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Desenho Técnico Mecânico I
Aula 04 – Cotas, Símbolos, Estado de superfície, Tolerâncias Dimensionais e Tolerâncias
Geométricas
SEM0502 - DESENHO TÉCNICO MECÂNICO I
Notas de Aulas v.2020 - material exclusivo para apoio didático as aulas das disciplinas SEM0502 e SEM0564
Proibida a Venda, a Reprodução e Divulgação
Luciana Montanaro Arthur Jose vieira Porto
Desenho Técnico Mecânico I
1. COTAGEM
COTAGEM é a indicação das medidas das peças em seu desenho. Ao cotar você deve tentar imaginar se, com as medidas representadas, será possível fabricar a peça. A COTAGEM deve ser correta e completa, pois é proibido medir a figura de um desenho com régua, pode-se apenas somar e subtrair as medidas nominais das cotas (igualmente soma-se e subtrai-se as tolerâncias das cotas).
http://www.feg.unesp.br/~victor/Apostila%20DTB3_18_25.pdf
a - linha de cota
b - linha auxiliar
c - Medidas nominais das cotas
c
Por norma, o valor da cota será lido sempre em milímetros, e quando for em outra unidade, deverá ser indicado na legenda (para todas as cotas) ou em seguida ao valor (exs: 50cm, 50m ou 50”)
Desenho Técnico Mecânico I
COTAGEM Toda e qualquer COTA é formada por dois números: o valor
nominal da cota e a sua tolerância: • Valor nominal da cota: numero inteiro (em milímetros) que indica a
grandeza da dimensão cotada • Tolerância: é variação entre as dimensões máxima e mínima de uma
grandeza (ou dimensão nominal) da peça. A Tolerância pode ser indicada por números (em micrometros, positivos ou negativos) que são somados a dimensão nominal; ou por um afastamento (composto por uma letra e um numero), que também deve ser somado a dimensão nominal.
• Na natureza não existe medida exata ou absoluta, sendo que desta forma, quando se omite a indicação da Tolerância no desenho, a leitura da medida deve ser realizada com consulta na Norma que indicará qual a Tolerância (a mais aberta possível) que deverá a ser utilizada, sempre em função da faixa de grandeza da medida nominal.
• A altura do numero que designa o valor da Tolerância deve ser entre 50% e 75% da altura do numero que designa o valor da Cota.
30 +10 - 10 Indica que a medida pode variar entre 29,090 mm e 30,010 mm
Desenho Técnico Mecânico I
• Dois traços de contorno visível - A • Um traço de contorno visível e uma linha de auxiliar (ou de extensão) - B • Duas linhas de extensão - C • Um traço de contorno visível e uma linha de centro - D • Um traço de contorno visível e um eixo de simetria - E • Uma linha de extensão e um eixo de simetria - F • Uma linha de centro e um eixo de simetria - G • Uma linha de extensão e uma linha de centro - H • Duas linhas de centro - I
COTAGEM - Uma linha de cota somente pode ser marcada entre:
H
I
G
F
B A
C
D
E
Desenho Técnico Mecânico I
1.2 CUIDADOS NA COTAGEM
Fonte: Apostila Desenho Mecânico. Desenho com instrumentos. Convênio SENAI/São Paulo
Desenho Técnico Mecânico I
1.2 CUIDADOS NA COTAGEM
Ver também a Norma ISO 129- 1 – 2004 – e atualizações
Terminações Erradas Terminações Corretas
Preferencialmente a seta deve ser um triangulo isósceles de 30º e preenchida. Pode-se usar gabarito para setas. A seta inicia e termina exatamente nas linhas que indicam a Cota
O Traço a 45º é utilizado quando não há espaço para desenhar a seta
a = area para escrever a Cota h = altura do número da Cota
Desenho Técnico Mecânico I
1.2 CUIDADOS NA COTAGEM
Quando a linha de cota está na posição inclinada, a cota acompanha a inclinação.
Cotas sempre sobre a linha de cota e obedecendo aos horizontes de leitura do papel
HORIZONTE
Desenho Técnico Mecânico I
Rebaixo:
1.3 EXEMPLOS - Rebaixos
Fonte: Apostila Desenho Mecânico. Desenho com instrumentos. Convênio SENAI/São Paulo
Nunca repetimos a cota, ou seja, cotamos sempre uma única vez, e em qual vista ou corte será colocada a cota é uma decisão do desenhista, pensando sempre na clareza da leitura
A fabricação da peça será pela retirada de material, então as cotas devem mostrar as dimensões externas da peça e as dimensões do material a ser retirado
Desenho Técnico Mecânico I
Rebaixos iguais 1.3 EXEMPLOS - Rebaixos
Fonte: Apostila Desenho Mecânico. Desenho com instrumentos. Convênio SENAI/São Paulo
OBS: Muito raramente cota-se todas as medidas de uma peça (procuramos deixar sempre uma dimensão aberta, ou seja, com dimensão a ser obtida pela soma ou subtração das outras medidas), isto é necessário em função da existência das tolerância, que também deverá ser obtida pela soma ou subtração das tolerâncias das outras medidas.
Se duas medidas são de mesma natureza (chanfos, furos, rebaixos) e de valores iguais, cota-se apenas uma vez, e na leitura do desenho assume-se que a cota é a mesma (por Norma).
= (32 – 20)
= (50-15-15)
Desenho Técnico Mecânico I
Rebaixos diferentes precisam ser cotados, e a ausência de linha de simetria indica que os rebaixos podem ter larguras diferentes também, obrigando que ambas as larguras sejam cotadas (independente de terem dimensões iguais ou não)
1.3 EXEMPLOS - Rebaixos
Fonte: Apostila Desenho Mecânico. Desenho com instrumentos. Convênio SENAI/São Paulo
Desenho Técnico Mecânico I
Rasgo sem linha de simetria:
1.3 EXEMPLOS - Rasgos
Fonte: Apostila Desenho Mecânico. Desenho com instrumentos. Convênio SENAI/São Paulo
A cota do rasgo tem que ser associada a uma outra cota que referencie o rasgo a uma face da peça.
Desenho Técnico Mecânico I
Rasgo com linha de simetria:
1.3 EXEMPLOS - Rasgos
Fonte: Apostila Desenho Mecânico. Desenho com instrumentos. Convênio SENAI/São Paulo
A existencia da linha de simetria implica que a cota do rasgo estará simetricamente distribuída, ou centrada, na linha de simetria.
Desenho Técnico Mecânico I
Cavidade quadrada com linha de simetria e localização delas em relação a superfícies de referencia (cotas horizontais e verticais com valor de 15mm)
1.3 EXEMPLOS – Furos e cavidades
Fonte: Apostila Desenho Mecânico. Desenho com instrumentos. Convênio SENAI/São Paulo
Desenho Técnico Mecânico I
Elementos angulares – a seguir são apresentados exemplos de cotagem de elementos angulares
1.3 EXEMPLOS – Elementos angulares
Fonte: Apostila Desenho Mecânico. Desenho com instrumentos. Convênio SENAI/São Paulo
Se todos os chanfros tiverem o mesmo valor, cota-se apenas uma vez, Se forem muitos chanfros iguais, pode-se escrever uma observação indicando o valor dos chanfros
Desenho Técnico Mecânico I
Elementos angulares Cotas lineares: medidas de extensão, neste caso, não impõe um valor de desvio para o angulo entre as duas extremidades ou vértices.
1.3 EXEMPLOS – Elementos angulares
Fonte: Apostila Desenho Mecânico. Desenho com instrumentos. Convênio SENAI/São Paulo
Desenho Técnico Mecânico I
Elementos angulares Cotas angulares: medidas de aberturas de ângulos. Neste caso, em qualquer posição ao longo do comprimento do chanfro, o angulo deverá ser sempre o mesmo.
1.3 EXEMPLOS – Elementos angulares
Fonte: Apostila Desenho Mecânico. Desenho com instrumentos. Convênio SENAI/São Paulo
Desenho Técnico Mecânico I
Elementos angulares compostos
1.3 EXEMPLOS – Elementos angulares
Fonte: Apostila Desenho Mecânico. Desenho com instrumentos. Convênio SENAI/São Paulo
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Chanfros
1.3 EXEMPLOS – Chanfros
Externo Interno
Fonte: Apostila Desenho Mecânico. Desenho com instrumentos. Convênio SENAI/São Paulo
2x45 ou
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1.3 EXEMPLOS – Símbolos para indicação de: Diâmetros, Raios, Quadrados e Esferas
Raios R
Diâmetros Φ
Quadrado
Desenho Técnico Mecânico I
A cotagem de elementos esféricos é feita pela medida de seus diâmetros ou de seus raios, com a indicação obrigatória da propriedade sendo cotada: esfera, diâmetro ou raio, conforme a simbologia indicada abaixo:
ESF = esférico
= diâmetro
R = raio
1.3 EXEMPLOS – Diâmetros, Raios e Esferas
Fonte: Apostila Desenho Mecânico. Desenho com instrumentos. Convênio SENAI/São Paulo
Os símbolos podem ser utilizados de forma combinada, conforme exemplos abaixo:
Desenho Técnico Mecânico I
Em espaços reduzidos, deve-se posicionar as setas externamente aos espaços cotados. Quando não houver espaço para as setas, estas serão substituídas por traços oblíquos.
1.3 Espaços reduzidos
Fonte: Apostila Desenho Mecânico. Desenho com instrumentos. Convênio SENAI/São Paulo
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Quando existem várias cotas na mesma dimensão (ou direção) pode ser executada a cotagem em paralelo ou a cotagem aditiva, sempre utilizando uma face da peça como referencia.
Cotagem em paralelo Cotagem aditiva
OBS: A cotagem aditiva é uma simplificação da cotagem em paralelo e só deve ser utilizada quando houver limitação de espaço e não comprometer a interpretação do desenho.
1.4 Cotagem por face de referência
Fonte: Apostila Desenho Mecânico. Desenho com instrumentos. Convênio SENAI/São Paulo
Desenho Técnico Mecânico I
1.4 Cotagem por face de referência em duas direções
Fonte: Apostila Desenho Mecânico. Desenho com instrumentos. Convênio SENAI/São Paulo
Desenho Técnico Mecânico I
Quando ficar mais prático indicar as cotas em uma tabela ao invés de indicá-las diretamente sobre a peça.
1.4 Cotagem por faces coordenadas
Fonte: Apostila Desenho Mecânico. Desenho com instrumentos. Convênio SENAI/São Paulo
Técnica utilizada em peças que possuem muitos furos ou quando os furos possuem valores que são constantemente atualizados, pois permite fácil alteração do desenho.
Desenho Técnico Mecânico I
Quando a peça possui muitas cotas na mesma direção, pode-se transferir a superfície de referencia para uma linha no interior da peça, chamada de linhas básicas (vertical ou horizontal), a partir da qual as medidas da peça são indicadas.
1.4 Cotagem por linhas básicas
Fonte: Apostila Desenho Mecânico. Desenho com instrumentos. Convênio SENAI/São Paulo
Desenho Técnico Mecânico I
Algumas peças tem furos que possuem a mesma distância entre seus centro (igualmente espaçados). São lineares ou angulares.
Cot
agem
line
ar
Cot
agem
line
ar
e an
gula
r
1.4 Cotagem de furos igualmente espaçados
Fonte: Apostila Desenho Mecânico. Desenho com instrumentos. Convênio SENAI/São Paulo
Indica que são 4 furos igualmente espaçados em 30mm
Indica que são 6 furos de diâmetro 5mm e igualmente espaçados em 60º a partir do eixo de simetria.
Desenho Técnico Mecânico I
Quando não causarem dúvidas o desenho e a cotagem podem ser simplificados 1.4 Cotagem de furos igualmente espaçados - simplificação
Fonte: Apostila Desenho Mecânico. Desenho com instrumentos. Convênio SENAI/São Paulo
Importante: É permitido escrever informações no desenho, relativas a dimensões, material, acabamento superficial, dureza, etc.
Informa que a espessura da chapa é de 5mm
Indica que sao um total de 5 furos de 6 mm de diametro.
Indica que sao um total de 5 furos de 6 mm de diametro.
Desenho Técnico Mecânico I
1.5 Detalhes
Cordas, ângulos - as cotas de arcos e ângulos devem ser indicados como nos exemplos abaixo.
Raio definido por outras cotas - deve ser indicado pelo símbolo R
Fonte: Apostila Desenho Mecânico. Desenho com instrumentos. Convênio SENAI/São Paulo
Desenho Técnico Mecânico I
Cotagem de uma área ou comprimento limitado de uma superfície, para indicar situação especial, através de uma linha traço-ponto superposta.
1.5 Detalhes
Cotas fora de escala – devem ser sublinhadas com uma reta com a mesma largura da linha do algarismo.
Fonte: Apostila Desenho Mecânico. Desenho com instrumentos. Convênio SENAI/São Paulo
Desenho Técnico Mecânico I
A relação de inclinação deve estar indicada.
A relação de inclinação 1:10 indica que a cada 10 mm do comprimento, diminui-se 1mm da altura.
Não é necessário que a outra cota de altura da peça apareça, pois ela deverá ser calculada.
1.6 Elementos inclinados
Fonte: Apostila Desenho Mecânico. Desenho com instrumentos. Convênio SENAI/São Paulo
Desenho Técnico Mecânico I
1.6 Elementos inclinados - Exemplos
Fonte: Apostila Desenho Mecânico. Desenho com instrumentos. Convênio SENAI/São Paulo
Desenho Técnico Mecânico I
Qual é uma boa maneira de se cotar a peça abaixo tendo em mente que a mesma será fabricada em um torno convencional? Dimensões: Φ36x10, Φ 26x10, Φ16x35 e chanfro 2x45º.
1.7 Problema para Discussão:
Obs 2 - Um torno sempre corta da direita para a esquerda e do maior diâmetro para o menor diâmetro
Obs 1 – As cotas, idealmente, devem representar as dimensões que serão obtidas durante os processos de usinagem
Obs 3 – A peça ficará presa no torno pelo diâmetro da esquerda, desta forma a superfície de referencia deverá ser a superfície logo após o maior diâmetro
Desenho Técnico Mecânico I
Ideal
Real
2. ESTADOS DE SUPERFÍCIES
Equacionamento e representação da superfície: existem vários equacionamentos que visam representar o estado da superfície, e cada equacionamento busca representar uma característica especifica da superfície. O equacionamento mais utilizado busca representar a rugosidade média em um determinado comprimento da superfície, ou seja, o valor da rugosidade media (Ra) vale apenas para o comprimento da medida amostral, sendo que, para generalizar o valor da rugosidade precisa-se medi-la em vários lugares da peça.
Desenho Técnico Mecânico I
SIMBOLOGIA DE REPRESENTATIVIDADE GENÉRICA DA QUALIDADE DA SUPERFICIE DE UMA PEÇA, INDICADA NA LEGENDA (QUANDO
VALER PARA TODA A PEÇA) OU INDICADA SUPERPOSTA A SUPERFICIE QUE BUSCA QUALIFICAR
Desenho Técnico Mecânico I
SIMBOLOGIA DE REPRESENTATIVIDADE QUANTITATIVA DA QUALIDADE DA SUPERFICIE DE UMA PEÇA (CLASSES DE RUGOSIDADE), INDICADA
NA LEGENDA (QUANDO VALER PARA TODA A PEÇA) OU INDICADA SUPERPOSTA A SUPERFICIE QUE BUSCA QUALIFICAR
Desenho Técnico Mecânico I
NOTAÇÃO DA SIMBOLOGIA UTILIZADA PARA REPRESENTAR A RUGOSIDADE
a - valor da rugosidade Ra, em µm, ou classe de rugosidade N 1 a N 12;
b - método de fabricação, tratamento ou revestimento da superfície;
c - comprimento da amostra para avaliação da rugosidade, em mm;
d - direção predominante das estrias;
e - sobremetal para usinagem (m).
Exemplo:
Desenho Técnico Mecânico I
INDICAÇÃO DA RUGOSIDADE EM DESENHO
Formato do símbolo básico (angulos)
Indica que é exigida a remoção de material, para produzir a
qualidade da superfície
Indicação de valor único de rugosidade Indicação de intervalo de rugosidade
Indica que não é permitida a remoção de material, para produzir a qualidade da superfície
Desenho Técnico Mecânico I
Tabela indicando a rugosidade conseguida em alguns Processos de fabricação
Desenho Técnico Mecânico I
INDICAÇÃO BÁSICA NO DESENHO DE UMA PEÇA
Significado da simbologia Aplicação em desenho técnico
INDICA A QUALIDADE GENERICA DA SUPERFICIE, E NÃO PRECISA SER ESPECIFICADO NA PEÇA, INDICADA NA FRENTE DO PARENTESIS
INDICA AS QUALIDADES ESPECÍCAS DAS SUPERFICIES, E PRECISAM SER ESPECIFICADAS NA PEÇA, INDICADA DENTRO DO PARENTESIS
Desenho Técnico Mecânico I
DIREÇÃO PREDOMINANTE DAS ESTRIAS - SIMBOLOGIA
ESTRIAS PARALELAS HORIZONTAIS
ESTRIAS CRUZADAS
ESTRIAS PARALELAS VERTICAIS
ESTRIAS ALEATORIAS
ESTRIAS RADIAIS
ESTRIAS CONCENTRICAS
Desenho Técnico Mecânico I
3. TOLERÂNCIA DIMENSIONAL DA MEDIDA NOMINAL . DEFINIÇÕES:
Afastamentos: desvios aceitáveis para a dimensão nominal, para mais e para menos
Tolerância: variação entre as dimensões máxima e mínima de uma peça
Eixo ou medida da peça maciça Furo ou medida da peça vazada
Medida nominal: 20 mm
Afastamento superior: 0,28 mm
Afastamento inferior: 0,18 mm
Dimensão máxima: 20,28 mm
Dimensão mínima: 20,18 mm
Tolerância: 0,10 mm
Desenho Técnico Mecânico I
TIPOS DE AJUSTES QUE PODEM OCORRER NA MONTAGEM DE DUAS PEÇAS
Furo Dmax: 25,21 Dmin: 25,00
Eixo
Dmax eixo: 24,80 Dmin eixo: 24,59
Ajuste com Folga Ajuste com Interferência
Ajuste Incerto ou
indeterminado
Furo Dmax: 25,21 Dmin: 25,00
Eixo
Dmax eixo: 25,41 Dmin eixo: 25,28
Furo Dmax: 30,25 (F) Dmin: 30,00 (I)
Eixo
Dmax eixo: 30,18 (I/F) Dmin eixo: 30,02 (I/F)
Ver também: NBR 6158 (1995) - Sistema de tolerâncias e ajustes
Desenho Técnico Mecânico I
Os valores das tolerâncias podem ser representados pelos
afastamentos das medidas ou pela norma ISO adotada pela ABNT.
Por
afastamento Pela norma
ISO
Desenho Técnico Mecânico I
Qualidade de trabalho: precisão da peça ou tamanho do intervalo
SISTEMA DE TOLERÂNCIA E AJUSTES (ABNT/ISO) é formado por duas informações: qualidade do trabalho e posição do campo de tolerância.
Campo de tolerância: são os valores entre as dimensões máxima e mínima ou a posição do intervalo da variação da dimensão.
(utiliza-se as letras de a até zc e de A até ZC para definir a posição do intervalo da variação)
(as letras minúsculas são aplicadas em Eixo)
(as letras maiúsculas são aplicadas em Furo)
Classe de qualidade
Utilização da classe de qualidade
01 a 4 Instrumentos de verificação (calibres, padrões, etc.)
5 e 6 Construção mecânica de grande precisão
7 e 8 Construção mecânica cuidadosa
9 a 11 Construção mecânica corrente
12 a 18 Construção mecânica grosseira (laminação, estampagem, fundição, forjamento)
Desenho Técnico Mecânico I
VARIAÇÃO DA QUALIDADE DE TRABALHO ENTRE OS PROCESSOS DE FABRICAÇÃO
Pano +
Água +
Micropartículas Abrasivas
Broca
=>
Desenho Técnico Mecânico I
POSIÇÃO DOS CAMPOS DE TOLERÂNCIA EM FUNÇÃO DO VALOR NOMINAL DA COTA
Valor nominal da cota para FURO
Valor nominal da cota para EIXO
Para uma mesma qualidade de trabalho, se os valores nominais das cotas do Furo e do Eixo forem iguais, pode-se definir as combinações dos campos de tolerância que irão permitir: -ajustes folgados (a posição do campo de tolerância do Furo é sempre superior a posição do campo de tolerância do Eixo); -ajustes interferentes (a posição do campo de tolerância do Furo é sempre inferior a posição do campo de tolerância do Eixo); -ajustes indeterminados (a posição do campo de tolerância do Furo coincide, mesmo que parcialmente, com a posição do campo de tolerância do Eixo)
Desenho Técnico Mecânico I
TABELA DOS AJUSTES NORMALIZADOS (SISTEMA FURO-BASE H7)
Até
3150
mm
Este sistema adota o valor fixo H7 para o campo de tolerância do Furo, facilitando a escolha do campo de tolerância do Eixo, para definir oi tipo de ajuste que se deseja: -folgado (de a até h), -interferente (de u até zc) ou -indeterminado (de j até t)
Desenho Técnico Mecânico I
EXEMPLO: ajuste entre eixo e engrenagem
ENGRENAGEM PONTA DE EIXO
QUAL É O TIPO DE AJUSTE?
Desenho Técnico Mecânico I
Tolerância Dimensional: garante o tamanho da peça mas não garante a obtenção da geometria correta da peça
Tolerância Geométrica: estabelece a variação aceitável das formas geométricas e das posições dos elementos da peça, buscando garantir a obtenção da geometria correta da
peça e seus elementos.
4. TOLERÂNCIAS DE FORMAS GEOMÉTRICAS. DEFINIÇÕES:
Desenho Peça fabricada de acordo com as tolerâncias do desenho
Desenho Técnico Mecânico I
EXEMPLOS DE TOLERANCIAS GEOMETRICAS E SUAS SIMBOLOGIAS
Planeza: visa garantir que quaisquer dois pontos na superfície da peça esteja com diferença de
altura máxima de 0,05mm
Cilindricidade: visa garantir que toda e qualquer secção transversal da peça esteja
fora de centro em no máximo 0,04mm
Circularidade: visa garantir que toda e qualquer secção transversal da peça seja um circulo com
erro máximo no diâmetro de 0,04mm
Concentricidade: visa garantir que toda e qualquer secção transversal do diâmetro maior da peça esteja fora de centro
do diâmetro menor da peça em no máximo 0,04mm
Desenho Técnico Mecânico I
Batimento visa garantir que durante um giro de 360º da peça, apoiada no eixo A, a variação da altura (medida em um circulo externo) do plano
ortogonal será de no máximo 0,1mm
Perpendicularíssimo visa garantir que a superfície interna do furo C esteja perpendicular com a geratriz do
furo A em no máximo 0,05mm.
Localização visa garantir que o resultado final das tolerâncias das cotas de posicionamento do furo (25 e 50)
esteja dentro de um circulo com diâmetro de 0,06mm
Paralelismo visa garantir que a superfície interna do furo menor é paralela a geratriz
do furo maior em 0,02mm
EXEMPLOS DE TOLERANCIAS GEOMETRICAS E SUAS SIMBOLOGIAS
Desenho Técnico Mecânico I
QUADRO GERAL DAS TOLERANCIAS DE FORMA GEOMETRICA PARA ELEMENTOS ISOLADOS: denominação e símbolo
Elemento de aplicação
ISOLADO significa que a tolerância não depende de um elemento de referencia, ela pertence apenas ao elemento tolerado.
Desenho Técnico Mecânico I
QUADRO GERAL DAS TOLERANCIAS DE FORMA GEOMETRICA PARA ELEMENTOS ASSOCIADOS: denominação e símbolo
ASSOCIADO significa que a tolerância depende de um elemento de referencia, ela especifica um elemento em relação a outro elemento.
Elemento de aplicação
Desenho Técnico Mecânico I
REPRESENTAÇÕES DA TOLERANCIA GEOMETRICA – características:
Superficie da peça
Superfície paralela em 0,02mm em relação a superfície A.
Desenho Técnico Mecânico I
CARACTERÍSTICAS DIMENSIONAIS DA REPRESENTAÇÃO DA TOLERANCIA GEOMETRICA
Utilizada em indicações de superfícies não planas ou quando o preenchimento resultar em indicação clara e limpa
Indicação usual
Desenho Técnico Mecânico I
- A seta toca o contorno de um elemento ou o prolongamento do contorno (mas não uma linha de cota), se a tolerância geométrica se aplicar à linha ou à própria superfície.
- A seta toca a linha de extensão, em prolongamento à linha de cota, quando a tolerância geométrica for aplicada ao eixo ou ao plano médio do elemento cotado.
- A seta toca o eixo, quando a tolerância geométrica for aplicada ao eixo ou ao plano médio de todos os elementos comuns a este eixo ou este plano médio.
INDICAÇÃO DO ELEMENTO TOLERADO
Desenho Técnico Mecânico I
EXEMPLO DE INDICAÇÃO DO CAMPO DE TOLERÂNCIA
As duas superfícies são paralelas em 0,2mm
A superfície interna do furo menor é paralela a geratriz do furo maior em 0,1mm
Desenho Técnico Mecânico I
– Observe as perspectiva e escreva as cotas nas projeções.
Fonte: Apostila Desenho Mecânico. Desenho com instrumentos. Convênio SENAI/São Paulo
5. EXERCICIOS DE FIXACAO
Desenho Técnico Mecânico I
Observe as perspectiva e escreva as cotas nas projeções.
Fonte: Apostila Desenho Mecânico. Desenho com instrumentos. Convênio SENAI/São Paulo
Desenho Técnico Mecânico I
Nas projeções apresentadas faça somente a cotagem dos elementos citados
Diâmetros
Raios
Fonte: Apostila Desenho Mecânico. Desenho com instrumentos. Convênio SENAI/São Paulo
Desenho Técnico Mecânico I
Analise as perspectivas e coloque as cotas nas posições
Fonte: Apostila Desenho Mecânico. Desenho com instrumentos. Convênio SENAI/São Paulo
Desenho Técnico Mecânico I
Faça a cotagem dos elementos citados
Fonte: Apostila Desenho Mecânico. Desenho com instrumentos. Convênio SENAI/São Paulo
Desenho Técnico Mecânico I
Analise as perspectivas , calcule e coloque as cotas nas projeções
Fonte: Apostila Desenho Mecânico. Desenho com instrumentos. Convênio SENAI/São Paulo
Desenho Técnico Mecânico I
Analise as perspectivas e coloque as cotas nas projeções
Fonte: Apostila Desenho Mecânico. Desenho com instrumentos. Convênio SENAI/São Paulo
Desenho Técnico Mecânico I
Analise as perspectivas e coloque as cotas nas projeções
Fonte: Apostila Desenho Mecânico. Desenho com instrumentos. Convênio SENAI/São Paulo
Desenho Técnico Mecânico I
Nas projeções apresentadas achar a cota de A e B
Fonte: Apostila Desenho Mecânico. Desenho com instrumentos. Convênio SENAI/São Paulo
Desenho Técnico Mecânico I
resolva os três exercícios
Exemplo:
a) N8 = 3,2 µm
2) Responda as perguntas.
a) Que classe de rugosidade a maioria das superfícies da peça deverá receber?
_______________________________________
b) Que outras classes de rugosidade a peça deverá receber?
_______________________________________
c) Que tratamento térmico a peça deverá receber?
_______________________________________ b) ______ , ______ c) ______ , ______
1) Escreva nas linhas indicadas, a rugosidade das
peças em sua grandeza máxima.
3) Analise o desenho
e responda.
a) Qual é o modo de fabricação de obter o acabamento N7?
_______________________________
b) Qual é o tratamento indicado?
_______________________________ Fonte: Apostila Desenho Mecânico. Desenho com instrumentos. Convênio SENAI/São Paulo
Desenho Técnico Mecânico I
REFERÊNCIAS
Silva, A., Ribeiro, C. T., Dias, J., Souza, L. Desenho Técnico Moderno. Ed. LTC, 4ª ed., 475p. 2006. Agostinho, O., Rodrigues, A. C. S., Lirani, J. Tolerâncias, Ajustes, Desvios e Análise de Dimensões. Ed. Edgard Blücher, 43ª ed., 295p. 1977. Novaski, O. Introdução à Engenharia de Fabricação Mecânica. Ed. Edgard Blücher, 1ª ed., 120p., 1994. ABNT NBR ISO 2768-1:2001. Tolerâncias gerais - Parte 1: Tolerâncias para dimensões lineares e angulares sem indicação de tolerância individual. ABNT NBR 6158:1995. Sistemas de tolerâncias e ajustes. Gordo, N.; Ferreira, J. Elementos de Máquina, Escola SENAI-SP. Vale, F. Apostila de Desenho de Máquina, 2004.
Desenho Técnico Mecânico I
REFERÊNCIAS
ABNT NBR ISO 2768-2:2001. Tolerâncias gerais - Parte 2: Tolerâncias geométricas para elementos sem indicação de tolerância individual. ABNT NBR 6409:1997. Tolerâncias geométricas – Tolerâncias de forma, orientação, posição e batimento – Generalidades, símbolos, definições e indicações em desenho. Ferreira, J.; Silva, R. M. Leitura e Interpretação de Desenho Técnico Mecânico, Escola SENAI-SP. ABNT NBR ISO 4287:2002. Especificações geométricas do produto (GPS) - Rugosidade: Método do perfil - Termos, definições e parâmetros da rugosidade. ABNT NBR ISO 4288:2008. Especificações geométricas de produto (GPS) - Rugosidade: Método do perfil - Regras e procedimentos para avaliação de rugosidade. ABNT NBR 8404:1984. Indicação do estado de superfícies em desenhos técnicos - Procedimento.