Atualidades - Aula 01
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Atualidades Teoria e Exerccios SESIPE - DF Aula 00 Economia Internacional
Prof. Leandro Signori
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Caro aluno,
Em primeiro lugar, agradeo a confiana e a oportunidade de ser o seu
professor de Atualidades neste concurso.
Na aula de hoje vou abordar os temas relacionados com a globalizao,
blocos econmicos, crise econmica mundial, comrcio internacional, a China e
as organizaes e grupos internacionais.
De imediato, vamos aos estudos.
Grande Abrao,
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Sumrio
1. Origens e caractersticas globalizao
1.1 Consequncias da globalizao
2. Neoliberalismo e Consenso de Washington
3. Blocos econmicos
4. O mundo em crise
4.1 Os Estados Unidos na origem da crise
4.2 A crise atinge a Europa
5. Recuperao a passos lentos
5.1 Economia norte-americana
5.2 Zona do Euro
5.3 Emergentes
6. Comrcio Internacional
7. A China
8. Organizaes e grupos internacionais
8.1 FMI e Banco Mundial
8.2 OCDE
8.3 Brics, a fora dos emergentes
8.4 G-20
8.5 G-8 e G-7
9. Memorex
10. Questes comentadas
11. Questes propostas
12. Questes comentadas na parte terica
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1. Origens e caractersticas globalizao
Para entendermos a globalizao, preciso saber que o fenmeno em si
comeou h muito tempo. Os primeiros passos rumo conformao de um
mercado mundial e de uma economia global remontam aos sculos XV e XVI,
com a expanso ultramarina europeia. A chegada de Cristvo Colombo
Amrica, em 1492, deu incio ao que alguns historiadores chamam de primeira
globalizao.
O desenvolvimento do mercantilismo estimulou a procura de diferentes
rotas comerciais da Europa para a sia e a frica, gerando grande quantidade
de riquezas para alguns pases e a grande burguesia europeia. Esses lucros,
somados ao ouro e prata extrados das minas do continente americano
forneceram a base para a Revoluo Industrial no fim do sculo XVIII.
Por sua vez, a Revoluo Industrial desenvolveu o trabalho assalariado e
o mercado consumidor. As descobertas cientficas e as invenes provocaram
grande expanso dos setores industrializados e possibilitaram a exportao de
produtos mundo afora.
No fim do sculo XIX, comeam a surgir as corporaes multinacionais,
industriais e financeiras, que vo se reforar e crescer durante o sculo XX. O
mercado mundial estava, ento, atingindo todos os continentes. Porm, a
interdependncia econmica entre as naes vai ficar evidente com a depresso
norte-americana de 1929 quebra da Bolsa de Valores de Nova York - que teve
consequncias negativas no mundo todo.
A partir dos anos 1990, acentua-se a integrao da economia global por
meio da revoluo tecnolgica, especialmente no setor de telecomunicaes. A
internet, rede mundial de computadores, revelou-se a mais inovadora
tecnologia de comunicao e informao do planeta. As trocas de informaes
(dados, voz e imagens) tornaram-se quase instantneas, o que acelerou em
muito a integrao das atividades econmicas.
A revoluo tecnolgica possibilitou ao capital uma veloz circulao pelo
globo, facilitando os investimentos diretos e os movimentos especulativos. As
cadeias produtivas se espalharam pelo mundo, com empresas transferidas
(relocalizadas) para pases com menor custo de produo (salrios, impostos
etc.).
Bem, aqui fao uma pausa para deixar claro que a globalizao atual no
um processo acabado. um processo em curso e trata-se de uma nova fase
do capitalismo financeiro, comandada pelos pases ricos e por grandes
empresas transnacionais. O poder dessas empresas ultrapassa cada vez mais o
poder das economias nacionais.
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A caracterstica central desse perodo globalizante a interdependncia
entre os atores econmicos globais governos, empresas e movimentos
sociais. Cabe destacar que o desmantelamento do sistema socialista foi
importante fator que contribuiu para a globalizao e a expanso mundial do
capitalismo. A derrocada dos regimes comunistas, a partir de 1989, fez com
que as antigas naes socialistas se integrassem ao mercado global capitalista
nos anos subsequentes.
Historicamente, as ideias do neoliberalismo contrapem-se s do
keynesianismo iderio formulado pelo economista John Keynes (1883-1946),
dominante no perodo do ps-guerra, a partir de 1945 , que defendia uma
presena ativa do Estado na economia como forma de impulsionar o
desenvolvimento (um exemplo da poltica de Keynes foi o New Deal, adotado
nos EUA aps a quebra da Bolsa em 1929, com macios investimentos estatais
para reativar a economia). A ascenso do neoliberalismo na dcada de 1980 se
d na contramo do keynesianismo.
Nas ltimas duas dcadas, a expanso do comrcio global resultou na
intensificao do fluxo de capitais entre os pases. A busca de maior
lucratividade levou as empresas a investirem cada vez mais no mercado
financeiro, que se tornou o centro da economia globalizada.
A atual mobilidade do mercado mundial permite tambm que grandes
empresas faam a relocalizao de suas fbricas nome que se d ao
fechamento de unidades de produo em um local e sua abertura em outra
regio ou outro pas. Esse mecanismo globalmente usado para cortar gastos
com mo de obra, encerrando a produo em pases nos quais os salrios so
maiores, para organizar a produo onde h menos custos tambm de
impostos e infraestrutura produtiva. medida que as naes reduzem suas
barreiras comerciais no contexto da globalizao, a fabricao em qualquer
ponto do mundo e a exportao para outros mercados torna-se cada vez mais
rentvel.
1.1 Consequncias da globalizao
A produo e o comrcio mundial crescem com a globalizao. Mas a
riqueza concentra-se num pequeno grupo de pases, e isso refora a
desigualdade entre as naes.
A reduo das tarifas de importao um dos motivos que explicam essa
concentrao de renda. Beneficiou muito mais os produtos exportados pelos
mais ricos. Os mais pobres no tm conseguido exportar produtos agrcolas
para os mais ricos, pois estes subsidiam a produo interna.
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Em perodos de crise econmica, os resultados da globalizao so
dramticos para os pases pobres, pois geram um custo social altssimo.
Ocorre o barateamento da mo de obra, o aumento do desemprego e da
excluso social. Outra consequncia da globalizao o aumento da
migrao de pessoas dos pases pobres para os pases ricos.
O grfico abaixo mostra 58 anos de comrcio mundial. H um crescimento
enorme das exportaes dos EUA e da Europa em relao ao resto do mundo. O
crescimento da sia , sobretudo, de Japo e China. Note que a desigualdade
se acentua com a globalizao (anos 1990). Os pases ricos concentram a
venda de tecnologia de ponta, com alto valor agregado, e os pases pobres, a
venda de matrias-primas.
Fonte: OMC
A globalizao no beneficiou a todos. A riqueza concentra-se nas mos
de poucos. Os grupos com rendimentos mais elevados tornaram-se muito mais
ricos e as desigualdades sociais aumentaram.
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Hora de comear a praticar!
1) (CESPE/TCU/2008 AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO) Ao
apresentar a perspectiva local como inferior perspectiva global, como
incapaz de entender, de explicar e, em ltima anlise, de tirar proveito
da complexidade do mundo contemporneo, a concepo global
atualmente dominante tem como objetivo fortalecer a instaurao de
um nico cdigo unificador de comportamento humano, e abre o
caminho para a realizao do sonho definitivo de economias globais de
escala. Como resultado deste processo, o "modelo econmico" alcana
sua perfeio, que no somente descrever o mundo, mas
efetivamente govern-lo. E esta a essncia mesma do paradigma
moderno de desenvolvimento e de progresso, cujo estgio supremo de
perfeio a globalizao representa.
Fica claro que a escala no poderia ser melhor ou maior do que sendo
global e somente neste nvel que a sua primazia e universalidade so
finalmente afirmadas, junto com a certeza de que jamais poderia surgir
alguma alternativa vivel ao sistema ideologicamente dominante
fundado no livre mercado, dada a ausncia de qualquer cultura ou
sistema de pensamento alternativo.
Se virmos o fenmeno da globalizao sob esta luz, creio que no
poderemos escapar da concluso de que o processo totalmente
coerente com as premissas da ideologia econmica que tm se
afirmado como a forma dominante de representao do mundo ao
longo dos ltimos 100 anos, aproximadamente.
A globalizao no , portanto, um acontecimento acidental ou um
excesso extravagante, mas uma extenso simples e lgica de um
"argumento". Parece realmente muito difcil conceber um resultado
final que fizesse mais sentido e fosse mais coerente com as bases
ideolgicas sobre as quais est fundado. Em suma, a globalizao
representa a realizao acabada e a perfeio do projeto de
modernidade e de seu paradigma de progresso.
G. Muzio. A globalizao como o estgio de perfeio do paradigma
moderno: uma estratgia possvel para sobreviver coerncia do
processo.
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Trad. Lus Cludio Amarante. In: Francisco de Oliveira e Maria Clia Paoli
(Org.).
Os sentidos da democracia. Polticas do dissenso e hegemonia global.
2. ed. Petrpolis - RJ: Vozes; Braslia: NEDIC, 1999, p. 138-9 (com
adaptaes).
Tendo o texto apresentado como referncia inicial e considerando
aspectos marcantes da realidade econmica e poltica mundial
contempornea, julgue o item que se segue.
Sob o ponto de vista econmico, a globalizao dos dias atuais
decorrncia de um longo processo histrico, impulsionado, a partir da
Revoluo Industrial, pela expanso imperialista e neocolonialista
iniciada em meados do sculo XIX.
COMENTRIOS:
O atual perodo de globalizao, no qual vivemos, possui razes na
Revoluo Industrial, na expanso imperialista e neocolonialista iniciada em
meados do sculo XIX.
A industrializao do continente Europeu marcou um intenso processo de
expanso econmica. O crescimento dos parques industriais e o acmulo de
capitais fizeram com que as grandes potncias econmicas da Europa
buscassem a ampliao de seus mercados e procurassem maiores quantidades
de matria-prima disponveis a baixo custo. Nesse contexto, a partir do sculo
XIX, essas naes buscaram explorar regies na frica, sia e Oceania,
dominando povos e territrios e implantando colnias, em um processo
conhecido como neocolonialismo.
O imperialismo nada mais do que a poltica de expanso e dominao
territorial, econmica e cultural de um pas sobre outros ou sobre uma ou vrias
regies geogrficas. O imperialismo contemporneo pode tambm ser
denominado de neocolonialismo, por possuir muitas semelhanas com o
colonialismo dos sculos XV a XIX. O fim da Segunda Guerra Mundial (1945)
marca o incio da descolonizao da frica, sia e Oceania e o incio da
globalizao moderna.
Gabarito: Certo
2. Neoliberalismo e Consenso de Washington
O Consenso de Washington consiste em linhas gerais, em uma cartilha
terica que define as diretrizes que a globalizao deve seguir, sob a ideologia
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neoliberal. O neoliberalismo prega que o funcionamento da economia deve ser
entregue s leis de mercado. Segundo seus defensores, a presena do Estado
na economia inibe o setor privado e freia o desenvolvimento.
Entre os princpios formadores da ideologia neoliberal, detalhados no
Consenso de Washington e presentes na globalizao econmica, destacam-se:
a) Liberdade de mercado: Consiste na eliminao de todos os
dispositivos que atrapalhem o livre funcionamento dos investimentos e do
comrcio, tais como excesso de impostos, de leis e de regras que inibam as
transaes financeiras ou limitem fuses e incorporaes de empresas.
b) Mnima participao do Estado na economia: Traduz a crena de
que o Estado ineficiente, atrapalha o livre funcionamento dos mercados,
administra mal os recursos e, ao no se modernizar no mesmo ritmo das
empresas privadas, suas empresas geram menos lucros e ofertam produtos de
pior qualidade. Por isso, essas empresas devem ser privatizadas (vendidas para
particulares), incentivando a concorrncia, barateando preos e melhorando a
qualidade dos servios e das mercadorias.
c) Reduo de subsdios e gastos sociais por parte dos governos:
O Estado desperdia muito dinheiro com direitos sociais, como sade,
educao, aposentadorias, amparo aos desempregados entre outros. Isto
provoca aumento de impostos, que sero pagos pela sociedade, a fim de gerar
recursos destinados assistncia aos mais pobres. Na viso neoliberal, a
manuteno desses gastos do Estado significa premiar os fracassados e punir
com impostos os competentes.
d) Livre circulao de capitais: Visa garantir a livre entrada e sada de
capitais em qualquer pas e permitir que o mesmo dinheiro seja aplicado e
remunerado em operaes financeiras, como, por exemplo, na bolsa de valores,
e no somente na produo ou na gerao de empregos.
e) Flexibilizao do mercado de trabalho: A doutrina neoliberal
entende que essa medida dinamiza a economia e possibilita que os empresrios
invistam na produo e ampliem a oferta de empregos. Com a flexibilizao,
pode-se contratar e demitir livremente os empregados e reduzir o dispndio das
empresas com seus funcionrios.
f) Abertura dos mercados internos para produtos estrangeiros:
Significa a eliminao de qualquer protecionismo econmico. Em outras
palavras, nenhum pas deve coibir a livre concorrncia, e a melhor maneira
para garanti-la preservar a competio entre as empresas,
independentemente de sua origem nacional ou estrangeira. Quem vai definir
qual a melhor mercadoria a ser adquirida o prprio consumidor, que ainda
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ser beneficiado com uma maior variedade de artigos ofertados e a preos cada
vez mais baixos e acessveis.
2) (FCC/PREFEITURA DE SO PAULO/2007 AUDITOR FISCAL)
Considere o texto para responder questo.
Avalia o "Financial Times" que o "livre comrcio a maior vtima da
eleio" nos EUA, apontando "uma tendncia em particular, o
nacionalismo econmico". Os que venceram senadores republicanos em
Ohio, Virgnia e Missouri fizeram campanha "contra o livre comrcio" e
a exportao de empregos, inclusive os "acordos comerciais" com o
Mxico e Amrica Central.
O "Miami Herald" informa, porm, que a ameaa democrtica
sobretudo aos acordos bilaterais com a Colmbia e Peru, que ainda
precisam de aprovao no Congresso. Nada contra as preferncias ao
Brasil.
a avaliao tambm do jornal "Valor", ontem em destaque, "Vitria
democrtica facilita a renovao do Sistema Geral de Preferncias".
(Folha de So Paulo, 10 de novembro de 2006, p. A7)
Com base no contexto do sistema capitalista contemporneo, correto
afirmar que a tendncia e a campanha a que o texto se refere esto em
desacordo com
a) a poltica do protecionismo e a do Estado de Bem- Estar Social.
b) a doutrina neoliberal e os princpios da globalizao econmica.
c) o princpio de soberania e o ideal de autodeterminao dos povos.
d) os ideais democrticos e os princpios de estatizao da economia.
e) a ideologia mercantilista e a doutrina econmica desenvolvimentista.
COMENTRIOS:
Os trechos acima transcritos referem-se ao nacionalismo econmico,
contrariedade ao livre comrcio, realizao de acordos bilaterais e renovao do
Sistema Geral de Preferncias norte-americano. So temas que esto em
desacordo com a doutrina neoliberal e os princpios da globalizao econmica.
O neoliberalismo prope a reduo da participao do Estado na
economia. J o livre comrcio prope a eliminao das barreiras (tarifas,
impostos, etc.) que impedem a livre circulao de mercadorias pelo mundo.
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A globalizao econmica tem como caractersticas a crescente
interdependncia entre agentes econmicos e sistemas econmicos nacionais,
crescimento significativo dos fluxos internacionais de bens, servios e capital e
o acirramento da concorrncia internacional. O nacionalismo econmico e a
contrariedade ao livre comrcio so obstculos ao desenvolvimento desse
modelo de globalizao. Correta a alternativa b.
Vejamos as demais alternativas:
a) Errada. O protecionismo fundamenta-se na adoo de medidas
econmicas que favorecem as atividades econmicas internas de determinado
pas em detrimento da concorrncia estrangeira. Por sua vez, o Estado de
Bem-Estar Social uma ideologia em que o Estado atua fortemente como
agente da promoo (protetor e defensor) social e organizador da economia.
c) Errada. O princpio de soberania determina que um Estado nacional
superior a todas as outras pessoas no mbito interno: as normas e decises
elaboradas pelo Estado prevalecem sobre as emanadas de grupos sociais
intermedirios como famlia, escola e igreja, por exemplo. Determina ainda que
os Estados nacionais so iguais entre si no mbito internacional. Pelo ideal da
autodeterminao dos povos, um Estado nacional no sofrer interveno
estrangeira nas suas decises, ou seja, a sua soberania ser respeitada.
d) Errada. Os ideais democrticos referem-se supremacia dos cidados
para tomar decises polticas importantes, direta ou indiretamente, por meio de
representantes eleitos forma mais usual. Pelos princpios da estatizao da
economia, o Estado atua diretamente e fortemente na atividade econmica,
sendo proprietrio dos meios de produo como terra, fbricas, etc.
e) Errada. O Mercantilismo desenvolveu-se na Europa entre o sculo XV e o
final do sculo XVIII e caracterizou-se por uma forte interveno do Estado na
economia. Por sua vez, o de desenvolvimentismo um tipo de poltica
econmica onde o estado tem participao ativa como base da economia.
Gabarito: B
3. Blocos econmicos
A globalizao neoliberal ampliou largamente a formao de blocos
econmicos. So organizaes criadas por pases, para promover a integrao
econmica, o crescimento e a competitividade internacional dos pases-
membros. Sob a economia globalizada, ajudam a abrir as fronteiras de cada
nao ao livre fluxo de capitais, ao reduzir barreiras alfandegrias, prticas
protecionistas e regulamentaes nacionais.
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Existem quatro modelos bsicos de bloco econmico:
- rea de livre-comrcio - Impostos, tarifas ou taxas de importao so
eliminados de boa parte ou de todas as mercadorias e servios para promover o
intercmbio entre pases-membros. Exemplo: NAFTA
- Unio aduaneira uma rea de livre comrcio, na qual, alm de
abrir o mercado interno, os pases-membros definem regras para o comrcio
com naes de fora do bloco. A tarifa externa comum adotada para boa
parte ou a totalidade dos servios e mercadorias provenientes de outros
pases, ou seja, todos cobram os mesmos impostos, taxas e tarifas de
importao de terceiros.
- Mercado comum - uma unio aduaneira na qual, alm de
mercadorias e servios, capital e trabalhadores tambm podem circular
livremente e se engajar em atividades econmicas em qualquer dos pases-
membros. Ex. MERCOSUL e Comunidade Andina.
- Unio econmica e monetria o estgio final de integrao
econmica entre pases. Os membros adotam uma moeda comum e a mesma
poltica de desenvolvimento. A Unio Europeia o nico bloco a atingir esse
estgio de integrao.
A formao de blocos econmicos acelerou o comrcio mundial. Antes,
qualquer produto importado chegava ao consumidor com valor
significativamente mais alto, em razo das taxaes impostas ao cruzar a
alfndega. Os acordos entre os pases reduziram, e em alguns casos acabaram,
com essas barreiras comerciais, processo conhecido como liberalizao
comercial.
Vejamos os principais blocos econmicos regionais, ou melhor, aqueles
que caem nas provas.
Unio Europeia Unio econmica e monetria, com 28 pases
membros. O Euro, moeda nica do bloco no adotada por todos os pases.
Zona do Euro 18 pases: Alemanha, ustria, Blgica, Chipre, Eslovquia,
Eslovnia, Espanha, Estnia, Finlndia, Frana, Grcia, Holanda, Irlanda, Itlia,
Luxemburgo, Malta, Pases Baixos e Portugal. O Reino Unido NO faz parte da
Zona do Euro, a sua moeda a libra esterlina.
ALCA - Proposta pelos Estados Unidos em 1994, no chegou a se
constituir como um bloco econmico. A proposta de formao de uma
rea de Livre Comrcio integrada por todos os pases americanos, exceto Cuba.
Aps sucessivas discusses em torno da formao do bloco econmico, a
Cpula das Amricas de 2005, realizada na Argentina, marca o fracasso do
acordo, deixando as negociaes em suspenso.
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NAFTA rea de livre comrcio, integrada por Estados Unidos, Canad e
Mxico.
MERCOSUL Mercado comum, integrado por Brasil, Argentina, Uruguai,
Paraguai e Venezuela. O Paraguai estava suspenso do bloco, desde junho de
2012. Porm, retornou ao bloco em dezembro de 2013, quando o
congresso paraguaio aprovou a entrada da Venezuela como membro pleno do
bloco regional. A Bolvia possui o status de Estado Associado estando, desde
dezembro de 2012, em processo de adeso ao bloco econmico. Chile, Peru,
Colmbia e Equador, tambm possuem o status de Estados Associados, porm,
no esto em processo de adeso. A Guiana e o Suriname so Estados com
direito de participao nas reunies do Mercosul.
O bloco negocia h mais de uma dcada um acordo de livre comrcio com
a Unio Europeia. Nos ltimos meses as negociaes avanaram, porm
voltaram a ficar em compasso de espera. O motivo a Argentina, pas em
dificuldades e econmicas, que no consegue aproximar-se da oferta de
liberalizao de 90% do comrcio do bloco com a Unio Europeia.
Comunidade Andina Mercado comum, integrado por Bolvia,
Colmbia, Equador e Peru.
Aliana do Pacfico - Associao formada em 2012, por Mxico, Peru,
Colmbia e Chile para estabelecer gradualmente o livre comrcio entre seus
membros e entre eles e os pases asiticos banhados pelo Oceano Pacfico. A
Costa Rica entrou no bloco em maio de 2013. O grupo adota polticas
econmicas neoliberais e tem o apoio dos Estados Unidos.
Unio Econmica Euroasitica (UEE) Mais novo bloco econmico do
mundo, formalizado em maio de 2014, em Astana, capital do Cazaquisto.
Integrado pela Rssia, Cazaquisto e Belarus. As ex-repblicas soviticas da
Armnia e Quirguisto, pases muito pobres, esto em processo de adeso.
Os trs Estados comprometem-se a garantir a livre circulao de
produtos, servios, capitais e trabalhadores, alm de aplicar uma poltica
semelhante em domnios chaves da economia: energia, indstria, agricultura,
transportes. Os signatrios dispem de um quinto dos recursos mundiais de gs
e quase 15% dos de petrleo.
A Ucrnia participou das negociaes para a formao da Unio
Euroasitica at a deposio do presidente Viktor Yanukovich em fevereiro
deste ano. O estopim da deposio de Yanukovich foi justamente a sua
desistncia em assinar um acordo de associao e livre-comrcio com a Unio
Europeia, em prol da participao na Unio Euroasitica.
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3) (FCC/DPE SP/2013 AGENTE DE DEFENSORIA PBLICA) O
surgimento e a expanso do Mercosul esto relacionados ao contexto
da globalizao. Na atualidade, este bloco econmico tem sido
destacado na imprensa por um conjunto de fatos polticos de grande
relevncia. Sobre o Mercosul so feitas as seguintes afirmaes:
I. Aps o impeachment que destituiu o presidente paraguaio, os demais
membros do Mercosul suspenderam a participao do Paraguai nas
reunies do bloco.
II. A integrao da Venezuela ao bloco permanece suspensa devido
oposio do Uruguai e s restries polticas da Argentina.
III. A Bolvia foi recentemente convidada a integrar o bloco como
membro pleno e para isso dever promover acertos em sua economia.
Est correto o que se afirma APENAS em
a) I.
b) I e II.
c) I e III.
d) II.
e) III.
COMENTRIOS:
I Certa. O Paraguai foi suspenso do Mercosul em razo do impeachment
relmpago do ento presidente Fernando Lugo, em 22 de junho de 2012. O
bloco considerou o impedimento antidemocrtico, que feriu a clusula
democrtica da organizao.
II Errada. A entrada da Venezuela no Mercosul havia sido ratificada por
Uruguai, Argentina e Brasil. Faltava a ratificao do Paraguai, cuja deliberao
estava pendente de aprovao no senado paraguaio, de maioria conservadora,
que era contra. Com o Paraguai suspenso do bloco, foi possvel a deciso final
de ingresso da Venezuela, o que ocorreu na cpula extraordinria do bloco, em
31 de julho de 2012.
III Certa. Em 07 de dezembro de 2012, a Bolvia assinou Protocolo de Adeso
ao MERCOSUL, ou seja, alm de convidado, o pas est em tratativas para
ingressar como Estado-Parte. O Protocolo a primeira etapa do processo, que
costuma levar anos, pois envolve questes tcnicas e jurdicas at a sua
concluso, entre elas, ajustes que os bolivianos tero que fazer na economia do
pas.
Gabarito: C
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4. O mundo em crise
A economia global encontra-se na mais grave crise desde a Grande
Depresso de 1929. Iniciada em 2008, a crise no d sinais de que est perto
de terminar. Sua expresso mais visvel agora o alto endividamento pblico
que afeta dois dos principais motores da economia mundial: a Unio Europeia
(UE) e os Estados Unidos (EUA).
O exemplo mais dramtico de como o rombo corroeu as economias
nacionais ocorre na Grcia. Um dos pases menos desenvolvidos da zona do
euro, o pas teve que recorrer UE e ao Fundo Monetrio Internacional (FMI)
para obter recursos para enfrentar seu gigantesco dficit oramentrio. Alm da
Grcia, a crise atingiu com bastante fora Portugal, Itlia, Irlanda, Espanha e
mais recentemente o Chipre, provocando temor de contaminao generalizada
na Unio Europeia.
4.1 Os Estados Unidos na origem da crise
O estouro da bolha imobiliria nos EUA, em 2008, foi o incio da atual
crise. Sua origem foi o farto crdito imobilirio oferecido nos anos anteriores.
Entre 2002 e 2008, com as taxas de juro norte-americanas num patamar muito
baixo, os bancos fizeram emprstimos de longo prazo a clientes sem boa
avaliao como pagadores chamados de subprime.
O crdito fcil intensificou a procura por imveis, que tiveram os preos
elevados. Mais tarde, o governo norte-americano subiu os juros para combater
a inflao. Com isso, as prestaes dos financiamentos ficaram mais caras e
muitos compradores pararam de pagar.
Os imveis (garantias dos emprstimos) foram retomados pelos bancos,
que os colocavam venda, para cobrir os emprstimos no pagos. O aumento
da oferta fez os preos dos imveis carem. Mesmo com a venda, os bancos no
conseguiam recuperar o prejuzo.
Os bancos venderam ttulos no mercado para investidores. Ocorre que
muitos ttulos negociados pelos bancos tinham como garantia os emprstimos
subprime e, com a falta de pagamentos, o valor dos ttulos despencou.
Instituies financeiras com grande volume desses ttulos como patrimnio
chegaram beira da falncia.
Esse processo foi o estouro da bolha imobiliria, em setembro de 2008,
cujo marco foi a quebra de um dos maiores bancos de investimento dos Estados
Unidos, o Lehman Brothers. Em seguida, a crise espalhou-se pelo sistema
financeiro mundial em efeito domin.
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4) (CESPE/MME/2013 NVEL SUPERIOR - adaptada) Acerca da crise
econmica mundial, iniciada em 2008, julgue os itens:
Em 2008, foi deflagrada a crise das hipotecas imobilirias nos EUA, com
a quebra do banco Lehman Brothers. Basicamente, os problemas
comearam porque as instituies financeiras emprestaram dinheiro
para quem no podia pagar, provocando falncia de bancos e a
interveno governamental.
COMENTRIOS:
Os bancos e outras instituies financeiras americanas confiaram de modo
excessivo em clientes que no tinham bom histrico de pagamento de dvidas.
Esse tipo de financiamento, de alto risco, chamado de "subprime" (traduzido
como "de segunda linha"). Os bancos transformaram esses emprstimos
hipotecrios em papis (derivativos) e venderem a outras instituies
financeiras.
Os clientes davam como garantia suas casas, mas o mercado imobilirio
entrou em crise no ano de 2007. Os clientes no conseguiam mais pagar os
seus emprstimos e se tornaram inadimplentes em massa e os derivativos se
tornaram difceis de serem negociados a qualquer preo, desencadeando um
efeito domin, que balanou o sistema bancrio internacional, a partir de
agosto de 2007.
Gabarito: Certo
4.2 A crise atinge a Europa
Se a crise espalhou-se pelo mundo, logicamente que ela tambm atingiu
a Europa. Da mesma forma que os Estados Unidos, os governos europeus
gastaram trilhes de dlares em dinheiro pblico para ajudar empresas e
bancos em dificuldades. Isso ampliou muito as dvidas dos pases que, em
alguns casos, j eram bastante grandes.
O endividamento pblico elevado problemtico para a zona do euro
porque as naes tm a economia interligada e so obrigadas a seguir
parmetros rgidos de inflao, juros, dvida pblica e dficit oramentrio. O
dficit deve ficar abaixo de 3% do PIB e a dvida nacional em at 60% do PIB,
regras que formam o Pacto de Estabilidade do euro.
O Pacto fundamental para manter a moeda nica, uma vez que os
pases no podem adotar medidas, tais como imprimir mais papel-moeda.
Quem manda no euro o Banco Central Europeu (BCE), nico que pode
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imprimir papel-moeda. Um desequilbrio econmico-fiscal maior em qualquer
nao pe em risco o euro.
Desde o incio da crise da dvida, os governos europeus buscam equilibrar
as contas nacionais com planos de austeridade (ou de ajuste). A receita desses
planos a mesma nos diferentes pases: aumento de impostos e corte de
gastos, sobretudo em benefcios sociais e com o funcionalismo pblico.
So medidas que empobrecem a populao, limitam o crescimento
econmico e ampliam o desemprego, e levam multides s ruas em protesto.
Enfraquecidos por estas reformas, vrios dirigentes deixaram o poder, por
perder sua sustentao parlamentar ou por derrotas eleitorais.
Para tudo! Voc deve estar se perguntando por que governos de
diferentes pases com diferentes orientaes polticas aplicam a mesma poltica
econmica? Primeiro porque so membros da Unio Europeia, que uma unio
econmica e monetria. Como j dissemos, as naes tm que atingir metas
econmicas e fiscais comuns.
Em segundo lugar, os pases em crise esto sob presso de um ente
chamado troika, formada pela Comisso Europeia (CE), pelo Fundo Monetrio
Internacional (FMI) e pelo Banco Central Europeu. ela quem dita as regras do
jogo e impe as medidas de austeridade para adequar as economias aos
padres do euro.
Em 2008, houve retrao do PIB da zona do euro. Em 2012, com nova
retrao do PIB, a zona do euro entrou oficialmente em recesso. Nesse mesmo
ano o desemprego foi recorde. A crise afetou mais fortemente economias mais
frgeis, como Portugal e Grcia, mas tambm atingiu Espanha e Itlia.
Entre 2010 e 2012, cinco pases recorreram a emprstimos da Unio Europeia
(UE): Grcia, Espanha, Portugal, Irlanda e Chipre.
A Grcia, que foi o primeiro pas da zona do euro seriamente atingido
pela crise da dvida, entrou em recesso no ano de 2009. Para que mantivesse
o pagamento das suas dvidas, a troika aprovou dois pacotes de emprstimos
emergenciais ao pas. Em troca, os gregos foram obrigados a adotar uma ampla
reforma com aumento de impostos, privatizaes, cortes de direitos
trabalhistas, demisses de servidores e reduo das aposentadorias e dos
salrios.
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A Unio Europeia composta de 28 pases, dos quais 18 integram a zona
do euro, no qual compartilham uma moeda nica e, como consequncia, rgidos
controles externos sobre suas economias nacionais.
As medidas provocaram uma revolta social no pas, com greves e
protestos. Essa poltica acelerou o declnio econmico nacional, levou a um
desemprego recorde e o pas no atingiu as metas estipuladas pela troika. A
crise derrubou o ento primeiro ministro George Papandreou no fim de 2011.
No ano seguinte o pas ameaa deixar a zona do euro.
Em abril de 2014, a Grcia volta ao mercado financeiro mundial. Depois
de uma ausncia de quatro anos, o pas vende ttulos da dvida soberana.
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5) (CESPE/CNJ/2013 ANALISTA JUDICIRIO) A China tem investido
US$ 250 bilhes por ano no que economistas chamam de capital
humano. Assim como os Estados Unidos da Amrica (EUA) ajudaram a
construir uma classe mdia no final dos anos 40 e incio dos anos 50 do
sculo passado, usando um programa para educar veteranos da
segunda guerra mundial, o governo chins emprega recursos para
educar milhes de jovens que se mudam das reas rurais para as
cidades. O objetivo disso transformar o sistema atual, em que uma
elite minscula, altamente educada, supervisiona vastos exrcitos de
trabalhadores rurais e de operrios de fbricas pouco qualificados.
O Globo, 18/1/2013, p. 30 (com adaptaes).
Tendo o texto acima como referncia inicial, e considerando a crescente
importncia da China no cenrio global contemporneo, julgue o item.
A Unio Europeia atravessa acentuada crise, que atinge sobretudo
pases como Grcia, Espanha e Portugal. O abandono do euro como
moeda nica por esses pases foi deciso tomada no auge da crise com
o objetivo de tentar impedir o colapso das demais economias do bloco.
COMENTRIOS:
A Unio Europeia (UE) enfrenta a mais grave crise de sua histria,
provocada pela elevada dvida pblica em pases da Zona do Euro (18 dos 28
pases da UE). A crise teve incio em naes perifricas do bloco Grcia,
Irlanda e Portugal, contaminando economias poderosas, como Itlia e Espanha.
O endividamento pblico elevado problemtico para a Zona do Euro,
pois os pases tm a economia interligada e so obrigados a seguir parmetros
rgidos de inflao, juros, dvida pblica e dficit oramentrio. O dficit deve
A Unio Europeia (UE) enfrenta a mais grave crise de sua histria,
provocada pela elevada dvida pblica em pases da zona do euro. Essa crise
comea em naes perifricas do bloco, sobretudo Grcia, Irlanda e
Portugal, que recebem socorro financeiro da UE e do FMI. Em 2012, a Grcia
chega beira do calote da dvida e quase deixa a zona do euro. A crise
contamina economias poderosas, como Itlia e Espanha. Essa ltima recebe
auxlio financeiro para salvar os bancos. Em 2013, a crise atinge o Chipre.
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5. Recuperao a passos lentos
Passados seis anos do estouro da bolha imobiliria nos Estados Unidos,
em 2008, a economia mundial continua no atoleiro. Institutos de pesquisa e
entidades multilaterais revisaram, nos ltimos meses do ano passado, as
projees de crescimento para 2013 e 2014. Os nmeros variam, mas tm um
sentido comum: a economia mundial deve ter um crescimento modesto,
devido principalmente ao desempenho mais contido dos emergentes.
O crescimento do PIB mundial no deve atingir a marca dos 3% em 2013,
mas se prev que chegue a 3,5% em 2014 ainda longe dos mais de 5%
registrados nos anos anteriores crise. Os estudos so unnimes: qualquer
crescimento depende mais do desempenho das economias avanadas com
destaque para a dos Estados Unidos do que dos mercados emergentes, cuja
atividade desacelera.
5.1 Economia norte-americana
Na avaliao das instituies, a retomada do crescimento mundial estar
sob a batuta da maior economia do planeta, os EUA. Portanto, os maiores riscos
recuperao vm exatamente desse pas. Ainda que devagar, ele terminou
2014 com indicativos de que a vida comea a voltar ao eixo: o mercado
imobilirio se recupera; a capacidade ociosa da indstria ainda alta, mas o
consumo interno se aquece, com o aumento do crdito; a taxa de desemprego
caiu de 10% em outubro de 2009 para 5,6% no final de 2014. O mercado de
trabalho j se encontra no mesmo nvel de junho de 2008, antes da exploso
da crise financeira.
ficar abaixo de 3% do PIB e a dvida nacional em at 60% do PIB, regras que
formam o Pacto de Estabilidade. Este fundamental para manter a moeda
nica, j que um desequilbrio maior em qualquer nao pe em risco o euro.
Quando muito endividados e sem condies de pagar as suas dvidas,
uma das alternativas adotadas pelos pases a emisso de papel-moeda para
honrar os seus compromissos, medida que no pode ser adotada na Zona do
Euro, pois quem manda na moeda o Banco Central Europeu (BCE).
Portugal e Grcia ameaaram abandonar a Zona do Euro, sendo que a
Unio Europeia cogitou da possibilidade do segundo ter que deixar a unio
monetria. Porm, ningum saiu. Todos os 18 pases, que a integram,
permanecem tendo o euro como moeda oficial.
Gabarito: Errado
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Ainda assim, a economia dos Estados Unidos preocupa por causa do alto
nvel de endividamento pblico. Em poucos anos, a dvida pblica norte-
americana explodiu. Subiu de 9,3 trilhes de dlares em 2007 para 16,7
trilhes em 2013 praticamente a 100% do PIB do pas corroendo o
oramento.
5.2 Zona do Euro
A Unio Europeia saiu da recesso econmica em 2013, dando os
primeiros passos, ainda tmidos, para superar a crise mais sria de sua histria.
O Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro voltou a crescer em meados de
2013, aps um prolongado declnio de 18 meses. Mas o ritmo lento da
expanso insuficiente para solucionar os problemas: a taxa recorde de
desemprego e a dvida pblica da zona do euro, que continua alta em vrios
pases.
A taxa de desemprego est muito alta: mais de 12%, em mdia. Em
alguns pases, a situao muito mais grave: na Grcia e na Espanha, mais de
um quarto da populao economicamente ativa est parada.
Outro fantasma que assombra a Europa o risco da deflao, que existe
quando h queda de preos e de salrios. Em janeiro de 2014, a inflao
chegou ao nvel mais baixo em quatro anos (0,7%, bem abaixo da meta de
2%). Deflao indica fragilidade econmica e perigosa: empresas e
consumidores adiam gastos, o que reduz a arrecadao e agrava os problemas
fiscais.
O desdobramento poltico mais recente da crise na Europa o avano de
partidos polticos eurocticos que sacodem o mundo poltico do bloco. Nas
eleies do parlamento europeu maio de 2014 - os partidos pr-Europa
continuaram com maioria, mas viram o crescimento dos eurocticos da extrema
direita nacionalista e da esquerda e extrema esquerda. Pela extrema direita
destacam-se a Frente Nacional na Frana, o Partido da Independncia do Reino
Unido (Ukip), Jobbik na Hungria e o Aurora Dourada na Grcia. No campo da
esquerda e extrema esquerda destaca-se o Siriza, tambm da Grcia.
A extrema direita contrria ao livre trabalho e a livre circulao de
pessoas e considera os imigrantes como os responsveis por problemas como
desemprego e baixo crescimento econmico nos seus pases. A extrema
esquerda bastante crtica a perda da soberania dos pases sobre a moeda
nacional, uma vez que adotaram o euro, e em algumas decises econmicas, j
que esto submetidas s regras do bloco.
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5.3 Emergentes
As economias emergentes incluindo os Brics (Brasil, Rssia, ndia, China
e frica do Sul) entraram numa nova fase: continuam crescendo, mas no
com o mesmo flego. O alto preo das commodities no mercado internacional
alavancou um crescimento rpido dos emergentes na primeira dcada do sculo
XXI. Alm de apresentarem taxas significativas de crescimento, essas
economias passaram bem pelos problemas criados pela crise em 2009 e 2010.
No entanto, a crise global terminou por afetar a todos, por causa da
queda no comrcio internacional. O terremoto que atingiu os mercados
financeiros levou reduo dos investimentos nos emergentes. Hoje, o
crescimento mdio do PIB dessas economias est trs pontos percentuais
abaixo do registrado em 2010. So trs os principais fatores que refreiam o
crescimento dos emergentes:
a queda no preo do petrleo e outras commodities;
o recuo no comrcio internacional;
os gargalos de infraestrutura internos.
Esses trs fatores afetam principalmente a China. A reduo no ritmo de
crescimento chins, de 10% para cerca de 7% nos prximos anos, no
preocupante, pois se mantm uma expanso forte. Com ela, o gigante asitico
continuar na posio de lder econmico mundial.
No entanto, essa desacelerao afeta os pases da sia e os demais
emergentes, exportadores de matria-prima para a indstria chinesa. A ndia
tambm deve crescer menos entre 2013 e 2014.
Na Amrica Latina, o avano tmido e o cenrio nebuloso. O Mxico,
dependente dos EUA, deve seguir de perto o desempenho da economia norte-
americana. O Brasil tem tido suas previses de crescimento regularmente
rebaixadas. No fim de 2013, as instituies financeiras e econmicas
internacionais apontavam para uma expanso em torno de 2,5% em 2013 e
2014.
Petrleo barato pode causar terremoto geopoltico
A cotao do preo do barril de petrleo caiu para o seu menor valor em
quase seis anos, neste ms de janeiro. Em oito meses, a queda de 60%. Em
junho de 2014, o barril custava US$ 107 e no dia 13 de janeiro estava em US$
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46,00. O motivo da queda a oferta maior que a demanda, devido
estagnao da economia na Europa, reduo do crescimento da China e,
sobretudo, ao aumento da produo nos EUA (leo e gs de xisto) e Canad
(leo de areias betuminosas).
Os Estados Unidos so o maior consumidor mundial de petrleo e at bem
pouco tempo, tambm era o maior importador mundial do leo. A viabilidade da
explorao do xisto fez dos EUA o maior produtor mundial de petrleo e, em
breve, poder torn-lo exportador. Uma verdadeira revoluo energtica.
Petrleo mais barato impulsiona o crescimento mundial, ganham os
grandes importadores, que liberam recursos para outros fins, tais como a
China, o Japo, Frana e Alemanha. Por outro lado, perdem pases muito
dependentes das exportaes de hidrocarbonetos, como Rssia, Venezuela e
Nigria. O meio ambiente tambm um dos perdedores, pois, com leo barato
h menos incentivo para investir em fontes alternativas de energia, no
poluentes e sustentveis, o que ruim para a poltica de conteno do
aquecimento global.
Quando o preo do petrleo cai muito, a Organizao dos Pases
Exportadores de Petrleo (OPEP) cartel que controla o preo do leo decide
reduzir a produo para elevar o preo do produto. Ocorre que desta vez, a
OPEP no tomou esta deciso. A estratgia do pas que d as cartas no cartel, a
Arbia Saudita, foi manter o mesmo nvel de produo mesmo com os preos
em baixa.
A medida foi interpretada como uma tentativa de alijar novos produtores
do mercado mundial. Um dos alvos seria a produo de leo e gs de xisto dos
EUA. Seria uma tentativa de criar dificuldades a expanso da produo norte-
americana e evitar que o pas se torne um grande exportador do leo,
disputando mercado com os atuais exportadores.
A Arbia Saudita produz cerca de 10 milhes de barris por dia, um tero
do total da Opep, e pode tolerar baixos preos da commodity. O petrleo
saudita apresenta o mais baixo custo de explorao no mundo: de US$ 5 a US$
6 o barril. Com US$ 900 bilhes em reservas optou por no sacrificar a prpria
quota de mercado para restaurar o preo. A reduo da produo, alm de
poder ocasionar perda de mercado, beneficiaria pases com quem os rabes no
possuem uma boa relao, Ir e Rssia.
Os rabes no esto nada satisfeitos com o crescimento da influncia do
Ir no Oriente Mdio e contra o acordo feito com potncias ocidentais sobre o
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seu programa nuclear e o levantamento do bloqueio comercial ao pas. O Ir
depende do petrleo para financiar 50% do seu oramento.
O PIB da Rssia quase no cresceu em 2014 e o pas deve entrar em
recesso econmica em 2015. As sanes econmicas impostas pela Unio
Europeia e Estados Unidos esto afetando fortemente a economia russa.
Metade do oramento russo tambm financiado pelas exportaes de petrleo
e gs. Os russos no contavam com essa queda vertiginosa dos preos.
A Venezuela dona das maiores reservas de energia do mundo e o
petrleo responsvel por 95% das suas exportaes. Como o pas depende
exclusivamente do ouro negro para garantir as exportaes, a queda nas
cotaes do petrleo j ameaa a frgil economia venezuelana. A Nigria, maior
economia africana, outro perdedor, o pas j teve que desvalorizar a sua
moeda.
No caso do Brasil, a queda no preo do leo pode ser nociva Petrobrs
em longo prazo. A explorao do pr-sal pode ser prejudicada e tornar-se
invivel se a queda for duradoura. Especialistas estimam que o custo mdio de
explorao de US$ 45 o barril no pr-sal.
A Arbia Saudita mira nos Estados Unidos, mas, por caminhos
transversais, o seu movimento enfraquece economicamente pases
politicamente opostos aos norte-americanos: Rssia, Ir e Venezuela.
6. Comrcio Internacional
O xisto uma rocha, de onde possvel extrair petrleo e gs. At 2006
os mtodos disponveis para extrair combustveis da rocha eram muito caros.
Naquele ano empresas de petrleo e gs norte-americanas comearam a
utilizar uma nova tecnologia o fraturamento hidrulico o que faz a produo
de petrleo de xisto crescer aceleradamente no mundo.
O petrleo e gs natural de xisto esto contribuindo para a recuperao
econmica dos Estados Unidos. O processo produtivo bem mais barato do que
o convencional. A China, Estados Unidos e a Argentina possuem as maiores
reservas mundiais de petrleo e gs de xisto recuperveis. O Brasil o dcimo
colocado.
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O comrcio internacional nunca foi to intenso, mas as exportaes dos
pases ricos cresceram muito mais do que as dos pases pobres nas ltimas
dcadas. Atualmente, apenas dez pases (dos 195 do planeta) monopolizam
mais da metade de todo o comrcio internacional. Veja o grfico abaixo.
Fonte: OMC
Um dos instrumentos desse crescimento foi a criao da Organizao
Mundial do Comrcio (OMC), em 1995, com o objetivo de abrir as economias
nacionais, eliminar o protecionismo (quando um pas impe taxas para
restringir a importao de produtos e proteger a produo interna) e facilitar o
livre trnsito de mercadorias.
A OMC funciona com rodadas de discusso sobre temas, que chegam ao
final quando se fecham os acordos. A Rodada Doha, aberta em 2001 (com
prazo previsto at 2006), entrou num impasse no resolvido at hoje. Os pases
ricos querem maior acesso de seus produtos aos pases em desenvolvimento.
Esses, por sua vez, buscam restringir as vantagens econmicas, como os
subsdios (auxlio financeiro), que os pases ricos do a seus agricultores, e no
se chega a um acordo.
Dez pases tm mais da metade do comrcio mundial
O nmero acima de cada barra representa quanto do comrcio mundial o pas faz. Entre as dez principais naes, oito so ricas. O Brasil cresceu para um
patamar de 1,3% do comrcio mundial - era cerca de 1,1% -, resultado de 15 anos de esforo para ampliar as exportaes.
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Em 2013, o brasileiro Roberto Azevdo assumiu como diretor-geral da
OMC. Para chegar ao principal cargo da entidade, contou com o apoio dos
demais Brics (China, Rssia, ndia e frica do Sul) e de pases africanos, e
superou outros oito candidatos em escolhas sucessivas. O seu grande desafio
retirar a OMC do atoleiro em que caiu h sete anos, quando as negociaes da
Rodada Doha entraram em um impasse.
Sob o comando de Azevdo, a OMC alcanou em dezembro de 2013, o
primeiro acordo global da histria da organizao. O acordo compreende trs
pilares: agricultura, com um compromisso de reduzir os subsdios s
exportaes; a ajuda ao desenvolvimento, que prev uma iseno crescente
das tarifas alfandegrias para os produtos procedentes dos pases menos
desenvolvidos, e a facilitao de intercmbios, com a reduo da burocracia nas
fronteiras. O que parecia uma grande vitria de Azevdo, virou um impasse, j
que, aps ter aceitado o acordo, a ndia resolveu bloque-lo. Com isso, as
negociaes multilaterais entraram em um impasse e esto paralisadas.
Outra funo muito importante na OMC o sistema de resoluo de
controvrsias. Este mecanismo foi criado para solucionar os conflitos gerados
pela aplicao dos acordos sobre o comrcio internacional entre os membros da
OMC. As disputas surgem quando um pas adota uma medida de poltica
comercial ou faz algo que um ou mais membros da OMC considerem que viole
os acordos da prpria organizao. Exemplo de aplicao deste mecanismo o
contencioso do algodo entre Brasil e Estados Unidos.
Em 2004, o Brasil venceu na OMC uma disputa contra os subsdios
recebidos por produtores de algodo dos EUA, ficando com o direito de impor
sanes contra produtos norte-americanos no valor de US$ 830 milhes. O
Brasil concordou em suspender a punio caso os EUA depositassem dinheiro
em um fundo de assistncia para produtores brasileiros de algodo.
Os EUA pagavam a compensao em parcelas mensais, suspensas em
outubro de 2013, o que levou o governo brasileiro a ameaar impor tarifas mais
altas para produtos norte-americanos. Em outubro de 2014, os dois pases
chegaram a um novo acordo. Os Estados Unidos vo pagar aos produtores
brasileiros de algodo mais US$ 300 milhes para encerrar a disputa.
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6) (CESPE/MDIC/2014 AGENTE ADMINISTRATIVO) A Organizao
Mundial do Comrcio (OMC) fechou, em Bali, o primeiro acordo em
quase vinte anos e, com isso, evitou que a Europa e os Estados Unidos
da Amrica se lanassem apenas em negociaes regionais sem a
participao dos pases emergentes. O entendimento abre caminho
para a injeo de 1 trilho de dlares na economia mundial ao
desbloquear processos aduaneiros. Segundo economistas, tambm
deve criar 21 milhes de postos de trabalho.
O Estado de S.Paulo, 8/12/2013, capa (com adaptaes).
Considerando o texto acima e os mltiplos aspectos que ele suscita,
julgue o item seguinte.
O comrcio internacional pea-chave na economia globalizada dos
dias de hoje, de modo que obstculos diversos interpostos a sua plena
realizao trazem, em geral, resultados negativos para os pases,
especialmente em relao a aspectos econmicos e sociais.
COMENTRIOS:
O comrcio internacional, pea-chave da economia globalizada, nunca foi
to intenso como nos dias atuais. Contudo, o vertiginoso crescimento das trocas
nas ltimas dcadas no significou uma melhoria geral dos aspectos
econmicos e sociais para a maioria dos pases do mundo. O comrcio
internacional enfrenta muitos obstculos como as barreiras tarifrias e no
tarifrias e os esquemas protecionistas dos pases. As naes pobres e em
desenvolvimento so as mais prejudicadas.
Gabarito: Certo
7. A China
A civilizao chinesa tem mais de quatro mil anos. Aps um longo perodo
imperial e uma breve repblica, uma revoluo liderada pelo Partido Comunista
Chins (PCCh), de Mao Ts-tung, deu origem Repblica Popular da China, em
1949. O pas foi reorganizado nos moldes comunistas.
Com a morte de Mao, em 1976, a China implementou um modelo, ainda
vigente, chamado por seus dirigentes de socialismo de mercado. Trata-se de
uma combinao de caractersticas do socialismo (no qual as empresas e a
terra so propriedade do Estado) com aspectos do capitalismo (a presena de
empresas privadas, sobretudo multinacionais, em algumas reas do pas).
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No final da dcada de 1970, o pas comeou a abrir parte de sua produo
para as multinacionais, com a criao de Zonas Econmicas Especiais. Os
investimentos estrangeiros e a abundncia de mo de obra mal remunerada
alavancaram as exportaes, pois os produtos so baratos. Em trs dcadas, a
China deixou de ser um pas pobre e agrrio e tornou-se uma potncia
econmica. O pas atualmente responde por mais de 10% do PIB mundial e,
em 2011, passou a ser a segunda maior economia do planeta, atrs apenas da
dos Estados Unidos.
Apesar do vertiginoso crescimento econmico, o pas convive com
problemas que causam instabilidade ao atual modelo poltico-econmico:
significativa desigualdade social, corrupo, degradao ambiental e crescente
descontentamento popular. Em 2009, a China tornou-se o principal parceiro
comercial e destino das exportaes do Brasil, superando os Estados Unidos,
principal parceiro brasileiro durante anos.
O pas se tornou o maior consumidor de recursos energticos do mundo.
tambm o maior poluidor e, mais recentemente, o que mais investe em
fontes de energia renovveis. Aps dez anos sob o comando de Hu Jintao, a
China trocou seus principais dirigentes em 2013, assumindo Xi Jinping como
presidente e Li Keqiang como primeiro ministro.
J sob o comando de Xi Jinping, o pas anunciou reformas que esto
sendo consideradas as mudanas mais importantes desde o incio das reformas
econmicas, em 1976. As mudanas so abrangentes. Entre as de maior
impacto est a flexibilizao da poltica do filho nico, em vigor desde 1979.
Agora, os casais que moram em regies urbanas podero ter dois filhos, desde
que um dos cnjuges seja filho nico. Anteriormente, era necessrio que ambos
fossem filhos nicos para poderem ter o segundo filho.
Outras importantes modificaes so o fim dos campos de trabalho
forado para o cumprimento de penas e a diminuio dos crimes sujeitos
pena de morte. A China o pas que mais condena criminosos morte.
No campo econmico, prev-se que a iniciativa privada ter papel
decisivo na alocao de recursos, enquanto o governo atuar como regulador.
Haver tambm permisso para mais investimentos privados nas empresas
estatais, que devem perder privilgios e ser expostas concorrncia do
mercado.
A China uma ditadura que reprime a liberdade de expresso e viola os
direitos humanos. No entanto, h uma resistncia interna, e diversos
dissidentes desafiam o regime. O ativista Liu Xiaobo ganhou o Prmio Nobel da
Paz em 2010 por sua luta em favor dos direitos humanos. O advogado Chen
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Guangcheng e o artista Ai Weiwei tambm so perseguidos por suas crticas
ao governo.
7) (UEPA/SEFAZ PA/2013 FISCAL DE RECEITAS ESTADUAIS) A China
a nao mais populosa do mundo, a quarta mais extensa, a segunda
maior economia e a mais antiga e contnua civilizao, representando o
epicentro da sia. A rapidez com que tem se modernizado e sua
economia crescido, com formas peculiares em termos poltico
econmicos, esto alterando a correlao de foras no mundo.
VISENTINI, P. F. China, potncia emergente: piv da transformao mundial. In
BRICs: as potncias emergentes. Vozes, RJ, 2013. (Com adaptaes)
Tomando o Texto como referncia marque a alternativa correta.
a) A civilizao chinesa evoluiu ao longo de sua histria para um estado
descentralizado, tendo como sistema econmico o socialismo e
orientao religiosa fundamentalista.
b) A geografia da China marcada pela homogeneidade entre Norte e
Sul e seus caractersticos campos de arroz que permanecem alagados
por quase todo o ano.
c) No perodo ps-guerra a China manteve estreita relao com a
Coria do Sul, pois necessitava de ajuda econmica e militar.
d) A Repblica Popular da China continua afirmando sua insero
mundial, apesar das fragilidades de suas instituies, poltico-sociais
internas e sua moeda.
e) A China tem estreitado relaes com os pases vizinhos,
consolidando sua ascendncia na sia, ao mesmo tempo em que vem
substituindo os EUA em parcerias comerciais regionais.
COMENTRIOS:
a) Incorreta. A partir de 1949, at o presente, implantou-se na China um
regime centralizado, sob o comando do Partido Comunista Chins (PCCh) e
tendo como sistema econmico o socialismo. O regime no possui nenhuma
orientao religiosa. Na China, o governo permite um grau limitado de liberdade
religiosa, porm a tolerncia oficial s estendida aos membros de
organizaes religiosas aprovadas pelo Estado e no para aqueles que so
adeptos de outras religies. Boa parte da populao agnstica e no professa
nenhuma crena religiosa.
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Hong Kong um territrio chins com status de regio administrativa
especial. Antiga colnia britnica foi devolvida pelo Reino Unido China em
1997. O acordo de devoluo criou o princpio um pas, dois sistemas, pelo
qual, o regime comunista da China preservaria o sistema capitalista e o modo
de vida da ex-colnia at, pelo menos, 2047.
A China tambm se comprometeu a realizar eleies no territrio em
2017. Na ltima semana de setembro, o parlamento chins aprovou uma
medida limitando os candidatos da eleio de 2017 em Hong Kong. A eleio
ter apenas dois ou trs candidatos, que para concorrerem precisaro ser
aprovados por um Comit Consultivo institudo pelo governo chins.
A deciso foi o estopim para uma onda de protestos que j ficou
conhecida como Revolta do Guarda-Chuva. Os manifestantes querem o
sufrgio universal sem condies e o fim do controle de Pequim sobre os
candidatos para comandar o governo local.
A situao complexa, seria muito desgastante para o governo chins
reprimir os manifestantes com a mesma violncia que fez em 1979, no
massacre da Praa da Paz Celestial. Por outro lado, se atender as reivindicaes
dos manifestantes, o governo chins teme que uma onda de protestos se
espalhe pelo pas reivindicando ampla democracia.
b) Incorreta. O relevo da China variado e complexo, com planaltos,
plancies, depresses, chapadas, serras, cordilheiras, etc. O pas fsico, social,
econmico e culturalmente muito diversificado.
c) Incorreta. No perodo ps-guerra e nos dias atuais a China mantm estreita
relao com a Coria do Norte, pas que necessita da ajuda econmica e militar
chinesa.
d) Incorreta. O que no h na China a democracia, todavia isso no significa
que as instituies poltico-sociais so frgeis. A moeda chinesa o Yuan
forte e estvel.
e) Correta. A China uma potncia econmica mundial, o segundo maior PIB
do mundo. O pas tem estreitado relaes com os pases vizinhos, consolidando
sua ascendncia na sia, ao mesmo tempo em que vem substituindo os Estados
Unidos em parcerias comerciais regionais.
Gabarito: E
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8. Organizaes e grupos internacionais
Galera, vou tratar somente das organizaes e grupos internacionais
relacionados ao tema da economia internacional. Os organismos internacionais
relacionados poltica internacional, sero estudados na prxima aula.
8.1 FMI e Banco Mundial
O Fundo Monetrio Internacional (FMI) uma organizao financeira
criada para promover a estabilidade monetria e financeira no mundo e
oferecer emprstimos a juros baixos a pases em dificuldades financeiras. Os
emprstimos so concedidos em troca do comprometimento dos pases com
metas, como equilbrio fiscal, reforma tributria, desregulamentao,
privatizao e concentrao de gastos pblicos em educao, sade e
investimento em infraestrutura, entre outras polticas que so denominadas
como Consenso de Washington.
O Banco Mundial tem como objetivo oferecer financiamento e
assistncia tcnica a pases para promover seu desenvolvimento econmico.
Criado em 1944 e composto de duas instituies o Banco Internacional para a
Reconstruo e o Desenvolvimento (Bird) e a Associao Internacional de
Desenvolvimento (ADI) , o Banco Mundial formado por 188 pases-membros
(incluindo o territrio do Kosovo). Iniciou suas atividades auxiliando na
reconstruo dos pases da Europa e da sia aps a II Guerra Mundial.
8.2 OCDE
A Organizao para a Cooperao e o Desenvolvimento Econmico
(OCDE) articula polticas de educao, sade, emprego e renda entre os pases
ricos. Fundada em 1961, substitui a Organizao Europeia para a Cooperao
Econmica, criada em 1948 no quadro do Plano Marshall.
Membros da OCDE: Alemanha, Austrlia, ustria, Blgica, Canad, Chile,
Coreia do Sul, Dinamarca, Eslovquia, Eslovnia, Espanha, Estados Unidos,
Estnia, Finlndia, Frana, Grcia, Holanda, Hungria, Irlanda, Islndia, Israel,
Itlia, Japo, Luxemburgo, Mxico, Noruega, Nova Zelndia, Polnia, Portugal,
Reino Unido, Repblica Tcheca, Sucia, Sua e Turquia. O Brasil no
membro da OCDE.
8.3 Brics, a fora dos emergentes
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A sigla BRIC foi criada em 2001 pelo economista britnico Jim ONeill e se
refere aos quatro mais importantes pases emergentes: Brasil, Rssia, ndia
e China. O estudo que cunhou a expresso estima que em 2050 o grupo
poder constituir a maior fora econmica mundial, superando a Unio
Europeia.
Em 2009, Brasil, Rssia, ndia e China formalizaram um grupo
diplomtico para discusso de iniciativas econmicas e posies polticas
conjuntas, que realiza reunies anuais de seus chefes de Estado. Em 2011, a
frica do Sul, a maior economia da frica, foi convidada e passou a integrar o
grupo.
Os cinco pases dos BRICS tm caractersticas comuns: so pases com
indstria e economia em expanso, seu mercado interno est crescendo e
incluindo milhes de novos consumidores. Dois deles possuem as maiores
economias de seu continente: China e frica do Sul. Quatro possuem territrios
extensos e entre os maiores do mundo: Brasil, Rssia, China e ndia.
Tambm ancoram a economia desses pases importantes fatores para o
comrcio internacional. A Rssia rica em recursos energticos e fornece
petrleo, gs e carvo Unio Europeia. O Brasil grande exportador de
minrios, como a frica do Sul, e o maior exportador mundial de alimentos.
China e ndia esto se tornando os maiores fabricantes e exportadores de
produtos industriais na globalizao.
Aps a recente desacelerao dos BRICS, Jim O'Neill identificou outros
quatro pases Mxico, Indonsia, Nigria e Turquia que, segundo ele,
tambm podem se tornar gigantes econmicos nas prximas dcada. Para
esses pases, o economista criou a sigla MINT.
Duas decises de significativo contedo estratgico mundial foram
tomadas na VI Cpula dos BRICS, realizada em 15 e 16 de julho em
Fortaleza, no Brasil. A primeira a criao do Banco BRICS. O nome oficial
Novo Banco de Desenvolvimento (New Development Bank, NDB, em ingls).
Trata-se de um banco de desenvolvimento, com capital inicial autorizado de
US$ 100 bilhes e capital subscrito de US$ 50 bilhes, igualmente distribudos
entre os cinco pases que integram o grupo. A sede do banco ser em Xangai na
China, o primeiro presidente ser da ndia e o presidente do Conselho de
Administrao ser do Brasil.
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A criao do banco no significa que os pases membros do grupo no vo
mais participar do Banco Mundial. O banco dos BRICS se coloca como mais uma
alternativa de fomento ao desenvolvimento e estar aberto a qualquer pas do
mundo.
O BRICS tambm criou um fundo financeiro de emergncia para ajuda
mtua de US$ 100 bilhes. O nome oficial do fundo Arranjo Contingente de
Reservas (Contingent Reserve Arrangement, CRA, em ingls). O fundo serve
para ajudar no controle do cmbio quando houver crises financeiras globais. Em
momentos de especulao internacional, a tendncia o dlar disparar. O
dinheiro do fundo servir para segurar a cotao do dlar. Para juntar os US$
100 bilhes iniciais, cada pais colaborar com um valor: China (US$ 41
bilhes); Brasil, ndia e Rssia (US$ 18 bilhes cada um); e frica do Sul (US$
5 bilhes).
H tempos, os pases dos BRICS reclamam uma maior participao no
poder de decises do Banco Mundial e do Fundo Monetrio Internacional (FMI).
Essas instituies foram criadas um ano antes do final da Segunda Guerra
Mundial, em 1944, na Conferncia de Bretton Woods, nos Estados Unidos. At
hoje, quem detm o poder nelas so os Estados Unidos e a Unio Europeia.
A ordem econmica global atual no mais a mesma do ps-guerra e do
perodo da guerra fria, em que Estados Unidos, Japo, Reino Unido, Frana e
Alemanha dominavam o mundo capitalista. A criao do Novo Banco de
Desenvolvimento e do Arranjo Contingente de Reservas, de certa forma, uma
resposta dos BRICS ao no atendimento das reivindicaes dos pases
emergentes por maior distribuio do poder de decises no Banco Mundial e
FMI.
8) (CESPE/PM CE/2014 PRIMEIRO TENENTE) No novo mapa da
riqueza no Brasil, as cidades mdias avanam e as capitais perdem
espao. Apesar dessa tendncia, a riqueza continua concentrada no
pas. A renda gerada por apenas seis municpios So Paulo, Rio de
Janeiro, Braslia, Curitiba, Belo Horizonte e Manaus responde por um
quarto de toda a riqueza no pas.
O Globo, 18/12/2013, p. 23 (com adaptaes).
Com base no fragmento de texto acima e nos diversos aspectos que
envolvem o tema por ele abordado, julgue o item que se segue.
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Brasil, Rssia, ndia e China, pases do chamado BRICs, apresentam
realidade econmica equivalente, caracterizada por ampla capacidade
de produo e de participao no mercado mundial.
COMENTRIOS:
Os pases dos BRICS so as principais economias emergentes do mundo.
Porm, no possuem realidade econmica equivalente. Como exemplo, a
indstria responde por 47% do PIB da China, 37% do PIB da Rssia, 28% do
PIB do Brasil e da frica do Sul e 26% do PIB da ndia (dados de 2012). Apenas
por esse dado, vemos que as economias dos pases do BRICS so diferenciadas.
Gabarito: Errado
9) (IADES/METR DF/2014 NVEL SUPERIOR) Emergente da vez,
pas latino, localizado na Amrica do Norte, levanta debates nos
mercados a respeito do crescimento econmico em 2014. Um pas que
est "fazendo a lio de casa", na expresso preferida do mercado; que
deve se beneficiar diretamente da recuperao da economia americana
nos prximos anos e que est menos atrelado desacelerao chinesa;
e que por isso se tornou a menina dos olhos dos analistas de Amrica
Latina.
Disponvel em http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2014/14/2/2014_crescimento, com adaptaes
Com relao as informaes apresentadas, assinale a alternativa que
indica o pas a que o texto se refere.
(A) Mxico
(B) Argentina
(C) Brasil
(D) Chile
(E) Venezuela
COMENTRIOS:
A questo pode ser resolvida com conhecimentos geogrficos. A assertiva
refere-se a pas latino localizado na Amrica do Norte. S h um pas latino na
Amrica do Norte, o Mxico.
Porm, o importante desta questo voc saber que o Mxico faz parte
dos MINT, pases que comeam a ser as novas vedetes mundiais entre os
emergentes.
Gabarito: A
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8.4 G-20
O G-20 (Grupo dos Vinte) foi criado como consequncia da crise
financeira asitica de 1997. Os seus membros representam 90% do PIB
mundial, 80% do comrcio global e dois teros da populao mundial. Discute
medidas para promover a estabilidade financeira mundial, alcanar crescimento
e desenvolvimento econmico sustentvel. Aps a ecloso da crise financeira
mundial, tornou-se o mais importante frum internacional de pases para o
debate das questes polticas e econmicas globais.
Os membros do G-20 so Argentina, Austrlia, Brasil, China, Canad,
Frana, Alemanha, ndia, Indonsia, Itlia, Japo, Coreia do Sul, Mxico,
Rssia, Arbia Saudita, frica do Sul, Turquia, Estados Unidos, Reino Unido e
Unio Europeia. Veja que a Unio Europeia no um pais, um bloco
econmico. Contudo, membro do G-20.
O G-20 realizou o seu Encontro anual em novembro de 2014, na
Austrlia. Em declarao final, os lderes do G20 disseram que a prioridade
seria elevar os padres de vida e criar empregos em todo o mundo por meio do
crescimento. Em busca desse objetivo, finalizaram um plano para impulsionar a
economia global, com medidas que devem ser implementadas pelos pases-
membros, visando elevar o crescimento em 2,1 pontos percentuais acima das
previses para 2018. As medidas incluem passos para aumentar o
investimento, melhorar o comrcio e a infraestrutura, assim como estabelecer
um sistema fiscal justo em nvel internacional.
O G-20 tambm pretende quebrar as barreiras que impedem mulheres de
se integrarem no mercado de trabalho, numa tentativa de se chegar a 100
milhes de novos empregos para mulheres at 2025.
8.3 G-8 e G-7
O G-8 o grupo formado pelos sete pases mais ricos (G-7 - Estados
Unidos, Canad, Frana, Reino Unido, Alemanha, Itlia e Japo) e pela Rssia.
O G-8 tem sua relevncia reduzida desde a ecloso da crise econmica
internacional a partir de 2008, que atingiu seus integrantes com fora.
Em represlia a anexao da Crimeia, a Rssia foi excluda do G-8. A
cpula que ocorreria na cidade russa de Sochi, em junho, foi transferida para
Bruxelas e no teve a presena da Rssia. Com a excluso da Rssia, o G-7
(grupo dos sete pases mais ricos) voltou a existir.
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10) (VUNESP/TJ SP/2009 OFICIAL DE JUSTIA) Conforme ficou
decidido no ltimo encontro do G-20, as autoridades internacionais
esto elaborando uma srie de micro e macrorreformas preventivas
para aumentar a resilincia no s das instituies financeiras, mas de
todo o sistema financeiro, ao estender a superviso a todas as
instituies, produtos e atividades financeiras relevantes.
(Nouriel Roubini, www.cartacapital.com.br, 26.06.2009)
Sobre o G-20, correto afirmar que
a) composto pelo grupo das sete naes mais desenvolvidas do mundo
mais a Rssia, alm dos pases emergentes mais ricos.
b) um organismo informal, dirigido pelo BRIC Brasil, Rssia, ndia e
China e defensor do liberalismo econmico e poltico.
c) apoiador da forte presena do Estado na economia e composto
apenas pelas naes europeias, pelo Canad e pelos Estados Unidos.
d) um rgo especial da ONU, ligado ao Banco Mundial, que tem como
principal atribuio regrar o comrcio internacional.
e) uma organizao supranacional, composta por naes
representantes de cada continente e gestora dos parasos fiscais.
COMENTRIOS:
Criado em 1999 para ampliar o G-8 [G-7 (grupo dos pases mais ricos do
mundo) + Rssia], o Grupo dos 20 (G-20) rene as naes desenvolvidas, as
maiores emergentes e a Unio Europeia. Possui membros de todos os
continentes. Aps a ecloso da crise financeira mundial, tornou-se o mais
importante frum internacional de pases para o debate das questes polticas e
econmicas globais.
Membros do G-20: frica do Sul, Alemanha, Arbia Saudita, Argentina,
Austrlia, Brasil, Canad, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, Frana, ndia,
Indonsia, Itlia, Japo, Mxico, Reino Unido, Rssia, Turquia e Unio Europeia.
Gabarito: A
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A globalizao no um fenmeno recente. Sua origem remonta as
grandes navegaes e ao colonialismo europeu dos sculos XV e XVI.
O desenvolvimento do mercantilismo gerou grande quantidade de
riquezas para alguns pases e a grande burguesia europeia. Essas riquezas,
mais o ouro e prata vindo das minas da Amrica forneceram a base para a
Revoluo Industrial no fim do sculo XVIII.
A Revoluo Industrial desenvolveu o trabalho assalariado e o mercado
consumidor. Descobertas cientficas e as invenes provocaram grande
expanso dos setores industrializados e possibilitaram a exportao de produtos
mundo afora.
Em fins do sculo XIX, comeam a surgir s corporaes multinacionais,
industriais e financeiras, que vo se reforar e crescer durante o sculo XX. O
mercado mundializa-se e alcana todos os continentes.
A partir dos anos 1990, acentua-se a integrao da economia global por
meio da revoluo tecnolgica, especialmente no setor de telecomunicaes. A
revoluo tecnolgica possibilitou veloz circulao do capital pelo globo. Cadeias
produtivas se espalharam pelo mundo, com empresas transferindo-se para
pases com menor custo de produo.
A globalizao atual um processo em curso, uma nova fase do
capitalismo financeiro, comandada pelos pases ricos e por grandes
empresas transnacionais.
Caractersticas da globalizao atual:
Interdependncia entre os atores econmicos globais governos,
empresas e movimentos sociais.
Desmantelamento do sistema socialista foi importante fator que
contribuiu para a globalizao e a expanso mundial do capitalismo.
Produo e o comrcio mundial crescem com a globalizao. A riqueza
concentra-se num pequeno grupo de pases, o que refora a desigualdade
entre as naes. Os grupos com rendimentos mais elevados tornaram-se
muito mais ricos e as desigualdades sociais aumentaram.
Globalizao
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O Consenso de Washington consiste em uma cartilha terica que
define as diretrizes que a globalizao deve seguir, sob a ideologia neoliberal.
Caractersticas do neoliberalismo: liberdade de mercado, mnima
participao do Estado na economia, reduo de subsdios e gastos sociais por
parte dos governos, livre circulao de capitais, flexibilizao do mercado de
trabalho e abertura dos mercados internos para produtos estrangeiros.
Blocos econmicos so organizaes criadas por pases, para promover a
integrao econmica, o crescimento e a competitividade internacional dos
pases-membros.
Existem quatro modelos bsicos de bloco econmico:
rea de livre-comrcio - em que h reduo ou eliminao de tarifas
alfandegrias entre os pases-membros.
Unio aduaneira pases-membros definem regras para o comrcio
com naes de fora do bloco. Adoo da tarifa externa comum.
Mercado comum permite a livre circulao de capitais, servios e
pessoas.
Unio econmica e monetria os pases adotam uma nica moeda e
a mesma poltica de desenvolvimento.
Principais blocos econmicos:
Unio Europeia unio econmica e monetria, Euro, moeda nica do
bloco adotada por 18 dos 28 pases.
ALCA - No chegou a se constituir como um bloco econmico,
negociaes esto suspensas desde 2005.
NAFTA rea de livre comrcio, integrada por Estados Unidos, Canad e
Mxico.
MERCOSUL mercado comum, integrado por Brasil, Argentina, Uruguai,
Paraguai e Venezuela.
Comunidade Andina mercado comum, integrado por Bolvia,
Colmbia, Equador e Peru.
Aliana do Pacfico - Associao formada por Mxico, Peru, Colmbia e
Chile para estabelecer gradualmente o livre comrcio entre seus membros e os
pases asiticos banhados pelo Oceano Pacfico.
Blocos econmicos
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Unio Euroasitica Bloco econmico formalizado em 29 de maio de
2014. Integrado por Rssia, Kazaquisto e Belarus.
A atual crise econmica mundial se iniciou em setembro de 2008, com o
estouro da bolha imobiliria nos Estados Unidos. Sua origem foi o farto crdito
imobilirio oferecido nos anos anteriores. Com as taxas de juros norte-
americanas num patamar muito baixo, os bancos fizeram emprstimos de longo
prazo a clientes sem boa avaliao como pagadores chamados de subprime.
O crdito fcil intensificou a procura por imveis, que tiveram os preos
elevados. Mais tarde, o governo norte-americano subiu os juros para combater
a inflao. Com isso, as prestaes dos financiamentos ficaram mais caras e
muitos compradores pararam de pagar.
Os imveis (garantias dos emprstimos) foram retomados pelos bancos,
que os colocavam venda, para cobrir os emprstimos no pagos. O aumento
da oferta fez os preos dos imveis carem. Mesmo com a venda, os bancos no
conseguiam recuperar o prejuzo. A quebra do banco Lehman Brothers, marco
da crise, provocou um efeito domin no mercado financeiro mundial.
A crise econmica atingiu duramente a Unio Europeia. Afetou com maior
intensidade, os pases da zona do euro, com elevada dvida pblica. O pas mais
atingido foi a Grcia. Outros pases bastante afetados foram: Portugal, Irlanda,
Itlia, Espanha e Chipre.
Como condio para receber ajuda econmica, medidas de austeridade
so adotadas pelos pases em crise. O objetivo o cumprimento de metas
oramentrias e de limite de endividamento estabelecidos pela Unio Europeia.
Incluem privatizaes, reduo do servio pblico, corte de direitos sociais,
congelamento de salrios e aumento de impostos, entre outras medidas. Tem
como efeito direto o aumento do desemprego, a reduo do poder aquisitivo da
populao e a desacelerao da economia, provocando protestos populares que
enfraquecem ou derrubam os governos.
Em 2013-2014, a economia mundial dever ter um crescimento modesto,
devido principalmente ao desempenho mais contido dos emergentes. Segundo
analistas, o crescimento econmico depende mais do desempenho das
economias avanadas com destaque para a dos Estados Unidos do que dos
mercados emergentes, cuja atividade desacelera.
Crise econmica mundial
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Nas ltimas dcadas, as exportaes dos pases ricos cresceram muito
mais do que as dos pases pobres. Dez pases monopolizam mais da metade de
todo o comrcio internacional.
A Organizao Mundial do Comrcio (OMC) foi fundada em 1995 para
regulamentar o comrcio mundial nos moldes da globalizao. A Rodada Doha,
aberta em 2001 para negociar o comrcio internacional, entrou em um
impasse, opondo pases ricos aos emergentes. O brasileiro Roberto Azevdo foi
eleito em 2013 o diretor-geral da organizao.
Sob o comando de Azevdo, a OMC alcanou em dezembro de 2013, o
primeiro acordo global da histria da organizao. O que parecia uma grande
vitria de Azevdo, virou um impasse, j que, aps ter aceitado o acordo, a
ndia resolveu bloque-lo. Com isso, as negociaes multilaterais entraram em
um impasse e esto paralisadas.
No fim da dcada de 1970, a China deu incio a reformas que converteram
o pas, agora, na segunda maior economia do mundo. Investimentos
estrangeiros e abundncia de mo de obra barata foram decisivos no processo
de expanso.
Apesar do vertiginoso crescimento econmico, o pas convive com
problemas que causam instabilidade ao atual modelo poltico-econmico:
significativa desigualdade social, corrupo, degradao ambiental e crescente
descontentamento popular.
Em 2009, a China tornou-se o principal parceiro comercial e destino das
exportaes do Brasil, superando os Estados Unidos, principal parceiro
brasileiro durante anos.
A China o maior consumidor de recursos energticos, o maior poluidor