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Língua Portuguesa para o ICMS/SP Questões comentadas da FCC Prof. Fernando Pestana Aula 02 Prof. Fernando Pestana www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 68 AULA 02: Flexão Nominal e Verbal. Emprego de tempos e modos verbais. Voz Verbal. SUMÁRIO RESUMIDO PÁGINA 1- Questões da FCC 01 2- Gabarito Comentado 15 Salve, salve, meus alunos inquietos! Sem muito lesco-lesco, vamos a uma nova bateria de exercícios comentados! Espero que as questões de hoje, recorrentes em qualquer prova da FCC, principalmente verbos, não sejam mais um grande problema em sua vida. Que seja pequenininho, quiçá minúsculo! Hoje vou ser um pouco mais abrangente, pois sei que “verbo” é triste... como já dizia a gíria, “bota muita gente pra chorar”. Nas questões iniciais, darei uma microaula sobre alguns assuntos para que, nas próximas questões, você perceba que não há tanta dificuldade assim, quando se domina a teoria. Teoria + Prática = Aprovação! Este curso é de questões comentadas, ou seja, exercícios da banca FCC. Creio eu que você não é nenhum ‘novato’ em gramática para fazer este curso, pois parto do princípio que você já não está no nível básico, por isso adquiriu este curso de exercícios, certo? No entanto, sempre acho necessário falar da teoria junto ou após cada justificativa do gabarito das questões. Consulte as microaulas se (e somente se) julgar necessário. Espero que esta didática o ajude. Faça com tranquilidade, beleza? O Pestaninha aqui está sempre às ordens, se surgirem dúvidas: [email protected] ou [email protected] Questões da FCC As últimas questões são atuais! Fica ligado! FCC – TRE/AP – TÉCNICO JUDICIÁRIO – 2011 1- A palavra destacada que está empregada corretamente é: (A) Diante de tantos abaixos-assinados , teve de acatar a solicitação. (B) Considerando os incontestáveis contra-argumento , reconheceu a falha do projeto.

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AULA 02: Flexão Nominal e Verbal. Emprego de tempos e modos verbais. Voz Verbal.

SUMÁRIO RESUMIDO PÁGINA 1- Questões da FCC 01 2- Gabarito Comentado 15

Salve, salve, meus alunos inquietos!

Sem muito lesco-lesco, vamos a uma nova bateria de exercícios comentados! Espero que as questões de hoje, recorrentes em qualquer prova da FCC, principalmente verbos, não sejam mais um grande problema em sua vida. Que seja pequenininho, quiçá minúsculo! Hoje vou ser um pouco mais abrangente, pois sei que “verbo” é triste... como já dizia a gíria, “bota muita gente pra chorar”. Nas questões iniciais, darei uma microaula sobre alguns assuntos para que, nas próximas questões, você perceba que não há tanta dificuldade assim, quando se domina a teoria. Teoria + Prática = Aprovação! Este curso é de questões comentadas, ou seja, exercícios da banca FCC. Creio eu que você não é nenhum ‘novato’ em gramática para fazer este curso, pois parto do princípio que você já não está no nível básico, por isso adquiriu este curso de exercícios, certo? No entanto, sempre acho necessário falar da teoria junto ou após cada justificativa do gabarito das questões. Consulte as microaulas se (e somente se) julgar necessário. Espero que esta didática o ajude. Faça com tranquilidade, beleza? O Pestaninha aqui está sempre às ordens, se surgirem dúvidas:

[email protected] ou [email protected]

Questões da FCC As últimas questões são atuais! Fica ligado! FCC – TRE/AP – TÉCNICO JUDICIÁRIO – 2011 1- A palavra destacada que está empregada corretamente é: (A) Diante de tantos abaixos-assinados, teve de acatar a solicitação. (B) Considerando os incontestáveis contra-argumento, reconheceu a falha do projeto.

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(C) Ele é um dos mais antigos tabeliões deste cartório. (D) Os guardas-costas do artista foram agressivos com os jornalistas. (E) Os funcionários da manutenção já instalaram os corrimãos. FCC – TRE/AP – ANALISTA JUDICIÁRIO – 2011 2- Está correta a seguinte frase: (A) Ainda que os méritos pela execução do projeto não coubessem àquele engenheiro, foram-lhe logo atribuídos, mas ele, com humildade, não hesitou em recusá-los. (B) Parecia haver muitas razões para que seus estudos de metereologia não convencesse, mas a mais excêntrica era inventar pretextos inverossímeis para seus erros. (C) Devem fazer mais de seis meses que ele não constroe nenhuma maquete, talvez por estresse; por isso, muitos são a favor de que lhe seja concedido as férias acumuladas. (D) Ele é especialista em vegetais euros-siberianos, motivo das suas análizes serem feitas em extensa faixa da Europa e dele viajar tão à vontade. (E) Ao que me disseram, tratam-se de questões totalmente irrelevante para o pesquisador, mas, mesmo assim, jornalistas tentam assessorá-lo na divulgação delas. FCC – TRE/PE – ANALISTA JUDICIÁRIO – 2011 3- Estão plenamente adequadas a flexão e a correlação entre tempos e modos dos verbos na frase: (A) As ponderações de Kucinski seriam úteis se acatadas por todos os que estivessem envolvidos no campo de atuação que ele analisou. (B) Todo louvor aos que se disporem a assumir valores éticos, sem que se importassem com os sacrifícios que isso representaria. (C) Teria sido o mercado, e não a fraqueza moral de cada um, o fator que levará os jovens a uma competição cada vez mais violenta. (D) Os jovens jornalistas agem hoje como se nunca houvera necessidade de sobreviver ao tempo em que trabalhassem os veteranos. (E) Caso ninguém venha a se preocupar com a ética no trabalho, seria inútil que os velhos profissionais venham a nos lembrar o nome de Pulitzer. FCC – TRT/SE (20R) – ANALISTA JUDICIÁRIO – 2011 4- Paulo Honório (querer) contar a própria vida, mas, julgando que não o (conseguir), (pedir) ao jornalista Gondim que o (fazer).

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Os verbos indicados entre parênteses estarão adequadamente correlacionados na frase acima caso se flexionem nas seguintes formas: (A) quisera − conseguirá − pedisse − faria (B) queria − conseguiria − pediu − fizesse (C) queria − conseguisse − pedia − faça (D) quis − consegue − pede − fizesse (E) quis − conseguiu − pediu − faça 5- A transposição para a voz ativa da frase Foi assim que sempre se fez a literatura tem como resultado: (A) Sempre foi assim que a literatura fez. (B) Assim é que sempre foi feita a literatura. (C) Terá sido feito sempre assim, a literatura. (D) Foi sempre assim que a literatura tem feito. (E) Foi assim que sempre fizeram a literatura. FCC – TRT/SE (20R) – TÉCNICO JUDICIÁRIO – 2011 6- ... a leitura em profundidade foi substituída pela massa de informações, em sua maioria superficiais... (2oparágrafo) Com a transposição da frase acima para a voz ativa, o verbo passará a ser (A) substituíram. (B) substituiu. (C) substituíra. (D) tinham substituído. (E) substituiriam. 7- O ex-ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, afirma que os ganhos da produtividade na pecuária poderiam liberar terras suficientes para dobrar a área plantada com alimentos. (último parágrafo) O emprego da forma verbal grifada acima indica, considerando-se o contexto, (A) certeza que consolida a afirmativa feita. (B) ação habitual e repetitiva, em relação à pecuária. (C) fato histórico, constante no tempo. (D) realidade a ser confirmada num futuro imediato. (E) hipótese, a partir de certa condição implícita. 8- A expectativa é de que o Brasil tenha de arcar com 40% desse aumento. (1º parágrafo)

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O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo em que se encontra o grifado acima está também grifado na frase: (A) Embora domine as técnicas mais modernas, na média, a produtividade da agropecuária brasileira ainda está distante de alcançar seu pleno potencial. (B) Grosso modo, as pastagens brasileiras possuem uma unidade animal por hectare. (C) Para isso, terá dois caminhos ... (D) ... esse investimento muitas vezes não se justifica do ponto de vista estritamente econômico. (E) "Além disso, o Brasil ainda pode aumentar muito a produtividade de grãos, como o milho, o trigo e o feijão", afirma FCC – TRT/AL (19R) – TÉCNICO JUDICIÁRIO – 2011 9- ... que pouco conhecia sobre ciência. O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo que o da frase acima está em: (A) ... embora uma corrente de autores continuem... (B) ... escritores do século XIX elogiaram as realizações de Leonardo... (C) Os relatos do século XIX sobre Leonardo enfatizavam o fato... (D) Pelo contrário, se ele não realizou coisa alguma... (E) O poderoso mito de Leonardo alcança esse patamar... FCC – TRE/RN – TÉCNICO JUDICIÁRIO – 2011 10- ... viu pedrinhas ali perto. (3º parágrafo) A passagem para a voz passiva da frase acima resulta na seguinte forma verbal: (A) viu-se. (B) é visto. (C) são vistas. (D) tinha visto. (E) foram vistas. 11- É comum que, durante suas brincadeiras, as crianças se ...... para um universo mágico e ...... a identidade de uma personagem admirada, ...... um super-herói ou uma figura da realeza. Preenche corretamente as lacunas da frase acima, na ordem dada, o que está em:

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(A) transportam – assumem – seja (B) transportem – assumem – seria (C) transportem – assumam – seja (D) transportam – assumiriam – sendo (E) transportariam – assumiriam – seria Observe o texto: João e Maria Agora eu era o herói E o meu cavalo só falava inglês A noiva do cowboy Era você Além das outras três Eu enfrentava os batalhões Os alemães e seus canhões Guardava o meu bodoque E ensaiava um rock Para as matinês (...) Não, não fuja não Finja que agora eu era o seu brinquedo Eu era o seu pião O seu bicho preferido Sim, me dê a mão A gente agora já não tinha medo No tempo da maldade Acho que a gente nem tinha nascido Chico Buarque e Sivuca 12- I. Nos versos Agora eu era o herói e A gente agora já não tinha medo, o uso do advérbio agora mostra-se inadequado, pois os verbos conjugados no pretérito imperfeito designam fatos transcorridos no tempo passado. II. Em Finja que agora eu era o seu brinquedo e Sim, me dê a mão, os verbos grifados estão flexionados no mesmo modo. III. Substituindo-se a expressão a gente pelo pronome nós nos versos A gente agora já não tinha medo e Acho que a gente nem tinha nascido, a forma verbal resultante, sem alterar o contexto, será teríamos. Está correto o que se afirma em (A) I, apenas. (B) II, apenas. (C) III, apenas.

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(D) I e II, apenas. (E) I, II e III. FCC – TRE/AP – TÉCNICO JUDICIÁRIO – 2011 13- Está corretamente empregada a palavra destacada na frase (A) Constitue uma grande tarefa transportar todo aquele material. (B) As pessoas mais conscientes requereram anulação daquele privilégio. (C) Os fiscais reteram o material dos artistas. (D) Quando ele vir até aqui, trataremos do assunto. (E) Se eles porem as pastas na caixa ainda hoje, pode despachá-la imediatamente. 14- (ADAPTADA) O modo verbal que faz referência a um evento incerto está presente em (A) ... A intenção de discriminar muçulmanas transparece quando se considera a exceção feita na lei... (B) ... A intenção de discriminar muçulmanas transparece quando se considera a exceção feita na lei... (C) ... "desde que se revistam de caráter tradicional"... (D) ... deveriam ser considerados parte integrante do direito à expressão da personalidade, o que inclui a fé... (E) ... mas basta uma que o faça por vontade própria... FCC – TRT/MT (23R) – ANALISTA JUDICIÁRIO – 2011 15- Tanto as fontes quanto a própria historiografia falavam a linguagem do poder... Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a forma verbal resultante será: (A) eram faladas. (B) foi falada. (C) se falaram. (D) era falada. (E) tinha-se falado 16- O verbo corretamente empregado e flexionado está grifado em: (A) É de se imaginar que, se os viajantes setecentistas antevessem as dificuldades que iriam deparar, muitos deles desistiriam da aventura antes mesmo de embarcar. (B) O que quer que os compelisse, cabe admirar a coragem desses homens que partiam para o desconhecido sem saber o que os aguardava a cada volta do rio.

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(C) Caso não se surtisse com os mantimentos necessários para o longo percurso, o viajante corria o risco de literalmente morrer de fome antes de chegar ao destino. (D) Se não maldiziam os santos, é bastante provável que muitos dos viajantes maldizessem ao menos o destino diante das terríveis tribulações que deviam enfrentar. (E) Na história da humanidade, desbravadores foram não raro aqueles que sobreporam o desejo de enriquecer à relativa segurança de uma vida sedentária. 17- Está adequada a correlação entre tempos e modos verbais na frase: (A) Os criminosos que tenham ultrajado a pátria seriam forçados a servi-la pelo tempo que se julgava necessário. (B) Os que vierem a ultrajar a pátria deveriam ser submetidos a um castigo que trouxera consigo uma clara lição. (C) Ninguém seria indiferente a uma vultosa soma que venha a receber como indenização ao delito que o prejudique. (D) O próprio criminoso, se mantivesse alguma dose de decência, possa tirar proveito da lição a que seja submetido. (E) Sempre houve povos que, por forte convicção, evitaram a guerra, ainda quando fossem provocados. FCC – TRT/RO/AC (14R) – ANALISTA JUDICIÁRIO – 2011 18- Está adequada a correlação entre tempos e modos verbais na frase: (A) Um fim talvez justificaria os meios caso estes implicarem sacrifícios que não se distribuam desigualmente. (B) Ele acredita que haverão de justificar-se todos os meios quando os fins representarem um ganho de alcance coletivo. (C) Tão logo fossem denunciados os horrores do stalinismo, os comunistas devem ter revisto suas antigas convicções. (D) Será que alguém acreditou que uma sociedade sem classes e sem preconceitos possa ter-se formado num regime autoritário? (E) Se a catequese pudesse propagar a fé religiosa sem recorrer à intimidação, talvez os convertidos tenham sido mais numerosos. FCC – TRF (1R) – ANALISTA JUDICIÁRIO – 2011 19- ... em que estas anotações vadias foram feitas... Observando o contexto (Andei reunindo pedacinhos de papel em que estas anotações vadias foram feitas e ofereço-as ao leitor, sem que pretenda convencê-lo do que penso nem convidá-lo a repensar suas ideias) em que a frase acima foi empregada, a sua transposição para a voz ativa produz corretamente a seguinte forma verbal:

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(A) fizeram-se. (B) tinha feito. (C) fiz. (D) faziam. (E) poderia fazer FCC – TRE/AP – ANALISTA JUDICIÁRIO – 2011

As indústrias culturais, e mais especificamente a do cinema, criaram uma nova figura, “mágica”, absolutamente moderna: a estrela. Depressa ela desempenhou um papel importante no sucesso de massa que o cinema alcançou. E isso continua. Mas o sistema, por muito tempo restrito apenas à tela grande, estendeu-se progressivamente, com o desenvolvimento das indústrias culturais, a outros domínios, ligados primeiro aos setores do espetáculo, da televisão, do show business. Mas alguns sinais já demonstravam que o sistema estava prestes a se espalhar e a invadir todos os domínios: imagens como as de Gandhi ou Che Guevara, indo de fotos a pôsteres, no mundo inteiro, anunciavam a planetarização de um sistema que o capitalismo de hiperconsumo hoje vê triunfar. 20- (ADAPTADA) Em certas passagens do primeiro parágrafo, os autores referem-se a certas ações pretéritas que consideravam contínuas. A forma verbal que demonstra essa atitude é (A) criaram. (B) alcançou. (C) continua. (D) anunciavam. (E) vê triunfar. FCC – TRT/RS (4R) – TÉCNICO JUDICIÁRIO – 2011 21- Está adequada a correlação entre tempos e modos verbais na frase: (A) Ninguém imaginava que chegou a esse ponto nosso nível de insegurança. (B) Alguém imaginaria que nosso nível de insegurança alcançasse este patamar? (C) Era de se prever que nosso nível de insegurança chegava ao ponto em que está. (D) Espera-se que o nível de insegurança não atinge um patamar ainda mais alto. (E) Sempre haverá os que julguem aceitável este baixo nível de segurança que atingíssemos. 22- NÃO admite transposição para a voz passiva a seguinte construção: (A) pegaram suas cestas para piquenique.

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(B) mutilou uma geração inteira. (C) para atingir o moral do inimigo. (D) chegaram à sua apoteose tétrica. (E) provocou a tempestade de fogo. FCC – TRF (1R) – TÉCNICO JUDICIÁRIO – 2011 Observe o texto:

Ela adorava aquela casa, construída entre 1698, dois anos após a descoberta do ouro na região, e 1711, quando Ouro Preto foi elevada à condição de vila. Comprou-a em 1965 e não teve outra na vida, a não ser o apartamentinho de Boston onde morreria em 1979. Tinha, dizia, “o telhado mais lindo da cidade”, cuja forma lhe sugeria “uma lagosta deitada de bruços”. Bem cuidada, a casa, agora à venda, pertence aos Nemer desde 1982. 23 (adaptada)- No segundo parágrafo, a forma verbal que designa um evento posterior à época em que a poeta viveu no Brasil é: (A) adorava. (B) foi elevada. (C) Comprou-a. (D) morreria. (E) Tinha. 24- Embora elas ...... que o acordo ...... só delas, ...... inábeis na argumentação. Para que a frase acima seja clara e correta, os espaços devem ser preenchidos pelas seguintes formas verbais: (A) saibam; dependa; teriam sido. (B) sabem; dependeu; haviam sido. (C) soubessem; dependeria; foram. (D) saibam; depende; sejam. (E) sabiam; dependia; seriam. FCC – DPE/RS – DEFENSOR PÚBLICO – 2011 25- Em há verbos supostamente ativos que não expressam ação realizada (linhas 35 e 36), alterando a flexão dos verbos haver e expressar para o pretérito perfeito do indicativo, tem-se (A) havia verbos supostamente ativos que não expressavam ação realizada. (B) houve verbos supostamente ativos que não expressaram ação realizada.

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(C) houveram verbos supostamente ativos que não expressavam ação realizada. (D) haviam verbos supostamente ativos que não expressavam ação realizada. (E) houve verbos supostamente ativos que não expressavam ação realizada. FCC – BB – ESCRITURÁRIO – 2011 26- É irrelevante que entrem na faculdade, que ganhem muito ou pouco dinheiro, que sejam bem-sucedidos na profissão. (3º parágrafo) O emprego das formas verbais grifadas acima denota (A) hipótese passível de realização. (B) fato real e definido no tempo. (C) condição de realização de um fato. (D) finalidade das ações apontadas no segmento. (E) temporalidade que situa as ações no passado FCC – TRT/MS (24R) – ANALISTA JUDICIÁRIO – 2011 27- Está plenamente adequada a correlação entre tempos e modos verbais na frase: a) As leis de perfeição teriam por objeto mais a bondade do homem que as seguisse do que a da sociedade na qual fossem observadas. b) As leis de perfeição tinham por objeto mais a bondade dos homens que as seguir do que a da sociedade na qual serão observadas. c) As leis de perfeição terão por objeto mais a bondade dos homens que as tivessem seguido do que a da sociedade na qual terão sido observadas. d) As leis de perfeição teriam por objeto mais a bondade do homem que as siga do que a da sociedade na qual têm sido observadas. e) As leis de perfeição terão tido por objeto mais a bondade do homem que viesse a segui-las do que a da sociedade na qual fossem observadas. FCC – TRE/TO – ANALISTA JUDICIÁRIO – 2011 28- Minha outra mulher teve uma educação rigorosa, mas mesmo assim mamãe nunca entendeu por que eu escolhera justamente aquela, entre tantas meninas de uma família distinta. O verbo grifado na frase acima pode ser substituído, sem que se altere o sentido e a correção originais, e o modo verbal, por:

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(A) escolheria. (B) havia escolhido. (C) houvera escolhido. (D) escolhesse. (E) teria escolhido FCC – INFRAERO – ANALISTA DE SISTEMAS – 2011 29- ... os princípios clássicos que proclamava ... O verbo que se encontra flexionado nos mesmos tempo e modo que o da frase acima está em: (A) Não há pintor tão enigmático... (B) ... foi essencial para artistas... (C) Defendia valores eternos... (D) ... pelo menos passar a mão sobre... (E) Quando houve, em 1911... 30- ... como antes o rei absorvera o homem. Passando-se a frase acima para a voz passiva, a forma verbal resultante será: (A) seria absorvido. (B) é absorvido. (C) absorveu-se. (D) fora absorvido. (E) havia de absorver. FCC – TRT/RS (4R) – ANALISTA JUDICIÁRIO – 2011 31- A conciliação, antes de tudo, tem proporcionado às partes o efetivo acesso à Justiça, pois elas participam diretamente no resultado apaziguador do conflito. Transpondo o segmento destacado na frase acima para a voz passiva, a forma verbal resultante é a) têm proporcionado. b) tem sido proporcionado. c) tinham proporcionado. d) era proporcionado. e) foi proporcionado. Observe o texto:

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32- O segmento que expressa uma ação durativa que se prolonga do passado até ao momento da fala do autor é: a) (linha 5) tendo sido escrito. b) (linha 5) vem ouvindo. c) (linha 7) começou a trocá-la. d) (linhas 8 e 9) acabou se intrometendo. e) (linha 11) têm. FCC – MPE/SE – ANALISTA – 2010 33- Está inteiramente adequada a correlação entre tempos e modos verbais na frase: (A) As grandes paixões nos moverão, assim, para muito perto do desequilíbrio, quando já não o fossem, em sua fúria. (B) Experimentáramos a certeza de que aquela grande e única alegria não pudesse compensar as muitas tristezas que sobrevieram. (C) Se desclassificados, tornar-nos-emos alvo da galhofa dos argentinos, e só nos resta esperar que também eles não se classificarão. (D) Os que nunca vierem a sentir o peso trágico de uma derrota também não seriam capazes de ter experimentado o júbilo de uma vitória. (E) Quem se exalta com um simples jogo de futebol habilita-se, também, a vir a se exaltar com outros prazeres simples da vida. 34- Está inteiramente correta a transposição para a voz passiva em: (A) As grandes paixões nos movem sempre / Têm-nos movido sempre as grandes paixões. (B) O poeta formulou esta consideração / Tinha formulado esta consideração o poeta. (C) Muitos brasileiros terão experimentado tal sensação / Tal sensação terá sido experimentada por muitos brasileiros. (D) Essa perversão gerará uma antítese / Uma antítese terá sido gerada por essa perversão.

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(E) A alegria compensaria a dor / A dor teria sido compensada pela alegria. 35- Está apropriado o emprego e correta a flexão de todos os verbos na frase: (A) Tínhamos ganho vários presentes, e eu já tinha eleito o meu favorito: um belo helicóptero, que deporam junto à árvore de Natal. (B) O helicóptero alçava o ar pela força dos meus braços, sem que intervisse qualquer tipo de dispositivo eletrônico. (C) Seria preciso que eu retivesse o helicóptero em sua caixa, para que ninguém viesse a suspeitar do que lhe ocorrera. (D) Meu irmão refreiou por um momento sua curiosidade, ao passo que eu, como não detesse a curiosidade, passei a abrir os presentes. (E) Meus pais se manteram para todo o sempre à margem do que ocorrera com meu helicóptero e do pequeno ardil que lhes impigira. 36- Ao girar uma manivela, o movimento era multiplicado, pelo que o helicóptero se levantava e só se detinha quando o braço da gente cansava. Reescrevendo-se a frase acima, reiniciando-a com o segmento Se eu girasse uma manivela, as outras formas verbais deverão ser, na ordem dada: (A) seria - levantara - detera - cansara (B) fosse - levantasse - deteria - cansara (C) seria - levantasse - detesse - cansasse (D) fora - levantara - detivesse - cansar (E) seria - levantaria - deteria – cansasse FCC – TRE/RS – TÉCNICO JUDICIÁRIO – 2010 37- Considerada a flexão, a frase que está em total concordância com o padrão culto escrito é: (A) Os tabeliões reúnem-se sempre às quinta-feiras. (B) Nos últimos botas-foras, houve grande confusão, pois a agência de turismo não reteu os que não possuíam ingresso. (C) Na delegacia, não tinha ainda reavido os documentos que perdera, quando entrou o rapaz considerado a testemunha mais importante de famoso crime. (D) Se não se conterem roubos de obras-primas, gerações futuras serão privadas de grandes realizações do espírito humano. (E) Os lusos-africanos ostentavam no braço fitinhas verde-amarela. FCC – TRT/MS (24R) – AUXILIAR JUDICIÁRIO - 2006

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38- O município de Bonito é exemplo de preservação de suas belezas naturais, com ...... de visão magnífica, verdadeiros ...... . (A) quedas d’água - cartões-postal (B) quedas d’água - cartões-postais (C) queda d’águas - cartões-postais (D) quedas d’água - cartão-postais (E) queda d’águas - cartão-postais FCC – TRT (24R) – TÉCNICO JUDICIÁRIO – 2006 39- A forma correta de plural dos substantivos compostos mico-leão-dourado e ararinha-azul é (A) micos-leão-dourados e ararinhas-azul. (B) micos-leão-dourado e ararinha-azuis. (C) mico-leões-dourados e ararinha-azuis. (D) mico-leão-dourados e ararinhas-azul. (E) micos-leões-dourados e ararinhas-azuis. FCC – TRT (5R) – AUXILIAR JUDICIÁRIO – 2003 40- Na época em que alguns trabalhadores recebiam suas ...... não existiam os ...... . (A) meia-tigelas - vale-refeições (B) meia-tigelas - valem-refeição (C) meias-tigelas - vales-refeições (D) meias-tigelas - valem-refeições (E) meias-tigela - vales-refeição FCC – TRT (20R) – TÉCNICO JUDICIÁRIO – 2002 41- Assinale a frase em que o plural do substantivo composto está INCORRETO é: (A) Os brasileiros não são cucas-frescas, como se pensa. (B) Esses são pontos-chave para evitar o nervosismo. (C) São coletes salvam-vidas contra os fatores de stress. (D) Os chefes são geralmente todo-poderosos no serviço. (E) As causas de sofrimento não são simples lugares-comuns. FCC – TRE/SP – ANALISTA JUDICIÁRIO – 2012 42- Está inadequada a correlação entre tempos e modos verbais no seguinte caso: (A) Muitos se lembrariam da alegria voraz com que eram disputadas as toneladas da vítima.

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(B) Foi salva graças à religião ecológica que andava na moda e que por um momento estabelecera uma trégua entre todos. (C) Um malvado sugere que se dê por perdida a batalha e comecemos logo a repartir os bifes. (D) Depois de se haver debatido por três dias na areia da praia a jubarte acabara sendo salva por uma traineira que vinha socorrê-la. (E) Já informado do salvamento da baleia, o cronista teve um sonho em que o animal lhe surgiu com a força de um símbolo. FCC – TRE/SP – TÉCNICO JUDICIÁRIO – 2012 43- ... em que as melhores cadências do samba e da canção se aliaram com naturalidade às deformações normais de português brasileiro... O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo que o grifado acima está em: (A) São Paulo muda muito... (B) ... para nos porem no Alto da Mooca... (C) Talvez João Rubinato não exista... (D) ... Adoniran não a deixará acabar... (E) Mas a cidade que nossa geração conheceu... FCC – TRF/2R – ANALISTA JUDICIÁRIO (ADM) – 2012 44- O emprego, a grafia e a flexão dos verbos estão corretos em: (A) A revalorização e a nova proeminência de Paraty não prescindiram e não requiseram mais do que o esquecimento e a passagem do tempo. (B) Quando se imaginou que Paraty havia sido para sempre renegada a um segundo plano, eis que ela imerge do esquecimento, em 1974. (C) A cada novo ciclo econômico retificava-se a importância estratégica de Paraty, até que, a partir de 1855, sobreviram longos anos de esquecimento. (D) A Casa Azul envidará todos os esforços, refreando as ações predatórias, para que a cidade não sucumba aos atropelos do turismo selvagem. (E) Paraty imbuiu da sorte e do destino os meios para que obtesse, agora em definitivo, o prestígio de um polo turístico de inegável valor histórico. FCC – TCE/SP – AUXILIAR DE FISCALIZAÇÃO FINANCEIRA – 2012 45- ... deve cuidar para que os impactos ambientais sejam mitigados e compensados.

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O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo em que se encontra o grifado acima está em: (A) Quando se tem em conta ... (B) ... ainda que nem todo o potencial lá existente venha a ser desenvolvido. (C) As questões que se contrapõem ... (D) ... não podemos abrir mão de nenhum dos dois objetivos. (E) ... que podem ser feitos na direção de ... FCC – TRE/PR – ANALISTA JUDICIÁRIO – 2012 Fragmento de texto: A discussão sobre “centro” e “periferia” no pensamento brasileiro vincula-se a elaborações que se dão num âmbito mais amplo, latino-americano. (...) No entanto, a elaboração anterior à CEPAL preocupava-se principalmente com os países capitalistas avançados, interessando-se pelos países “atrasados” na medida em que desenvolvimentos ocorridos neles repercutissem para além deles. (...) Assim, o marxismo, a teoria da modernização e a economia neoclássica tendiam a considerar que os mesmos caminhos seguidos pelas sociedades em que foram formulados teriam que ser trilhados pelo resto do mundo, “atrasado”. 46- A única afirmação INCORRETA sobre a forma transcrita do texto é: (A) (linha 2) vincula-se / o tempo e o modo verbais indicam que a ideia é tomada como verdadeira. (B) (linha 10) preocupava-se / a forma verbal designa que o fato é concebido como contínuo. (C) (linha 11) interessando-se / esse gerúndio, colocado depois do verbo principal − preocupava-se −, indica uma ação simultânea ou posterior, e pode ser legitimamente considerado equivalente a “e interessava-se”. (D) (linha 13) repercutissem / essa forma subjuntiva enuncia a ação do verbo como eventual. (E) (linha 31) teriam / constitui forma polida de presente, atenuando a ideia de obrigação ou dever. FCC – PREFEITURA MUNICIPAL/SP – AUDITOR-FISCAL TRIBUTÁRIO MUNICIPAL I (GESTÃO TRIBUTÁRIA ) – 2012 Fragmento de texto:

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‘Precisamos levar sempre em conta os traços culturais que nos caracterizam, que hão de alimentar a busca de soluções endógenas, que nem sempre têm por que coincidir com as do mundo altamente industrializado’. (...) O que há de extraordinário nessa citação? Nada, exceto a data. Ela não foi redigida no princípio do século XIX e sim no dia 29 de maio de 1993, exatamente um mês antes da redação deste artigo. Trata-se de um documento aprovado por vários intelectuais ibero-americanos, na Guatemala, como parte da preparação da III Conferência de Cúpula da região, a realizar-se em Salvador, na Bahia. (...) Ao que parece, nada envelheceu nessas palavras. Quase todos os brasileiros se orgulhariam de repeti-las, como se elas fossem novas e matinais, como se fôssemos contemporâneos do grito do Ipiranga. (...) Só uma coisa não mudou: o nacionalismo cultural. Continuamos repetindo, ritualmente, que a cultura brasileira (ou latino-americana) deve desfazer-se dos modelos importados e voltar-se para sua própria tradição cultural. 47- O texto legitima o seguinte comentário: (A) (linha 17) Em Continuamos repetindo, a ideia de ação em processo é decorrência exclusiva da forma Continuamos. (B) (linha 6) A forma verbal foi redigida exprime fato passado considerado contínuo. (C) (linhas 8 e 9) A forma a realizar-se em Salvador exprime fato futuro em relação à data de redação do documento, mas passado em relação à data do artigo. (D) (linhas 12 e 13) Em se orgulhariam de repeti-las, tem-se a expressão de um fato possível, mas considerado de pouca probabilidade. (E) (linha 4) Em hão de alimentar, a forma verbal exprime, além da ideia de futuro, a de que o evento é desejado. FCC – TRE/PR – ANALISTA JUDICIÁRIO (ADM) – 2012 48- Há 40 anos, a mais célebre crítica de cinema dos Estados Unidos, Pauline Kael (1919-2001), publicava seu artigo mais famoso. Transpondo a frase destacada para a voz passiva, a forma verbal encontrada é: (A) publicaram. (B) havia sido publicado. (C) publicou-se. (D) tinha publicado. (E) era publicado.

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Gabarito Comentado FCC – TRE/AP – TÉCNICO JUDICIÁRIO – 2011 1- GABARITO: E. Sobre a letra E: Olhando pela lógica, o plural de corrimão seria apenas corrimãos, porque esta palavra é formada de correr + mão. Mas vulgarizou-se, ou seja, tornou-se comum o plural corrimões por possíveis duas razões: por um lado, porque se perdeu bastante a noção de que em corrimão entra o elemento mão, cujo plural é mãos; por outro lado, porque há tendência para fazermos em -ões o plural da maioria das palavras terminadas em -ão. Em suma: há o plural corrimãos e corrimões. Este último é mais usual. Sobre as letras A, B, C, D, respectivamente, observe os comentários: A: Quando um substantivo composto é formado por advérbio + adjetivo, só o adjetivo varia, logo é abaixo-assinados. B: Quando um substantivo composto é formado por palavra invariável (preposição, prefixo, interjeição, etc.) + substantivo, o substantivo varia, logo é contra-argumentos. C: Por convenção, o plural de tabelião é tabeliães, segundo os gramáticos. Veja este link: http://www.ciberduvidas.pt/pergunta.php?id=6135

D: Sobre o plural composto por guarda: guarda + substantivo (só o substantivo varia); guarda + adjetivo (ambos variam); logo o certo é guarda-costas. Veja mais regras detalhadas de plural dos substantivos compostos: Via de regra, só os substantivos, adjetivos e numerais variam nas formas compostas, ok? Aqueles substantivos que apresentam mais de um vocábulo ligado ou não por hífen seguem regras especiais; veja alguns casos particulares (de acordo com a nova reforma ortográfica):

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• os não separados por hífen seguem as regras dos simples: girassol > girassóis, mandachuva > mandachuvas, vaivém > vaivéns, malmequer > malmequeres...

• 2º substantivo delimitando o 1º indicando semelhança/finalidade

(é normal que só o 1º varie): peixes-espada(s), papéis-moeda(s), homens-rã(s), bananas-maçã(s), pombos-correio(s)...; exceção (sempre tem uma): couves-flores

• substantivo + preposição + substantivo (só o 1º varia): pés de

moleque, mulas sem cabeça, pais dos burros, pores do sol...; é isso mesmo, pôr do sol é pluralizado SIM! E agora sem hífen, rs

• grã-, grão-, bel- são invariáveis (só o último termo varia): as grã-

duquesas, os grão-mestres, os bel-prazeres... • substantivos indicando origem (só o 2º varia): nova-iorquinos,

afro-brasileiros, ítalo-americanos... • verbos iguais ou palavras onomatopeicas (é normal que só o

2º varie): corre-corres, bem-te-vis, reco-recos... • frases substantivadas (só o determinante indicará o plural): as

maria vai com as outras, os bumba meu boi, as leva e traz... • ‘guarda’ + substantivo (só o 2º varia); ‘guarda’ + adjetivo

(ambos variam): guarda-chuvas, guarda-roupas...; guardas-civis, guardas-noturnos...

• casos especiais: alto-falantes, os arco-íris, os mapas-múndi, os

xeques-mates, os zés-ninguém, salve-rainhas, ave-marias, padre-nossos ou padres-nossos...

FCC – TRE/AP – ANALISTA JUDICIÁRIO – 2011 2- GABARITO: A. Escolhi esta questão por um motivo muito simples: são raras as questões de flexão nominal na FCC (ou seja, plural dos substantivos e adjetivos simples e compostos), logo preciso aproveitá-las, mesmo que seja uma alternativa de cinco. Bem, segundo a regra geral dos adjetivos compostos, só o último elemento varia em gênero e número com o termo de valor substantivo; exemplo: bandeiras verde-amarelas / uniformes verde-amarelos.

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Sendo assim, o trecho deveria estar escrito assim: “Ele é especialista em vegetais euro-siberianos...” Veja mais sobre regra do plural dos adjetivos compostos: Variação de gênero e número Como disse, varia-se apenas o último elemento do adjetivo composto, concordando com o termo de valor substantivo ao qual se refere, em gênero e número. Esta é a regra geral. Ex.: As clínicas médico-cirúrgicas estão milionárias. (‘cirúrgicas’ (adjetivo) concorda em gênero e número com ‘clínicas’ (substantivo))

Observações: • qualquer substantivo usado como adjetivo fica invariável: homens

monstro, vestidos laranja, ternos cinza, blusas creme... • se o último elemento do composto for um substantivo, o adjetivo

fica invariável: blusas verde-garrafa, amarelo-ouro, marrom-café...

• surdo(a/s)-mudo(a/s) e pele(s)-vermelha(s) são exceções;

todos os elementos podem variar. • são invariáveis sempre: azul-marinho, azul-celeste, furta-cor,

ultravioleta, sem-sal, sem-terra, verde-musgo... alguns gramáticos dizem que ‘infravermelho’ pode variar (o Sacconi, por exemplo)

FCC – TRE/PE – ANALISTA JUDICIÁRIO – 2011 3- GABARITO: A. Por que a letra A é o gabarito? Veja (para mais detalhes, veja a microaula adiante, na próxima página, ok?): (A) As ponderações de Kucinski seriam úteis se acatadas por todos os que estivessem envolvidos no campo de atuação que ele analisou. Esta dobradinha de correlação verbal é clássica! Futuro do pretérito + Pretérito imperfeito do subjuntivo (ou vice-versa). Certíssima a correlação verbal! (B) Todo louvor aos que se disporem a assumir valores éticos, sem que se importassem com os sacrifícios que isso representaria.

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Esta frase em si está estranha, não? Mas “disporem” é o cúmulo! Parece-me que a frase carece de um complemento, daí que eu fiz a minha ‘leitura’ da questão para poder explicar melhor a você. Bem... todos sabemos que o verbo dispor é derivado do verbo pôr, certo? Sendo assim, a conjugação de dispor é igual a de pôr, ora bolas. Portanto, a frase deveria ser assim: “(Eu dei) Todo louvor aos que se dispuseram a assumir valores éticos, sem que se importassem com os sacrifícios que isso representaria.” Percebeu que eu não comentei nada a respeito da correlação verbal entre os dois últimos verbos? Adivinha por quê? Porque, de novo, temos aí aquela dobradinha clássica! Pretérito imperfeito do subjuntivo + futuro do pretérito. Beleza? (C) Teria sido o mercado, e não a fraqueza moral de cada um, o fator que levará os jovens a uma competição cada vez mais violenta. Reescrevendo com a correta correlação verbal: “Teria sido o mercado, e não a fraqueza moral de cada um, o fator que levou os jovens a uma competição cada vez mais violenta.” Mais uma dobradinha: Futuro do Pretérito do Indicativo + Pretérito Perfeito do Indicativo (ou vice-versa). Na tabela que criei está assim: Pretérito Perfeito do Indicativo + Futuro do Pretérito do Indicativo. (D) Os jovens jornalistas agem hoje como se nunca houvera necessidade de sobreviver ao tempo em que trabalhassem os veteranos. Para que houvesse adequada correlação, seria necessário que a frase estivesse assim: “Os jovens jornalistas agem hoje como se nunca houvesse necessidade de sobreviver ao tempo em que trabalharam/tinham trabalhado os veteranos.” Temos aí mais uma dobradinha prevista na tabela, a saber: Pretérito imperfeito do subjuntivo + Pretérito mais-que-perfeito do indicativo (simples ou composto). (E) Caso ninguém venha a se preocupar com a ética no trabalho, seria inútil que os velhos profissionais venham a nos lembrar o nome de Pulitzer.

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Para que houvesse adequada correlação, seria necessário que a frase estivesse assim: “Caso ninguém venha a se preocupar com a ética no trabalho, é inútil que os velhos profissionais venham a nos lembrar o nome de Pulitzer.” Temos aí mais uma dobradinha prevista na tabela, a saber: Presente do indicativo + Presente do subjuntivo. Na boa, se eu fosse você, eu memorizaria (eufemismo para decorar) estas correlações. Ou pelo menos as mais “difíceis”. O treinamento com exercícios é o grande caminho para que você “entube” as correlações. Fica a dica! Acredito que é preciso explicar o que vem a ser “flexão verbal” e “correlação entre tempos e modos verbais”. Acompanhe, então, a microaula:

Flexão Verbal A flexão verbal diz respeito às maneiras como os verbos são conjugados, nos tempos e nos modos verbais existentes em nossa língua complexa. Existem três conjugações: a 1ª é de verbos que terminam em –AR; a 2ª, em –ER; a 3ª, em –IR. Relembre:

VERBO AMAR Indicativo

Pessoas Radical Presente Pretérito Perfeito

Pretérito Imperfeito

Pretérito Mais-Que-

Perfeito

Futuro do

Presente

Futuro do

Pretérito

EU Am o ei Ava ara arei aria

TU Am as aste avas aras arás arias

ELE Am a ou Ava ara ará aria

NÓS Am amos amos ávamos áramos aremos aríamos

VÓS Am ais astes áveis áreis areis aríeis

ELES Am am aram avam aram arão ariam

VERBO AMAR Subjuntivo

Pessoas Radical Presente Pretérito Futuro

EU Am e asse ar

TU Am es asses ares

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ELE Am e asse ar

NÓS Am emos ássemos armos

VÓS Am eis ásseis ardes

ELES Am em assem arem

Formas Nominais

Radical Infinitivo Gerúndio Particípio

Am ar ando ado

VENDER Indicativo

Pessoas Radical Presente Pretérito Perfeito

Pretérito Imperfeito

Pretérito Mais-Que-

Perfeito

Futuro do

Presente

Futuro do

Pretérito

EU Vend o i Ia era erei eria

TU Vend es este Ias eras erás erias

ELE Vend e eu Ia era erá eria

NÓS Vend emos emos íamos êramos eremos eríamos

VÓS Vend eis estes Íeis êreis ereis eríeis

ELES Vend em eram Iam eram erão eriam

VENDER Subjuntivo

Pessoas Radical Presente Pretérito Futuro

EU Vend a esse er

TU Vend as esses eres

ELE Vend a esse er

NÓS Vend amos êssemos ermos

VÓS Vend ais êsseis erdes

ELES Vend am essem erem

Formas Nominais

Radical Infinitivo Gerúndio Particípio

Vend er endo ido

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PARTIR Indicativo

Pessoas Radical Presente Pretérito Perfeito

Pretérito Imperfeito

Pretérito Mais-Que-

Perfeito

Futuro do

Presente

Futuro do

Pretérito

EU Part o i Ia ira irei iria

TU Part es iste Ias iras irás irias

ELE Part e iu Ia ira irá iria

NÓS Part imos imos íamos íramos iremos iríamos

VÓS Part is istes Íeis íreis ireis iríeis

ELES Part em iram Iam iram irão iriam

PARTIR Subjuntivo

Pessoas Radical Presente Pretérito Futuro

EU Part a isse ir

TU Part as isses ires

ELE Part a isse ir

NÓS Part amos íssemos irmos

VÓS Part ais ísseis irdes

ELES Part am issem irem

Formas Nominais

Radical Infinitivo Gerúndio Particípio

Part ir indo ido

Você deve estar se perguntando: “Ué, mas cadê o imperativo?” Calma, meu nobre, antes disso, faço questão de apresentar a formação do verbo PÔR, afinal ele e seus derivados são figurinhas repetidas nas questões de concursos, como nesta questão. Como você já sabe, o verbo pôr e seus derivados (apor, dispor, repor, compor, propor, pospor, antepor, sobrepor, impor, depor, etc.) pertencem à segunda conjugação, porque pôr é verbo de 2ª conjugação, originado da forma latina ponere > poer (vogal temática E). Veja agora a conjugação do verbo supor (mais um derivado como o verbo dispor da letra B):

SUPOR Indicativo

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Pessoas Radical Presente Pretérito Perfeito

Pretérito Imperfeito

Pretérito Mais-Que-

Perfeito

Futuro do

Presente

Futuro do

Pretérito

EU Sup onho us unha usera orei oria

TU Sup ões useste unhas useras orás orias

ELE Sup õe ôs unha usera orá oria

NÓS Sup omos usemos únhamos uséramos oremos oríamos

VÓS Sup ondes usestes únheis uséreis oreis oríeis

ELES Sup õem useram unham useram orão oriam

SUPOR Subjuntivo

Pessoas Radical Presente Pretérito Futuro

EU Sup onha usesse user

TU Sup onhas usesses useres

ELE Sup onha usesse user

NÓS Sup onhamos uséssemos usermos

VÓS Sup onhais usésseis userdes

ELES Sup onham usessem userem

Formas Nominais

Radical Infinitivo Gerúndio Particípio

Supo R ndo sto

Enfim... a formação do imperativo – em tese, todos os verbos seguem o paradigma (modelo) abaixo: Presente do indicativo Imperativo afirmativo Presente do subjuntivo Imperativo negativo (igual ao pres. subj.) Eu amo --- (Que) Eu venha ---

Tu amas -> ama (tu) Tu venhas -> não venhas

Ele ama ama (você) <- Ele venha -> não venha

Nós amamos amemos (nós) <- Nós venhamos -> não venhamos

Vós amais -> amai (vós) Vós venhais -> não venhais

Eles amam amem (vocês) <- Eles venham -> não venham Obs.: O verbo SER não se adapta perfeitamente a essa formação: no imperativo afirmativo, ele fica assim: SÊ (tu), SEDE (vós).

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Correlação Verbal A Correlação entre Tempos e Modos Verbais se dá através da ligação semântica entre os verbos de um período composto por subordinação de modo que haja uma harmonia de sentido na frase em que os verbos se encontram. Por isso, é preciso que você saiba quais são os modos verbais e os tempos verbais!!! Só para que você relembre bem, vamos lá! Normalmente, o modo indicativo, exprime certeza/fato; o subjuntivo, incerteza/hipótese; o imperativo, ordem/sugestão/pedido... Relembrou? Agora, imagine a seguinte frase:

“Caso eu tivesse dinheiro, faço um curso”. O que você diria dela? Há uma boa relação de sentido entre os verbos dessa frase? O verbo TER está no pretérito imperfeito do subjuntivo (tivesse), indicando hipótese, certo? O outro verbo, FAZER, está no presente do indicativo, indicando certeza e ação atual, certo? Podemos misturar hipótese e certeza na mesma frase? Faz sentido? NENHUM!!! Bem, acho que você já começou a entender. É preciso que determinados tempos e modos verbais se complementem na frase para que ela tenha um sentido harmônico, e isso se deve muito à correlação entre tempos e modos verbais. Veja como a frase acima deveria ficar, para haver harmonia de sentido na frase:

CASO EU TIVESSE DINHEIRO, FARIA UM CURSO. “Tivesse: hipótese. Faria: hipótese. Ah...! Agora sim...! Entendi, Pestana!” É isso aí, meu nobre! Para haver harmonia é preciso que haja “dobradinhas” harmônicas entre os tempos verbais e os modos verbais. Por exemplo, ouvir alguém dizendo “O que você quer que eu faço?!” é dose, não?! Deveria ser “O que você quer que eu faça?” Por quê? Para haver correlação verbal. Infelizmente este é um assunto bem difícil, mas fiz uma pesquisa extensa nas “dobradinhas”; verá mais à frente... Repetindo: existem três modos verbais: indicativo (certeza, fato), subjuntivo (incerteza, hipótese) e imperativo (ordem, pedido). Existem três noções temporais: passado (pretérito perfeito/imperfeito/mais-que-perfeito), presente e futuro (presente/pretérito). Vamos ao que interessa? Além de dois verbos de mesmo tempo e mesmo modo poderem se “combinar”, há outras “combinações” possíveis. Ah!

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Não é para ficar que nem um louco devorador de tabelas; perceba a relação de sentido entre os verbos. Mas, se quiser decorar, seja feliz! ☺ Eu decorei e não erro mais! Conheça algumas possibilidades de “dobradinhas” verbais para que você não erre mais questões desse tipo: Iniciando com o tempo Presente

• Presente do indicativo + Pretérito Perfeito do Indicativo Ex.: Hoje eu sei que tive chances com aquela mulher. • Presente do Indicativo + Pretérito Perfeito Composto do Subjuntivo Ex.: Espero que ele tenha te apresentado àquela mulher.

• Presente do Indicativo + Pretérito Imperfeito do Indicativo Ex.: Só hoje eu vejo que naquela época tinha chances com ela. • Presente do Indicativo + Futuro do Presente do Indicativo Ex.: Sei que você me apresentará àquela mulher. • Presente do Indicativo + Presente do Subjuntivo Ex.: Quero que você me apresente àquela mulher ainda hoje!

Iniciando com o tempo Pretérito

• Pretérito Perfeito do Indicativo + Pretérito Imperfeito do Subjuntivo Ex.: Pedi que você me apresentasse àquela mulher. • Pretérito Perfeito do Indicativo + Pretérito Imperfeito do Indicativo Ex.: Notei que você ia me apresentar àquela mulher. • Pretérito Perfeito do Indicativo + Pretérito Mais-Que-Perfeito

Composto do Subjuntivo Ex.: Quis que você tivesse me apresentado àquela mulher. • Pretérito Perfeito do Indicativo + Futuro do Pretérito do Indicativo Ex.: Disseram que ela seria apresentada a mim.

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• Pretérito Perfeito Composto do Subjuntivo + Futuro do Presente Ex.: As mulheres que me tenham ignorado se arrependerão. • Pretérito Imperfeito do Indicativo + Pretérito Imperfeito do

Subjuntivo Ex.: Desejava que você me apresentasse àquela mulher. • Pretérito Imperfeito do Subjuntivo + Futuro do Pretérito (simples ou

composto) do Indicativo Ex.: Se eu passasse por ela, apresentaria/teria apresentado a você. • Pretérito Imperfeito do Indicativo + Pretérito Mais-Que-Perfeito

Composto do Subjuntivo Ex.: Queria que ela tivesse sido apresentada a mim. • Pretérito Mais-Que-Perfeito do Indicativo (simples ou composto) +

Pretérito Imperfeito do Subjuntivo Ex.: Eu apelara/tinha apelado que você me apresentasse àquela mulher. • Pretérito Mais-Que-Perfeito Composto do Subjuntivo + Futuro do

Pretérito Composto do Indicativo Ex.: Se eu tivesse passado por ela, teria apresentado a você. Iniciando com o tempo Futuro • Futuro do Pretérito + Pretérito Imperfeito do Subjuntivo Ex.: Desejaria que me apresentasse àquela mulher. • Futuro do Pretérito + Pretérito Mais-Que-Perfeito Composto do

Subjuntivo Ex.: Gostaria que você tivesse visto àquela mulher. • Futuro do Presente + Pretérito Perfeito do Indicativo Ex.: Conquistarei aquela mulher que me desprezou.

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• Futuro do Presente + Presente do Subjuntivo Ex.: Eu me certificarei de que se deixe em paz aquela mulher. • Futuro do Presente + Pretérito Perfeito Composto do Subjuntivo Ex.: Eu me certificarei de que se tenha deixado em paz a mulher. • Futuro do Subjuntivo + Futuro do Presente Indicativo/Presente do

Indicativo Ex.: Quando eu passar por ela, apresentarei/apresento a você. • Futuro do Subjuntivo + Futuro do Presente Composto do Indicativo Ex.: Quando chegarmos até ela, já terá ido embora.

Ufa! Boa relembrada essa, não é? FCC – TRT/SE (20R) – ANALISTA JUDICIÁRIO – 2011 4- GABARITO: B. Por que a correta correlação é esta e nenhuma outra: “Paulo Honório queria contar a própria vida, mas, julgando que não o conseguiria, pediu ao jornalista Gondim que o fizesse”? Lembre-se de que a correlação ocorre entre dois verbos em uma estrutura de subordinação. Portanto, você precisaria perceber a correlação entre estas estruturas de subordinação (note a conjunção integrante marcando a relação de subordinação):

“julgando que não o conseguiria”

“pediu ao jornalista Gondim que o fizesse” No primeiro caso, como se trata de uma narração, o verbo no gerúndio mantém a ideia de passado, é como se estivesse escrito assim: “julgou que não o conseguiria”: voilà!; correlação adequada, pois temos aí Pretérito perfeito + Futuro do pretérito. No segundo caso, temos a adequada correlação verbal Pretérito perfeito (pediu) + Pretérito imperfeito do subjuntivo (fizesse).

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5- GABARITO: E. Note, no enunciado, que a forma verbal ‘fez’ está acompanhada da partícula SE, certo? Esta partícula é apassivadora porque podemos reescrever a frase passando para a voz passiva analítica (a marca de voz passiva analítica é o verbo ‘ser + particípio’. Veja: Foi assim que sempre se fez a literatura = Foi assim que sempre a literatura foi feita. Esta reescritura prova que o SE é partícula apassivadora e que encontra semelhança com a letra B. No entanto, o enunciado não quer que você marque a frase que esteja na voz passiva analítica, mas sim na voz ATIVA. Passando da voz passiva sintética para a ativa, basta retirar o SE e o verbo da ativa ficará na 3ª pessoa do plural sem sujeito explícito, ou seja, sujeito indeterminado. Exemplo: Fez-se um grande arranjo para o casamento. Fizeram um grande arranjoo para o casamento. Desse modo, meu nobre, Foi assim que sempre se fez a literatura (passiva sintética) = Foi assim que sempre fizeram a literatura (ativa). Foi? Questão de voz verbal é sempre muito simples. Quando o cara não pede para você perceber a passagem (transposição) de voz ativa para passiva analítica (ou vice-versa), ele pede para você perceber a passagem de passiva sintética para passiva analítica (ou vice-versa); o que dá no mesmo. Se quiser, leia esta micro-aula de voz verbal para relembrar este assunto: Voz verbal é a maneira como o verbo se apresenta para indicar sua relação com o sujeito; dependendo de sua forma, o verbo pode indicar uma ação praticada pelo sujeito (voz ativa), uma ação sofrida pelo sujeito (voz passiva) ou uma ação praticada e sofrida pelo sujeito (voz reflexiva). Ocorre voz ativa quando o verbo indica uma ação praticada pelo sujeito. Em todas as frases abaixo, há voz ativa. Ex.: João acordou atrasado. Resolveu pegar um táxi, mas precisou de dinheiro para isso. Foi a um banco ainda. Chegou, enfim, ao trabalho. O

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homem resolveu todas as pendências do dia. Informaram-no daquela hora extra. Coitado. Se você não se lembra da voz passiva, aqui vai a definição clássica: ocorre voz passiva quando o verbo indica que o sujeito sofre a ação verbal. Nas frases abaixo, há voz passiva. Ex.: Hoje, nosso amigo João foi derrotado pelo cansaço da rotina, mas — como todo brasileiro — ele não desiste fácil. Por isso, será recompensado por seu patrão. Sendo assim, devemos crer nisto: “Recompensam-se os esforçados!”. No primeiro e no segundo caso, há uma locução verbal (normalmente formada pelo verbo ser/estar/ficar + particípio: “foi derrotado”, “será recompensado”). Esta é a marca principal da voz passiva analítica, ou seja, locução verbal (normalmente “ser + particípio” na FCC); há como traço de passiva analítica também o agente da passiva (AGP): “pelo cansaço da rotina” e “por seu patrão”. No terceiro caso do exemplo acima, ocorre a chamada voz passiva sintética, cuja característica principal é a presença do pronome apassivador “se”; não há AGP nesta voz! Resumindo: VOZ ATIVA: o sujeito é agente da ação verbal. Ex.: Eu penteei os cabelos. VOZ PASSIVA: o sujeito é paciente da ação verbal; pode ser analítica (ser/ estar/ ficar + particípio) ou sintética (VTD + ‘se’ apassivador). Ex.: Os cabelos foram penteados por mim. (analítica)

Pentearam-se os cabelos. (sintética)* * Para ter certeza de que este SE é apassivador, reescreva a frase na voz passiva analítica: Vendeu-se a casa = A casa foi vendida. Foi possível a transposição? Maravilha! Então o SE é apassivador.

Agora você vai aprender a fazer a passagem da ativa para a passiva. Lembre-se: só há passagem de voz ativa para a passiva se o verbo for transitivo direto (VTD) ou transitivo direto e indireto (VTDI). Veja: (O homem) (resolveu) (todas as pendências do dia). (Voz Ativa) Sujeito (S) VTD Complemento (OD)

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Passando para a voz passiva analítica: o OD vira S, o S vira AGP e o verbo vira uma locução verbal (ser/estar/ficar + particípio), mantendo-se o tempo verbal. Veja: Todas as pendências do dia foram resolvidas pelo homem. Sujeito (S) Ser + Particípio AGP Você agora se deve estar perguntando: “Ok. Entendi. Mas não é possível passar essa frase da ativa para a passiva sintética”? Resposta: Não!!! Entenda: os elementos que estão na voz ativa precisam aparecer na voz passiva quando a passagem for feita. Está certo? Então, veja se esta transformação seria possível: Resolveram-se todas as pendências do dia. (Voz Passiva Sint.) Não está faltando algum elemento que aparece na voz ativa? É claro! “O homem”, ora. Portanto, chegamos à seguinte conclusão: a passagem da ativa para a passiva sintética acima está errada, pois falta um elemento da voz ativa! Agora, se o ‘homem da banca’ pedir que você passe da passiva sintética para a ativa, o sujeito da ativa sempre será indeterminado, ficando o verbo na 3ª pessoa do plural. Ex.: Aqui se aceitam encomendas (voz passiva sintética)

Aqui aceitam encomendas. (voz ativa) E mais: só é possível passar da voz ativa para a voz passiva sintética se o sujeito da ativa estiver indeterminado, verbo na 3ª pessoa do plural (importante: na passiva analítica, o AGP ficará igualmente indeterminado*). Ok? Veja: Ex.: (S?) Resolveram as pendências da empresa. (VA)

Resolveram-se as pendências da empresa. (VPS)

As pendências da empresa foram resolvidas (AGP?)*. (VPA) Preste atenção em como vai ficar a passagem de voz ativa para a passiva analítica quando houver locuções verbais e tempos compostos (ter/haver + particípio); note abaixo 1) a conservação do tempo verbal do verbo auxiliar e 2) a estrutura ‘ser’ + particípio; note também como vai ficar o tempo composto na voz passiva!!!

Ex.: Vou comprar uma casa. (VA)

Uma casa vai ser comprada por mim. (VPA)

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Estou comprando uma casa. (VA) Uma casa está sendo comprada por mim. (VPA) Espero que tenham resolvido as pendências (VA) Espero que as pendências tenham sido resolvidas. (VPA)

FCC – TRT/SE (20R) – TÉCNICO JUDICIÁRIO – 2011 6- GABARITO: B. Agora que você já está safo em passagem de voz ativa para passiva e vice-versa com a microaula acima (nem tão micro assim, hehe...), creio que não teve dúvidas, certo? Vamos lá... ... a leitura em profundidade (sujeito da passiva vira objeto direto na ativa) foi substituída (vira um simples verbo com o mesmo tempo e modo verbais do ‘ser’ (pretérito perfeito)) pela massa de informações (agente da passiva vira sujeito da ativa)... Logo: “A massa de informações (sujeito) substituiu (simples verbo no pretérito perfeito) a leitura em profundidade (objeto direto)”. Foi? 7- GABARITO: E. Esta questão trata da natureza semântica dos tempos e modos verbais. Tudo bem, eu sei que você já sabe que ‘poderiam’ é um verbo no futuro do pretérito; mas o que vem a ser um verbo no futuro do pretérito? Ãrrãããã... Um verbo no futuro do pretérito, apesar de ser do modo indicativo, indica hipótese, possibilidade, incerteza, enunciando uma ação ou um estado em tempo futuro em relação a momento passado, normalmente numa condição hipotética ou irrealizável. Em outras palavras, o ex-ministro afirma que os ganhos po-de-ri-am liberar terras... A pergunta é: “Se po-de-ri-am liberar terras, vai re-al-men-te liberar? Não sei! Quem sabe?! Talvez! É possível, mas... enfim... é uma hipótese! Bem, aí está a resposta, mas meus dedos coçam e eu preciso, de novo, dar uma microaula (☺). Sorte a sua, não!? Então, veja todos os tempos e modos verbais agora, e suas minúcias:

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Emprego dos Tempos e Modos Verbais

Os diferentes tempos verbais atendem a necessidades distintas dos falantes. Eles indicam o momento em que o falante quer situar os fatos. Os modos verbais vão exprimir, normalmente, certeza (indicativo), incerteza (subjuntivo) e ordem (imperativo). Vejamos primeiramente os tempos do modo indicativo, depois do subjuntivo e em seguida falaremos do modo imperativo.

Por favor, fique ligado nos tempos compostos (locução verbal formada por “ter/haver + particípio”) correspondentes aos tempos simples a cada detalhamento abaixo! Tal correspondência é abordada em questão de prova. Preste atenção!!!

O MODO INDICATIVO PRESENTE

• Fato ocorre no momento em que se fala (presente pontual) Ex.: Ouço vozes estranhas lá de fora...

Estou ouvindo música agora.

• Fato habitual (presente iterativo) Ex.: Aos domingos, vou à missa.

O galo sempre canta às 5 horas aqui perto.

• Fato atemporal, verdade absoluta ou tomada como tal Ex.: Morre todos os dias uma pessoa a cada 5 segundos.

Água mole em pedra dura tanto bate até que fura.

• Fato que se iniciou e dura até o presente momento da declaração (presente durativo)

Ex.: Os cientistas estudam a cura da AIDS ainda. A homofobia vem proliferando nas grandes cidades.

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Estilística do Presente do Indicativo O presente do indicativo pode ser usado no lugar do pretérito perfeito do indicativo; neste caso ele é chamado de ‘presente histórico’, pois torna recente um fato passado, como se estivesse atualizando um fato passado para torná-lo mais vivo; aproximando, portanto, o fato passado à realidade do interlocutor. Isso ocorre muito nas manchetes de jornais e livros didáticos de história. Ex.: Flamengo vence o Vasco por 3x2 no Maracanã, em jogo disputadíssimo. Em 1500, os portugueses chegam ao futuro Brasil. Além disso, o presente pode ser usado no lugar do futuro do presente para tornar o futuro mais próximo da realidade do falante, como se demonstrasse maior convicção de que o fato futuro vai se realizar. Ex.: Viajo amanhã para SP, fiquem calmos, que eu volto logo. Às vezes o presente substitui a forma imperativa para demonstrar mais polidez. Ex.: João, você me serve um cafezinho? Obrigado. Vale dizer ainda que este tempo verbal é o tempo da certeza, da convicção, do fato, por isso mesmo muito usado nas dissertações argumentativas, em que se defende uma tese com uma tônica de verdade.

Obs.: Não há tempo composto do presente!

PRETÉRITO PERFEITO

• Fato ocorrido e concluído antes do momento em que se fala Ex.: O Rock’n Rio foi um sucesso. • Pretérito perfeito composto do indicativo Verbo auxiliar ter ou haver no “presente do indicativo + o principal no particípio”, indicando fato que vem ocorrendo (do passado até o momento da declaração).

Ex.: Eu tenho estudado muito esses dias.

PRETÉRITO IMPERFEITO

• Fato realizado, mas não concluído, incompleto, ou que apresenta certa duração

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Ex.: Betinho lutava pela erradicação da fome.

Estávamos conversando animadamente, mas...

• Fato passado em curso que indica simultaneidade, concomitância a outro fato passado concluído

Ex.: A velhinha foi atropelada quando eu atravessava a rua. Enquanto eu estudava, ela me atrapalhava.

• Fato habitual, iterativo, repetitivo Ex.: Impressionante! Eu chegava, ela saía. Eu fazia musculação todo santo dia. • Fato passado fantasioso, presente em histórias infantis Ex.: Era uma vez um rei e uma rainha...

Estilística do Pretérito Imperfeito do Indicativo

Este tempo pode indicar polidez ao ser usado no lugar do presente do indicativo: Ex.: Você podia me ajudar? Pode ser usado no lugar do futuro do pretérito: Ex.: Meu irmão João era um homem muito bom, pois ia levar seu sobrinho para os EUA. Lá meu filho entrava para uma boa escola, formava-se, e depois virava doutor, dando-me muito orgulho. No entanto, João faleceu antes disso tudo ocorrer. Obs.: Não há tempo composto! PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO

• Fato passado anterior a outro fato também passado Ex.: Depois que ela me pedira um favor, tive de sair de casa. Quem me dera passar na prova!

• Pretérito mais-que-perfeito composto do indicativo

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Verbo auxiliar ter ou haver no “pretérito imperfeito do indicativo + o principal no particípio”, exprimindo o mesmo que o pretérito mais-que-perfeito do indicativo simples; esta construção é mais usual aqui no Brasil.

Ex.: Eu já havia estudado em PDFs, quando conheci o Estratégia.

FUTURO DO PRESENTE

• Fato posterior ao momento da fala, mas certo de ocorrer Ex.: Passarei na prova. Fato! Tu te classificarás tão logo, meu nobre.

• Fato futuro incerto, hipotético (em perguntas, normalmente) Ex.: Serão pessoas felizes as que moram na periferia? Ela terá seus quarenta anos, no máximo.

• Futuro do presente composto do indicativo Verbo auxiliar ter ou haver no “futuro do presente simples do indicativo + o principal no particípio”, exprimindo um fato futuro anterior a outro fato futuro, fato futuro já iniciado no presente ou futuro incerto (em perguntas).

Ex.: Quando você chegar, eu já terei partido.

Daqui a dois meses, terei absorvido informações valiosas. Terá Maria sabido a verdade sobre João?

Estilística do Futuro do Presente do Indicativo Pode substituir o imperativo (em leis), denotando mais força na lei de modo que ela seja entendida e atendida atemporalmente. Ex.: Não matarás, não cobiçarás... É comum o uso da locução verbal formada pelo verbo auxiliar IR (no presente do indicativo) + infinitivo a fim de substituir o futuro do presente simples:

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Ex.: “Eu vou estudar muito amanhã” no lugar de “Eu estudarei muito amanhã”. Ele pode ser substituído pelo presente do indicativo. Ex.: Quando o inverno chegar, eu quero (quererei) estar junto a ti.

FUTURO DO PRETÉRITO

• Fato posterior a um fato passado Ex.: Disseram (fato passado) que ela chegaria (fato futuro) logo.

Você me prometeu que passaria de ano.

• Fato futuro que não chegou a realizar-se Ex.: Eu levaria uma bronca se não fizesse os exercícios.

Faríamos os exercícios caso não fôssemos interrompidos.

• Fato futuro incerto, hipotético Ex.: Seria o sol o causador destas queimaduras? Certamente eu conseguiria minha vaga.

• Fato futuro hipotético relacionado a uma condição (muito

comum) Ex.: Contanto que ela estudasse (condição), passaria fácil. Obs.: Interessante é dizer que esta frase acima pode significar que ela não estudou, por isso não passou ou que, se ela estudasse, no futuro, a vaga estaria garantida.

• Futuro do pretérito composto do indicativo Verbo auxiliar ter ou haver no “futuro do pretérito simples do indicativo + o principal no particípio”, exprimindo o mesmo valor que o futuro do pretérito simples do indicativo nos casos acima.

Ex.: Teria feito diferente se tivesse tempo.

Estilística do Futuro do Pretérito do Indicativo

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Substitui o presente do indicativo, indicando polidez: Ex.: Pediria que todos saíssem. Grato. Pode indicar impossibilidade diante de um juízo de valor Ex.: Eu lá beijaria aquela boca!

O MODO SUBJUNTIVO Segundo o conceituado gramático Adriano da Gama Kury: PRESENTE DO SUBJUNTIVO

• Geralmente utilizado quando desejamos expressar desejos, possibilidades, suposições, cuja concretização pode depender da realização de um outro acontecimento.

Ex.: Deus te guie.

Nada de cerimônias: pensem que estão em sua casa.

Talvez a realidade seja mais forte que a ficção.

Receio que aconteça o pior.

É provável que surja outra oportunidade.

• Pretérito Perfeito Composto do Subjuntivo Verbo auxiliar ter ou haver no “presente do subjuntivo + o principal no particípio”, indicando normalmente desejo de que algo já tenha ocorrido ou um fato futuro já terminado em relação a outro

Ex.: Espero que você tenha estudado essas classes gramaticais.

Quando chegarmos, é provável que a palestra já tenha acabado.

NOTA: É de observar a presença da palavra que antes de quase todas as formas do subjuntivo dos exemplos, o que nos leva a usá-la na conjugação desse tempo verbal: que eu faça, que tu faças, etc. PRETÉRITO IMPERFEITO

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• Este tempo, que expressa uma hipótese (no passado, presente ou futuro), se usa nas orações subordinadas, quando a principal tiver o verbo num tempo do pretérito ou futuro do pretérito. Expressa uma condição não realizável quando vem junto a uma ideia condicional:

Ex.: Não admitia que se fizesse greve.

Era provável que surgisse outra oportunidade.

Proibiu que revelassem o acordo.

Se tivesses paciência, obterias o que pretendes. (mas não tiveste, logo nada obteve)

• Pretérito mais-que-perfeito composto do subjuntivo Verbo auxiliar ter ou haver no “pretérito imperfeito do subjuntivo + o principal no particípio”, exprimindo o mesmo valor que o pretérito imperfeito do subjuntivo simples.

Ex.: Teríamos ficado aqui, se você não tivesse arrumado problemas.

Obs.: Nunca é demais falar o óbvio: perceba que todas as frases remetem a ação obrigatoriamente para o passado. A frase ‘Se eu tivesse dinheiro, faria um curso’ é completamente diferente de ‘Se eu tivesse dinheiro, eu teria feito um curso’. Na primeira frase, há a possibilidade de transportarmos a hipótese para o futuro, o que nnão acontece na segunda frase, que só tem ideia de passado hipotético. FUTURO DO SUBJUNTIVO

• Exprime uma ocorrência futura possível, eventual. É um tempo verbal que ocorre sobretudo com orações iniciadas com conjunção temporal ou condicional:

Ex.: Quando puderes, vem visitar-nos.

Assim que ele se desocupar, virá atendê-lo.

Se (ou caso) ele puder, trará o livro.

Obs.: Não confunda o verbo no futuro do subjuntivo com o verbo no infinitivo; este vem antecedido de preposição e aquele, de conjunção: Para eu estudar, precisarei de apoio (infinitivo) / Quando eu estudar, precisarei de apoio.

• Futuro composto do subjuntivo

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Verbo auxiliar ter ou haver no “futuro do subjuntivo simples + o principal no particípio”, exprimindo o mesmo valor que o futuro do subjuntivo simples.

Ex.: Assim que você tiver terminado sua leitura, descanse um pouco.

� É de observar que, na fala das pessoas incultas, aparece o indicativo em lugar do subjuntivo. É comum ouvir “O senhor quer que eu faço?”, por “O senhor quer que eu faça?”. � Sempre que se trate de uma possibilidade, de uma eventualidade, e não de uma certeza, usa-se o subjuntivo. Compare-se: O cidadão que ama sua pátria engrandece-a. (realidade) O cidadão que ame sua pátria engrandece-a. (conjectura) (Bechara, Moderna Gramática) � Nas orações subordinadas adverbiais concessivas iniciadas pelas conjunções embora, ainda que, mesmo que, conquanto, posto, posto que e outras, usa-se o subjuntivo: “Sendo preciso despir a camisa e dá-la a um mendigo, Nóbrega o faria, ainda que a camisa fosse bordada.” (M. de Assis, EJ) � Nas orações subordinadas adverbiais temporais introduzidas por antes que, assim que, até que, enquanto, depois que, logo que, quando ocorrem nas indicações de possibilidade (e não de realidade, caso em que ocorre o indicativo), usa-se o subjuntivo: Cuide dessa gripe, antes que ela se transforme em pneumonia. Amar-te-ei até que a morte nos separe. Enquanto o mundo for mundo, não te esquecerei. Só sairei depois que ele chegar. Logo que termine esta carta, vou atendê-lo. Compare: Assim que terminou a carta foi atendê-lo. Amaram-se até que a morte os separou. Nosso amor foi grande enquanto durou. (Nestas três frases, não se trata de uma eventualidade, mas de um fato real, acontecido, por isso o verbo está no indicativo.)

O MODO IMPERATIVO

• Para expressar ordens, conselhos e exortações: Ex.: — Que é que estava lendo? Não diga, já sei, é o romance dos Mosqueteiros.” (Machado de Assis, 1899)

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Faça já o dever de casa! Estude mais, isso fará seu futuro melhor.

• Para expressar pedidos, súplicas: Ex.: Perdoai as nossas ofensas, assim como...

Por favor, venha comigo agora!

Depois dessa aula, dá para errar questão desse tipo? Só se não estudar com vontade! Fica esperto! Sempre focalizando seu objetivo e mentalizando que a vaga é sua! 8- GABARITO: A. Aqui vai um bizuzinho: para saber se um verbo está no subjuntivo, perceba se há alguma conjunção antes dele. Normalmente funciona. Note que não há conjunção antes dos verbos das demais alternativas. A expectativa é de que o Brasil “tenha”... Embora “domine”... Lembra a Tia Teteca, lá na escolinha que você estudava, quando começou a ter aula de conjugar verbos, ela falava assim: — Alunos, para conjugar o presente do subjuntivo, coloquem o QUE antes da conjugação. Assim, olha o verbo amar: “Que eu ame, que tu ames, que ele A... — “ME”. — Isso aí, muito bem, que ele “ame”, que nós amemos, etc.! Direto do túnel do tempo... ☺ Bem, o que ela falou é a mais pura verdade. Para adultos, porém, a explicação seria esta: os verbos no subjuntivo, normalmente, aparecem após conjunções subordinativas, portanto prestemos atenção nas conjunções para que conjuguemos os verbos corretamente. Usualmente, podemos memorizar assim: Para verbos de 1ª conjugação (AR), a desinência que sempre vai aparecer no presente do subjuntivo é a desinência modo-temporal E. Para verbos de 2ª conjugação (ER) e de 3ª conjugação, a desinência será A. Veja: Presente do subjuntivo:

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AMAR Que... eu AME, tu AMES, ele AME... VENDER/PARTIR Que... eu VENDA/PARTA, tu VENDAS/PARTAS, ele VENDA/PARTA... Pretérito imperfeito do subjuntivo (a desinência é sempre SSE) Se... eu AMASSE/VENDESSE/PARTISSE... Futuro do subjuntivo (a desinência é R) Quando... eu AMAR/VENDER/PARTIR... Por favor, revisite as páginas 7 a 10 para se familiarizar com as conjugações verbais. Lembra o dia que você matou aula para não conjugar verbos? Olha aí no que deu! Agora chora! Kkkkk... Brincadeirinha... FCC – TRT/AL (19R) – TÉCNICO JUDICIÁRIO – 2011 9- GABARITO: C. Antes de mais nada, perceba a noção temporal do verbo: passado, presente ou futuro? Passado, certo? Daí que eliminamos as letras A e E. Passado = pretérito. Há três pretéritos no modo indicativo: perfeito, imperfeito e mais-que-perfeito. As marcas desinenciais (ou seja, as terminações formais) de verbos no pretérito perfeito são: Tempo Singular Plural Pretérito perfeito do 1ª p.: i / 2ª p.: ste 1ª p.: mos / 2ª p.: stes / 3ª p.: ram indicativo 3ª p.: u Os verbos que se encaixam aqui são ‘elogiaram’ e ‘realizou’ Restou-nos apenas a forma verbal ‘enfatizavam’ que pertence ao mesmo tempo e modo verbal que ‘conhecia’. Veja as terminações: Tempo Modo Indicativo Imperfeito (1ª conj.) va (ve)

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Imperfeito (2ª e 3ª conj.) a (e) Para que você tome conhecimento do quadro completo de terminações verbais, aqui vai uma micro aula:

Entendendo a Estrutura do Verbo Na conjugação de um verbo, normalmente ocorre a combinação de alguns elementos, conhecidos como: Radical, Vogal Temática (VT), Tema, Desinência Modo-Temporal (DMT) e Desinência Número-Pessoal (DNP). É importante dizer que estes elementos verbais podem sofrer algumas mudanças na forma, chamadas tecnicamente de ‘alomorfias’. Fica ligado nisso quando eu apresentar os exemplos abaixo.

• Radical: indica a significação do verbo, é a sua base. Ex.: FAZER: Eu faço, tu fazes, ele faz, nós fazemos... (presente do indicativo)

Obs.: Importante saber sobre radical: Formas rizotônicas: a sílaba tônica do verbo recai dentro do radical: Eu amo muito minha esposa. / Eles precisam de ajuda. Formas arrizotônicas: a sílaba tônica do verbo recai fora do radical: Nós estudaremos mais a Língua Portuguesa.

• Vogal Temática: é uma vogal que vem após o radical, permitindo

uma boa pronúncia do verbo e indicando como vai ser o modelo (paradigma) das conjugações (1ª conjugação: -A / 2ª conjugação: -E / 3ª conjugação: -I).

Ex.: AMAR: Eu amei, tu amaste, ele amou, nós amamos... (pretérito perfeito do indicativo)

COMER: Eu comera, tu comeras, ele comera, nós comêramos... (pretérito mais-que-perfeito do indicativo)

PARTIR: Eu partirei, tu partirás, ele partirá, nós partiremos...

(futuro do presente do indicativo)

• TEMA: é a combinação dos elementos anteriores (Radical + VT) que serve de preparação para o recebimento das desinências verbais.

Ex.: AMAR, COMENDO, PARTIDO...

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Obs.: O verbo PÔR, cujo radical é PO, é de 2ª conjugação (POER); a vogal temática de 2ª conjugação (E) fica mais clara quando o conjugamos: Eu ponho, tu pões, ele põe, nós pomos, vós pondes, eles põem. • Desinência Modo-Temporal: indica o modo e o tempo verbal;

não há DMT em todos os tempos e modos. Tempo Modo Indicativo Modo Subjuntivo Formas Nominais Presente (1ª conj.) --- e infinitivo Presente (2ª e 3ª conj.) --- a r Perfeito --- --- Imperfeito (1ª conj.) va (ve) sse gerúndio Imperfeito (2ª e 3ª conj.) a (e) sse ndo Mais-que-perfeito ra (re) (átono) --- Futuro do presente ra (re) (tôn.) --- particípio Futuro do pretérito ria (rie) --- (a/ i)do* Futuro do subjuntivo r * Para alguns gramáticos, o a e o i do particípio são vogais temáticas; esta desinência de particípio (do) pode mudar, dependendo do verbo.

• Desinência Número-Pessoal: indica o número e a pessoa do verbo, vem depois da DMT; não há DNP em todos os tempos e modos; o modelo abaixo é só um padrão de conjugação.

Tempo Singular Plural Presente indicativo 1ª p.: o / 2ª p.: s 1ª p.: mos / 2ª p.: is / 3ª p.: m Pretérito perfeito do 1ª p.: i / 2ª p.: ste 1ª p.: mos / 2ª p.: stes / 3ª p.: ram indicativo 3ª p.: u Futuro do presente do indicativo 1ª p.: i / 2ª p.: s 1ª p.: mos / 2ª p.: is / 3ª p.: o Futuro do subjuntivo e Infinitivo flexionado 2ª p.: es 1ª p.: mos / 2ª p.: des / 3ª p.: em Imperativo afirmativo --- 1ª p.: mos / 2ª p.: i, de Obs.: Os tempos que aqui não foram mencionados (pretérito imperfeito, mais-que-perfeito, futuro do pretérito, presente do subjuntivo e pretérito imperfeito do subjuntivo) seguem um modelo (paradigma) de desinências, que é: 2ª pessoa do singular: S, 1ª pessoa do plural: MOS, 2ª pessoa do plural: IS e 3ª pessoa do plural: M. Falarei mais sobre o imperativo à frente. FCC – TRE/RN – TÉCNICO JUDICIÁRIO – 2011 10- GABARITO: E. Viu pedrinhas ali perto (voz ativa) = Pedrinhas foram vistas ali perto (voz passiva analítica). Lembra-se da regra de transposição de voz ativa para passiva? O sujeito da ativa vira agente da passiva; o objeto direto da ativa vira sujeito da

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passiva; e o mais importante: o simples verbo vira locução verbal (ser + particípio), mantendo o mesmo tempo e modo verbais. 11- GABARITO: C. É (presente do indicativo) comum que, durante suas brincadeiras, as crianças se transportem (presente do subjuntivo) para um universo mágico e assumam (presente do subjuntivo) a identidade de uma personagem admirada, seja (presente do subjuntivo) um super-herói ou uma figura da realeza. Note que todos os verbos após o presente do indicativo estão no presente do subjuntivo, o que corrobora a dobradinha clássica Presente do indicativo + Presente do subjuntivo. Memorize aquela tabela!!! 12- GABARITO: B. Questão atípica da FCC, pois uma questão parecida caiu na prova do ITA 2002-2003. Enfim, vamos lá. Leia a afirmação I de novo. Lembra, lá em cima, quando eu falei de emprego de tempos e modos verbais? Então, o pretérito imperfeito do indicativo é interessante, pois é usado por crianças em suas histórias e universos infantis. Com certeza, você já usou quando criança esta forma verbal (Agora faz de conta que eu era a mamãe e você era o papai, tá?). O sentido deste uso do pretérito imperfeito do indicativo se refere a um tempo que não cabe na história temporal, datada cronologicamente, real, como o do ontem ou do amanhã, mas um tempo dentro de um espaço imaginário, da fantasia. Portanto, nos versos Agora eu era o herói e A gente agora já não tinha medo, o uso do advérbio agora mostra-se ADEQUADO. Sobre a afirmação II, “Finja” e “dê” são verbos no imperativo afirmativo. Lembra a formação do imperativo? Ponha o “fingir” e o “dar” na tabela, que verá de fato que são formas imperativas. Presente do indicativo Imperativo afirmativo Presente do subjuntivo Imperativo negativo (igual ao pres. subj.) Eu amo --- (Que) Eu venha ---

Tu amas -> ama (tu) Tu venhas -> não venhas

Ele ama ama (você) <- Ele venha -> não venha

Nós amamos amemos (nós) <- Nós venhamos -> não venhamos

Vós amais -> amai (vós) Vós venhais -> não venhais

Eles amam amem (vocês) <- Eles venham -> não venham

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Obs.: O verbo SER não se adapta perfeitamente a essa formação: no imperativo afirmativo, ele fica assim: SÊ (tu), SEDE (vós).

FCC – TRE/AP – TÉCNICO JUDICIÁRIO – 2011 13- GABARITO: B. Aluno, cá entre nós, para fazer uma questão de conjugação verbal, você não precisa conhecer a conjugação dos mais de 11.000 verbos. Assustou-se? Não se assuste, pois você só precisa sabre a conjugação de alguns principais: ser, ir, haver (e o derivado reaver), pôr (e derivados), ver (e derivados), vir (e derivados), prover, requerer, caber, valer, crer, precaver, ter (e derivados), os terminados em –UAR, –IAR e –EAR. Conjugue estes verbos em casa, até internalizá-los!!! Bem, respondendo a questão: A: Os verbos terminados em –UIR, como constituir, não apresentam a letra E por terminação, mas sim a letra I (Eu constituo, tu constituis, ele constitui...) B: O verbo requerer não é conjugado como o verbo querer. No presente do indicativo, ele é conjugado assim: eu requeiro, tu requeres, ele requer, nós requeremos, vós requereis, eles requerem...; nas demais formas verbais, ele se conjuga como o verbo vender (veja, por exemplo, o pretérito perfeito do indicativo: eu vendi/requeri, tu vendeste/tu requereste, ele vendeu/requereu, nós vendemos/requeremos, vós vendestes/requerestes, eles venderam/requereram). Foi? C: retiveram é a forma certa, pois o verbo reter é derivado do verbo ter; normalmente as bancas gostam de trabalhar o pretérito perfeito nas conjugações verbais, fique ligado! Eu (re)tive, tu (re)tiveste, ele (re)teve, nós (re)tivemos, vós (re)tivestes, eles (re)tiveram. D: vier é a forma correta, pois o verbo vir está no futuro do subjuntivo; só interessante dizer que o verbo ver no futuro do subjuntivo dá trabalho, pois é ‘estranho’; veja: Quando... eu vir, tu vires, ele vir, nós virmos, vós virdes, eles virem. Estranhinho, não? ☺ E: Se eles puserem... o verbo pôr precisa ser bem conjugado, meus nobres; aprendam! Por isso coloquei no comentário acima Aqui vai uma microaula sobre verbos ‘polêmicos’: 1- Terminados em –UAR

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São verbos regulares da 1ª conjugação. Como ele, conjugam-se averiguar, aguar, enxaguar, obliquar, etc. De acordo com o novo acordo ortográfico, não há mais trema nem acento agudo nos grupos “gue, gui, que, qui”. As formas rizotônicas são pronunciadas apazigu-e, apazigu-es... ou apazígue, apazígues... Presente do Indicativo: apaziguo, apaziguas, apazigua, apaziguamos, apaziguais, apaziguam. Presente do Subjuntivo: apazigue, apazigues, apazigue, apaziguemos, apazigueis, apaziguem. Imperativo Afirmativo: apazigua, apazigue, apaziguemos, apaziguai, apaziguem. Imperativo Negativo: não apazigues, não apazigue, não apaziguemos, não apazigueis, não apaziguem. Obs.: Aguar, enxaguar e desaguar recebem acento agudo no primeiro A das formas rizotônicas. Presente do Indicativo: águo, águas, água, aguamos, aguais, águam. Presente do Subjuntivo: águe, águes, águe, aguemos, agueis, águem.

2- Terminados em -EAR No presente do indicativo, do subjuntivo e no imperativo, recebem a letra ‘i’ nas formas rizotônicas (sílaba tônica no radical). Trocando em miúdos, o ‘i’ vem após o ‘e’, exceto na 1ª e 2ª pessoas do plural. Pentear é um exemplo: Presente do indicativo: penteio, penteia, penteia, penteamos, penteais, penteiam Presente do subjuntivo: penteie, penteies, penteie, penteemos, penteeis, penteiem 3- Terminados em –IAR Os verbos dessa terminação são regulares, ou seja, seguem a conjugação de AMAR. Um exemplo é o verbo VARIAR (radical VARI-): eu vario, tu varias, varia, variamos, variais, variam. Nada de “Eu ‘vareio’...” ☺ Há pelo menos seis verbos terminados em -IAR que recebem a letra ‘e’ antes do ‘i’ nas formas rizotônicas (formas em que a sílaba tônica recai no radical), do presente do indicativo e presente do subjuntivo, exceto na 1ª e 2ª pessoas do plural. Suas iniciais formam o anagrama M-A-R-I-O: Mediar, Ansiar, Remediar, Intermediar, Incendiar e Odiar. Presente do Indicativo: intermedeio, intermedeia, intermedeia, intermediamos, intermediais, intermedeiam

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Para agilizar sua vida, lembre-se da conjugação do verbo ODIAR, o mais usado de todos no dia a dia. Também, ao falar de verbo durante várias páginas, quem não odeia? EU não odeio, gosto muito, e você tem de gostar idem, meu caro, rs... 4- Requerer: não é derivado do QUERER. No presente do indicativo: requeiro, requeres, requer... e no presente do subjuntivo: requeira, requeiras, requeira... Os demais tempos seguem o modelo do paradigma VENDER. 5- Precaver-se: não é derivado do verbo VER; é defectivo; no presente do indicativo, só se conjuga nas 1ª e 2ª pessoas do plural: precavemos, precaveis; não há o presente do subjuntivo; os demais tempos seguem o modelo de conjugação de VENDER. 6- Reaver: é derivado do HAVER, mas só se conjuga quando houver a letra V na conjugação do “haver”, logo você tem de saber a conjugação deste verbo; no presente do indicativo, só existem as formas da 1ª e 2ª pessoas do plural: reavemos, reaveis; não há presente do subjuntivo; os demais tempos seguem a conjugação de HAVER. 7- Prover: não é derivado do VER, apesar de coincidir na 1ª pessoa do singular do presente do indicativo e do subjuntivo; o resto da conjugação é igual VENDER Presente do indicativo: provejo, provês, provê,... Presente do subjuntivo: proveja, provejas, proveja,... 8- Viger: é defectivo; não possui, no presente do indicativo, a 1ª pessoa do singular; logo, não há presente do subjuntivo tampouco imperativo; do mais, conjuga-se como VENDER. 9- Prover: verbo irregular da 2ª conjugação que significa abastecer; varia nas desinências; no presente do indicativo, no presente do subjuntivo, no imperativo afirmativo e no imperativo negativo tem conjugação idêntica à do verbo ver; no restante dos tempos, tem conjugação regular, ou seja, segue a conjugação de qualquer verbo regular terminado em -er, como VENDER. 10- Aderir, competir, preterir, discernir, concernir, impelir, expelir, repelir...: verbos mudam o e do infinitivo para i na primeira pessoa do singular do presente do indicativo e em todas do presente do subjuntivo Presente do indicativo: adiro, aderes, adere, aderimos, aderimos, aderem.

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Presente do subjuntivo: adira, adiras, adira, adiramos, adirais, adiram. Nem preciso dizer que os verbos ser, ir, vir, pôr, ter e haver precisam estar no sangue, certo?! Vamos nessa! Ainda não acabou, my friend! 14- (ADAPTADA) GABARITO: C. Meu amigo, a essa altura do campeonato, você já sabe que é o modo subjuntivo que ‘carrega’ a ideia de incerteza, dúvida, hipótese, possibilidade, etc., e que ele vem após conjunção subordinativa, normalmente, certo? Logo, ‘desde que (conjunção subordinativa temporal) se revistam...’ (presente do subjuntivo). Esta foi relax. Diz aí! FCC – TRT/MT (23R) – ANALISTA JUDICIÁRIO – 2011 15- GABARITO: D. Tanto as fontes quanto a própria historiografia (SUJEITO) falavam (VERBO NO PRETÉRITO IMPERFEITO DO INDICATIVO) a linguagem do poder (OBJETO DIRETO)... Transposição para a passiva analítica: A linguagem do poder (SUJEITO) era falada (LOCUÇÃO VERBAL SER + PARTICÍPÍO) tanto pelas fontes quanto pela própria historiografia (AGENTE DA PASSIVA). Simples assim. 16- GABARITO: B. Sobre a letra B, de cara. Competir e compelir têm conjugação semelhante. Saiba uma, saberá a outra. Veja: Presente do indicativo: Eu compito/compilo

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Tu competes/compeles Ele compete/compele Nós competimos/compelimos Vós competis/compelis Eles competem/compelem E por aí vai... Veja também o presente do subjuntivo: Que... eu compita/compila; tu compitas/compilas; ele compita/compila; nós compitamos/compilamos; vós compitais/compilais; eles compitam/compilam. Finalmente no pretérito imperfeito do subjuntivo (desinência modo-temporal SSE), temos: Se... eu competisse/compelisse; tu competisses/compelisses; ele competisse/compelisse... É isso aí! Agora a letra A. Lembra-se do verbo “ver” que se encontra na lista dos que devem ser conjugados por você? Então, na letra A, aparece seu derivado: antever. A conjugação é a mesma, só é preciso colocar o prefixo (ante-) antes do verbo “ver” conjugado. Assim, a forma certa seria “antevissem” (se... eu visse, tu visses, ele visse, nós víssemos, vós vísseis, eles (ante)vissem). Letra C: o que ocorre nesta letra é a possível confusão entre “sortir” e “surtir” (verbos parônimos); “sortir” significa abastecer, prover, misturar, combinar; “surtir” significa provocar, acarretar, ter como consequência; no contexto da alternativa, a conjugação está certa, mas o verbo está errado, deveria ser “sortir” (Caso não se sortisse...) Letra D: o verbo maldizer vem de dizer, obviamente; logo a forma verbal no contexto apresentado deveria ser (mal)diSSessem (... os viajantes maldissessem...). Letra E: olha aí de novo o verbo pôr, ou melhor, seu derivado (sobre)por; a conjugação deveria ser sobrepuseram, pois o verbo sobrepor se encontra no futuro do subjuntivo. Veja de novo a tabela de conjugação dele:

SOBREPOR Indicativo

Pessoas Radical Presente Pretérito Pretérito Pretérito Futuro Futuro

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Perfeito Imperfeito Mais-Que-

Perfeito

do Presente

do Pretérito

EU Sobrep onho us unha usera orei oria

TU Sobrep ões useste unhas useras orás orias

ELE Sobrep õe ôs unha usera orá oria

NÓS Sobrep omos usemos únhamos uséramos oremos oríamos

VÓS Sobrep ondes usestes únheis uséreis oreis oríeis

ELES Sobrep õem useram unham useram orão oriam

SOBREPOR Subjuntivo

Pessoas Radical Presente Pretérito Futuro

EU Sobrep onha usesse user

TU Sobrep onhas usesses useres

ELE Sobrep onha usesse user

NÓS Sobrep onhamos uséssemos usermos

VÓS Sobrep onhais usésseis userdes

ELES Sobrep onham usessem userem

Formas Nominais

Radical Infinitivo Gerúndio Particípio

Sobrepo R ndo sto

17- GABARITO: E. Sobre a letra E, mais uma “dobradinha”: pretérito perfeito do indicativo + pretérito imperfeito do subjuntivo. “Sempre houve povos que, por forte convicção, evitaram a guerra, ainda quando fossem provocados.” Na letra A, a forma correta deveria ser: “Os criminosos que tenham ultrajado (pretérito perfeito composto do subjuntivo) a pátria serão forçados (futuro do presente do indicativo) a servi-la pelo tempo que se julgar (futuro do subjuntivo) necessário”. Estas “dobradinhas” (coloco entre aspas, pois normalmente a correlação se dá entre dois verbos) são previstas naquela tabela de correlação verbal.

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Na letra B, a correção: “Os que vierem (futuro do subjuntivo) a ultrajar a pátria deverão (futuro do presente do indicativo) ser submetidos a um castigo que traga (presente do subjuntivo) consigo uma clara lição. Na letra C, a correção (esta é uma “dobradinha” clássica!): “Ninguém seria (futuro do pretérito do indicativo) indiferente a uma vultosa soma que viesse (pretérito imperfeito do subjuntivo) a receber como indenização ao delito que o prejudicou/prejudicara/tenha prejudicado (pretérito perfeito do indicativo/pretérito mais-que-perfeito do indicativo/pretérito perfeito composto do subjuntivo). Na letra D, a correção (igual à letra C): “O próprio criminoso, se mantivesse (pretérito imperfeito do subjuntivo) alguma dose de decência, poderia (futuro do pretérito do indicativo) tirar proveito da lição a que foi (pretérito perfeito do indicativo) submetido”. De coração, correlação verbal é um assunto chatinho, não? Fazer o quê se é quase certa na prova uma questão dessas. FCC – TRT/RO/AC (14R) – ANALISTA JUDICIÁRIO – 2011 18- GABARITO: B. Por que a correlação verbal está adequada? De olho na tabela... Vejamos: “Ele acredita (presente do indicativo) que haverão (futuro do presente do indicativo) de justificar-se todos os meios quando os fins representarem (futuro do subjuntivo) um ganho de alcance coletivo. As correções das outras alternativas: A: “Um fim talvez justificaria (futuro do pretérito do indicativo) os meios caso estes implicassem (pretérito imperfeito do subjuntivo) sacrifícios que não se distribuíssem (pretérito imperfeito do subjuntivo) desigualmente.” C: “Tão logo fossem (pretérito imperfeito do subjuntivo) denunciados os horrores do stalinismo, os comunistas deveriam (futuro do pretérito do indicativo) ter revisto suas antigas convicções.” D: “Será que alguém acreditou (pretérito perfeito do indicativo) que uma sociedade sem classes e sem preconceitos pudesse/podia/poderia (pretérito imperfeito do subjuntivo, pretérito imperfeito do indicativo, futuro do pretérito) ter-se formado num regime autoritário?”

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E: “Se a catequese pudesse (pretérito imperfeito do subjuntivo) propagar a fé religiosa sem recorrer à intimidação, talvez os convertidos teriam (futuro do pretérito) sido mais numerosos.” Esta última “dobradinha”, pelo que você vem percebendo, é clássica. Não a perca de vista! FCC – TRF (1R) – ANALISTA JUDICIÁRIO – 2011 19- GABARITO: C. Veja: “Andei reunindo... em que estas anotações vadias foram feitas (por mim)...” estas anotações vadias: sujeito (vira objeto direto na ativa) foram feitas: locução verbal “ser (pretérito perfeito) + particípio” (vira verbo simples na ativa) (por mim): agente da passiva (vira sujeito na ativa) Passando para a voz ativa temos: ... eu fiz estas anotações vadias... eu: sujeito fiz: verbo simples no pretérito perfeito do indicativo estas anotações vadias: objeto direto da ativa Questão de transposição de vozes é moleza, não? FCC – TRE/AP – ANALISTA JUDICIÁRIO – 2011 20- (ADAPTADA) GABARITO: D. É a letra D, porque o pretérito imperfeito do indicativo é caracterizado por ser um tempo que exprime um passado contínuo, ou uma ação ou estado em desenvolvimento no passado.

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FCC – TRT/RS (4R) – TÉCNICO JUDICIÁRIO – 2011 21- GABARITO: B Na letra B, o uso do verbo “imaginar” no Futuro do Pretérito do Indicativo na primeira oração (“Alguém imaginaria...”) faz com que, na segunda oração, o verbo “alcançar” apareça no Pretérito Imperfeito do Subjuntivo (“...que nosso nível de insegurança alcançasse este patamar.”), mantendo, dessa forma, a perfeita correlação entre os referidos verbos. As demais opções apresentam erro quanto à correlação verbal entre as orações. Na letra A, já que o verbo “imaginar”, na primeira oração (“Ninguém imaginava..”), aparece no Pretérito Imperfeito do Indicativo, o verbo “chegar” deveria ter sido conjugado no Pretérito Imperfeito do Subjuntivo (“Ninguém imaginava que chegasse a esse ponto nosso nível de insegurança.”). Na letra C, como o verbo auxiliar “ser”, na locução verbal “era de se prever”, está conjugado no Pretérito Imperfeito do Indicativo, o verbo “chegar”, na segunda oração (“...que nosso nível de insegurança chegava ao ponto em que está.”), deveria aparecer no Pretérito Imperfeito do Subjuntivo (“Era de se prever que nosso nível de insegurança chegasse ao ponto em que está.”). Na letra D, para que a adequada correlação verbal acontecesse, o verbo “atingir”, na segunda oração (“...que o nível de insegurança não atinge um patamar ainda mais alto.”), deveria ter sido conjugado no Presente do Subjuntivo (“Espera-se que o nível de insegurança não atinge um patamar ainda mais alto.”), visto que, na primeira oração, o verbo “esperar” aparece no Presente do Indicativo (“Espera-se...”). Já na letra E, o verbo “atingir” deveria aparecer no Presente do Indicativo (“Sempre haverá os que julguem aceitável este baixo nível de segurança que atingimos.”), na medida em que o verbo “haver”, na primeira oração (“Sempre haverá...”). 22- GABARITO: D. Não se pode passar para a voz passiva verbo algum que não seja tão somente transitivo direto ou transitivo direto e indireto; alguns gramáticos, colocam como exceção os verbos transitivos indiretos obedecer/desobedecer, assistir e outros; no entanto, o verbo chegar não é colocado entre esses verbos. Ok? Os verbos das demais alternativas são transitivos diretos, logo podem ser passados para a passiva.

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FCC – TRF (1R) – TÉCNICO JUDICIÁRIO – 2011 23 (adaptada)- GABARITO: D. Diz-se que ele morreu em Boston em 1979, data posterior ao tempo em que viveu no Brasil, logo, só poderíamos marcar a letra D. Note que “morreria” é um verbo no futuro do pretérito, ou seja, ele junta as duas ideias temporais, futuro e pretérito. O evento de morrer é futuro em relação à história que está sendo contada no texto. Mas é passado em relação ao momento em que ela foi contada pelo autor. Existe o tempo do discurso (ou seja, do texto) e o tempo físico (ou seja, extratextual). 24- GABARITO: C O valor concessivo observado na primeira oração, caracterizado principalmente pelo uso do conectivo “embora”, faz com que o verbo “saber” seja conjugado no Pretérito Imperfeito do Subjuntivo. Para que a perfeita correlação verbal ocorra, é necessário que o verbo da segunda oração, “depender”, apareça no Futuro do Pretérito do Indicativo e o verbo “ser” revele-se no Pretérito Perfeito do Indicativo. Dessa forma, a estrutura adequada seria “Embora elas soubessem que o acordo dependeria só delas, foram inábeis na argumentação.” FCC – DPE/RS – DEFENSOR PÚBLICO – 2011 25- GABARITO: B. Mera questão de conjugação verbal. É preciso apenas conhecer a conjugação do verbo “haver” (eu pedi para você treinar a conjugação dele naquela lista de verbos recorrentes na FCC, em casa, lembra?); quanto ao verbo “expressar”, ele é conjugado como qualquer outro verbo de 1ª conjugação, ou seja, verbos terminados em –AR, como “amar”. Pretérito perfeito do indicativo: Eu houve, tu houveste, ele houve, nós houvemos, vós houvestes, eles houveram. Eu amei/expressei, tu amaste/expressaste, ele amou/expressou, nós amamos/expressamos, vós amastes/expressastes, eles amaram/expressaram

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FCC – BB – ESCRITURÁRIO – 2011 26- GABARITO: A. Os verbos estão no modo subjuntivo, e, como você já sabe, este modo é o da hipótese. Simples assim. FCC – TRT/MS (24R) – ANALISTA JUDICIÁRIO – 2011 27- GABARITO: A. A letra A está certa porque se respeita a harmonia temporal entre os verbos; aqui vai mais uma “dobradinha” clássica: “As leis de perfeição teriam (futuro do pretérito do indicativo) por objeto mais a bondade do homem que as seguisse (pretérito imperfeito do subjuntivo) do que a da sociedade na qual fossem (pretérito imperfeito do subjuntivo) observadas.” Veja as correções na correlação verbal das demais alternativas: b) As leis de perfeição tinham (pretérito imperfeito do indicativo) por objeto mais a bondade dos homens que as seguissem (pretérito imperfeito do subjuntivo) do que a da sociedade na qual fossem observadas (pretérito imperfeito do subjuntivo). c) As leis de perfeição terão (futuro do presente) por objeto mais a bondade dos homens que as tenham seguido (pretérito perfeito composto do subjuntivo) do que a da sociedade na qual tenham sido observadas (pretérito perfeito composto do subjuntivo (voz passiva; note que temos o verbo “ser + particípio”)). d) As leis de perfeição teriam (futuro do pretérito) por objeto mais a bondade do homem que as seguissem (pretérito imperfeito do subjuntivo) do que a da sociedade na qual tivessem sido observadas (pretérito mais-que-perfeito composto do subjuntivo (voz passiva; note que temos o verbo “ser + particípio”)). e) As leis de perfeição terão tido (futuro do presente composto do indicativo) por objeto mais a bondade do homem que venha (presente do subjuntivo) a segui-las do que a da sociedade na qual sejam (presente do subjuntivo) observadas.

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Eu acho que, depois de ter feito tantas questões sobre este assunto, você já está começando a memorizar, ou até mesmo, perceber as relações entre os verbos, certo? Espero que sim... ☺ FCC – TRE/TO – ANALISTA JUDICIÁRIO – 2011 28- GABARITO: B. A forma de tempo composto do pretérito mais-que-perfeito do indicativo é feita através do verbo ter/haver no pretérito imperfeito + particípio. Ou seja, escolhera = tinha/havia escolhido. Grave os tempos compostos de uma vez por todas: Breve resumo: os tempos compostos da voz ativa são formados pelos verbos “ter/haver + particípio”. No indicativo: • Pretérito perfeito: Temos/havemos casado. • Pretérito mais-que-perfeito: Eu tinha/havia casado. • Futuro do presente: Eu terei/haverei casado. • Futuro do pretérito: Eu teria/haveria casado. No subjuntivo: • Pretérito perfeito: Espero que ele tenha/haja casado. • Pretérito mais-que-perfeito: Se ele tivesse/houvesse casado... • Futuro do subjuntivo: Quando ele tiver/houver casado... Nas formas nominais: • Infinitivo impessoal: Para ele ter/haver casado... • Infinitivo pessoal: Para ele ter/haver casado... • Gerúndio: Tendo/havendo casado... FCC – INFRAERO – ANALISTA DE SISTEMAS – 2011 29- GABARITO: C.

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Ambos os verbos (proclamava e defendia) estão no pretérito imperfeito do indicativo. Veja o quadro de conjugação verbal mais acima. 30- GABARITO: D. Está lembrado que o mesmo tempo e modo verbal na passagem de voz ativa para passiva devem ser mantidos? Então, já que “absorvera” é pretérito mais-que-perfeito do indicativo, adivinha como estará o verbo ser na locução verbal “ser + particípio”? No pretérito mais-que-perfeito do indicativo, ora bolas. Logo, passando para a voz passiva analítica, temos: ... como antes o homem fora absorvido pelo rei. FCC – TRT/RS (4R) – ANALISTA JUDICIÁRIO – 2011 31- GABARITO: B. Respeitando-se as regras de passagem de voz ativa para passiva, temos a seguinte reescritura: O efetivo acesso à Justiça, antes de tudo, tem sido proporcionado às partes pela conciliação... Note que o tempo composto mudou apenas pela colocação do verbo ser (no particípio) + proporcionado, formando uma locução verbal de voz passiva analítica “ser + particípio”. 32- GABARITO: B. Esta questão de duração do tempo verbal tem a ver com algo chamado “aspecto verbal”. Pouco se fala sobre esse assunto, mas ele é digno de nota. Quanto à questão em si, veja o trecho em vermelho:

Aspectos Verbais O aspecto verbal tem a ver com o tempo gasto na duração do processo verbal (início, meio e/ou fim). Só conseguimos perceber o aspecto verbal pela semântica do verbo e pelo contexto.

• Aspecto pontual ou momentâneo: não é apresentada a duração, pois o fato é instantâneo.

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Ex.: Eu estou vendo TV agora, depois a gente se fala.

João, o telefone toca... vem atender!

• Aspecto inceptivo, incoativo: o processo verbal indica que algo está sendo apresentado em seu início.

Ex.: Quando o sinal tocou, os alunos foram saindo de sala.

Meu filho começou a andar.

Amanhece em Copacabana um sol lindo, vivo.

• Aspecto cursivo, durativo: o processo verbal já teve um início e

continuou ou continua, sem conclusão. Ex.: Ele vem ouvindo música desde criança. (!!!) Temos exercitado muito a Língua Portuguesa. Esperamos notícias deles até agora...

Obs.: O pretérito imperfeito (incompleto) do indicativo se encaixa normalmente neste aspecto, pois o processo não tem limites claros e seu prolongamento é impreciso.

• Aspecto cessativo, conclusivo: o processo verbal é apresentado em sua totalidade, com começo, meio e fim.

Ex.: Conseguimos ler o texto todo.

Malhei durante duas horas ontem.

Obs.: O pretérito perfeito (completo) do indicativo se encaixa normalmente neste aspecto, pois o processo é concluso, finalizado.

• Aspecto iterativo, frequentativo, reiterativo: o processo verbal indica uma ideia de repetição, de hábito, costume.

Ex.: Ele me abraça três vezes ao me ver.

Você tem falado muito sobre passar na prova.

• Aspecto permansivo (permanência): o processo verbal já se

concluiu, mas os efeitos permanecem. Ex.: Só aprendi Português no Ensino Médio. Só soube Matemática mesmo na Faculdade, porque antes...

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• Aspecto genérico, universal, atemporal: este processo de

duração verbal trabalha com verdades absolutas ou tomadas como tal, científica, religiosa ou culturalmente

Ex.: Todo número par será divisível por dois. Mulher é bicho difícil de entender. Deus existe! Quem cala consente

Interessante, não? FCC – MPE/SE – ANALISTA – 2010 33- GABARITO: E Diferentemente da opção E, em que todos os verbos aparecem adequadamente correlacionados, (verbos “exaltar” e “habilitar-se” no Presente do Indicativo, verbo “vir” no futuro do subjuntivo), as demais opções apresentam desvios. Na letra A, o erro ocorre com o verbo “ser”, que deveria aparecer no Futuro do Subjuntivo (“...quando já não o forem, em sua fúria.”), haja vista que o verbo da primeira oração (“mover-se”) está conjugado no Futuro do Presente do Indicativo. Na letra B, para que a correlação entre os verbos ficasse correta seria necessário que o verbo “sobrevir” aparecesse no Futuro do Pretérito do Indicativo (“...pudesse compensar as muitas tristezas que sobreviriam.”), uma vez que os verbos da orações anteriores aparecem no Pretérito-mais-que-perfeito do Indicativo (“Experimentáramos a certeza”...) e no Pretérito Imperfeito do Subjuntivo (“...de que aquela grande e única alegria não pudesse compensar as muitas tristezas” – nesse caso, o verbo “poder”). Na letra C, o uso do verbo “classificar” no Futuro do Presente do Indicativo quebra a correlação existente entre os outros verbos da frase. Nesse caso, deveria ter sido conjugado no Presente do Subjuntivo (“e só nos resta esperar que também eles não se classifiquem.”), na medida em que introduz uma oração subordinada substantiva. Já na letra D, o verbo “ser” deveria aparecer no Futuro do Presente do Indicativo, da mesma forma que a estrutura “ter experimentado” deveria

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ser substituída por “experimentar”, já que o verbo “vir”, na primeira oração, está conjugado no Futuro do Subjuntivo. 34- GABARITO: C. As mesmas regras de passagem de voz ativa para passiva se mantêm. Veja: Muitos brasileiros (sujeito) terão experimentado (verbo no tempo composto (futuro do presente)) tal sensação (objeto direto) — voz ativa com verbo no tempo composto Tal sensação (sujeito) terá sido experimentada (tempo composto de voz passiva) por muitos brasileiros (agente da passiva) — voz passiva com verbo no tempo composto 35- GABARITO: C. Sobre a letra A, o certo é “Tínhamos ganhado (ganho está errado!)... que depuseram (já falei sobre o verbo pôr (e derivados))”. Leia esta breve aula sobre verbos abundantes: Possuem duas ou mais formas na mesma parte da conjugação; geralmente isso ocorre no particípio. Ex.: havemos ou hemos, haveis ou heis (haver); construis ou constróis (construir); destruis ou destróis (destruir); comprazi ou comprouve (comprazer-se), etc. Celso Cunha diz que os verbos DIZER, FAZER E TRAZER, na 2.ª pessoa do singular, apresentam no imperativo afirmativo duas formas: dize ou diz, faze ou faz, traze ou traz. Sobre os particípios duplos: As formas regulares (particípio em -ado ou –ido) são empregadas na voz ativa com os verbos auxiliares ter ou haver: Eu havia pagado o banco. O banco havia aceitado o cheque. Já havíamos limpado a casa. Tenho aceitado trabalhos demais este ano. Ainda não tínheis acendido a vela. Ele tinha me salvado uma vez.

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Ela tinha pegado pena perpétua. O padre havia benzido o lugar. Você podia ter imprimido o material antes. As formas irregulares (particípio não terminado em –ado ou –ido) são usadas na voz passiva com os auxiliares ser, estar ou ficar, normalmente; podem variar em gênero e número: Eu sou pago pelo banco. O cheque foi aceito pelo banco. A casa ficou limpa pela empregada. Meus trabalhos foram aceitos pela agência. A vela será acesa pelo coroinha. O homem estava salvo por ele. O ladrão foi pego em flagrante. O fiel era bento pelo padre. Aquele documento enfim ficou impresso. Obs.: Os verbos trazer, chegar, abrir, cobrir, escrever, etc. não são abundantes, logo a única forma no particípio é: trazido, chegado, aberto, coberto, escrito. Pelo amor de Deus! As formas trago e chego não são admitidas no registro culto da língua, segundo os maiores gramáticos. Ele tinha chegado tarde. E não: Ele tinha chego tarde. / O pacote foi trazido na hora certa. E não: O pacote foi trago na hora. O verbo vir tem como particípio vindo, a mesma forma que seu gerúndio, assim como seus derivados: advindo, intervindo, provindo, sobrevindo. Sobre a letra B: (B) O helicóptero alçava o ar pela força dos meus braços, sem que intervisse qualquer tipo de dispositivo eletrônico. A forma “intervisse” não existe, mas sim interviesse (pretérito imperfeito do subjuntivo do verbo intervir (derivado do verbo vir)). Sobre a letra C (aqui está o gabarito!): (C) Seria preciso que eu retivesse o helicóptero em sua caixa, para que ninguém viesse a suspeitar do que lhe ocorrera. Talvez “retivesse” (respectivamente, forma do verbo reter, derivado do verbo ter) causasse certa dificuldade, mas lembra que eu pedi para você conjugar o verbo ‘ter’ naquela listinha de verbos recorrentes na FCC? Quanto à viesse, bastaria você dominar a conjugação do verbo ‘vir’, outro da listinha. Sobre a D:

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(D) Meu irmão refreiou por um momento sua curiosidade, ao passo que eu, como não detesse a curiosidade, passei a abrir os presentes. Refreou é a forma certa (os verbos terminados em –EAR estão naquela listinha que eu pedi para você conjugar!). Detivesse é a forma certa, derivado do verbo ‘ter’. Sobre a E: (E) Meus pais se manteram para todo o sempre à margem do que ocorrera com meu helicóptero e do pequeno ardil que lhes impigira. Mantiveram (derivado do verbo ter, de novo!) é a forma certa. O verbo impingir não é usual, mas faltou a letra N no radical: impingira. 36- GABARITO: E Ao iniciar a frase com um conectivo condicional (“Se”) e conjugar o verbo da primeira oração no Pretérito Imperfeito do Subjuntivo (“girasse”), a correta correlação verbal somente ocorrerá se conjugarmos os verbos “levantar” e “deter” no Futuro do Pretérito do Indicativo, da mesma forma que o verbo “cansar”, no Pretérito Imperfeito do Subjuntivo. FCC – TRE/RS – TÉCNICO JUDICIÁRIO – 2010 37- GABARITO: C. Não há problema algum na letra C: “Na delegacia, não tinha ainda reavido (particípio do verbo “reaver”, um dos que coloquei na listinha) os documentos que perdera, quando entrou o rapaz considerado a testemunha mais importante de famoso crime.” Na letra A: “Os tabeliões (‘tabeliães’ é o plural correto, por convenção) reúnem-se sempre às quinta-feiras (‘quintas-feiras’ é a forma correta porque numeral e substantivo variam quando formam um substantivo composto). Na letra B: “Nos últimos botas-foras (verbo + advérbio não variam, logo o certo é ‘os bota-fora’), houve grande confusão, pois a agência de turismo não reteu

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(‘reteve’ é a forma certa, derivado do verbo ter) os que não possuíam ingresso.” Na letra D (a FCC adora o verbo ter e derivados!): “Se não se conterem (‘contiverem’ é a forma certa do verbo conter, derivado do verbo ter, no futuro do subjuntivo) roubos de obras-primas, gerações futuras serão privadas de grandes realizações do espírito humano.” Na letra E: “Os lusos-africanos (substantivo composto indicando origem, nacionalidade só varia o último elemento; deveria ser ‘luso-africanos’) ostentavam no braço fitinhas verde-amarela (‘verde-amarelas’ é a forma certa, pois a regra geral de adjetivo composto diz que só varia o último elemento).” FCC – TRT/MS (24R) – AUXILIAR JUDICIÁRIO - 2006 38- GABARITO: B. Quando o substantivo composto for formado por substantivo + preposição + substantivo, só o primeiro elemento varia, logo “quedas d’água” é a forma certa. Já quando um substantivo composto é formado por um substantivo + um adjetivo, ambos variam, logo “cartões-postais”. Foi? FCC – TRT (24R) – TÉCNICO JUDICIÁRIO – 2006 39- GABARITO: E. Substantivos compostos formados por substantivos e adjetivos em sua formação variam normalmente, logo “micos-leões-dourados e ararinhas-azuis” são formas certas. Cuidado com substantivos compostos formados por substantivo + substantivo, em que o segundo especifica o primeiro (pombo-correio, papel-moeda). Diz a regra tradicional que só o primeiro varia, ou seja pombos-correio e papéis-moeda. O segundo elemento também pode variar segundo alguns gramáticos (papéis-moedas). Ok? FCC – TRT (5R) – AUXILIAR JUDICIÁRIO – 2003

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40- GABARITO: C. O plural de meia-tigela (numeral + substantivo) é meias-tigelas. E o plural de vale-refeição (substantivo + substantivo) é vales-refeição/vales-refeições. FCC – TRT (20R) – TÉCNICO JUDICIÁRIO – 2002 41- GABARITO: C. O plural de ‘salva-vidas’ é ‘os salva-vidas’, pois verbo não varia quando forma um substantivo composto e vidas já está pluralizado, logo o plural é feito só pelo determinante (artigo, por exemplo). É isso aí! FCC – TRE/SP – ANALISTA JUDICIÁRIO – 2012 42- GABARITO: D. Para haver correlação verbal adequada, o trecho deveria ser reescrito assim: “Depois de se haver debatido por três dias na areia da praia a jubarte acabou sendo salva por uma traineira que veio socorrê-la”. “Acabara” indica uma ação passada terminada antes de outra ação passada, o que, no contexto, é inadequado, porque a baleia foi salva depois de ficar na praia 3 dias, e não antes. FCC – TRE/SP – TÉCNICO JUDICIÁRIO – 2012 43- GABARITO: E. Tanto “aliaram” quanto “conheceu” estão no pretérito perfeito do indicativo, pois as terminações -ram e -u marcam não só o número e a pessoa mas também o modo e o tempo. São desinências cumulativas, que indicam o modo, o tempo, o número e a pessoa da forma verbal. Para acertar uma questão desta, é preciso treinar conjugação verbal, hein! FCC – TRF/2R – ANALISTA JUDICIÁRIO (ADM) – 2012 44-

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GABARITO: D. Antes de mais nada, dê graças a Deus de a FCC sempre colocar os mesmos verbos em questões de flexão verbal. Vejamos a reescrita de uma por uma: (A) A revalorização e a nova proeminência de Paraty não prescindiram e não requereram mais do que o esquecimento e a passagem do tempo. (B) Quando se imaginou que Paraty havia sido para sempre relegada a um segundo plano, eis que ela emerge do esquecimento, em 1974. (C) A cada novo ciclo econômico ratificava-se a importância estratégica de Paraty, até que, a partir de 1855, sobrevieram longos anos de esquecimento. (D) A Casa Azul envidará todos os esforços, refreando as ações predatórias, para que a cidade não sucumba aos atropelos do turismo selvagem. (E) Paraty imbuiu da sorte e do destino os meios para que obtivesse, agora em definitivo, o prestígio de um polo turístico de inegável valor histórico.

FCC – TCE/SP – AUXILIAR DE FISCALIZAÇÃO FINANCEIRA – 2012 45- GABARITO: B. Tanto “sejam” como “venha” estão no presente do subjuntivo. Uma forma de perceber isso é que, normalmente, tais verbos vêm antecipados de locuções conjuntivas ou conjunções subordinativas adverbiais: para que e ainda que, respectivamente. Este é um bizu sagaz! FCC – TRE/PR – ANALISTA JUDICIÁRIO – 2012 46- GABARITO: E.

A forma verbal “teriam” constitui forma de futuro do pretérito do indicativo, e não presente. Usa-se futuro do pretérito do indicativo para atenuar uma ordem no lugar de verbo no imperativo: “Você pegaria aquela bola para mim, por favor?” em vez de “Pega aquela bola para mim, por favor?” (esta segunda forma de dizer o mesmo é mais incisiva, percebe?). FCC – PREFEITURA MUNICIPAL/SP – AUDITOR-FISCAL TRIBUTÁRIO MUNICIPAL I (GESTÃO TRIBUTÁRIA ) – 2012

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47- GABARITO: E. Vejamos uma por uma: (A) A ideia de ação em processo não é exclusiva da forma Continuamos, pois o verbo no gerúndio (repetindo) indica o mesmo. (B) A locução verbal foi redigida indica fato passado concluído. (C) A expressão a realizar-se em Salvador diz respeito à III Conferência de Cúpula da região. (D) Não é um fato possível, mas meramente hipotético. (E) De fato há ideia de futuro e desejo na expressão hão de alimentar, como, por exemplo: “O Brasil há de ganhar a Copa de 2014!”. FCC – TRE/PR – ANALISTA JUDICIÁRIO (ADM) - 2012 48- GABARITO: E. A forma verbal publicava está no pretérito imperfeito, logo o verbo auxiliar da locução verbal de voz passiva analítica (ser + particípio) ficará no pretérito imperfeito do indicativo também. Por isso, a frase transposta para a voz passiva é esta: Há 40 anos, a mais célebre crítica de cinema dos Estados Unidos, Pauline Kael (1919-2001), era publicado seu artigo mais famoso. ---------------------------------------------------------------------------------- Ufa! Hoje foi intenso, não?! Espero que você tenha entendido a importância sobre o estudo dos verbos para que nenhuma questão na FCC o surpreenda. Felicidades! Pestana [email protected] ou [email protected]