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ATUALIDADES - JULHO 1 JULHO BRASIL ‘Um dólar por dose’: Luiz Paulo Domingue reafirma à CPI ter recebido pedido de propina por vacina O empresário e policial Luiz Paulo Domingue reafirmou nesta quinta (01/07) à CPI da Covid a denúncia de que recebeu oferta de propina por vacinas da AstraZeneca de um representante do Minis- tério da Saúde do governo Bolsonaro. Domingue, que se apresenta como representante da Dava Medical Supply, disse que a oferta de propina foi feita em fevereiro em um encontro com o então diretor de Logísca do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias. Segundo Domingue, a Dava, empresa americana do ramo da saúde, procurou o governo para vender 400 milhões de doses da vacina da AstraZeneca. A farmacêuca afirma que não tem interme- diários e negocia apenas com governos. À CPI, Domingue disse que a oferta inicial da Dava foi de U$ 3,50 por dose de vacina, mas Dias pediu o pagamento de propina de US$ 1 por dose, com o aumento do valor da dose. Nomeado durante a gestão do então ministro Luiz Henrique Mandea (DEM) na Saúde, Dias é apontado pelo jornal Folha de S.Paulo como um indicado do líder do governo Bolsonaro na Câma- ra, Ricardo Barros (PP-PR). Horas depois da publicação da reportagem da Folha de S.Paulo com a denúncia, o Ministério da Saúde anunciou que ele seria exo- nerado do cargo. A saída dele foi oficializada na manhã de 30/06 no Diário Oficial da União. À CPI, Domingue afirmou que, durante as tratavas, Dias não citou os nomes de pessoas do governo, como Eduardo Pazuello, que então era o número dois do ministério da Saúde. Domingue também afirmou que o único documento que possui confirmando que ele era representante da Dava tem data de abril, depois da reunião, e que antes disso seu acordo com a empresa era verbal. Também disse que não chegou a fazer vendas da Dava antes das negociações de vacinas. “Fiquei a cargo das ne- gociações de vacina mesmo”, disse. Oferta de proprina Domingue afirmou que Dias disse, durante a negociação em um restaurante de Brasília em fevereiro, que era preciso melhorar o valor ofertado pela Dava. O vendedor teria dito, então, que preci- saria tentar um desconto. Segundo Domingue, Dias teria respondido que não seria um desconto, mas na verdade aumentar o valor. “E aí teria que se compor no ministério e se pediu o acréscimo de um dólar. Eu já disse que não teria como fazer”, afirmou Domin- gue à CPI. “O clima da mesa mudou e logo se encerrou o jantar e no final ele disse para eu pensar direinho que no dia seguinte ele me cha- maria para um encontro no Ministério da Saúde”, disse o vendedor. Quesonado pelo senador governista Luis Carlos Heinze (PP- -RS) sobre como poderia atuar como representante de vendas ao mesmo tempo em que era policial militar da ava - algo que seria proibido pelo regulamento da corporação -, Domingue admiu o problema. “Nunca me idenfiquei como policial militar ou negociei como policial militar. A gente diz ‘seja escravo do regulamento, para não ser escravo do homem’. Hoje estou sendo escravo do homem, vou ser escravo dessas denúncias, dessa infração administrava.” Domingue disse que estava “pensando no bem maior”, que seria “trazer vacina para o Brasil”. Heinze perguntou também por que Domingue, como policial, não deu voz de prisão ao receber o pedido de propina. Domingue respondeu que, naquele momento, “foi algo surreal”. “Embora in- vesdo da função de policial, eu estava com um servidor público, com um general. Vivenciar isso, analisar de uma forma fria, é com- plicado para quem está passando por aquilo.” O depoente disse que, apesar de não ter vínculo empregacio formal com a Dava, a empresa nha conhecimento de sua nego- ciação com o Ministério da Saúde e “validou a proposta”. Ele também disse que comunicou verbalmente a empresa so- bre o pedido de propina e solicitou “um posicionamento”. “Mas o seu Roberto Dias foi informado que não ia acontecer” (ou seja, que a propina não seria paga). Fernando Bezerra (MDB-PE), líder do governo no Senado, afir- mou que o governo “quer ir a fundo” nas apurações e afirmou que Domingue não consta como registrado como representante co- mercial autônomo na associação que reúne essa categoria profis- sional. “É fácil perceber que existe uma instrumentalização para des- gaste do governo federal. Cada semana há a construção de uma narrava”, declarou Bezerra. Fonte: hps://www.bbc.com/portuguese/brasil-57683689 Protestos contra Bolsonaro: MBL e Vem Pra Rua apoiam impe- achment, mas não vão a atos de sábado Apesar de defender o impeachment do presidente Jair Bolso- naro, o movimento Vem Pra Rua não está chamando seus seguido- res para a rua - pelo menos não neste sábado (3/7), quando pro- testos puxados pela esquerda estão marcados para acontecer em todo o país. O MBL (Movimento Brasil Livre) também escolheu não se jun- tar aos protestos. “Temos muito receio quanto a aglomerações por causa da pandemia, então por enquanto não estamos marcando nem nos juntando a manifestações presenciais”, afirma Adelaide Oliveira, porta-voz do MBL. “Desejo sorte e que não chova”, diz ela sobre o protesto deste sábado. Tanto o MBL quanto o Vem Pra Rua fazem parte de uma sé- rie de grupos à direita que pararam de apoiar Bolsonaro em algum momento após a posse do presidente em 2019. O MBL foi um dos primeiros a abandonar o barco, alguns meses após a posse, quando Bolsonaro começou a dar sinais de que sua postura quanto à econo- mia não seria liberal, como prometeu durante a campanha. O Vem Pra Rua passou a defender o “Fora Bolsonaro!” em julho de 2020, após o procurador-geral da República indicado por Bolso- naro, Augusto Aras, fazer crícas à Operação Lava-Jato. Defensores do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, os dois movimentos foram protagonistas de grandes manifestações em 2016, com alta capacidade de mobilização. Mas em 2021, mesmo apoiando o impeachment de Bolsona- ro, os movimentos ainda não estão clamando para suas bases de apoiadores que tomem as ruas e dizem que estão focados em ou- tras formas de atuação. Em contraparda, movimentos de direita como o Livres aderi- ram ao protesto deste sábado. Formado dentro do PSL, o movimen- to rompeu com o pardo em 2018 quando Bolsonaro se candidatou à Presidência pela sigla. Até o momento, o presidente Jair Bolsonaro tem minimizado os atos contra si e parcipado de atos pró-governo, como demonstra- ção de força. Em sua live mais recente, em 1° de julho, ele ironizou o “superimpeachment”. “Quem não tem o que fazer fica tentando atrapalhar a vida de quem produz”, declarou. Adelaide Oliveira, do MBL, destaca que o grupo tem atuado de outras formas antes de protagonizar protestos na rua. Ela destaca a atuação parlamentar dos líderes do movimento que foram eleitos em 2018, como o deputado federal Kim Kataguiri (DEM-SP) e o de- putado estadual Arthur do Val (DEM-SP), o Mamãe Falei.

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‘Um dólar por dose’: Luiz Paulo Dominguetti reafirma à CPI ter recebido pedido de propina por vacina

O empresário e policial Luiz Paulo Dominguetti reafirmou nesta quinta (01/07) à CPI da Covid a denúncia de que recebeu oferta de propina por vacinas da AstraZeneca de um representante do Minis-tério da Saúde do governo Bolsonaro.

Dominguetti, que se apresenta como representante da Davati Medical Supply, disse que a oferta de propina foi feita em fevereiro em um encontro com o então diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias.

Segundo Dominguetti, a Davati, empresa americana do ramo da saúde, procurou o governo para vender 400 milhões de doses da vacina da AstraZeneca. A farmacêutica afirma que não tem interme-diários e negocia apenas com governos.

À CPI, Dominguetti disse que a oferta inicial da Davati foi de U$ 3,50 por dose de vacina, mas Dias pediu o pagamento de propina de US$ 1 por dose, com o aumento do valor da dose.

Nomeado durante a gestão do então ministro Luiz Henrique Mandetta (DEM) na Saúde, Dias é apontado pelo jornal Folha de S.Paulo como um indicado do líder do governo Bolsonaro na Câma-ra, Ricardo Barros (PP-PR).

Horas depois da publicação da reportagem da Folha de S.Paulo com a denúncia, o Ministério da Saúde anunciou que ele seria exo-nerado do cargo. A saída dele foi oficializada na manhã de 30/06 no Diário Oficial da União.

À CPI, Dominguetti afirmou que, durante as tratativas, Dias não citou os nomes de pessoas do governo, como Eduardo Pazuello, que então era o número dois do ministério da Saúde.

Dominguetti também afirmou que o único documento que possui confirmando que ele era representante da Davati tem data de abril, depois da reunião, e que antes disso seu acordo com a empresa era verbal. Também disse que não chegou a fazer vendas da Davati antes das negociações de vacinas. “Fiquei a cargo das ne-gociações de vacina mesmo”, disse.

Oferta de proprinaDominguetti afirmou que Dias disse, durante a negociação em

um restaurante de Brasília em fevereiro, que era preciso melhorar o valor ofertado pela Davati. O vendedor teria dito, então, que preci-saria tentar um desconto.

Segundo Dominguetti, Dias teria respondido que não seria um desconto, mas na verdade aumentar o valor.

“E aí teria que se compor no ministério e se pediu o acréscimo de um dólar. Eu já disse que não teria como fazer”, afirmou Domin-guetti à CPI.

“O clima da mesa mudou e logo se encerrou o jantar e no final ele disse para eu pensar direitinho que no dia seguinte ele me cha-maria para um encontro no Ministério da Saúde”, disse o vendedor.

Questionado pelo senador governista Luis Carlos Heinze (PP--RS) sobre como poderia atuar como representante de vendas ao mesmo tempo em que era policial militar da ativa - algo que seria proibido pelo regulamento da corporação -, Dominguetti admitiu o problema. “Nunca me identifiquei como policial militar ou negociei como policial militar. A gente diz ‘seja escravo do regulamento, para não ser escravo do homem’. Hoje estou sendo escravo do homem, vou ser escravo dessas denúncias, dessa infração administrativa.” Dominguetti disse que estava “pensando no bem maior”, que seria “trazer vacina para o Brasil”.

Heinze perguntou também por que Dominguetti, como policial, não deu voz de prisão ao receber o pedido de propina. Dominguetti respondeu que, naquele momento, “foi algo surreal”. “Embora in-

vestido da função de policial, eu estava com um servidor público, com um general. Vivenciar isso, analisar de uma forma fria, é com-plicado para quem está passando por aquilo.”

O depoente disse que, apesar de não ter vínculo empregatício formal com a Davati, a empresa tinha conhecimento de sua nego-ciação com o Ministério da Saúde e “validou a proposta”.

Ele também disse que comunicou verbalmente a empresa so-bre o pedido de propina e solicitou “um posicionamento”. “Mas o seu Roberto Dias foi informado que não ia acontecer” (ou seja, que a propina não seria paga).

Fernando Bezerra (MDB-PE), líder do governo no Senado, afir-mou que o governo “quer ir a fundo” nas apurações e afirmou que Dominguetti não consta como registrado como representante co-mercial autônomo na associação que reúne essa categoria profis-sional.

“É fácil perceber que existe uma instrumentalização para des-gaste do governo federal. Cada semana há a construção de uma narrativa”, declarou Bezerra.

Fonte: https://www.bbc.com/portuguese/brasil-57683689

Protestos contra Bolsonaro: MBL e Vem Pra Rua apoiam impe-achment, mas não vão a atos de sábado

Apesar de defender o impeachment do presidente Jair Bolso-naro, o movimento Vem Pra Rua não está chamando seus seguido-res para a rua - pelo menos não neste sábado (3/7), quando pro-testos puxados pela esquerda estão marcados para acontecer em todo o país.

O MBL (Movimento Brasil Livre) também escolheu não se jun-tar aos protestos.

“Temos muito receio quanto a aglomerações por causa da pandemia, então por enquanto não estamos marcando nem nos juntando a manifestações presenciais”, afirma Adelaide Oliveira, porta-voz do MBL. “Desejo sorte e que não chova”, diz ela sobre o protesto deste sábado.

Tanto o MBL quanto o Vem Pra Rua fazem parte de uma sé-rie de grupos à direita que pararam de apoiar Bolsonaro em algum momento após a posse do presidente em 2019. O MBL foi um dos primeiros a abandonar o barco, alguns meses após a posse, quando Bolsonaro começou a dar sinais de que sua postura quanto à econo-mia não seria liberal, como prometeu durante a campanha.

O Vem Pra Rua passou a defender o “Fora Bolsonaro!” em julho de 2020, após o procurador-geral da República indicado por Bolso-naro, Augusto Aras, fazer críticas à Operação Lava-Jato.

Defensores do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, os dois movimentos foram protagonistas de grandes manifestações em 2016, com alta capacidade de mobilização.

Mas em 2021, mesmo apoiando o impeachment de Bolsona-ro, os movimentos ainda não estão clamando para suas bases de apoiadores que tomem as ruas e dizem que estão focados em ou-tras formas de atuação.

Em contrapartida, movimentos de direita como o Livres aderi-ram ao protesto deste sábado. Formado dentro do PSL, o movimen-to rompeu com o partido em 2018 quando Bolsonaro se candidatou à Presidência pela sigla.

Até o momento, o presidente Jair Bolsonaro tem minimizado os atos contra si e participado de atos pró-governo, como demonstra-ção de força. Em sua live mais recente, em 1° de julho, ele ironizou o “superimpeachment”. “Quem não tem o que fazer fica tentando atrapalhar a vida de quem produz”, declarou.

Adelaide Oliveira, do MBL, destaca que o grupo tem atuado de outras formas antes de protagonizar protestos na rua. Ela destaca a atuação parlamentar dos líderes do movimento que foram eleitos em 2018, como o deputado federal Kim Kataguiri (DEM-SP) e o de-putado estadual Arthur do Val (DEM-SP), o Mamãe Falei.

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Kim foi um dos parlamentares de direita que assinaram o “su-perimpeachment”, um novo pedido protocolado pela oposição na quarta (30/06) que reúne a motivação de outros mais de 120 pedi-dos em um único documento.

O parlamentar do MBL subiu ao mesmo palanque em que fa-lavam nomes como o deputado Alessandro Molon (PSB-RJ) e a de-putada Gleisi Hoffmann (PT-PR), presidente nacional do PT, partido ferozmente combatido pelo MBL.

“Acho que ninguém aqui tem nenhuma dúvida que, numa con-dição normal, assim como eu não estaria, os líderes da esquerda não estariam (juntos). Eleitoralmente estaremos em campos dis-tintos”, disse Kim durante a apresentação do “superimpeachment”. “Mas é algo maior que existe aqui, é algo maior que está sendo pro-tocolado contra o presidente criminoso, corrupto, Jair Bolsonaro, e por isso é uma causa suprapartidária. É uma questão de valores, é uma questão de moral.”

“Não tenho dúvida nenhuma de que a causa de derrubar esse que é um dos maiores males da história desse país nos unifica nesse momento”, disse Kim, que ao final gritou “Fora Bolsonaro!”

O discurso entusiástico de Kim, um dos principais líderes do movimento, fez surgir expectativas na esquerda de que o MBL fosse se juntar aos protestos deste sábado, mas o movimento ainda não se uniu à esquerda quando o assunto é manifestação.

“Estamos avaliando o cenário da pandemia, mas por enquanto não é a hora”, diz Adelaide. “É um dilema: quem faz mais mal pra saúde, a pandemia ou o Bolsonaro? Ouvimos muito nossos segui-dores e temos discussões internas sobre isso.”

“Já chegamos a ter embriões para organizar protestos, mas aí começou um momento muito ruim da pandemia no ano passado”, afirma Adelaide.

A porta-voz refuta críticas da esquerda que reclamam dos mo-vimentos que estão contra Bolsonaro, mas não estão chamando para ir à rua. Segundo ela, o MBL continua atuando “fortemente” na internet e hoje já existem outras formas de pressão.

“É muita tolice e estar 30 anos atrasado na história achar que só existe uma forma de pressão, só indo para rua. Estamos na inter-net onde o movimento tem vitórias acachapantes”, diz ela.

Apesar de eventuais troca de farpas, o Adelaide afirma que tem tido um canal de diálogo aberto com os movimentos de esquerda. “A gente conversa com todo mundo, somos democráticos. Claro que não quer dizer que concordo com as pautas. Mas quando a pauta é única e convergente, como tirar o Bolsonaro, a gente vai lutar pela mesma coisa.”

Pauta unida, protestos diferentesLuciana Alberto, porta-voz do movimento Vem Pra Rua, tam-

bém cita a pandemia como um dos motivos para o grupo não aderir aos protestos.

“É algo que está sendo discutido, é possível que aconteça, mas não há nada agendado”, explica Luciana. “Estamos acompanhando o calendário de vacinação contra a covid-19 e acreditamos que em meados de setembro já será possível”, diz ela.

Segundo Luciana, no entanto, mesmo que o movimento chame os seguidores para as ruas, a ideia é fazer protestos separados da esquerda.

“Ainda vamos discutir, mas pode até ser que seja no mesmo dia, que eles sigam um percurso, sigamos outro”, afirma.

Ela diz que a ideia de fazer algo mais separado tem a ver com mostrar que o desagrado com Bolsonaro está em vários setores, e não por medo de problemas entre as militâncias ou por recusa de dialogar.

“Para a democracia, é sensacional que as pautas estejam uni-das, mas que cada qual esteja representando o seu segmento”, afir-ma Luciana.

“(Caso haja convergência de protestos), a gente espera que não haja problemas entre as militâncias, já que a pauta converge. Nossa conversa (com a esquerda) tem sido pacífica também, isso é uma conquista, amadurecimento da sociedade”, afirma ela.

Segundo Luciana, o Vem Pra Rua tem focado sua atuação em outras frentes.

O grupo não assinou o pedido de “superimpeachment”, mas protocolou o próprio pedido de impeachment um pouco antes, com 35 crimes de responsabilidade que Bolsonaro teria cometido.

O movimento também criou um mapa com contatos de parla-mentares para que as pessoas façam pressão em seus representan-tes no sentido de aprovação do impeachment.

Direita na ruaManifestação contra Bolsonaro em São Paulo no dia 29 de

maio; líderes de movimentos de direita entrevistados apontam para risco de contágio por covid-19 nos protestos

Apesar de MBL e Vem Pra Rua não estarem presentes neste sábado, as manifestações não terão apenas militantes de esquerda.

De orientação liberal, o movimento Livres, por exemplo, deci-diu chamar seus associados e seguidores para irem ao protesto de sábado caso se sintam seguros.

“A mobilização em nossos grupos pela participação das ruas foi crescendo muito nos últimos tempos”, afirma Magno Karl, diretor--executivo do Livres. “Mas não queremos constranger as pessoas a irem. É uma situação muito diferente à minha, que moro sozinho e posso trabalhar de casa, do que alguém que mora com idosos, ou que tem uma comorbidade”, diz ele.

“Não é covardia não ir aos protestos”, defende.O Livres também apoia a campanha na internet de apoio ao

‘superimpeachment’ e, diferentemente de outros grupos de direita, diz Magno, não é composto por “bolsonaristas arrependidos”.

“Nós nascemos em oposição a Bolsonaro em 2018, e sofremos por não apoiá-lo, mesmo na época em que havia muitos liberais iludidos com ele por causa do Paulo Guedes.”

Apesar da crítica, Karl afirma que o grupo tem tido muitas con-versas com lideranças tanto à esquerda com a direita, e acredita que podem “ser capaz de fazer a ponte.”

“A gente tem uma leitura de que os movimentos de rua vão crescer e a gente vai ter que acolher grupos que se enganaram com Bolsonaro”, diz ele, que espera que não haja hostilidade por parte de grupos mais radicais de esquerda contra pessoas de direita nos protestos.

“A gente não sabe como vai ser. É claro que a gente imagina que pode haver hostilidade, um certo risco, além do risco de covid. Mas fora das redes sociais, (que é) onde está o pessoal mais radical, existe muita disposição para cooperação”, afirma.

O líder do movimento também afirma que o Livres deve estar mais preparado para os próximos protestos, com mais material e chamadas com mais antecedência.

E diz que a mobilização é importante mesmo que o impeach-ment não se concretize.

“O tempo é curto porque a eleição de 2023 está chegando. Mas temos que fazer essa demonstração de oposição. Neste momento o debate está na sociedade civil”, diz ele.

“Se o Artur Lira (presidente da Câmara dos Deputados) pautar o impeachment, aí vamos focar em virar voto (contra Bolsonaro) no Congresso”, diz Magno.

Fonte: https://www.bbc.com/portuguese/brasil-57703599

Rosa Weber rejeita pedido da PGR para aguardar fim da CPI antes de decidir sobre notícia-crime contra Bolsonaro

Ministra mandou Procuradoria-Geral da República se manifes-tar novamente sobre pedido de investigação do presidente por pre-

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varicação. Para ela, PGR não pode deixar de se posicionar.A ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), de-

terminou que a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifeste mais uma vez sobre o pedido de três senadores para investigar o presidente Jair Bolsonaro por prevaricação no caso das negociações para a compra da vacina Covaxin.

Na última terça-feira (29), a PGR pediu à ministra para aguardar as conclusões da investigação da CPI da Covid sobre a compra da vacina Covaxin antes de decidir sobre a notícia-crime contra Bolso-naro apresentada pelos senadores Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Fabiano Contarato (Rede-ES) e Jorge Kajuru (Podemos-GO). Nesta quinta, Rosa Weber rejeitou o pedido.

Segundo Rosa Weber, relatora do pedido, não cabe ao Ministé-rio Público Federal defender que é preciso esperar a conclusão pela comissão parlamentar de inquérito. Para a ministra, ao considerar que seria precoce se manifestar, a PGR “desincumbiu-se de seu pa-pel constitucional”.

“Não há no texto constitucional ou na legislação de regência qualquer disposição prevendo a suspensão temporária de proce-dimentos investigatórios correlatos ao objeto da CPI. Portanto, a previsão de que as conclusões dos trabalhos parlamentares devam ser remetidas aos órgãos de controle não limita, em absoluto, sua atuação independente e autônoma”, escreveu a ministra.

Rosa Weber afirmou que o STF tem entendimento pacífico de que, após a notificação desse tipo de processo, cabe ao Ministério Público, o oferecimento de denúncia ou arquivamento do caso após a análise dos elementos.

Segundo a ministra, “o argumento saltitante” da PGR, sem se posicionar sobre os fatos, não prospera.

“O objetivo da notícia de fato dirigida aos atores do sistema de justiça criminal é justamente o de levar ao conhecimento destes eventual prática delitiva. A simples notícia não transfere o poder acusatório ao noticiante, tampouco vincula seu legítimo titular a uma atuação positiva, impondo-lhe o oferecimento de denúncia”, escreveu.

A ministra afirmou que o exercício do poder público é condi-cionado e que “no desenho das atribuições do Ministério Público, não se vislumbra o papel de espectador das ações dos Poderes da República”.

Na decisão, Rosa Weber afirmou ainda que o STF “não admite, como comportamento processual do Ministério Público, quando do exercício do poder investigatório ou acusatório, o arquivamento im-plícito de investigações”.

Ela disse que o fato de o Ministério Público Federal ser provoca-do por uma notícia-crime não viola o sistema acusatório.

“Pelo contrário, o fato de ser provocado em nada tolhe sua atribuição de formar opinião sobre o delito noticiado, para o que pode se valer de investigações preliminares ou, a depender do acer-vo indiciário que lhe aporta, rumar diretamente para sua conclusão a respeito da natureza criminosa dos fatos (seja ela negativa, com o arquivamento das peças; seja positiva, com o oferecimento de denúncia).”

Argumentos dos senadoresOs senadores apontaram indícios de que Bolsonaro pode ter

cometido crime de prevaricação ao não pedir que autoridades com-petentes, como a Polícia Federal e o Ministério Público, investigas-sem as denúncias de irregularidades na compra da Covaxin.

“Ao que tudo indica, há grandes chances de o Sr. Presidente da República ter cometido o crime de prevaricação — ao não levar a efeito o embrião da responsabilização criminal dos supostos atores criminosos no bojo da contratação da vacina Covaxin”, afirmaram os senadores na notícia-crime.

O crime de prevaricação (vídeo abaixo) se dá quando o agente

público atrasa ou não pratica, de forma indevida, um ato que deve-ria realizar de ofício, ou seja, pelos próprios poderes conferidos por seu cargo.

O delito, previsto no Código Penal e cometido contra a admi-nistração pública, ocorre também quando a ação é praticada contra o que prevê a lei expressamente, a fim de satisfazer interesse ou sentimento pessoal.

Pressões pela CovaxinO contrato da Covaxin se tornou alvo da CPI da Covid no Sena-

do e do Ministério Público Federal depois que o servidor Luis Ricar-do Miranda, do Ministério da Saúde, e o irmão dele, o deputado Luis Miranda (DEM-DF), denunciaram “pressão atípica” dentro da pasta pela aceleração da compra da vacina.

O pedido dos parlamentares ao Supremo teve como base os depoimentos dos irmãos Miranda à comissão, na semana passada.

Ao colegiado, os irmãos Miranda relataram ter informado a Bol-sonaro pressões sofridas pela liberação vacina indiana Covaxin – as negociações foram travadas após o servidor Luis Ricardo constatar indícios de irregularidades nos documentos, como um pagamento antecipado de US$ 45 milhões a uma empresa que não constava no contrato.

Segundo Luís Miranda, ao ouvir o relato sobre as suspeitas, Bolsonaro atribuiu as irregularidades ao líder do governo na Câma-ra, Ricardo Barros (PP-PR). O presidente também teria dito que iria acionar a Polícia Federal para investigar o caso. Barros nega ter co-metido irregularidade.

Antes do depoimento dos irmãos Miranda, Bolsonaro disse não ter sido avisado sobre as suspeitas envolvendo a Covaxin. Senado-res governistas, contudo, dizem que o presidente acionou Eduardo Pazuello, então ministro da Saúde, para informá-lo sobre essas sus-peitas.

Suspensão do contratoOs ministros Marcelo Queiroga, da Saúde, e Wagner Rosário,

da Controladoria-Geral da União (CGU), anunciaram na terça-feira (29) a suspensão do contrato de compra da Covaxin (vídeo abaixo).

O ministro Wagner Rosário afirmou que o contrato permane-cerá suspenso enquanto a CGU estiver realizando, por meio de au-ditoria, uma “revisão do processo” de aquisição da vacina, a fim de identificar eventuais irregularidades.

“O tempo de suspensão vai durar tão somente durante o pra-zo de apuração. Nós colocamos a equipe para fazer uma apuração, uma equipe reforçada para ser bastante célere nesse processo e esperamos em não mais de dez dias ter uma resposta sobre essa análise”, disse Rosário.

Segundo o ministro, o objetivo é ter “certeza” de que não há “mácula” no contrato.Fonte: https://g1.globo.com/politica/noticia/2021/07/01/rosa-weber--manda-pgr-se-manifestar-de-novo-sobre-noticia-crime-contra-bolso-

naro.ghtml

Manifestação em São Paulo termina com estação da linha 4 fechada e ponto de ônibus destruído na Rua da Consolação

A estação Higienópolis-Mackenzie precisou ser fechada mo-mentaneamente por volta de 19h30 deste sábado, 03 de julho de 2021, por causa de um confronto entre pessoas mascaradas e po-liciais militares em meio a uma manifestação contra o presidente Jair Bolsonaro.

A linha 4-Amarela não chegou a parar. A estação foi vandalizada de acordo com os policiais. De acordo com informações da Polícia Militar e da Concessionária da Linha 4, Via Quatro, agentes de segu-rança da empresa foram feridos.

Segundo a companhia, às 19h49, na rua da Consolação, ma-

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nifestantes vindos da avenida Paulista depredaram o acesso Ouro Preto da Estação Higienópolis-Mackenzie.

Na tentativa de conter o grupo, cinco agentes de segurança fo-ram encaminhados à Santa Casa. A Corporação disse também que policiais foram feridos com pedradas. A PM diz ter detido um sus-peito de agredir os seguranças.

Um ponto de ônibus na rua da Consolação foi destruído, assim como a fachada de uma agência bancária na Avenida Paulista.

Segundo a SPTrans (São Paulo Transporte), gerenciadora do sis-tema municipal da capital paulista, 42 linhas de ônibus precisaram ser desviadas ao longo de toda a tarde.

Pandemia ainda provoca impactos no mercado de trabalho, diz Ipea

Taxa de desocupação ficou em 15,1%A melhora da atividade econômica e o crescimento da popula-

ção ocupada não foram suficientes para reduzir o impacto provoca-do pela pandemia da covid-19 no mercado de trabalho, que segue com alta no desemprego, subocupação e desalento. A avaliação faz parte da análise do desempenho recente do mercado de trabalho e perspectivas para 2021 apresentado, hoje (28), pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

Com base nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Do-micílios Contínua (Pnad Contínua), em março, o estudo mostra que a taxa de desocupação ficou em 15,1%, o que representa 2,3 pontos percentuais acima do resultado do mesmo período do ano anterior. O crescimento do contingente de desalentados também indica que o mercado de trabalho não se recuperou. Nos últimos 12 meses, o número de pessoas com idade de trabalhar que estavam fora da força de trabalho por conta do desalento avançou de 4,8 milhões para quase 6 milhões, uma alta de 25%.

DesempregoSegundo a pesquisadora do Grupo de Conjuntura do Ipea e au-

tora do estudo, Maria Andréia Lameiras, os níveis de desemprego ainda estão ruins porque a cada dia que passa, mais gente volta para o mercado de trabalho para procurar emprego, o que não ocorria no período inicial da pandemia.

“Muita gente deixou de procurar emprego por medo de contá-gio, porque sabia que a situação econômica estava muito ruim e a probabilidade de conseguir um emprego era muito pequena e por-que existiu o auxílio emergencial que, bem ou mal, deu segurança ao trabalhador de ficar em casa se protegendo e ter algum meio de subsistência”, informou em entrevista à Agência Brasil.

A movimentação da economia que apresentou sinais de me-lhora no primeiro trimestre de 2021, o avanço da vacinação e o valor menor do auxílio emergencial, segundo Maria Andréia, estão fazendo as pessoas procurarem mais o mercado de trabalho o que vai continuar impactando o nível de desemprego.

“Todas as pessoas que ficaram desempregadas na pandemia e, também têm chegado para este contingente, as pessoas que esta-vam inativas e sem procurar emprego. Quando chega ao mercado de trabalho sem uma colocação é considerado um desempregado e, por isso, o contingente de desempregados continua crescendo e vai continua crescendo, porque o movimento de retorno só tende a crescer nos próximos meses”, afirmou.

InformalidadeO estudo indica ainda que a recuperação da ocupação vem

ocorrendo de maneira mais intensa entre os empregados sem car-teira e os trabalhadores por conta própria, que integram os seg-mentos informais do mercado de trabalho. O contingente de traba-lhadores sem carteira e por conta própria registraram recuos menos expressivos no primeiro trimestre de 2021 com retrações de 12,1%

e de 1,3% respectivamente, do que no trimestre móvel encerrado em agosto de 2020, quando os recuos foram de 25,8% e de 11,6%. Para a pesquisadora, a melhora da recuperação da ocupação pelos informais já era esperada.

“Porque primeiro foi o segmento mais afetado pela pandemia que foi o de serviços e de comércio. Segundo porque a gente já tinha visto que a pandemia causou menos estrago no setor formal. O emprego com carteira acabou sendo um pouco mais preservado durante a pandemia, porque é o trabalho com melhor qualificação, o trabalhador consegue fazer home office, então, foi de fato mais preservado. O informal foi mais atingido e é compreensível que, na retomada, acabe liderando”, comentou.

A pesquisadora destacou que, embora apresentasse sinais de recuperação no período de pré-pandemia, a situação do mercado de trabalho não era excepcional.

“Vem a pandemia e piora ainda mais, sendo que a gente já es-tava partindo de um ponto que não era excepcionalmente bom. Só que, quando a gente olha a foto do último trimestre, há indícios de melhora, porque a gente está vendo que a ocupação que caiu for-temente no segundo semestre, ela já começa a melhorar, claro que quando compara com o número de ocupados de um ano atrás a gente ainda está com taxa de negativa, mas quando olha a margem essa taxa negativa está cada vez menor”, disse.

Mais atingidosA análise mostrou ainda que, no primeiro trimestre de 2021,

se comparado ao mesmo período de 2020, a taxa de desocupação foi maior para as mulheres (17,9%) do que para os homens (12,2%). Além disso, os mais jovens seguem como os mais prejudicados, com taxa de desocupação de 31%; enquanto o desemprego dos mais idosos é menor (5,7%). Na escolaridade, os trabalhadores com en-sino médio incompleto e completo foram os mais impactados pela pandemia na relação com as taxas de desocupação, que avançaram de 20,4% e 14,4% para 24,4% e 17,2%, de 2020 para 2021, respec-tivamente. Já os trabalhadores com menor taxa de desemprego, no período, foram os que possuem ensino superior (10,4%).

Nas regiões, a alta do desemprego foi generalizada. Com ex-ceção de Roraima e do Amapá, todas as unidades da federação registraram aumento da desocupação este ano. As maiores taxas ficaram com Pernambuco (21,3%), Bahia (21,3%), Sergipe (20,9%), Alagoas (20%) e Rio de Janeiro (19,4%).

PerspectivasO cenário é favorável para 2021, de acordo com a economista

Maria Andreia Lameiras. “Para os próximos meses, a expectativa é que o movimento de recomposição da força de trabalho se intensi-fique. O avanço da vacinação combinado à retomada mais forte da atividade econômica deve ampliar a geração de empregos”, desta-cou.

A expansão da ocupação, entretanto, não será suficientemente forte para reduzir a taxa de desemprego no período devido ao espe-rado aumento da força de trabalho (com mais pessoas procurando emprego).

Pré-pandemiaA pesquisadora acredita que, mantido o cenário atual, o mer-

cado de trabalho poderá voltar ao nível pré-pandemia no primeiro trimestre de 2022.

“No primeiro trimestre de 2022, acho que a gente volta para o nível pré-pandemia. Mantido o cenário atual. A gente está ima-ginando que não vai ter nenhuma grande variante [de covid-19], nenhum distúrbio político no país. A gente está imaginando com as informações que tem hoje de uma economia que está ganhando força. Tudo leva a crer que a gente vai ter a ocupação aumentando

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no segundo semestre e no primeiro trimestre do ano que vem, de maneira que a gente deve pensar o primeiro trimestre de 2022 pró-ximo do patamar que a gente tinha”, completou.

Fonte: https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2021-06/pandemia-ainda-provoca-impactos-no-mercado-de-trabalho-diz-ipea

Brasil assume a presidência temporária do MercosulNa reunião com chefes de Estado, o Presidente Jair Bolsonaro

destacou que o Brasil vai trabalhar para que o bloco seja instrumen-to para modernidade

O Brasil assumiu a presidência pro tempore do Mercosul du-rante a 58ª edição da Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul e Estados Associados realizada nesta quinta-feira (8), por videoconfe-rência. O Presidente Jair Bolsonaro afirmou que, à frente do bloco, um foco do Brasil será modernizar a agenda econômica do Merco-sul.

“Persistiremos nesse caminho durante o exercício da presidên-cia pro tempore que nos cabe até o final deste ano”, disse. “Em nossa presidência de turno que se inicia hoje continuaremos a trabalhar pelo resgate dos valores originais do bloco, associados à abertura e a busca da maior e melhor integração de nossas econo-mias nas cadeias regionais e internacionais de valor”.

“O Mercosul nasceu de compromisso claro com a liberdade e com a democracia e abertura para o mundo. Serão esses os princí-pios orientadores da atuação brasileira no Mercosul”, acrescentou o Presidente.

Bolsonaro disse ainda que, na ampla agenda do Mercosul, o Brasil vai trabalhar para gerar resultados que possam ser valoriza-dos e percebidos pelas populações e empresários dos integrantes do bloco. “Queremos um Mercosul de resultados, queremos um Mercosul que seja instrumento para a modernidade”, afirmou.

Novas conquistasSegundo Bolsonaro, é preciso transformar o Mercosul em ins-

trumento efetivo de promoção da liberdade e da prosperidade para os povos dos países membros. “Não podemos deixar que o Merco-sul continue a ser visto como sinônimo de ineficiência, desperdício de oportunidades e restrições comerciais”, afirmou.

“Precisamos lançar novas negociações e concluir os acordos comerciais pendentes, ao mesmo tempo que trabalhamos para re-duzir tarifas e eliminar outros entraves ao fluxo comercial entre nós e com o mundo em geral”, disse.

O Presidente Jair Bolsonaro disse que é preciso avançar em dois temas que são a redução da Tarifa Externa Comum e a flexibili-dade para a adoção de acordos comerciais com parceiros externos. E afirmou que o Mercosul precisa alcançar uma economia mais in-tegrada ao mundo, ter empresas mais competitivas, trabalhadores mais produtivos e consumidos mais satisfeitos.

“O Mercosul precisa mostrar seu valor com entregas à popu-lação, pela conquista de novos mercados e pela eliminação de en-traves que tenham como resultados novos empreendimentos, mais empregos e produtos mais baratos”, disse.

EconomiaDurante o discurso, o Presidente Bolsonaro afirmou que seu

governo está empenhado para intensificar a imunização em massa da população brasileira contra a Covid-19 e garantir a rápida e plena recuperação da economia do país.

“Meu governo está empenhado em garantir rápida e plena re-cuperação da economia neste momento de intensificação da imu-nização em massa. Os brasileiros voltam a trabalhar, a estudar e a encontrar-se com plena segurança. A viver, enfim, em condições de absoluta normalidade”, ressaltou.

“As mudanças e reformas que empreendemos no Brasil ofe-

recem base firme para a retomada econômica juntamente com as medidas emergenciais de garantia do ganha pão das parcelas mais vulneráveis da nossa população. Nossa recuperação, de fato, já co-meçou como mostram os números mais atualizados da nossa eco-nomia”, disse.

O Presidente disse esperar que ao final do ano, com o avan-ço da vacinação, a reunião possa ser realizada de forma presencial. “Com avanço firme e decisivo da vacinação em massa nos próximos meses, estarei honrado em poder recebê-los no Brasil no final do ano”, disse.

O blocoO Mercosul tem como países fundadores o Brasil, a Argentina,

o Paraguai e o Uruguai. Mais tarde, a Venezuela passou a fazer parte do bloco e, atualmente, está suspensa do Mercosul. A Bolívia está em processo de adesão.

Em 2020, o Brasil exportou cerca de US$ 12,4 bilhões para os países do Mercosul e importou US$ 11,9 bilhões, com superávit de cerca de US$ 420 milhões.

Fonte: https://www.gov.br/planalto/pt-br/acompanhe-o-planalto/noticias/2021/07/bra-

sil-assume-a-presidencia-temporaria-do-mercosul#:~:text=O%20Bra-sil%20assumiu%20a%20presid%C3%AAncia,a%20agenda%20econ%-

C3%B4mica%20do%20Mercosul.

Nanotecnologia: composto desenvolvido na Unicamp comba-te superbactéria

Procedimento envolve uso de nanopartícula de açúcarUm composto desenvolvido por pesquisadores da Universida-

de Estadual de Campinas (Unicamp) pode combater superbactérias. O procedimento envolve o uso de uma nanopartícula de açúcar, que serve como cápsula para nanopartículas de prata e antibióticos convencionais. Essa combinação engana os mecanismos de defesa das bactérias e evita que elas consigam desenvolver resistência.

“Podemos dizer que fizemos nanotecnologia dentro de na-notecnologia, porque dentro de nanopartículas de açúcar de 100 nanômetros produzimos nanopartículas de prata de cinco nanôme-tros”, explica a professora Catia Ornelas, que coordena os trabalhos. Ela acrescenta que agora essa descoberta pode ser explorada para combinar dentro do carregador várias junções de prata e antibióti-cos para avaliar a eficiência dos compostos.

A ação bactericida das partículas de prata ocorre porque ela provoca defeito nas membranas externas das bactérias, o que a torna vulnerável a agentes externos. “O fato de combinar nanopar-tículas de prata com antibióticos convencionais no mesmo ‘paco-te’ vai permitir uma ação mais devastadora sobre as bactérias, não permitindo que elas desenvolvam resistência tão facilmente”, diz a professora que orientou os trabalhos do mestrando Gabriel Perli e da pós-doutora Carolyne Braga como parte do projeto.

Catia acrescenta que a prata também impede que as bactérias produzam sua fonte de energia necessária, afetando a sobrevivên-cia delas, e assim interrompendo a replicação do DNA e inviabilizan-do sua multiplicação.

De acordo com a pesquisadora, o laboratório em que ela atua desenvolve há vários anos estudos sobre diferentes tipos de nano-materiais para aplicação em nanomedicina. “O polímero de açúcar ou polissacarídeo que usamos como nanocarregador, que consta nessa patente, tem sido explorado no nosso grupo como carrega-dor de vários tipos de fármacos anticâncer, tendo mostrado resulta-dos muito promissores em testes in vitro e in vivo.”

A patente apresentada agora para combater superbactérias foca no potencial do polissacarídeo (açúcar) como carregador de misturas de compostos com propriedades bactericidas. “Ainda es-tamos na fase de testes pré-clínicos, e os próximos passos dessa pesquisa incluem testar várias combinações de antibióticos, os

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compostos, contra vários tipos de bactérias. As formulações mais promissoras in vitro deverão avançar para estudos em animais.”

Bactérias resistentesSegundo os pesquisadores, estima-se que até 2050 a principal

causa de morte no mundo será a de infecções por superbactérias. Isso quer dizer que elas são resistentes aos antibióticos existentes e não morrem mesmo na presença de uma grande quantidade de re-médios. Muitas vezes, essas infecções levam os pacientes à morte. A professora destaca que “o aparecimento da resistência bacteriana faz parte do processo evolutivo das bactérias, que permite a sua sobrevivência como espécie”, mas algumas ações do homem con-tribuem para que elas fiquem mais fortes.

Entre elas estão o mau uso dos remédios prescritos, encerran-do o tratamento antes do prazo previsto. Outra prática prejudicial é tomar antibióticos sem ter a certeza de que se trata de uma infec-ção bacteriana, aproveitando medicamentos de familiares e amigos ou comprando sem receituário médico. Administração generalizada de antibióticos na agropecuária, falta de diagnósticos específicos e falta de condições de saneamento básico em muitas partes do pla-neta também são fatores importantes na evolução do problema.

“O aparecimento da resistência bacteriana faz parte do proces-so evolutivo das bactérias que permite a sua sobrevivência como espécie”, defende Catia. Ela aposta no desenvolvimento dos nano-carregadores como forma de combinar vários tipos de antibióticos que, juntos, vão atuar de forma a enganar os mecanismos de defesa das bactérias.

Fonte: https://agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2021-07/nanotecnologia-composto-desenvolvido-na-unicamp-combate-super-

bacteria

Levantamento da UFS aponta que junho é o mês em que mais doses de vacinas contra a Covid-19 foram aplicadas no estado

Copa América trouxe nova variante do coronavírus ao BrasilInstituto Adolfo Lutz identificou nova cepa do vírus em partici-

pantes do campeonatoA Secretaria de Saúde do Mato Grosso confirmou nesta 2ª feira

(12.jul.2021) que foi identificada uma nova variante do coronavírus no Estado devido à Copa América. A VOI B.1.621, conhecida como “cepa colombiana”, foi detectada em duas pessoas da delegação colombiana, que jogou em Cuiabá contra o Equador no dia 13 de junho.

Segundo informado pelo órgão ao Poder360, em nota, “os ca-sos positivos permaneceram assintomáticos e cumpriram com o protocolo de isolamento”.

A pedido da secretaria de Saúde do Mato Grosso, o Instituto Adolfo Lutz realizou o sequenciamento genético do material bio-lógico.

“O Lacen-MT (Laboratório Central do Estado de Mato Grosso) encaminhou, no dia 29 de junho, as amostras para o Instituto Adol-fo Lutz, que realizou o sequenciamento genético do material bioló-gico. O instituto informou no sábado (10.jul) o resultado preliminar dessa análise, que apontava para a confirmação da Variante de In-teresse (VOI) B.1.621, a cepa colombiana. Nesta 2ª-feira (12.07), o Instituto enviou ao Lacen o relatório final da análise”, diz a nota.

Diagnósticos positivosSegundo boletim do Ministério da Saúde de 28 de junho, foram

registrados 198 casos de covid-19 entre os participantes da Copa América.

São 57 entre jogadores e membros das delegações, 137 de prestadores de serviços e 4 da Conmebol, que inclui equipe de arbi-tragem, médicos e logística.

As contaminações foram confirmadas em Brasília, Goiânia,

Cuiabá e no Rio de Janeiro. O ministério não detalhou quais foram as seleções afetadas.Fonte: https://www.poder360.com.br/coronavirus/copa-america-trou-

xe-nova-variante-do-coronavirus-ao-brasil/

Com crise e desemprego, mais de 130 mil brasileiros deixaram o Brasil em 2021

EUA e Portugal são apontados como os principais destinos des-ses brasileiros. Outros países, como Reino Unido e Japão, também têm recebido fluxo crescente

Mesmo com as inúmeras restrições à entrada em vários países por causa da pandemia, o brasileiro volta a tentar a vida fora do país. Dados da Polícia Federal indicam que as fronteiras brasileiras registraram 131,5 mil movimentos de saída de brasileiros que não voltaram entre janeiro e maio de 2021. Em um país em crise econô-mica e com desemprego recorde, a falta de perspectiva sobre o fu-turo parece ser a razão do novo movimento emigratório brasileiro.

O Sistema de Tráfego Internacional (STI) é a plataforma da Polí-cia Federal onde são registrados os movimentos de entrada e saída de pessoas no Brasil. Esse banco de dados é alimentado a cada vez que brasileiros e estrangeiros passam pelo controle migratório da PF em aeroportos, portos e fronteiras terrestres.

Em 2021, o sistema volta a mostrar um fenômeno que sempre aparece em momentos de desesperança. Desde janeiro, todos os meses têm saldo negativo na movimentação de brasileiros. “Esta-mos vendo a retomada de um fenômeno das décadas de 1980 e 1990. O brasileiro acha que vai ter trabalho e tenta a sorte em paí-ses como Estados Unidos e Portugal”, diz o coordenador estatístico do Observatório das Migrações Internacionais (OBMigra) e pesqui-sador do IBGE, Tadeu Oliveira.

Oliveira nota que o movimento visto neste ano retoma o fenô-meno que começou em meados da década passada. “Com a reces-são vista em 2015 e 2016, muitos saíram do Brasil. É principalmente a pessoa de classe média baixa que, sem oportunidades por aqui, tenta a vida no exterior”.

A saída vista neste ano, porém, parece ter uma diferença: a di-ficuldade para entrar nos países. Com a pandemia, várias nações adotaram medidas de restrição à entrada de brasileiros. Isso faz com que o esforço para deixar o Brasil seja ainda maior – e parece que muita gente está disposta a enfrentar essa dificuldade extra.

Em 2021, foram registrados 437 mil movimentos de saída de brasileiros de janeiro a maio, mas 305,5 mil voltaram dias ou sema-nas depois. Assim, o saldo líquido acumulou a saída de 131,5 mil pessoas. Ou seja, praticamente um a cada três que embarcou rumo a outro país não voltou para casa. Em 2019, 115,4 mil deixaram o Brasil nos mesmos cinco meses. A proporção, porém, era muito di-ferente: só um a cada 29 não voltou.

A saída recente de brasileiros só foi interrompida em 2020, no auge da pandemia. “No ano passado, os países se fecharam e o Bra-sil seguiu obrigado a receber os próprios brasileiros mesmo com a pandemia. Isso gerou o fluxo positivo, com o retorno de muita gen-te”, explica o coordenador do Observatório das Migrações.

Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br/business/2021/07/12/com--crise-e-desemprego-mais-de-130-mil-brasileiros-deixaram-o-brasil-

-em-2021

Mercado financeiro eleva projeção da inflação para 6,11%Previsão para expansão do PIB subiu para 5,26% em 2021A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de

Preços ao Consumidor Amplo (IPCA - a inflação oficial do país) deste ano subiu de 6,07% para 6,11%. A estimativa está no boletim Focus de hoje (12), pesquisa divulgada semanalmente, em Brasília, pelo Banco Central (BC), com a projeção para os principais indicadores econômicos.

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Para 2022, a estimativa de inflação é de 3,75%. Para 2023 e 2024 as previsões são de 3,25% e 3,16%, respectivamente.

O cálculo para 2021 está acima da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. A meta, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 3,75% para este ano, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite infe-rior é de 2,25% e o superior de 5,25%.

No mês passado, a inflação desacelerou para 0,53%, depois de chegar a 0,83% em maio. Com o resultado, o IPCA acumula alta de 3,77% no ano e 8,35% nos últimos 12 meses.

Taxa de jurosPara alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como

principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, estabelecida atualmente em 4,25% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom).

Para o mercado financeiro, a expectativa é que a Selic encerre 2021 em 6,63% ao ano. Para o fim de 2022, a estimativa é que a taxa básica suba para 7% ao ano. E tanto para 2023 como para 2024, a previsão é 6,50% ao ano.

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços por-que os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupan-ça. Desse modo, taxas mais altas podem dificultar a recuperação da economia.

Além disso, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadim-plência, lucro e despesas administrativas.

Quando o Copom reduz a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, redu-zindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica.

PIB e câmbioAs instituições financeiras consultadas pelo BC aumentaram

a projeção para o crescimento da economia brasileira este ano de 5,18% para 5,26%. Para 2022, a expectativa para Produto Interno Bruto (PIB) - a soma de todos os bens e serviços produzidos no país - é de crescimento de 2,09%. Em 2023 e 2024, o mercado financeiro projeta expansão do PIB em 2,50%.

A expectativa para a cotação do dólar variou de R$ 5,04 para R$ 5,05 ao final deste ano. Para o fim de 2022, a previsão é que a moeda americana fique em R$ 5,20.

Fonte: https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noti-cia/2021-07/mercado-financeiro-eleva-projecao-da-inflacao-pa-ra-611

Presas 884 pessoas em operação que combate crimes contra crianças

325 adolescentes foram apreendidos em vários estadosO Ministério da Justiça e Segurança Pública informou hoje

(16), em Brasília, que 884 pessoas foram presas como resultado da Operação Acalento, realizada em várias regiões do país. A ação tem como objetivo combater crimes de violência contra crianças e adolescentes, como maus tratos e violência sexual. Também fo-ram solicitadas 1.490 medidas protetivas e 325 adolescentes foram apreendidos.

No total, 16.971 vítimas foram atendidas. Foram executados 528 mandados de prisão, 293 mandados de busca domiciliar e 105 armas apreendidas.

A operação, que ocorre desde 4 de junho, reuniu policiais civis de todo o país. Na manhã desta sexta-feira foi desencadeado o Dia D da ação que reuniu, durante a sua realização, 7.500 agentes da polícia civil em 1.352 municípios de todos os estados.

Dados do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Hu-

manos mostram que, de janeiro a abril deste ano, os canais da pasta receberam mais de 32 mil denúncias de violência contra crianças e adolescentes.

Segundo o secretário de Operações Integradas do Ministério da Justiça, Alfredo Carrijo, a pasta tem atuado para integrar as for-ças de segurança pública visando combater crimes contra crianças e adolescentes.

“O papel da Secretaria de Operações Integradas é promover a união das forças de segurança pública dos estados para que traga resultados nacionais expressivos no combate a esse tipo de crime. As investigações vêm sendo bem-sucedidas e mostram ações rigo-rosas contra esta prática”, disse.Fonte: https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2021-07/presas-

-884-pessoas-em-operacao-que-combate-crimes-contra-criancas

Novo Ensino Médio começa a ser implementado gradualmen-te a partir de 2022

O cronograma foi divulgado pelo Ministério da Educação que vai apoiar as ações das secretarias de educação

Com carga horária maior e diferentes possibilidades de forma-ção, o Novo Ensino Médio começa a ser implementado nas escolas públicas e privadas do país a partir de 2022. As ações e o cronogra-ma nacional para a implementação do Novo Ensino Médio foram di-vulgados nesta quarta-feira (14) pelo Ministério da Educação. A por-taria com as orientações está publicada no Diário Oficial da União.

A implementação do Novo Ensino Médio será iniciada no ano que vem de forma progressiva com as 1ª séries do Ensino Médio. Em 2023 com as 1ª e 2ª séries e completando o ciclo de implemen-tação nas três séries do ensino médio em 2024.

Esse modelo traz uma nova organização curricular e a amplia-ção da carga horária mínima das atuais 800 horas para 1.000 horas anuais. Contempla as aprendizagens essenciais e comuns a todos os jovens e a oferta de diferentes possibilidades de escolha aos estu-dantes a partir dos itinerários formativos incluindo a formação téc-nica e profissional de forma a aprofundar conhecimentos e ajudar na inserção dos jovens no mercado de trabalho.

“Educação é sempre médio e longo prazo, nada curto prazo, então, o que estamos fazendo aqui vai refletir lá na frente”, disse o ministro da Educação, Milton Ribeiro. “Precisamos dar uma respos-ta aos nossos jovens do presente para o futuro. O que fizemos agora vai refletir lá no futuro”, afirmou.

O ministério tem ofertado apoio técnico e financeiro às secre-tarias de educação para a elaboração dos referencias curriculares alinhados ao Novo Ensino Médio. “Investimos nesse projeto novo mais de R$ 70 milhões nas secretarias de educação para readequa-ção de seus referencias curriculares e para formação dos profissio-nais de educação. Já mandamos isso no âmbito do programa de apoio do Novo Ensino Médio. Promovemos o repasse a mais de 4 mil escolas piloto, totalizando R$ 360 milhões em apoio financeiro”, detalhou Milton Ribeiro.

A Lei nº 13.415/2017 alterou a Lei de Diretrizes e Bases da Edu-cação Nacional e estabeleceu uma mudança na estrutura do ensino médio.

CronogramaA portaria publicada no Diário Oficial da União desta quarta-

-feira traz o cronograma de ações para a efetivação do Novo Ensi-no Médio em âmbito nacional, orienta as unidades da federação quanto aos procedimentos e prazos que deverão ser cumpridos, quanto a oferta dos itinerários formativos e no processo de execu-ção de seus currículos, alinhados à Base Nacional Comum Curricular (BNCC).

Trata também do prazo de escolha e entrega de materiais di-dáticos e cronograma de formação para profissionais da educação,

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entre outros.

Cronograma:1) No ano de 2021: aprovação e homologação dos referenciais

curriculares pelos respectivos Conselhos de Educação e formações continuadas destinadas aos profissionais da educação;

2) No ano de 2022: implementação dos referenciais curricula-res no 1º ano do ensino médio;

3) No ano de 2023: implementação dos referenciais curricula-res nos 1º e 2º anos do ensino médio;

4) No ano de 2024: implementação dos referenciais curricula-res em todos os anos do ensino médio;

5) Nos anos de 2022 a 2024: monitoramento da implementa-ção dos referenciais curriculares e da formação continuada aos pro-fissionais da educação.

Apoio à implementaçãoNas próximas semanas, o Ministério da Educação lançará um

novo Programa de Fomento à Implementação dos Itinerários For-mativos para dar apoio técnico e financeiro as escolas de ensino médio e a integração entre as instituições de ensino superior, setor produtivo, escolas e secretarias de educação.

A portaria publicada no Diário Oficial prevê que ocorra a for-mação continuada dos profissionais da educação para alinhamento dos referenciais curriculares à BNCC com apoio técnico e financeiro do ministério. De acordo com o MEC, serão lançados cursos de for-mação para os profissionais da educação, voltados para os itinerá-rios formativos, incluindo a formação técnica e profissional.

ConteúdosO Novo Ensino Médio poderá ofertar até cinco itinerários for-

mativos que possibilitarão que o estudante a escolher em qual área quer aprofundar seus conhecimentos ao longo do ensino médio. Eles podem variar conforme o contexto no qual a escola está inse-rida e de acordo com as necessidades e interesses dos estudantes. As redes de ensino terão autonomia para definir os itinerários ofer-tados.

Os itinerários são: linguagens e suas tecnologias, matemática e suas tecnologias, ciências da natureza e suas tecnologias, ciências humanas e sociais aplicadas e formação técnica e profissional.

A portaria traz o cronograma referente aos materiais e recursos didáticos para o Novo Ensino Médio:

1) No ano de 2021: escolha e distribuição das obras, projeto integradores e projetos de vida;

2) No ano de 2022: escolha e distribuição, por área de conhe-cimento, das obras de formação continuada e dos recursos educa-cionais digitais;

3) No ano de 2023: escolha e distribuição das obras literárias; e4) No ano de 2024: escolha e distribuição dos materiais e recur-

sos didáticos para os itinerários formativos.Fonte: https://www.gov.br/pt-br/noticias/educacao-e-pesqui-

sa/2021/07/novo-ensino-medio-comeca-a-ser-implementado-gradual-mente-a-partir-de-2022

Mercado aposta em Brasil melhor nas Olímpiadas de Tóquio do que no Rio

Expectativa é de que atletas olímpicos conquistem entre 18 e 20 medalhas

Os Jogos Olímpicos de 2020, em Tóquio, começam nesta sex-ta-feira, mas o tradicional mercado de balcão está aquecido há dias. As apostas são de que o país conquiste a melhor colocação no quadro de medalhas, com um total de 20, segundo informações de operadores das mesas de derivativos de corretoras nacionais. Mas essa expectativa tende a esquentar à medida que os atletas forem

subindo ao pódio, sendo que quanto mais vezes tocar o hino nacio-nal, maior a chance de o Brasil melhorar o desempenho.

A julgar pelos preços atuais das opções, o Brasil deve ter nes-te ano a melhor colocação no ranking de medalhas, superando a última edição, disputada no Rio de Janeiro, em 2016. Esse favori-tismo, segundo operadores, reflete a expectativa de que os atletas olímpicos conquistem entre 18 e 20 medalhas, sendo cinco ou seis de ouro. Durante os jogos na capital fluminense, o país ficou na 13ª colocação, com 19 medalhas, sendo sete de ouro, seis de prata e seis de bronze.

“Vai esquentar quando começar a sair medalhas”, comenta um experiente operador de derivativos de uma corretora nacional. Ele explica que, nesse momento, as apostas se baseiam no mais recen-te desempenho e, por isso, é preciso aguardar a disputa começar. “Aí, então, o mercado começa a ferver”, emenda outro operador sênior, acrescentando que as apostas (e os preços) devem mudar.

Segundo eles, o mercado de balcão já negociou cerca de 60 mil lotes. “Se comprou a 19 e, no final da Olimpíada, o Brasil tiver 23, [o investidor] ganha quatro”, explica um dos profissionais citados acima, referindo-se à aposta atual, entre 18 e 20 medalhas. “Quem comprou mil lotes nessa opção, leva então R$ 4 mil”, completa. “Mas a movimentação deve crescer nos próximos dias”, ressalta o operador.

Para entrar no mercado de balcão, aberto somente a pessoas físicas, a “aplicação” mínima é de R$ 100. A maioria dos participan-tes é de operadores do mercado financeiro doméstico, mas não é raro surgir investidor individual nos negócios. Afinal, tais apostas já são tradição em outras disputas esportivas - como Campeona-to Brasileiro, Copa Libertadores da América e até mesmo Copa do Mundo - e também eventos de grande audiência na TV, como o Big Brother Brasil. Para participar, é preciso fazer um investimento via corretora de valores.

Os profissionais lembram que em edições da Copa do Mundo as apostas são mais agitadas, com os volumes negociados por um único investidor podendo chegar a centenas de milhares de reais. “Também rola muito default [calote]. Em BBB e Brasileirão, já houve perdas de R$ 500 mil”, conta um dos operadores citado acima.

Há também a possibilidade de acerto entre as partes, com o aplicador liquidando a posição por um valor menor, depois de um acordo com a ponta vencedora. Para um profissional, da mesa de renda fixa de uma corretora nacional, o mercado de opções foi abalado justamente em razão de alguns participantes deixarem de honrar suas apostas. “Hoje em dia, se aposta em qualquer coisa”.

Fonte: https://valorinveste.globo.com/mercados/brasil-e-politica/no-ticia/2021/07/19/mercado-aposta-em-brasil-melhor-nas-olimpiadas-

-de-toquio-do-que-no-rio.ghtml

Bolsonaro confirma Ciro Nogueira na Casa Civil e recriação de Ministério do Trabalho

Defensor do governo na CPI da Covid, senador será nomeado para reforçar apoio do Centrão no Congresso. Novo ministério cria-do eleva para 23 número de pastas na Esplanada.

O presidente Jair Bolsonaro confirmou nesta quinta-feira (22) que o senador Ciro Nogueira (PP-PI) foi convidado e aceitou o con-vite para assumir a Casa Civil do governo. Ele assumirá a pasta na semana que vem.

Bolsonaro concedeu entrevista nesta manhã à Rádio Banda B, de Curitiba. Questionado sobre a reforma ministerial, o presidente disse que colocará um senador na Casa Civil e confirmou o nome de Nogueira, integrante do chamado Centrão.

A informação havia sido antecipada pela colunista Natuza Nery.“Realmente deve acontecer semana que vem, está pratica-

mente certo. Vamos botar um senador aqui na Casa Civil que pode manter um diálogo melhor com o parlamento brasileiro”, afirmou

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Bolsonaro.“A princípio é ele [Ciro Nogueira]. Conversei com ele já, ele

aceitou. Ele está em recesso, chega em Brasília segunda-feira, con-verso com ele, acertamos os ponteiros. E a gente toca o barco. É uma pessoa que eu conheço há muito tempo, ele chegou em 95 na Câmara, eu cheguei em 91”, acrescentou.

À rádio, Bolsonaro também confirmou a recriação do Ministé-rio do Trabalho, que se chamará Ministério do Emprego e Previdên-cia. O atual ministro da Secretaria Geral, Onyx Lorenzoni, será o titu-lar deste novo ministério e o atual chefe da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos, assumirá seu lugar na Secretaria Geral.

“O general Ramos que está na Casa Civil continua sendo um mi-nistro palaciano, vai para Secretaria Geral. E o Onyx, que eu chamo de coringa, ele vai para um novo ministério, que não vai ser aumen-tado o número de ministérios”, disse Bolsonaro.

“Como o Banco Central perdeu esse status há dois meses, restabelecemos 23 ministérios e vai ser o Ministério do Emprego e Previdência. Esse que é o quadro pintado aqui agora. Nenhuma mudança drástica no meu entender. Acho que melhora a interlocu-ção com o parlamento”, avaliou o presidente.

Bolsonaro disse que o Ministério da Economia, que herdou a estrutura da antiga pasta do Trabalho, é enorme e exigiu muito es-forço do ministro Paulo Guedes. Para o presidente, a mudança “dá uma certa descompressão” no ministro.

“Ele mesmo [Guedes] concordou com a tirada dessa parte que é o antigo Ministério do Trabalho e da Previdência para passar a esse novo ministério. Dá uma certa descompressão no Paulo Gue-des e deixa o Onyx Lorenzoni tratar dessa questão importantíssima que precisamos sim, além de recuperar empregos, é buscar mais alternativas para atender os desassistidos”, declarou o presidente.

‘Eu sou do Centrão’Durante a entrevista, o presidente tentou justificar a nomeação

de um integrante do Centrão para a Casa Civil em troca de mais apoio no parlamento.

Bolsonaro afirmou que “eu sou do Centrão, eu fui do PP meta-de do meu tempo, fui do PTB, fui do então PFL”. O presidente disse que afastar os partidos de centro dificultaria a governabilidade.

“São pouco mais de 200 pessoas. Se você afastar esse partido de Centro, sobram 300 votos para mim. Se afasta Cento e poucos parlamentares de esquerda, PT, PCdoB e PSDB, eu vou governar com um quinto da Câmara. Não tem como governar com um quinto da Câmara”, disse Bolsonaro.

MinistériosUma das bandeiras de campanha do presidente Jair Bolsonaro,

a redução do número de ministérios está cada vez mais distante das promessas do período eleitoral.

Bolsonaro recebeu do ex-presidente Michel Temer uma estru-tura com 29 pastas: 23 ministérios, duas secretarias e quatro órgãos com status de ministério.

Antes da eleição, Bolsonaro prometeu enxugar a estrutura e disse que governaria com no máximo 15 pastas.

No entanto, três meses depois, em janeiro de 2019, empossou 22 ministros no Palácio do Planalto, incluindo o presidente do Ban-co Central, órgão até então com status de ministério.

Em junho de 2020, Bolsonaro anunciou a recriação do ministé-rio das Comunicações, elevando o número de pastas a 23.

Com a sanção da lei que estabeleceu a autonomia do Banco Central em fevereiro deste ano, o presidente Roberto Campos Netto perdeu status de ministro. Atualmente a esplanada conta com 22 ministérios. Com a recriação da pasta do Trabalho voltará a 23.

Fonte: https://g1.globo.com/politica/noticia/2021/07/22/bolsonaro--confirma-ciro-nogueira-na-casa-civil-e-recriacao-de-ministerio-do-tra-

balho.ghtml

Auxílio Emergencial 2021: Caixa libera 4ª parcela a nascidos em julho; veja calendários

O pagamento da quarta parcela do auxílio no último dia 17.A Caixa Econômica Federal (Caixa) paga neste sábado (24) a

quarta parcela do Auxílio Emergencial aos beneficiários que não fa-zem parte do Bolsa Família nascidos em julho.

O pagamento da terceira parcela do auxílio terminou em 30 de junho para todos os públicos.

Já os pagamentos da quarta parcela do benefício foram ante-cipados e começaram no sábado (17) para quem não faz parte do Bolsa Família (veja nos calendários mais abaixo). O calendário de pagamentos das próximas parcelas ainda não foi definido.

Os recursos serão depositados em poupança social digital da Caixa, e estarão disponíveis inicialmente para pagamento de contas e compras por meio do cartão virtual. Saques e transferências para quem receber o crédito neste sábado serão liberados no dia 11 de agosto.

Veja quem recebe a partir deste sábado:- Trabalhadores que não fazem parte do Bolsa Família, nascidos

em julhoOs trabalhadores podem consultar a situação do benefício pelo

aplicativo do auxílio emergencial, pelo site auxilio.caixa.gov.br ou pelo https://consultaauxilio.cidadania.gov.br/

Fonte: https://g1.globo.com/economia/auxilio-emergencial/noti-cia/2021/07/24/auxilio-emergencial-2021-caixa-libera-4a-parcela-a-

-nascidos-em-julho-veja-calendarios.ghtml

INCC-M desacelera a 1,24% em julho, após 2,30% em junho, revela FGV

O Índice Nacional de Custos da Construção – M (INCC-M) de-sacelerou de 2,30% em junho para 1,24% em julho, informou nesta terça-feira a Fundação Getulio Vargas (FGV). A inflação somada em 12 meses pelo índice avançou de 16,88% em junho para 17,35% em julho. O INCC-M acumula alta de 10,75% em 2021

A desaceleração do indicador foi puxada pelo arrefecimento do subíndice de Mão de Obra, que passou de 2,98% em junho para 1,12% este mês. Todas as aberturas do indicador registraram alívio da inflação: auxiliar (3,02% para 1,15%), técnico (3,08% para 1,12%) e especializado (2,51% para 0,97%).

O subíndice de Materiais, Equipamentos e Serviços também desacelerou, de 1,65% para 1,37%, com alívio de Materiais e Equi-pamentos de 1,75% para 1,52%, puxado por materiais para insta-lação (1,11% para 0,28%). Já o grupo Serviços arrefeceu de 1,19% para 0,65%, influenciado por itens serviços técnicos (2,29% para 0,92%) e aluguéis e taxas (0,96% para 0,38%), segundo a FGV.

Fonte: https://www.istoedinheiro.com.br/incc-m-desacelera-a--124-em-julho-apos-230-em-junho-revela-fgv/

Neve no RS: ao menos 13 cidades registram fenômeno; veja imagens

Neve foi registrada em cidades como Pelotas, São Francisco de Paula, Gramado, Carlos Barbosa, Bagé, Herval, Piratini, Caxias do Sul, Marau e Farroupilha.

A onda de ar frio que passa pelo Sul do país trouxe neve a pelo menos 13 cidades do Rio Grande do Sul, além de chuva congelada, nesta quarta-feira (28). Em São Francisco de Paula, na Serra, a popu-lação foi para as ruas brincar com a neve que caía no início da noite. Veja vídeo acima.

Segundo a Somar Meteorologia, houve queda de neve em Pe-

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lotas, São Francisco de Paula, Gramado, Carlos Barbosa, Bagé, Her-val, Piratini, Caxias do Sul, Marau e Farroupilha.Fonte: https://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2021/07/28/

cidades-do-rs-tem-neve-e-chuva-congelada-veja-imagens.ghtml

Mayra leva bronze e é a 1ª brasileira com 3 medalhas em es-portes individuais

Judoca repetiu o terceiro lugar que já havia conquistado nos Jogos de 2012 e 2016

A judoca Mayra Aguiar, 29 anos, conquistou o bronze nas Olim-píadas 2020 nesta quinta-feira (29) e se tornou a primeira brasileira a ganhar três medalhas olímpicas em esportes individuais.

Ela também se consagrou como a primeira atleta do judô do Brasil a conseguir três pódios olímpicos, repetindo o terceiro lugar na categoria até 78 kg que já havia conquistado nos Jogos de Lon-dres-2012 e Rio-2016.

Na disputa do bronze em Tóquio, Mayra venceu a sul-coreana Hyunji Yoon por ippon, com uma imobilização sobre a adversária com apenas 1 minuto e 18 segundos de luta.

A medalha de Mayra é a sexta do Brasil nos Jogos de 2020 -- veja o quadro de medalhas atualizado.

“Eu tive medo”, diz judocaA trajetória até as Olimpíadas 2020 sofreu um baque em se-

tembro do ano passado, quando ela precisou passar por uma cirur-gia no joelho esquerdo. Ela retornou às disputas no Mundial reali-zado em Budapeste, na Hungria, e foi eliminada na segunda rodada.

Mesmo assim, Mayra conseguiu se recuperar a tempo de dispu-tar sua quarta Olimpíada - ela também competiu em Pequim-2008, com uma derrota na estreia da categoria até 70 kg. “Estou bem emocionada mesmo. Acho que é a conquista mais importante para mim”, disse, à TV Globo, logo após conquistar o bronze.

“Foi bem difícil esses últimos anos, esses últimos tempos. Tem que superar, e tem que superar de novo, e de novo… não aguenta-va mais fazer cirurgia, estava muito cansada. É muito desgastante passar por tudo isso, ainda mais no momento que a gente estava vivendo”, lembrou a judoca.

“Eu tive medo, eu tive angústia, eu continuei, eu acreditei. Por pior que estivesse, a gente tentar fazer o nosso melhor vale a pena. Estou bem emocionada, estou tentando me acalmar, mas está sen-do muito importante para mim.”

Mayra Aguiar, medalha de bronze em TóquioAgora, a judoca afirma que já inicia a sua preparação para os

Jogos de Paris, em 2024, onde buscará o inédito título olímpico. “São 3 anos, passa rápido. Agora é voltar para casa, recuperar e continuar lutando, porque quero estar em Paris e quero esse ouro também.”

Além dos três bronzes olímpicos, Mayra também ganhou seis medalhas em Mundiai: dois ouros (2014 e 2017), uma prata (2010) e três bronzes (2011, 2013 e 2019).

A campanha do bronzeMayra estreou diante da israelense Inbar Lanir, já nas oitavas

de final da categoria até 78 kg. E a luta durou apenas 40 segundos, tempo necessário para a brasileira aplicar um ippon. Só que se a pri-meira passagem pelo tatame foi curta e vitoriosa, o que aconteceu na segunda foi o contrário.

Mayra encarou a alemã Anna-Maria Wagner e viu a atual cam-peã mundial acabar com o sonho do seu primeiro título olímpico. Nos 4 minutos iniciais, a brasileira foi mais agressiva, mas não con-seguiu encaixar o golpe que lhe daria a vitória. Já no golden score, foi anulada pela rival, que aplicou um ippon com 3min47, assegu-rando a vitória e a passagem às semifinais. Ficou a impressão de

que a falta de ritmo a atrapalhou em uma luta mais longa. Na repescagem, Mayra contou com punições para avançar à

luta pelo bronze. A russa Aleksandra Babintseva recebeu três adver-tências por fugir do combate.

Na visão do juiz, ela buscou escapar de um golpe com a cabeça, evitou a pegada da brasileira e saiu da área de luta.

Judô é a modalidade mais premiada do BrasilPara o judô brasileiro, a medalha de Mayra em Tóquio é a se-

gunda nas Olimpíadas 2020 -- Daniel Cargnin também ganhou o bronze, na categoria até 66 kg -- e a 24ª na história dos Jogos.

O esporte de luta de origem japonesa foi o que mais assegurou medalhas na trajetória brasileira nos Jogos Olímpicos: são quatro ouros, três pratas e 15 bronzes.

A tradição do judô brasileiro nas Olimpíadas também se reflete no retrospecto do país na competição. São dez edições consecu-tivas, desde Los Angeles-1984, que o Brasil conquista uma meda-lha nos Jogos. A primeira delas havia ocorrido 12 anos antes, em Munique-1972, com o bronze de Chiaki Ishii, nascido no Japão e naturalizado brasileiro.

Derrota precoce de BuzacariniJá a participação de Rafael Buzacarini (até 100kg) não foi além

da primeira luta em Tóquio. Diante do belga Toma Nikiforov, o atual campeão europeu, o brasileiro vinha fazendo um combate equili-brado e até tendo mais iniciativa, mas levou um wazari a 38 segun-dos do fim e não conseguiu mais se recuperar.

“Sabia que seria uma luta dura e acabei sofrendo o golpe. Per-di. Eu fico triste. Dei tudo o que eu tinha. Só agradeço a chance de lutar em mais uma Olimpíadas, mas poderia ir mais longe. Desculpa a todos. Eu tentei”, disse Buzacarini, chorando, ao SportV.

Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br/esporte/2021/07/29/olimpia-das-mayra-ganha-bronze-e-a-primeira-do-judo-brasileiro-com-3-me-

dalhas

Incêndio atinge galpão da Cinemateca; prédio abriga o acervo fotográfico

Um incêndio atingiu na tarde desta quinta-feira, 29, o galpão da Cinemateca Brasileira, no bairro Vila Leopoldina, na zona oeste de São Paulo. O prédio abriga o acervo fotográfico da instituição, con-forme o próprio site da instituição, responsável pela preservação do maior acervo audiovisual da América Latina. O Corpo de Bombeiros recebeu a ocorrência às 18h04 e, segundo o órgão, 11 viaturas es-tão trabalhando no local. Não há registro de vítimas e a causa do fogo ainda é desconhecida.

O prédio no número 290 da rua Othão, na Vila Leopoldina, foi doado à Cinemateca em 2009, pela Secretaria do Patrimônio da União. Com área total de 8.400 metros quadrados, dos quais 6.356 são de área construída, ele passou a abrigar dois anos mais tarde as reservas específicas de guarda de acervos, áreas de processa-mento de acervos fílmicos e documentais, laboratório de impressão fotográfica digital e demais instalações administrativas, de apoio e serviços da instituição.

Com a função de preservar e difundir o acervo audiovisual bra-sileiro, a Cinemateca Brasileira é administrada hoje pela Secretaria Nacional do Audiovisual, braço da Secretaria Especial de Cultura e subjugada ao Ministério do Turismo. Há dois anos, o contrato que a Associação Roquette Pinto (Acerp) mantinha com o Ministério da Educação para a gerência da instituição não foi renovado. O gover-no federal prometeu lançar novo edital para a função, mas a pro-messa nunca saiu do papel.

Em maio do ano passado, ao demitir Regina Duarte da Secre-taria Especial de Cultura, o presidente Jair Bolsonaro declarou em vídeo, ao lado da atriz, que ela passaria a “fazer a Cinemateca”. Ela

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não assumiu a função. Já em agosto, o governo federal denitiu to-dos os funcionários que trabalhavam na instituição, alguns com dé-cadas de carreira, e o portal oficial da Cinemetaca foi retirado do ar.

Ainda em 12 de abril deste ano, os ex-funcionários da Cinema-teca Brasileira publicaram um manifesto alertando para “os riscos que correm o acervo, os equipamentos, as bases de dados e a edifi-cação da instituição”. “O risco de um novo incêndio é real. O acom-panhamento técnico e as demais ações de preservação, inclusive processamento em laboratório, são vitais”, diz o comunicado, que atenta também para o teor inflamável dos e da possibilidade de au-tocombustão das películas.

O abandono da instituição gerou críticas de profissionais do ci-nema brasileiro e da comunidade internacional. No ano passado, o francês Thierry Frémaux, diretor do Festival de Cannes, disse que a Cinemateca estava “ameaçada pelo governo federal”.

Ainda em 2016, um dos galpões da Cinemateca foi atingido por um incêndio que destruiu mil rolos de filmes, correspondentes a 500 obras - a maior parte cinejornais.

A reportagem não obteve resposta do Ministério do Turismo sobre a gerência e preservação da Cinemateca Brasileira.

Fonte: https://gauchazh.clicrbs.com.br/geral/noticia/2021/07/incen-dio-atinge-galpao-da-cinemateca-predio-abriga-o-acervo-fotografico-

-ckrpivft6007b01ebd41z3i2z.html

Ginástica artística: Rebeca Andrade brilha e é ouro no saltoApós vencer a prata na final individual, Rebeca Andrade brilha

também no salto e conquista o primeiro lugarRebeca Andrade é ouro! Com dois lindos saltos, a ginasta bra-

sileira foi a única atleta a alcançar nota média acima dos 15, com 15.083 pontos, o que garantiu a ela o lugar mais alto do pódio.

Após vencer a prata na final individual geral e ser a primeira medalhista brasileira na ginástica, Rebeca continua construindo uma admirável trajetória em Tóquio e fazendo história para o Brasil.

Quem abriu a disputa foi a americana Mykayla Skinner, que substituiu Simone Biles e já estabeleceu alto grau de dificuldade na categoria. Ela atingiu uma avaliação de 14.916 pontos, atrás apenas de Rebeca, e ficou com a prata.

Alexa Moreno também foi bem, mas não o suficiente para su-perar Skinner. A mexicana recebeu uma pontuação de 14.716, pou-co abaixo da avaliação da estadunidense.

Rebeca Andrade fez históriaNo primeiro salto, Rebeca Andrade aplicou uma linda pirueta

Cheng, mas pisou na linha e perdeu alguns pontos. A reação ime-diata da ginasta não foi das melhores, já que ela sabia que teria pu-nições. Mesmo assim, a atleta brasileira atingiu a média de 15.166, a maior nota até aquele momento no exercício. Na hora, ficou feliz com a pontuação.

Rebeca aumentou a dificuldade no segundo salto e aplicou um Amanar, com duas piruetas e meia. Na aterrisagem, ela deu dois passos e pisou na linha, que também influenciou a nota negativa-mente. Mesmo assim, ela alcançou uma média de 15.083 e assumiu a liderança.

Erro da favoritaJade Carey, dos Estados Unidos, era grande favorita, e assumiu

a liderança depois da desistência de Biles. A ginasta estadunidense, porém, errou na passada e o salto saiu muito aquém do esperado. Com uma tremenda punição de dois pontos, ela alcançou uma mé-dia de 12.416, muito abaixo da pontuação de corte para medalhas.

A sul-coreana Seo Jeong-Yeo foi a quinta a se apresentar: fez um lindo salto e cravou na saída. A asiática fez a maior nota da final, com 15.333; o segundo salto, entretanto, não foi tão bem e deixou a média em 14.733.

Com o passar do tempo, a emoção só aumentava. Após a apre-sentação da sul-coreana, as avaliações das ginastas não chegavam perto da nota de Rebeca, e o ouro foi ficando mais perto.

As atletas russas Melnikova e Olsen não passaram, e confir-maram a medalha de ouro inédita para o Brasil, conquistada por Rebeca Andrade.

Trajetória olímpicaApós se classificar com a terceira melhor nota das qualificató-

rias, um 15.100, Rebeca Andrade só ficou atrás das estadunidenses Simone Biles, que recebeu um 15.183, mas desistiu da competição, e Jade Carey, que ficou em segundo, com 15.166.

Na final individual, a brasileira melhorou muito essa nota e che-gou a um 15.300, nota que deu a vitória, com folgas, no aparelho.

Rebeca Andrade tem a chance de fazer história mais uma vez. Ela volta a competir amanhã, às 5h57, e pode subir ao seu terceiro pódio.

Fonte: https://www.metropoles.com/esportes/toquio-2020/ginastica--artistica-rebeca-andrade-brilha-e-e-ouro-no-salto

Ministro do STF anula condenação trabalhista bilionária im-posta à Petrobras

Alexandre de Moraes rejeitou o entendimento majoritário do TST e retirou base de cálculo que prevê poderia aumentar, em mui-to, valor a ser pago pela petroleira. Sem isso, valor da ação poderia chegar a R$ 17 bilhões.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), atendeu a um recurso da Petrobras e anulou a maior conde-nação trabalhista imposta à estatal petrolífera, segundo decisão do magistrado desta quarta-feira (28) obtida pela Reuters.

Moraes acatou a um pedido para reverter condenação do Tri-bunal Superior do Trabalho (TST) de junho de 2018, quando se dis-cutiu a forma de pagamento de uma verba salarial.

Na época, segundo uma fonte da empresa estimou à Reuters, a derrota poderia significar perdas de até R$ 17 bilhões para a em-presa.

Em seu último balanço trimestral, a Petrobras reconheceu como perda possível com esse processo R$ 30,2 bilhões, informou a companhia nesta quarta-feira. Ela acrescentou que a decisão des-ta quarta-feira ainda pode ser objeto de recurso e está avaliando se haverá efeitos em suas demonstrações financeiras.

Anteriomente, o STF já havia concedido liminares para suspen-der os efeitos do julgamento da corte trabalhista.

Na decisão de 60 páginas tomada durante o recesso forense, o ministro do STF rejeitou argumentos do TST em uma causa refe-rente à política remuneratória pela companhia desde 2007 a seus empregados, com a adoção da Remuneração Mínima de Nível e Re-gime (RMNR).

Em sua longa decisão, o ministro do STF rejeitou o entendimen-to majoritário firmado pelo TST, favorável à tese defendida pelos re-presentantes dos empregados, pela exclusão da base de cálculo da RMNR de pagamentos adicionais relacionados a regimes especiais de trabalho, como adicional noturno e periculosidade.

Essa tese, se fosse mantida, obrigaria a Petrobras a comple-mentar uma quantia maior para a RMNR ser atingida.

Moraes deu ganho de causa para a tese defendida pela Petro-bras, de que esses pagamentos de adicionais deveriam ser incluídos pela estatal na base de cálculo da RMNR. Essa foi a prática que a estatal tem adotado desde o primeiro acordo coletivo assinado com a categoria.

“Em razão de todo o exposto, e nos termos dos precedentes deste Supremo Tribunal Federal, o acórdão recorrido merece re-forma, não se vislumbrando qualquer inconstitucionalidade nos termos do acordo coletivo livremente firmado entre as empresas

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recorrentes e os sindicatos dos petroleiros”, decidiu.Em tese, cabe recurso contra a decisão de Moraes. Se isso ocor-

rer, ele vai a julgamento colegiado, em plenário físico ou virtual.

Livremente negociadoPara o ministro do STF, somente caberia a intervenção judicial

para alterar o que foi livremente negociado pelas partes se tivesse ocorrido flagrante inconstitucionalidade. Ele destacou que o ajuste referente ao pagamento do RMNR foi celebrado no plano de cargos.

“Haveria discriminação se, no caso de empregados que traba-lham nas mesmas condições e localidade, fosse estabelecida uma remuneração mínima diferenciada; o que não ocorreu”, disse.

“As remunerações de ambos os grupos (empregados que rece-bem adicionais por estarem submetidos a condições especiais de trabalho; e os empregados que não percebem essas verbas) não foram niveladas pela RMNR; em outras palavras, conferiu-se, em verdade, tratamento diferenciado aos trabalhadores a depender do nível e regime de trabalho em que se encontrem enquadrados”, reforçou.

Segundo o ministro do STF, ao contrário do alegado pelos em-pregados, houve “franca negociação” com os sindicatos e também com os trabalhadores a respeito das parcelas que compõem a RMNR. Para ele, se houve dúvidas sobre o alcance da remunera-ção, o esclarecimento deveria ter sido feito durante a negociação coletiva.

“Supor que a cláusula não foi devidamente compreendida pe-los trabalhadores, por faltar-lhe a demonstração matemática das suas consequências é, no mínimo, menosprezar a capacidade do sindicato de cumprir o papel de representar a categoria e negociar os melhores termos do acordo”, ponderou.

A Federação Única dos Petroleiros (FUP) informou em nota que vai recorrer da decisão para que ela seja julgada por um colegiado.

“É surpreendente que um tema dessa natureza e complexidade seja decidido de forma monocrática e durante o período de recesso do Supremo Tribunal Federal”, afirmou o coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar.

“A FUP vai recorrer para que o processo seja submetido à deci-são colegiada --onde há, inclusive, oportunidade de se manter sus-tentação oral--, como foi a do Tribunal Superior do Trabalho (TST), que deu ganho de causa ao trabalhador”, destacou.

Fonte: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2021/07/29/mi-nistro-do-stf-anula-condenacao-trabalhista-bilionaria-imposta-a--petrobras.ghtml

MUNDOPromotores de NY acusam a Trump Organization de fraude e

crimes fiscaisDiretor financeiro Allen Weisselberg e companhia responderão

por ‘esquema de 15 anos de evasão de impostos’. Valor estimado de desvios chega a US$ 1,7 milhão.

Os promotores de Nova York, Estados Unidos, acusaram for-malmente nesta quinta-feira (1º) a Trump Organization de fraude e crimes fiscais.

Antes do anúncio, o diretor financeiro (CFO) da companhia, Al-len Weisselberg, havia se apresentado às autoridades judiciais para prestar esclarecimentos.

Ele e a empresa do ex-presidente americano Donald Trump res-ponderão por um “esquema de 15 anos de evasão de impostos”. O valor estimado dos desvios chega a US$ 1,7 milhão (cerca de R$ 8,6 milhões).

A Trump Organization é o braço de negócios imobiliários que alçou o magnata Donald Trump à fama antes que ele chegasse à Casa Branca – primeiro nas colunas sociais e programas de TV.

Carey Dunne, conselheiro-geral da Promotoria do distrito de

Manhattan, que investigava o caso, classificou o que chamou de “esquema de pagamentos ilegais” como “abrangente e audacioso”.

“Este foi um esquema de fraude fiscal de 15 anos envolven-do pagamentos não registrados”, disse Dunne durante a audiência desta.

O diretor financeiro da Trump Organization, Allen Weisselberg, se apresentou às autoridades judiciais nesta quinta (veja vídeo aci-ma). Ele rejeitou as acusações e alegou inocência.

Weisselberg é um contador de 73 anos que passou grande parte de sua carreira trabalhando no império imobiliário da família Trump, no qual ingressou em 1973.

Também ajudou o ex-presidente a administrar o conglomerado durante seu período na Casa Branca.

Trump não deve ser indiciado por enquantoEstas são as primeiras denúncias formais de uma investigação

que dura anos – inicialmente tratadas pela esfera civil, ela passou em maio a ser também criminal, por suspeita de fraudes bancárias e evasão.

Os jornais “The Wall Street Journal”, “The New York Times” e “The Washington Post” dizem que as acusações se referem a be-nefícios em espécie concedidos Weisselberg que não teriam sido declarados à Receita.

Trump não deve ser indiciado por enquanto, mas a investigação do Ministério Público de Nova York continua (veja mais abaixo).

O ex-presidente sempre negou qualquer irregularidade e disse que a investigação era uma “caça às bruxas” por por motivos políti-cos, pois Vance é filiado ao Partido Democrata (nos EUA, os mem-bros do Ministério Público são eleitos e é comum que os promoto-res sejam ligados a partidos políticos).

A investigaçãoO promotor distrital inicialmente se concentrou em investigar

pagamentos para comprar o silêncio de duas mulheres que afirmam ter tido casos com Trump, mas avançou para evasão fiscal e fraude.

O inquérito é conduzido de maneira sigilosa e, em março, ob-teve acesso a oito anos de declarações de Imposto de Renda de Trump, após uma decisão da Suprema Corte do país.

A decisão foi uma resposta a um pedido feito pelos advogados de Trump, que tentavam manter as informações fiscais do ex-presi-dente sob sigilo.

Em 2018, Michael Cohen, o ex-advogado de Trump, foi preso após reconhecer que havia pago pelo silêncio de duas mulheres quando elas acusaram o então candidato republicano à Casa Branca de ter mantido relações sexuais fora do casamento.

Antes de ser preso, Cohen alegou que Trump – com o apoio de seus familiares – cometeu diversas fraudes fiscais e bancárias ao longo dos anos.

Segundo o ex-advogado, o republicano teria “inflado seus ati-vos” para aparecer na lista dos homens mais ricos da revista “For-bes”, mas mentiu e desinchou os números para não pagar impostos.

IR presidencialDurante a campanha presidencial americana e os quatro anos

em que ocupou a Casa Branca, Trump se recusou a divulgar as suas declarações de Imposto de Renda – algo que era feito por todos os seus antecessores.

Os presidentes americanos sempre divulgaram suas declara-ções, detalhando as fontes de renda e impostos pagos, em nome da transparência.

Em setembro, o jornal “The New York Times” revelou que Trump não pagou imposto de renda em 10 dos 15 anos anteriores à sua eleição — e pagou apenas US$ 750 de imposto em 2016 e em 2017 (justamente o ano em que foi eleito e o primeiro no cargo).

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Em maio deste ano, Biden retomou a tradição rompida por Trump e publicou a sua declaração de impostos.

O atual presidente americano e sua e sua esposa, Jill, ganharam no ano passado US$ 607 mil (cerca de R$ 3,16 milhões na cotação da época).

O casal pagou US$ 157 mil em Imposto de Renda federal, uma alíquota efetiva de 25,9%, e mais US$ 28,8 mil de IR estadual em Delaware, onde residia antes de chegar à Casa Branca.Fonte: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2021/07/01/promotores--de-ny-acusam-a-trump-organization-de-fraude-e-crimes-fiscais.ghtml

Enchentes deixam pelo menos 10010 mortos em países da Eu-ropa; veja imagens

Alemanha e Bélgica estão entre os países mais afetados pelas fortes chuvas na região

Pelo menos 100 pessoas morreram em enchentes que atingi-ram a parte ocidental da Europa nesta quinta-feira (15). Equipes de resgate ainda buscam por mais de mil desaparecidos, principalmen-te na Alemanha, que é um dos países mais atingidos pelo fenômeno climático.

Na região oeste da Alemanha cidades inteiras foram alagadas. A chuva forte fez os rios transbordarem e a força da água arrastou carros, derrubou árvores e fez casas desabarem. Ferrovias e estra-das foram bloqueadas.

As regiões atingidas pelas enchentes ficam perto da fronteira alemã com a Holanda, Bélgica, Luxemburgo e Suíça, países que tam-bém foram atingidos por chuvas e enchentes incomuns.

A chanceler alemã, Angela Merkel, disse que se trata de uma catástrofe. “As pessoas tiveram que escalar os telhados para se sal-var”, afirmou. “Estou de luto pelos que perderam as vidas. Não sa-bemos ainda quantos, mas serão muitos”, completou.

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, disse que esta-va chocado com a devastação provocada pelas inundações e que o Reino Unido está pronto para ajudar no resgate e na recuperação da região.

Já a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, também afirmou que o bloco está pronto para ajudar os que per-deram suas casas.

Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br/internacional/2021/07/16/enchentes-deixam-pelo-menos-64-mortos-em-paises-da-europa-oci-

dental

Premiê do Japão promete Jogos seguros para japonesesYoshihide Suga diz que vai proteger a saúde e segurança da

populaçãoO primeiro-ministro do Japão, Yoshihide Suga, declarou nesta

3ª feira (20.jul.2021) que irá proteger a saúde dos japoneses du-rante as Olimpíadas de Tóquio. Segundo ele, o mundo precisa ver que o país pode organizar Jogos seguros. As informações são da Associated Press.

“O mundo enfrenta grandes dificuldades”, falou o premiê ao participar de reunião com membros do COI (Comitê Olímpico Inter-nacional). “Mas podemos ter sucesso na realização dos Jogos. Isso precisa ser comunicado a partir do Japão para o resto do mundo. Vamos proteger a saúde e a segurança do público japonês.”

O Japão enfrenta alta nos casos de covid-19 e Suga declarou, em 8 de julho estado de emergência em Tóquio. Com isso, a capital japonesa não receberá público durante os Jogos Olímpicos.

Mesmo com rígidos protocolos de segurança imposto a dele-gações e jornalistas, especialistas em saúde no Japão questionam a permissão de tantos visitantes internacionais.

Suga disse que a preparação para os Jogos sofreu alguns con-tratempos. “Mas a vacinação começou e, depois de um longo túnel, a saída está agora no nosso campo de visão”, afirmou.

Dados do Our World in Data mostram que o Japão já vacinou com pelo menos uma dose de vacina anticovid 33,71% de sua po-pulação. Estão completamente imunizados 21,67% dos japoneses.

O presidente do COI, Thomas Bach, declarou que o cancela-mento dos Jogos nunca foi uma opção, porque o Comitê não “aban-dona seus atletas”. Marcadas para 2020, as Olimpíadas foram adia-das em um ano por conta da pandemia.

“Bilhões de pessoas ao redor do mundo vão acompanhar e cur-tir os Jogos Olímpicos. Eles vão admirar o povo japonês pelo que eles conquistaram”, falou Bach.

As competições têm início na 4ª feira (21.jul), 2 dias antes da cerimônia de abertura, marcada 6ª feira (23.jul).

Fonte: https://www.poder360.com.br/olimpiada/premie-do-japao--promete-jogos-seguros-para-japoneses/

Queda de avião militar deixa ao menos 45 mortos nas Filipi-nas

Aeronave tentava pousar na ilha de Joló, na província de Sulu. Até o momento, são 45 mortos e dezenas de feridos.

Um avião militar com 92 pessoas a bordo, incluindo três pilo-tos e cinco tripulantes, caiu neste domingo (4) no sul das Filipinas, informou o chefe das Forças Armadas. Pelo menos 45 pessoas mor-reram e dezenas ficaram feridas, segundo informações do ministro da Defesa filipino, Delfin Lorenzana.

A aeronave Lockheed C-130 foi quebrado no meio durante a tentativa de pouso na ilha de Joló, na província de Sulu, informou a Força Aérea em um comunicado, acrescentando que as equipes de resgate estão no local.

Muitos dos passageiros haviam se formado recentemente no treinamento militar básico e estavam sendo enviados para a ilha como parte de uma força conjunta que lutava contra grupos arma-dos nesta região de maioria muçulmana.

O Exército tem uma forte presença no sul das Filipinas, onde grupos como Abu Sayyaf operam, muitas vezes realizando seques-tros em troca de resgate.

Fonte: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2021/07/04/aviao-mili-tar-das-filipinas-cai-com-85-pessoas-a-bordo.ghtml

Vazamento de oleoduto provoca incêndio no mar no Golfo do México

Vazamento aconteceu na madrugada desta sexta, a cerca de 150 metros de uma plataforma de perfuração, e foi controlado após cinco horas. Petróleos Mexicanos (Pemex) enviou cinco navios para bombear mais água e controlar o incêndio; que não deixou feridos.

Um incêndio no Golfo do México foi provocado pelo vazamento em oleodutos submarinos da companhia estatal mexicana de pe-tróleo, nesta sexta-feira (2). As chamas podiam ser vistas na super-fície do mar.

A Petróleos Mexicanos (Pemex) enviou cinco navios para bom-bear mais água e controlar o incêndio. De acordo com a empresa, ninguém ficou ferido.

O vazamento aconteceu na madrugada desta sexta, a cerca de 150 metros de uma plataforma de perfuração no campo de Ku-Ma-loob-Zaap, que fica no mar, e foi controlado após aproximadamente cinco horas.

Fonte: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2021/07/02/vazamento--de-oleoduto-provoca-incendio-no-mar-no-golfo-do-mexico.ghtml

Avião cai na Rússia e 28 morrem; vídeo mostra local do aci-dente

Aeronave transportava 22 passageiros e 6 tripulantes e sumiu do radar quando se preparava para pousar na península de Kam-chatka, no extremo leste do país.

Um avião com 28 pessoas a bordo caiu nesta terça-feira (6) na

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península de Kamchatka, no extremo leste da Rússia, quando se preparava para pousar. Ninguém sobreviveu ao acidente, segundo as equipes de resgate.

Havia 22 passageiros e seis tripulantes na aeronave, segundo o Ministério de Emergências da Rússia.

O turboélice bimotor Antonov An-26 voava de Petropavlovsk--Kamchatsky, capital da região, para Palana, uma vila no norte de Kamchatka, quando perdeu contato com o controle de tráfego aé-reo.

A prefeita de Palana, Olga Mokhireva, estava entre os passagei-ros, segundo a agência de notícias TASS.

Local da quedaO avião deveria ter pousado às 15h50 (horário local, 2h50 de

Brasília), mas as autoridades regionais perderam contato com a ae-ronave quando ela estava a 9 km do aeroporto de Palana.

Os destroços foram encontrados a cerca de 5 km do aeroporto, na costa do mar de Ojotsk. Uma parte da fuselagem estava em terra e outra foi localizada no mar, a 4 km da costa, segundo a Marinha russa.

O Antonov era operado por uma pequena companhia aérea lo-cal de Kamchatka, uma vasta península pouco habitada no extremo leste da Rússia.

Os padrões de segurança aérea da Rússia melhoraram nos últi-mos anos, mas os acidentes, especialmente com aviões antigos em regiões remotas, não são incomuns.

Fonte: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2021/07/06/aviao-com--28-a-bordo-perde-contato-com-trafego-aereo-na-russia.ghtml

Presidente do Haiti é assassinado a tiros em casaPremiê interino diz que ‘um grupo de indivíduos não identifi-

cados, alguns dos quais falavam em espanhol, atacou a residência privada do presidente’ e ‘feriu mortalmente o chefe de Estado’.

O presidente do Haiti, Jovenel Moise, foi morto em um ataque a tiros em sua casa, na capital Porto Príncipe, na madrugada des-ta quarta-feira (7), anunciou o primeiro-ministro interino do país, Claude Joseph.

A primeira-dama, Martine Moise, levou um tiro e foi hospitali-zada. O embaixador do Haiti nos Estados Unidos, Bocchit Edmond, disse em entrevista coletiva que comandava os esforços necessários para levar Martine a Miami onde deve ser tratada dos ferimentos.

O G1 chegou a noticiar mais cedo que Martine teria morrido após a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), órgão ligado à OEA, emitir nota lamentando a morte da primeira-dama. Horas depois a comissão corrigiu esta informação.

Joseph afirmou em comunicado que o assassinato de Moise foi um “ato odioso, desumano e bárbaro”. “Um grupo de indivíduos não identificados, alguns dos quais falavam em espanhol, atacou a residência privada do presidente da República” por volta da 1h e “feriu mortalmente o chefe de Estado”.

À noite, pessoas consideradas suspeitas de participarem do as-sassinatos foram detidos, informou a agência France Presse citando a Secretaria de Estado. Não há informação sobre quem são esses detidos e quantos são.

Ele pediu à população “que se acalme” e afirmou que “a situ-ação da segurança no país está sob o controle da Polícia Nacional haitiana e das Forças Armadas do Haiti”. “Todas as medidas estão sendo tomadas para garantir a continuidade do Estado e proteger a nação”.

Horas depois, o premiê interino decretou estado de emergên-cia no país. Ainda não está claro quem vai assumir a presidência do Haiti, pois:

Joseph não chegou a ser oficializado no cargo de primeiro--ministro, por isso ocupa o posto interinamente; O presidente da

Suprema Corte, que poderia assumir a Presidência, segundo a Constituição, morreu de Covid-19 no mês passado e ainda não foi substituído.

Crise políticaO Haiti vive uma grave crise política, econômica e social. Jove-

nel Moise dissolveu o Parlamento e governava por decreto há mais de um ano, após o país não conseguir realizar eleições legislativas, e queria promover uma polêmica reforma constitucional.

A oposição o acusava de tentar aumentar seu poder, inclusive com um decreto que limitava os poderes de um tribunal que fisca-liza contratos governamentais e outro que criava uma agência de inteligência que respondia apenas ao presidente.

Ele dizia que ficaria no cargo até 7 de fevereiro de 2022, em uma interpretação da Constituição rejeitada pela oposição. Para eles, o mandato do presidente havia terminado em 7 de fevereiro deste ano.

Em fevereiro, autoridades do país disseram ter frustrado uma “tentativa de golpe” de Estado contra o presidente, que também seria alvo de um atentado malsucedido (veja no vídeo abaixo).

Mais de 20 pessoas foram presas na ocasião, inclusive um juiz federal do Tribunal de Cassação e a inspetora-geral da Polícia Na-cional.

Problemas desde a eleiçãoA disputa sobre o fim do mandato era consequência da pri-

meira eleição de Moise. Ele foi eleito em outubro de 2015 para um mandato de cinco anos, em um pleito cancelado por fraudes, ven-ceu uma nova disputa no ano seguinte e tomou posse apenas em 2017.

Moise foi eleito com 600 mil votos em um país com 11,3 mi-lhões de habitantes. Pouco conhecido antes das eleições, ele conse-guiu vencer com o apoio do ex-presidente Michel Martelly.

Eleições legislativas e municipais estavam agendadas para ocorrer neste ano, mas foram adiadas para 2022. Com o vácuo de poder, Moise manteve a posição de continuar no cargo por mais um ano, apesar das críticas da oposição.

Pobreza extremaO Haiti é a nação mais pobre das Américas e tem um longo

histórico de ditaduras e golpes de Estado. Nos últimos meses, en-frentava uma crescente crise política e humanitária, com escassez de alimentos e violência nas ruas.

O PIB per capita do país é de US$ 1,6 mil por ano (cerca de R$ 8,5 mil), e cerca de 60% da população vive com menos de US$ 2 por dia (pouco mais de R$ 10).

O Haiti tem 11,3 milhões de habitantes, faz fronteira com a Re-pública Dominicana na ilha Hispaniola, no Caribe, e tem um dos me-nores IDHs (Índice de Desenvolvimento Humano) do mundo: 0,51.

Colonizado em 1492, após a chegada de Cristóvão Colombo à América, o Haiti foi o primeiro país do continente a conquistar a sua independência e a primeira república a ser liderada por negros, quando derrubou o domínio francês no começo do século XIX.

O país já foi invadido e sofreu intervenção dos EUA no sécu-lo XX e tem um longo histórico de ditadores, como François “Papa Doc” Duvalier e seu filho, Jean-Claude “Baby Doc”. A primeira elei-ção livre do país ocorreu em 1990, mas Jean-Bertrand Aristide foi deposto por um golpe no ano seguinte.

Fonte: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2021/07/07/presidente--do-haiti-e-morto-em-ataque-anuncia-primeiro-ministro.ghtml

Deslizamento de terra deixa ao menos 19 desaparecidos no Japão; veja vídeo que mostra força da chuva no país

Chuvas torrenciais provocaram avalanche de lama soterrando

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casas na região de Shizuoka; 19 pessoas sumiram, mas o número pode ser bem maior.

Um deslizamento de terra provocado por chuvas no Japão so-terrou cerca de 80 casas na região de Shizuoka neste sábado (3). Dezenove pessoas estão desaparecidas.

A avalanche de lama atingiu principalmente a cidade costeira de Atami.

“O paradeiro de 19 pessoas é desconhecido” após o desliza-mento, disse um funcionário da prefeitura de Shizuoka. No entanto, o número de pessoas pode ser maior, de até 100, de acordo com a agência Associated Press.

A agência ouviu uma pessoa com cargo de chefia que pediu para não ser identificada (o que é comum no Japão). De acordo com ela, operações de resgate intensas para encontrar sobreviventes.

O governo local solicitou ajuda militar para missões de resgate, acrescentou.

O deslizamento ocorreu às 10h30 de sábado, segundo um fun-cionário municipal de Atami, que acrescentou que “várias casas fo-ram varridas” e cerca de 200 continuam sem eletricidade.

Atami, localizada na região rural de Shizuoka, fica a cerca de 90 km da capital, Tóquio.

Chuvas no JapãoDesde o começo da semana algumas partes do Japão têm sido

atingidas por chuvas fortes. De acordo com especialistas, a lama ficou mais solta com a água e isso aumenta o risco de deslizamentos (e o Japão tem muitas montanhas e vales).

Os deslizamentos acontecem diversas vezes, eventualmente com a velocidade de um carro. A lama arrasta veículos e destrói casas no caminho.

Fonte: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2021/07/03/deslizamen-to-de-terra-deixa-desaparecidos-no-japao.ghtml

New Shepard: voo espacial de Jeff Bezos é nesta 3ª feira; leia detalhes

Nave da Blue Origin está programada para ser lançada às 10h de uma base localizada no oeste do Texas

O voo suborbital da Blue Origin, de Jeff Bezos, decola nesta 3ª feira (20) em direção ao espaço. A nave New Shepard parte do oes-te do Texas às 10 horas (horário de Brasília) com destino ao início do espaço, a cerca de 100 quilômetros de altitude.

Além do homem mais rico do mundo, o módulo terá a bordo seu irmão Mark Bezos e mais 2 passageiros: Wally Funk, uma ex-ins-trutora de voo que se tornará a astronauta mais velha de todos os tempos, aos 82 anos, e o estudante Oliver Daemen, de 18 anos, que será o mais jovem a viajar ao espaço.

Daemen substitui o ganhador do leilão anônimo para o 4º as-sento da nave. O vencedor pagou US$ 28 milhões pelo lugar na New Shepard, mas teve que adiar sua viagem por “conflito de agendas”. Bezos disse que ele(a) terá uma nova chance no futuro.

Os 4 passageiros viajarão em um foguete que chega a uma ve-locidade Mach 3 (3.700 km/h), o triplo da velocidade do som, antes de o módulo em que estarão se separar para concluir o trajeto de 10 minutos.

A velocidade é a mesma que a VSS Unity, nave do bilionário britânico Richard Branson, alcançou em seu voo suborbital em 11 de julho. Porém, as semelhanças não vão muito além.

A Virgin Galactic, empresa fundada por Branson com o objetivo específico de viagens turísticas ao espaço, espera assegurar a apro-vação da FAA (Anac norte-americana) para iniciar uma série de voos comerciais a partir do ano que vem.

Já a Blue Origin está usando o voo como um teste de confiabi-lidade para, além de realizar voo comerciais, também levar o logo da empresa para o espaço, chegando até a Lua e Marte. Tal visão de

exploração do “planeta vermelho” é compartilhada pelo sul-africa-no Elon Musk, dono da SpaceX.

O polêmico empresário está bem à frente de Bezos na corrida espacial privada, já tendo levado astronautas para a Estação Espa-cial Internacional. O fundador da Amazon espera diminuir essa des-vantagem com o voo da New Shepard, que pode aproximá-lo de contratos militares junto ao governo dos EUA e missões com a Nasa.

Fonte: https://www.poder360.com.br/tecnologia/new-shepard-voo--espacial-de-jeff-bezos-e-nesta-3a-feira-leia-detalhes/

Inglaterra, onde 86% dos adultos já receberam ao menos uma dose de vacina contra a Covid-19, vai acabar com a obrigatorieda-de da máscara

O governo vai reduzir o intervalo de tempo entre a primeira e a segunda dose para as pessoas que têm menos de 40 anos.

O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, disse nesta segunda-feira (5) que a obrigatoriedade de máscara na Inglaterra vai acabar no dia 19 de julho. Outras regras para tentar minimizar o contágio por coronavírus no país, como a restrição a reuniões, a recomendação para que as pessoas trabalhem de casa e a neces-sidade de distanciamento também vão deixar de ser obrigatórias.

As boates poderão reabrir, não haverá limite de capacidade em hospitais ou outros locais de tratamento de saúde.

O governo acredita que o programa de vacinação conseguiu re-duzir a quantidade de internações nos hospitais, e que o serviço de saúde não ficará sobrecarregado.

Os dados da saúde pública indicam que as vacinas são eficien-tes para previnir a infecção mesmo por variantes do coronavírus.

No Reino Unido, 86% dos adultos já receberam ao menos uma dose da vacina contra a Covid-19. A porcentagem daqueles que to-maram as duas doses é de 64%. Os dados são do próprio governo.

Novo intervalo entre vacinasO governo pretende reduzir o tempo de intervalo entre a pri-

meira e a segunda dose —de 12 semanas, passará para 8 semanas. Isso será válido para aqueles que têm menos de 40 anos. A expecta-tiva é que, dessa forma, até meados de setembro todos os adultos estejam vacinados.

Não haverá exigência governamental de uso de máscara em qualquer condição na Inglaterra —as empresas que quiserem obri-gar funcionários ou clientes a usar máscaras precisam procurar ad-vogados, de acordo com o governo.

O líder do país ainda vai anunciar formalmente o plano para aqueles que receberam duas doses de vacinas que não precisarão mais passar por uma quarentena ao voltar de outros países.

“Precisamos ser honestos com nós mesmos, se não conseguir-mos reabrir nossa sociedade nas próximas semanas, quando tere-mos o verão e as férias escolares, precisamos nos perguntar quando iremos conseguir voltar ao normal?”, questionou.

Fonte: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2021/07/05/inglaterra--onde-67percent-da-populacao-ja-recebeu-ao-menos-uma-dose-de-va-

cina-contra-a-covid-19-vai-acabar-com-a-obrigatoriedade-da-masca-ra.ghtml

Um em cada três países não está tomando medidas para aju-dar estudantes a colocar em dia seu aprendizado após o fecha-mento de escolas por causa da Covid-19

Um novo relatório da Unesco, UNICEF, Banco Mundial e OCDE documenta respostas educacionais à Covid-19 em 142 países

Cerca de um em três países onde as escolas estão ou foram fechadas ainda não está implementando programas reparadores após o fechamento de escolas por causa da Covid-19, de acordo com a pesquisa global da Unesco, do UNICEF, do Banco Mundial e da OCDE “Enquete sobre as Respostas da Educação Nacional ao

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Fechamento de Escolas por causa da Covid-19”. Ao mesmo tempo, apenas um terço dos países está tomando medidas para mensurar as perdas de aprendizagem no ensino fundamental – principalmen-te entre os países de alta renda.

“Medir a perda de aprendizagem é um primeiro passo crítico para mitigar suas consequências. É vital que os países invistam na avaliação da magnitude de tais perdas para implementar as medi-das reparadoras apropriadas”, disse Silvia Montoya, diretora do Ins-tituto de Estatística da Unesco.

Menos de um terço dos países de renda baixa e média relatou que todos os estudantes haviam retornado ao ensino presencial, aumentando o risco de perda de aprendizagem e abandono esco-lar. No entanto, a maioria dos países relatou o uso de pelo menos uma forma de divulgação para incentivar o retorno dos estudantes à escola, incluindo o envolvimento da comunidade, rastreamento baseado na escola, modificação dos serviços de água, saneamento e higiene, incentivos financeiros e revisão das políticas de acesso.

“A instrução reparadora é vital para ajudar as crianças que per-deram a escola a voltar aos trilhos e reduzir as perdas de aprendi-zagem a longo prazo. Isso requer um esforço urgente para medir os níveis de aprendizagem dos estudantes hoje e coletar dados de boa qualidade para informar as práticas de sala de aula, conforme previsto pelo Pacto de Dados de Aprendizagem do UNICEF, Unesco e Banco Mundial”, enfatizou Jaime Saavedra, diretor global de Edu-cação do Banco Mundial.

A pesquisa documenta como os países estão monitorando e mitigando as perdas de aprendizagem, enfrentando o desafio de reabrir escolas e implantar estratégias de ensino a distância. No total, 142 países responderam a pesquisa que cobre o período de fevereiro a maio de 2021 e abrange a educação infantil, o ensino fundamental e o ensino médio.

“O ensino remoto tem sido uma tábua de salvação para muitas crianças e muitos adolescentes em todo o mundo durante o fecha-mento das escolas. Mas, para os mais vulneráveis, até mesmo isso estava fora de alcance. É urgente que todas as crianças e todos os adolescentes voltem para a sala de aula agora. Mas não podemos parar por aí; reabrir melhor significa implementar programas repa-radores para ajudar os estudantes a voltar aos trilhos e garantir que priorizemos as meninas e crianças e adolescentes vulneráveis em todos os nossos esforços”, disse o chefe global de Educação do UNI-CEF, Robert Jenkins.

As principais descobertas da pesquisaOs países responderam com uma variedade de medidas para

mitigar potenciais perdas de aprendizagem com o fechamento de escolas: cerca de 40% dos países estenderam o ano acadêmico e uma proporção semelhante de países priorizou certas áreas curri-culares. No entanto, mais da metade dos países informou que ne-nhum ajuste foi ou será feito.

Muitos países melhoraram os padrões de saúde e segurança nos centros de exames; ainda assim, 28% dos países cancelaram os exames nos anos finais do ensino fundamental e 18% dos países o fizeram no ensino médio.

A revisão e a correção das políticas de acesso não eram co-muns, especialmente para as meninas – um motivo de preocupa-ção, pois as adolescentes correm o maior risco de não retornar à escola em países de renda baixa e média baixa.

Os países de baixa renda estão atrasados na implementação até mesmo das medidas mais básicas para garantir o retorno à es-cola. Por exemplo, apenas menos de 10% relataram ter sabão, água limpa, instalações de saneamento e higiene e máscaras suficientes, em comparação com 96% dos países de alta renda.

A pesquisa também lança luz sobre a implantação e eficácia do ensino a distância e apoio relacionado, mais de um ano após o início

da pandemia. Os resultados mostram que:A maioria dos países realizou várias ações para fornecer en-

sino remoto: as transmissões de rádio e TV foram mais populares entre os países de baixa renda, enquanto os países de alta renda forneceram plataformas de ensino online. No entanto, mais de um terço dos países de renda baixa e média baixa relatou que menos da metade dos estudantes dos anos iniciais do ensino fundamental foi alcançada.

Garantir a aceitação e o engajamento requer estratégias de ensino a distância adequadas ao contexto, envolvimento dos pais, apoio de e para professores e garantia de que as meninas e outras crianças e outros adolescentes vulneráveis não sejam deixados para trás. Também requer a geração de dados rigorosos sobre a eficácia do ensino remoto. Embora 73% dos países tenham avaliado a efi-cácia de pelo menos uma estratégia de ensino a distância, ainda há necessidade de melhores evidências sobre a eficácia nos contextos mais difíceis.

“Há uma necessidade crítica de produzir mais e melhores evi-dências sobre a eficácia do ensino remoto, especialmente nos con-textos mais difíceis, e de apoiar o desenvolvimento de políticas de ensino digital”, disse Andreas Schleicher, diretor de Educação e Ha-bilidades da OCDE.

Em 2020, as escolas em todo o mundo foram totalmente fe-chadas em todos os quatro níveis de ensino por 79 dias letivos em média, representando cerca de 40% do total de dias letivos em mé-dia nos países da OCDE e G20. Os números variaram de 53 dias em países de alta renda a 115 dias em países de renda média baixa.

A demanda por fundos está aumentando, competindo com ou-tros setores, enquanto as receitas dos governos estão caindo. No entanto, 49% dos países aumentaram seu orçamento para educa-ção em 2020 em relação a 2019, enquanto 43% mantiveram seu orçamento constante. O financiamento deve aumentar em 2021, já que mais de 60% dos países planejam aumentar seu orçamento para a educação em relação a 2020.

Essas descobertas reforçam a importância da reabertura de es-colas, do ensino reparador e de sistemas de ensino remoto mais eficazes, que podem resistir melhor a crises futuras e atingir todos os estudantes. Além disso, mostra que a medição das perdas de aprendizagem devido à Covid-19 relacionadas ao fechamento de escolas é um esforço crítico para a maioria dos países e parceiros de desenvolvimento, destacado pela recente parceria da Unesco, do UNICEF e do Banco Mundial em torno do Learning Data Compact (Dados de Aprendizagem Compactos).

A pesquisa está alinhada com a Missão: Recuperando a Educa-ção 2021, pela qual o Banco Mundial, a Unesco e o UNICEF estão fazendo parceria para apoiar os países enquanto tomam todas as ações possíveis para planejar, priorizar e garantir que todos os es-tudantes voltem à escola; que as escolas tomem todas as medidas para reabrir com segurança; que os estudantes recebam aprendiza-gem reparadora eficaz e serviços abrangentes para ajudar a recupe-rar as perdas de aprendizagem e melhorar o bem-estar geral; e seus professores e professoras são preparados e apoiados para atender às suas necessidades de aprendizagem.

A pesquisa será lançada durante o segmento ministerial da Reunião Global de Educação em 13 de julho.

Fonte: https://www.unicef.org/brazil/comunicados-de-imprensa/um-em-cada-tres-paises-nao-esta-tomando-medidas-para-ajudar-es-

tudantes

Dólar sobe forte e fecha a R$ 5,25 com aumento de casos glo-bais de Covid-19

Nesta segunda-feira (19), a moeda norte-americana encerrou a sessão em alta de 2,63%, cotada a R$ 5,2501.

O dólar fechou em forte alta nesta segunda-feira (19), em meio

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à aversão ao risco no exterior diante do aumento nos casos globais de Covid-19, o que levanta novas preocupações sobre a desacelera-ção do crescimento econômico.

A moeda norte-americana subiu 2,63%, vendida a R$ 5,2501. Veja mais cotações. Na máxima da sessão, foi cotada a R$ 5,2581. É o maior patamar de fechamento desde 8 de julho (R$ 5,2561).

A bolsa de valores também sofreu com o mau humor do mer-cado e recuou 1,24%.

Na sexta-feira, o dólar fechou em estabilidade, cotado a R$ 5,1154. No mês, a divisa tem avanço de 5,58%. No ano, passou a acumular alta de 1,21%.

CenárioSegundo a agência Reuters, o receio de agentes financeiros

está no aumento constante de novos registros de Covid-19 em vá-rios países do mundo que até então vinham com a epidemia mais contida e em seus potenciais desdobramentos para a atividade.

O possível impacto econômico de novos lockdowns nesses locais e alguma perda de força nas projeções mais otimistas para o EUA pegam investidores já em dúvida sobre como o banco cen-tral norte-americano (Fed) lida com inflação mais alta em parale-lo a uma robusta concessão de estímulos. No pior dos cenários do mercado está uma estagflação - baixo crescimento econômico com preços mais altos.

“Embora continuemos esperando que o dólar passe a cair nos próximos meses, a incerteza de curto prazo em torno do crescimen-to global e das perspectivas da política monetária argumenta contra novas vendas por enquanto, em nossa opinião”, disseram estrate-gistas do Goldman Sachs em nota.

No Brasil, o desempenho do real foi particularmente mais fra-co, com a moeda liderando as perdas globais. O sol peruano - que tem sofrido com instabilidade política - era o vice-lanterna, mas com queda bem menor, de cerca de 1,4%. O dólar subia ante 31 numa lista de 33 pares.

O real segue como a moeda emergente relevante mais volátil, superando até mesmo a combalida lira turca.

“O Brasil tem desempenho pior porque há uma percepção de que a estabilidade macropolítica não é suficiente para segurar o in-vestidor”, disse João Leal, economista da gestora Rio Bravo. “Quan-do investidores vão decidir de onde tirar dinheiro, eles escolhem o Brasil.”

No mercado, comenta-se ainda que a forte alta local do dólar esteve relacionada à ideia de que o Banco Central pode acabar sen-do menos agressivo nas altas de juros devido ao clima global mais arisco que pode arrefecer o crescimento econômico.

A próxima reunião de política monetária do Copom está mar-cada para 3 e 4 de agosto. Parte da queda de quase 17% do dólar futuro entre a máxima de março e a mínima de junho é atribuída ao maior custo de carregamento de posições contrárias ao real, na esteira dos aumentos de juros pelo BC.

A Selic saiu da mínima histórica de 2% em curso até meados de março para 4,25% atualmente - e há expectativa de que possa chegar a 7% ao fim do ano. Isso ajudou a elevar apostas favoráveis ao real nos mercados futuros dos Estados Unidos a níveis perto de recordes.

Mas, para estrategistas do Morgan Stanley, o posicionamento mais forte pode sugerir um caminho mais tortuoso para a moeda brasileira.

“Embora o ciclo de alta dos juros em curso deva continuar a fornecer suporte para o real, achamos que o posicionamento com-prado (em real) mais pesado deve ampliar a sensibilidade da moeda a ruído político em alta e a um dólar mais forte”, disseram estrate-gistas do banco em relatório.

Fonte: https://g1.globo.com/economia/noticia/2021/07/19/dolar.ghtml

Explosão de bomba deixa mortos em mercado no IraqueAtentado, que as autoridades consideram como terrorismo,

ocorreu em mercado em bairro de maioria xiita na véspera de um feriado religioso. Nenhum grupo assumiu a autoria do ataque.

Uma bomba explodiu em um mercado nos subúrbios de Bagdá, no Iraque, e deixou 18 mortos nesta segunda-feira (19), confirma-ram autoridades de segurança do país.

De acordo com uma fonte ouvida pela agência France Presse, o governo trata o ato como um caso de terrorista. Nenhum gru-po extremista reivindicou o ataque até o momento. O mercado Al Howeilat estava cheio por ser véspera do feriado religioso islâmico Eid al-Adha.

Uma fonte do Ministério do Interior informou que quatro me-nores estão entre os mortos. Muitos membros das forças de segu-rança foram enviados ao local da explosão e os feridos, pelo menos 15, foram levados para um hospital.

Região de maioria xiitaA explosão ocorreu na cidade de Sadr, de maioria xiita — que

é a corrente do islamismo minoritária no Iraque. Lá é o reduto dos partidários do líder xiita Muqtada al Sadr, cuja influência costuma ser decisiva na política nacional.

Este é o primeiro ataque na região da capital iraquiana desde janeiro, quando 32 pessoas morreram quando dois homens-bom-ba atacaram um mercado no centro da cidade. O grupo extremista Estado Islâmico (EI) assumiu a responsabilidade por esse ataque.Fonte: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2021/07/19/explosao-de-

-bomba-deixa-mortos-em-mercado-no-iraque.ghtml

Cuba tem protestos contra o governo em meio a grave crise e piora da pandemia

Pandemia afetou turismo e mergulhou a ilha na pior crise eco-nômica em 30 anos. Manifestantes saíram às ruas aos gritos de ‘li-berdade’, e presidente culpou setores ligados aos EUA.

Manifestantes foram às ruas em Cuba aos gritos de “liberdade” e “abaixo a ditadura” neste domingo (11). O agravamento da pan-demia da Covid-19 e a situação econômica, a pior em 30 anos, mo-tivaram as marchas que ocorreram na capital, Havana, e em outras cidades. Moradores também têm relatado cortes de eletricidade na ilha, severamente prejudicada pela redução do turismo.

O governo cubano diz que a mobilização é de setores ligados aos Estados Unidos, interessados em desestabilizar o país.

Os protestos, divulgados nas redes sociais, começaram de for-ma espontânea pela manhã. Trata-se de um fato incomum no país governado pelo Partido Comunista, onde as únicas concentrações autorizadas costumam ser as do partido. As informações são da Agência France Presse.

Gritando principalmente “Pátria e vida”, nome de música que distorce o lema castrista “Pátria ou morte” (veja mais abaixo), e também “Abaixo a ditadura” e “Não temos medo”, milhares de manifestantes marcharam pelas ruas de San Antonio de los Baños, uma pequena cidade de 50 mil habitantes a cerca de 30 km da ca-pital Havana.

“Liberdade”, entoavam outras centenas em Malecón, na costa de Havana.

Outros protestos foram relatados e transmitidos ao vivo pelo Facebook ou Twitter, em todo o país, onde a internet móvel só che-gou no fim de 2018.

Resposta do governoO presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, fez um pronuncia-

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mento em que acusou os manifestantes de serem financiados pelos Estados Unidos e convocou militantes do Partido Comunista a en-frentá-los.

“Não vamos admitir que nenhum contrarrevolucionário, mer-cenário, vendido ao governo dos EUA, recebendo dinheiro das agências, provoque desestabilização em nosso povo”, disse.

“Haverá uma resposta revolucionária. Estamos convocando to-dos os revolucionários do país, todos os comunistas, para que saiam às ruas em todos os lugares onde ocorram essas provocações.”

Díaz-Canel também saiu às ruas, acompanhado de militantes do partido, que desfilaram gritando “Viva Cuba” e “Viva Fidel”.

A pandemia do novo coronavírus, cujos primeiros casos na ilha foram detectados em março de 2020, mergulhou Cuba em sua pior crise econômica em três décadas.

Todos os dias, os cubanos têm que esperar longas horas em filas para conseguir alimentos e também enfrentam a escassez de medicamentos, o que tem gerado um forte mal-estar social.

Dificuldades econômicas também levaram as autoridades a aplicar cortes de eletricidade de várias horas por dia em grandes áreas do país.

‘Pátria e vida’A música “Pátria e vida’” funciona como uma espécie de grito

de liberdade, conforme contou ao Blog da Sandra Cohen, hospe-dado no G1, em março deste ano, um de seus autores, o rapper Maykel Osorbo. “O sucesso é atribuído ao desejo do cubano pelo fim da ditadura e pela rápida liberdade. Este é um sentimento na-cional”, atestou o músico, numa conversa pelo Twitter, interrompi-da por duas rápidas detenções em 48 horas.

“Já fui preso várias vezes, e não seria surpresa se mandassem me matar”, resume Maykel Osorbo, de 37 anos. As estrofes de “Pá-tria e vida” pregam a mudança do regime. “Chega de mentiras, meu povo pede liberdade, chega de doutrinas” ou “Publicidade de um paraíso em Varadero/ Enquanto as mães choram pelos filhos que se foram.”

Segundo o blog, além de distorcer o lema castrista, o rap abor-da as mazelas enfrentadas pelos cubanos, como a repressão, a into-lerância a diferentes discursos políticos, o exílio, a pobreza extrema e a falta de alimentos.

#SOSCubaCuba registrou neste domingo mais um recorde de infecções

pela Covid-19 em 24 horas, com 6.923 casos, em um total de 238.491, e de óbitos, com 47, totalizando 1.537.

“São números alarmantes, que aumentam a cada dia”, comen-tou Francisco Durán, chefe de epidemiologia do Ministério da Saú-de, durante sua coletiva diária na televisão.

Sob hashtags como #SOSCuba, #SOSMatanzas e #Salvemos-Cuba, os pedidos de ajuda se multiplicam nas redes sociais, inclusi-ve por artistas e famosos, além dos apelos ao governo para que o envio de doações do exterior seja facilitado.

No sábado, um grupo de oposição pediu a criação de “um cor-redor humanitário”, iniciativa que o governo rapidamente descar-tou.

“Conceitos ligados a corredor humanitário e ajuda humanitária estão associados a zonas de conflito e não se aplicam a Cuba”, disse o diretor de Assuntos Consulares e Atenção aos Cubanos Residen-tes no Exterior, Ernesto Soberón, em entrevista coletiva.

Soberón também denunciou “uma campanha” que visa “apre-sentar uma imagem de caos total no país que não corresponde à situação atual”.

No entanto, a autoridade anunciou que o governo abrirá uma conta de e-mail na segunda-feira para agilizar as doações do exte-rior.

Fonte: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2021/07/11/manifestan-tes-protestam-contra-o-governo-em-cuba.ghtml

Fortes chuvas na Índia deixam ao menos 115 mortosEquipes de emergência na Índia procuravam sobreviventes.

neste sábado (24) entre a lama e os escombros dos deslizamentos de terra e das inundações que deixaram ao menos 115 mortos na região Oeste do país.

Dezenas de pessoas estão desaparecidas e quase 150 mil pes-soas foram evacuadas do estado de Maharashtra, afetado por chu-vas de monção.

O fenômeno meteorológico, que ocorre de junho a setembro, é fundamental para a vida e a agricultura do subcontinente indiano. No entanto, todo ano causa grande destruição e deixa centenas de mortos nesta região do mundo onde vive um quinto da população do planeta.

As chuvas também causaram inundações no estado de Karna-taka, no sudoeste, com um saldo de três mortos e 9 mil evacuados, segundo autoridades estaduais.

Em Maharashtra, mais da metade das mortes acontece em Rai-gad, ao sul de Mumbai, onde 47 pessoas perderam a vida.

“As operações de resgate continuam”, declarou à AFP Sagar Pa-thak, secretário para gestão de desastres desse distrito. Pelo menos 53 pessoas podem estar presas sob a lama.

Casas destruídasUm deslizamento de terra na cidade de Taliye, também ao sul

de Mumbai, destruiu dezenas de casas em minutos e deixou de pé apenas duas estruturas de concreto, disseram testemunhas à AFP.

“Aconteceu muito rápido. Houve um enorme zumbido e a ci-dade desabou”, contou Dilip Pandey, que viu o desastre na noite de quinta-feira.

A Marinha e a Aeronáutica atuaram para ajudar milhares de pessoas afetadas pelas inundações. Mas os deslizamentos bloque-aram diversas estradas, sobretudo a que liga Mumbai e Goa, o que complica as operações de resgate.

ChiplunBairros da cidade de Chiplun, a 250 km de Mumbai, ficaram

alagados na quinta-feira sob seis metros de água.O chefe de Governo de Maharashtra, Uddhav Thackeray, afir-

mou que os serviços de emergência enfrentam dificuldades para chegar aos bairros isolados de Chiplun, devido ao estado das rodo-vias e das pontes afetadas pelas inundações.

A Marinha mobilizou sete equipes de resgate equipadas com botes infláveis, coletes salva-vidas e boias, além de um helicóptero para resgatar pessoas bloqueadas.

Chuvas devem se repetirO departamento meteorológico indiano colocou várias regiões

do estado em alerta vermelho e informou que as chuvas devem prosseguir nos próximos dias.

Para piorar a situação, os efeitos das chuvas torrenciais de monção foram agravados pelas fortes marés e o transbordamento de várias barragens devido ao acúmulo dos depósitos, informou o governo de Maharashtra.

A mudança climática intensifica os fenômenos de monção na Índia, segundo um estudo divulgado pelo Instituto de Pesquisa so-bre o Impacto Climático de Potsdam (PIK).

O informe alerta para possíveis consequências na alimentação, agricultura e economia em um país que abriga 20% da população mundial.

Fonte: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2021/07/24/fortes-chu-vas-na-india-deixam-ao-menos-115-mortos.ghtml

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Pedro Castillo assume presidência do Peru; Bolsonaro é único presidente de país vizinho ausente à posse

O Brasil será representado pelo vice-presidente, Hamilton Mourão, que também foi à posse de Alberto Fernández, da Argen-tina.

Pedro Castillo assumiu a presidência do Peru nesta quarta-feira (28) sem tempo para respirar, diante do surto mais mortal de Co-vid-19 do mundo, tensões no seu partido socialista e um fraco apoio no Congresso em uma nação dividida.

“Juro pela população do Peru, por um país sem corrupção e por uma nova Constituição”, disse Castillo ao assumir.

Ao assumir, ele disse que vai enviar ao Congresso um projeto de lei para convocar uma assembleia constituinte dentro do que a lei peruana permite. O novo presidente também disse que a mídia deve ser “mais bem regulada” e que os tratados de livre comér-cio devem ser “melhorados, priorizando o interesse nacional”. Ele ainda afirmou que a estatal e óleo e gás do país, a Petroperu, vai regular os preços de combustíveis.

Castillo prestou juramento diante do plenário do Congresso unicameral usando seu chapéu de palha de aba larga como seus conterrâneos usam em sua terra andina e natal Cajamarca, e que ele usou ao longo de toda a sua campanha eleitoral. Logo de cara, ele anunciou a criação de um Ministério de Ciência e Tecnologia.

Líderes presentesOs seguintes líderes compareceram às cerimônias:Alberto Fernández, presidente da Argentina;Luis Arce, presidente da Bolívia;Sebastián Piñera, presidente do Chile;Iván Duque, presidente da Colômbia;Guillermo Lasso, presidente do Equador;Felipe VI, rei da EspanhaJair Bolsonaro é o único presidente de um país vizinho do Peru

que não estará em Lima para a posse —o Brasil será representado pelo vice-presidente, Hamilton Mourão.

Mourão já tinha representado o Brasil na posse de Alberto Fernández, na Argentina. Bolsonaro foi às cerimônias de posse dos presidentes Luis Lacalle Pou, do Uruguai, e de Lasso, do Equador.

Além de ser o dia em que o novo presidente assume o coman-do do país, é o aniversário de 200 anos da independência do Peru.

Mensagem do novo presidenteCastilho, filho de agricultores, tomou posse no Congresso e dis-

cursou à nação, que ficou rachada na eleição de 6 de junho vencida por uma margem de apenas 44 mil votos.

A ascensão repentina de Castillo, um ex-professor, abalou as estruturas da elite política tradicional do Peru e deixou produtores de cobre com medo de seus planos de aumentar impostos à mine-ração para financiar reformas de Saúde e Educação, e reformular a Constituição do país andino.

A formulação do seu ministério ainda está sob sigilo em meio a negociações entre a ala mais radical do seu partido Peru Livre e seus assessores e aliados mais moderados.

“A mensagem de Castillo definirá as diretrizes para o começo do seu governo, mas o ministério e equipe que ele anunciar nos dirá ainda mais sobre a direção que estamos tomando”, afirmou Jeffrey Radzinsky, um especialista em administração pública de Lima.

Um sinal-chave será o portfólio econômico, com fontes próxi-mas a Castillo indicando que ele recorrerá a Pedro Francke, um eco-nomista de esquerda moderado, que ajudou a suavizar a imagem de outsider do candidato e tem acalmado um mercado instável nos últimos meses.

Vitória contestadaA posse acontece depois de Castillo, de 51 anos, vencer a ad-

versária de direita Keiko Fujimori, embora sua vitória não tenha sido confirmada até semana passada. Fujimori afirmou, sem evidências, que houve fraude e contestou o resultado, o que gerou compa-rações com as táticas do ex-presidente norte-americano Donald Trump após a derrota na eleição presidencial de 2020 nos Estados Unidos.

Castillo terá que lidar com um Congresso fragmentado, no qual ele não tem apoio para promessas-chave que fez, incluindo planos de reformar a constituição, e também com tensões com a ala linha--dura da esquerda do seu partido, liderada pelo médico marxista Vladimir Cerrón.

Ele também terá que equilibrar o poderoso setor de mineração no segundo maior produtor de cobre e a necessidade de aumentar impostos para aliviar a pobreza cada vez maior e cumprir promessas à base rural que impulsionou a sua improvável ascensão à Presi-dência.

“Castillo precisa unir a linha-dura do seu partido, mas ele tem que fazê-lo sem destruir a imagem que o povo tem dele, de que ele é contra o radicalismo”, acrescentou Radzinsky.

Fonte: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2021/07/28/pedro-cas-tillo-assume-presidencia-do-peru-bolsonaro-e-unico-presidente-de-

-pais-vizinho-ausente-a-posse.ghtml

Japão registra recorde de casos de Covid em meio às Olimpí-adas

Sede das Olimpíadas, a capital Tóquio registrou o 3º dia segui-do de recorde de infectados. Premiê japonês diz não ver os Jogos contribuindo com a escalada da pandemia.

O Japão confirmou quase 10 mil novos casos de Covid-19 nes-ta quinta-feira (29), um novo recorde na pandemia, com a capital Tóquio registrando recorde de infectados pelo terceiro dia seguido.

Os números ampliam a pressão sobre a organização dos Jogos Olímpicos e o governo japonês, já que a maioria da população era contra a realização do evento no pior momento da pandemia no país.

A governadora de Tóquio, Yuriko Koike, pediu aos organizado-res na quarta-feira (28) para não sobrecarregarem os hospitais de capital japonesa, disse que o sistema de saúde está sob forte estres-se e estima que os casos podem chegar a 4,5 mil por dia na cidade em agosto.

Organizadores dos Jogos se defendemMas o primeiro-ministro do Japão, Yoshihide Suga, afirmou

nesta quinta que não vê as Olimpíadas de Tóquio contribuindo para um aumento dos casos.

Já o Comitê Olímpico Internacional (COI) e comitê organizador das Olimpíadas garantiram que os Jogos não estão afetando o sis-tema de saúde japonês. Foram confirmados mais 24 casos de Co-vid-19 em pessoas ligadas aos Jogos, e o total de infectados subiu para 200.

As Olimpíadas deveriam ter sido realizadas em 2020, mas fo-ram adiadas em um ano por causa da pandemia, e a maior parte das competições têm ocorrido sem torcida porque a região de Tóquio está sob estado de emergência.

A capital japonesa está com restrições no horário de funciona-mento de bares e restaurantes e com proibição da venda de bebi-das alcoólicas. A rede de televisão NHK diz que, com a alta de casos, o estado de emergência será ampliado para mais quatro regiões.

Recordes no Japão e em TóquioO Japão registrou 9.675 casos de Covid-19 nas últimas 24 ho-

ras, segundo o “Our World in Data”, projeto ligado à Universidade

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de Oxford. Até então, o país nunca tinha confirmado mais de 8 mil infectados em um único dia.

Já a capital Tóquio anunciou um recorde de 3.865 infecções nesta quinta, uma alta de 23,5% em relação aos 3.177 casos do dia anterior.

É o terceiro dia seguido de recorde, pois na terça-feira (27) a sede dos Jogos já havia confirmado 2.848 infectados. Até então, o maior número de novos infectados eram os 2.520 registrados em 7 de janeiro.

Mortes e vacinaçãoApesar da alta no contágio, o Japão tem conseguido evitar uma

explosão no número de mortes, como foi visto em outros países. O país confirmou 78 óbitos nas últimas 24 horas, bem abaixo do recorde de 248 vítimas da Covid-19 registrado em 1º de janeiro.

Mas a vacinação ainda caminha a passos lentos. Menos de 38% da população recebeu ao menos uma dose até o momento, e só 26% estão completamente imunizadas.

A porcentagem está acima da média mundial (27% e 14%, res-pectivamente), mas muito abaixo de países como Uruguai (73% e 62%), Reino Unido (68% e 55%) e Israel (66% e 62%).

Fonte: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2021/07/29/japao-regis-tra-recorde-de-casos-de-covid-em-meio-as-olimpiadas.ghtml

Complexo da ONU é atacado na 3ª maior cidade do Afeganis-tão

Alvo foi o principal complexo das Nações Unidas em Herat, no oeste do país, perto da fronteira com Irã e Turcomenistão. Forças afegãs e o Talibã estão se enfrentando na cidade.

O principal complexo das Nações Unidas em Herat, terceira maior cidade do Afeganistão, foram atacados por “forças antigover-namentais” nesta sexta-feira (30).

A Unama (Missão de Assistência das Nações Unidas no Afe-ganistão) condenou o ataque e afirmou que um policial morreu e vários ficaram feridos. Nenhum funcionário da ONU ficou ferido.

A representação diplomática disse que tiros e granadas foram jogados contra a entrada do complexo, que estava “claramente identificada” como instalações da ONU.

“Este ataque contra as Nações Unidas é deplorável e nós o condenamos nos termos mais veementes”, afirmou Deborah Lyons, representante especial do Secretário-Geral da ONU para o Afega-nistão.

Ofensiva talibãHerat fica no noroeste do país, perto da fronteira com o Irã e

o Turcomenistão, e o Talibã está enfrentando forças do governo na cidade.

Ela é a segunda capital de província que o grupo armado tenta invadir nas últimas 24 horas (a outra é Lashkargah, capital da pro-víncia de Helmand, no sul do país).

Com a retirada das tropas americanas e de outros países do Afeganistão, o Talibã tem se aproveitado nos últimos meses para avançar sobre várias regiões. Mas o grupo armado ainda não captu-rou nenhuma capital de província até o momento.Fonte: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2021/07/30/predio-da-o-

nu-e-atacado-no-afeganistao.ghtml

Sobem os números de mortos e desaparecidos em enchentes no Afeganistão

As enchentes costumam deixar dezenas de vítimas a cada ano, mas dessa vez o número de vítimas foi mais alto.

Ao menos 113 pessoas morreram pelas enchentes repentinas na noite de quarta-feira (28) no distrito de Kamdesh, no nordeste do Afeganistão, e outras 110 continuam desaparecidas, segundo

um novo balanço comunicado neste sábado (31) pelo Ministério de Gestão de Catástrofes. O desastre foi provocado pelas chuvas torrenciais.

Esse tipo de catástrofe é frequente no país, sobretudo, nas zo-nas rurais pobres, onde as casas são de construção precária e se en-contram em áreas de risco. As enchentes costumam deixar dezenas de vítimas a cada ano.

Uma inundação repentina matou mais de 100 pessoas em agos-to de 2020 na cidade de Charikar, capital da província de Parwan.

A falta de equipamentos e de infraestrutura dificulta as tarefas de resgate e o envio de ajuda para as áreas isoladas deste país em-pobrecido por 40 anos de guerra e conflitos.

Esta nova tragédia se dá no momento em que o governo luta contra uma ampla ofensiva dos talibãs, que se apoderaram de ex-tensos territórios em poucos meses. Além disso, o Afeganistão en-frenta uma terceira onda de Covid-19.

Fonte: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2021/07/31/sobem-os--numeros-de-mortos-e-desaparecidos-em-enchentes-no-afeganistao.

ghtml

Biden culpa redes sociais por desinformação sobre vacinasPresidente americano afirmou que Facebook e outras mídias

sociais estão “matando pessoas” ao permitir a disseminação de fake news sobre a imunização contra a covid-19.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse que plata-formas como o Facebook e outras redes sociais estão “matando as pessoas” por permitirem a disseminação de fake news sobre as va-cinas contra a covid-19.

“Eles estão matando pessoas. Olha, a única pandemia que te-mos é entre os não vacinados. E eles estão matando pessoas”, afir-mou Biden nesta sexta-feira (16/07) a repórteres na Casa Branca, após ser questionado sobre desinformação e qual seria sua mensa-gem para plataformas de mídia social como o Facebook.

As autoridades de saúde dos EUA alertam que o atual aumento de mortes e casos de covid-19 no país atinge quase que exclusiva-mente populações não vacinadas. Os casos aumentaram 70% em relação à semana anterior e os óbitos, 26%, com surtos em partes do país com baixas taxas de vacinação.

Notícias falsas sobre a imunização se proliferaram durante a pandemia nas redes sociais em plataformas como Facebook, Twit-ter e YouTube. Nos Estados Unidos, legisladores acusam o Facebook de não monitorar suficientemente o conteúdo prejudicial.

Facebook alega que fornece “informações confiáveis”Em sua defesa, a empresa disse que introduziu regras sobre

alegações falsas específicas sobre a covid-19 e vacinas e afirmou que fornece aos usuários informações confiáveis sobre esses temas.

“Não seremos distraídos por acusações que não são apoiadas pelos fatos”, disse o porta-voz do Facebook Kevin McAlister na sex-ta-feira. “O fato é que mais de 2 bilhões de pessoas viram informa-ções confiáveis sobre covid-19 e vacinas no Facebook, o que é mais do que em qualquer outro lugar na internet”, acrescentou.

Em outro comunicado, feito anteriormente, o Facebook disse que mais de 3,3 milhões de americanos usaram a ferramenta de lo-calização de vacinas para descobrir onde e como se imunizar. Além disso, de acordo com o Facebook, foram removidas da plataforma 18 milhões de informações incorretas sobre covid-19.

“Os fatos mostram que o Facebook está ajudando a salvar vi-das. Ponto final”, disse MCAlister.

Mais cedo, no início da sexta-feira, a secretária de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki, disse que o Facebook e outras plataformas não estavam fazendo o suficiente para combater a desinformação sobre vacinas.

“Obviamente, eles deram alguns passos”, afirmou Psaki em en-

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trevista coletiva na Casa Branca, reforçando, porém, que “existem etapas adicionais” que podem ser implantadas.

Psaki disse que apenas 12 pessoas foram responsáveis por qua-se 65% da desinformação sobre vacinas nas plataformas de mídia social. A descoberta foi relatada em maio pelo Centro de Combate ao Ódio Digital, com sede em Washington e Londres. O Facebook contestou a metodologia.

Na quinta-feira, Psaki disse que o governo Biden estava em con-tato regular com o Facebook e sinalizava postagens problemáticas. O Twitter e o YouTube não responderam aos pedidos de comentá-rios.

Fonte: https://www.dw.com/pt-br/biden-culpa-redes-sociais-por-de-sinforma%C3%A7%C3%A3o-sobre-vacinas/a-58302681

ANOTAÇÕES

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