Auditoria e Sistema de Gestão Ambiental Contribuições aos Meios de

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Auditoria e Sistema de Gestão Ambiental: Contribuições aos Meios de Hospedagem Fernanda Tereza Pereira Cruz (UFPB) [email protected] Anderson Alves dos Santos (UFPB) [email protected] Resumo: A hotelaria na atividade turística evidencia-se como uma importante atividade econômica que movimenta considerável investimento financeiro e absorve expressiva mão-de-obra. Uma atividade que como outras, produz com o seu desenvolvimento impactos ao meio ambiente. Este trabalho destaca a importância do Sistema de Gestão Ambiental (SGA) em hotéis, pela necessidade de estarem em conformidades com as leis ambientais e preservarem o meio ambiente, que contemporaneamente vislumbra-se como importante produto turístico. Desse modo, frisa-se que o SGA também serve como produto competitivo para o mercado atual, que se estabelece diante de uma sociedade que vem mudando seus conceitos e criando uma verdadeira consciência ambiental. Além do mais, elucida-se a importância da auditoria ambiental como fundamental componente no SGA, servindo como avaliadora de planejamentos e execução do sistema, portanto, evitando, falhas e desvios no objetivo do programa de gestão ambiental da rede hoteleira auditada e, desse modo, otimizando o SGA nos meios de hospedagem. Palavras chave: Auditoria Ambiental, Gestão Ambiental, Hotelaria, Meio Ambiente. 1. Introdução O turismo é um dos setores econômicos que vem crescendo rapidamente e ganhando importância diante do cenário econômico, desenvolvendo regiões e gerando renda para a população local, seja de forma direta ou indireta. Mas para que o sistema turístico possa se desenvolver é preciso que ele interaja com o meio, ou seja, tanto com os empreendimentos econômicos - como os hotéis, restaurantes, parques -, como a natureza que na maioria das vezes é o principal produto que o turismo pode oferecer aos seus clientes. No entanto, o que se está observando é o mau uso desses recursos

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Resumo: Palavras chave: Auditoria Ambiental, Gestão Ambiental, Hotelaria, Meio Ambiente. Anderson Alves dos Santos (UFPB) [email protected] Fernanda Tereza Pereira Cruz (UFPB) [email protected] 2. Origem do Turismo e da Hotelaria e seus impactos na sociedade

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Auditoria e Sistema de Gestão Ambiental: Contribuições aos Meios de

Hospedagem

Fernanda Tereza Pereira Cruz (UFPB) [email protected]

Anderson Alves dos Santos (UFPB) [email protected]

Resumo:

A hotelaria na atividade turística evidencia-se como uma importante atividade econômica que

movimenta considerável investimento financeiro e absorve expressiva mão-de-obra. Uma atividade

que como outras, produz com o seu desenvolvimento impactos ao meio ambiente. Este trabalho

destaca a importância do Sistema de Gestão Ambiental (SGA) em hotéis, pela necessidade de estarem

em conformidades com as leis ambientais e preservarem o meio ambiente, que contemporaneamente

vislumbra-se como importante produto turístico. Desse modo, frisa-se que o SGA também serve como

produto competitivo para o mercado atual, que se estabelece diante de uma sociedade que vem

mudando seus conceitos e criando uma verdadeira consciência ambiental. Além do mais, elucida-se a

importância da auditoria ambiental como fundamental componente no SGA, servindo como avaliadora

de planejamentos e execução do sistema, portanto, evitando, falhas e desvios no objetivo do programa

de gestão ambiental da rede hoteleira auditada e, desse modo, otimizando o SGA nos meios de

hospedagem.

Palavras chave: Auditoria Ambiental, Gestão Ambiental, Hotelaria, Meio Ambiente.

1. Introdução

O turismo é um dos setores econômicos que vem crescendo rapidamente e ganhando

importância diante do cenário econômico, desenvolvendo regiões e gerando renda para a

população local, seja de forma direta ou indireta. Mas para que o sistema turístico possa se

desenvolver é preciso que ele interaja com o meio, ou seja, tanto com os empreendimentos

econômicos - como os hotéis, restaurantes, parques -, como a natureza que na

maioria das vezes é o principal produto que o turismo pode oferecer aos seus

clientes. No entanto, o que se está observando é o mau uso desses recursos

naturais pelo próprio sistema e os meios que o compõe, transformando e degradando

drasticamente a natureza de uma forma tão rápida que sua regeneração vem se tornando

impossível.

Os hotéis, como um dos empreendimentos mais importantes para a realização do

turismo, também utilizam-se da natureza, tanto no desperdício de recursos naturais dentro do

próprio hotel, como induzindo e atraindo turistas para a visitação dos produtos turísticos,

podendo assim ultrapassar a capacidade carga da região, gerando problemas muito maiores

tanto para a natureza como para a população local.

Diante da proporção que esses problemas ambientais vêm tomando, surge um sistema

que tenta minimizar os problemas ambientais causados pelos hotéis e maximizar a eficiência

de sua gestão diante do mercado. O Sistema de Gestão Ambiental (SGA) que propõe um

planejamento de medidas sócio ambientais a serem implantadas nos hotéis, onde os mesmos

passarão por avaliações periódicas para que, se preciso, haja uma readaptação do sistema,

tendo o intuito de que o próprio sistema não traga efeito controverso, nem sirva somente de

propaganda enganosa para os consumidores. A partir daí dar-se da importância da auditoria

ambiental, servindo de ferramenta para a avaliação e monitoramento do Sistema de Gestão

Ambiental dentro dos hotéis, possibilitando a descoberta de possíveis erros tanto em sua

implantação, quanto em sua execução, fazendo com que sempre haja uma readaptação do

modelo de SGA, para melhor eficácia nos empreendimentos hoteleiros como também para um

menor desgaste do meio ambiente.

Nessa perspectiva, o presente artigo busca discutir algumas características do Sistema

de Gestão Ambiental no setor hoteleiro e como a auditoria pode contribuir para a eficácia do

mesmo dentro dos hotéis, consequentemente estimulando a melhorias ao meio ambiente e ao

sistema turístico como um todo. Abordando assuntos como o sistema turístico e mais

especificamente o setor hoteleiro, a mudança de comportamento dos consumidores como

também das empresas, a criação de conceitos de qualidade para satisfazer os desejos e

necessidades dos clientes, a auditoria ambiental, sua importância e como a auditoria pode

melhorar o SGA dos hotéis.

2. Origem do Turismo e da Hotelaria e seus impactos na sociedade

O turismo é mais antigo que sua própria expressão. As primeiras viagens promovidas

registradas foram com destino aos jogos Olímpicos na Grécia antiga em 776 a.C., nesta

mesma época, outros destinos para viagens foram muito procurados com a descoberta das

águas minerais, as quais se acreditavam serem curativas, então as pessoas se deslocavam de

seus locais de origens para buscar tratamento em regiões que possuíssem essas fontes.

As pessoas promoviam o turismo mesmo sem saberem que estavam

praticando-o. O turismo, ou simplesmente, as viajem, como eram chamados

na época, começaram a se intensificar a partir do aumentado das facilidades que alguns povos

produziram. Como a invenção da moeda pelos fenícios e a construíram estradas pelos

romanos, que tornava as viagens mais interessantes.

Oliveira (2005, p.36) define turismo como: Dá-se o nome de turismo à atividade humana que é capaz de produzir resultados de

caráter econômico financeiro, político, cultural, produzidos em uma localidade,

decorrentes do relacionamento entre os visitados durante a presença temporária de

pessoas que se deslocam de seu local habitual de residência para outro, de forma

espontânea e sem fins lucrativos.

Atividade esta que engloba vários segmentos econômicos direta ou indiretamente e

que movimenta consideravelmente a economia de uma região onde se pratica o turismo,

podendo até, gerar uma dependência de certas regiões ao turismo, transformando-se no único

meio de sobrevivência da localidade.

Um dos segmentos que se beneficia do sistema turístico é o setor hoteleiro que é uma

das bases de apoio para a realização do turismo em qualquer região, e também auxilia no

desenvolvimento econômico e financeiro da região turística, mas nem sempre o turismo foi

enquadrado no setor econômico.

Os hotéis surgiram através da necessidade dos viajantes que faziam comércio entre as

cidades terem um local para dormir e descansar, então esses comerciantes procuravam locais

para se abrigarem. Naquela época era muito comum, casa de famílias, donos de castelos e até

mesmo os Mosteiros servirem de hospedagem, para os viajantes, pois “hospedar, naquela

época, era uma virtude espiritual e moral” (ALMEIDA, 2007, p.8). A hospedagem como

atividade financeira só veio a surgir com a Revolução Industrial e o desenvolvimento do

capitalismo.

Após a Segunda Guerra Mundial, nos países desenvolvidos, houve um grande

crescimento econômico, que consequentemente fez com que a renda da população aumentasse

e que por sua fez aumentou o número de viajantes, estimulando cada vez mais o turismo.

Outro fator que também impulsionou o desenvolvimento da atividade turística e o

crescimento das redes hoteleiras foi à diminuição da jornada de trabalho dos trabalhadores, os

quais passaram a possuir tempo livre para gasta-lo como quisesse, mas a partir desse

momento criou-se a necessidade de preencher esse tempo livre com atividades que se

diferenciassem do cotidiano de cada trabalhador. E a junção da maior renda econômica da

população por causa do desenvolvimento econômico, com o aumento do tempo livre

oferecido aos trabalhadores, fez com que o turismo se desenvolvesse continuamente a medida

que as pessoas sentiam necessidade de preencher seu tempo livre e tinham condições de pagar

por esse serviço.

Depois dessas vantagens descobertas pelo turismo, o turismo se desenvolveu e vem se

desenvolvendo intensamente, no entanto é importante salientar que o esse aumento de turistas

nas regiões onde possuem potencias turísticos podem causar diversos

impactos para a região onde ele está sendo produzido.

São vários os impactos causados pelo setor, podendo ser positivos como também

negativos, sendo eles de caráter econômico, sócio cultural e ambiental. Dentre os impactos

positivos pode destacar-se o estimulo do mercado local que conseqüentemente acarreta

diversas vantagens para a população local de onde o turismo se desenvolve, como a qualidade

de vida dos mesmos, devido ao aumento da distribuição de renda e o aumento de empregos

diretos e indiretos, gerando um ciclo de consumo aumentando a receita do município; o

intercâmbio sócio-cultural entre os turistas e a comunidade local; a criação de áreas,

programas e entidades governamentais e não governamentais de proteção da fauna e flora; e o

crescimento da consciência dos valores ambientais também pode ser considerado vantagens.

Em contrapartida, existem os impactos negativos que podem provocar sérios danos em

longo prazo não só para a comunidade local, mas também sociedade em geral.

Os impactos negativos ambientais são atualmente os mais evidenciados, por estarem

causando modificações drásticas e prejuízos excessivos ao meio ambiente. Dentre os impactos

ambientais negativos provocados pelo sistema turístico e o setor hoteleiro podem ser citados,

a poluição sonora; o lixo e resíduos sólidos descartados nas regiões turísticas; a degradação de

ecossistemas frágeis; a perda da biodiversidade local; a compactação dos solos resultantes do

pisoteamento; a perda da cobertura vegetal e do solo; o aceleramento de processos erosivos; a

fuga da fauna nativa, entre outros.

São esses impactos e suas conseqüências que estão sendo discutidos atualmente por

toda a sociedade e como os mesmos podem ser minimizados.

3. A criação da consciência ambiental por parte da sociedade e organizações

Desde os primórdios houve a consciência que os recursos naturais eram infinitos, que

a sociedade poderia utiliza-se desses potenciais como bem entendesse e eles nunca se

esgotariam, mas com a crise ambiental que vem ocorrendo nas últimas décadas essa forma de

pensamento vem se modificando, mesmo que de forma lenta. Desse modo a sociedade vem

criando a consciência de que o meio ambiente possui limitações e leva muito tempo para se

recuperar de degradações causadas por basicamente três motivos, o alto grau de crescimento

populacional comparado aos limitados recursos existentes no planeta; o sistema econômico,

que usufrui dos recursos naturais para o seu desenvolvimento lucrativo sem o devido cuidado

e manutenção do meio e finalmente, pelo acelerado avanço da tecnologia que cada vez mais

necessita dos recursos naturais para o seu desenvolvimento, o que acaba afetando

sensivelmente as condições do meio ambiente.

Essa busca pelo desenvolvimento desenfreado sem tomar medidas preventivas em

relação ao meio ambiente vem causando sérios problemas ambientais que está afetando

diretamente a sociedade como um todo, só não mais as empresas em si.

Com a observação de todos impactos negativos ocorridos ao longo do

tempo ao meio ambiente, houve uma modificação na forma de agir da

sociedade como um todo. A população ficou mais informada e preocupada com as questões

ambientais, criando uma consciência ambientalista, enquanto as empresas começaram a se

vêm na obrigação de também criar uma consciência ambiental, para melhorar sua imagem

perante a sociedade, como também para entrar em conformidade com os regulamentos

ambientais, evitando prejuízos futuros as mesmas.

As inovações tecnologia da sociedade moderna vêm possibilitando maior

acessibilidade a informações sobre acontecimentos ocorridos em todo o mundo, o que acaba

criando pessoas mais informadas, conscientes e exigentes, seja por seus direitos ou desejos.

Empresas visionarias, que percebem essas mudanças na sociedade e em seus clientes

procuram se adaptar a esse novo perfil do consumidor, para poder exercer um poder

competitivo maior em relação aos seus concorrentes, como afirma Gonçalves (2004, p. 17-

18):

As empresas mais rápidas em captar e agir a partir desses sinais tendem a ter uma

grande vantagem competitiva em relação aos seus concorrentes, que somente

reagem quando as mudanças na sociedade se tornam perceptíveis na forma de novos

comportamentos de consumo. [...] Atualmente, devido ao crescente aumento da

conscientização ambiental, as empresas vêm despertando para a necessidade de

processos sustentáveis, objetivando uma adaptação à nova cultura social baseada na

ética ambiental.

É o que vem acontecendo em relação ao novo conceito de utilização do meio

ambiente, as empresas estão procurando exercer uma nova postura diante dos assuntos

ambientais, buscando implantar em seu meio de produção ações responsáveis que minimizem

os impactos causados a natureza. A implantação de programas de gestão ambiental é uma das

ferramentas tidas como mais eficientes nesses casos de reestruturação da postura ambiental.

4. Sistema de Qualidade Total

Com a globalização e a facilidade de comercio entre os países, surgiram e se

aperfeiçoaram novos mercados, e com a facilidade da instalação de empresas internacionais

em outros países, aumentou a concorrência pela venda de mesmos produtos, que em algumas

vezes eram melhores ou tinham mais famas que outros. A partir dessa mudança comercial,

houve um acirramento na concorrência de produtos ou serviços iguais, oferecidos por

empresas diferentes, as quais queriam vender a qualquer custo seus bens, então nasceu à

necessidade das empresas em oferecer algum diferencial aos seus clientes que não fosse

somente o preço, sendo isto algo que qualquer empresa pode oferecer, mas um diferencial

para satisfazer a preferência do consumidor. Assim as empresas começaram a investir na

qualidade de seus produtos e serviços e no que eles poderiam oferecem de diferente e

prazeroso para seus clientes.

A partir da importância de acirrar a concorrência e das empresas venderem seus

produtos surgiram alguns princípios que agregavam a qualidade como fator principal da

produção. Essa preocupação em oferecer qualidade, evitando desperdício começou a ser

discutida desde 1915, não sendo um assunto da atualidade. Começou quando Henry Ford

propôs criar uma produção em massa. Ao começarem a produzir em grande volume Ford

percebeu a necessidade de uma maior e melhor intercambialidade entre as peças e uma maior

qualificação da mão de obra, o que se tornara um fato novo para época. Como conceito da

época, pensava-se que a qualidade vinha da semelhança em que as peças eram produzidas, se

fossem iguais, a qualidade estaria garantida, o significava isenção de erros no produto final.

Por muito tempo pensou-se dessa forma, mas com a aplicação nas empresas, percebeu-

se um alto índice de estresse por parte dos funcionários devido aos movimentos repetitivos no

processo de produção, o que acarretava a diminuição da qualidade do produto final.

Com a publicação da obra Economic Control of Quality of Manufactured Product, de

W. A. Shewhard que dizia que as variações entre mesmas peças sempre iriam existir e que era

improvável que fossem fabricadas precisamente, começou-se a dar importância não só ao

produto final, mas também a todo o processo de produção do mesmo.

Incorporando essa nova visão de que é preciso avaliar e controlar não só o produto

final, mas também abranger todos os processos que o compõe, tanto o operacional como o

gerencial, havendo uma interligação entre eles para que possa de fato criar um produto de

qualidade, surge o Controle de Qualidade Total (Total Quality Control – TQC), que busca

justamente a

preocupação da excelência em todas as fases do processo, seja este destinado ou não

a fabricação á fabricação de produto. Insere também a perspectiva dos clientes, dos

empregados, dos acionistas e da comunidade como agentes de interação.

(GONÇALVES, 2004, p.51)

Nos dias atuais com tantas mudanças de conceitos e perspectivas, surge também o

conceito de qualidade ambiental que visa desenvolver as organizações aumentando seu

potencial competitivo, minimizando os impactos causados ao meio ambiente, como afirma

Gonçalves (2004, p.48):

[...] a respeito da mudança no perfil da sociedade moderna e dos principais fatores

que impactam as estratégias da empresa, cabe ressaltar que estas necessitam buscar

vantagens competitivas em fatores diferentes dos recursos até então utilizados, como

preço, entrega, design, etc. Umas das alternativas que atendem aos atuais padrões de

exigência da nova economia é a vantagem competitiva baseada na variável

ambiental, que pode ser adequada por meio de inserção da preocupação com a

qualidade nos processos empresariais.

Corroborando com essa mesma concepção La Rovere (2001, p.4) menciona que

Paralelamente aos novos conceitos e teorias de gestão empresarial, como a teoria de

qualidade total e a certificação de empresas em sistemas de qualidade, surgiu a idéia

de gestão ou gerenciamento ambiental de uma organização.Seja pelo aumento da

pressão do mercado, como pela consciência do setor produtivo de sua

responsabilidade pela preservação e proteção ao meio ambiente, saúde e segurança

do homem, as estratégias empresariais começaram a incorporar esse conceito de

gestão ambiental.

Esse novo conceito de qualidade ambiental veio a criar uma extensão do TQC o qual

é denominado de Gerenciamento Ambiental de Qualidade Total (Total Quality Environmental

Management – TQEM) e vem sendo visto por muitas empresas como o diferencial da

atualidade, pois além de satisfazer as exigências de consumidores conscientes, causa boa

imagem perante outras empresas, a sociedade e o governo, evitando problemas de não-

conformidade legal e causando considerável vantagem competitiva, superando o desafio atual

de conciliar a competitividade com a conservação ambiental.

5. Auditoria Ambiental

Até o século XX não havia grandes preocupações por parte das empresas, com as

questões ambientais e com o que poluição gerada por elas mesmas em seu processo de

produção poderiam causar a sociedade. A questão ambiental não se encontrava nos pontos

primordiais das empresas naquela época. Já existiam leis em diversos países sobre a questão

ambiental nas organizações, mas não se tratava de leis rigorosas nem tão pouco, possuíam

grandes fiscalizações por parte do governo. As empresas assumiam uma postura reativa, só

procuravam solucionar o problema quando ele já havia ocorrido, naquela época não se

pensava em ações preventivas e corretivas das organizações em relação ao meio ambiente.

No entanto, estimuladas pela evolução das legislações a respeito do controle ambiental

e acidentes causadores de grandes desgastes ambientais, as empresas, a partir da década de 60,

começaram a desenvolver tecnologias para o tratamento dos poluentes emitidos na atmosfera,

porém, apesar de causarem grande sucesso para a época essas tecnologias hoje são

conceituadas como tecnologias de fim de tubo, pois estas só se preocupavam com a

eliminação dos poluentes depois que eles eram produzidos, diferente do pensamento atual,

que visa prevenir e minimizar a geração de poluentes no momento em que o processo ocorre.

Mas, mesmo com essas novas tecnologias, acidentes não foram evitados,

principalmente em indústrias químicas, petroquímicas e de energia, que na década de 70

causaram acidentes ambientais de grande proporção. A indústria química Allied Chemical

Corporation foi uma das primeiras a implementar a Auditoria Ambiental, com

o objetivo de verificar se os requisitos legais estavam sendo cumpridos. Então

muitas outras empresas começaram a utilizar essa ferramenta devido às pressões das agencias

reguladoras, ao crescente rigor das legislações ambientais e também pelos movimentos

ambientalistas.

A procura por auditorias ambientais começaram a se intensificar, como também o

desenvolvimento de políticas ambientais de preservação por parte das empresas, não só por

vontade própria em evitar acidentes ambientais e com seus funcionários, mas também pelas

pressões sociais com o decorrer nas notícias dirigidas a sociedade sobre os acidentes sócio-

ambientais, como explica Philippi Jr. e Aguiar (2004, p. 807), quando fala que:

No fim da década de 1980, impulsionadas pelos problemas causados por acidentes,

pelos crescentes custos do controle da poluição e pelo aumento das pressões sociais

com os movimentos ambientalistas, muitas empresas internacionais iniciaram

programas de prevenção. Começaram a ser difundidos conceitos como tecnologias

limpas e segurança inerente, que detonavam preocupação com as características

ambientais e de segurança dos processos. O programa de Atuação responsável das

indústrias químicas foi um dos processos dessa evolução do pensamento industrial

sobre o meio ambiente.

Nessa época, logo quando surgiu à necessidade de sua implantação, a auditoria

ambiental era utilizada apenas como avaliadora da atividade produtiva, observando-a para

mostrar se a mesma possuía riscos potenciais de acidentes. Mas essas avaliações passaram a

ser rotineiras, o que fez com que a Auditoria evoluísse de uma simples avaliação para o

monitoramento contínuo de todo o processo produtivo e gerencial, servindo com

influenciadora em todos os procedimentos adotados pela empresa. Com sua evolução, a

auditoria passou a possibilitar a visualização de todo o sistema produtivo, bem como os erros

e pontos fracos a serem melhorados pela empresa. Passou a não mais se preocupar em

concertar o erro quando ele já tinha ocorrido, mas em prevenir para que o erro não ocorresse.

Sendo esta visão destacada por La Rovere (2001, p.8):

Com a Auditoria Ambiental passa a ser possível a identificar os pontos “fracos”,

aqueles passíveis de falhas frequentes, e pontos “fortes”, nos quais não se registram

problemas na maioria das análises. A aplicação sistemática e periódica desse

instrumento de verificação possibilita uma análise estatística das ocorrências de

falhas mais frequentes.

É importante observar que a auditoria é um processo independente, nos quais iram ser

identificadas a conformidade ou a não-conformidade para com o objeto da auditagem, onde os

auditores possuem independência em relação à unidade que será auditada. Depois de

finalizada a auditoria, os auditores irão explanar primeiramente as falhas e erros e logo após

os eventuais pontos positivos do sistema, também é importante salientar que o auditor não

possui papel de propor soluções para as não- conformidades da empresa, ele apenas avalia e

identifica, cabe ao cliente criar alternativas para solucionar os problemas e

melhorar o sistema.

5.1 Classificação da Auditoria Ambiental

A auditoria pode ser classificada de acordo com o seu objetivo, sendo as mais aplicadas:

a) Auditoria de conformidade legal: Que avalia a conformidade da empresa auditada com

a legislação e regulamentos;

b) Auditoria de certificação: Que avalia a conformidade da empresas com os critérios

proposto pelo órgão que a empresa pretende se certificar;

c) Auditoria de desempenho ambiental: Que avalia se a empresa está em conformidade

com a legislação ambiental, bem como os indicadores de desempenho ambiental;

d) Auditoria de Sistema de Gestão Ambiental: Que avalia se os princípios propostos pelo

Sistema de gestão Ambiental estão sendo cumpridos pela empresa, como também a

eficácia do sistema;

e) Auditoria pontual: Procura melhorar a eficiência do processo produtivo minimizando a

geração de resíduos, o desperdício de energia e outros insumos.

f) Auditoria de responsabilidade: Avalia a responsabilidade que a empresa tem com o

meio ambiente. (LA ROVERE, 2001).

5.2 As vantagens e desvantagens da Auditoria Ambiental

“Assim como a auditoria contábil é ferramenta básica para a indicação da saúde

financeira de uma empresa, a auditoria ambiental tem se tornado ferramenta básica na

avaliação da saúde ambiental da empresa.” (LA ROVERE, 2001, p. 15)

São inúmeras as vantagens oferecidas por uma auditoria ambiental, dentre elas podem-

se destacar, a melhor imagem da empresa causada a comunidade e ao setor público a partir do

momento que assume compromisso com o meio ambiente; avaliação e controle permanente,

evitando imprevistos organizacionais e com o próprio governo; diminuição dos resíduos

sólidos e líquidos gerados pela empresa, criando em longo prazo uma vantagem lucrativa para

a empresa; estímulo ao processo de conscientização ambiental dos funcionários e de forma

indireta dos clientes; entre outras.

No entanto, podem haver algumas desvantagens na aplicação da auditoria ambiental,

como a necessidade de custos adicionais para a sua aplicação; a possibilidade de custos

inesperados para atender as não-conformidades identificadas pela auditoria; com também, se a

auditoria for conduzida má forma pode ocorrer erros na avaliação causando falsa segurança

ambiental por parte da empresa.

Mas essas desvantagens podem ser minimizadas com uma análise e planejamento

prévio da empresa, antes de implantar um programa de auditoria ambiental. Podendo destacar

também, que as vantagens da auditoria ambiental superam suas desvantagens, que

consequentemente podem ser revertidas se houver uma preparação para a implantação da

auditoria.

6. Sistema de Gestão Ambiental e a Auditoria nos Meios de Hospedagem

Dando ênfase a área de estudo a ser discutida, outra perspectiva deve ser salientada,

pois o turismo e os meios de hospedagem que também fazem parte desse sistema e utiliza-se,

na maioria das vezes, da natureza como potencial para a sua realização, onde seria lógico

concluir que priorizar a sua conservação deveria ser requisito primordial para o seu

desenvolvimento. Turistas ao viajarem procuram algo fora do seu cotidiano, algo que os

deslumbre por sua beleza ou história, e visitar uma floresta ou praia degradada e poluída não é

algo que o fascina, logo, locais que se encontram em situações como estas estão sujeitos a

perder seus turistas potenciais, motivados pela má preservação e apresentação do potencial

turístico. Deve ser de grande interesse do sistema turístico planejar e investir na preservação

do meio ambiente, com também dos meios de hospedagem procurando minimizar os impactos

internos e externos que causam ao meio ambiente, já que a hotelaria também é afetada com a

má preservação dos produtos turísticos, podendo perder seus hospedes pelo baixo fluxo de

turistas em lugares onde a falta de cuidado e a poluição prevalecem.

Em contrapartida, o sistema turístico é um dos sistemas mais afetados com a crise

ambiental. Ele é um sistema aberto, precisa da colaboração do meio que o rodeia, ou seja, não

é auto-suficiente (MOLINA, 2001). Para que o sistema turístico produza qualitativamente, é

preciso que os meios se interajam perfeitamente, então se uma empresa despeja seus resíduos

no mar, rio ou lago próximo a um espaço turístico, certamente afetará o turismo. Como cita

Ferreira apud Gonçalves (2004, p.16):

[...] a indústria do turismo, em geral, e o setor da hotelaria, em particular, têm a

obrigação e a responsabilidade de fazer da ética ambiental parte integrante de suas

metas gerenciais, já que dependem estritamente da “saúde” do meio ambiente para o

sucesso de seus negócios.

Então para uma empresa que trabalha nessa área, não significa apenas uma vantagem

competitiva, mas também uma necessidade para a sua sobrevivência e de adaptação a nova

sociedade moderna.

Atualmente um dos meios mais usados pelas empresas para alcançar um

desenvolvimento ambiental responsável e sucesso em seus negócios é a implantação de um

Sistema de Gestão Ambiental (SGA), que segundo a Norma 14001 apud GONÇALVES

(2004, p.59) SGA é definido como

A parte do sistema de gestão global que inclui estrutura organizacional, atividades

de planejamento, responsabilidade, práticas, procedimentos, processos e recursos

para desenvolver, implementar, atingir, analisar criticamente e manter a política

ambiental.

São estratégias relacionadas ao meio ambiente, implantadas pela empresa na busca

pelo desenvolvimento da sustentabilidade ambiental da organização, fazendo com que seu

planejamento, análise e a ação, tragam os objetivos esperados pela empresa e beneficie

consigo o meio ambiente.

A implementação de um Sistema de Gestão Ambiental constitui a estratégia para

que o empresário, em um processo de melhoria contínua, identifique oportunidades

de melhorias que reduzam os impactos das atividades da empresa sobre o meio

ambiente, melhorando, simultaneamente, sua situação no mercado e suas

possibilidades de sucesso. (LA ROVERE, 2001, p.8)

Apesar do setor hoteleiro não estar na linha de frente das preocupações ambientais, por

não causar grandes problemas de poluição, nem consumir grandes quantidades de recursos

não renováveis, o setor pode causar impactos se todos os estabelecimentos forem somados,

desenvolvendo um relativo potencial danoso ao meio ambiente (GONÇALVES, 2004).

A cada dia se torna mais evidente a questão ambiental nos meios de hospedagem,

sejam eles por pressões de consumidores, os “consumidores verdes”; por órgãos

regulamentadores ou por organizações não-governamentais. Sem falar que mesmo não

exercendo influência significativa sobre os problemas ambientais, a hotelaria contribui como

toda empresa para a degradação, principalmente com a geração de lixo, eliminação de

produtos orgânicos e químicos não reaproveitáveis em rios, entre outros, que pode acarretar

vários impactos ao meio ambiente. Portanto, as empresas hoteleiras com a conscientização

dos danos que podem causar a natureza, as pressões vindas de todos os lados para que ela se

adapte a esse novo modelo ambiental e como forma de competitividade empresarial, estão

buscando a implantação de SGA em seus meios de hospedagem.

No Brasil existem três principais tipos de SGA, segundo GONÇALVES (2004, P.77-

78), são eles:

a) Sistema Ambiental IBIH (Associação Brasileira de Indústria Hoteleira)

“Hospede da Natureza”, que se baseia em um programa internacional da IHEI

(International Hotel Environment Initiative);

b) Sistema ambiental baseado na metodologia de Produção Mais Limpa (P+L).

Desenvolvido pela PNUMA (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente);

c) Sistema Ambiental Autônomo. São aqueles desenvolvidos especialmente por

alguns hotéis ou cadeia de hotéis;

d) Sistema ambiental baseado na norma série ISSO 14000.

Todos esses Sistemas de Gestão Ambiental possuem processo de certificações, onde

passam por avaliações para conceder um selo de qualidade e comprovação do seu

comprometimento com a natureza que diante da prestação de serviços se torna um importante

potencial competitivo, pois a mesma se caracteriza como um bem intangível, que não tem

forma, não pode ser tocado, não possui um correspondente material para a sua significação.

O selo serve como garantida de que a empresa produz realmente o que anuncia,

causando mais confiabilidade no consumidor, como afirma La Rovere (2001, p.5):

[...] a certificação ambiental torna-se a garantia da qualidade desse produto para este

consumidor que compartilha de preocupações com o meio ambiente. A certificação

ambiental ou a aplicação de um selo verde poderia ser vista como um atestado de

conformidade ambiental do produto, processo, sistema ou serviço.

Por isso é preciso que os órgãos certificadores sejam responsáveis e confiáveis, pois

estarão mexendo com informações verídicas ao público. Portanto é preciso uma avaliação

minuciosa de todo o sistema e processos dentro da empresas para observar se elas estão em

conformidade com as normas exigidas.

Surge a partir daí uma das importâncias da auditoria para o Sistema de Gestão

Ambiental que serve como uma ferramenta para o processo de certificação avaliando se a

empresa cumpre os pré-requisitos propostos pelos programas de Gestão Ambiental. Explicado

por La Rovere (2001, p.5) na afirmação:

A confiabilidade dos órgãos certificadores, sua importância e nível de referência e

amplitude são fatores importantes. [...] pode-se considerar como objetivo da

certificação procurar diferenciar produtos, processos e sistemas ou serviços através

de um certificado internacionalmente ou nacionalmente aceito consolidando as

referências do produto, processo ou serviço. Para que estas novas concepções sejam

colocadas em prática, entretanto, são necessários alguns mecanismos de implantação

e analise. A auditoria surge como uma ferramenta alternativa para o processo de

certificação. É preciso, no entanto, uma adaptação do trabalho da auditoria aos

novos compromissos ambientais assumidos pelos produtivos, incorporando-a,

permanentemente, aos sistemas de gestão ambiental nas empresas.

Sendo definida a auditoria por Philippi Jr. e Aguiar (2004, p. 808), como “um

instrumento de gestão que tem como o objetivo de identificar se uma determinada

organização cumpre certos requisitos estabelecidos”, trazendo para um conceito mais

especifico La Rovere (2001, p.13) definem Auditoria Ambiental, como “um instrumento

usado por empresas para auxiliá-las a controlar o atendimento a políticas, práticas,

procedimentos e/ou requisitos estipulados com o objetivo de evitar a degradação ambiental”.

Então a auditoria ambiental, relacionado aos fatores de certificação ambiental, serve

como avaliador principal e constante para destacar se todos os critérios estabelecidos a

redução dos impactos ambientais estão sendo cumpridos, servindo como fator primordial e

conclusivo para a certificação de uma empresa. Sendo importante lembrar que esse selos após

concedidos a um hotel, passa por uma reavaliação periodicamente para observar se a empresa

continua cumprindo com as normas estabelecidas, sendo também papel da auditoria reavaliar

a organização.

Mas a proposta da presença mais intensa da auditoria ambiental no SGA não se

resume apenas ao processo de certificação dos meios de hospedagem, mas também como

importante ferramenta de melhoria continua do programa, avaliando e verificando se todos os

requisitos estabelecidos estão sendo cumpridos, para melhor execução de todo o sistema,

evitado falhas e desvio no objetivo do programa. Essa proposta de dar maior evidência a

auditoria ambiental vem como forma de aperfeiçoar o SGA nos hotéis.

La Rovere (2001, p.7-8) fala que o SGA parte de cinco princípios básicos que podem

ser definidos como:

1. Conhecer o que deve ser feito; assegurar comprometimento com o SGA e definir

a política ambiental;

2. Elaborar um plano de ação para atender os requisitos da política ambiental;

3. Assegurar condições para o cumprimento dos objetivos e metas ambientais e

implementar as ferramentas de sustentação necessárias;

4. Realizar avaliações quali-quatitativas periódicas da conformidade ambiental da

empresa;

5. Revisar e aperfeiçoar a política ambiental, os objetivos e metas e as ações

implementares para assegurar a melhoria continua do desenvolvimento

ambiental da empresa.

O SGA é um processo de planejar, executar, avaliar e replanejar, constituindo um ciclo

de renovação. Uma das mais importantes partes do processo é avaliar, como está definido no

quarto princípio, pois é aonde vão se reconhecer os acertos e as possíveis falhas do processo

para poder reordenar e melhorar continuamente o SGA. É neste momento que o papel da

auditoria ambiental se torna inteiramente importante, pois ela funcionará como forma de

verificar e monitorar se o que foi estabelecido como política, objetivos e metas estão sendo

cumpridos e como esses processos estão funcionando. Ao mesmo tempo em que ela avalia,

identifica as distorções das etapas no desenvolvimento do sistema. Esse acompanhamento

periódico e permanente feito pela auditoria ambiental é muito importante para manter o perfil

da empresa em relação aos critérios ambientais. Tendo em mente que a auditoria ambiental é

um instrumento para a gestão ambiental empresarial, mas não a substitui, pois antes de

qualquer coisa a auditoria precisa de critérios e objetivos para serem avaliados. A auditoria

por si só não define esses critérios, é preciso que a empresa possua um sistema ambiental para

ser avaliado.

O sistema de Gestão Ambiental passou a sistematizar a pratica da auditoria

ambiental como uma etapa no processo de aprimoramento continuo, ou seja, as

medidas necessárias a correção dos erros e à extinção dos pontos

“fracos” passaram a ser rotina e a preservação começou a se

tornar a tônica do novo instrumento de gestão. (LA ROVERE, 2001, p.9)

As empresas atualmente mudaram sua visão de resultados em curto prazo e

começaram a pensar em resultados em longo prazo, os quais trazem mais segurança para a

organização e resultados mais positivos, pois a partir desse novo pensamento elas se planejam

melhor e se aprimoram cada vez mais se prevenindo de possíveis falhas evitando-as antes que

aconteça.

7. Considerações finais

Portanto, observar-se a importância de um Sistema de Gestão Ambiental para os meios

de hospedagem, pois com as mudanças globais, esse mercado tende a se adaptar as novas

formas de agir e de pensar de seus clientes, como também as rigorosas legislações ambientais

que a cada dia se aprimoram rapidamente. Contudo para não tornar o SGA apenas um

“marketing verde de faxada”, tentando conquistar os clientes promovendo uma propaganda

enganosa e fazendo muito pouco ou quase nada pelo meio ambiente, é preciso um

planejamento minucioso do SGA proposto pelo hotel e posteriormente o monitoramento desse

sistema, para que não haja distorções de objetivos metas ou resultados, podendo acarretar uma

falsa preservação e até uma maior degradação do meio ambiente, para isso surge à

importância da presença da auditoria ambiental, para uma avaliação e monitoramento

periódico dos critérios propostos pelo sistema, fazendo com que o SGA possa passar por uma

melhoria contínua a fim de conseguir excelência em seu processo, beneficiando assim a

empresa, com também o meio ambiente e as gerações futuras.

Referências

ALMEIDA, Regina Araújo de (Coord.). Hotelaria e Hospitalidade. São Paulo:IPSIS, 2007.

GONÇALVES, Luiz Cláudio. Gestão Ambiental em Meios de Hospedagem. São Paulo: Aleph, 2004.

LA ROVERE, Emilio Lebre (Coord.). Manual de Auditoria Ambiental. Rio de Janeiro: Quatilymark, 2001.

MOLINA, E, Sergio. Turismo e Ecologia. Bauru: Educs, 2001.

OLIVEIRA, Antônio Pereira. Turismo e desenvolvimento: Planejamento e Organização. São Paulo: Atlas,

2005.

PHILIPPI JR., Arlindo; AGUIAR, Alexandre de Oliveira e. Auditoria Ambiental. In: PHILIPPI JR., Arlindo;

ROMERO, Marcelo de Andrade; BRUNA, Gilda Collet (Org.). Curso de Gestão Ambiental. Barueri, SP:

Manole, 2004. p. 805-854.