mal já causado não se sana com um ato idêntico ao do criminoso. Há falha estrutural neste trecho: “Como sempre há quem defenda os castigos capitais, razão pela qual Voltaire buscou refutá-los, através de alternativas mais confiáveis.” É desnecessária a vírgula que separa o verbo (buscou refutá-los) do adjunto adverbial (através de alternativas mais confiáveis). GABARITO: C.

FCC – TRT/RS (4R) – ANALISTA JUDICIÁRIO – 2011 13- A redação correta é: (A) A regente insistiu junto à auxiliar que caberia à ela falar com a imprensa e nós, não aquiecendo, impusemos que a mídia tem de lidar com nós mesmos, os funcionários. (B) Diz-se que o tio é mais bom do que preparado, mas o convívio com a adolescente tem sido dulcíssimo, em que lhe pesem os excessivos maus humores da jovem. (C) Pai extremoso, ele soe ser o melhor conselheiro dos filhos, salvo se o exacerbam os ânimos ao reincidirem pela enésima vez no mesmo erro. (D) Em se cuidando dessa doença no início, não existe dúvidas de que haverá cura - é o que os Estados Unidos, recentemente, provou ao mundo. (E) Desejando intensamente alçar-se diretor e ele passou a agir com zelo e discrição, não exitando em exceder suas funções e o horário do fim do expediente. Vejamos as falhas gramaticais: (A) A regente insistiu junto à auxiliar que caberia à ela falar com a imprensa e nós, não aquiecendo, impusemos que a mídia tem de lidar com nós mesmos, os funcionários.

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Não há crase diante de pronome pessoal oblíquo tônico (‘a ela’ seria a forma certa). Além disso a forma verbal ‘aquiecendo’ está grafada erradamente. Deveria ser ‘aquiescendo’. (C) Pai extremoso, ele soe ser o melhor conselheiro dos filhos, salvo se o exacerbam os ânimos ao reincidirem pela enésima vez no mesmo erro. O verbo soer (costumar) não é conjugado assim: “... ele soe...”, mas sim “ele sói”. (D) Em se cuidando dessa doença no início, não existe dúvidas de que haverá cura - é o que os Estados Unidos, recentemente, provou ao mundo. Há dois problemas de concordância: o verbo ‘existir’ deve concordar em número com seu sujeito ‘dúvidas’ e o verbo ‘provar’ deve concordar em número com seu sujeito ‘os Estados Unidos’. Lembrando que o verbo haver no sentido de existir não varia, pois é impessoal e o verbo do sujeito ‘os Estados Unidos’ só varia em número, ficando no plural, porque tal expressão está antecedida de artigo. Concordância é o que há nestas questões, não é??? Estude!!!! (E) Desejando intensamente alçar-se diretor e ele passou a agir com zelo e discrição, não exitando em exceder suas funções e o horário do fim do expediente. Este texto está todo comprometido: há truncamento sintático, pois não há oração principal destas orações subordinadas reduzidas de gerúndio e não há paralelismo sintático na segunda oração subordinada, que deveria estar em forma reduzida, ou seja: “Desejando intensamente alçar-se diretor e passando a agir com zelo e discrição...”. Além disso, para piorar, o verbo ‘exitando’ não existe, mas sim ‘hesitando’, de hesitar. GABARITO: B. Não há qualquer incorreção gramatical nesta alternativa. 14- A frase correta é: (A) Ele acabou sendo malquisto porque sistematicamente obstrói as votações; se antevir o que lhe espera na próxima sessão, certamente mudará de atitude. (B) Ele diz que sua invejável capacidade de aurir forças quando tudo parece perdido se deve ao fato de ter provido de família muito humilde. (C) Confirmo o que havia dito a semanas atrás: se me aprazer tornar a vê-la depois de tanto tempo e dissabores, lá estarei; senão, não contem comigo. (D) Sob o pretexto de pôr fim ao litígio, fizeram-nos entrar em acordo; agora, ou o encerram eles, ou o fazemos nós, recorrendo à força da lei.

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(E) A maneira porque se comporta não é a mais adequada, mas tudo isso são sinais da idade provecta: que lhe seja dado o direito e a alegria de conduzir-se à seu bel prazer. Vejamos os comentários: (A) Ele acabou sendo malquisto porque sistematicamente obstrói as votações; se antevir o que lhe espera na próxima sessão, certamente mudará de atitude. Novamente esta forma verbal ‘obstrói’ aparece, percebeu? Não existe tal grafia, mas sim obstrui! Além disso, o verbo antevir, que é derivado de vir, deve-se conjugar no futuro do subjuntivo assim: “se antevier...”. Beleza? Percebeu que a conjugação do verbo vir e de seus derivados é frequente? (B) Ele diz que sua invejável capacidade de aurir forças quando tudo parece perdido se deve ao fato de ter provido de família muito humilde. Novamente temos aqui problema de conjugação verbal: haurir por aurir e provindo por provido. Inclusive, provir é derivado de vir, e tanto no particípio como no gerúndio a forma é a mesma: provindo. (C) Confirmo o que havia dito a semanas atrás: se me aprazer tornar a vê-la depois de tanto tempo e dissabores, lá estarei; senão, não contem comigo. Lembra-se do capítulo de fatos da língua culta em ortografia? Então, temos aí um problema de uso (há/a). Veja como deveria ser: “Confirmo o que havia dito há semanas...”. A forma ‘há’ indica tempo passado, decorrido e dispensa o advérbio ‘atrás’, pois fica redundante o aparecimento de ambas as expressões. Além disso, o verbo aprazer no futuro do subjuntivo assim se conjuga: “se me aprouver...” (E) A maneira porque se comporta não é a mais adequada, mas tudo isso são sinais da idade provecta: que lhe seja dado o direito e a alegria de conduzir-se à seu bel prazer. Há um mau uso do ‘porque’ antes de ‘se comporta’, pois usa-se tal expressão como conjunção explicativa/causal, o que não é o caso. Portanto, devermos reescrever o trecho deste modo: “A maneira da qual se comporta...”, pois quem se comporta, se comporta DE uma determinada maneira. Ou seja, a preposição DE fica antes do pronome relativo, segundo as regras de regência com pronomes relativos. Poderíamos reescrever assim também: “A maneira como se comporta...”, pois o ‘como’ pode funcionar como pronome relativo quando retoma ‘modo, maneira, jeito, forma’. Também a crase antes de forma masculina não procede: “... conduzir-se a seu bel-prazer.” Eis a forma certa!

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GABARITO: D. Não há qualquer problema na redação desta alternativa.

FCC – DPE/RS – DEFENSOR PÚBLICO – 2011 15- Dentre as questões linguísticas, o texto também apresenta discussão sobre a linguagem culta e a linguagem informal. Qual das alternativas expressa essas linguagens, respectivamente? (A) "Assistir à televisão" e "visar a um objetivo". (B) "Atender o telefone" e "responder a pergunta". (C) "Responder à pergunta" e "assistir à televisão". (D) "Responder a pergunta" e "visar um objetivo". (E) "Visar a um objetivo" e "atender o telefone". Esta questão é verdadeira aula de regência verbal. Relembre aqui as regências de assistir, atender, responder e visar: Assistir

• Morar, residir, habitar (VI (em)) Ex.: Assisto em Copacabana há 15 anos.

Obs.: Lembre-se de que ‘em Copacabana’ não é um complemento para os gramáticos tradicionais, em outras palavras, não é um objeto indireto, mas sim um adjunto adverbial de lugar! Lembrando que este é um dos verbos que indicam moradia/estaticidade/permanência.

• Ajudar, auxiliar, apoiar, prestar assistência (VTD (preferentemente) ou VTI (a))

Ex.: O professor assistia frequentemente a aluna com dificuldade. O professor assistia-lhe (a ela) frequentemente.

• Ver (e ouvir), presenciar, observar (VTI (a)) Ex.: Assistíamos a vários shows quando namorávamos.

Obs.: Os gramáticos mais consagrados, inclusive modernos, justificam que é coloquial o uso do verbo assistir, no sentido de ‘ver’, na voz passiva analítica: A luta do Anderson Silva foi assistida pelo vultoso público (de acordo com a norma culta, é um erro, mas as bancas com a mente aberta podem ‘brincar’ com isso). “Como eu devo proceder, Pestana?” Você já sabe. Outra coisa: ‘Assistíamos-lhe quando namorávamos’ está certo o uso do ‘lhe’? Já sabemos que não, pois o lhe só substitui ser animado ou pessoa (física ou jurídica). Olhos abertos!!!

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• Ser da competência de, caber, competir (VTI (a)) Ex.: Não lhe assiste dizer se isto é certo ou errado. (Não assiste a

ele...) Atender

• Independente do sentido, pode ser VTD ou VTI (a) Ex.: Pode atender o telefone/ao telefone, por favor? Nunca deixou de atender os amigos/aos amigos no sufoco.

Obs.: Há uma preferência entre muitos gramáticos a encarar este verbo como VTD quando o complemento é pessoa; quando o complemento é coisa, a preferência é encarar o verbo como VTI. Quando se usa um pronome oblíquo como complemento, nunca pode ser o lhe! É uma regra arbitrada pela norma. Ou seja: Nunca deixou de atendê-los no sufoco. Usam-se os átonos o, a, os, as (lo, la, los, las/no, na, nos, nas). Responder

• Falar, declarar (VTD) Ex.: Ele sempre responde que vai passar na prova. • Dar resposta a uma pergunta (VTI (a)) Ex.: Fique tranquila, pois ele vai responder aos e-mails enviados. • Dar uma resposta a alguém (VTDI (a)) Ex.: Respondeu-lhe (a ela) todas as indagações.

Obs.: Como já disse, a voz passiva analítica tem sido aceita com este verbo: Os e-mails foram respondidos prontamente pelo professor. Visar

• Mirar, fitar, apontar; pôr visto (VTD) Ex.: O soldado visou o peito do inimigo. O inspetor federal visou todos os diplomas. • Almejar, pretender, objetivar, ter como fim (VTI (a)) Ex.: Este trabalho visa ao bem-estar geral.

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Obs.: Manoel Pinto Ribeiro atesta que muitos, como Cegalla, Francisco Fernandes, Celso Pedro Luft, já aceitam este último caso com VTD: Este trabalho visa o bem-estar geral. Como VTI, a omissão da preposição ocorre principalmente em locuções verbais: Este trabalho visa (a) resolver muitas dúvidas dos alunos. Achei a questão mal formulada, mas, de acordo com a visão mais tradicional, o gabarito só pode ser a letra E.

FCC – TCE/PR – ANALISTA DE CONTROLE – 2011 16- Está inteiramente clara e correta a redação deste livre comentário sobre o texto: (A) Montesquieu valeu-se, em O espírito das leis, do conceito político de “virtude”, escoimando essa palavra de qualquer ressonância de ordem moral ou religiosa. (B) Para que não se confundissem os leitores, Montesquieu advertiu-os que a palavra “virtude” ali empregada não detinha terminologia religiosa, conquanto apenas política. (C) Era mister de Montesquieu desconsiderar o desígnio divino, razão pela qual fixou no termo “virtude” o censo de sentido político que a palavra deveria transpirar. (D) Em O espírito das leis, propunha Montesquieu a tratar das instituições de fato humanas, tendo por isso empregado a palavra “virtude” em sentido material, e não teológico. (E) Ao conceito moral de “virtude” opôs-se Montesquieu, preterindo-o uma vez que lhe preferia no sentido político, tendo para isso alertado seus leitores em O espírito das leis. Veja os comentários: (B) Para que não se confundissem os leitores, Montesquieu advertiu-os que a palavra “virtude” ali empregada não detinha terminologia religiosa, conquanto apenas política. A conjunção conquanto está mal usada, pois só se usa se iniciar oração com verbo no subjuntivo. O certo seria uma conjunção coordenativa adversativa, afinal tal conjunção liga termos ou orações coordenados, ficando assim: “... não detinha terminologia religiosa, mas apenas política.” (C) Era mister de Montesquieu desconsiderar o desígnio divino, razão pela qual fixou no termo “virtude” o censo de sentido político que a palavra deveria transpirar. O adjetivo ‘mister’ não exige preposição DE, portanto a escrita do início do texto está equivocada. Além disso, as palavras censo e transpirar não cabem neste contexto, mas sim senso (dispensando ‘de sentido’ para não

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ficar redundante) e inspirar, que significam, respectivamente, sentido e infundir/instilar/estimular. (D) Em O espírito das leis, propunha Montesquieu a tratar das instituições de fato humanas, tendo por isso empregado a palavra “virtude” em sentido material, e não teológico. A preposição ‘a’, após Montesquieu, não é exigida por nenhum termo, portanto é desnecessária ao contexto! (E) Ao conceito moral de “virtude” opôs-se Montesquieu, preterindo-o uma vez que lhe preferia no sentido político, tendo para isso alertado seus leitores em O espírito das leis. Falta uma vírgula após ‘preterindo-o’, por se tratar de oração intercalada. O uso do lhe não cabe como complemento do verbo preferir, mas sim o pronome átono ‘o’, complemento do verbo preterir também. GABARITO: A. Está inteiramente clara e correta a redação.

FCC – TRE/PE – ANALISTA JUDICIÁRIO – 2011 17- Numa carta em que um velho jornalista se dirigisse a um recém-contratado do jornal, seria plenamente aceitável a redação da seguinte frase: (A) Não temais, meu caro, a concorrência de teus colegas: confia em teus próprios valores, aferre-se a eles e segue em frente. (B) Os valores que nortearão suas decisões profissionais não devem, meu caro, desmerecer os valores pessoais de que você se orgulha. (C) Se te vierem ameaçar as piores tentações, fuja delas, amigo, não as dê qualquer atenção, e não terás motivo de arrependimento. (D) Aprenderás com o tempo, meu jovem, que mesmo nas pequenas decisões que adotar, devem inspirá-lo os valores maiores da ética. (E) Bem-vindo seja, colega, e atenta para que a ansiedade da competição não lhe desvie da missão que a comunidade nos confiou. Veja os comentários: (A) Não temais, meu caro, a concorrência de teus colegas: confia em teus próprios valores, aferre-se a eles e segue em frente. Só para começar, o verbo ‘temer’ na 2ª pessoa do plural do imperativo (temais) não está adequado, uma vez que, em respeito à uniformidade de tratamento, é necessário que todas as formas que se referem ao interlocutor do texto na 3ª pessoa do singular (meu caro) estejam igualmente na 3ª pessoa do singular. Portanto, a reescritura certa seria esta: “Não tema, meu caro, a concorrência de seus colegas: confie em

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seus próprios valores, aferre-se a eles e siga em frente.”. Tudo na 3ª pessoa do singular. Gostei desta questão! (C) Se te vierem ameaçar as piores tentações, fuja delas, amigo, não as dê qualquer atenção, e não terás motivo de arrependimento. Seguindo a linha de ‘uniformidade de tratamento’, em que apenas uma forma de tratamento deve ser mantida para se referir ao interlocutor, veja a correção: “Se te vierem ameaçar as piores tentações, foge delas, amigo, não as dês qualquer atenção, e não terás motivo de arrependimento.”. Percebeu a manutenção das forma de 2ª pessoa do singular? (D) Aprenderás com o tempo, meu jovem, que mesmo nas pequenas decisões que adotar, devem inspirá-lo os valores maiores da ética. Mesma “onda”: “Aprenderá com o tempo, meu jovem, que mesmo nas pequenas decisões que adotar, devem inspirá-lo os valores maiores da ética.”. Tudo na 3ª pessoa do singular. (E) Bem-vindo seja, colega, e atenta para que a ansiedade da competição não lhe desvie da missão que a comunidade nos confiou. Idem: “Bem-vindo seja, colega, e atente para que a ansiedade da competição não lhe desvie da missão que a comunidade lhe confiou.” Tudo na 3ª pessoa do singular. GABARITO: B. Não há erro algum nesta alternativa. 18- Está clara e correta a redação deste livre comentário sobre o texto: (A) Há quem suponha que o desemprego estrutural do nosso tempo propicie uma razão, ainda que justificável, para o fato de a competição abolir a ética e seus valores congêneres. (B) A disputa de mercado no campo das comunicações atuais trazem consigo uma irrelevância para com os valores éticos − razão de uma grande preocupação social. (C) A preocupação com os leitores, que deveria nortear a ação dos jornalistas, deu lugar a um inaceitável individualismo, de cínico prestígio entre os jovens profissionais. (D) Todas as perguntas elaboradas no início do texto dizem respeito a questões onde as respostas são difíceis, embora previsíveis, por conta do fatalismo e da acomodação ética. (E) Não há nem termo de comparação entre as preocupações do velho jornalista norte-americano citado com os profissionais da imprensa atual, cuja ética não os parece demover. Vejamos:

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(A) Há quem suponha que o desemprego estrutural do nosso tempo propicie uma razão, ainda que justificável, para o fato de a competição abolir a ética e seus valores congêneres. Deveria ser “ainda que injustificável”, pois tal oração concessiva vai de encontro à ideia do restante do trecho. (B) A disputa de mercado no campo das comunicações atuais trazem consigo uma irrelevância para com os valores éticos − razão de uma grande preocupação social. Erro de concordância verbal corrigido: “A disputa de mercado no campo das comunicações atuais traz...”. (D) Todas as perguntas elaboradas no início do texto dizem respeito a questões onde as respostas são difíceis, embora previsíveis, por conta do fatalismo e da acomodação ética. O vocábulo onde é mal usado como pronome relativo no contexto, pois tal vocábulo só é pronome relativo se retomar palavra de sentido locativo. O ideal seria usar ‘cujas’, pois há uma relação de posse entre questões e respostas. Veja: “Todas as perguntas elaboradas no início do texto dizem respeito a questões cujas respostas são difíceis, embora previsíveis, por conta do fatalismo e da acomodação ética.” (E) Não há nem termo de comparação entre as preocupações do velho jornalista norte-americano citado com os profissionais da imprensa atual, cuja ética não os parece demover. Só há comparação entre um ser E outro. Portanto a reescritura deveria ser: “Não há nem termo de comparação entre as preocupações do velho jornalista norte-americano citado e os profissionais da imprensa atual, cuja ética não os parece demover.” GABARITO: C.

FCC – INFRAERO – ANALISTA DE SISTEMAS – 2011 19- Analise as frases abaixo do ponto de vista da redação. I. A Gestão por Competências, alternativa aos modelos gerenciais tradicionalmente utilizados pelas organizações, propõem-se a orientar esforços para planejar, captar, desenvolver e avaliar, nos diferentes niveis da organização, as competências necessárias à consecussão de seus objetivos. II. A proposta da Gestão por Competências é compreender quais são as competências organizacionais críticas para o sucesso empresarial,

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desdobrá-las em termos de competências profissionais e desenvolvê-las junto ao quadro de funcionários internos. III. Na Gestão por Competências, direcionam-se as ações prioritariamente para o gerenciamento da lacuna de competências eventualmente existente na organização ou equipe, procurando suprimi-la ou minimizá-la. IV. Minimizar eventuais lacunas de competências significam orientar e estimular os profissionais a eliminar as discrepânsias entre o que eles são capazes de fazer e o que a organização espera que eles façam. (Adaptado de “Gestão por competências”, http://pt.wikipedia.org/wiki/Gest%C3%A3o_por_compet%C3% AAncias, acessado em 01/04/2011) Estão redigidas de acordo com a norma culta APENAS as frases (A) I e III. (B) II e III. (C) I e IV. (D) I, II e IV. (E) II, III e IV. Vejamos os textos já corrigidos (II e III): I. A Gestão por Competências (sujeito), alternativa aos modelos gerenciais tradicionalmente utilizados pelas organizações, propõe-se a orientar (locução verbal) esforços para planejar, captar, desenvolver e avaliar, nos diferentes níveis da organização, as competências necessárias à consecução de seus objetivos. Respectivamente, houve aqui problema de concordância, acentuação gráfica e ortografia. IV. Minimizar eventuais lacunas de competências (sujeito oracional) significa (verbo no singular) orientar e estimular os profissionais a eliminar as discrepâncias entre o que eles são capazes de fazer e o que a organização espera que eles façam. Respectivamente, houve aqui problema de concordância e de ortografia. GABARITO: B.

FCC – TRT/SC (12R) – ANALISTA JUDICIÁRIO – 2010 20- Desde sempre o humor serviu como compensação simbólica para as tantas desventuras que afligem o homem.

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Uma outra redação, que preserve a correção e o sentido da frase acima, será: (A) As muitas desventuras que se infringe ao homem tem servido sempre como uma compensação simbólica para o humor. (B) O homem nunca deixou de encontrar no humor uma compensação simbólica para os tantos dissabores que o afligem. (C) A aflição do homem sempre se serviu do humor como compensação do que lhe desvanecem suas tantas desventuras. (D) O humor é uma compensação simbólica que serve ao homem para dirimir-lhe, já há tempos, suas várias aflições. (E) A compensação simbólica do humor vem, desde sempre, agindo assim em face das aflições do homem desventurado. Veja os comentários: (A) As muitas desventuras que se infringe ao homem tem servido sempre como uma compensação simbólica para o humor. Problemas de concordância verbal e de ortografia já corrigidos: “As muitas desventuras que se infligem ao homem têm servido sempre como uma compensação simbólica para o humor.”. Infringir é violar, burlar. Infligir é atacar, causar dano. Fique esperto quanto àquela regra de acentuação dos verbos vir e ter (e derivados) na 3ª pessoa do plural — recebem acento circunflexo. (C) A aflição do homem sempre se serviu do humor como compensação do que lhe desvanecem suas tantas desventuras. O verbo desvanecer (extinguir, dissipar) é transitivo direto, por isso não pode ter como complemento o ‘lhe’, que exerce função sintática de objeto indireto. (D) O humor é uma compensação simbólica que serve ao homem para dirimir-lhe, já há tempos, suas várias aflições. O uso do ‘lhe’ como complemento do verbo dirimir é desnecessário, pois a expressão ‘suas várias aflições’ já remete ao homem do texto. É redundante o uso do ‘lhe’ neste contexto. (E) A compensação simbólica do humor vem, desde sempre, agindo assim em face das aflições do homem desventurado. O uso de ‘assim’ torna a frase incoerente, pois a que termo ele se refere? “Assim como?” é a pergunta que nos vem à mente. GABARITO: B. Perfeita a correção gramatical e o sentido no texto desta opção.

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21- Em Nenhuma alteração, contudo, será suficiente se não forem criadas condições para aplicar as sanções alternativas (...), o segmento sublinhado pode ser substituído, sem prejuízo para a correção e o sentido da frase, por: (A) Não há alteração, ademais, que se mostre inapta (B) Todavia, será insuficiente qualquer alteração (C) Uma vez que não haja mais alteração, bastará esta (D) Nenhuma alteração, fora esta, poderá bastar (E) Por conseguinte, qualquer alteração deixará de ser suficiente Mera questão de conjunção. Se você já domina as conjunções, que eu pedi incessantemente para você decorar, então você não errou! A conjunção contudo é tão adversativa quanto todavia, por isso letra B reescreve corretamente o trecho. GABARITO: B.

FCC – TRT/PA-AP (8R) – ANALISTA JUDICIÁRIO – 2010 22- A frase, baseada no assunto do texto e reescrita com correção, clareza e coerência é: (A) Quase não se conhece as consequências dos incêndios nas florestas. (B) Não se têm ideia exata da quantidade de CO2 que é liberado com a queima. (C) Os pesquisadores lograram, no mês de agosto, uma queimada controlada no nordeste matogrossence. (D) A experiência, levada à cabo em 150 hectares de uma floresta de transição, existente entre o Cerrado e a mata amazônica. (E) Até o ano de 2013, o grupo de pesquisadores irá dedicar-se à observação do revigoramento da floresta. Vejamos: (A) Quase não se conhece as consequências dos incêndios nas florestas. O verbo (conhece) deve ficar no plural, pois o seu sujeito (as consequências) está no plural: “Quase não se conhecem as consequências dos incêndios nas florestas”. Concordância de novo!!! (B) Não se têm ideia exata da quantidade de CO2 que é liberado com a queima. O verbo ter deveria ficar no singular, pois o núcleo do sujeito (ideia) está no singular: “Não se tem ideia exata da quantidade...”.

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(C) Os pesquisadores lograram, no mês de agosto, uma queimada controlada no nordeste matogrossence. A palavra matogrossense se escreve com S. (D) A experiência, levada à cabo em 150 hectares de uma floresta de transição, existente entre o Cerrado e a mata amazônica. Não há crase antes de palavra masculina. Além disso há truncamento sintático, pois não há verbo para o sujeito (A experiência) da frase. A frase está incompleta; eis o tal do truncamento sintático. GABARITO: E. Não há problema algum nesta alternativa. 23- Os filhos dos japoneses em poucos anos tinham feito o trabalho de um século. Entravam na água e cortavam a juta, eram corajosos e disciplinados. O período acima está reescrito com correção, mantendo o sentido original, em: (A) Corajosos e disciplinados, os filhos dos japoneses entravam na água e cortavam a juta, e em poucos anos tinham feito o trabalho de um século. (B) Os filhos dos japoneses corajosos e disciplinados, em poucos anos tinham feito o trabalho de um século, entravam na água e cortavam a juta. (C) Entravam na água e cortavam a juta, os filhos dos japoneses corajosos e disciplinados e em poucos anos tinham feito o trabalho de um século. (D) Os filhos dos japoneses, entravam na água, cortavam a juta, eram corajosos, disciplinados e tem feito o trabalho de um século em poucos anos. (E) Os filhos dos japoneses corajosos e disciplinados entravam na água e cortavam a juta, tinha sido feito o trabalho de um século em poucos anos. Vejamos: (B) Os filhos dos japoneses corajosos e disciplinados, em poucos anos tinham feito o trabalho de um século, entravam na água e cortavam a juta. Faltou uma vírgula para intercalar o adjunto adverbial ‘em poucos anos’. (C) Entravam na água e cortavam a juta, os filhos dos japoneses corajosos e disciplinados e em poucos anos tinham feito o trabalho de um século.

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A vírgula não procede, pois não se separa sujeito de verbo por vírgula. Além disso, é preciso intercalar com vírgula o adjunto adverbial ‘em poucos anos’. (D) Os filhos dos japoneses, entravam na água, cortavam a juta, eram corajosos, disciplinados e tem feito o trabalho de um século em poucos anos. Não se separa sujeito (Os filhos dos japoneses) de seu verbo (entravam) por vírgula. Além disso, note que todos os verbos estão no pretérito imperfeito do indicativo, exceto a locução verbal ‘tem feito’; portanto deveria estar igualmente neste pretérito: tinham feito. (E) Os filhos dos japoneses corajosos e disciplinados entravam na água e cortavam a juta, tinha sido feito o trabalho de um século em poucos anos. Só para constar: em B, C e E, os adjetivos corajosos e disciplinados referem-se erradamente a japoneses, quando, no texto original, os filhos é que são corajosos e disciplinados. Notou isso? GABARITO: A. Redação perfeita em A.

FCC – TRE/AC – ANALISTA JUDICIÁRIO – 2010 24- Ainda acho, tantas décadas mais velho, muito especiais os dias de eleição. É plenamente aceitável esta nova redação da frase acima: (A) Embora envelhecido por tantas décadas, ainda considero muito especiais os dias de eleição. (B) Percebo, porquanto mais velho tantas décadas, como são muito especiais os dias de eleição. (C) Mais velho tantas décadas, julgo-lhes ainda muito especiais, os dias de eleição. (D) Por quanto já mais velho tantas décadas, vejo quão especiais são os dias de eleição. (E) Acho ainda o quanto são especiais, mesmo mais velho por décadas, os dias de eleição. Antes de mais nada, a relação entre “tantas décadas mais velho” e o restante do trecho original é de concessão, por isso devemos nos ater a isso nas alternativas com reescrita equivocada. O enunciado original só poderia ser parafraseado por colocarmos uma conjunção concessiva no trecho. Exemplo: “Ainda acho, mesmo/embora/ainda que (...) tantas décadas mais velho, muito especiais os dias de eleição.”

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(B) Percebo, porquanto mais velho tantas décadas, como são muito especiais os dias de eleição. ‘Porquanto’ é conjunção explicativa/causal. Não rola. (C) Mais velho tantas décadas, julgo-lhes ainda muito especiais, os dias de eleição. O uso de ‘lhes’ é injustificável. Nenhum termo o exige. (D) Por quanto já mais velho tantas décadas, vejo quão especiais são os dias de eleição. A expressão ‘por quanto’ equivale a ideia de valor, preço, o que nada tem a ver com o contexto. (E) Acho ainda o quanto são especiais, mesmo mais velho por décadas, os dias de eleição. Nada justifica o emprego da preposição ‘por’ neste contexto. Além disso, a mudança de posição do termo ‘ainda’ implica mudança de sentido sensível; o ‘ainda’ dá uma noção de acréscimo nesta paráfrase; no texto original dá uma noção de tempo. GABARITO: A. Perfeita a paráfrase do texto original nesta opção.

FCC – SEFAZ/SP – ANALISTA DE PLANEJAMENTO – 2010 25- É preciso corrigir, por falha em sua estrutura, a redação da seguinte frase: (A) Jamais os trens brasileiros, diferentemente dos japoneses, caracterizaram-se pela alta velocidade, pelo contrário: seus encantos provinham da falta de pressa. (B) Se havia quem se irritasse quando um trem parava por muito tempo, para reparos, numa estaçãozinha perdida, havia também quem aproveitasse esse tempo para espairecer. (C) Não apenas as viagens de trem eram agradáveis, uma vez que o espaço dos vagões permitisse mobilidade dos passageiros, que se distraíam conversando ou nas plataformas de ligação. (D) Para o autor, uma viagem de trem, lenta como costumava ser, permitia mais reflexões, alimentava mais expectativas, dava ao viajante tempo para muitos devaneios. (E) É possível que muita gente, como o autor, ainda acredite numa revisão das prioridades do transporte no Brasil, da qual poderia advir o ressurgimento do transporte ferroviário.

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Há truncamento sintático neste trecho; veja a correção: “Não apenas as viagens de trem eram agradáveis, uma vez que o espaço dos vagões permitisse mobilidade dos passageiros, que se distraíam conversando ou nas plataformas de ligação, mas também...” Percebe que o período está incompleto, que falta alguma coisa? Isso ocorre, pois se ele inicia com ‘não apenas’ (expressão correlativa) é preciso a complementação de tal expressão correlativa aditiva, a saber: como também/ainda, mas também/ainda... Ficou claro? GABARITO: C.

FCC – TRE/RS – ANALISTA JUDICIÁRIO – 2010 26- Considerado o padrão culto escrito, a substituição que mantém a correção original do segmento é a de: (A) um submarino norte-coreano havia sido o responsável pelos disparos por "submarinos norte-coreanos havia sido os responsáveis pelos disparos". (B) mantido pelas duas nações por "mantido por ambas as nações". (C) Nesse cenário em que os atores envolvidos não são capazes de entender os movimentos por "Nesse cenário cujos os atores envolvidos não são capazes de entender os movimentos". (D) Mesmo que o imbróglio não tenha consequências graves por "A despeito do imbróglio não ter consequências graves". (E) chama a atenção para o imprevisível desenlace por "chama a atenção para o que concerne o imprevisível desenlace". Vejamos: (A) um submarino norte-coreano havia sido o responsável pelos disparos por "submarinos norte-coreanos havia sido os responsáveis pelos disparos". O verbo haver não é impessoal neste caso, logo deve concordar com o sujeito, ficando no plural: “submarinos norte-coreanos haviam sido os responsáveis pelos disparos”. (C) Nesse cenário em que os atores envolvidos não são capazes de entender os movimentos por "Nesse cenário cujos os atores envolvidos não são capazes de entender os movimentos". Segundo as regras de uso do pronome relativo cujo, nunca vem acompanhado de artigo. Nunca! (D) Mesmo que o imbróglio não tenha consequências graves por "A despeito do imbróglio não ter consequências graves".

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Polêmicas à parte, tradicionalmente, não há contração antes de sujeito de infinitivo. Deveria ser “A despeito de o imbróglio não ter consequências graves”. (E) chama a atenção para o imprevisível desenlace por "chama a atenção para o que concerne o imprevisível desenlace". Deveria ser “para o que concerne AO...” GABARITO: B. Perfeita a substituição de duas nações por ambas as nações.

FCC – TRT/PR (9R) – ANALISTA JUDICIÁRIO – 2010 27- É preciso CORRIGIR, por falha estrutural, a redação da frase: (A) Não empreendamos caminhadas sem primeiro definir o trajeto a seguir, o esforço a despender, os objetivos a alcançar. (B) Temerárias são as jornadas que mal definimos seus objetivos, assim como não avaliamos o esforço cujo trajeto nos exigirá. (C) Quando não definimos o trajeto a cumprir e o esforço a despender em nossa caminhada, ela não nos trará qualquer recompensa. (D) Dificilmente algum objetivo será alcançado numa caminhada para a qual não previmos um roteiro a ser seguido com segurança. (E) Nenhum benefício poderemos colher de uma viagem para a qual não nos preparamos com um mínimo de cuidados e de antecedência. Corrigida a redação, temos: “Temerárias são as jornadas cujos objetivos mal definimos, assim como não avaliamos o esforço que o trajeto nos exigirá.” GABARITO: B. 28- É preciso reformular, por falha estrutural, a redação da seguinte frase: (A) Aos que lhe perguntam se dorme bem à noite, responde o autor afirmativamente, mostrando que não teme o desafio do desconhecido. (B) A ciência almeja o progresso, colaborar e diminuir os males da humanidade, preocupa-se em aplicar seu próprio conhecimento. (C) O autor se opõe frontalmente aos que creem em Adão e Eva e propagam a convicção de que o mundo tem menos de 7.000 anos. (D) Ao usar a expressão agenda da ciência, o autor está- se referindo às metas principais que os cientistas se propõem a perseguir. (E) O autor não deixa de compreender as razões que levam alguns cientistas a seguir uma religião, sem que, por isso, comprometam a ciência.

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Veja o trecho já corrigido: “A ciência almeja o progresso, (almeja) colaborar e diminuir os males da humanidade, (almeja) preocupar-se em aplicar seu próprio conhecimento.” GABARITO: B

FCC – DPE/SP – AGENTE DE DEFENSORIA – 2010 29- É preciso corrigir a redação da seguinte frase: (A) Talvez nem mesmo Lévi-Strauss terá avaliado a dimensão de seu legado cultural, a importância alcançada por seus estudos e pesquisas. (B) Há cientistas que, além de uma contribuição específica em sua área de atividade, nos deixam paradigmas para uma nova concepção de mundo. (C) Todos os grandes cientistas contribuem, direta ou indiretamente, para a dissolução dos preconceitos e a superação dos equívocos coletivos. (D) Lévi-Strauss, quando esteve no Brasil, internou-se na selva e conviveu por algum tempo com as comunidades indígenas que desejava estudar. (E) Não será fácil surgir tão brevemente, algum outro antropólogo em que detenha a mesma envergadura, comparável a de Lévi-Strauss. Veja a redação já corrigida: “Não será fácil surgir tão brevemente algum outro antropólogo que detenha a mesma envergadura comparável a de Lévi-Strauss.” Todas as vírgulas são dispensáveis. A primeira, porque separa sujeito de verbo; a segunda, porque comparável é adjunto adnominal do nome envergadura (não se separa adjunto adnominal de seu nome, a não ser que esteja em uma enumeração de adjuntos adnominais. GABARITO: E.

FCC – TCE/SP – AGENTE DE FIZCALIZAÇÃO FINANCEIRA – 2010 30- Está clara e correta a redação deste livre comentário sobre o texto: (A) O escritor Ítalo Calvino manifesta uma grande acuidade na leitura das fábulas populares, interpretando- as em suas estruturas profundas. (B) Tendo em vista uma leitura mais acurada do texto, se perceberá de que as simplórias fábulas populares podem até deixar de sê-las. (C) Não há pessoa pobre em cuja aspiração acabe sendo uma forma de compensar sua condição, imaginando-se um nobre disfarçado. (D) Estão nos destinos extraordinários toda a argúcia das fábulas populares, aonde as reviravoltas simbolizam igualmente transtornos sociais. (E) É engenhosa a sensação de um direito subtraído, uma vez que assim se pode aspirar a ser reconstituído, promovendo-se a propalada justiça.

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Vejamos: (B) Tendo em vista uma leitura mais acurada do texto, se perceberá de que as simplórias fábulas populares podem até deixar de sê-las. O pronome oblíquo átono não pode iniciar oração; como o verbo está no futuro do presente, usa-e a mesóclise: “perceber-se-á”. A preposição ‘de’ após o verbo perceber também não procede, pois não é exigida por termo algum. (C) Não há pessoa pobre em cuja aspiração acabe sendo uma forma de compensar sua condição, imaginando-se um nobre disfarçado. A preposição ‘em’ antes de cuja não é exigida por termo algum da oração subordinada adjetiva, portanto seu uso é um equívoco. (D) Estão nos destinos extraordinários toda a argúcia das fábulas populares, aonde as reviravoltas simbolizam igualmente transtornos sociais. Erro de concordância (para variar, rs): “Está... toda a argúcia...”. Além disso, o uso do pronome relativo aonde não cabe, pois não retoma palavra de sentido locativo. Ainda que se encare que o pronome relativo ‘onde’ retome palavra de sentido locativo virtual/figurado (exemplo: Eu moro em seu coração. Onde? Em seu coração.), a preposição ‘a’ que se junta ao ‘onde’ não é exigida por termo algum, daí o equívoco. (E) É engenhosa a sensação de um direito subtraído, uma vez que assim se pode aspirar a ser reconstituído, promovendo-se a propalada justiça. Sutil o problema desta alternativa. Muito sutil. Observe este trecho de novo: “se pode aspirar”. Percebe que o ‘se’ é uma partícula apassivadora? O problema é que partícula apassivadora não se fixa a verbo transitivo indireto, o que é o caso, pois aspirar no sentido de almejar/desejar é transitivo indireto. Aqui está o erro de construção sintática. Uma reescritura melhor seria: “É engenhosa a sensação de um direito subtraído, uma vez que assim se pode buscar sua reconstituição, promovendo-se a propalada justiça.” GABARITO: A.

FCC – TRT (4R) – ANALISTA JUDICIÁRIO – 2010 31- Está clara e correta a redação deste livre comentário sobre o texto:

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(A) Tem-se notado os interesses que movem as nações mais desenvolvidas, em função dos quais ficam difíceis de firmar-se quaisquer acordos quanto a um meio ambiente melhor controlado. (B) Como já está tornando rotina, mais uma vez as nações não chegaram a um acordo, sobre as pungentes questões ambientais, tanto assim que nenhuma delas abre mão de seus interesses particulares. (C) Quando se dedicam às questões ambientais, costuma imperar-se a regra egoísta dos interesses privados, ao passo que se deveria de contemplar os interesses públicos. (D) É bem possível de que ainda venham a haver muitas conferências como a da COP-15, sem que os resultados que se espera sejam minimamente satisfatórios para o bem comum. (E) A maior parte das conferências dedicadas às questões do meio ambiente têm sido frustradas, quase sempre, pela falta de desprendimento de muitas nações, sobretudo as desenvolvidas. Vejamos: (A) Tem-se notado os interesses que movem as nações mais desenvolvidas, em função dos quais ficam difíceis de firmar-se quaisquer acordos quanto a um meio ambiente melhor controlado. O sujeito da locução verbal ‘tem-se notado’ é ‘os interesses’, logo precisa haver concordância verbal: “Têm-se notado os interesses...”. Além disso, o sujeito implícito do verbo no infinitivo com partícula apassivadora (firmar-se) tem como referente ‘quaisquer acordos’, logo deve haver concordância: “ficam difíceis de firmarem-se...”. (B) Como já está tornando rotina, mais uma vez as nações não chegaram a um acordo, sobre as pungentes questões ambientais, tanto assim que nenhuma delas abre mão de seus interesses particulares. O verbo tornar-se é pronominal, logo faltou o uso da partícula integrante do verbo neste texto: “Como já está tornando-se rotina...”. Além disso, a vírgula antes de sobre não procede, pois o substantivo acordo exige complemento nominal iniciado por tal preposição; segundo a regra da vírgula, não se separa complemento nominal do nome. (C) Quando se dedicam às questões ambientais, costuma imperar-se a regra egoísta dos interesses privados, ao passo que se deveria de contemplar os interesses públicos. O verbo dever não exige a preposição ‘de’. (D) É bem possível de que ainda venham a haver muitas conferências como a da COP-15, sem que os resultados que se espera sejam minimamente satisfatórios para o bem comum.

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O verbo haver na locução verbal ‘venham a haver’ tem sentido de existir, logo, o verbo auxiliar deve ficar no singular: ‘venha a haver’. Além disso, o verbo esperar, acompanhado de partícula apassivadora, deve ficar no plural, pois concorda com o antecedente do pronome relativo: “... os resultados que se esperam...” GABARITO: E. Não há qualquer tipo de desvio gramatical.

FCC – DNOCS – CONTADOR – 2010 32- Está clara e correta a redação deste livre comentário sobre o texto: (A) Ao se comparar a carta com o e-mail, os aspectos que a diferença é mais patente, segundo a autora, são o suporte, a temporalidade e a privatização da correspondência. (B) Pretextando a liberdade de acesso da informação, muitos abusam dos e-mails, enviando-os à quem deles não pretende saber o teor nem tomar conhecimento. (C) Há quem, como a autora, imagine que o e-mail possa acabar sendo o responsável por um novo alento para uma forma de correspondência como a carta. (D) Fica até difícil de imaginar o quanto as pessoas gastavam o tempo na preparação das cartas, desde o rascunho até o envio das mesmas, cuja duração era de dias. (E) Desde que foi inventado o telefone, a rapidez das comunicações se impuseram de tal modo que, por conseguinte, a morosidade das cartas passou a ser indesejável. Vejamos: (A) Ao se comparar a carta com o e-mail, os aspectos que a diferença é mais patente, segundo a autora, são o suporte, a temporalidade e a privatização da correspondência. Ocorre erro de regência devido à ausência da preposição “em” entre “aspectos” e “que”, devendo ser corrigida para “Ao se comparar a carta com o e-mail, os aspectos em que (ou nos quais) a diferença é mais patente, segundo a autora, são o suporte, a temporalidade e a privatização da correspondência.” (B) Pretextando a liberdade de acesso da informação, muitos abusam dos e-mails, enviando-os à quem deles não pretende saber o teor nem tomar conhecimento. Dois erros de regência existem na construção, a saber: “acesso à informação”, pois “acesso” exige a preposição “a”, não “de”, e não há crase antes de “quem”. Na boa, ‘pretextando’ é feioso, não? ☺

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(D) Fica até difícil de imaginar o quanto as pessoas gastavam o tempo na preparação das cartas, desde o rascunho até o envio das mesmas, cuja duração era de dias. Há dois erros na construção: o emprego de “mesmas” com valor anafórico, que torna confusa a mensagem e é desaconselhada pelos manuais de redação, e a visível ambiguidade ao emprego de “cuja”, que pode se referir às “cartas” ou ao “envio”. (E) Desde que foi inventado o telefone, a rapidez das comunicações se impuseram de tal modo que, por conseguinte, a morosidade das cartas passou a ser indesejável. Há erro de concordância, pois o núcleo do sujeito do verbo “impor”, em “impuseram”, é “rapidez”, devendo ser corrigida para o singular: “Desde que foi inventado o telefone, a rapidez das comunicações se impôs...” GABARITO: C.

FCC – MRE – OFICIAL DE CHANCELARIA - 2009 33- O segmento do texto que, transformado, mantém-se em consonância com o padrão culto escrito é: (A) quando desejam consolidar a expansão de sua fé, grupos religiosos distintos degladiam-se um contra o outro. (B) surge quando mau se havia cumprido os primeiros cinquenta anos do século XVII. (C) formas acerca de cuja eficácia ninguém tem dúvida. (D) reações a domínio, em sua também diversidade, igualmente se superpõe uns à outros. (E) quaisquer que, naquele momento, possa terem sido as razões. Vejamos: (A) quando desejam consolidar a expansão de sua fé, grupos religiosos distintos degladiam-se um contra o outro. O certo é digladiam-se, do verbo digladiar. Você sabia? ☺ (B) surge quando mau se havia cumprido os primeiros cinquenta anos do século XVII. Deve ser mal (com L). Este mal tem valor de advérbio de tempo. Equivale a “assim que”: “surge assim que se havia cumprido os primeiros cinquenta anos do século XVII.

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(D) reações a domínio, em sua também diversidade, igualmente se superpõe uns à outros. Não há crase diante de palavra masculina. (E) quaisquer que, naquele momento, possa terem sido as razões. O verbo ter (infinitivo) não pode ser flexionado, pois faz parte de uma locução verbal; o certo seria só o primeiro verbo auxiliar da locução verbal variar: “quaisquer que, naquele momento, possam ter sido as razões. GABARITO: C. Não há qualquer desvio. 34- A frase estruturada de maneira clara e em total conformidade com o padrão culto escrito é: (A) Não tinham sequer levantado hipótese de que fosse feito, e pelo coordenador, reparos ao texto definitivo, e ainda mais extemporaneamente, inclusive porque tinham havido já muitos comentários positivos para o grupo, vindos de renomado especialista. (B) A discussão sobre questões pertinentes aos vários temas dos grupos inscritos demandaram muita organização, que ninguém questionou porque se fazia necessário, tendo em vista que a reflexão necessita, e se deu, com serenidade. (C) Entre tais e tão tristes casos reportados nos jornais de hoje como as enchentes, os desastres rodoviários e os regimes de excessão, o que mais me comoveu foi de ter lido sobre a falta de assistência a desprotegidos. (D) Eles estavam ali conversando sei lá de quê; não certamente de dinheiro, como alguns imaginaram, ainda que falassem de “títulos”; mas não existem só títulos “bancários”, também os há acadêmicos, como cheguei a comentar com os mexeriqueiros. (E) Já tinha muito porque se atormentar, por isso tentava esquecer, e o fazia com muita persistência, das notícias que pareciam ter chegado a pouco, mas já eram conhecidas por todos. Vejamos: (A) Não tinham sequer levantado hipótese de que fosse feito, e pelo coordenador, reparos ao texto definitivo, e ainda mais extemporaneamente, inclusive porque tinham havido já muitos comentários positivos para o grupo, vindos de renomado especialista. Texto corrigido (dois problemas de concordância): “Não tinham sequer levantado hipótese de que fossem feitos, e pelo coordenador, reparos ao texto definitivo, e ainda mais extemporaneamente, inclusive porque tinha havido já muitos comentários positivos para o grupo, vindos de renomado especialista.”

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(B) A discussão sobre questões pertinentes aos vários temas dos grupos inscritos demandaram muita organização, que ninguém questionou porque se fazia necessário, tendo em vista que a reflexão necessita, e se deu, com serenidade. Texto corrigido: “A discussão sobre questões pertinentes aos vários temas dos grupos inscritos demandou muita organização, que ninguém questionou por que se fazia necessária, tendo em vista que a reflexão necessita, e se deu, com serenidade.”. No desfecho, há um problema de regência: quem necessita, necessita DE. Onde foi parar tal preposição? Vai saber... (C) Entre tais e tão tristes casos reportados nos jornais de hoje como as enchentes, os desastres rodoviários e os regimes de excessão, o que mais me comoveu foi de ter lido sobre a falta de assistência a desprotegidos. Texto corrigido: “Entre tais e tão tristes casos reportados nos jornais de hoje, como as enchentes, os desastres rodoviários e os regimes de exceção, o que mais me comoveu foi ter lido sobre a falta de assistência a desprotegidos.” (E) Já tinha muito porque se atormentar, por isso tentava esquecer, e o fazia com muita persistência, das notícias que pareciam ter chegado a pouco, mas já eram conhecidas por todos. Texto corrigido: “Já tinha muito por que se atormentar, por isso tentava esquecer, e o fazia com muita persistência, as notícias que pareciam ter chegado há pouco, mas já eram conhecidas por todos.” GABARITO: D. 35- O nome do filósofo [...] foi ganhando uma aura [...], apesar do caráter esotérico dos seus primeiros trabalhos e fragmentário dos últimos. Em redação clara e totalmente em concordância com o padrão culto escrito, o sentido da frase acima está preservado em: (A) Foi ganhando uma aura o filósofo, que já tinha nome, ainda que seus trabalhos sejam de caráter esotérico e fragmentário, respectivamente os primeiros e últimos. (B) Ainda que os primeiros trabalhos do filósofo padecessem de caráter esotérico e os últimos fragmentários, seu nome foi ganhando uma aura. (C) Embora se considerem o caráter esotérico e fragmentário dos primeiros e últimos trabalhos, seu nome de filósofo foi recebendo aura. (D) A despeito de os primeiros trabalhos do filósofo terem caráter esotérico e os últimos, fragmentário, seu nome foi ganhando uma aura. (E) Seu nome de filósofo foi ganhando aura mesmo sendo esotérico nos primeiros trabalhos, e tendo caráter fragmentário nos últimos.

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Vejamos: (A) Foi ganhando uma aura o filósofo, que já tinha nome, ainda que seus trabalhos sejam de caráter esotérico e fragmentário, respectivamente os primeiros e últimos. Texto corrigido: “Foi ganhando uma aura o filósofo, que já tinha nome, ainda que seus trabalhos fossem de caráter esotérico e fragmentário, respectivamente, os primeiros e os últimos.” (B) Ainda que os primeiros trabalhos do filósofo padecessem de caráter esotérico e os últimos fragmentários, seu nome foi ganhando uma aura. Texto corrigido: “Ainda que os primeiros trabalhos do filósofo padecessem de caráter esotérico e os últimos, fragmentário, seu nome foi ganhando uma aura.”. A vírgula serviu para marcar a elipse da expressão “padecessem de caráter”. O adjetivo está no singular, pois concorda com ‘caráter’. (C) Embora se considerem o caráter esotérico e fragmentário dos primeiros e últimos trabalhos, seu nome de filósofo foi recebendo aura. Texto corrigido: “Embora se considerem o caráter esotérico e fragmentário dos primeiros e dos últimos trabalhos, seu nome de filósofo foi recebendo aura.” (E) Seu nome de filósofo foi ganhando aura mesmo sendo esotérico nos primeiros trabalhos, e tendo caráter fragmentário nos últimos. Texto corrigido: “Seu nome de filósofo foi ganhando aura, mesmo sendo esotérico nos primeiros trabalhos e tendo caráter fragmentário nos últimos.” GABARITO: D. FCC – TRE/PR – ANALISTA JUDICIÁRIO – 2012 36- Considerado o padrão culto escrito, a frase que NÃO exige correção é: (A) No memorial do professor está registrado que ingressou para a universidade em idade inferior à determinada pela lei. (B) O fato que o acusado se recusa a dar detalhes é o que mais pesará na decisão dos jurados. (C) O movimento que me filiei nos anos 70 foi grandemente responsável pela renovação da pintura no Brasil. (D) Esta é, enfim, a parca remuneração da qual arco totalmente com as despesas da casa.

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(E) Os valores por que tantos lutaram e morreram não serão jamais esquecidos, pois nossa geração se dedicará a relembrá-los a cada passo. Vejamos uma por uma (já corrigidas): (A) No memorial do professor, está registrado que ingressou na universidade em idade inferior à determinada pela lei. (vírgula para separar o adjunto adverbial deslocado; quem ingressa ingressa em) (B) O fato de que o acusado se recusa a dar detalhes é o que mais pesará na decisão dos jurados. (faltou a preposição de exigida pelo nome fato) (C) O movimento a que me filiei nos anos 70 foi grandemente responsável pela renovação da pintura no Brasil. (quem se filia se filia a, logo a preposição fica antes do pronome relativo obrigatoriamente) (D) Esta é, enfim, a parca remuneração com a qual arco totalmente com as despesas da casa. (Eu arco totalmente com as despesas da casa COM a parca remuneração) GABARITO: E. 37- A frase construída em conformidade com o padrão culto escrito é: (A) Qualquer que sejam os motivos alegados pela comissão para justificar o atraso, lhe devem ser repassadas as anotações acerca dos itens em que houve perda do prazo de entrega anteriormente acordado. (B) Demos a eles a notícia que mais almejam e passeamos nosso olhar sobre seus semblantes: o que veremos surpreenderá, pois será muito mais do que alguém possa supor. (C) O empreiteiro jura que reconstróe a laje danificada em poucos dias, mas existe, na avaliação do engenheiro e do arquiteto, sérias dúvidas quanto à possibilidade de isso ser possível. (D) Pelo que tudo indica, os responsáveis pela empresa hão de questionar a advertência que lhes foi feita pelo setor de cobranças, que, durante dias, os procurou para tratar do assunto em pendência. (E) Registram-se em livros de história que aqueles artesãos eram bastante hábeis com as ferramentas que eles mesmo produziam, o que lhes garantiu a fama de burilar com criatividade qualquer tipo de material. Vejamos uma por uma (já corrigidas): (A) Quaisquer que sejam os motivos alegados pela comissão para justificar o atraso, devem-lhe ser repassadas as anotações acerca dos itens em que houve perda do prazo de entrega anteriormente acordado. (plural de qualquer: quaisquer; não se usa pronome oblíquo após pausa) (B) Demos a eles a notícia que mais almejam e passeemos nosso olhar sobre seus semblantes: o que veremos surpreenderá, pois será muito mais do que alguém possa supor. (passear, na 1ª pessoa do plural do imperativo afirmativo, vem da 1ª pessoa do plural do presente do subjuntivo;

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(C) O empreiteiro jura que reconstrói a laje danificada em poucos dias, mas existem, na avaliação do engenheiro e do arquiteto, sérias dúvidas quanto à possibilidade de isso ser possível. (usa-se I em verbos terminados em –uir; existem... dúvidas...) (E) Registra-se em livros de história que aqueles artesãos eram bastante hábeis com as ferramentas que eles mesmos produziam, o que lhes garantiu a fama de burilar com criatividade qualquer tipo de material. (Registra-se tem sujeito oracional, logo fica na 3ª pessoa do singular; mesmo varia normalmente quando é um pronome demonstrativo) GABARITO: D. 38- A frase que respeita o padrão culto escrito é: (A) Tudo que fizeram afim de angariar a simpatia do diretor pela proposta não deu bons frutos, por isso não lhes restaram, conforme estavam todos de acordo, outra idéia a não ser agregar valor ao projeto inicial. (B) Os jornalistas não creem que existam documentos espúrios em meio àqueles já examinados, e isso por que já haviam feito cuidadosa checagem, todavia, a transparência impondo, voltarão a tarefa de imediato. (C) A questão ficou cada vez mais descaracterizada quando, logo depois da visita o antropólogo defendeu que aquelas dificuldades não se restringiam para as nações indígenas daquela região, sendo mais universal. (D) A manutenção e apoio ao grupo de escoteiros dependem dele aceitar a contrapartida dos empresários, que não é, aliás, nada abuso, visto que eles executam as tarefas solicitadas cotidianamente, sem desgaste exaustivo. (E) Não obstante a grande aprovação recebida pelos candidatos da legenda, não se ignora que, se não revirem suas plataformas, cujas bases têm fragilidades que só há pouco os analistas expuseram, sairão lesados em futuro bem próximo. Vejamos uma por uma (já corrigidas): (A) Tudo que fizeram a fim de angariar a simpatia do diretor pela proposta não deu bons frutos, por isso não lhes restou, conforme estavam todos de acordo, outra idéia a não ser agregar valor ao projeto inicial. (a fim de: finalidade; restou (verbo)... outra ideia (sujeito)...; de acordo com a nova reforma, ideia se escreve sem acento) (B) Os jornalistas não creem que existam documentos espúrios em meio àqueles já examinados, e isso porque já haviam feito cuidadosa checagem, todavia, a transparência impondo, voltarão à tarefa de imediato. (porque explica, logo é junto sem acento; voltar exige preposição a + a (tarefa) = à tarefa (crase!)) (C) A questão ficou cada vez mais descaracterizada quando, logo depois da visita, o antropólogo defendeu que aquelas dificuldades não se restringiam às nações indígenas daquela região, sendo mais universal.

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(logo depois da visita é adjunto adverbial deslocado, logo devem-se usar vírgulas; o verbo restringir exige a preposição a) (D) A manutenção e apoio ao grupo de escoteiros dependem de ele aceitar a contrapartida dos empresários, que não é, aliás, nada abusiva, visto que eles executam as tarefas solicitadas cotidianamente, sem desgaste exaustivo. (não há contração antes de verbo no infinitivo segundo a maioria dos gramáticos (de ele aceitar...); abusiva, concordando com contrapartida) GABARITO: E. FCC – ISS/SP - AUDITOR-FISCAL TRIBUTÁRIO MUNICIPAL I – 2012 39- Considerado o padrão culto escrito, a alternativa que apresenta frase correta é: (A) Depois de muita hesitação, convim com as condições da compra e assinei um documento, cuja linguagem é bastante técnica, declarando irrevogáveis as cláusulas do contrato. (B) Por mais que queiramos negar envolvimento dos menores no distúrbio, podem haver fatos que desconheçamos, por isso acataremos as orientações que advenham do episódio. (C) Pelo que dissestes sobre a incrustação das joias, mereces parabéns, e também pela competência, pois, sem tê-las sequer mostrado à interessada, a tornou uma feliz compradora. (D) A especialista à qual se deve as pesquisas educacionais diz que cada uma das escolas que se proporam a fornecer dados declararam o motivo particular que as pôs em movimento. (E) As terras de que essa espécie de vinho provêm são as do tipo mais recomendáveis para a cultura da videira, motivo pelo qual são tão valorizadas e desejadas por viticultores. Vejamos uma por uma (já corrigidas): (B) Por mais que queiramos negar envolvimento dos menores no distúrbio, pode haver fatos que desconheçamos, por isso acataremos as orientações que advenham do episódio. (pode haver, no singular, pois o verbo haver (=existir) não permite que o auxiliar da locução verbal varie) (C) Pelo que dissestes sobre a incrustação das joias, mereces parabéns, e também pela competência, pois, sem tê-las sequer mostrado à interessada, tornou-a uma feliz compradora. (ênclise após pausa) (D) A especialista à qual se devem as pesquisas educacionais diz que cada uma das escolas que se propuseram a fornecer dados declararam o motivo particular que as pôs em movimento. (o sujeito de dever, acompanhado de partícula apassivadora, é pesquisas; propor no futuro do subjuntivo é propuseram)

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(E) As terras de que essa espécie de vinho provém são as do tipo mais recomendável para a cultura da videira, motivo pelo qual são tão valorizadas e desejadas por viticultores. (provém é derivado do verbo vir, que, na 3ª pessoa do plural, recebe acento circunflexo, mas não é o caso, pois seu sujeito é espécie; recomendável concorda com tipo) GABARITO: A. 40- A frase que se apresenta redigida de forma clara e correta é: (A) Não quero e não devo contar qual foi a confusão em que me meti, nem porque idas e vindas acabei percebendo o real perigo que corria. (B) Todos estando bastante, ou excessivamente, contrariados, nesse diapasão nada se podia fazer para acalmar o representante dos funcionários, cujo apoio sustentaria o evento. (C) O debate seguia acalorado entre o jornalista e o entrevistado, sendo por essa razão o convite feito a um mediador, pois de sua presença dependia o impasse. (D) Pior do que hostilizá-los é fazer os trabalhadores acreditarem que qualquer outro modo de reconhecimento pelo seu esforço, que não seja a justa remuneração, é tão honesto quanto ela. (E) O indivíduo contribui com a cidadania, quando se posiciona a favor dos direitos, porém corrompe com a ética, se fizer contra os preceitos morais. Vejamos uma por uma (já corrigidas): (A) Não quero e não devo contar qual foi a confusão em que me meti, nem por que idas e vindas acabei percebendo o real perigo que corria. (usa-se por que, pois equivale a “motivo pelo qual”) (B) Todos estando bastante, ou excessivamente, contrariados, nesse diapasão, nada se podia fazer para acalmar o representante dos funcionários, de cujo apoio sustentaria o evento. (“Todos estando... diapasão” deve ser separado por vírgula, pois se trata de uma oração reduzida deslocada; o nome apoio exige a preposição de, que fica antes do relativo cujo obrigatoriamente (o apoio dos funcionários)) (C) O debate seguia acalorado entre o jornalista e o entrevistado, sendo, por essa razão, o convite feito a um mediador, pois de sua presença dependia o impasse. (por essa razão é um adjunto adverbial deslocado, por isso as vírgulas) (E) O indivíduo contribui com a cidadania, quando se posiciona a favor dos direitos, porém corrompe a ética, se fizer contra os preceitos morais. (o verbo corromper rege seu complemento sem preposição) GABARITO: D. Finito! Ahhhhhhhhhhhh... já acabou... poxa! ☺ ----------------------------------------------------------------------------------

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Despedidas só são tristes quando o destino é incerto. Como sei que você vai mandar bem neste concurso, desejo toda a felicidade do mundo em seu trajeto! Não se esqueça de que estou às ordens! Beijo no coração! Pest [email protected] ou [email protected]