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Fatos da Atualidade do Mundo

Professor Thiago Scott

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FATOS DA ATUALIDADE DO MUNDO

O que é ‘pós-verdade’, a palavra do ano segundo a Universidade de Oxford

https://www.nexojornal.com.br/expresso/2016/11/16/O-que-%C3%A9-%E2%80%98p%C3%B3s-verdade%E2%80%99-a-palavra-do-ano-segundo-a-Universidade-de-Oxford

Substantivo diz respeito a circunstâncias nas quais fatos objetivos têm menos importância do que crenças pessoais

Anualmente a Oxford Dictionaries, departamento da universidade de Oxford responsável pela elaboração de dicionários, elege uma palavra para a língua inglesa. A de 2016 é “pós-verdade” (“post-truth”). Em 2015, a palavra escolhida foi um emoji - mais especificamente, aquela ca-rinha amarela que chora de tanto rir. Além de eleger o termo, a instituição definiu o que é a “pós-verdade”: um substantivo “que se relaciona ou denota circunstâncias nas quais fatos ob-jetivos têm menos influência em moldar a opinião pública do que apelos à emoção e a crenças pessoais”.

A palavra é usada por quem avalia que a verdade está perdendo importância no debate polí-tico. Por exemplo: o boato amplamente divulgado de que o Papa Francisco apoiava a candida-tura de Donald Trump não vale menos do que as fontes confiáveis que negaram esta história. Segundo a Oxford Dictionaries, o termo “pós-verdade” com a definição atual foi usado pela primeira vez em 1992 pelo dramaturgo sérvio-americano Steve Tesich. Ele tem sido empre-gado com alguma constância há cerca de uma década, mas houve um pico de uso da palavra, que cresceu 2.000% em 2016. “‘Pós-verdade’ deixou de ser um termo periférico para se tornar central no comentário político, agora frequentemente usado por grandes publicações sem a necessidade de esclarecimento ou definição em suas manchetes”, escreve a entidade no texto no qual apresenta a palavra escolhida. “Dado que o uso do termo [pós-verdade] não mostrou nenhum sinal de desaceleração, eu não ficaria surpreso se ‘pós-verdade’ se tornasse uma das palavras definidoras dos nossos tempos” Casper Grathwohl Presidente da Oxford Dictionaries em entrevista ao jornal americano 'Washington Post' Segundo a Oxford Dictionairies, a palavra vem sendo empregada em análises sobre dois importantes acontecimentos políticos: a eleição de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos e o referendo que decidiu pela saída da Grã-Bretanha da União Europeia, apelidada de “Brexit”. Ambas as campanhas fizeram uso indiscriminado de mentiras, como a de que a permanência na União Europeia custava à Grã Bretanha US$ 470 milhões por semana no caso do Brexit, ou de que Barack Obama é fundador do Estado Islâmico no caso da eleição de Trump.

Em um artigo publicado em setembro de 2016, a influente revista britânica “The Economist” destaca que políticos sempre mentiram, mas Donald Trump atingiu um outro patamar. A leitura de muitos acadêmicos e da mídia tradicional é que as mentiras fizeram parte de uma bem su-

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cedida estratégia de apelar a preconceitos e radicalizar posicionamentos do eleitorado. Apesar de claramente infundadas, denunciar essas informações como falsas não bastou para mudar o voto majoritário. Para diversos veículos de imprensa, a proliferação de boatos no Facebook e a forma como o feed de notícias funciona foram decisivos para que informações falsas tivessem alcance e legitimidade. Este e outros motivos têm sido apontados para explicar ascensão da pós-verdade.

RAIVA E FRUSTRAÇÃO

Em um artigo publicado em setembro de 2016 no qual aborda a ‘pós-verdade’, a ‘The Econo-mist’ aponta a frustração de parte do eleitorado com instituições tradicionais que fizeram diag-nósticos falhos ou falsos. ‘Eles fazem troça de tecnocratas que trabalham em proveito próprio e que disseram que o euro melhoraria suas vidas e Saddam Hussein tinha armas de destruição em massa’ NOVAS MÍDIAS Plataformas como Facebook, Twitter e Whatsapp favorecem a re-plicação de boatos e mentiras. Grande parte dos factóides são compartilhados por conhecidos nos quais os usuários têm confiança, o que aumenta a aparência de legitimidade das histórias. Os algoritmos utilizados pelo Facebook fazem com que usuários tendam a receber informações que corroboram seu ponto de vista, formando bolhas que isolam as narrativas às quais aderem de questionamentos à esquerda ou à direita MENOS ESPAÇO PARA IMPRENSA A imprensa, que é tradicionalmente responsável por checar os fatos e construir narrativas baseadas na realida-de, tem tido obstáculos para disputar espaço nas redes sociais.

Em junho, o Facebook alterou seu algoritmo de forma a diminuir o alcance de postagens de sites noticiosos e privilegiar o de amigos e familiares. Em paralelo, a imprensa que checa fatos antes de publicá-los compete por espaço com uma ampla gama de veículos de informações fal-sas. Um site com um bom design pode bastar para convencer um leitor da veracidade de uma informação O que o Facebook tem feito após as críticas Apontado por veículos de mídia após a eleição de Trump como a plataforma-chave para a proliferação de boatos que fazem parte da “pós-verdade”, o Facebook anunciou uma medida prática: sites que compartilham conteúdo falso não poderão usar a sua rede de anúncios, que permite que eles exibam propaganda e ga-nhem dinheiro com isso. A empresa seguiu o mesmo caminho do Google, que já havia determi-nado que sites que divulgam informações inverídicas serão proibidos de usar o Google AdSen-se, sistema de remuneração por anúncios. Os críticos à maneira como o Facebook se organiza, no entanto, dizem que são necessárias outras medidas. O site Vox, por exemplo, defende que a rede social mantenha uma equipe editorial qualificada para avaliar e classificar os conteúdos noticiosos. A revista “Business Insider” recomenda que ele faça a classificação de conteúdos como o Google, dando mais peso para veículos relevantes ou verificados.

O que é 'Brexit' - e como pode afetar o Reino Unido e a União Europeia?17 junho 2016 (http://www.bbc.com/portuguese/internacional-36555376)

Os britânicos vão às urnas no próximo dia 23 de junho para votar em um plebiscito crucial para o seu futuro.

Os eleitores votarão por permanecer na União Europeia ou abandonar o bloco comum.

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Nunca um país membro deixou a união política e econômica de 28 países - que desde seu início só tem se expandido.

A saída britânica seria interpretada como um duro golpe ao projeto europeu, cujas origens re-montam ao pós-2ª Guerra Mundial.

Analistas dizem que esta será a decisão mais importante para os britânicos desde 1975, quando dois terços do eleitorado optaram por ingressar na então Comunidade Econômica Europeia.

Entenda os principais pontos da discussão.

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O que é 'Brexit'?

'Brexit' é a abreviação das palavras em inglês Britain (Grã-Bretanha) e exit (saída). Designa a saída do Reino Unido da União Europeia.

O termo parece remontar à discussão sobre uma possível saída da Grécia do euro, em 2012 - à época, estava em voga a palavra Grexit.

No contexto britânico, Brexit pegou e se converteu na palavra mais usada para tratar da discus-são.

A alternativa Bremain (trocadilho com a palavra remain, permanecer) nunca gozou da mesma popularidade.

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Qual é a pergunta do referendo?

Os eleitores devem responder à seguinte pergunta na cédula eleitoral: "Deve o Reino Unido permanecer como membro da União Europeia ou sair da União Europeia?"

As duas únicas respostas possíveis são "permanecer" e "sair".

Inicialmente, o governo britânico queria uma formulação diferente, perguntando aos eleitores se queriam continuar na União Europeia. Mas as autoridades eleitorais consideraram que des-sa forma a pergunta poderia induzir respostas pró-UE.

Tecnicamente, o plebiscito não é vinculante. Mas se a proposta passar, o primeiro-ministro, Da-vid Cameron, estará sobre intensa pressão para implementar a vontade da maioria.

Em tese, os parlamentares também poderiam bloquear a saída do bloco, mas analistas consi-deram que contrariar os eleitores seria um suicídio político para muitos conservadores - que atualmente controlam o Legislativo.

Foi uma resposta à pressão crescente, inclusive dentro do seu próprio partido, para que o pro-jeto europeu fosse levado a voto popular. Muitos dos chamados eurocéticos argumentam que a UE cresceu demasiadamente nas últimas décadas, exercendo cada vez mais controle sobre a vida cotidiana dos britânicos.

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As pressões aumentaram com o crescimento eleitoral do partido nacionalista Ukip, que defen-de a saída da UE.

Mas as origens da oposição à União Europeia remontam a tensões históricas entre o Reino Unido, que segundo historiadores nunca abraçou uma identidade europeia como Alemanha ou França, e seus vizinhos no continente.

Entre as novas e velhas tensões, estão, entre outras, a defesa da soberania nacional, o orgulho pela identidade britânica, desconfiança com a burocracia de Bruxelas, o controle de fronteiras e questões de segurança interna e defesa.

Qual é a situação do Reino Unido na União Europeia?

A União Europeia é uma união econômica e política de 28 países. Suas origens remontam à Co-munidade Econômica Europeia (CEE), criada em 1957 por seis países que assinaram o Tratado de Roma.

O Reino Unido aderiu à CEE em 1973 e, dois anos depois, após renegociar suas condições, reali-zou um referendo sobre a sua permanência.

A integração foi aprovada por 67% dos eleitores. Numa época em que o Reino Unido sofria com o declínio industrial, inflação e distúrbios decorrentes de greves trabalhistas, o então premiê Harold Wilson conseguiu vender o projeto europeu como benéfico para a economia do país.

Mas quando a área de Schengen, estabelecendo uma fronteira comum, foi criada, em 1985, o Reino Unido optou por manter-se à margem.

E apesar de integrar desde 1993 o mercado único e a livre circulação de bens e pessoas, o Reino Unido optou por não adotar o euro, mantendo sua própria moeda, a libra esterlina.

Há anos, o país mantém com a UE uma relação complexa, permeada por temas como centrali-zação versus controle nacional.

O tema econômico também sempre foi central nessa relação. Um dos argumentos pela separa-ção, aliás, é o de que a economia britânica de hoje é muito mais criativa e dinâmica que a dos anos 1970 e que estas duas características são prejudicadas pela burocracia de Bruxelas.

No início deste ano, o premiê David Cameron renegociou "condições especiais" para o Reino Unido dentro da união.

Entre outros privilégios, o país recebeu garantias de que não será discriminado por não integrar a zona do euro, obteve proteções para a City londrina - o mercado financeiro mais importante da Europa - frente a regulações financeiras do bloco, e ganhou o direito de limitar os benefícios que imigrantes europeus podem pedir no país.

David Cameron sustenta que as novas condições permitirão ao Reino Unido ficar na União Europeia dentro dos seus próprios termos. Mas os críticos afirmam que as condições ficaram aquém das expectativas, e que só a saída total da União Europeia permitirá aos britânicos ditar suas próprias regras.

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Quem defende a permanência na UE?

Os partidos Trabalhista, Liberal Democrata, Nacionalista Escocês (SNP), e o galês Plaid Dymru também se dizem a favor da permanência na UE

David Cameron concordou com a realização do plebiscito, mas sua posição é favorável à perma-nência do país no bloco comum. Por outro lado, ele permitiu que integrantes do seu gabinete adotassem sua própria posição política - cinco se declararam a favor da saída.

Os partidos Trabalhista, Liberal Democrata, Nacionalista Escocês (SNP), e o galês Plaid Dymru também se dizem a favor da permanência na UE.

Entre os líderes estrangeiros, o presidente Barack Obama atraiu acusações de ingerência ao defender a permanência do Reino Unido na UE. França e Alemanha, assim como organizações multilaterais - como o Fundo Monetário Internacional (FMI) - também preferem que os britâni-cos permaneçam no bloco.

Quem defende a saída da UE?

Os defensores mais vocais da saída são os membros do partido nacionalista Ukip, em especial seu líder, Nigel Farage. Nas últimas eleições, o Ukip obteve 13% dos votos, embora sua repre-sentação no Parlamento seja ínfima devido ao sistema eleitoral britânico.

Cerca de metade dos parlamentares conservadores também se posicionaram contra a UE, con-trariando a vontade de David Cameron.

Alguns parlamentares trabalhistas também apoiam a saída, ecoando críticas de algumas vozes da esquerda descontentes com as políticas de austeridade e liberalismo econômico promovi-das pelo bloco.

O candidato republicano à Casa Branca, Donald Trump, também já expressou a opinião de que o Reino Unido estará melhor fora da UE, e lamentou os efeitos da imigração na Europa.

Que consequências teria a Brexit para o Reino Unido?

O mercado único, sem impostos nem tarifas comerciais, é o grande pilar da economia europeia. No coração dele, está o movimento de bens, pessoas e capitais.

Embora seja possível integrar o mercado único e não a União Europeia, como é o caso da No-ruega, isto dependeria de acordos a serem assinados se for confirmada a saída do bloco.

Os partidários da campanha pela saída dizem que tal entendimento poderia ser firmado até 2020. Eles alegam que a economia britânica é forte e dela dependem muitos países da UE, in-cluindo a França, que exporta boa parte de sua produção agrícola para o outro lado do Canal da Mancha.

Por outro lado, muitos creem que outros países da UE seriam praticamente obrigados a "punir" o Reino Unido para evitar que outros países da união sigam exemplo semelhante.

Há ainda grandes divergências sobre os efeitos econômicos da separação. Uma análise do Te-souro britânico afirma que os prejuízos seriam "permanentes" e levariam a uma redução do PIB de 6% até 2030.

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O ministro da Economia, George Osborne, disse que a saída deixaria um rombo nas contas pú-blicas de 30 bilhões de libras (quase R$ 150 bilhões), que teria de ser coberto com aumentos de impostos, cortes na saúde, educação e defesa, e anos de políticas de austeridade.

As projeções foram duramente criticadas por parlamentares do próprio partido Conservador, que acusaram o ministro de fazer uma campanha do medo com ameaças vazias.

Que consequências teria a Brexit para a União Europeia?

Embora seja consenso que o mais afetado pela separação seria o próprio Reino Unido, também deve haver consequências em outras partes da Europa.

A consultoria britânica Global Counsel disse que a UE se tornaria um parceiro comercial menos atraente em nível mundial e perderia poder globalmente.

Porém, a consultoria observou que estes fatores poderiam ser compensados com maior coesão dos países restantes, já que o Reino Unido é um dos membros do bloco que mais se opõem ao aprofundamento da integração.

Não se sabe quanto uma saída britânica acenderia movimentos populistas e nacionalistas que já existem nos países do bloco.

Além do quê, o processo de implementação da saída estaria repleto de incertezas, o que em geral prejudica as economias nacionais. A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento da Europa (OCDE) espera uma queda do Produto Interno Bruto regional se a saída do Reino Unido for aprovada.

Acordo de paz entre as FARC e o governo da ColômbiaO acordo de paz, que acaba com meio século de enfrentamentos entre o governo colombiano e a maior guerrilha do país, começa a ser implementado nessa quinta-feira (1º). Os rebeldes das Forças Armadas Revolucionarias da Colômbia (Farc) têm 150 dias para entregar todas as suas armas às Nações Unidas.

O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, comemorou a ratificação do pacto, na quarta--feira (30) à noite, depois de dois dias de intensos debates. Segundo ele, 1º de dezembro é o Dia D – o início do fim de 52 anos de violência, que resultaram na morte de mais de 200 mil colombianos e no deslocamento de mais 6 milhões.

Santos ganhou o Prêmio Nobel da Paz por seus esforços para negociar o desarmamento do grupo guerrilheiro mais antigo da América Latina. Foi um processo que durou quatro anos e quase termina em fracasso. O primeiro pacto, assinado por Santos e pelo líder das Farc, Rodrigo Londono (conhecido como Timochenko), foi rejeitado em um plebiscito em outubro. Novas ne-gociações resultaram numa segunda versão, menos tolerante com os rebeldes – como pediam os que votaram contra na consulta popular.

O segundo acordo manteve a promessa feita aos guerrilheiros, de que poderiam formar um partido político, disputar eleições e ocupar cargos públicos. A oposição, liderada pelo ex-presi-dente e atual senador Álvaro Uribe, queria que o documento fosse submetido a um novo ple-biscito. Mas Santos decidiu submetê-lo à aprovação do Congresso, onde o governo tem maio-ria.

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Tanto Santos quanto Londono argumentaram que o acordo de paz foi o resultado de amplo debate e que era mais importante implementar a paz o quanto antes do que colocar em risco a trégua entre o governo e a guerrilha e recomeçar de zero. A discussão mobilizou também os colombianos no exterior – como o barítono Alfredo Martinez, 30 anos, que canta em óperas em Buenos Aires.

“Uma guerra tão longa deixa profundas feridas. Muitos achavam que não deviam perdoar os responsáveis pela violência tão facilmente, da noite para a manha, e que eles deveriam respon-der por seus crimes”, disse à Agência Brasil. “Mas no fundo, todos os colombianos querem a paz. E o bom é que esse acordo abriu as portas para o debate e todos se informaram a respeito, para apoiar ou rejeitar o pacto. Não importa. O importante é que o debate se deu”.

Além do desarmamento das Farc, o acordo prevê a erradicação dos cultivos de drogas ilegais (que financiavam as atividades guerrilheiras, depois da queda do comunismo no Leste Euro-peu) e programas sociais para integrar mais de 6 mil mil rebeldes à sociedade civil. Opositores ao acordo argumentavam que a Colômbia iria gastar uma fortuna em um momento de desa-quecimento da economia. O tema fará parte dos debates nas eleições do próximo ano.

O acordo de paz colombiano foi mediado pelo governo cubano, que continua de luto pela mor-te do líder revolucionário Fidel Castro. Ele morreu na sexta-feira (25), aos 90 anos. Suas cinzas estão sendo levadas, em uma peregrinação pelo país. e serão enterradas domingo (4).

Donald Trump vence Hillary Clinton e é eleito presidente dos EUAhttp://g1.globo.com/mundo/eleicoes-nos-eua/2016/noticia/2016/11/donald-trump-vence-hillary-clinton-e-e-

-eleito-presidente-dos-eua.html

Quando entrou o número de delegados do estado de Wisconsin na conta da AP, Trump alcan-çou 276 delegados, ultrapassando o limite de 270 necessários para ser o vencedor no Colégio Eleitoral. A imprensa americana informou minutos depois que Hillary ligou para o rival e admi-tiu a derrota. "Eu a cumprimentei pela campanha muito disputada", disse Trump em seguida, em seu discurso da vitória.

Ao falar aos seus simpatizantes, Trump defendeu a união do país após a disputa eleitoral, ao afirmar que será presidente para "todos os americanos".

"Todos os americanos terão a oportunidade de perceber seu potencial. Os homens e mulhe-res esquecidos de nosso país não serão mais esquecidos", discursou. Trump disse ainda que o plano do país deve ser refeito. "Vamos sonhar com coisas para nosso país, coisas bonitas e de sucesso novamente."

Disputa

A democrata Hillary, de 69 anos, e o republicano Trump, de 70, protagonizaram uma disputada e agressiva campanha de quase dois anos, marcada por ofensas e ataques pessoais.

Durante a noite, enquanto a apuração avançava, Trump conquistou vitórias surpreendentes so-bre Hillary em estados-chave para a definição, abrindo o caminho para a Casa Branca e abalan-do os mercados globais que contavam com uma vitória da democrata.

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A maré começou a virar a favor de Trump após as vitórias na Flórida, Carolina do Norte, Ohio e Iowa. Além disso, contrariando sondagens e projeções, Michigan, Wisconsin e Pensilvânia vota-ram em um republicano pela primeira vez desde os anos 1980.

Os democratas contavam com votos dos estados do Centro-Oeste, por causa do tradicional apoio dos negros e dos trabalhadores brancos. Mas muitos dos brancos dessa região, especial-mente sem formação universitária, decidiram votar em Trump. A importância dessa classe para os democratas tinha sido subestimada em projeções feitas antes do pleito, segundo o jornal "The New York Times". Analistas dizem o apoio desses trabalhadores a Obama já tinha sido me-nor em 2012, principalmente pelo receio de perder o emprego para outros países.

Os trabalhadores rurais de estados centrais e do Norte também escolheram em peso o republi-cano e fizeram diferença no resultado.

A demora na definição de alguns estados, onde os números de Hillary e Trump ficaram muito próximos, fez com que a primeira projeção sobre sua vitória tenha saído apenas às 5h32, muito mais tarde do que nas eleições anteriores. Em 2012, por exemplo, o resultado já era conhecido antes das 2h30 da quarta.

Entre os estados considerados decisivos para o resultado, Trump conquistou a Flórida, onde Hillary chegou a liderar por uma pequena margem durante grande parte da apuração e onde Obama ganhou em suas duas eleições.

Segundo análise do “New York Times”, o número de votos de eleitores brancos e com maior renda foi suficiente para que ele abrisse uma margem capaz de compensar o eleitorado latino do estado, que em sua grande maioria votou em Hillary.

Já antes de sair a projeção da vitória de Trump, o chefe da campanha de Hillary, John Podesta, disse que ela não falará durante a noite. Ele pediu que os simpatizantes da candidata voltassem para casa.

Com discursos centrados nas frustrações e inseguranças dos americanos num mundo em muta-ção, Donald Trump tornou-se a voz da mudança para milhões deles.

Trajetória

Nascido em 14 de junho de 1946 no bairro nova-iorquino do Queens, Trump é o quarto dos cin-co filhos de Fred Trump, um construtor de origem alemã, e Mary MacLeod, uma dona de casa de procedência escocesa.

Desde criança ele mostrava um comportamento rebelde, tanto que seu pai teve que tirá-lo da escola aos 13 anos, onde havia agredido um professor, e interná-lo na Academia Militar de Nova York, com a esperança de que a disciplina militar corrigisse a atitude de seu filho.

Trump graduou-se em 1964 na academia, onde alcançou a patente de capitão e vislumbrava seu destino: "Um dia, serei muito famoso", comentou então ao cadete Jeff Ortenau.

Em 1968, o hoje magnata formou-se em Economia na Escola Wharton da Universidade da Pen-silvânia, e se transformou no favorito para suceder seu pai no comando da empresa familiar, Elisabeth Trump & Son, dedicada ao aluguel de imóveis de classe média nos bairros nova-ior-quinos de Brooklyn, Queens e Staten Island.

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Trump assumiu em 1971 as rédeas da companhia, rebatizada como The Trump Organization, e se mudou para a Manhattan. Enquanto seu pai construía casas para a classe média, ele optou pelas torres luxuosas, hotéis, casinos e campos de golfe. Trump gosta de dizer que começou seus próprios negócios modestamente, com “um pequeno empréstimo de US$ 1 milhão” de seu pai.

Já nos anos 1980, tinha em construção diversos empreendimentos na cidade, incluindo a Trump tower, o Trump Plaza, além de cassinos em Atlantic City, em Nova Jersey. Casou-se pela primeira vez em 1977, com a modelo tcheca Ivana Zelníčková, com quem tem três filhos, e pela segunda vez em 1993, com a atriz Marla Maples, com quem tem uma filha.

Em 2011, se casou com sua atual mulher, Melania Knauss, ex-modelo eslovena de 46 anos que cria seu filho Barron, de 10 anos. Ela foi colocada longe dos holofotes durante a campanha. Já seus filhos adultos, Ivanka, Donald Jr., Eric Tiffany participam da corrida eleitoral. Trump tem sete netos.

Na começo da década de 90, três dos seus cassinos entraram em falência por causa de dívidas, na tentativa de reestruturá-las. Em 1996, comprou os direitos dos concursos Miss USA, Miss Universo e Miss Teen, tornando-se seu produtor executivo.

Oito anos mais tarde, tornaria-se figura pública ainda mais conhecida ao virar apresentador do programa “The Apprentice”, em que tinha o poder de demitir os participantes.

Apesar de afirmar ter US$ 10 bilhões, sua fortuna foi estimada em US$ 4,5 bilhões pela Forbes. Em 2014, o Partido Republicano sugeriu que concorresse ao governo de Nova York, mas Trump disse que o cargo não lhe interessava.

Trump mora em um triplex no topo da Torre Trump em Nova York, e viaja em seu Boeing 757 privado, que serve regularmente como pano de fundo para seus comícios.

Cabelo tingido de loiro, impecavelmente vestido, ele fascina e horroriza. Quando uma dúzia de mulheres o acusaram de assédio e gestos sexuais impróprios, ele tratou todas de mentirosas.

Trump não é dos mais fiéis a ideologia: foi democrata até 1987 e, em seguida, republicano (1987-1999), membro do partido da Reforma (1999-2001), democrata (2001-2009), e republi-cano novamente. Durante a sua carreira foi alvo de dezenas de processos civis relacionados aos seus negócios.

Recusou-se a publicar seu imposto de renda – uma tradição para os candidatos à Casa Branca – e reconheceu que não tinha pago impostos federais durante anos, depois de informar enormes perdas de US$ 916 milhões em 1995. "Isto faz de mim uma pessoa inteligente", disse ele, mais uma vez causando enorme polêmica

Ameaça Terrorista

Terrorismo é o uso de violência, física ou psicológica, através de ataques localizados a elemen-tos ou instalações de um governo ou da população governada, de modo a incutir medo, pânico e, assim, obter efeitos psicológicos que ultrapassem largamente o círculo das vítimas, incluin-do, antes, o resto da população do território. É utilizado por uma grande gama de instituições como forma de alcançar seus objetivos, como organizações políticas, grupos separatistas e até por governos no poder.

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A guerra de guerrilha é frequentemente associada ao terrorismo uma vez que dispõe de um pequeno contingente para atingir grandes fins, fazendo uso cirúrgico da violência para comba-ter forças maiores. Seu alvo, no entanto, são forças igualmente armadas procurando sempre minimizar os danos a civis para conseguir o apoio destes. Assim sendo, é tanto mais uma táctica militar que uma forma de terrorismo.

Segundo especialistas da área, existem centenas de definições da palavra terrorismo.A inexis-tência de um conceito amplamente aceito pela comunidade internacional e pelos estudiosos do tema significa que o terrorismo não é um fenômeno entendido da mesma forma, por todos os indivíduos, independentemente do contexto histórico, geográfico, social e político. Segundo Walter Laqueur

“Nenhuma definição pode abarcar todas as variedades de terrorismo que existiram ao longo da história”.

Segundo Baudrillard, os atentados de 11 de setembro de 2001 foram "um ato fundador do novo século, um acontecimento simbólico de imensa importância porque de certa forma con-sagrou o império mundial e sua banalidade. Os terroristas que destruíram as torres gêmeas introduziram uma forma alternativa de violência que se dissemina em alta velocidade. A nova modalidade está gerando uma visão de realidade que o homem desconhecia. O terrorismo fun-da o admirável mundo novo. Bom ou mau, é o que há de novo em filosofia. O terrorismo está alterando a realidade e a visão de mundo. Para lidar com um fato de tamanha envergadura, precisamos assimilar suas lições por meio do pensamento.

Entretanto o uso sistemático de terror como recurso de controle social e político tem acompa-nhado a humanidade por milênios. O historiador Xenofonte (430-349 a.C.) conta que o terroris-mo era praticado pelos governos das cidades gregas como forma de guerra psicológica contra populações inimigas. Também semearam o terror os imperadores romanos Tibério e Calígula, os membros da Santa Inquisição, Robespierre e seus adeptos, os integrantes da Ku Klux Klan, as milícias nazistas e muitos outros.

Segundo a advogada Luciana Worms, os conceitos de terrorismo usados no Brasil são pauta-dos pela Organização dos Estados Americanos (OEA). A partir desse viés, no passado, durante a Guerra Fria, o terrorista podia ser um comunista; atualmente, é um jihadista ou membro de uma organização de narcotráfico. Segundo Worms, ações bárbaras, que resultem em mortes em massa, nem sempre são consideradas como atos de terrorismo: a União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), organização aliada dos Estados Unidos, apesar de ter plantado minas terrestres no país, nunca foi qualificada como terrorista. Do mesmo modo, se-gundo a professora, Baruch Goldstein - um fanático judeu que, nos anos 1990, invadiu uma mesquita e matou 27 muçulmanos que estavam rezando - não foi classificado como terrorista mas como louco, pelo governo de Israel.

Segundo Aegemiro Procópio, professor titular em Relações Internacionais da Universidade de Brasília:

“A negligência dos países desenvolvidos com relação ao terrorismo das desigualdades nas re-lações internacionais precisa ser combatida, porque tal batalha manterá acesa a chama da in-dignação contra atos terroristas, contra suas causas. Ajudará na busca do consenso acerca da necessidade da eliminação do ódio. Sabendo ser pouco demais o que a Organização das Na-ções Unidas realiza contra o terror, inclusive a desfavor das desigualdades por causa do seu obcecado temor diplomático de ferir susceptibilidades nacionais, a ONU, ao qualificar o terro-

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rismo como crime internacional, chove no molhado. Variadíssimas interpretações podem ser dadas ao Artigo 51 da sua própria Carta, em que se reserva aos países o direito da autodefesa. O Iraque e a Líbia, por exemplo, estão roucos de tanto invocá-lo.

A domesticação do terror da violência com a banalização do valor da vida, em flagrante des-respeito ao próximo e aos direitos humanos, mais a apropriação do nome de Deus no combate ao terror entre as partes conflitantes – vejam-se, por exemplo, os discursos de George W. Bush e Osama bin Laden – complicam enormemente a arena da ética antiterrorista. A invocação do nome de Deus deveria preocupar as diferentes confissões religiosas. Sobre isso não se ouviu quase nada das lideranças eclesiásticas ocidentais, inclusive por parte do Vaticano. Relativa-mente poucas vozes nas igrejas checam a moralidade dos bombardeios lançados pela nação mais poderosa contra provavelmente uma das menos favorecidas. Apelar para a ética cristã é lembrar a onipresença divina manifestada tanto em Washington quanto em Cabul ou em Bra-sília.

O sentido espiritual da Jihad, Guerra Santa, precisa ser respeitado e conhecido no Ocidente. Jihad significa igualmente empenho em busca do equilíbrio a serviço do Criador; empenho tra-duzido como esforço de defesa dos valores da fé islâmica. A tradição maometana prega cami-nhar da Jihad menor para a Jihad maior. A Jihad maior é o empenho da fé e do exemplo. Tam-bém implica ascese testemunhal por meio de usos e costumes (suna) ensinados pelo Profeta, em Medina.

Diferentes leituras aplicam-se à bíblia e ao corão. Fundamentalistas encontram-se tanto no isla-mismo, no judaísmo e no cristianismo, quanto no budismo. Misturar islamismo com terrorismo equivale a esquecimento da essência do radical monoteísmo abraânico presente no judaísmo, no islamismo e no cristianismo.

Entender esta trilogia como se fossem civilizações em choque e de outro mundo, como preten-de Samuel Huntington, com suas cortinas de ferro, de bambu e de veludo, só reforça equívocos e preconceitos históricos transmitidos por ideologias compromissadas. Existe choque sim, mas de poder. Luta de classes, não de civilizações!

As elites dominantes ocidentais, convictas da morte e sepultamento do marxismo, acordam atônitas com o explodir das reações em cadeia às respostas fratricidas perpetradas pelo sofis-ticado aparato bélico industrial dos Estados Unidos. Destas ações, por condenáveis que sejam, ingente mérito não se pode negar: ressuscitaram a utopia marxista soprando vigorosamente o espírito da teologia da libertação.

Em nome de interesses toma-se o santo nome de Deus em vão. O abuso de Deus, seja pelos movimentos terroristas, seja pela repressão mundial ao seu encalço, certamente traduz convic-ções mais profundas que as estudadas até o presente na sociologia das relações internacionais. Por exemplo, o Miutzan Elohim (Ira de Deus) vingava o brutal assassinato de atletas israelenses nos Jogos Olímpicos de Munique em 1972, observando o “dente por dente, olho por olho” do ensinamento bíblico. Respondia com terror o terror do Setembro Negro de Yasser Arafat que, anos mais tarde, dividiria, com Shimon Perez o Prêmio Nobel da Paz.

O Ruhollah (Sopro Divino) dos xiitas iranianos, o Portão do Céu californiano, o Templo do Povo, causador de centenas de mortes por envenenamento, na Guiana, a Jihad Islâmica do Egito, o Hezbollah (Partido de Deus) no Líbano e o Hamas (Fervor) constituem modelos de manipulação do messiânico no desespero do terror. Fosse vivo, Antônio Conselheiro e seu bando de faná-ticos sertanejos famintos talvez se confundissem com os talibãs afegãos integrando a lista da história terrorista dos presentes dias.” (http://www.scielo.br/pdf/rbpi/v44n2/a04v44n2.pdf)

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Atualmente a ideia de ameaça terrorista está muito ligada aos atos do ISIS (também conhecido como Estado Islâmico, EI)

O grupo Estado Islâmico, antes chamado de Estado Islâmico no Iraque e na Síria (Isis), inten-sificou sua campanha de violência no Norte e Oeste do Iraque em junho desse ano, quando conseguiu assumir o controle de Mossul, a segunda maior cidade do país. Desde então, os ex-tremistas colecionam algumas conquistas importantes, como a tomada de vastos territórios iraquianos, a obtenção de armamento do Exército, e o controle de infraestruturas estratégicas. Diante disso, a organização é considerada uma ameaça não só ao país, mas também a outras áreas do Oriente Médio.

Destacaremos cinco pontos para entender o grupo que aterroriza Iraque e Síria:

1. Surgimento. O Estado Islâmico no Iraque e na Síria (Isis) foi criado em 2013 e cresceu como um braço da organização terrorista al-Qaeda no Iraque. No entanto, no início deste ano, os dois grupos romperam os laços. No final de junho, os extremistas declararam um califado, mudaram de nome para o Estado Islâmico (EI) e anunciaram que iriam impor o monopólio de seu domínio pela força. O EI é hoje um dos principais grupos jihadistas, e analistas o con-sideram um dos mais perigosos do mundo.

2. Áreas de atuação. As atividades do EI se concentram no Iraque e na Síria, onde o grupo assumiu um papel dominante e possui forte presença. O recente controle de vastos territó-rios no Norte e Oeste do Iraque, além das áreas dominadas pelos curdos, ajudaria o grupo islâmico a consolidar seu domínio ao longo da fronteira com a Síria, onde luta contra o regi-me de Bashar al-Assad.

3. Liderança. Seu principal líder é Abu Bakr al-Baghdadi, apontado como um comandante de campo e tático e designado "califa de todos os muçulmanos". Aparentemente, ele se jun-tou à insurgência em 2003, logo após a invasão do Iraque, liderada pelos Estados Unidos. Diante dos avanços do Estado Islâmico, ele pode em breve se tornar o jihadista mais in-fluente do mundo.

4. Combatentes ocidentais. O Estado Islâmico conta com um vasto grupo de extremistas: en-tre 3 mil e 5 mil milicianos, muitos deles estrangeiros. Vídeos divulgados pelo grupo jiha-dista mostram britânicos que aderiam à causa islâmica e à luta armada. Os governos oci-dentais temem que esses insurgentes possam voltar para seus países representando uma ameaça.

5. Ações cruéis. Nos conflitos nos quais participou, o grupo foi acusado de diversas atrocida-des, como sequestros, assassinato de civis e torturas. A milícia é considerada extremamen-te agressiva e eficiente em combate. Após a tomada de Mossul, os EUA afirmaram que a queda da segunda maior cidade do Iraque representava uma ameaça para toda a região. O avanço dos jihadistas levou os EUA a bombardearem alvos rebeldes.

A GUERRA CIVIL NA SÍRIA

A ONU considera que a guerra civil na Síria é a maior crise humanitária do século XXI. Hoje, estima-se que o conflito vitimou ao menos 250 mil pessoas, que mais de 4,5 milhões tenham saído do país como refugiadas e que outros 6,5 milhões foram obrigadas a se deslocar dentro da Síria. Com a economia em frangalhos, quase 70% dos sírios que permaneceram agora vivem abaixo da linha de pobreza. Como começou tudo isso?

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Março de 2011 na Síria. Um grupo de crianças em Daraa, no sul da Síria, pichou frases com crí-ticas ao governo, e foi preso. Inconformadas, centenas de pessoas saem às ruas da cidade para protestar contra as restrições à liberdade promovidas pelo governo do ditador Bashar Al-Assad. Num primeiro momento, simpatizantes dos que se rebelaram contra o governo começaram a pegar em armas – primeiro para se defender e depois para expulsar as forças de segurança de suas regiões. Esse levante de pessoas nas ruas, lutando por democracia, faz parte de um mo-vimento chamado Primavera Árabe e podemos dizer que esse processo culminou no início da guerra civil na Síria.

O que foi a Primavera Árabe?

A chamada primavera árabe foi um fenômeno que aconteceu em países do Oriente Médio e do norte da África, em que pessoas – principalmente os jovens – tomaram as ruas pedindo liber-dade de expressão, democracia e justiça social. Essas revoltas foram esperançosas para grande parte desses países, que eram ditaduras longevas – e, de fato, presidentes do Egito, da Tunísia, da Líbia caíram.

Porém, cinco anos depois do início dessa primavera, pode-se dizer que o único caso de “suces-so” foi o da Tunísia, onde ocorreram eleições diretas, foi aprovada a Constituição mais progres-sista do mundo árabe e se elegeu um novo governo. No resto dos países, esse clima de tensão acirrou as disputas de poder entre milícias e favoreceu a expansão de grupos terroristas. Isso deu espaço a governos ainda mais autoritários que os anteriores.

Como a guerra civil se intensificou?

Após a represália do governo de Assad contra os jovens que estavam se rebelando contra o regime, alguns grupos foram formados a fim de combater, de fato, as forças governamentais e tomar o controle de cidades e vilas. A batalha chegou à capital, Damasco, e depois a Aleppo em 2012. Mas desde que começou, a guerra civil na Síria mudou muito.

O Estado Islâmico aproveitou o vácuo de representação por parte do governo, a revolta da sociedade civil e a guerra brutal que acontece Síria para fazer seu espaço. Foi conquistando ter-ritórios tão abrangentes, tanto na Síria como no Iraque, que proclamou seu ‘califado’ em 2014. Para isso, tiveram de lutar contra todos: rebeldes, governistas, outros grupos terroristas – como se tivessem feito uma guerra dentro da guerra.

Há evidências de que todas as partes cometeram crimes de guerra – como assassinato, tortura, estupro e desaparecimentos forçados. Também foram acusadas de causar sofrimento civil, em bloqueios que impedem fluxo de alimentos e serviços de saúde, como tática de confronto.

Agentes externos: EUA x Rússia

Pelo avanço do Estado Islâmico no ganho de territórios, os Estados Unidos fizeram ataques aé-reos na Síria em tentativa de enfraquecê-lo, evitando ataques que pudessem beneficiar as for-ças de Assad – isso em 2014. Em 2015, a Rússia fez o mesmo contra terroristas na Síria, mas ati-vistas da oposição dizem que os ataques têm matado civis e rebeldes apoiados pelo Ocidente.

O resumo da obra em termos de apoio é esse: a Rússia e os Estados Unidos querem o fim do Estado Islâmico. Porém, os Estados Unidos querem a queda do governo de Bashar Al-Assad – por considerarem que seu regime não-democrático é prejudicial à Síria – e, por isso apoia os re-

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beldes; por outro lado, a Rússia acredita na força de Assad e está apoiando seu regime. A Síria, então, é o território do fogo cruzado dessa guerra fria.

GRUPOS ENVOLVIDOS NO CONFLITO DA SÍRIA

Governo Sírio e Aliados

O governo sírio é liderado pelo ditador Bashar Al-Assad. Ele é sucessor de uma família que está no poder desde 1970. O regime no país era brutal com a população, de partido único e laico – apesar de a família Assad ser xiita. Apesar de não apoiarem o ditador, cristãos, xiitas e até parte da elite sunita preferem ver Assad no poder diante da possibilidade de ter um país tomado pelos extremistas.

Quanto às alianças externas, Assad conta com o apoio do Irã e do grupo libanês Hezbollah. Juntos eles formam um “eixo xiita” – ou seja, seguem essa interpretação da religião islâmica – no Oriente Médio. O grupo se opõe a Israel e disputa a hegemonia no Oriente Médio com as monarquias sunitas, lideradas pela Arábia Saudita. O principal aliado de fora é a Rússia, que mantém uma antiga parceria com a Síria. Tanto o apoio do Hezbollah e das milícias iranianas, quanto os bombardeios mais recentes realizados pelas forças russas têm sido fundamentais para a sobrevivência do regime de Assad.

Grupos rebeldes

Uma das primeiras forças internas que se rebelou contra o governo sírio, praticamente come-çando a guerra civil na Síria, foram os grupos sunitas – Assad é xiita. São chamados de “rebel-des moderados”, por não serem adeptos do radicalismo islâmico. A organização está envolvida com países da Europa e com os Estados Unidos com o objetivo de derrubar o governo de Assad. Três grandes potências no Oriente Médio também colaboram com os rebeldes: Turquia, Arábia Saudita e Catar, relevando os interesses dos países próximos à Síria, também.

Extremistas islâmicos

Entre os grupos que querem derrubar Assad, há também facções extremistas islâmicas, que es-tão fragmentadas em diversos grupos. Uma das organizações que mais conquistaram terreno, principalmente nos primeiros anos do conflito, foi a Frente Al-Nusra, um braço da rede extre-mista Al Qaeda na Síria. Posteriormente, a partir de 2013, o grupo terrorista Estado Islâmico (EI) aproveitou-se da situação de caos criada pela guerra civil e, vindo do Iraque, avançou de forma avassaladora e brutal, ocupando metade do território sírio.

Curdos

Os curdos também fazem parte da guerra civil na Síria. São uma etnia de 27 a 36 milhões de pessoas no mundo que vivem em diversos países, inclusive na Síria e em países vizinhos. Eles reivindicam a criação de um Estado próprio para o seu povo – o Curdistão. Desde o início do conflito na Síria uma milícia formada para defender as regiões habitadas pelos curdos no norte do país, se fortaleceu. Para o regime de Assad, tornaram-se bastante úteis, porque a milícia se opõe aos rebeldes moderados e também ao Estado Islâmico.

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Morre Fidel Castro aos 90 anos(http://brasil.elpais.com/brasil/2016/11/26/internacional/1480139571_674437.html?rel=mas)

Raúl Castro anuncia pela televisão o falecimento do seu irmão, líder histórico da Revolução Cubana

Fidel Castro morreu. Aos 90 anos de idade, o líder histórico da Revolução cubana faleceu na noite desta sexta-feira, 25 de novembro,e em Havana, Cuba. O presidente Raúl Castro, seu ir-mão, comunicou o fato em uma mensagem transmitida pela televisão. “Com profunda dor, compareço aqui para informar ao nosso povo, aos amigos da nossa América e do mundo que hoje, 25 de novembro de 2016, às 10h29 da noite [1h29 de sábado, pelo horário de Brasília] fa-leceu o comandante em chefe da Revolução Cubana, Fidel Castro Ruz”, declarou o mandatário, comovido.

Uma das principais figuras do século XX, Fidel Castro morre 60 anos depois de desembarcar em Cuba no navio Granma com um grupo de rebeldes provenientes do México, para fazer a guerri-lha que viria a derrotar Fulgencio Batista em 1959.

Após 47 anos ininterruptos à frente do regime socialista que construiu em torno da sua lide-rança, Castro abandonou o poder há dez anos, em 2006, por problemas de saúde. Raúl Castro, cinco anos mais novo, assumiu o comando, primeiro provisoriamente, e dois anos depois, em 2008, de forma definitiva, como presidente do Conselho de Estado e do Conselho de Ministros.

Raúl Castro acrescentou em sua mensagem que nas próximas horas serão anunciados detalhes do funeral de Fidel Castro, com quem Raúl esteve pela última vez em 15 de novembro, quan-do o veterano líder recebeu em sua casa o presidente do Vietnã, Tran Dai Quang. Na semana passada, deveria ter recebido também o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, mas o encontro foi cancelado.

A morte de Castro significará uma enorme sacudida emocional em Cuba, tanto para seus parti-dários como para seus detratores

Desde que se viu obrigado a abandonar o poder em 2006, a principal atividade pública de Fidel Castro foi a publicação de artigos na imprensa cubana. Sua frequência foi se espaçando gradu-almente, mas se manteve presente até os últimos tempos, como quando, em março deste ano, dias depois da histórica visita de Barack Obama à ilha, publicou um texto em que expressava suas reticências com a aproximação entre o presidente dos Estados Unidos e o Governo cuba-no. “Não necessitamos que o império nos dê nada de presente”, foi sua frase mais significativa, sua rejeição final, pouco antes de morrer, ao país com o qual brigou durante décadas, seu ini-migo irreconciliável.

A morte de Castro significará uma enorme sacudida emocional em Cuba, tanto para seus par-tidários como para seus detratores, pelo peso esmagador que sua figura exerceu sobre a vida cubana durante gerações e gerações. Politicamente, é o símbolo do fim de uma era, embora não caiba esperar mudanças substanciais imediatas no sistema cubano. Resta agora, como o último entre os líderes históricos da Revolução, seu irmão Raúl Castro.

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Nacionalismo continua de vento em popa na Europa, apesar da derrota na Holanda

http://www.em.com.br/app/noticia/internacional/2017/03/17/interna_internacional,855133/nacionalismo--continua-de-vento-em-popa-na-europa-apesar-da-derrota-na.shtml

Apesar do fracasso da extrema-direita em sua intenção de vencer as eleições legislativas holan-desa, a ascensão do nacionalismo na Europa continua e encontra um eco crescente nos parti-dos tradicionais, apontam especialistas.

Embora o Partido para a Liberdade (PVV) de Geert Wilders, que esperava ganhar as eleições holandesas, tenha ficado muito atrás do primeiro-ministro liberal Mark Rutte - com 20 depu-tados contra os 33 do Partido Popular para a Liberdade e Democracia (VVD), de acordo com os resultados provisórios - terá ao menos cinco assentos a mais em relação às eleições de 2012.

Longe de encarar uma derrota, o PVV marca pontos "objetivamente", afirma Jean-Yves Camus, especialista em extremismo na Europa no Instituto de Relações Internacionais e Estratégicas (IRIS) de Paris.

Os líderes nacionalistas e de opinião "antissistema" aproveitaram a oportunidade, faltando 40 dias para a eleição presidencial na França e seis meses para as legislativas na Alemanha.

"O Partido da Liberdade de Wilders é o segundo em força no país (...) Mudar a Europa, salvar empregos e bloquear a invasão, as boas ideias avançam", defendeu na Itália Matteo Salvini, líder da Liga Norte, um movimento anti-imigração de extrema-direita.

"É a prova de que as ideias comuns estão avançando em diferentes países europeus", ressaltou a presidente da Frente Nacional, Marine Le Pen, que lidera as intenções de voto para o primeiro turno da eleição presidencial francesa, em 23 de abril.

Na Alemanha, o partido anti-Islã Alternativa para a Alemanha (AfD), que registra um ligeiro de-clínio nas pesquisas há três semanas, foi menos entusiasta. "Esperávamos um melhor resultado para o PVV", disse um dos líderes do partido, Frauke Petry.

- Suspiro de alívio -

A facção liberal holandesa liderada por Mark Rutte perdeu sete deputados, e os social-demo-cratas, membros da coalizão em fim de mandato, sofreu uma grande derrota. "O 'sistema' so-freu um duro golpe", relata o site ultraconservador britânico Westmonster.

Os líderes europeus, que temiam um novo triunfo do nacionalismo após o Brexit e a eleição de Donald Trump nos Estados Unidos, deu um suspiro de alívio.

O presidente francês, François Hollande, aplaudiu "uma clara vitória contra o extremismo", en-quanto o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, "um voto para a Europa".

Mas para o cientista político francês Stephane Rozes, presidente do Cap (Consultoria, análise e perspectiva), o avanço do populismo continua a ser "constante" na Europa e se dirige para "as portas do poder", mesmo se os eleitores o evitem por enquanto.

"O perigo nesta 'boa notícia' na Holanda é que os líderes europeus não tratam a raiz do surgi-mento do populismo", teme Rozès.

Embora permaneçam às portas de poder -o líder de extrema-direita Norbert Hofer perdeu a eleição presidencial austríaca em dezembro - os nacionalistas espalham com sucesso as suas ideias entre a sociedade.

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- Vencer, ou ao menos deter -

"A reação de Rutte à crise com a Turquia teria sido a mesma se não acontecesse em pleno perí-odo eleitoral, com um Wilders a espreita?, Certamente não", afirma Jean-Yves Camus.

Faltando poucos dias para as eleições, as autoridades holandesas recusaram a participação de dois ministros turcos, incluindo o das Relações Exteriores, em comícios em favor do presidente Recep Tayyip Erdogan na Holanda.

Da mesma forma, a coalizão social-democratas e conservadores no poder em Viena endureceu suas posições sobre a imigração e a questão do uso do véu islâmico em locais públicos.

"Mark Rutte ganhou ao levar em conta as questões levantadas por seu adversário político", ob-serva Leonardo Morlino, professor de ciência política na Universidade Luiss de Roma.

"Se os partidos tradicionais conseguirem apropriar-se de maneira oportuna os temas próprios aos populistas poderão vencê-los, ou pelo menos detê-los", conclui.

Sete perguntas sobre a crise com a Coreia do Norte – e as possibilidades de uma guerra

Trump diz que 'grande confronto' é possível, enquanto China pede diplomacia e regime de Kim Jong-un ameaça afundar navio americano.

Japão mobilizou seu maior navio de guerra na primeira operação do tipo desde que o país apro-vou uma polêmica legislação ampliando o papel de sua força militar, no momento em que a região passa por uma escalada na tensa relação entre os Estados Unidos e a Coreia do Norte.

O porta-helicópteros Izumo está escoltando um navio americano de abastecimento que cruza as águas japonesas rumo à frota naval dos EUA na região - onde está o porta-aviões Carl Vinson, enviado pelo presidente Donald Trump.

No fim de semana, Trump disse que gostaria de resolver a crise diplomaticamente, mas reco-nheceu que um "conflito muito grande" seria uma possibilidade.

A grande preocupação dos EUA e países vizinhos à Coreia do Norte, como Coreia do Sul e Japão, é com o poderio nuclear e militar do país comunista, quem, apesar de ameaças de sanções, se-gue realizando testes de mísseis.

O governo americano diz que endurecerá as sanções econômicas contra Pyongyang e que ati-vará um sistema de defesa antimísseis na Coreia do Sul.

A Coreia do Norte, por sua vez, ameaçou afundar o porta-aviões americano deslocado para a região e prometeu realizar mais testes de mísseis.

A China, um dos poucos países a se relacionar com o governo norte-coreano, pediu negociação e diálogo entre os países.

Após os últimos desenvolvimentos nessa crise, o analista de Defesa e Diplomacia da BBC Jona-than Marcus responde às principais dúvidas sobre o conflito.

Qual o impacto esperado de novas sanções?

Apesar de já existirem sanções contra a Coreia do Norte, elas não são colocadas em prática ou monitoradas de forma devida. Um estudo recente da ONU analisou fragmentos de um teste de

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míssil norte-coreano e mostrou que os componentes eletrônicos vinham de empresas chinesas ou foram conseguidos através da China.

Ou seja, a China poderia fazer muito mais do que faz para pressionar o regime de Kim Jong-un. O problema é que Pequim não quer ver o regime norte-coreano entrar em colapso.

As sanções existentes poderiam ser endurecidas e que, principalmente no lado financeiro, po-deriam dificultar as coisas para Pyongyang.

O problema é que sanções mais abrangentes podem afetar a população, que há décadas en-frenta ciclos de fome.

A Coreia do Norte e a China propuseram um possível fim do desenvolvimento de armas nu-cleares de Pyongyang se os EUA parassem de fazer manobras militares na fronteira do país. Por que isso não está sendo feito?

O objetivo da política americana vinha sendo a redução do programa nuclear norte-coreano, mas isso se provou impossível - e a ênfase agora parece ser em evitar um aumento desse pode-rio.

Não há sinais de que a Coreia do Norte tenha qualquer desejo de abrir mão de suas armas nu-cleares, muito pelo contrário. O país acredita que esta é a razão mais importante pela qual ele ainda não foi varrido do mapa.

A China parece disposta a encontrar uma solução diplomática para o problema e há alternati-vas que poderiam ser exploradas - por exemplo, uma limitação do programa nuclear da Coreia do Norte em troca de várias concessões.

Mas isso já foi tentado e fracassou. Este regime é quase único no mundo em seu nível de isola-mento, paranoia e fraquezas, seja qual for a sua aparente força militar.

Que tratados são válidos na península coreana? Alguém seria obrigado a agir em caso de conflito?

Desde 1953, a Coreia do Sul tem um tratado de defesa mútua com os EUA, e Washington en-viaria ajuda caso o país fosse ameaçado. Há cerca de 28,5 mil soldados americanos no país e aviões de guerra sofisticados sobrevoam o país regularmente.

Também há o Tratado de Amizade, Cooperação e Ajuda Mútua entre a Coreia do Norte e a Chi-na, de 1961, que tem alguns elementos de defesa. Não fica claro, no entanto, se a China estaria disposta a ir à guerra para defender o regime norte-coreano, especialmente se ele der início a hostilidades contra o sul.

Que chances a Coreia do Norte tem de se defender no caso de um possível ataque dos EUA e países aliados após mais um teste nuclear?

Acredito que ainda estamos longe de um possível confronto militar. Dadas as capacidades mi-litares e o preparo da Coreia do Norte, qualquer guerra que tivesse início agora teria consequ-ências devastadoras para a Coreia do Sul. Seul, a capital sul-coreana, está facilmente ao alcance da artilharia de Pyongyang.

As forças que os EUA enviaram até agora para a região - um grupo tático em um porta-aviões e um submarino equipado com mísseis de cruzeiro - mandam uma mensagem, mas ainda não é o suficiente para dizer que os americanos estão dispostos a considerar um conflito hostil de fato.

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É claro que, mesmo que a Coreia do Norte possa ter uma vantagem militar inicial, qualquer guerra faria com que o país enfrentasse a sofisticação tecnológica da máquina militar moderna dos EUA. O país asiático muito provavelmente perderia.

Mas o nível de destruição, tanto na Coreia do Norte quanto na Coreia do Sul, seria imenso, e isso sem considerar a possibilidade de Pyongyang decidir utilizar seu relativamente pequeno arsenal nuclear.

Se o sistema de defesa antimísseis Thaad (que os EUA posicionaram na Coreia do Sul) conse-guir interceptar uma ogiva nuclear, o que acontece com o material físsil que está na ogiva?

Ainda não é claro se a Coreia do Norte realmente tem ogivas nucleares pequenas o suficiente para colocar dentro de seus mísseis - que é o objetivo de seu programa nuclear.

O sistema Thaad foi desenvolvido para interceptar mísseis durante sua fase final de voo, dentro ou perto da atmosfera terrestre, a cerca de 200 km. Especialistas acreditam que isso poderia mitigar o efeito de qualquer arma de destruição em massa, nuclear ou química.

O sistema Thaad é mesmo eficiente? Se ele conseguir neutralizar os mísseis da Coreia do Nor-te, seria mais provável um cenário de guerra terrestre?

O Thaad é um sistema que impressiona, mas não é um escudo completamente à prova de mís-seis.

Seu deslocamento para a fronteira entre as duas Coreias funciona como um sinal diplomático e uma precaução prática. Ele poderia, por exemplo, tentar interceptar qualquer míssil errante da Coreia do Norte que esteja indo em direção à Coreia do Sul.

Mas, apesar de seu posicionamento na fronteira já ter começado, ainda não se sabe quando é que o sistema Thaad e seus radares poderosos estarão operacionais.

Se a Coreia do Norte afundar um navio americano e os EUA retaliarem, qual é a chance de a China se envolver? Isso poderia significar uma guerra nuclear global?

A China está ciente do aumento das tensões na região e está claramente interessada em rever-ter a crise.

O governo americano, por sua vez, tenta usar a preocupação de Pequim a seu favor, para que a China influencie o comportamento de Pyongyang.

A China está em uma posição difícil. O governo chinês não gosta muito do regime norte-core-ano e de seu comportamento instável. Mas não quer ver este regime ser derrubado, em parte porque não ficaria satisfeito com uma Coreia unificada pelos EUA, mas também porque o co-lapso da Coreia do Norte poderia gerar uma onda de milhares de refugiados na China.

Durante o último conflito coreano, nos anos 1950, a China ajudou ativamente a Coreia do Nor-te, mas, atualmente, não há indicações de que apoiaria o regime imprevisível de Pyongyang num futuro conflito.

O quanto o cidadão norte-coreano comum sabe sobre a situação e sobre como os EUA estão aumentando suas defesas contra o país?

A Coreia do Norte é um país bastante fechado onde as pessoas sabem apenas do que lhes é informado pelo governo. A narrativa do governo é de que o país está rodeado por inimigos com armas nucleares e que quer estar preparado para o combate.

Por isso que Pyongyang buscar ter suas próprias armas nucleares e uma sociedade altamente militarizada.

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O tipo de retórica que parte da Coreia do Norte às vezes soa como paródia de um país paranoico. Mas o país realmente se vê ameaçado. É provavelmente o país mais isolado do mundo, com pouco amigos.

Este é um regime que, apesar de poder construir mísseis, muitas vezes mal consegue alimentar seu povo. Qualquer solução de longo prazo para o problema da Coreia do Norte precisa, de alguma forma, compreender esta narrativa e garantir à população que o mundo não quer somente derrubar o regime do país.

A chave para isso é clareza política por parte dos EUA, assim como a disposição de tentar encontrar incentivos para abrir algum tipo de diálogo diplomático com Pyongyang, ao mesmo tempo em que é enviada uma mensagem forte de dissuasão de uma escalada militar.

CRISE NA VENEZUELA: VEJA A CRONOLOGIA DO AGRAVAMENTO DA SITUAÇÃO DO PAÍS

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Opositores protestam nesta quarta-feira (25) em Caracas, na Venezuela, contra decisão que restringe protestos diante do Conselho Nacional Eleitoral e a favor do referendo revogatório contra o presidente Nicolás Maduro

(Foto: REUTERS/Carlos Garcia Rawlins)

Inflação, insegurança e escassez de produtos básicos já eram o contexto da Venezuela em 2014, quando explodiram as manifestações de estudantes e opositores do governo de Nicolás Maduro que acabaram em confrontos violentos e a morte de 42 pessoas.

Recentemente, porém, a situação se agravou. A inflação passou a ser a “maior do mundo”, segundo o FMI. A escassez de remédios levou o Parlamento a decretar “crise humanitária”. O racionamento de energia, as longas filas nos supermercados e o aumento da criminalidade aumentaram o descontentamento social, os protestos e saques.

Uma série de fatores agravou os problemas sociais e econômicos, como a alta dependência da importação de bens, a queda do preço do petróleo – maior fonte de suas divisas - e o controle estatal de produção e distribuição de produtos básicos.

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Moradores de El Hatillo, nas proximidades de Caracas, fazem fila em uma padaria para comprar pão em dia de corte de energia (Foto: Foto AP/Fernando Llano)

Neste contexto, a oposição obteve a maioria do Parlamento nas eleições legislativas de dezembro, e a convocação de um referendo para revogar o mandato de Maduro se torna sua principal campanha.

A oposição culpa o modelo socialista pela atual crise. Já o presidente a atribui à queda dos preços do petróleo e a uma "guerra econômica" de empresários de direita para desestabilizar seu governo. É com esse argumento que ele declarou estado de emergência no país.

Veja a seguir a cronologia do agravamento da crise na Venezuela:

8 de dezembro de 2015: vitória da oposição nas eleições legislativas

Lilian Tintori, mulher de líder de oposição preso Leopoldo López, comemora vitória ao lado de candidatos da oposição na eleição da Venezuela (Foto: REUTERS/Carlos Garcia Rawlins)

A apuração dos votos das eleições Legislativas de 6 de dezembro confirma que a oposição, reunida na coalizão Mesa da Unidade Democrática (MUD), derrotou os socialistas do governo e conquistou a maioria na Assembleia Nacional, pela primeira vez em 16 anos, formando uma plataforma para desafiar o presidente Nicolás Maduro.

Dois dias depois, o último boletim do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) aponta que a oposição alcançou poderosa maioria qualificada de dois terços do Congresso.

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10 de dezembro: 'maior inflação do mundo'

Dados so Fundo Monetário Internacional (FMI) sobre as projeções mundiais "apontam que a Venezuela teve a maior inflação do mundo em 2015, ao redor de 160%".

5 de janeiro: posse do novo Congresso

Novo presidente do Parlamento da Venezuela, Henry Ramos Allup, chega à Assembleia Nacional para a cerimônia de posse dos novos legisladores (Foto: AFP PHOTO/JUAN BARRETO)

Nova Assembleia Nacional toma posse. Novo presidente é Henry Ramos Allup, que tem apoio de 109 deputados da coalizão de oposição MUD.

11 de janeiro: anulação de posse de deputados impugandos

Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) declarou nulas decisões do Legislativo devido à posse de três deputados da opsição impugnados (afetados pela medida cautelar) pelo governo.

15 de janeiro: emergência econômica

CRISE NA VENEZUELA

País enfrenta protestos e escassez

Maduro decreta "estado de emergência econômica" por 60 dias para atender à grave crise do país. O poder executivo passa a ter direito, entre outras coisas, a tomar uma série de medidas

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para garantir o abastecimento de bens básicos à população; a fixar "limites máximos de entrada e saída" de bolívares; a determinar outras medidas "de ordem social, econômica ou política que considere conveniente".

15 de fevereiro: campanha contra Maduro

A aliança opositora MUD se declara "em campanha social" para promover "a mudança de governo" na Venezuela.

26 de janeiro: crise humanitária

Diante da grave escassez de medicamentos e insumos médicos, o Parlamento declara "uma crise humanitária em saúde", o que considera "a pior crise da história". O texto exige que o governo garanta acesso a uma lista de medicamentos básicos e restabeleça a publicação do boletim epidemiológico.

17 de fevereiro: novas medidas econômicas

Maduro anuncia uma série de medidas econômicas, entre elas o o aumento de 20% no salário mínimo (de 9.600 para 11.520 bolívares); aumento do preço da gasolina, pela primeira vez em 20 anos; a desvalorização de 37% do bolívar reservada à importação de alimentos e medicamentos; e um novo regime de câmbio, que passa de três a duas taxas de câmbio.

18 de fevereiro: 180,9% de inflação

O Banco Central divulga que o país registrou inflação de 180,9% em 2015, uma das mais altas do mundo, e um retrocesso em seu PIB de 5,7%.

14 de março: prorrogação do estado de emergência

Pessoas formam fila em frente a mercado na Venezuela (Foto: REUTERS/Marco Bello)

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Maduro emite decreto para prorrogar por 60 dias da emergência econômica em vigor há dois meses. No texto, o presidente afirma que há "uma crise estrutural do modelo rentista pela queda abrupta dos preços do petróleo", à qual acrescenta um suposto "boicote econômico e financeiro nacional e internacional" contra a Venezuela.

22 de março: circulação de jornais interrompida

O Instituto de Imprensa e Sociedade da Venezuela (IPYS) anuncia que 17 jornais venezuelanos, sendo sete da região de Caracas, não circularão durante a Semana Santa por falta de papel, e que 45 jornais estão "em crise" de papel.

7 de abril: feriados às sextas-feiras

Maduro decreta feriado nas sextas-feiras pelo próximos dois meses como parte de um "plano especial" para poupar energia elétrica. Segundo o presidente, o motivo é a severa seca provocada pelo fenômeno El Niño. Maduro também amplia para nove horas diárias o racionamento elétrico para shoppings e hotéis.

11 de abril: 'holocausto da saúde'

A associação médica do país denuncia um "holocausto da saúde" devido à escassez de medicamentos e materiais hospitalares, e convoca manifestação porque "pessoas estão morrendo", acrescentou. De acordo com Douglas Leon, presidente da Federação Médica venezuelana, os hospitais sofrem com "mais de 95% de falta de medicamentos", enquanto "nas prateleiras das farmácias" a escassez é de 85%.

11 de abril: lei de anistia 'inconstitucional'

Lilian Tintori, mulher do líder da oposição Leopoldo López, que está preso, pede anistia no Parlamento da Venezuela momentos antes do juramento dos novos deputados (Foto: AFP PHOTO/JUAN BARRETO)

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O Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) declara "inconstitucional" a lei de anistia sancionada pela Assembleia Nacional em 29 de março para libertar 75 opositores políticos presos sob a acusação de incitar à violência nos protestos de 2014 que exigiam a saída de Maduro do poder.

A decisão é divulgada quatro dias após Maduro pedir à Sala Constitucional do órgão que declare a lei ilegal, alegando que sua aprovação deixaria impunes violações dos direitos humanos e desataria uma espiral de violência no país.

12 de abril: entrega de assinaturas

A oposição entrega mais de 2 mil assinaturas para iniciar o trâmite para a convocação de um referendo revogatório do mandato de Maduro.

21 de abril: racionamento de eletricidade

O governo anuncia racionamento no fornecimento de energia elétrica nos 10 estados mais populosos e industrializados do país, incluindo a região de Caracas. Os cortes de energia, de quatro horas diárias, começa quatro dias depois. O reservatório da hidrelétrica Guri, que gera 70% da eletricidade do país, está a ponto de entrar em colapso.

27 de abril: três dias de folga

Maduro ordena estender de um (sexta-feira) para três dias por semana (quarta, quinta e sexta-feira) a folga do setor público, para enfrentar a severa crise de eletricidade. Também determina que as escolas do ensino fundamental e médio não funcionem às sextas-feiras.

29 de abril: fechamento de cervejaria por falta de moeda internacional

Fábrica da Cerveceria Polar, maior favricante de cervejas da Venezuela (Foto: FEDERICO PARRA / AFP)

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A Cervejaria Polar, pertencente ao maior grupo empresarial da Venezuela e principal fabricante de cervejas, que produz cerca de 80% da cerveja consumida no país, paralisa a última de suas quatro unidades no país. A empresa já havia anunciado que só tinha "cevada maltada para produzir cerveja até 29 de abril", devido à falta de moeda internacional para pagar seus fornecedores estrangeiros, provocada pelo controle estatal do câmbio no país.

30 de abril: aumento do salário mínimo

O governo anuncia o aumento de 30% no salário mínimo - incluindo funcionalismo público, aposentados e militares - e nas pensões. Também sobe o bônus de alimentação, concedido a todos os trabalhadores e que pode ser usado em farmácias e supermercados.

Na ocasião, o governo afirma que a "guerra econômica" é a responsável pela inflação de três dígitos (180,9% em 2015, segundo dados oficiais), escassez de dois terços dos produtos básicos e medicamentos, e uma contração de 5,9% da economia no ano passado.

1º de maio: novo fuso horário

Para enfrentar a crise energética, os venezuelanos adiantam em 30 minutos seus relógios, voltando ao fuso horário vigente até 2007. A mudança de fuso horário de meia hora tinha sido uma das marcas registradas do governo do falecido presidente Hugo Chávez.

2 de maio: 1,85 milhão contra Maduro

Oposição venezuelana coleta assinaturas para buscar referendo contra Maduro (Foto: REUTERS/Marco Bello)

A oposição apresenta 1,85 milhão de assinaturas ao Conselho Nacional Eleitoral (CNE) pedindo a convocação de um referendo revogatório contra o presidente. O CNE exige 195.721 assinaturas (1% do padrão eleitoral) para pedir que se inicie o processo.

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14 de maio: ampliação do decreto de emergência

Maduro amplia os alcances do decreto de emergência econômica em vigor desde janeiro ao decretar "estado de exceção e de emergência econômica" por 3 meses para "neutralizar e derrotar a agressão externa" que, segundo ele, afeta o país. O novo decreto é "mais completo, mais integral, de proteção do nosso povo, de garantia de paz, de garantia de estabilidade, que nos permita (...) recuperar a capacidade produtiva", disse.

14 de maio: intervenção em fábricas paralisadas

Maduro ordena intervenção nas fábricas que estiverem paralisadas e a detenção dos empresários que pararem a produção com o objetivo de "sabotar o país", no âmbito de estado de exceção e de emergência econômica.

20 e 21 de maio: treinamentos militares

520 mil militares e civis fazem exercícios de defesa em sete estados, com o objetivo de garantir a ordem interna e a defesa do país diante de um suposto desembarque de tropas inimigas e de ataques a instalações de distribuição do sistema elétrico.

24 de maio: sem Coca-Cola por falta de açúcar

A Coca-Cola interrompe a produção de refrigerantes por falta de estoque de açúcar refinado de uso industrial. As bebidas que não levam açúcar seguem em operação.

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