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POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO 02 Aj G – Bol da PM nº 06-09 JAN 91 ATO DO COMANDANTE GERAL APROVA o “MANUAL DE POLÍCIA MONTADA”. (M-9)” e determina sua impressão. O COMANDANTE GERAL DA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, no uso de suas atribuições legais, e de acordo com o disposto no inciso II do Art. 11 do Decreto nº 913, de 30 de setembro de 1976 e, tendo em vista o previsto nos artigos 51, 72 e 73 das “Instruções Gerais para as publicações na PMERJ (IG-1)”. RESOLVE: Art.1º - APROVAR o “MANUAL DE POLÍCIA MONTADA”, que com este baixa. Art.2º - Identificar como “(M-9)” o referido manual. Art. 3º - Este ATO entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário. Rio de Janeiro, de de 1988. MANUEL ELYSIO DOS SANTOS FILHO CEL PM – CMT GERAL Por delegação: JORGE FRANCISCO DE PAULA CEL PM - CH EM

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POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

02 Aj G – Bol da PM nº 06-09 JAN 91 ATO DO COMANDANTE GERAL

APROVA o “MANUAL DE POLÍCIA MONTADA”. (M-9)” e determina sua impressão.

O COMANDANTE GERAL DA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, no uso de suas atribuições legais, e de acordo com o disposto no inciso II do Art. 11 do Decreto nº 913, de 30 de setembro de 1976 e, tendo em vista o previsto nos artigos 51, 72 e 73 das “Instruções Gerais para as publicações na PMERJ (IG-1)”.

RESOLVE: Art.1º - APROVAR o “MANUAL DE POLÍCIA MONTADA”, que

com este baixa. Art.2º - Identificar como “(M-9)” o referido manual. Art. 3º - Este ATO entrará em vigor na data de sua publicação,

revogadas as disposições em contrário. Rio de Janeiro, de de 1988. MANUEL ELYSIO DOS SANTOS FILHO CEL PM – CMT GERAL

Por delegação: JORGE FRANCISCO DE PAULA CEL PM - CH EM

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VOLUME I

MANUAL DE POLÍCIA MONTADA

CAPÍTULO I INTRODUÇÃO

SEÇÃO I

FINALIDADE Art. 1º - O presente Manual é um guia básico para instrução e o emprego da Policia Montada nas missões de policiamento e nas operações de controle de distúrbios e preservação da ordem pública, em todo o Estado do Rio de Janeiro. § 1º - Apresenta as normas de procedimentos específicos ao emprego de polícia Montada, quer seja nas missões de policiamento, quer seja nas operações de controle de distúrbios, sempre a cavalo. § 2º - As prescrições contidas neste Manual destinam-se aos quadros e a tropa de Unidade de Polícia Montada bem como aos cursos de formação e aperfeiçoamento da Corporação para instrução do pessoal destinado ao serviço em Unidade de Polícia Montada. § 3º - O presente Manual complementa com a parte de Polícia Montada as demais publicações reguladoras das missões e atividades inerentes à Polícia Militar. SEÇÃO II OBJETIVOS Art. 2º - Dentre os objetivos do Manual de Polícia Montada temos: I – Instruir os quadros e a tropa de Polícia Montada, desenvolvendo os conhecimentos sobre cavalo, razão básica do Policiamento Montado: II – Instruir sobre o arreiamento, equipamento e armamento específicos de Polícia Montada; III – Ministrar os rudimentos de equitação elementar necessários à formação dos quadros e da tropa de Polícia Montada; IV – Definir as características e as missões da Polícia Montada; V – Estabelecer a doutrina de emprego da Polícia Montada;

VI – Orientar a instrução individual e coletiva na parte específica de Polícia Montada, dos quadros e da tropa; VII – Indicar a organização de Unidade e Subunidade PMont; VIII – Indicar a formação regimental de especialistas (enfermeiro-veterinário, ferrador, seleiro-correio e clarim); IX – Desenvolver o moral, a iniciativa, a confiança, o amor ao cavalo, a mística e o orgulho da tropa hipo-móvel.

CAPÍTULO II GENERALIDADES

SEÇÃO I

DEFINIÇÕES I – POLICIAMENTO OSTENSIVO MONTADO (POG Mont) é a atividade exercida pela Unidade de Polícia Militar com as características e propriedades essenciais para o EMPREGO A CAVALO, seja em missões de policiamento, seja em operações de

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controle de distúrbios, em qualquer local do Estado do Rio de Janeiro, apoiado e/ou apoiada por Unidade PM. II – UNIDADE MONTADA (U Mont) é um elemento policial-militar que utiliza em todas as missões que lhe são afetas, o HOMEM A CAVALO, quer em policiamento, quer em controle de distúrbio. III – REGIMENTO DE POLÍCIA MONTADA (RP Mont) Unidade Operacional Especial , destinada ao EMPREGO À CAVALO composta por Esquadrões de Polícia Montada. IV – ESQUADRÃO DE POLÍCIA MONTADA (Esqd PMont) é Subunidade constitutiva do RP Mont. É uma Unidade tática de emprego porque possui em seu cerne todas as qualidades, características e servidões da Tropa Hipo-móvel. É o elemento base de manobra do RP Mont porque é:

1- Flexível, adaptando-se rapidamente as situações; 2- Móvel, apto para agir em qualquer terreno e sob quaisquer condições de

tempo; 3- Rápido, podendo realizar etapas diárias superiores a 40 Km; 4- Capaz, para o desempenho das missões normais que lhe sejam atribuídas. V – PELOTÃO DE POLÍCIA MONTADA (Pel Mont) constitutivo do Esqd PMont, reune as qualidades, características e servidões inerentes à Subunidade, de modo a dispor de condições de emprego isolado ou enquadrado no Esqd PMont.

SEÇÃO II CARACTERÍSTICAS

Art. 3º - A Polícia Montada baseia suas condições de emprego em características que lhe são próprias: I – MOBILIDADE, II – CAPACIDADE DE CHOQUE. § 1º - A mobilidade resulta da aptidão de seus elementos montados para os movimentos rápidos e flexíveis, em qualquer terreno, com vistas ao aproveitamento máximo dos efeitos da surpresa aliados aos efeitos psicológicos causados pela presença dos solípedes; § 2º - A Capacidade de Choque é oriunda da aptidão de seus elementos para o emprego montado em ações de Choque visando à dispersão rápida de amotinados e a varredura e ocupação de uma área.

SEÇÃO III PROPRIEDADES

Art. 4º - Do aproveitamento dos recursos oriundos da combinação das características surgem as seguintes propriedades:

I- GRANDE RAIO DE AÇÃO, II- RAPIDEZ E FLEXIBILIDADE DE MANOBRA, III- CAPACIDADE DE COMBATE, IV- CAPACIDADE DE VER E SER VISTO A DISTÂNCIA, V- APROVEITAMENTO DOS EFEITOS PSICOLÓGICOS § 1º - O grande raio de ação permite executar missões em qualquer local que seja

indicado, deslocando-se a cavalo ou em transportes motorizados especiais, dispondo de condições de emprego em apoio e / ou apoiada por outra OPM;

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§ 2º - A rapidez e flexibilidade de manobra permite mudanças rápidas de direção e de formação combinando o movimento com a obtenção de efeitos surpresa em proveito de uma forte ação de choque bem como deslocamentos rápidos para os pontos em que eventualmente seja necessário seu emprego;

§ 3º - A capacidade de combate que possibilita o cumprimento de suas diferentes missões a despeito de reações adversas bem como o emprego em ações rápidas e decisivas durante a operação;

§ 4º - A capacidade de ver e ser visto à distância se aplica somente em missões de policiamento preventivo e resulta do fato do homem montado ter condição de ver a distância e também ser visto facilmente, mesmo em locais de aglomeração pública;

§ 5º - Aproveitamento dos efeitos psicológicos motivados pelo medo e aversão normalmente causados pela presença e/ou proximidade do cavalo, pelo respeito causado pelo homem montado bem como aproximação de uma formação a cavalo.

§ 6º - As propriedades são complementadas com a possibilidade de informar-se e cobrir-se, sem depender de outras Unidades e pela aptidão de seus quadros e tropa para as missões mais diversas e arriscadas, o gosto da iniciativa, devido a sua formação peculiar.

§ 7º - Fundamentalmente a Polícia Montada, oriunda da cavalaria, baseia as suas condições de emprego em todas as missões de Polícia Militar nas características e propriedades essenciais da Arma, o que lhe permite atuar SEMPRE A CAVALO, em qualquer local do Estado do Rio de Janeiro, que lhe seja determinado.

SEÇÃO IV MISSÃO

Art. 5º - Executar especificamente o patrulhamento montado em qualquer ponto

do Estado do Rio de Janeiro que lhe seja determinado (POG Mont e POT Mont). Art. 6º - Constituir reserva do CMT G/PMERJ para o pronto emprego de TROPA

DE CHOQUE A CAVALO, em caso de perturbação da ordem, em qualquer local do Estado do Rio de Janeiro, que lhe seja determinado.

Art. 7º - As missões de policiamento para emprego de tropa montada são as seguintes:

I – Patrulhamento de ruas, avenidas e praças constituindo setores ou sub setores de patrulhamento;

II – Patrulhamento de parques e jardins; III – Patrulhamento de praias; IV – Patrulhamento de terminais rodoviários; V – Patrulhamento florestal; VI – Patrulhamento de feiras; VII – Segurança de pontos sensíveis e instalações vitais; VIII – Segurança de estabelecimentos penais (parte externa); IX – Patrulhamento externo de praças de esportes; X – Policiamento de locais durante grandes eventos com concentração popular; XI – Patrulhamento externo de órgãos públicos; XII – Controle de trânsito. Parágrafo único – Eventualmente, por necessidade de serviço, a UMont poderá

receber missão de interdição de local quando empregará patrulhamento montado também, com a característica de permanecer apeado no local da interdição.

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Art. 8º - No caso de perturbação da ordem serão empregadas frações de choque a cavalo para o controle de distúrbios.

Art. 9 º - A tropa de Polícia Montada executará ostensivamente ação preventiva e/ou repressiva conforme a situação apresenta.

Art. 10 - A Polícia Montada poderá ser empregada também em missões de: - Segurança de Unidades; - Reconhecimento de instalações vitais; - Ocupação e defesa de instalações vitais; - Ações contra guerrilha.

SEÇÃO V LOCAIS DE EMPREGO

Art. 11 - A Polícia Montada será empregada na execução de missões próprias de policiamento ostensivo, SEMPRE A CAVALO em qualquer local e/ou qualquer terreno, em policiamento ou em operações de controle de distúrbios em:

I – Zona urbana (essencialmente); II – Zona urbanizada (eventualmente); III – Zona não urbana; IV – Zona rural. Parágrafo único – Em tais zonas será empregada em: 1)- Centros comerciais; 2) – Centros industriais; 3) – Zonas residenciais; 4) – Centros de concentração popular.

SEÇÃO VI ALCANCE

Art. 12 – POG Mont, deslocando-se a cavalo, em razão das velocidades e

andaduras regulamentares terá o seguinte alcance: I – Ao passo (andadura normal de patrulhamento) – 6 Km/h ou 100 m/min; II – Ao trote (pode ser usado no deslocamento, alternando períodos de passos) –

13 Km/h ou 220 m/min; III – Ao galope (somente para emergências) – 10 Km/h ou 320 m/min; § 1º - Em razão das velocidades e andaduras regulamentares, a tropa a cavalo se

deslocará para emprego à distância de 6 Km de sua sede. Para deslocamentos maiores, sempre que possível, a cavalhada será transportada por meios motorizados.

§ 2º - As disposições acima se aplicam também ao deslocamento de tropa de choque a cavalo.

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§ 3º - A Tropa Montada se deslocará a cavalo para qualquer tipo de emprego, a mais de 6 Km de sua sede em casos de extrema necessidade do serviço e/ou absoluta falta de condições de transporte motorizado da cavalhada.

CAPÍTULO III INSTRUÇÃO

SEÇÃO I INSTRUÇÃO DE POLÍCIA MONTADA

Art. 13 – A INSTRUÇÃO DE POLÍCIA MONTADA tem por fim completar a

instrução própria de Polícia Militar dos quadros e da tropa P Mont com fim de ensinar o homem a agir montado, individualmente, ou em proveito de uma ação coletiva, isto é, formar homens aptos ao emprego montado em todas as circunstâncias, enquadrado ou não, em missões de policiamento montado ou de controle de distúrbios.

§ 1º - Essa instrução compreende: 1) – Uma instrução individual destinada a ministrar ao cavaleiro os

conhecimentos básicos para atuar, em qualquer situação, quer isolado, quer enquadrado; 2) – Uma instrução coletiva visando formar as frações Pmont aptas para emprego

montado em missões de policiamento e/ou operações de controle de distúrbios. § 2º - A instrução individual e coletiva abrange também a preparação técnica do

cavaleiro permitindo desenvolver paralelamente, o valor individual e a coesão. § 3 º - A instrução, mesmo ministrada na Subunidade, guarda o seu caráter

individual se o instrutor: 1) – Der ao cavaleiro a liberdade de apreciar, por si mesmo a situação em que se

encontrar, pedindo-lhe uma decisão; 2) – Fizer com que o cavaleiro compreenda a razão de ser do que foi executado

ou ordenado; 3) – Mostrar materialmente em todas as ocasiões favoráveis, que o valor técnico

e a energia do indivíduo são indispensáveis ao sucesso do conjunto, podendo a sua ignorância e desânimo compromete-lo seriamente;

4) – Essa maneira de proceder obriga cada um a fazer esforço de reflexão, de vontade e de iniciativa pessoal, sendo, entretanto necessário que a situação seja perfeitamente clara e por todos compreendidas.

§ 4º - A educação moral, base de toda instrução militar, é da mais alta e especial importância, devendo sempre ser relembrada durante a instrução do cavaleiro.

É inútil ensinar a um graduado a comandar uma patrulha de choque ou a um cavaleiro como executar o patrulhamento montado de um setor ou sub setor, se não foi gravado em seu espírito, previamente, o sentimento de honra e do dever militar, bem como o amor a sua montada.

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Art. 14 – O MORAL. O primeiro objetivo que a si próprio deve impor um instrutor é o desenvolvimento do moral de seus cavaleiros. Esta parte da instrução deve ser objeto de uma preocupação diária.

Não basta preparar seus cavaleiros tecnica e taticamente para a instrução de conjunto das subunidades; necessários se tornar que estejam preparados para o emprego tanto em missão de policiamento como em operação de controle de distúrbios.

§ 1º - É preciso que a tropa seja animada, entusiasmada, moralizada, dotada do espírito da Arma de Cavalaria, para estar pronta para qualquer missão que lhe seja atribuída.

Para fazer os cavaleiros adquirirem o moral próprio, incurtir-lhe a idéia de que se preparam para executar missões onde é primordial o emprego do cavalo é necessário que, desde o início se lhes erga o moral, se lhes mostre que do sacrifício exigido dos cavaleiros, depende o êxito do cumprimento da missão.

§ 2º - É a confiança do cavaleiro em sua força, na sua coragem, no valor de suas armas, no adestramento de sua montada, que constituem os alicerces do seu moral. Desenvolver a audácia, o sangue frio é a melhor maneira de dar-lhes confiança,

§ 3º - O valor moral dos quadros é o elemento essencial da confiança que ele inspiram à tropa. É preciso que o instrutor e chefe pratique as virtudes que tem obrigação de despertar e cultivar no soldado e que tenha sempre presente, que nenhum ensino verbal poderá substituir o exemplo.

É no amor ardente à pátria, no conhecimento documentado e racionado de suas necessidades e perigos que ela pode correr, que um cavaleiro baseia nos altos sentimentos do dever, abnegação e do sacrifício, que são o nobre apanágio de sua carreira.

Eis porque a educação moral dos quadros está ligada ao desenvolvimento da sua cultura geral.

§ 4º - O valor da Polícia Montada, por ser oriunda da cavalaria, reside não só na potência material que resulta do armamento, do cavalo e do cavaleiro, convenientemente preparados para o emprego, mas também da força moral, que torna quadros e homens capazes de vencer as mais duras provas.

A força moral do soldado tem por base a fé na grandeza e nos destinos da Pátria, a convicção de defender uma causa justa, a confiança nos chefes e o sentimento no seu próprio valor como policial militar.

A força moral é sustentada pelo espírito de disciplina que assegura a rigorosa obediência às ordens recebidas.

Exaltar o patriotismo, desenvolver o espírito de sacrifício e sentimento de dever policial militar, inspirar a confiança e fazer compreender a necessidade de disciplina.

Art 15 – A FORMAÇÃO MORAL A formação da moral destinada a aumentar o valor do combatente deve ser

diferente desta vagas e fusos sentimentais e banalidades verbais. É necessário mostrar ao soldado objetivos claros, práticos e precisos, a saber; §1º - Desenvolver a tenacidade, trata-se de prepará-los submetendo-os à ação dos

fatores que podem influir na tenacidade. São eles: a fadiga e sofrimento físico. Devem, portanto, os instrutores mostrar-se exigentes e severos, sem brutalidade,

porque a tenacidade não se cultiva com pequenas abdicações. §2º- Quando nossos soldados houverem aprendidos a serrar os dentes para num

grande esforço permanecerem em forma, poderemos contar com o êxito no cumprimento das missões atribuídas a Polícia Montada.

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Art 16 – Desenvolver a combatividade, é desenvolver o gosto e mesmo a paixão pela luta e dedicação ao cumprimento da missão recebida. Às vezes ela é natural, alguns nascem combativos; a combatividade adquire várias formas.

§1º - Há combatividades ardentes e calmas, joviais e coléricas, agressivas e tenazes, cegas e refletivas, variáveis e constantes.

Uma grande maioria de indivíduos não é combativa, mas pode tornar-se de uma certa medida por necessidade por contágio, por influência da educação militar, porque o hábito de certo gestos terminar por influir na mentalidade.

§2º - Aumentar a combatividade por todos os meios, reforçando ou compensando as qualidades deprimentes, é a missão que se impõe aos instrutores.

Art 17 - Desenvolver a consciência é necessário porque o cavalariano isolado, em missão de policiamento ou de segurança de local, escapa ao olhar disciplinador do chefe, que somente o fiscaliza a executar a supervisão.

Parágrafo Único – O estado consciente é formado: 1) Criando imperativos categóricos, verdadeiros comandos próprios.

Emprega-se para isso a leitura, o desenho, pequenas cenas a fim de impô-los com evidência ao instruendo.

2) Criando a consciência profissional. Art 18 – Desenvolver o patriotismo. O patriotismo é desenvolvido em palestras sobre os grandes feitos da historia,

sobre os episódios da historia da Polícia Montada ou sobre acontecimentos da atualidade. Os grandes feitos maiores será fonte inesgotável de exemplos modeladores com

que os instrutores ilustrarão as suas preleções sobre esse espírito de sacrifício intransigente e sem alarde, que foi em todas as épocas e apanágio de nosso povo.

Art 19 – Desenvolver a confiança A confiança em si mesmo, fator primordial de uma temperatura moral elevada,

nasci e se desenvolve progressivamente no soldado sem que ele sinta. A confiança nos chefes decorre da ação educativa resultante de seus atos, onde

revelam o valor profissional, a justiça nos julgamentos e a dignidade moral de seu viver. §1º - A confiança do soldado nos seus camaradas surge durante os exercícios

coletivos, conduzidos de forma a pôr em relevo a solidariedade dos combatentes. Cresci em todas as circunstâncias da vida militar que permitem evidenciar a audácia, o sofrimento mútuo e a camaradagem leal daqueles que trabalham entrono dele.

§2º - A confiança recíproca entre chefes e subordinados incita estes últimos a fazerem trabalho de iniciativa própria, sem nunca comprometerem a disciplina.

§3º - Em resumo, a confiança é conseqüência lógica de uma educação e de uma instrução militar bem conduzidas.

O homem que tem confiança aceita mais facilmente as exigências da disciplina. Art. 20 - Desenvolver a iniciativa e o raciocínio Após o moral é preciso desenvolver no cavaleiro a iniciativa e o raciocínio. Ter iniciativa é exercer livremente a atividade no quadro da ordem recebida, ou

atuar, mesmo na eventualidade de falta de ordem, segundo a vontade do chefe. Ao cavaleiro compete por si só escolher a decisão a tomar, quando por uma

circunstância fortuita o chefe não estiver presente ou próximo. §1º - Em hipótese alguma deve o mesmo permanecer parado à espera que venha

a ordem para cumprir uma determinada ação em proveito da coletividade; entra em ação nesse momento o raciocínio do cavaleiro.

Longe do chefe, se um meio de comunicação com ele, o cavaleiro cuja moral o impõe a decidir apela para o seu raciocínio e estuda a situação, procura por sua iniciativa em beneficio da coletividade e de si próprio, qual ação conveniente a executar.

§2º - O desenvolvimento do raciocínio no cavaleiro é, portanto uma das preocupações do instrutor que treinando-o verá por sua vez surgir a iniciativa do homem como conseqüência do seu esforço.

Art 21 – O primeiro dever do chefe em quaisquer que sejam as circunstâncias, zelar pela execução integral das ordens.

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§ 1º - Não basta que o soldado se submeta exteriormente a regra da disciplina, é ainda necessária a sua convicção de que elas são indispensáveis; é finalmente preciso que obedeça com convicção, e não por termos de castigos.

Ser disciplinado é aceitar conscientemente e sem vacilação a necessidade de uma lei comum que regule e coordene os esforços de todos.

§ 2º - O moral de uma Unidade é o trabalho de seu comandante. Sua atuação judiciosa em todos os atos de serviço faz nascer o – espírito de corpo

– expressão lídima no valor moral da tropa. Na sua tarefa de educador, o comandante da unidade tem como auxiliares todos

os oficiais. § 3º - O esquadrão é por excelência, a unidade de educação moral do soldado.

Seu efetivo é tal que o capitão pode e deve conhecer todos os seus homens, aprecia-lhes as virtudes e os defeitos; é por isso, quem melhor pode exercer sobre eles uma ação pessoal continuada e orientar as mentalidades que deixe a desejar.

O capitão dá ou solicita as recompensas, examina os motivos das menores punições, preside todos os detalhes da vida diária da subunidade e, pelo o modo de administra-la assegura o bem estar dos seus homens.

É enfim no âmbito do Esquadrão que se desenvolve, camaradagem, fonte fecunda da solidariedade e do devotamento.

Art 22 – Desenvolver o amor ao cavalo. Acima de tudo deve se procurar desenvolver ao grau máximo, amor ao cavalo,

estimulando os graduados e praças a escolher a sua montada, dispensar todos os cuidados ao bem estar do animal.

§1º - O cavalo é a razão básica de uma Unidade Montada, é o seu meio disponível e essencial para o cumprimento de todas as missões que lhe sejam atribuídas.

§2 – O cavalo é o companheiro direto e leal de todo o cavaleiro, em todos os momentos de sua atividade militar; é o fato de diferença da Polícia Montada com relação às outras OPM em razão de seu emprego essencialmente montado.

SEÇÃO II PAPEL DO INSTRUTOR

Art. 23 – Qualidade do Instrutor §1º - Uma doutrina sem mestre é votada de ante mão à esterilidade. O instrutor é,

pois, a chave do ensino eqüestre e a alma de sua escola de instrução. Além dos predicados de “homem – cavalo” deve possuir uma resistência de toda prova, elevação e firmeza de caráter, e manter sempre a condição de exemplo nos uniformes, atitudes e ações precisas.

§2º - Suas palavras ao serviço de um real saber é sempre medida e severamente livre de impropriedades, pois, um homem destituído de auto domínio não é digno de comandar outros homens.

§3º - O instrutor deve ser benévolo para irradiar confiança, enérgico a fim de exigir a execução necessária, prudente para evitar acidentes, audacioso para tornar audácia um habito, paciente para suportar a lentidão do progresso e pertinaz para atingir os objetivos.

§4º - Conforme as circunstâncias, de tempo e local, estabelece para o seu trabalho uma progressão lógica, acorde com os preceitos regulamentares, assegura a sucessão normal das etapas prefixadas e prende a atenção dos instruendos pelas variedades de ensino, enriquecido dia a dia com elemento novo e previsto.

§5º - As explicações a dar durante o trabalho montado serão reduzidas ao estritamente necessário, formuladas com precisão e enunciadas de maneira e localização tais que todos os cavaleiros as ouçam; são infrutíferas nas andaduras vivas, e por isso indevidas. De outro lado é imprescindível não deixar sem observação qualquer erro individual relativo à posição do cavaleiro e governo do cavalo, pois, só a critica incessante dos mesmos erros logrará corrigir-los.

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§6º - Em resumo, o instrutor deverá decompor cada dificuldade em tantas partes quantas as necessárias pra vence-la; conduz metodicamente o trabalho seriando as exigências.

Terá sempre em mente, que o progresso, não é uma conseqüência do movimento, porem, da maneira como o movimento é executado.

§7º - O conjunto destas prescrições constitui a essência do método, este é o esqueleto e não a alma da instrução.

§8º - O instrutor encontrará na fertilidade da inteligência e amor à profissão, idéias a introduzir e palavras a empregar para impressionar a imaginação, recrear, persuadir e treinar seus cavaleiros.

§9º - Uma boa instrução é conduzida com alegria e eficiência, o bom humor dos cavaleiros, fraqueza do olhar, empenho perspicaz, atração pelo cavalo são as provas de sua confiança e o penhor da rapidez dos progressos.

§10 – Bem mais alto, acima de todas as virtudes do instrutor há um sentimento fundamental a iluminar seu ensino: a fé depositada na sua missão.

§11 – Transformar uma turma de recrutas em tropa de cavaleiros voluntariosos, com cérebro trabalhando e imbuído do sentimento do dever, abnegação e sacrifício com base do espírito militar, e missão bem digna de atrair todas as forças de entusiasmo de uma alma de chefe.

Art 24 – Objetivos a Atingir §1º - O trabalho preparatório adiante descrito com sobriedade intencional,

comporta, sob o ponto de vista instrutor, alguns desenvolvimentos, sem os quais não daria os resultados dele justamente esperados.

§2º - Nesta primeira etapa da instrução os objetivos sucessivos a atingir são: 1) tornar o cavaleiro confiante; 2) capacitá-lo com os meios para se manter a cavalo; 3) levá-lo a adquirir a independência das ajudas; 4) dar-lhe a posição regular do cavaleiro a cavalo. Art 25 – Aquisição de Confiança A instrução eqüestre do recruta é entravada no campo pela reação involuntária e

instintiva do sistema nervoso e muscular causadora da contração. Corrige-se esse defeito geral pelo volteio conduzido alegremente, pelas conversas

mantidas entre os próprios recrutas durante os passeios no exterior, o mesmo, se necessário, com parcas antigas cabresteando os cavalos dos mais desajeitados. Os cânticos em tom lento são também meios de obter a distração, estado psíquico a alcançar.

As contrações particulares, surgidas desde o começo do trabalho individual, desaparecem pela pratica dos flexionamentos indicados na Escola do Cavaleiro. Para não perder nenhum dos efeitos úteis, é necessário seguir uma lógica: começar pela renal, espáduas, braços e a cabeça. Somente iniciar a execução dos movimentos das coxas e das pernas, depois de obtido o desembaraço da cabeça, tronco e braços.

Mas os melhores flexionamentos são o bom humor e a alegria a conduzir rápida e definitivamente à aquisição da confiança. É necessário a eles juntar os complementos que desenvolvam o amor próprio e em seguida a autoconfiança, como poderosas alavancas na exploração do cavalo.

Art 26 – Meio de Firmeza §1º - Estabelecido um primeiro grau de confiança é preciso dar aos cavaleiros os

meios de firmeza que permitam o prosseguimento de sua instrução. O cavaleiro se mantém na sela pelo assento e pelos estribos.

§2º - O Assento – é a qualidade que permite ao cavaleiro permanecer senhor de seu equilíbrio em todas as circunstâncias, sejam quais forem às reações do cavalo.

É a principal qualidade a se buscar, pois, constitui a base da solidez em seguimento a obtenção da confiança e é garantia da boa mão de rédea, sem a qual não há conduta do cavalo nem adestramento possível.

O assento resulta de uma descontração geral e em particular da flexibilidade da região renal que permitem o equilíbrio e aderência na sela. Prepara-se o por uma ginástica racional das articulações e é adquirido e aperfeiçoado com o tempo, pelo trote e

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galope executados sem estribos, assim como pelo numero e diversidade dos cavalos montados.

Só o assento liga realmente o cavaleiro ao cavalo. Para consegui-lo porem, é preciso longa pratica é por isso procurar grande perfeição desde o trabalho preparatório traz o risco de comprometer o objetivo e atingir devido às escoriações e fadigas.

§3º - Os estribos – É necessário, portanto, para dar rapidamente confiança aos cavaleiros, principalmente, lançar mão de um segundo meio de firmeza, recurso insuficiente por si só porem útil, os estribos que permitem manter os recrutas mais tempo montados, progredir sem se ferirem e causar danos para a boca do cavalo.

O trote sem estribos será empregado, apenas, no picadeiro, ou em pequenos percursos no exterior como ginástica e prova de descontração. Inicialmente sua execução se restringe a pequenos e freqüentes tempos de trote curto para obter a descida das coxas e ajustagem do assento.

Todo o trabalho do picadeiro, incluído o salto da barra, deve ser realizado sem estribos. Em contra posição todos os trabalhos demorados ou com armas serão realizados com os estribos.

A progressão racional do trabalho, as longas sessões de exterior, as marchas e evoluções em ordem unida e dispersa numa palavra – o tempo – acabam a tarefa esboçada no trabalho preparatório sem estribos e consolidam na medida do possível o assento, para cavaleiros formados no serviço militar em curto prazo.

Esse processo dará o ganho de tempo indispensável a consagrar a segunda parte da instrução: o governo do cavalo.

Art. 27 – Ginástica especial do cavaleiro O governo do cavalo exige fundamentalmente a independência das ajudas com

base de seu futuro acordo. Esta dependência é conseqüente da ginástica especial a executar com os recrutas desde o trabalho preparatório. Inicialmente surgem os reflexos elementares do manejo das rédeas e ação das pernas para em seguida serem aumentados, completados e mesmo aperfeiçoados.

Art 28 – O instrutor buscará §1º - A independência das mãos em relação aos movimentos do alto do corpo e

das pernas. Este resultado é obtido pelas flexões do busto, cada vez mais pronunciados, para

frente, retaguarda, direita, esquerda e flexionamento da articulação da espádua, etc... Durante a execução de qualquer destes movimentos, a mão ou as mãos que seguram as rédeas permanecem sem rigidez no seu lugar, em contato com a boca do cavalo e independente dos movimentos do busto.

É preciso proceder de modo idêntico com a referência às pernas; as elevações e rotações das coxas e flexão das pernas não devem repercutir na boca do cavalo, bem como sofrerem ou causarem reflexos em relação ao alto do corpo.

§2º - Independência mútua de mãos e pernas: Tal objetivo é alcançado pela execução de todos os flexionamentos que permitam

isolar ou liberar os movimentos de umas das mãos ou pernas em relação às demais. Os exercícios mais apropriados a esse fim são a rotação do braço para trás, os

socos de revés, acariciar com uma das mãos a anca oposta do cavalo, afrouxar e ajustar a cilha, usar uma das mãos para gestos normais como tirar um objeto do bolso ou gorro e recolocá-lo e praticar exercícios com uma perna isolada.

§3º - A execução de todos esse movimentos deve ser cuidadosa e vigiada para que o deslocamento de uma parte do corpo não altere a posição ou tranqüilidade das demais.

§4º - Constatam-se os resultados do trabalho nos alargamentos de andadura, trote sentado ou sem estribo.

§5º - Se a ginástica for bem dirigida e praticada, as articulações adquirem flexibilidade e os membros independência a tal ponto, que as reações do cavalo refletidas na coluna vertebral do cavaleiro, nenhuma repercussão ocasionam na mão deste, por isso mantida ao mesmo tempo fixa e leve.

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§6º - Desde do inicio é necessário levar os cavaleiros à compreensão sobre a importância desses exercícios, como também zelar para que nunca deixem seus cavalos no vazio, nem abusem da própria força, e assim se lhes possa, em síntese, incutir o sentimento da boca do cavalo, sentimento que desenvolvido permitirá pouco a pouco chegarem os cavaleiros, no governo do cavalo ao principio das rédeas tensas e contato suave da mão com a boca do cavalo, cuja aplicação se lhes deve desde de cedo incutir.

Art 29 – Posição do Cavaleiro A posição do cavaleiro descrita nos Artigos adiante. Seu valor resulta da

localização que impõe as ajudas superiores e inferiores, para permitir as mãos e pernas intervirem com a máxima presteza e oportunidade (a propósito) e com a intensidade ou firmeza desejada.

§1º - Certos flexionamentos facilitam o jogo das articulações, corrigem imperfeições físicas e anulam as contrações decorrentes.

§2º - Obtida a flexibilidade geral, um novo mister se apresenta, qual seja o de colocar o cavaleiro e depois fixar sua posição em todas as andaduras e em quaisquer cavalos e terrenos.

Tão logo o instrutor começa a ter em vista a posição, aproveita os tempos de passo para bem colocar individualmente os cavaleiros antes de comandar o trote. Assim que começam os mesmos a desajustar a posição, faz retornar o passo, corrige-se e prossegue na mesma alternância indicada. Por isso impõe-se o cuidado no inicio, de tempos de trote freqüentes e curtos e que constitui um processo seguro para aquisição das boas e elegantes atitudes.

§3º - A “fixidez” a cavalo é a ausência de qualquer movimento involuntário ou inútil e a redução ao estritamento necessário dos que são indispensáveis. É um oposto do oscilante e garante a possibilidade de intervenção das ajudas com precisão e oportunidade para gerar a calma do cavalo e contribuir para a “Justeza”. Fica bem entendido que a regularidade da posição cede diante da necessidade de “Ligar-se ao cavalo” ou seja, harmonizar-se com suas atitudes e movimentos.

§4º - “Estar com o cavalo” é a primeira das qualidades do cavaleiro e algumas conformações muito perderiam, se violentadas pelo academismo da posição sem esquecer que “Estar bem colocado” leva geralmente a estar com seu cavalo.

A boa posição do cavaleiro depende sobre tudo da direção do olhar e colocação dos punhos, nádegas e joelhos.

§5º - O fato de manter os olhos atentos e de abarcar franca e naturalmente o horizonte com o olhar, obriga o cavaleiro a conservar a cabeça erguida, o busto ereto e as nádegas no fundo da sela. Assim, desde o começo os homens se habituam a observar tudo que passa entrono deles.

§6º - Se os punhos são mantidos bem colocados, devidamente separados com as unhas se defrontado, os cotovelos se aproximam naturalmente do corpo em conseqüência as espáduas se endireitam, o peito se salienta e a cabeça fica desembaraçada.

§7º - Se ao contrário, as unhas se voltam para baixo, os cotovelos se afastam, as espáduas avançam e o peito retrai, a cabeça se abaixa, o olhar desce enquanto as nádegas tendem a deslizar para trás.

§8º - O “assento” depende da posição das nádegas que se devem deslocar tanto quanto possível para frente, sem entretanto, ocasionar o encurvamento exagerado da coluna vertebral.

§9º - Se os joelhos estão com suficiente aderência à sela, os músculos da coxa ficam no seu lugar sob o fêmur e a coxa se acomoda naturalmente de chapa da sela. A posição do joelho determina a do pé que cai normalmente.

Art. 30 – Os flexionamentos Do que ficou dito acima conclui-se o papel importante dos flexionamentos na

instrução do cavaleiro e bem assim a atenção e senso particular exigidos para seu emprego.

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§1º - Bem explorada pelo instrutor essa ginástica transforma com êxito e rapidez os cavaleiros, mesmo os mais desajeitados, ao passo que quando conduzida sem ordem e método produz apenas resultados medíocres.

§2º - Encarados de maneira geral, os flexionamentos visam três finalidades, pois servem para obter:

- 1º a descontração geral; - 2º a independência sumária das ajudas; e, - 3º a regularidade da posição. §3º - O instrutor escolhe e agrupa, para cada uma dessas três finalidades, os

flexionamentos julgados mais apropriados para atingi-las. §4º - Nos dois primeiros casos os flexionamentos comandados se destinam a toda

a escola, porque encaram finalidades gerais no último caso é conveniente, ao contrário, prescrever para cada cavaleiro o flexionamento a executar, uma vez que os defeitos a corrigir são individuais.

§5º - Além disso, é interessante ressaltar que alguns desses flexionamentos se contrariam, motivo pelo qual se torna importante saber exatamente o que se tem em vista alcançar.

§6º - A elevação das coxas, por exemplo, particularmente favorável à aquisição do assento, destrói, evidentemente, o benefício da rotação da coxa destinado a acomodá-la de chapa na sala e a descer a perna.

§7º - No fim de algumas semanas de instrução bem conduzida, haverá confiança e as contrações diminuem; os cavaleiros começam a sentir o fundo da sela e a nela se manter; suas articulações adquirem a liberdade e por conseqüência eles ficam mais senhores de seus movimentos.

§8º - É, pois, este o momento exato para abordar incisivamente o governo do cavalo e os princípios correspondentes, pois, a própria posição do cavaleiro já se delineia.

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SEÇÃO III CANÇÃO DA CAVALARIA

Arma ligeira que transpõe os montes. Caudais profundos, com ardor e glória, Estrela-guia em negros horizontes, É o caminho da luta e da vitória. Cavalaria, cavalaria, Tu és na guerra A nossa estrela-guia Montando sobre o dorso deste amigo. O cavalo que altivo nos conduz, Levamo-lo também para o perigo, Para lutar conosco sob a cruz. Cavalaria, ............. Arma de tradição que o peito embala, Cuja história é de luz e de esplendor. Pelo choque, na carga ela avassala, E o inimigo impõe o seu valor Cavalaria, .............. De Andrade Neves, a Osório o Legendário E outros heróis, que honram a nossa história Evoquemos o valor extraordinário Pelo Brasil, a nossa maior glória Cavalaria, cavalaria, Tu és na guerra A nossa estrela-guia

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CAPÍTULO IV

O CAVALO

SEÇÃO I HISTÓRICO

Sou o que chamam de “Perissodátilo Ungulado”, vulgarmente conhecido entre

vocês como “CAVALO”. - Minha história é muita longa e pode ser medida não por séculos, mas por

milhares de anos e por isso procurarei resumi-la. Antes, porém, pediria que todos se sentassem à vontade aqui na minha frente e perdoassem o arroubo e os exageros de um velho contador de casos e se munissem de um pouco de paciência e boa vontade.

- Há alguns milhares de anos atrás levava eu uma vida que poderia ser chamada de “Rei”; belos campos verdejantes, campinas floridas, riachos cristalinos, liberdade completa e nas horas de tédio, algumas “esposas” para quebrar a monotonia.

- Eis que um dia surge a minha frente outro animal, diferente da minha raça, com apenas duas pernas e falando uma estranha língua, desconhecida por mim e por meus semelhantes.

- Dentre esses seres esquisitos, apareceu, se a memória não me falha, um tal de GENGIS KHAN. Indelicadamente, sem ao menos perguntar se concordava, começou a utilizar-me para dar maior mobilidade a sua horda de selvagens e maior potência de choque quando investia sobre seus adversários da espécie humana.

- Passados os sustos iniciais, pois não estava a isso habituado comecei a sentir satisfação quando percebi que minha presença era indispensável nos campos de batalha e que inúmeras vezes era eu quem decidia a sorte dos combates.

- Assim atravessei séculos e mais séculos, conhecendo personagens ilustres como: Julio César, Alexandre o grande, Murat, Ney, Napoleão, Osório, Andrade Neves, Mena Barreto e muitos outros igualmente gloriosos dos quais cheguei a tornar-me amigo íntimo.

- Uma única coisa, porém me aborrecia: era considerado apenas como um terrível procedimento de guerra.

Quase ninguém procurava compreender que afinal também sou um ser que tem um sentimento, que vibra e entristece, que sente, cala e consente – na maioria das vezes.

Nos primórdios dos séculos XX, mais uma vez os homens se desentenderam e a lá fui eu chamado às armas para cumprir meu destino histórico.

Mas uma surpresa desagradável me estava reservada. As primeiras arremetidas que dei, percebi que um grande número de companheiros meus caía ceifado por engenho diabólicos aos quais os homens chamavam de metralhadora, canhão, sei lá! O que havia de real era que se diferiam na forma e no nome, os efeitos sobre mim eram diabólicos e mortíferos.

Senti que aqueles dias gloriosos de cargas avassaladoras, de correria desenfreadas contra o inimigo, haviam findado.

Somente os que, como eu viveram essa época, podem compreender a melancolia e a tristeza que se abateram sobre a minha humilde pessoa.

Relegado assim, ao segundo plano, assisti desolado passar em direção às linhas de frente uns amontoados de aços que despejaram um fogo mortífero que rangiam e faziam um barulho infernal. E eram esses monstros que iriam assenhorar-se daqueles privilégios seculares da minha raça.

Por toda parte só e ouvia falar: ai vêm os tanques! Ai vêm os tanques! - Bem, a vida é assim mesmo!não a mau que sempre cure, nem bem que perdure!

Em minha filosofia, moldada através dos séculos, compreendi que havia soado hora de retirar-me em definitivo dos campos de luta.”Um outro valor mais alto se alevantava”, pensei.

Um consolo restava entretanto: se não mi era mas permitido participar das jornadas épicas, das vitórias e das derrotas, da sublimidade do sacrifício em defesa de justa causa, pelo menos em centro elegantes e pacíficos minha missão tornar-se-ia mais

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agradável – participar de reuniões sociais, saltando obstáculos ou correndo atrás de raposas ou nos campos de pólo, demonstrando a habilidade, coragem e destreza adquiridas ao curso dos logos anos de aprendizado abnegado.

- E agora, cá entre nós, vou-lhes contar uma coisa: se soubessem das declarações de amor que ouvi durante os belos passeios que dava pelos bosques, das conspirações que ilustres cavalheiros das quais fui obrigado a participar, das mensagens de importância vital que ajudei a transportar! Ah! Se eu pudesse contar!

Mas minha lealdade sempre impediu-me revelar esses segredos, assim não foram fatalmente teria mudado o curso de muitas vidas e muitas nações. Sinceramente, sem falsa modéstia, acho que em realidade mereço o titulo com que fui agraciado: "O NOBRE AMIGO”.

Alguns anos de paz e tranqüilidade decorreram até que, novamente, essas espécies incompreensível que é o “Homem”, dispôs-se a resolver seus problemas no campo de batalha.

Bem, pensei, desta vez não vou me meter na fornalha! Esses monstros de aços que vomitam a morte e aqueles pássaros exóticos que voam espalhando a destruição, eles que solucione as divergências. Desta vez eu não!

- Ilusão! Pura ilusão! Bem mais cedo do que jamais poderia imaginar, fui chamado a participar novo e tremendo conflito, e, pasmem vocês, meus amigos, quando lhes disser dos modos pelos os quais o fiz.

Caberia num livro o relato de minhas peripécias, mas, apenas para que tirem suas conclusões, vou-lhes dar uma breve idéia. Mandaram-me, por exemplo, fazer companhia àqueles monstros de aço, os tais carros de combate, para, em coordenação com eles, levar destruição às legiões inimigas. Naturalmente que de inicio fui recebido com um sorriso metálico de escárnio.

O fato é que, após algum tempo de trabalho em conjunto, esses senhores dos campos de batalha passaram a votar um grande respeito por mim, quando particularmente nas estepes geladas da Rússia, mostre-lhes meio valor, audácia e eficiência ao enfrentar o inimigo. E pasmem vocês, como eles o fizeram! Não dispunha eu de qualquer proteção contra adversário, a não ser a coragem.

Ouro cãs que gostaria de contar ocorreu do lado oposto ao que acima me referi. Lembram-se dos destruidores pássaros exóticos que citei pouco atrás? Pois bem!

Dentre esses pássaros havia um espécime todo particular, a que chamavam “STUKAS”. Para pilota-lo devido às suas características o homem devia possuir, em alto grau, espírito agressivo, destemor, reflexos imediatos e coordenados, senso de oportunidade e golpe de vista.

Sabem o que me pediram, então? Para colaborar no desenvolvimento destas qualidades. E confesso, envergonhado,

que inúmeras vezes, ao início dos treinamentos sorri interiormente quando, ao enfrentar obstáculos de troncos, barrancos íngremes e largas valas na pista de cross-country, senti aqueles indômitos pilotos capazes das maiores prezas nos ares, tremerem diante daquelas dificuldades às quais não estavam habituados.

Mas, para felicidade minha e desses meus inusitados cavaleiros, com a seqüência de instrução verifiquei que, ao final, os trêmulos e acanhados ginetes haviam me transformado em indivíduos audazes, haviam adquirido a força, elasticidade e agilidade necessárias aos duros combates em que iam empenhar-se. É uma satisfação que só é da sentir em toda sua plenitude, a aqueles que algum dia tiveram a felicidade de compor o estranho binômio cavalo aviador.

Agora perguntarão vocês: - i a guerra atômica? Que vantagens poderá você nos proporcionar hoje, em plena era dos mísseis-

teleguiados e aviões supersônicos? Continuará a fazer companhia aos carros de combate? Prosseguirá complementando a formação de pilotos?

Realmente para min, humilde “PERISSODÁTILO UNGULADO” é um tanto difícil responder a tão complexas perguntas. No entanto, dentro de minhas modestas possibilidades sou capaz de proporcionar-lhes:

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- A aquisição de habilidades e destrezas na condução de meus semelhantes; - A assimilação de conhecimentos práticos sobre a colocação na sela,

escola das ajudas e cuidados comigo; - O desenvolvimento do gosto pela equitação em suas diferentes

modalidades e a afeição pela minha pessoa; - O desenvolvimento de atitudes favoráveis ao aprimoramento de

qualidades ao cultivo de virtudes indispensáveis ao militar tanto na paz como na guerra. ANTI A TUMBA DE MEUS ANCESTRAIS PROMETO-LHES

SOLENIMENTE QUE PROCURAREI AO MÁXIMO: 1º - Contribuir para formação do caráter de vocês, pelo desenvolvimento de suas

qualidades morais. 2º - Fazer com que adquiram hábitos capazes de coloca-los progressivamente

diante das dificuldades que terão que enfrentar no desempenho das missões em campanha pelo desenvolvimento das qualidades viris necessárias aos combatentes de todas as naturezas, face ao acréscimo de suas possibilidades físicas e psíquicas.

3º - Habitua-los a lutar contra força imponderável e a vontade imprevisível de um elemento estranho à formação peculiar das demais armas ou serviços.

4º - Contribuir para que, dentro da Polícia Militar possam isufruir de uma formação tão completa quanto possível.

5º - Assegurar a existência da Policia Montada, em condições de pronto emprego a cavalo, em qualquer ponto do Estado do Rio de Janeiro, em patrulhamento e/ou operações de controle de distúrbios.

6º - Ajudar a provar que “HAVERÀ SEMPRE UMA CAVALARIA”. - Bem amigos, creio que após esta nossa conversa vocês possam melhor

compreender o porque de minha presença junto de vocês!

SEÇÃO II EXTERIOR DO CAVALO

Art 31 – A nomenclatura do exterior do cavalo e a desiguinação dos nomes de

todas as regiões exteriores que estão à vista do observador sem entre tanto, entrar em detalhes anatômicos e fisiológicos.

Para facilidade de estudo, o corpo dos solípedes é dividido em quatro partes: - cabeça, pescoço, tronco e membros; poder-se-ia também, dividi-lo em

duas partes: - antemão e post-mão. Ainda há uma divisão em três partes: cabeça, tronco (incluindo o pescoço) e membros.

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orelhas parótidas face ou chatos das bochechas fontes Regiões Pares covas ou olhais bochecha olhos Cabeça narinas ganachas pálpebras nuca Testa ou fronte labios superior Chanfro comissuras lábias inferior focinho lábios língua

canal da língua boca Regiões ímpares maxilares superior Barbada assoalho inferior palato Gengivas 12 incisivos Calha ou fauce dentes 04 caninos Garganta Barras 24 molares mento 1º Figura da folha 20 apostila

1-cabeça, 2-tabua do pescoço, 3- goteira da jugular, 4- crineira ou bordo superior

do pescoço, 5- bordo inferior do pescoço, 6- palêta, palheta, pá ou espada, 7- peito, 8- encontros, 9-braço, 10- ante-braço, 11-joelho, 12- canela, 13-boleto, 14- quartela, 15- coroa, 16- casco, 17- codilho, 18- castanha ou espelho, 19- machinho ou esporão, 20- cilhadouro, 21- garrote, cernelha, cruz ou cruzeta, 22- dorso, 23- barriga, 24- flanco, 25- vazio do flanco, 26- anca, 27- garupa, 28-cola, cauda ou rabo (sabugo e crinas), 29- nádega, 30- coxa, 31- soldra, babilha ou gordilho, 32- perna, 33- jarrete ou garrão, 34- canela, 35- bolêto, 36- quartela, 37- coroa, 38- casco, 39- castanha ou espelho, 40- virilha, 41- tendão, 42- machinho ou esporão, 43- prepúcio ou bolsa, 44- umbigo, 45- lombo ou rins, 46- costado.

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2º Figura da folha 20 apostila

1- crineira, 2- nuca, 3- topete, 4- orelha, 5- têmporas, 6- testa, 7- olhais, 8- olhos,

9- chanfro, 10- narinas, 11- comissuras, 12- boca, 13- lábios, 14- mento, 15- barbada, 16- calha, 17- ganacha, 18- bochecha, 19- chato da bochecha, 20- garganta, 21- parótida, 22- focinho.

Superior ou crineira 2 bordos

inferior

direita PESCOÇO 2 tábuas

esquerda

direita 2 goteiras da jugular

esquerda

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cernelha dorso

face superior lombo anca garupa fio do lombo

peito

extremidade ombros anterior inter-axilas

axilas

faces costado TRONCO laterais flanco cilhadouro

ventre virilha

face inferior bolsa, prepúcio ou bainha (macho) pênis ou verga (macho)

mamas (fêmeas) bolsa escrotal ou escroto (macho inteiro)

cauda, cola ou rabo

extremidade períneo posterior órgãos genitais (vulva na fêmea)

1- orelha; 2- testa; 3- têmporas; 4- olhais; 5- olhos; 6- chanfro; 7- bochechas; 8- narinas; 9- lábios (beiços); 10- focinho.

Figura da folha 21 apostila

1- pescoço; 2- cernelha; 3- dorso; 4- lombo; 5- anca; 6- garupa; 7- fio do lombo; 8- costado; 9- vasio e flanco.

Figura cavalo por cima pág. 22

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1- cilhadouro; 2- ventre; 3- virilha; 4- bolsa; 5- verga; 6- umbigo; 7- úbere com mamas (fêmeas); 8- bolsa escrotal; 9- interaxila; 10- axila

Figura cavalo por baixo pág. 22

1- peito; 2- encontros; 3- pescoço; 4- cabeça; 5- antebraço; 6- joelho; 7- canela; 8- boleto; 9- quartela; 10- coroa; 11- casco; 12-interaxila; 13-períneo; 14- nádega; 15- cola; 16-ânus; 17- vulva (fêmea).

Figura cavalo frente e traseira pág 22

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paleta Regiões próprias braço Dos anteriores codilho

antebraço joelho

coxa

regiões próprias nádega das posteriores soldra ou babilha

perna jarrete

MEMBRO canela

boleto pinça regiões quartela ombros comuns machinho face quartos dos coroa superior talões membros bordalete

perioplice

casco sola ranilha

face barras inferior glumas

Art.32 – Considerando a divisão do corpo do solípede em três partes, temos: o

antemão, o corpo e o post-mão. §1º - O antemão compreende as partes do cavalo que ficam à frente do corpo do

cavaleiro, quando este está montado: cabeça, pescoço, espádua e membros anteriores. §2º - O corpo é a parte do cavalo que fica sob o cavaleiro montado: dorso, rins,

ventre e flancos. §3º - O post-mão compreende as partes do cavalo que ficam para trás do cavaleiro

montado: garupa, membros posteriores. §4º - Na boca, entre os dentes da frente e os de trás existe intervalo sem dentes

chamado barras, sobre as quais se assenta e atua o bocado do freio. §5º - A parte do beiço superior que se une ao inferior chama-se comissuras

labiais, onde fica e atua o bocado do bridão. §6º - O pé compreende uma parte interna de ossos articulados e um tecido

podofiloso sobrepondo-se a esses ossos, contidos num envólucro exterior, de tecido córneo e duro chamado casco.

§7º - O casco compreende: 1)- a parede ou taipa, que é a parte que se pode ver, quando o cavalo está

em pé pousado no solo;

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Na parede distingui-se as seguintes partes: a)- a pinça na frente; b)- as muralhas, uma de cada lado; c)- os quartos, sobre os lados da parede; d)- os talões parte de trás da parede.

2)- a sola, que é a palmilha do casco, sensivelmente côncava e cavada, de forma que não descansa no solo.

3)- atrás do casco encontra-se a ranilha, que é colocada entre os talões, formando uma saliência em forma de alongado, de matéria córnea, pouco dura; os vazios que se notam no meio de cada lado da ranilha são as lacunas.

4)- na sola notam-se o prolongamento da ranilha, as barras, o arrebotante, a ponta da ranilha, e o bordo inferior da parede.

O pé deve ser proporcional ao porte do solípede, nem muito grande, nem muito

pequeno; a parte anterior deve formar com o solo um ângulo de cerca de 45º. Não deve apresentar nem solução de continuidade ou círculos nem rachaduras; os talões devem ser bastante altos e afastados.

A ranilha deve ser bem desenvolvida e a sola bem côncava. Os pés anteriores são mais redondos que os posteriores. O pe é chato ou espalmado quando a pinça é alongada, a sola rasa e plana, ficando

exposta a contusões. O pé é encastelado quando todo o casco é muito estreito, fechado, com talões unidos.

SEÇÃO III

PROPORÇÕES Art. 33 – Proporções são as relações das diferentes regiões do corpo do animal

entre si e com o conjunto formado por elas. §1º - O cavalo é bem proporcionado se as partes do corpo, observadas em

conjunto, constituem um todo harmônico capaz para o funcionamento a que se destina. O cavalo é mal proporcionado, defeituoso ou desarmônico, se as regiões do corpo não mantém entre si plástica harmônica, de modo a estabelecer o equilíbrio natural dos diversos órgãos nos seus respectivos funcionamentos. O cavalo bem proporcionado é geralmente “belo” e “bom”. Os termos “beleza” e “bondade”, no exame das proporções, apresentam um significado ligeiramente diferente, quando se consideram as partes do corpo em suas recíprocas relações. A harmonia nas proporções não quer dizer que todos os cavalos sejam obrigados a ter a mesma conformação, enquadrada em um verdadeiro “gabarito”, que sejam, de um único tipo. É necessário, mesmo que a conformação seja diversa, porém de acordo com o fim a que se destina – tração, carga ou sela. Daí, então, estudaremos as “belezas absolutas”, imprescindíveis a todos os animais e as “belezas relativas” variáveis com a finalidade do animal.

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Figura pág 25 apostila

§2º - Portanto, “beleza” diz mais respeito à harmonia plástica, ou seja, à estética;

enquanto que “bondade” se refere especialmente à verdadeira utilidade funcional, ou seja, à dinâmica.

Art. 34 – Proporções Lineares O sistema eclético é baseado no comprimento da cabeça normal para o tipo de

sela mediolíneo, apresenta as relações seguintes: a largura, tomada abaixo dos olhos é igual a um terço e a maior espessura é igual à metade.

Altura da fronte ........................................................................................ 1/3 Altura da cernelha .................................................................................... 2 ½ Altura da garupa ....................................................................................... 2 ½ Comprimento do corpo ............................................................................. 2 ½ Altura do tórax ......................................................................................... 1/6 Vazio subesternal ..................................................................................... 1 2/6 Comprimento do pescoço ......................................................................... 1 Bordo superior do pescoço ....................................................................... 1 1/3 Bordo inferior do pescoço ........................................................................ 5/6 Largura do pescoço junto às espáduas 5/6 Largura do pescoço do nível da garganta ................................................. ½ Comprimento da espádua ......................................................................... 1 Comprimento do braço ............................................................................. 2/3 Espessura do corpo do dorso ao ventre .................................................... 1 Do escápulo à ponta da anca .................................................................... 1 Da parte anterior da cernelha ao alto da garupa ....................................... 1 1/3 Comprimento dorso-lombar ..................................................................... 5/6 Largura da garupa ..................................................................................... 5/6 Distância da rótula a anca ......................................................................... 5/6 Distância da rótula à ponta da nádega ...................................................... 5/6 Distância da rótula ao centro do jarrete .................................................... 5/6 Vertical do jarrete ao solo ........................................................................ 5/6 Distância da rótula ao alto da garupa ....................................................... 1 Vertical do jarrete ao solo ........................................................................ 1 Da ponta do codilho à prega do joelho ..................................................... ¾ Vertical da prega do joelho ao solo .......................................................... ¾ Da parte interior do joelho à coroa ........................................................... ½ Índice torácico (relação entre a largura e a altura do tórax) ..................... 0,80 Índice corporal (relação entre o comprimento do corpo e o perímetro torácico) .................................................................................................................. 0,85

§1º - O comprimento do corpo do cavalo deve ser igual à altura. Quando for

menor, o cavalo é curto e quando maior, longo. A altura total do cavalo de pende da altura do tronco e comprimento dos membros. A espessura do costado deve corresponder, relativamente, ao comprimento da cabeça. Quando estas dimensões guardam uma certa relação proporcional, o cavalo é classificado como mediolíneo, longilíneo ou brevilíneo.

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Figura pág. 27 §2º - Pontos para tomada de medidas de altura e comprimento

1 – altura da cernelha ao solo 2 – altura do dorso ao solo 3 – altura da garupa 4 – altura dos costados 5 – altura do vazio subesternal 6 – comprimento da cabeça 7 – comprimento da espádua 8 – comprimento do pescoço 9 – comprimento do corpo 10 – comprimento horizontal do corpo 11 – comprimento da garupa 12 – altura da soldra 13 – altura do joelho 14 – altura do jarrete 15 – comprimento dorso-lombar.

Art. 35 Proporções Angulares Além das relações entre as dimensões lineares das diversas regiões do corpo, é

necessário saber as relações entre direção dos seus raios ósseos, que se mostram ligeiramente inclinados uns sobre os outros, de modo a formarem ângulos articulares.

§1º - Os principais ângulos articulares são: 1)- Nos anteriores: vértebro-escapular: escapulo-umeral, úmero-radial ou codilho;

metacarpo-falangeano ou do boleto. 2)- Nos posteriores: coxo femural; fêmur-tibial; tíbio-metatarsiano; metatarso-

falangeano ou do boleto. §2º - Há uma perfeita analogia, não só de número, como de direção e

funcionamento, dos ângulos do antemão e post-mão. 1. analisando comparativamente, observamos:

a. O vértebro-escapular e o coxo-femural mostram abertura anterior, lado superior fixo e inferior móvel.

b. O escápulo-umeral e o fêmur-tibial apresentam abertura voltada para trás, obliqüidade para os lados e mobilidade.

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c. O úmero-radial e o tíbio-metatarsiano possuem abertura anterior, mobilidade dos lados com obliqüidade superior e verticalidade inferior.

§3º - Nem todos os ângulos tem a mesma ação e efeito. Assim, por exemplo, os ângulos de abertura anterior possuem forte ação nos movimentos do animal e, por essa razão, são conhecidos, por impulsos; enquanto que os outros, isto é, os de abertura para trás são chamados de complementares ou de ligação. Para haver harmonia e equilíbrio nos andamentos é necessário que estes ângulos dos anteriores e dos posteriores mantenham uma perfeita concordância nas respectivas aberturas e direções.

1)- A variação destes ângulos para as diferentes raças e tipos de cavalos, é a seguinte:

a – escápulo-umeral ................................... entre 102 e105 graus, b – úmero-radial ........................................ entre 140 e 150 graus, c – metacarpo-falangeano .......................... entre 150 e 159 graus, d – coxo-femural ....................................... entre95 e 105 graus, e – fêmur-tibial .......................................... entre 122 e 150 graus, f – tíbio-metatarsiano ................................ entre152 e 160 graus, g – metatarso-falangeano .......................... entre 150 e 158 graus,

Art 36 – Relação de continuidade Além das regiões bem proporcionadas, deve haver uma perfeita harmonia geral

nas relações de continuidade, ou seja, nas inserções da cabeça, pescoço, espáduas, dorso, lombo, garupa, cola e membros.

Art 37 – Proporções gerais No estudo das proporções gerais, consideramos a altura, o comprimento, a

largura, o peso e as respectivas relações. §1º - Altura: cavalo grande, quando ultrapassa 1,60m; médio entre 1,50 e 1,60m;

pequeno com menos de 1,30m. Chamam-se “poneys”, pequiras ou petiços, os cavalos com menos de 1,30m. O cavalo deve apresentar a mesma altura de cernelha e garupa.

Entretanto às vezes a cernelha é mais baixa e, neste caso o cavalo é dito “baixo de frente”. Outras vezes a cernelha é bem mais alta e o cavalo é dito “alto de frente”. Ambos constituem defeitos e essa desigualdade das alturas é conseqüente da abertura anormal dos ângulos articulares do ante e post-mão, para mais ou para menos, prejudicando o andamento e a resistência.

As éguas apresentam normalmente o antemão, isto é, a cernelha, relativamente mais baixa que a garupa.

Com referência a altura do animal, tirada da cernelha ao cilhadouro e deste ao solo, pode haver dois casos: o cavalo é “perto da terra”, quando a altura do tórax é maior que o vazio subesternal e o cavalo é “longe da terra” quando o vazio subesternal é maior que a altura do tórax.

§2º - Comprimento: é o espaço compreendido, em linha reta, da ponta da espádua à ponta da nádega com o animal parado em posição ou enquadrado sobre o plano horizontal do solo. O comprimento da espádua e o comprimento da garupa têm grande importância para as relações com o comprimento de um modo geral. Assim, por exemplo, para que um cavalo seja bem proporcionado, é necessário que a parte média, correspondente ao dorso e lombo, seja relativamente curta, enquanto que a espádua, parte anterior, e a garupa, parte posterior, sejam longas. Justifica-se o comprimento da espádua, pela inclinação e da garupa pela horizontalidade.

Se o dorso e o lombo forem compridos, com a espádua curta e reta e garupa pequena e obliqua, o animal é defeituoso e impróprio para qualquer espécie de trabalho.

§3º - Largura: é o desenvolvimento transversal do corpo no nível do peito, do tórax e das ancas ou da agrupa.

As proporções são boas se o desenvolvimento do corpo é de acordo com os membros e vice-versa; se há necessidade de uma mensuração precisa, lança-se mão da fita métrica ou de certos aparelhos apropriados para medir as diferentes regiões dos animais.

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1)- Perímetro torácico: é o contorno exterior da cavidade torácica ao nível do cilhadouro.

2)- Largura do peito: é o espaço compreendido entre as pontas das espáduas. 3)- Largura da garupa: é o espaço que separa os ângulos das ancas. 4)- Perímetro da canela: é o contorno da canela tomado abaixo da cabeça dos

metacarpianos rudimentares. §4º - Peso: é dado pelas balanças para animais de grande porte. Entretanto nem

sempre se dispõe de balança especializada e, neste caso, pode se calcular o peso do animal aproximadamente por fórmulas criadas pelos hipotécnicos. A fórmula para calcular o peso médio do cavalo é a seguinte:

P = c3 x 80

P representa o peso vivo procurado c é o perímetro torácico elevado a terceira potência e 80 é uma constante.

SEÇÃO IV HIPOMETRIA OU MENSURAÇÃO

Art 38 – HIPOMETRIA OU MENSURAÇÃO é a parte da Hipologia interessada

em tomar certas medidas de diversas regiões do corpo do cavalo, com o objetivo de compará-las entre si no estudo das proporções; na obtenção de dados úteis à resenha, aos cálculos dos índices para apreciação das aptidões e do peso, na escolha de belos espécimes destinados a reprodução e, ainda, na seleção de diferentes tipos, de acordo com a utilização.

Art 39 – Instrumentos – As medidas das regiões do corpo do animal obtêm-se

com os seguintes instrumentos: hipômetro, artrogoniômetro, compasso comum de espessura, régua quadrada e fita métrica.

§1º - O hipômetro é um zoômetro especial para as mensurações de altura, comprimento e largura do cavalo. Consta de duas partes: a haste e o braço. A haste do hipômetro é uma régua vertical de metal ou de madeira, graduada em centímetros. O braço é um ramo horizontal, móvel ao longo da haste, porém, podendo fixar-se em certos pontos dela por meio de encaixe e parafusos. Os hipômetros, normalmente têm o feitio de bengalas, o que torna de fácil manuseio e práticos para o transporte.

§2º - A fita métrica é um zoômetro de manejo simples muito empregada para a tomada de medidas de perímetro, embora seja utilizada também na obtenção de outras medidas.

§3º - O artrogoniômetro e o compasso com transferidor são empregados para tomar a direção dos raios dos ossos e o valor dos ângulos por ele formados. O artrogoniômetro é um compasso provido de um semicírculo graduado, fixado em um de seus ramos e cujo centro corresponde à articulação do compasso.

Para melhor correção das mensurações, deve-se tomar as medidas com o cavalo em posição sobre o plano horizontal do terreno.

Figuras instrumentos pág. 30

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SEÇÃO V IDADES

Art 40 – A idade é o tempo de vida no animal a contar do seu nascimento A vida do cavalo é dividida, fisiologicamente, em 3 períodos: a infância, a idade

adulta e a velhice. §1º - Infância ou período de crescimento, em que o organismo se completa e se

aperfeiçoa anatômica e funcionalmente; vai do nascimento até os 5 anos. Neste período o cavalo se chama potro.

§2º - Idade adulta ou período de estacionamento, em que o organismo, tendo alcançado o seu completo desenvolvimento, acha-se na plenitude das suas funções; vai dos 5 anos aos 12 e o cavalo se chama adulto.

§3º - Velhice ou período de decrescimento, em que organismo pouco a pouco, vai definhando, física e funcionalmente; caindo na decrepitude, perdendo a energia vital; começa aos 13 anos e vai até a morte – e o cavalo é reputado como velho. Para determiná-la podemos lançar mão de vários elementos que podem ser classificados em:

a – elementos secundários e b – elementos principais.

Art 41 – Elementos Secundários. §1º - Covas – as covas geralmente são pouco pronunciadas nos animais novos e à

medida que esses vão se tornando mais velhos elas vão se acentuando cada vez mais, a ponto de, na velhice serem bem profundas.

§2º - Ganachas – nos novos as ganachas são grossas, espessas e arredondadas, ao passo que, nos velhos são finas, afiladas e cortantes.

§3º - Nevado ou geado na fronte, bochechas, parótidas, ganachas, virilhas, jarretes, etc. – nos animais velhos, de pelagens escuras, estas regiões se tornam nevadas (interpoladas de pelos brancos ou grisalhos) à medida que a idade vai progredindo e conforme o tipo de pelagem (tordilhos) há um clareado total.

§4º - Flacidez da pele na face, ganachas, etc. – nos cavalos velhos é bastante acentuada, de modo que se fazendo uma ruga na pele, nestas regiões, demora bastante tempo para voltar ao normal, quando nos jovens a ruga se desfaz imediatamente.

§5º - As rugas ou nós da base da cauda, podem determinar praticamente a idade no 3º período de vida do animal: aos 13 anos podem-se observar uma pequena saliência ou nó na base da cola, dos 17 aos 18 anos um segundo nó; dos 19 aos 21 anos um terceiro nó, etc...

§6º - Relaxamento do lábio inferior – é comum em cavalos bastante idosos. §7º - Arcadas dentárias - formando ângulo cada vez mais agudo, denunciam a

velhice cada vez mais acentuada.

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Art 42 – Elementos principais para o reconhecimento da idade. Os elementos principais para o reconhecimento aproximado da idade nos são

fornecidos pelos dentes, os órgãos capazes de dar informações mais ou menos precisas sobre os diversos períodos da idade através das contínuas modificações que se operam na sua forma, pelo gasto e crescimento. Para se aprender o reconhecimento da idade pelos dentes é necessário saber a estrutura, configuração do desgastes dos dentes.

§1º - O cavalo adulto possui 40 dentes, assim distribuídos: 6/6 incisivos (6 para cada maxilar situados na frente); 2/2 caninos (2 para cada maxilar e situados um de cada lado) e 12/12 molares (12 para cada maxilar situado 6 de cada lado). §2º - Os caninos também chamados presas, colmilhos ou gaviões, faltam nas

fêmeas e nos machos jovens. Excepcionalmente, podem haver éguas adultas dotadas de colmilhos, que recebem o nome vulgar de “machorras”, como, também podem aparecer cavalos adultos sem presas, que tomam neste caso o nome de “afeminados”.

§3º - Para o reconhecimento da idade, geralmente, só se levam em consideração os dentes incisivos e os caninos, que se mostram mais a vista, na extremidade anterior dos maxilares.

Os incisivos se dividem: pinças, os dentes centrais, situados na frente da mandíbula; médios, situados ao lado das pinças e cantos ou extremos, situados ao lado dos médios e na extremidade da arcada incisiva.

§4º - Os caninos estão implantados entre os incisivos e os molares deixando um espaço vago, denominados ”barras”.

Figura da pág 32

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SEÇÃO VI PERÍODOS DE IDADE

PERÍODO CARACTERÍSTICAS 1 – do nascimento até 1 ano

Do 8º ao 15º dia nascem as pinças; do 30º ao 40º dia nascem os médios, estando as pinças niveladas; Do 6º mês até um ano nascem os cantos, as pinças estão rasas, os médios nivelados e geralmente rompem os molares.

Figura pág 33

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Figuras da Pág 34

PERÍODO CARACTERÍSTICA 2 – de um ano aos dois e meio

De um ano e meio a dois, os médios e os cantos estão rasos e geralmente rompem os quintos molares de cada série; aos dois anos e meio, caem os primeiros pré-molares de leite.

3 – dos 3 aos 5 anos

Aos 3 anos caem as pinças de leite, nascem os adultos, rompem os sextos pré-molares e é substituído o segundo pré-molar; Aos 4 anos, acém os médios de leite, nascem as pinças, são niveladas ao 5 anos, caem os cantos de leite, nascem os adultos, as pinças estão gastas nos dois bordos e os médios nivelados; geralmente despontam os colmilhos.

4 – dos 6 aos 8 anos

Aos 6 anos as pinças rasa, os médios gastos nos dois bordos e os cantos nivelados; Aos 7 anos as pinças e os médios estão rasos e os cantos gastos nos bordos nota-se, nos cantos da mandíbula superior uma chafradura chamada cauda de andorinha. Aos 8 anos, todos os incisivos estão rasos; A partir daí (idade máxima para a remonta militar) começa a aparecer sobre a parte chata do dente, uma mancha esbranquiçada, chamada inicialmente mancha estrelada e depois estrela dentária.

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Figura pág 36

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Figura pág 37

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Figura pag 38

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PERIODO CARACTERISTICA 5 – 9 aos 12 anos

Aos 9 anos as pinças têm a mesa rechada em forma circular; Aos 10 anos o mesmo acontece com os médios; Aos 11 anos o mesmo ocorre com os cantos; Aos 12 anos a mancha ocupa o centro da mesa dentária em todos os incisivos e se alastra visivelmente.

6 – entre os 13 e 17 anos

Dos 17 aos 19 anos as pinças são triangulares, se acentuam horizontalmente e há divergência. Aos 20 anos os médios são bi-angulares e a horizontalidade e a divergência se acentuam. Dos 21 para os 22 anos os cantos bi-angulares e a horizontalidade e divergência são extremas.

SEÇÃO VII PELAGENS

Art 43 – Definição Pelagem é o conjunto de pêlos e crinas que cobrem a superfície do corpo do

cavalo, protegendo o pêlo da ação direta dos agentes exteriores, em distribuição e disposição variadas, cujo todo determina a cor do animal.

As pelagens, pelas grandes diferenças de cor e sinais particulares que podem apresentar, permitam distinguir um cavalo dentre os demais.

O estudo das pelagens compreende duas partes: I ) – PELAGENS PROPRIAMENTE DITAS II ) – PARTICULARIDADES DAS PELAGENS §1º - Pelagens propriamente ditas – quanto a cor, as pelagens podem ser simples,

compostas, ou justapostas. 1. PELAGENS SIMPLES – quando formadas por pêlos e crinas de uma só

cor, com a mesma uniformidade de coloração em toda superfície do corpo.

2. PELAGENS COMPOSTAS – quando formadas por pêlos bicolores (de duas cores) ou mais diferentes, combinadas em proporção e disposição diversas, ou ainda por pêlos de uma única cor, possuindo obrigatoriamente crineiras, cola e membros escuros.

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FIGURAS PAG 40

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Figuras pág 41

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3. PELAGENS CONJUGADAS OU JUSTAPOSTAS – se uma ou mais

pelagens simples ou compostas, se conjugam ou se justapõem com o branco sem se confundirem formando malhas mais ou menos largas ou pintas, geralmente de contorno irregular, porém bem distintas. A cor predominante forma o fundo e a de menor proporção constitui o remendo. Ora há predominância do branco sobre os outros tipos (castanho, alazão, preto, rosilho, baio, etc.) e ora há predominância dos outros tipos sobre o branco; portanto, o branco às vezes é fundo e outras vezes é remendo.

Em cada uma dessas modalidades de pelagens distingue-se diversos tipos

estabelecidos pela cor geral, e numerosas variedades dependentes, em particular, ad disposição e proporção dos pêlos; as variedades são pois as modificações mais ou menos extensas dos tipos.

§2º - Pelagens simples – as pelagens simples apresentam 4 tipos: branco, alazão, baio simples, preto.

1. Tipo Branco – cujo nome a cor já indica possuir diversas variedades, a saber: porcelana, pombo ou leite, e sujo.

2. Tipo Alazão – é uma pelagem mais ou menos aloirada clara até uma avermelhada, aproximando-se da canela carregada ao ruivo. Tem as seguintes variedades: claro, aloirado, ordinário, tostado ou escuro queimado, cereja ou ruivo e vermelho.

3. Tipo Preto – formado por pelos negros, que vão de um preto desbotado até um preto de intenso brilho, com quatro variedades, preto maltino ou pezenho, franco ou murzelo, azeviche e comum.

4. Tipo Baio Simples ou Camurça – formados por pelos brancos amarelados em todo corpo, que vão de um matiz claro da palha do trigo ou milho, até bem escuro, mais ou menos bronzeado, de modo a constituir cinco variedades: claro, ordinário, escuro, encerado e amarelo ou amarilho.

§3º - Pelagens compostas – para melhor sistematizar o estudo, as pelagens

compostas precisam ser divididas em três grupos: 1. Grupo “A” – pelagem composta formada por pelos bicolores

apresentando um único tipo que é o lobuno (libuno ou lobeiro), formados por pelos bicolores, isto é, amarelos na base e pretos na s extremidades, de modo que dão ao conjunto uma coloração pardo-acinzentado, que faz lembrar o lobo. Apresentam três variedades: claro, ordinário, escuro.

2. Grupo “B” – pelagens compostas formadas por pelos de duas cores, sendo uma única cor no corpo e tendo obrigatoriamente crineira, cola e membros escuros.

Este grupo representado pelos tipos: a. Tipo Castanho – formado por pelos avermelhados no corpo, sendo as crinas e as extremidades negras, com intensidades diversas, semelhante a casa da castanha, apresenta as seguintes variedades: claro, ordinário, escuro ou saino, pinhão, cereja e vermelho ou sanguíneo. b. Tipo Rato – formado por pelos de uma cor cinza pardacenta, semelhante à do rato, no corpo, e extremidades escuras. O tipo rato se parece com o tipo lobuno, apenas, diferindo por não ter os pelos bicolores, (é comum nos muares). Apresenta 3 variedades: claro, ordinário e escuro.

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c. Baio cabos negros – formado pela gama de pelos claros amarelados da cor da palha de trigo até a gama bem escura do bronzeado, tendo obrigatoriamente a crineira, cola e membros pretos. Apresenta as seguintes variedades: claro, ordinário, escuro, encerado e isabel.

3. Grupo “C” – pelagens compostas formadas por pelos de duas cores ou mais, misturadas no corpo, crineira, cola e membros. É representado pelos tipos: tordilho, mouro e rosilho.

a. Tipo Tordilho – formado pela mistura de pelos brancos constituindo o fundo, com a mescla de pelos pretos, cinzentos, castanhos, vermelhos ou alazões. Apresenta diversas variedades: claro, ordinário, escuro, negro, sujo ou safranado, azulejo ou cardão, salpicado ou pedrez, vinagre ou bino e rodado.

b. Tipo Mouro – formado pela mistura de pelos brancos sobre um fundo escuro predominante, fazendo lembrar a cor mais ou menos acentuada “ardósia”, caracterizado pela cabeça e extremidades negras. Apresenta 3 variedades: claro, ordinário, escuro.

c. Tipo Rosilho – formado pela mistura de pelos branco, um fundo de pelos amarelados ou alazão, vermelhos ou castanhos escuros, que dão ao conjunto matizes róseos. Apresenta dois sub-tipos: rosilho alazão e o rosilho ou ruão. Dando as seguintes variedades: claro, ordinário, escuro, flores de pecegueira, mil flores e vinhosa.

§4º - Pelagens conjugadas ou justapostas – as pelagens conjugadas ou justapostas

apresentam dois tipos: pampa ou tobiano, formado por malhas e pintado formado por pintas pequenas (cavalo persa).

TIPO TOBIANO OU PAMPA: constituído pela conjugação de branco com outros tipos de pelagens, formando malhas extensas, irregulares ou não, mas bem destacadas. Se a çor branca predomina, a palavra pampa deve anteceder às outras cores e vice-versa, se for ao contrário. Assim, por exemplo: pampa preto, se a predominânciafor do branco sobre o preto; e preto-pampa, no caso contrário; castanho vermelho pampa, quando há predominância do castanho vermelho sobre o branco, etc.

Portanto a cor branca não precisa ser mencionada, pois fica subentendida na palavra pampa.

Art. 44 – Particularidades das pelagens Além dos tipos de pelagens e suas variedades, para a perfeita identificação do

cavalo, existem certas minúcias ou sinais particulares diversos, que constituem caracteres próprios e inconfundíveis. Denominadas particularidades das pelagens, tem grande importância, porque sendo mais ou menos invariáveis, facultam maior precisão à resenha do animal.

Para facilitar o seu estudo, as particularidades são divididas em duas classes a saber:

1) Particularidades depende da pelagem e da pele, com o nome especial de sinais.

2) Particularidades independe da pelagem e da pele, denominada marcas. Os sinais, isto é as particularidades dependentes de pelagem, pose ser gerais,

quando não tem sede fixas e aparecem nas diversas regiões do corpo; especiais, quando tem sede determinada, seja na cabeça, seja no tronco ou seja nos membros.

As marcas são independentes da pelagem, as vezes encontrada no corpo do cavalo; dizem-se naturais ou acidentais conforme sejam inatas ou adquiridas.

§1º - Particularidades com sede variável ou sinais gerais deparados em todas as regiões do corpo, estas particularidades derivam de reflexos brilhantes, do matriz, das

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cores, direção e disposição dos pelos, da falta geral ou parcial destes e ainda da coloração e descoramento da pelagem da pele.

§2º - Particularidades com sede fixa ou sinais especiais – encontra-se na cabeça, no tronco e nos membros.

§3º - Particularidades da cabeça – os sinais da cabeça são constituídos por pelos brancos e pretos; os primeiros, mais importantes, aparecem especialmente na testa, no chanfro e em redor dos lábios e dos olhos.

§4º - Na testa: a) Alguns pelos brancos; b) Mancha branca – pelos ai dispostos, de modo a formar uma paleta ou

mancha (estrela). §5º - No chanfro: Lista – assim se denomina a faixa de pelos brancos, mais ou menos largos, ou

compridos, que pode prolongar-se ate a ponta do nariz. A lista que é, as vezes, a continuação da mancha na testa será citada segundo sua forma: estreita, larga, bordada, arminhada, prolongada ou interrompida. Se a lista cobre toda face anterior e as laterais do chanfro, o cavalo é de frente aberta ou malacara. Se a malha branca ocupa somenmte uma das faces laterais, o cavalo e de meia-fronte aberta a direita ou a esquerda, como também de pela face esquerda ou direita. Se a malha revestir as duas faces laterais e não a anterior, diz-se que o cavalo e facalvo.

§6º - Nos lábios: 1) Bigodes – tufos de pelos compridos, geralmente claros e arregaçados,

acima do lábio superior. 2) Bocalvo – lábios de cor branca. 3) Bebe-em-branco do lábio superior; ou inferior – um só dos lábios

superior ou inferior, é branco. 4) Olhos – gazeos – quando a íris é de cor azulada. 5) Celheado – sobrancelhas brancas. É quase sempre sinal de velhice. §7º - O sinal especial da cabeça, formado por pelos pretos, é um só: Cabeça de mouro: - se toda a cabeça ou somente a sua frente, é de cor preta,

quando a pelagem geral não for dessa cor. Encontra-se no camurça, rato, lobuno, etc. §8º - Particularidade do tronco – Os sinais especiais do tronco são também

constituídos, por pelos brancos e pretos. 1) Os sinais brancos são:

a) Pescoço crinalvo ou branco crinado – se a crineira é total ou parcialmente branca, nas pelagens em que deveriam ser preta (baio, castanho, rato), ou da mesma cor da pelagem, (alazão, rosilho, lobuno).

b) Ventrilavado ou ventre de Veado – ventre de cor esbranquiçada, parecendo ter sido lavado.

c) Calda crinada ou branco crinada – Crinas de calada branca quando não deveria ter essa cor, como no pescoço crinalvo.

2) Os sinais de pelo preto são: a) Listra de mulo ou de Muar – assim se designa faixa negra que

se estende do garote a base da calda, acompanhado alinha dorso-lombar. Observa-se nas pelagens camurça, rato, baio, alazão.

b) Raia crucial ou branda crucial – é uma raia preta, semelhante a procedente, que vai de uma espádua a outra formando com aquela uma cruz.

c) Meia banda crucial – faixa negra, que vai apenas de uma espádua ao garote.

§9º - Particularidades dos membros – os sinais especiais dos membros são constituídos por pelos brancos e pretos e pela cor dos cascos.

1) Os sinais de pelos brancos são:

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a) Calça ou calçamento – é constituído pela malha branca, que envolve completamente ou incompletamente, as extremidades dos membros. Pode ser mais ou menos extensas, revestindo maior o e menor porção dos membros, a partir da coroa. Daí decorrem varias denominações.

b) Quanto ao numero de membros atingidos, os cavalos podem estar calçados:

- Dos 04 membros; - De 01 membro isolado; - De bípede lateral direito ou esquerdo; - Dos anteriores (manalvo); - Dos posteriores (pedalvo); - Do bípede diagonal direito ou esquerdo; - Dos pés ou da mão direita ou esquerda (trípede); - Das mãos e do pé direito ou esquerdo (trípede);

c) Quanto a altura do calçamento, os membros podem ser: - Calçado de coroa; - Calçado de quartela - Baixo calçado (até o boleto); - Médio calçado (acima do boleto); - Alto calçado (quando atinge o joelho ou o jarrete); - Arregaçado (acima do joelho ou do jarrete).

d) Vestígio de calçamento ou calçamento incompleto – se a malha branca não faz a volta no membro.

2) Os sinais de pêlo preto são:

a) Gateado – características de malhas negras na pelagem, semelhantes as do gato. Encontra-se, geralmente, nos joelhos e nos curvilhões dos tipos baio, branco, alazão e rato.

b) Zebrado – quando, nos membros aprecem raias pretas transversais, denominadas zebruras, por serem semelhantes as das zebras. Encontra-se nos tipos já referidos para o gateado.

c) Arminhado – quando, na malha branca que constitui o calçamento pequenas malhas pretas, semelhantes a da pele do arminho. Ex: calçado anterior arminhado.

§10 – Todas essas particularidades serão especificadas na resenha com citação

dos membros em que estiverem a sua localização regional. Exemplos – baio claro, gateado no joelho direito, alazão escuro, zebrado nas pernas.

§11 – Sinais referentes a cor dos cascos – quanto a cor a córnea do casco pode ser negra, branca ou formada por essas duas cores associadas: convém indicá-la na resenha. Se os cascos são brancos e a pelagem é escura, o cavalo é dito cascalvo.

§12 – Marcas - Entre as naturais: a)- golpe de machado – é uma depressão existente no bordo superior do pescoço, no ponto de junção do garrote. b)- golpe de lança – é uma depressão natural dos músculos subcutâneos, de forma arredondada, umbelicada, sem traço algum de cicatriz, assemelhando-se mesmo a um golpe de ponta de lança. Observa-se especialmente na base do pescoço, nos braços; partes carnudas. - Entre as marcas acidentais. Citam-se: a)- cicatrizes – são os sinais ou traços deixados pelas operações cirúrgicas, acidentes, arreiamentos, vesicatórios, cauterizações, etc. Convém distinguir a marca deixada pelo fogo no caso da cauterização, marca de fogo, de marca a

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ferro, indicativa da procedência ou do proprietário do animal, ao cita-las n as resenhas. b)- orelhano – sem marca. c)- mocho – designa-se assim, o cavalo cuja orelha for cortada, total ou parcialmente. - As demais particularidades, aqui não previstas, mas que forem encontradas

nos animais serão descritas de acordo com os seus caracteres próprios e sua situação.

Exemplo: cauda cortada, faixa de pêlos diferentes, não misturados na crineira, e assim por diante. §13 – Modificação das pelagens: 1)- As pelagens não de mantêm imutáveis no transcorrer da existência dos

animais, pois variam sob a influência de diversos fatores. Por isso as resenhas devem ser adotadas, precaução está que pode evitar enganos motivados por essas variações.

2) – Os principais fatores que modificam as pelagens, cujas influências citaremos, são as seguintes: idade, sexo, trato, alimentação e estado de engorda, estado de saúde, exercício, ar livre, chuva, umidade, luminosidade, altitude, estação do ano, clima, tosquia e substâncias corantes e descorantes.

SEÇÃO VIII RESENHA

Art 45 – Resenha é a enumeração clara, metódica e suscitas dos caracteres

exteriores de um animal, de modo a distingui-lo dos demais animais semelhantes por intermédio da descrição desses caracteres.

Os caracteres a serem enumerados são os referentes: ao sexo, idade (ano de nascimento), altura, pelagem, histórico (biografia) e outros capazes de fazer a distinção entre os animais da mesma espécie (eqüinos, bovinos, etc.).

Assim, por exemplo, um cavalo pode ter a mesma pelagem de um outro entretanto, haverá um ou mais caracteres exteriores diferentes capazes de identifica-lo.

§1º - Sistemática da resenha: os dados de pelagem, de que se lança mão para resenha devem obedecer a seguinte sistemática: modalidade ou categoria, tipo, subtipo (se for o caso) variedades, particularidades gerais, particularidades especiais e finalmente particularidades independentes da pelagem.

Examina-se o animal da frente para trás, de cima para baixo e da esquerda para direita. Todos os sinais e marcas bem como certas taras, devem ser detalhadamente citadas.

§2º - Os caracteres a serem enumerados são: - números de registros - nome; - sexo; - idade (ano de nascimento); - altura; - pelagem; - histórico (biografia); - outros capazes de fazer a distinção entre animais da mesma espécie. §3º - Numero de registro (NR) é o numero atribuído ao solípede ao ser incluído

no estado efetivo da Polícia Militar. Compõe-se do número individual de cada animal (em algarismos arábicos) e da designação da Subunidade a que pertencem (em algarismos romanos), marcadas nos cascos. O número individual é marcado no casco anterior direito e o designativo da Subunidade no casco anterior esquerdo. O NR designa o animal durante o seu tempo de serviço, isto é , da inclusão até a exclusão do efetivo.

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§4º - Nome é atribuído individualmente a cada animal; cada cavalhada a ser resenhada para inclusão terá uma letra do alfabeto como inicial comum a todos os nomes atribuídos a cada animal.

§5º - as datas de inclusão e exclusão constam obrigatoriamente da resenha, iniciando e encerrando o histórico do animal.

SEÇÃO IX

TIPOS DE CATEGORIA Art 46 – Tendo em vista os fins militares os cavalos são agrupados por três tipos: I – de sela; II – de tração; III – de carga. Art 47 – Os tipos de cavalo se distinguem por diferentes gabaritos, sem rigidez

absoluta, com variações para mais ou para menos dentro das proporções e da harmonia geral.

As categorias são: I – cavalo de sela excepcional; II – cavalo de sela especial; III – cavalo de sela para montaria de oficiais; IV – cavalo de sela para montaria de praças; V – cavalo de tração leve; VI – cavalo de tração média; VII – cavalo de tração pesada; VIII – cavalo de carga; IX – cavalo destinado a experiências hospitalares e de laboratório; X – cavalo considerado imprestável para o serviço. Parágrafo Único – Cavalo de sela para fins militares deve ter altura mínima de

1,45m (cavalo de sela para montaria de praça). As éguas são classificadas de forma idênticas as dos cavalos SEÇÃO X CUIDADOS COM O CAVALO Art 48 – Para se conservar um cavalo em bom estado é necessário, não só a

observação de certas regras de higiene diária, mesmo que o animal não tenha trabalhado e periódica. Só assim se poderá contar com o cavalo a todo e qualquer momento.

Uma das maneiras de saber si o cavaleiro de fato gosta, cuida, nutre e da água a sua montada, é verificando se ele sabe o numero, o nome, o sexo, a idade, a pelagem, as qualidades, o temperamento, o estado, os defeitos ou manias do animal que lhe foi confiado. O cavaleiro não deve esquecer que no fim de pouco tempo o cavalo já o conhecerá porque o ver diariamente para monta-lo, limpa-lo e forrageá-lo, já que gosta dele, pelos cuidados, carinho e palavras que recebe chegando até mesmo a acompanha-lo como um cão.

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Art 49 – Asseio ou cuidados higiênicos: 1- a sêco I – Limpeza da cavalhada 2 – com água ou banho 1- antes do trabalho II- Cuidados diários 2- durante o trabalho 3- depois do trabalho 1- tosa da crineira

asseio 2- ripagem da cola dos animais 3- toalete das orelhas, barbas (ganachas e calha), bordo inferior do pescoço, ventre antebraço. Canelas, machinhos e coroas. 4- ferrageamento III – cuidados periódicos 5- engraxar os cascos 6- remarca os cascos 7- tosadura, esquilagem ou tosquia do pelame 8- banhos

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§1º - Limpeza da cavalhada. A limpeza da cavalhada pode ser a seco ou com pouca água e banho ou limpeza

com bastante água. 1) Limpeza a seco: Material necessário: - rasqueadeira, escova, pano de feltro, ferro de limpar ranilha, pente e borracha(pedaço de pneumático). 1º figura da pagina 50 da apostila NUNCA SE USA A RASQUEADEIRA COM SEUS DENTES FINOS 2º figura da pagina 50 da apostila USA-SE A SEGUIR A ESCOVA DE RAIZ QUE É PASSADA PRIMEIRO NO SENTIDO CONTRARIO AO PELO E DEPOIS NO MESMO SENTIDO.

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a) Emprego da rasqueadeira: 1ª fase: - no sentido contrario aos pelos; 2ª fase: - no sentido de vaivém continuado ou em movimento rotativo,

demoradamente, sempre com muita boa-vontade; 3ª fase: - no sentido de assentar os pelos; agindo da cabeça para garupa, com

vigor e sem machucar o animal; Não se aplica a rasqueadeira nas saliências ósseas, nas regiões pobres de músculo,

nas aberturas naturais, isto é, cabeça, crineira, cola, fio do lombo, ponta das ancas, períneo, órgãos genitais externos, virilhas, axilas e membros, como também não se aplica rasqueadeira no animal molhado.

b) Emprego da escova: 1ª fase: - no sentido contrario dos pelos; 2ª fase: - no sentido de vaivém; 3ª fase: - no sentido da direção dos pelos. Nas partes onde não se aplica rasqueadeira já se pode usar a escova exceto nas

aberturas naturais, focinho e coroa. c) Emprego do pano: Aplica-se o pano nas 03 fases, mais demoradamente que a escova, usando-se em

todo corpo do animal, sem restrições, a guisa de massagem. d) Complemento da Limpeza a seco: Completa-se a limpeza a seco, com auxilio de um pano úmido ou mesmo um de

água para a limpeza das aberturas naturais. Usa-se o pano úmido nos olhos, nas narinas, comissuras labiais, bochechas,

ouvidos, períneo, ânus, mamas e vulva, se usar sabão para não provocar irritações, com água e sabão, uma luva improvisada de meia velha, limpa-se o pênis e a bolsa.

Nos membros aplica-se a rasqueadeira somente no terço superior, onde é mais musculoso, no restante aplica-se a escova, evitando fazê-lo na coroa. Limpa-se aparte superior e a parede do casco com água ou pano molhado, parte inferior o palma do casco é limpa com o ferro de ranilha, retirando todos os corpos estranhos que se encontrem nas lacunas da ranilha, passando-se em seguida um pano umidecido.

2) Banhos: O banho pode ser parcial ou total.

a) Banho parcial é quando se lava certas partes do corpo, geralmente membros, bolsa, pênis, narinas, olhos, ânus, barriga, peito. Uma vez molhado, ensaboa-se com pano ou escova.

b) Banho total é dado em todo corpo do animal, evitando-se após a forragem, após o trabalho exaustivo e diariamente; os banhos devem ser periódicos, uma vez por mês.

1ª fase – molhar e ensaboar todo o corpo do animal, evitando-se água e sabão dentro das orelhas; 2ª fase – esfregar metodicamente todo o corpo do animal, em movimento de vaivém, da garupa para a cabeça e de baixo para cima de ambos os lados, ate ficar bem limpo, retirando-se em seguida todo o sabão e água; 3ª fase – aplicação de um pano enxuto, no sentido de vaivém de trás para frente, de baixo par cima, friccionando todo o corpo de modo a enxuga-lo completamente. Limpa-se demoradamente as aberturas naturais.

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§2º - Cuidados diários. 1) Cuidados antes do trabalho. Todo o cavalo deve ser limpo antes de ser montado; não se encilha cavalo sujo.

Antes de qualquer trabalho o cavaleiro deve: - Escovar o corpo do animal; - Limpar os pés com o limpa-cascos; - Verificar as ferraduras; - Forrageá-lo no horário estabelecido. 2) Cuidados durante o trabalho. Em cada alto limpar os olhos e narinas para retirar o pó e examinar os pés; se o

animal se tornar inquieto, verificar o arreamento. 3) Cuidados após o trabalho. - Afrouxar a cilha e passear um pouco com o cavalo, puxando-o pelas rédeas

antes de desencilhar; - Desencilhar, tirar o freio e verificar se há qualquer ferimento ou parte

inchada; - Se o animal estiver muito suado, seca-lo; - Passar um pano levemente molhado no lugar em que estava a sela; fazer uma

massagem no local, primeiro em movimentos circulares e depois, esfregar da frente para trás fortemente;

- Fazer com as mãos uma fricção nos membros. CUIDADOS DIÁRIOS Figuras da página 53 da apostila

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- passar um a pano limpo e úmido nos olhos, boca, narinas, ânus e bainha; - limpar os pés, verificando se há ferimentos ou ferraduras frouxas; - escovar as espáduas de cima para baixo; - lavar os membros verificando se estão feridos; - enxugar bem o corpo do animal; - escovar ou lavar a cauda e a crina; - depois de bem seco, dar água e coloca-lo na baia. 4) Cuidados periódicos:

a) Tosa – a crineira deve ser periodicamente tosada rente, ficando um capucho de crina no garote;

b) Toalete das orelhas – dobra-se o pavilhão auricular de modo a unir os bordos, cortando-se o excesso de pelos, sem no entanto aparar os pelos internos que constitui defesa do ouvido;

c) Toalete das ganachas e do pescoço - os pelos que cresce exageradamente nas ganachas, calha, bordo inferior do pescoço, principalmente na estação invernosa, deverão ser arrancados, com os dedos, puxando-os no sentido contrario; poderão também ser queimados com um chumaço de palha ou de algodão embebido em álcool bem como tosados com tesoura;

d) Tosa dos machinhos – Os pelos dos machinho devem ser cortados ou aparados com tesoura, de forma a deixarem um pequeno capucho que sirva de goteira para a água ou suor;

e) Barriga e canela – os pelos que crescem exageradamente nestas regiões deverão ser aparados, queimados ou arrancados;

f) Quartelas e coroas – os pelos das quartelas deverão ser cortados rente, salvo no inverno; os da coroa devem ser cortados e em caso de crescimento exagerado, deverão ser cuidadosamente aparados de modo a não expor a coroa;

g) Ripagem – esta operação consiste em arrancar com as mãos o excesso de crinas junto da implantação da calda, devendo a cola ser bem despontada embaixo, na altura dos jarretes;

h) Engraxamento dos cascos – devem se passar sebo e alcatrão vegetal, em partes iguais, nos cascos, toda vez que são molhados ou ferrados;

5) Ferradura e Ferrageamento. A ferradura é uma palmilha de ferro que se adapta ao pé do cavalo com a

finalidade de preserva-lo de um desgaste prematuro e de protege-lo contar os choques externos e conservar sua integridade. Não é preciso dizer que o cavalo em liberdade dispensa esse aparelho protetor. O cavalo militar e o cavalo de esporte, não podem absolutamente prescindir de seu uso e de sua aplicação consciente e sua substituição metódica dependerá em grande parte da utilização dos animais.

Há necessidade de se conhecer em detalhes as ferraduras, quer as normais(para cavalos de pés normais), quer as especiais(para o fim a que o animal e destinado); quer as corretivas ou patológicas(utilizadas para a correção de defeitos de aprumo,etc.). A eficiência de uma tropa Hipomóvel dependerá 80% de seu ferrageamento. Um mau

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ferrageamento poderá causar serias conseqüências de chegar mesmo, a inutilização do animal.

Interessa-nos apenas é saber a correção atual da ferradura, sua aplicação e o reconhecimento da necessidade de ser ferrado o animal e como afirmamos ter ele sido bem ferrado.

a) Descrição sumária da ferradura – a ferradura normal apresenta a forma de pé e se acha dividido em duas partes laterais chamadas de ramos, externos e internos e a região mediana e chamada de pinça que corresponde a região da pinça do casco, bem como recebem o nome de ombro e quartos as partes dos ramos correspondentes a do casco.

Apenas as partes que corresponde os talões recebem o nome de tacões, que é extremidade de cada ramo. A ferradura apresenta:

1) Duas faces: a superior unida a sola, e a inferior em contato com o solo, sendo denominada de espessura a distancia compreendida entre elas.

2) Dois brodos: externos e internos, sendo denominados de abóboda a parte central que corresponde a pinça pelo bordo interno e de corpo ou cobertura a largura dos ramos da ferradura, entre os seus dois bordos.

3) As craveiras que são pequenas aberturas existentes na face inferior. Elas são beiradas no ramo interno e mais centrais no ramo externo, geralmente em numero de 06 e se destinam a passagem dos cravos.

4) As contra craveiras que são as aberturas que se encontram na face superior e corresponde as craveiras.

b) A largura da ferradura – é maior dimensão no sentido transversal

e o comprimento é a distancia entre aparte anterior da pinça e uma linha transversal que une os talões. Contorno é a conformação determinada pelo bordo externo da ferradura.

c) Denomina-se guarnição toda porção de ferro que excede a parede quando a ferradura esta presa ao casco, de um modo geral deve existir guarnição no ramo da ferradura e assim mesmo não muito exagerada. A sua função principal é a larga a superfície de apoio e corrigir defeitos de aprumos e de justura a um dispositivo especial dado a ferradura que evita o seu contato com a sola, diminuindo as pressões da ferradura sobre o casco. A justura mas usada é a francesa que consiste em um encurvamento da face superior da ferradura, na região da pinça.

Percebe-se que há justura na ferragem quando levantando-se o pé existe um espaço entre a ferradura e a sola evidenciado na pinça. A sua presença é obrigatória nos anteriores, em quanto nos posteriores pode deixar de existir.

d) Recebe o nome de guarda-casco a pequena lingüeta de ferro levantada comumente na pinça, outras vezes nos ombros ou nos quartos, com o fim de consolidar a ferradura.

Sua forma é retangular. As dobras da ferradura, em ângulo reto feitas nos tacões são chamadas de rampões e servem para dar maior apoio a ferradura no solo. e) Peso da ferradura – uma ferradura normal pesa 450 gramas,

logo as quatro ferraduras pesarão 1800 gramas. f) Bitola da ferradura – é a medida em centímetros e

corresponde, ao comprimento do bordo externo da ferradura. Assim teremos ferradura de bitola 28, 30, 32, 34, 36, etc. conforme o tamanho do pé do cavalo.

g) Ferraduras corretivas e patológicas - são as destinadas o as pés defeituosos correção de aprumos, tratamentos específicos, etc. há também as ferraduras especiais destinadas aos cavalos de salto, de corrida, de pólo, à natureza do terreno etc.

h) Cravos de ferrar .

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Cravo, como próprio significado da palavra indica, é o elemento que fixa a ferradura no pé, através do cravejamento do tecido córneo. É uma espécie de prego de forma característica; é maleável, porem resistente. Apresenta tipos diversos, que se classificam na ordem crescente, consoante as dimensões, proporcionando o seu emprego de acordo com o tamanho e conformação do casco. Assim, por exemplo, existem cravos números 5, 6, 7, 8, etc. correspondentes aos pés de tamanho e conformação pequena, média, grande e muito grande.

Os cravos de numero 05 e 06 são utilizados no ferrageamneto dos muares e cavalos de porte pequeno; os de números 6 e 7 são os comumente usados nos cavalos tipo sela militar e numero 7 e 8 são empregados para os animais puros e mastiços de raça pesada, tipo tração (percherão, bretão, etc.).

1) Descrição do cravo. O cravo apresenta cabeça, pescoço, lâmina e ponta. A cabeça têm a forma de duas pirâmides quadrangulares unidas pela base,

sendo a pirâmide inferior constituída pelo pescoço propriamente dito. O pescoço segue-se a cabeça, correspondente geralmente à espessura da

ferradura de modo que fica alojado com a parte superior junto a cabeça na craveira e a parte inferior contra-craveira.

A lâmina é a continuação do pescoço, mostrando em seu todo uma transição acentuada, com características bem definidas até atingir a ponta, cuja finalidade é conduzi-la através da córnea para sair a uma altura regulada pelo ferrador, em que se dobra, corta e arrebita para dar fixidez a ferradura.

A ponta é a porção terminal do cravo, que apresenta um espessamento denominado “grão de cevada” e a “amoladura” em bisel, responsável pele penetração e direção do cravo no seio do tecido córneo, que forma a parede do casco.

Há cravos de cabeça com forma diferentes dos freqüentemente empregados entre nós e se destinam ao uso no gelo, neve, piso escorregadios, etc. portanto, de ação antederrapante.

i) Reconhecimento na necessidade de ferrar um animal. 1) No pousar:

a) Pelo comprimento exagerado do casco, quer em toda a sua extensão, quer somente na pinça, no talão ou no quarto.

b) Pela quebra do eixo falangeano ao nível da coroa. c) Pelo excesso de parede sobre a ferradura, principalmente nos

quartos. d) Pelo gasto da ferradura e crescimento do casco têm-se a

impressão que o pé escorregou para frente. e) Pelo rebites que se apresentam salientes, frouxos e a

ferradura meio solta, fazendo ruído no pisar.(bater ferros). 2) No levantar:

a) A ferradura está separada da sola; b) A ferradura está gasta; c) As cabeças do cravos estão usadas, metidas nas craveiras; d) A ranilha está volumosa e as lacunas se estão fechando;

e) As barras estão mais ou menos salientes.

0 ferrageamento deve ser em media, uma vez por mês, dependendo muito da natureza do terreno em que o animal trabalha.

A ferração consiste pois em aplicar a ferradura a sola e esta operação e executada em tempos.

Ela e procedida quer a quente, quer a frio, em que o ferrador e auxiliado por um ajudante, ou então a inglesa, isto e sem que o ferrador necessite de auxiliar.

j) Técnica de ferrageamento. Para aplicar a ferradura ao pé, primeiramente apara-se o casco, operação

que consiste em cortar o excesso de tecido córneo, conservando o aprumo normal dos

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membros e fazendo a toalete da ranilha e sola. Feito isto, & ferradura, ainda quente, é "ensaiada", quer dizer, aplicada sob o pé, para que se ajuste bem acertando-se até o ponto ótimo e retirando-se com a grosa, o excedente de córnea, de modo a poder craveja-la de pois de resfriada.

Embora o casco seja mau condutor de calor, deve-se ter cuidado no ato de "ensaiar" a ferradura, a fim de evitar queimaduras da sola. 0 trabalho de "ensaiar" a ferradura e também conhecido pela expressão vulgar de "queimar o pe para ajustar a ferradura". E evidente que a palavra "queimar" neste caso, tem o significado de "ensaiar a ferradura" e não de lesar o pe com a ação calorífica. 0 ferrageamento de cada animal é feito normalmente, de 30 em 30 dias. Contudo há cavalos que gastam mais as ferraduras que outros. Este desgaste está em função do trabalho,do piso, do temperamento do animal, da conformado do pé e da qualidade do tecido córneo. Os cascos escuros ;via de regra, são de maior resistência. Os cascos rajados e claros estão freqüentemente sujeitos às "raças", aos frangeamentos e à deterioração.

Engraxam-se os cascos, todas as vezes que se ferra, com a finalidade de preservá-los do ressecamento do ato de "ensaiar a ferradura" . l) A ferraçao a quente é executada nas seguintes fases.

(1) Desferrar o pe; (2) Aparar o pé; (3) Escolher a ferradura; (4) Ajustar a ferradura; (5) Acabar a ferradura; (6) Cravar a ferradura.

Ha um costume errôneo de se adaptar o pé do cavalo a ferradura e para isso usam grosar demais no casco, isto trás deformações profundas em sua conformação e deve ser evitado.

m) Como reconhecer um pé bem ferrado. (1) Ao pousar: (a) de frente:- o eixo da quartela e do casco

estão no prolongamento um do outro; os lados do casco têm a mesma altura; o guarda-casco esta no meio da pinça e sua forma e perfeitamente triangular; os rebites a igual distancia da pinça e a mesma altura;

(b) de lado:- a linha da pinça deve ser retados bordaletes aos rebites e ligeiramente arredondado a partir deste, a altura dos talões variável com a obliquidade da pinça, (quanto mais reta a pinça os talões serão mais altos).

A espessura da ferradura anterior é a mesma e a do posterior é maior na pinça.

A ferradura deve estar perfeitamente adaptada ao casco, a guarnição começando no meio dos quartos e aumentando progressivamente para os talões (mais pronunciada no lado externo). Os rebites devidamente rebatidos, ficando numa mesma linha e a uma altura suficiente para firmar a ferradura.

(c) por trás:- os talões se apresentarão na mesma altura com os tacões os cobrindo bem e a igual distância da lacuna mediana.

(2) No levantar:- A ferradura bem escolhida para o pe, o guarda-casco no prolongamento da ranilha, as diferentes partes da sola, ranilha e barras convenientemente aparadas.

Os ramos da ferradura com o mesmo comprimento e os tacões nunca deverão prejudicar o desenvolvimento da ranilha, para isso não deverá encostar nela.

As craveiras a igual distância e a . justura bem pronunciada nos anteriores.

As cabeças dos cravos não deverão ficar muito salientes, nas craveiras, nem enterradas.

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n) Acidentes mais comuns na ferração divide-se em: Os acidentes imediatos e mediatos. Os imediatos são aqueles que se verificam no ato da ferragem. Os mediatos se verificam fora ou depois da ferragem. 0 animal não acusa na hora. (a) Pé muito aparado (b) Corte ou talho (1) Acidentes imediatos (c) Queimadura da sola (d) Picada (a) Sola aquecida (b) Encravadura ( 2 ) Acidentes mediatos: (c) Compressão da sola (d) Pé apertado pelos cravos (1) Acidentes imediatos (a) Pé muito aparado - Resulta da sola aparada em excesso deixa aparecer goticulas de sangue. (b) Corte ou talho - Resulta ou da deficiência técnica do ferrador ou com uma reação brusca do animal no ato da aparagem (deficiência técnica: o ferrador não colocar a faca paralelamente a sola, ou então a faca não esta bem afiada). (c) Queimaduras de sola - Resulta de um contacto demasiado prolongado da ferradura quente durante o ensaio (ajustar a ferradura) , fazendo com que o calor atinja aos tecidos vivos do pé. É tratada, dependendo do grau da queimadura (lº, 2º e 3º grau). 0 1º grau provoca inicialmente uma congestão; o 2º grau, dor e inflamação e o 3º grau, quando ha carbonização da sola. (d) Picada - Resulta do cravo atingir os tecidos vivos do pé de maneira profunda e determinando imediata reação do animal. (2) Acidentes mediatos: (a) Sola aquecida - Nada mais é que a sola queimada no 12 grau, somente horas depois o animal vai sentir dor e manqueira. (b) Encravadura - Na realidade e a mesma picada porém muito ligeiramente de modo que o animal não reaja de imediato. Dias depois vem causar dor e manqueira no animal. Está encravadura é mais grave que a picada. (c).Compressão da sola - Reside em se ferrar o animal sem a suficiente justura de modo que vai comprimir a sola, ocorrendo geralmente nos animais de pé chato e de sola cheia. (d) Pé apertado pelos cravos - E quando o cravo penetra no limite da linha branca com o tecido vivo do pé, provocando uma compressão, aparecendo posteriormente a dor e a manqueira (o cravo nem penetra "'no tecido vivo nem passa da linha branca).

De um modo geral os acidentes mediatos são mais graves que os imediatos, devido a não serem percebidos na hora.

o) Modo de ferrar um cavalo (1) Para levantar o pé anterior esquerdo (direito) toma-se lugar perto da espádua esquerda (direita) do cavalo com frente voltada para este, coloca-se a mão direita (esquerda) no

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garrote, enquanto a esquerda (direita) acaricia a espádua e desce lentamente a quartela; segura-se esta, exercendo sobre a espádua, de moda a impedir o peso do animal sobre o membro oposto. Uma vez o pé levantado, toma-se por meia volta, pela direita (esquerda), o lugar que deve ocupar, para sustê-lo, apoiando-se o joelho do cavalo sobre a coxa esquerda (direita ) levando-se a perna direita (esquerda) para trás e reunindo as duas mãos por baixo da quartela. Enquanto se sustem o pé , não se deve fazer apoio sobre o animal e magoa-lo, apertando demais a quartela, levantando o pé acima do limite ou desviando-o demasiadamente para fora, para pousar o pé no chão, descansa-o levemente no solo. (2) Para levantar o pé posterior esquerdo (direito) toma-se o lugar perto da espádua esquerda (direita), do cavalo, coloca-se as duas mãos sobre o dorso deslizando-as levemente para a garupa, afagando-o e falando-lhe faz-se pressão com a mão esquerda (direita), de modo a deslocar seu apoio para o lado oposto enquanto a outra mão coloca-se na quartela, levantando, se sustem o pé voltando-se pouco a pouco a direita (esquerda) tocando-se levemente a perna do cavalo com a coxa esquerda (direita) e apoia-se completamente, aquela, sobre esta, se o animal não reagir, retira-se a mão apoiada sobre a anca, para leva-la a quartela, abraçando por cima o jarrete do animal, como no caso anterior tomam-se as mesmas precauções para não magoar o cavalo.

p) Meios de contenção para o ferrageamento. Para se ferrar um animal, necessário se torna,e claro, que ele seja contido. Existe

uma variedade de meios para conter um cavalo, seja em pé, seja em decúbito. Trataremos apenas daqueles que possam interessar a um ferrageamento. Inicialmente, e necessário que o ferrador tenha sempre em mente que nunca deve usar a violência, pois esta além dos perigos de machucar o animal, só serve para irritá-lo ainda mais, podendo provocar reações de consequências imprevisíveis. O cavalo, ao ser trazido a ferradoria, deve estar munido de um bucal forte e não deve ser amarrado a um palanque, a não ser que as circunstâncias o obriguem; deve de preferência ser seguro por um ajudante, pois, caso ele queira fugir ao ato recuando, o ajudante recuara com ele evitando assim, danificar o material, mesmo que o animal venha a bolear, isto é, cair para trás. Antes de iniciar o ferrageamento, principalmente em se tratando de um cavalo não habituado a esta operação, deve o ferrador falar com o animal, com a finalidade de acalma-lo, dando-lhe palmadas amigas na tábua do pescoço e nas espáduas. Como a ferração é geralmente iniciada pelos membros anteriores (não é obrigatório), o ferrador procede;

(1) Levantamento co membro anterior. (a) Por meio de um bom ajudante que segura a canela flexionando sobre o antebraço e sustente a quartela com as duas mãos. (b) Por meio de uma corda que depois de fixada a quartela e passada sobre o garrote, ao redor do pescoço em sua base e cruzada ao nível do codilho. (c) Por meio de uma corda fixada na canela flexionando sobre o antebraço e enrolada ao redor destes dois raios ósseos e a extremidade mantida por um ajudante. (d) Por meio de peias (''Trousse pied11). Esta consiste em uma correia de cerca de 0,60m de comprimento, que trás numa das extremidades uma fivela e na outra vários orifícios. Esta correia permite fixar a canela sobre o antebraço. Figura da pagina 61 da apostila (2) Levantamento do membro posterior. (a) É necessário empregar mais força. 0 ajudante, colocado ao nível do membro a levantar, toma com uma das mãos apoio na cauda e passa a não oposta, de trás para diante, na face interna dá canela. Por meio de uma tração exercida no membro do animal, destaca-o do solo, mantendo-o depois apoiado sobre a coxa.

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(b) Pé de amigo:- Uma extremidade de uma corda é atada em volta da base do pescoço; em seguida a mesma corda e enrolada em volta da quartela, ficando a outra extremidade livre. Um ajudante apoia o membro do cavalo sobre a coxa e com ambas as mãos fixa as voltas da corda sobre a região falangeana. (c) Como variedade do processo acima pode-se empregar uma corda mais curta em que uma extremidade e enrolada a quartela e a outra a cauda.

Ha meios coadejuvantes que muito auxiliam as operações acima descritas. (d) Cachimbo: - É um cabo de madeira resistente, de uns 0,40m de comprimento tendo numa das extremidades, passada em 2 orifícios furados no próprio cabo, uma alça de couro cru, com. a qual se aperta o lábio superior do animal o qual tornando-se obstrato com o sofrimento que isto lhe causa, tornando-se-á relativamente dócil. Este cachimbo pode também ser empregado nas orelhas e no lábio inferior, embora a ação derivativa seja menos eficiente. (e) Mascara: - De pano ou de coro cru ajustada sobre a fronte do animal e amarrada sob a garganta, com a finalidade de vedar-lhe os olhos, tornando-o mais manejável. Figura da pagina 62 apostila q) Ferrageamento do animal em decúbito.

Esgotados todos os recursos para se proceder o ferrageamento no animal em pé recorre-se a posição decubital com o auxilio das peias. 0 cavalo deve ser deitado sempre que possível em espessa cama de palha ou de capim. É conduzido ao lugar onde vai ser derrubado, preso por um buçal forte, com ou sem mascara. Um ajudante levanta o membro anterior oposto ao lado em que o animal vai ser deitado; aplicam-se as peias simples nos demais membros,com as fivelas para o lado de fora e as argolas convergindo para o interior.

FIGURA 01 DA PAGINA 63 APOSTILA Coloca-se a peia porta-laço na quartela do membro levantado e se passa a argola

do membro posterior do mesmo lado; em seguida, passa-se a mesma corda, sucessivamente, pelo outro posterior pelo anterior do lado em que o animai vai cair e enfim, pela argola da peia porta-laço. Outra corda chamada "Plat-longe" e passada ao redor do corpo, para que um ajudante segure suas extremidades no lado para o qual o animal vai cair. Um ajudante segura a cauda e o outro a cabeça para agirem no mesmo sentido daquele que segura a "Plat-longe" . não se deve usar apenas a força bruta a fim de evitar que o cavalo caia bruscamente sobre o solo. A contenção para a posição decubital e mais um questão de habilidade. É necessário colocar o animal em tais condições de instabilidade de equilíbrio que ele próprio por instinto de conservação, flexione os membros e se aproxime do solo para amortecer os efeitos de uma queda que ele julga inevitável. É preciso então diminuir a base de sustentação do animal - a fim de tornar instável o seu equilibrio. 0 ajudante que segura a cabeça deve imprimir a esta um movimento de recuo; no momento em que o cavalo, obedecendo a este manejo leva os membros anteriores para trás, a corda das peias devera ser puxa da, sem exagero, retraindo com isso o retângulo que constitui a base de sustentação. Com os membros convergindo para o centro de gravidade, o equilibrio se torna tão instável que o animal se vê obrigado a flexioná-lo para se aproximar do solo.

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Figura 02 da pagina 63 apostila

Neste momento, por uma ação sincrônica, a queda e auxiliada pelos ajudantes que agem uns movimentando a cabeça, a cauda e a "Plat-longe" para o lado oposto. Para anular os esforços que o animal faz para levantar-se o ajudante que segura a cabeça deve puxá-la para trás, sem violência, mantendo-a firme. No anel da corrente mais próximo das peias coloca-se um cadeado para evitar o afastamento dos membros. Para se retirar as peias, o operador, colocado um pouco afastado das extremidades dos membros, desafivela primeiro as peias anteriores e depois as posteriorest evitando usar movimentos bruscos. r) Ferrageamento a frio 0 ferrageamento a frio foi o primitivo sistema de ferrar e se diferencia da ferração a quante nas operações de preparar, ajustar e ensaiar, as quais se realizam sem esquentar a ferradura. Como a frio não é possivel, senão, fazer pequenas modificações nas ferraduras, é necessário que estas sejam, o mais possível, semelhantes a forma do casco. Para o ferrageamento a frio, a preparação da ferradura para determinado pé, fica reduzida a repassar as craveiras e o contorno e dar-lhe uma justura conveniente. Mesmo que o casco esteja bem nivelado e a ferradura bem preparada, raras vezes há perfeita adaptação do ferro ao casco, sendo necessário experimentar repetidas vezes, rebaixando o casco ou modificando a ferradura nos pontos em que seja preciso. Figura da pagina 64 s) - Remarcação dos cascos - os cascos devem ser remarcados, por ocasião do ferrageamento ou quando, pelo crescimento dos cascos, os números estiverem muito baixos.

SEÇÃO XI

ALIMENTAÇÃO

Art 50 - A alimentação do solípedes militar consta normalmente de milho, alfafa, verdejo, sal e água. Entretanto, poderá receber também aveia, farelo, sais minerais, etc.

§ lº - Chama-se forragem a alimentação diária que e destina da a cada animal e ração "é a quantidade "distribuída de cada vez, durante o dia.

§ 2º - Teoricamente, cada cavalo tem sua forragem certa, mas, na prática, reforça-se as rações dos mais magros e dos que são habitualmente montados, em detrimento dos mais gordos ou dos que trabalham menos.

§ 3º - Os serviços que um animal pode prestar, estão em relação direta com a alimentação que se lhe proporcione; a saúde e o estado dos animais dependem muito da natureza e qualidade da forragem e da maneira de sua distribuição.

§ 4º - Um pouco de alfafa dada antes da ração de milho abre o apetite e evita prisão de ventre, estimulando a salivação e as secreções estomacais.

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§ 55 - A água permanece muito pouco no estômago, passando logo aos intestinos. Deve ser dada antes da forragem ou duas horas depois, para evitar que a mesma arraste para os intestinos, regular quantidade de alimento não digerido.

§ 69 - A aveia e o milho são os grãos mais alimentícios. Um cavalo médio come de 4 a 5 quilogramas de milho por dia e de 3 a 5 de alfafa. Cada ração não deve ser superior a 2 quilogramas de grãos dado o pequeno volume do estômago. A alfafa não pode ser dispensada por muito tempo a menos que seja substituída por forragem similar. 0 verdejo não pode ser dispensado por muito tempo, devendo a forragem diária ser de 5 a 8 quilogramas. 0 sal ministrado regularmente serve para engordar os animais.

Art 51 - Cuidados com a forragem: Para que a forragem não estrague nos depósitos, e necessário armazena-la em

locais secos e ventilados, não devendo ficar empilhada diretamente no assoalho e nem em contato com paredes.

Para isso utilizamos pranchas, devidamente espaçadas e altas do chão, para que o ar possa circular por baixo das pilhas. Entre as pilhas e em cada pilha devem ficar espaços em baixo, em cima e dos lados, para que a circulação do ar seja completa em torno delas.

Art 52 - Regras de forrageamento: I - Dar água, principalmente no verão, antes das rações ou somente apôs uma hora; II - Nunca dar milho em primeiro lugar aos animais sôfregos e sim alfafa; III - em caso de trabalho intenso logo após o forrageamento, dar somente metade da ração; IV - o cavalo não deve trabalhar logo apôs ração completa; V - dar um pouco de alfafa antes da ração de milho; VI - dar sal pelo menos uma vez por semana; VII - remover da mangedoura o resto da ração deixada pelo animal; VIII - verificar se a ração a distribuir não esta mofada ou podre; IX - observar os cavalos comerem, verificando quais os que comem com lentidão, quais os sôfregos e quais os depauperados; X - sempre que houver oportunidade, deixar o animal pastar; XI - dar a maior ração, principalmente de alfafa, no últilmo forrageamento, ao cair da noite, para que o animal tenha bastante tempo para digerir; XII - forragear, diariamente em horas certas; XIII - dar milho, no mínimo, duas vezes e mais amiúde para os animais depauperados; XIV - depois do trabalho, só forragear o animal depois que ele estiver limpo e tranqüilo;

Art 53 - A água: A água é o alimento indispensável à vida do cavalo, devendo ser ministrada em abundância. A sede abate o animal, mais que a própria fome, alem de tirar-lhe o apetite.

§ 1º - A água é muito., necessária para ajudar a digestão, particularmente nos dias mais quentes. Em media, um cavalo bebe, diariamente, cerca de 20 a 30 litros, sendo essas quantidades dobra. das em tempo de calor excessivo.

§ 2º - Deve-se dar de beber ao cavalo o maior numero de vezes possível, no mínimo quatro vezes por dia, e sempre deixa-lo beber quanto deseja, desde que não esteja cansado ou suado. Para isto, e melhor ter sempre água à disposição do animal.

§ 3º - A água deve ser dada, de preferência, antes de cada ração de milho ou, então, no mínimo, uma hora após, e no verão, apôs o retorno do trabalho e mesmo depois da ultima ração. Nunca consentir, no entanto, beber logo apôs a forragem.

§ 4º - A água deve ser bem limpa, clara, sem cheiro, sem sabor, bastante arejada e fresca.

SEÇÃO XII SOCORROS DE URGÊNCIA

Art .54 - 0 cavaleiro deve conhecer o minímo necessário para prestar socorros de

urgência a sua montada, em caso de necessidade, até, a chegada do auxílio veterinário do Corpo ou para que o animal tenha condições de chegar a Unidade.

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0 cavaleiro sabendo a maneira de prestar o primeiro socorro correspondente ao mal, prestará preciosos auxílios ao veterinário, além de poder salvar o animal da morte ou inutilização permanente.

Art 5 5. - Sintomas de doenças: Os sinais de doença mais comuns são: I - 0 animal deixa de comer ou come pouco; II - temperatura elevada, pulso e respiração acelerados; III - aspecto triste e desanimado; IV - suor abundante, sem trabalho que o justifique; V - músculos contraídos e endurecidos; VI - tosse e corrimento nasal;

VII – diarréia e prisão de ventre; VIII - inflamação ou vermelhidão das mucosas; IX - agitação e inquietação;

X - manqueira ou dificuldade no andar; XI - Pelo fosco, arrepiado ou caindo; XII - coceira localizada ou generalizada; XIII - atitudes normais; XIV - calor ou inchação anormal em qualquer parte do corpo.

Art 56 - Doenças contagiosas: I - Mormo:

1) - sintomas - perda de apetite, aumento de temperatura, tosse, corrimento nasal aguado e abundante, que depois se torna grosso e amarelo, cabeça e pescoço duros e estendidos e inchaço quente e dolorosa entre as ganachas. 2) - primeiro socorro - separar o animal doente, dar-lhe absoluto repouso, colocá-lo em lugar arejado sem correntes de ar, cobrindo-o com uma manta, se estiver muito frio, dar forragem macia, limpar as narinas freqüentemente.

II - Sarnas: 1) - sintomas - depilação localizada, que vai se alastrando, com coceira intensa, a superfície da região afetada se torna úmida e cheia de crostas. 2) - primeiro socorro - separar o animal doente e todo o material que tenha que entrar em contacto com o mesmo, tosar e queimar o pelo.

III - Garrotilho, adenite eqüina: 1) - sintomas - caracteriza-se pelo corrimento nasal abundante, acompanhado de tosse, engorgitamento exagerado dos gânglios faringeanos sublinguais, submaxilares e proparotídeos, que chegam a abcedar ou, as vezes, dificultam grandemente a respiração a ponto ate de asfixiar o animal. 2) - primeiro socorro - vacinação e soro vacinação .Isolar os doentes e manter em observação os suspeitos. Tratar dos doentes com antibióticos (penicilina, terramicina, etc.). Desinfecção rigorosa dos boxes, baias, bebedouros, estrumeiras, cochos, manjedouras, material de penso e de arreiamento, etc.

IV - Influenza equina: É uma enfermidade produzida por vírus que acomete os eqüinos em diversas

idades, sendo mais comum no início do inverno ou quando ha mudanças bruscas de temperatura.

1) - Sintomas: a) - Gerais - febre, perda de apetite, prostração; b) - Locais - tosse seca, corrimento nasal, movimentos respiratórios aumentados, podendo haver linfadenite .

2) - Tratamento: a)Profilático - que consiste na vacinação maciça do plantel anualmente. b) - Terapêutico - uma vez instalada a enfermidade é aconselhável o uso de antibiótico de largo espectro; vitaminas (4g)durante 4 ou 5 dias e broncodilatadores.

OBS.: Eventualmente podem ocorrer outras doenças contagiosas e/ou infecto-contagiosas, de incidência mais rara, surgindo casos isolados, que tratados imediatamente

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evitam contágio ao restante do plantel. No presente trabalho foram citadas as doenças mais comuns.

Art 57 - Doenças não contagiosas: I - Pneumonia:

1) - sintomas - temperatura alta, vermelhidão das mu cosas, respiração rápida e difícil, narinas dilatadas exalando ar-muito quente, pode haver ou não, tosse e corrimento avermelhado pelas narinas, no principio, geralmente, o animal tem prisão de ventre e a urina escassa e de cor forte, os membros e as orelhas ficam frios e o animal aparenta grande fraqueza. 2) - primeiro socorro - isolar o animal em lugar limpo, seco e arejado, sem correntes de ar, cobrindo o corpo se fizer frio, massagear os membros, dar forragem de fácil digestão e manter água fresca ao alcance do animal doente.

II - Tétano: 1) - sintomas - rigidez e contrações de alguns ou de todos os músculos, dentro de 5 dias após a infecção, perturbando o animal quando bebe, mastiga ou engole. 2) - primeiro socorro - isolar o doente em lugar quieto e escuro, livre de qualquer excitação, dar forragem de fácil mastigação.

III - cólicas: 1) - causas: - forragens indigestivas ou estragadas; - mudança repentina de forragem ou de regime de forrageamento; - trabalho logo apôs o forrageamento; - excesso de forragem ou de água, estando o animal cansado; - dar água ao animal após o forrageamento, principalmente de grãos; - vicio de engolir ar; - parasitas do aparelho digestivo; - tumores e outras anormalidades. 2) - sintomas: - perda de apetite; - dor traduzida pela inquietação, escavar o solo, bater com os pés, deitar e rolar no solo, olhar o flanco, suor e coices, as vezes contra o próprio abdomem; - tomar freqüentemente a posição de urinar ou defecar, sem resultados.

Na forma gasosa, o ventre cresce, a respiração torna-se difícil, algumas cólicas complicam de congestão nos intestinos, tornando-as mais graves. 3) - primeiros socorros - caminhar vagarosamente com o animal, deixá-lo rolar no solo, fazer massagens no ventre, aplicar panos quentes em volta do ventre e dos flancos.

IV - Aguamento: 1) - sintomas:- manqueira forte que aparece repentina mente, cascos atingidos, geralmente os anteriores, muito quentes, aumento de pulso, respiração e temperatura. 2)- primeiros socorros:- colocar o animal numa baia com boa cama, cobrir os cascos afetados e os membros até o joelho ou jarrete, com várias camadas de sacos de algodão ou de aniagem, molhados com água fria, dar capim macio para comer. V - insolação e internação: 1) - prevenção - tosar os animais de pelagem abundante, quando chegar o verão, evitar o trabalho pesado ou prolonga do em dias quentes, dar com freqüência água fresca adicionada de sal, alojar o animal em local bem ventilado, cujas paredes e coberturas não encontrem calor. 2) sintomas - o animal trabalhando e soando normalmente, para de suar e torna-se lerdo, com andadura vacilante , tropeçando freqüentemente dos posteriores; parado, mantém-se de pé com os membros afastados, respirando rápida e profundamente, narinas dilatadas, denotando falta de ar e ansiedade; as mucosas aparentes ficam vermelhas, com tons azulados, tremores musculares acompanham tais sintomas. 3) - primeiros socorros - aos primeiros sinais, para o animal retire-o do local em que se encontra, se estiver estabulado leve-o para a sombra, se houver; retire o arreiamento e aplique grande quantidade de água fria sobre sobre todo o corpo, principalmente cabeça,

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tábuas do pescoço, virilha e flancos, aplicando também nas narinas e boca; dê alguns goles de água salgada, de 10 em 10 minutos; assim a temperatura devera baixar rapidamente, logo que melhore o estado do animal, faça-o mover-se devagar e esfregue o corpo; uma vez normalizada a temperatura, leve o animal para o alojamento,

VI - estafa ou exaustão: 1) - prevenção - dar trabalho correspondente as condições físicas do animal, mantendo-o sempre em boas condições de treinamento. 2) - sintomas - o animal deita e recusa forragem, principalmente o milho, parecendo sofrer sede intensa, bebendo grande quantidade de água, o corpo fica frio com pouco suor e como que engordurado. 3) - primeiros socorros - fazer o animal deitar em lugar confortável, cobrindo-lhe o corpo com a manta aberta, para evitar resfriamento; faça massagens nos membros, dando pequenas quantidades de água salgada, com freqüência; com bom período repouso o animal recupera-se.

VII - Congestão cerebral: É um excesso de sangue no cérebro, por ativação anormal da circulação. 0 tratamento consta de repouso absoluto, purgativos, sangrias, compressas frias

ou gelo na cabeça. VIII - Congestão pulmonar: Afluxo exagerado de sangue nos pulmões. 0 tratamento se faz por cataplasma de mostarda sangrias, derivativos (fricções

com essência de terobentina, purgativos e diuréticos) . IX - Crapaud (pododermite crônica exsudativa vegetante) É uma infecção que se caracteriza pela inflamação crônica exsudativa vegetante

da membrana queratógena dos pés. Uma forma benigna se localiza na face posterior da quartela e na ranilha. As lesões são do tipo eczematoso vegetante, úmido, que tendem a estender-se e a recdivar, com alterações da derme: hiperplazia do corpo mucoso, edema interstical, etc, similares do eczema úmido crônico vegetante, com forte fedor. 0 tratamento consiste em deter a proliferação, eliminar as vegetações por cauterização nas formas graves e/ou apara do casco a fundo e eliminação dos tecidos necrosados por curetagem nos outros casos.

X - Fulguração ou fulminação: É causada pela ação dos raios. 0 raio como se sabe, e a descarga elétrica

deflagrada entre as nuvens e o solo que, no curso das tempestades, se pode fazer por intermédio de um organismo animal, que é um ótimo condutor. Os animais que se encontram nos campos, nas invernadas, nos locais mais altos ou sob arvores frondosas, estão mais sujeitos a serem atingidos. Os acidentes de fulguração dependem de vários fatores, principalmente de intensidade da descarga (cerca de 2.000 volts). Quando o raio atinge diretamente o indivíduo, via de regra, carboniza-o fulminantemente. Quando as descargas, ao atingirem o solo encontram corpos muito grandes, como árvores gigantescas, podem subdividir-se em vários raios menores que tomam um aspecto- arborescente alcançando a vitima, com lesões de menor gravidade e ate mesmo ficam nulas ficando apenas o susto. Nestes casos quase sempre há queimaduras simples, chamadas "figuras de fulguração", que apresentam aspecto arborescente ou zebruras nos membros, ventre,etc. Em alguns casos podem sobrevir complicações; as ferraduras podem se afrouxar, se soltar ou se fundir, consoante a intensidade da descarga. A morte se da por asfixia. As queimaduras externas são secas, não inflamatórias; a pele toma um aspecto pergaminhoso e mumificado.

XI - Eletrocutação: É o acidente causado pela corrente elétrica industrial, cabos de iluminação ou de

força motriz. As correntes elétricas determinam lesões locais ou gerais. A resistência da pele varia conforme esteja seca ou molhada. A gravidade dos acidentes esta na maior ou menor intensidade das voltagens. Normalmente ha queimaduras.

0 cavalo, normalmente, morre a 70 ou 80 volts, enquanto o homem pode suportar até 300 volts, além disso pode haver síncope cardíaca. A eletrocução se dá

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acidentalmente por rupturas de fios elétricos ( de luz ou de alta tensão ) ou propositadamente, para sacrificar animais.

XII - Afogamento: Quando um indivíduo submerge, pode haver a " asfixia por submersão" ou uma

"síncope por submersão" (rápida). Na asfixia por submersão, o indivíduo se debate energicamente,agarra-se ao que estiver ao seu alcance, a respiração e sustada, . toda a resistência é vencida e profundas inspirações fazem a água entrar nas narinas. Os movimentos respiratórios retardam-se, param, observa-se relaxamento muscular e esfincteriano, dilatação da pupila e morte dentro de cinco ou seis minutos de submersão. Na síncope por submersão, o afogado não se debate. Não ha nenhum movimento respiratório e por isso mesmo, não ha penetração de água nas vias respiratórias. Posto fora d’água, o animal está inerte, anemiado, sem espuma na boca ou nas narinas. 0 tratamento será o seguinte: No caso de afogamento azul (asfixia por submersão), transporta-se o afogado para local aquecido, procede-se à retira da do arreiamento, se for cavalo, e inicia-se a respiração artificial. (Nas praias onde há serviço de salvamento humano, existe um aparelho chamado "ressuscitador" destinado a realizar automaticamente a respiração artificial e movimentos ritímicos da língua). Fazer fricções com álcool, óleo canforado, sangria, etc.

No caso de afogamento branco (síncope por submersão),injeções de coramina, inalações de oxigênio, em virtude de os pulmões e£ tarem vazios de água.

XIII - Geladuras. São lesões produzidas pela ação do frio sobre os tecidos vivos principalmente nos

órgãos mais afastados do coração-orelhas, extremidades dos membros, etc. Causas determinantes: idade avançada, miséria orgânica, fadiga, tosquia e hipo-

alimentaçao. 0 frio úmido ataca mais que o seco. A tosquia diminui a resistência do animal, enquanto que a boa alimentação aumenta. A causa determinante principal é a permanência prolongada no frio. Caracteriza-se pela lentidão da cicatrização e pelo edema nos membros. 0 tratamento preventivo consta de alimentação substancial, abrigar os animais dos rigores do frio, por meio de mantas, cobertores, capas, boxes fechados, etc. Não tosquiar por ocasião do inverno e untar a superfície do corpo com vaselina. 0 tratamento curativo é o seguinte:

1º grau: friccionar a região com pano seco até restabelecer a circulação e usar leções;

2 º grau: alem de friccionar com pano seco, imergir o animal em banhos frios e ir subindo gradativamente a temperatura d’água ate atingir 37º C;

3º grau: tratamento idêntico ao das queimaduras, facilitando a queda das escaras. Na congelação total, friccionar todo o corpo com pano seco, dando bebidas

excitantes e, quando reanimado, abriga-lo com uma coberta quente. XIV - Envenenamento: Veneno e toda substância que introduzida no organismo por qualquer via

(digestiva, respiratória, transcutânea ou qualquer outra) é capaz de causar dano ou mesmo levar o paciente a morte. 0 tratamento dos envenenamentos se baseia no emprego de antídotos (substancia de ação contrária, neutralizante) que agem portanto tornando inócuo ou eliminando a ação nociva do tóxico sobre o organismo. Antes de o veneno absorvido pelo organismo, podemos procurar elimina-lo pelos seguintes meios: purgativos, diuréticos, vomitivos (menos aos eqüídeos), sudoríferos,lavagens estomacais, sangrias etc. Além desses meios, podemos lançar mão em certos casos, de substâncias de ação antagônica à do veneno sobre a sintomatologia, isto é, recorremos a medicamentos sintomáticos. Na paralisia, por exemplo, empregamos excitantes; nas agitações, empregamos calmantes, nas perturbações do coração, os cardiotônicos. Para solípedes não se dá vomitivos.

Os envenenamentos podem ser produzidos por tóxicos minerais, vegetais e/ou animais.

1) - Tóxicos animais: a) - Aranhas "armadeiras" e "caranguejeiras" possuem ferrão por onde inoculam

veneno.

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(1) - Sintomas: vermelhidão local, inchaço e dor aguda. (2) - Tratamento local: aplicação de álcool ou de óleo canforado, amoníaco e

soro especifico. b) - Escorpiões: possuem no segmento do abdomem duas glândulas de veneno

que se comunicam com o ferrão terminal, por onde inoculam o veneno. Sua picada pode ser mortal.

(1) - Sintomas: intoxicações acompanhadas de fortes dores. (2) - Tratamento: trata-se pelo soro específico, o soro anti-escorpiônico. c) - Lacraias e Piolhos de cobra: são animais dotados de grande números de

patas. (1) - Sintomas: vermelhidão local e dormência em toda a região ofendida. (2) - Tratamento: pelo álcool ou óleo canforado e amoníaco, no local; injeções

de extrato-hepático para proteger o fígado. d) - Insetos (abelhas e vespas) : somente as fêmeas possuem a glândula venenosa.

As picadas de insetos não se revestem de gravidade a não ser quando a vítima é atacada por enxames de abelhas ou vespas, ou seja por grande numero de insetos venenosos.

(1) - Sintomas: inchação, intoxicação e fortes dores. (2) - Tratamento: pelo álcool ou óleo canforado e amoníaco, no local; injeções

de extrato-hepático para proteger o fígado. e) - Sapos: não são tão perigosos para os animais, entretanto, apresentam

glândulas dorsais munidas de um veneno branco leitoso, que e cáustico, de modo que, acidentalmente, quando pisados ou perseguidos, podem lançá-lo como defesa, causticando o animal atingido.

f) - Ofídios (cobras ou serpentes): a ação do veneno depende de vários fatores, consoante a espécie da cobra que picou, da quantidade de veneno inoculado, da via de inoculação, do local da picada e das condições fisiopatológicas da vítima. Os sintomas de envenenamento são perturbações visuais chegando mesmo até a cegueira; hemorragia, paralisias, náuseas, vômitos (menos no cavalo), hipotermia, gangrena, dor, sinais das presas, etc. 0 tratamento.e com soro especifico.

XV - Queimaduras: São lesões provocadas nos tecidos vivos pela ação acidental ou proposital de

agentes químicos ou físicos. Estas podem agir em estado sólido, líquido ou gasoso. As queimaduras varia em grau e gravidade, consoante a área, a profundidade e a

localização. Quanto maior a superfície comprometida, tanto mais grave e a queimadura. As queimaduras na cabeça e nos membros são mais importantes e graves do que as localizadas em outras regiões, porque geralmente produzem choque ou comoção do sistema nervoso. 0 coração fica fraco, a circulação e imperfeita e o paciente empalidece, havendo sempre febre. Quando cobrem grande parte da superfície do corpo do animal, torna-se impossível a respiração cutânea.

Dá-se uma asfixia mortal, se a superfície queimada for intensa. As inflamações conseqüentes das queimaduras profundas, graves, quase sempre se complicam com inflamações agudas dos rins.

XVI - Queimaduras por irradiação. São as queimaduras produzidas pela irradiação de raios quentes como, os raios

solares dos climas cálidos e lesões provocadas pelos raios infra-vermelhos e ultra-violetas,de que se compõe a luz solar natural ou artificial das lâmpadas de quartzo. Há, ainda, as queimaduras por irradiação dos raios "Roentgen" , radium e descargas elétricas da atmosfera industrial. Tratam-se as queimaduras mediante aplicação de acido pícrico, pomadas com sulfa, penicilina, purpurina e óleo de fígado de bacalhau. Tomar cuidados com os rins. Repouso etc.

Art 58 - Ferimentos diversos. I - encabrestura:

1) - sintomas:- lesão provocada por corda na dobra da quartela; a pele a região lesada apresenta-se " avermelhada, sem pelos como se tivesse sendo rasgada; se o atrito da corda for muito forte poderá destruir a pele e atingir os tendões ha sempre dor e manqueira.

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2) - primeiro socorro:- lavar o local afetado com água morna e sabão e enxugar bem, protegendo com penso feito com pano limpo.

II - fraturas: 1) - sintomas:- quando qualquer dos ossos longos de sustentação do corpo é fraturado completamente, o membro atingido fica pendente e incapaz de suportar o peso do corpo; quando a fratura e de osso que forma a ponta da anca, aparece manqueira, dificuldade em movimentar o posterior do lado da fratura, sensibilidade e inchação na sede do traumatismo, sensível abaixamento da ponta da anca atingida. 2) - primeiro socorro:- as fraturas completas são incuráveis e se impõe o sacrifício do animal; as fraturas da ponta da anca são curáveis devendo o animal atingido ser puxado lentamente.

III - luxações e entorses: 1) - sintomas: - manqueira acentuada, calor e inchação da articulação, sensibilidade a pressão. 2) - primeiro socorro:- repouso absoluto, duchas frias sobre o local ou aplicação de compressas frias ou geladas, se possível.

IV - esforço dos tendões: 1) - sintomas:- manqueira, calor da tumefação do tendão, sensibilidade a pressão. 2) - primeiro socorro:- o mesmo indicado para o caso anterior.

V - ferimento em geral: A conduta do cavaleiro em face de um ferimento pode ser resumida em duas cousas;

- deter a hemorragia, se houver; - proteger o ferimento contra a infecção. 1) - hemorragias: chama-se hemorragia a saída do sangue de um vaso (artéria,

veia ou capilar). Nas hemorragias arteriais, que são as mais graves, o sangue sai em jatos (esguicha) e é de cor vermelho vivo. Nas venosas menos graves, sai continuamente e e é cor vermelho escura. Finalmente, as capilares, que são as mais comuns e de menor gravidade, a perda do sangue é relativamente sem importância. As hemorragias capilares são combatidas pela compressão feita com chumaço de algodão ou de pano, completada pela pressão do próprio curativo. As venosas cedem geralmente apertando bem o curativo acima e abaixo do ferimento (logo que a hemorragia cessa, diminuir o aperto, deixando apenas o suficiente para manter o curativo no lugar). Nas hemorragias arteriais que não cedam com os dois processos acima, aplica-se o torniquete, entre o ferimento e o coração. Para se fazer o torniquete, usa-se uma tira de pano (dois lenços ligado dos um ao outro e enrolados, por exemplo) , ou de qualquer material flexível que possa ser torcido e um objeto que possa torcê-lo, (pedaço de pau, ferro de ranilha, etc). Passa-se a tira em volta do ponto em que deve ser aplicado o torniquete e amarra-se com uma laçada; sobre esta coloca-se o objeto, com que vai se fazer a torção e amarra-se com um nó. Começa-se a torção da esquerda para a direita ate que o sangue deixe de correr. Fixa-se, então, com uma outra tira a extremidade do objeto para que não "desande"; sempre que possível, se deve proteger com um pedaço de pano a parte do corpo em que vai agir o torniquete, para que não fique traumatizada. 0 torniquete deve ser afrouxado de 20 em 20 minutos; se a hemorragia parou, deixa-se frouxo; se não, torna-se a apertar novamente. 2) - a hemorragia originada no aparelho respiratório e comum no cavalo e as vezes atinge grande volume de sangue; neste caso, coloca-se o animal e local fresco, mantendo a cabeça levantada e aplicando compressas de água gelada ou mais fria possível sobre o chanfro e a fronte.

3) - proteção contra infecção: o principal fator de sucesso para a cura de um ferimento é a limpeza. Limpeza do próprio ferimento, do curativo e de quem presta socorro. A limpeza do ferimento é, nos casos mais comuns, a providencia inicial. Somente quando há hemorragia abundante é que se dá preferência ao combate desta. Lave as mãos; escolha um pano limpo para fazer o curativo, uma tesoura e um pouco de solução de creolina, morna, se for possível e corte os pelos em volta do ferimento; retire toda a sujeira, sangue coalhado e os corpos estranhos que existem no mesmo, usando pequenas compressas de pano ou algodão embebidas em uma solução de água

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oxigenada ou, na falta desta, em água limpa. Faça depois uma lavagem geral da ferida, protegendo-a das moscas e da poeira. 0 ferimento deve ser mantido, tanto quanto possível seco; mude, portanto, o curativo tantas vezes forem necessárias a esse fim.

4) - repouso e contenção:- dependem inteiramente da natureza e da extensão do ferimento. Se este for leve, o animal pode continuar a trabalhar; no caso contrario, devera ser recolhido ao seu alojamento. Em certos casos, será necessário amarra-lo, para evitar que destrua o curativo.

VI - Bicheiras (Miases): algumas vezes, os ferimentos mal protegidos contra as moscas, são infestados por larvas das mesmas, transformando-se nas chamadas "bicheiras". A presença destas larvas e reconhecida por um corrimento de sangue aguado e pela aparência vermelha e irritada de seus bordos. Examinando-se cuidadosamente o fundo da ferida, notam-se as larvas esbranquecidas, movimentando-se. Um dos melhores tratamentos contra as "bicheiras" e a aplicação de creolina. Faz-se primeiro uma compressa de algodão, pano ou estopa, embebe-se a mesma na creolina pura e cobre-se o ferimento, de maneira a abturá-lo completamente. Espera-se uns 10 minutos, retira-se a compressa e com o auxílio de uma pinça, vai se retirando as larvas quase todas já mortas. Depois de limpo o ferimento, aplica-se uma outra compressa de solução fraca de creolina e faz-se o curativo. Geralmente 1 a 2 aplicações fazem desaparecer as "bicheiras". Depois, a ferida, trata-se da maneira normal.

VII - estrepada:- e a penetração de um corpo estranho no pé do animal ou o deslizamento da ferradura pelo afrouxamento dos cravos o que provoca a penetração do guarda-casco na sola ou de um cravo. 1) - sintomas:- sensível manqueira, aparece quase imediatamente; 2) - primeiro socorro:- examine o casco, limpe-o bem, retirando o corpo estranho no caso da ferradura desajustada, retire-a; se a dor for intensa, para alivia-la, banhe o casco com água quente, de meia em meia hora, mais ou menos.

VIII - contusões: 1) - sintomas:- quando um músculo é atingido, pode haver aumento de sensibilidade na região e manqueira, se houver ruptura de um vaso, resultara o aumento de volume da região devido a hemorragia ou hematoma; 2) - primeiro socorro:- repouso, duchas frias sobre o local ou aplicações de compressas frias ou geladas, se possível.

IX - ferimentos nos olhos: 1) - sintomas:- lacrimejamento, vermelhidão da conjuntiva e fechamento total ou parcial dos olhos; 2) - primeiro socorro:- verifique se ha corpo estranho no olho e em caso afirmativo, procure retira-lo com um pedaço de algodão ou pano limpo embebido em água morna, lave o olho doente com água morna e coloque o animal em local escuro ou sombrio.

X - feridas de arreiamento: As feridas produzidas por arreiamento são as que produzem maior numero de

baixas. Por este motivo todo cavaleiro deve conhecer perfeitamente a maneira pela qual se produzem tais ferimentos e saiba como evitá-los. 1) - causas - encílhamento mau feito; má construção, má conformação ou mau estado de conservação de arreiamento; mantas sujas ou mau dobradas; falta de cuidado montar, deslocando-se o cavaleiro constantemente na sela; peso irregularmente distribuído; má conformação do garrote, dorso ou lombo do animal. 2) - prevenção - o cavaleiro é responsável pelo bom ajustamento do arreiamento, armamento e equipamento; pela limpeza e maneira correta de dobrar a manta, pela fiel e imediata notificação ao seu superior imediato, da mais leve lesão de qualquer espécie que se tenha verificado no garrote, dorso ou lombo de sua montada. Os oficiais e sargentos deverão verificar freqüentemente o arreiamento, o estado de limpeza das mantas, a limpeza das mantas, a limpeza das selas, as condições de adaptação do cepilho à cernelha do animal. A aplicação de certos recursos inteligentes podem remediar alguns defeitos de conformação do animal ou de construção da sela; pequenas almofadas de mantas ou tiras de feltro recortadas convenientemente, podem compensar a ma conformação, da cernelha ou do dorso.

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3) - primeiro socorro:- remover a causa do ferimento; se não houver dano a pele fazer aplicações frias com massagens leves; em caso de lesão da pele, lava-se o ferimento e aplica-se compressas de água salgada. Se necessário que o animal continue encilhado, usa-se qualquer recurso capaz de suprimir o apoio ao contacto do arreiamento com a lesão.

XI - escoriação: É o ferimento superficial com solução de continuidade da epiderme.

XII - ferimento com arma de fogo: (projetis) Os efeitos são tanto mais acentuados quanto mais perto da arma estiver a vítima.

A ferida provocada por bala apresenta: "orifício de entrada", "trajeto" e "orifício de salda"; este último pode deixar de existir, quando a bala fica alojada em qualquer parte do corpo. 0 orifício de entrada é sempre menor que o de saída, porque a pele sendo elástica, retrai-se e oblitera-se. 0 orifício de saída é 2 a 5 vezes maior que o de entrada, porque ha esfacelamento das partes moles com fragmentos de músculos e ossos. 0 orifício de entrada mostra os bordos regulares e nítidos, no de saída os bordos são dilacerados, irregulares. A gravidade dos ferimentos por projetis depende de vários fatores. Quando atinge uma parte elástica, como a pele, produz perfuração; quando atinge uma parte mole, como o fígado, determina esmagamento; quando atinge uma parte dura, como cartilagens ou ossos além de quebrá-los, pode esmigalhá-los, de modo que os fragmentos formados valem como outros tantos pequenos projetis que produzem mais lesões. Os órgãos cavitários, como o estômago, bexiga e intestinos, em estado de cacuidade, quando atingidos, as lesões não são tão complicadas como quando estão cheias por causa da pressão considerável exercida em todas as direções pela massa contida no órgão. <

XIII - ferimentos por arma branca (cortantes e incisores) As soluções de continuidade dos tecidos são produzidas pelos agentes incisores

(espada, faca, navalha, objeto cortante). A gravidade depende da intensidade, profundidade e órgão lesado.

Os efeitos mais freqüentes dos cortes são as hemorragias, cuja gravidade está no calibre e importância do vaso ferido.

A lesão nas artérias é mais grave que nas, velas, requerendo sempre a presença do veterinário. A secção de um nervo determinada dor imediata na região proximal e anestesia ou paralisia da região distal correspondente.

Quando as incisões não atingem órgãos importantes, notadamente as camadas musculares, seus bordos poderão ser unidos assepticamente, de modo que a cicatrização se dá em primeira intenção sem haver infecção.

Quando houver infecção, acompanhada de supuração, ha formação de botões carnudos de tecidos de neoformação e a cicatrização se faz por segunda intenção.

Os cortes profundos podem seccionar, além dos músculos, nervos, tendões, órgãos internos (fígado, baço, pâncreas, estômago, intestinos, etc.), cartilagens e ossos. Art 59 - Ação dos agentes químicos: Os efeitos fisiológicos da maioria dos agentes químicos são semelhantes no cavalo e no homem. Praticamente, porem, apenas os vesicantes exigem maiores cuidados de proteção e primeiro socorro, em relação aos demais, porque os solípedes tem maior resistência do que o homem.

As partes do cavalo mais comumente afetadas pelos agentes químicos são o aparelho respiratório, pele, cascos,olhos e tubo digestivo.

I - Gases lacrimogêneos:- tal como no homem, os gases lacrimogêneos poucas alterações provocam no cavalo, o qual ordinariamente, os suporta, sem maiores conseqüências, não sendo necessária qualquer proteção ou medida de primeiro socorro.

II - Gases irritantes pulmonares: - os efeitos dos irritantes pulmonares podem aparecer imediatamente, ou algumas horas depois e se traduzem pelos seguintes sintomas:

Tosse, narinas dilatadas, olhar espantado e se aconcentração de gases for muito forte, pode aparecer também um corrimento nasal de sangue espumoso.

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0 cavalo, não, sendo socorrido em tempo pode morrer em 4 a 48 horas e, mesmo quando socorrido, fica incapacitado no mínimo por 5 dias.

III - Gases vesicantes:- os efeitos dos vesicantes são: 1) aparelho respiratório: - inflamação e destruição da mucosa dos aparelho

respiratório, podendo mesmo provocar a pneumonia. 2) Pele:- os vapores atacam de preferência as regiões de pele fina e desprovida

de pelos (focinho, axilas, face interna das coxas etc.). As gotas dos vesicantes fazem eriçar os pelos da parte do corpo do animal, em

que caem, provocando, posteriormente, se o animal não for socorrido, a formação de bolhas que depois se rompem em feridas e chagas profundas.

3) Olhos:- os vesicantes podem provocar inchação e lacrimejamento e até mesmo a cegueira. Provocam também uma coceira intensa que leva os animais a esfregarem os talhos contra qualquer objeto, agravando assim, ação do vesicante.

4) Tubo digestivo:- a ingestão de forragem contaminada pelos vesicantes produz inflamação no tubo digestivo com sinais de cólica e diarréia sanguínea.

§ 1º- - Proteção:- o principal meio de proteção é o uso da máscara que deve ser colocada o mais rápido possível logo que seja dado o alarme.

Quando se tratar de vesicante, deve-se também imediatamente proteger o corpo do animal com qualquer cobertura como por exemplo a manta ou um cobertor, envolvendo também a parte inferior dos membros com caneleiras, ou qualquer pano umidecido com água .

Tendo em vista que os vesicantes, sendo mais pesados que o ar, se acumulam nas regiões mais baixas, deve-se evitar sempre estes locais para estacionamento ou abrigo dos animais. Para evitar a contaminação da forragem, deve-se cobri-la com coberturas impermeáveis (lonas, panos de barraca, etc.) ou coloca-la em abrigo calafetado. A forragem contaminada por vesicantes líquidos, deve ser destruída; quando apenas atacada por vapores de vesicante ou vapores irritantes pulmonares, pode ser utilizada, desde que seja arejada ao sol.

As pastagens dos animais, em regiões recentemente atacadas por agentes químicos, devem ser formalmente proibidas. Os pequenos depósitos de água natural das zonas atingidas pelos agentes, tais como poços, tanques, sangas e pequenas lagoas e arroios não devem ser utilizados, sem que tenham sido declara dos como livres de contaminação dos agentes químicos.

Os rios caudalosos e as grandes lagoas, podem ser utilizados em virtude de sua grande massa d’água.

§ 2º - Primeiro socorro:- Os primeiros socorros, em caso de ataque por agentes químicos são :

1) Colocar imediatamente a máscara no animal; 2) Retirar, o mais depressa possível, o cavalo da zona atingida, com o mínimo de esforço físico e mantê-lo depois em repouso e agasalhado, até a chegada do veterinário; 3) Se o ataque for por gases vesicantes, procurar lavar o animal, principalmente, nas partes inferiores dos membros, com água e sabão, ou fazê-lo nadar num rio ou lagoa. Não sendo isto possível, pode-se ainda lavar as partes atacadas, com gasolina, completando a lavagem com água e sabão na primeira oportunidade. Figuras da pagina 79

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4) No caso de serem atingidos os olhos, estes devem ser lavados com água pura ou, de preferência, com uma solução de bicabornato de sódio ou de acido bórico e os animais, serão amarrados bem curtos, para que não possam esfregar os olhos. 5) No caso de um animal ser atingido e queimado por partículas de fósforo branco, muito empregado para cortinas de fumaça, deve-se imediatamente cobrir a região com um pano molha, do, ou mesmo um pouco de lama, até que o animal possa ser atendido e socorrido convenientemente.

Art 60 - Moléstias infecto-contagiosas sem tratamento. I - 0 carbúnculo hemático é uma doença infecciosa comum ao homem e as diversas espécies de mamíferos. A doença ataca o grande numero de espécie de animais ocasionando prejuízos bastante elevados.

1) - sintomas:- no cavalo é caracterizado por fortes cólicas, edema no peito e no pescoço, assim como da região faringeana. As fezes e a urina apresentam-se misturadas com sangue. 0 sangue não se coagula. Período de incubação de 1 a 14 dias. Apresenta formas sub-agudas, agudas e super-agudas.

2) profilaxia a) - Notificação da ocorrência da infecção às autoridades sanitárias mais próximas. b) - Cremação dos cadáveres no próprio local onde sucumbiu animais infectado. c) - Isolamento das pastagens onde morreram animais com infecção. d) - Desinfecção rigorosa. e) - Vacinação anual sistemática de todos os animais são nas regiões onde a doença já tiver sido constatada. - tratamento - nao há. II - raiva (hidrofobia) - é uma doença infecciosa comum a varias espécies animais e ao homem. E caracterizada por lesões no sistema nervoso central. A infecção é produzida por um vírus neurotrópico e usualmente pela mordedura de animais infectados. 0 morcego (Desmodus rotundos) e outras espécies de morcegos hematófagos e o cão são os principais transmissores da chamada raiva dos herbívoros. 1) - sintomas - no cavalo, no ponto da mordida, desenvolve-se intenso prurido. 0 animal mostra-se agitado, morde a mangedoura e objetos circunvizinhos. Os lábios ficam contraidos os dentes aparecem e a boca deixa escoar uma saliva espumosa. 0 cavalo torna-se agressivo em relação aos outros animais e, as vezes, se morde, arrancando pedaços de pelo. 0 gosto torna-se pervertido, e a deglutição difícil. As paralisias aparecem no trem posterior e o animal mostra-se com incoordenação dos movimentos. 2) - profilaxia - - Sacrifício dos animais portadores da doença e dos morcegos hematófilos. - A vacinação -dos animais -que constituem o principal meio profilático.

- tratamento – não há. III - A encefalomielite infecciosa dos eqüídeos e um grupo de doença produzidas por

vírus caracterizadas por desordens no sistema nervoso central. 1) sintomas - perturbações da locomoção, o animal começa a tropeçar e o andar e

bastante irregular. 0 animal marcha com rigidez e notam-se a seguir, perturbações do equilíbrio e incoordenação dos movimentos, o animal tende para o imobilidade, e a queda e quase sempre a conseqüência. 0 emagrecimento e rápido, 0 animal mostra-se sonolento, pálpebras caídas, apático e apoia a cabeça nos obstáculos. Na ultima fase enxerga com dificuldade, deita-se em decúbito lateral completo e bate-se desordenadamente com os membros movimento este que é conhecido como movimento de pedalagem.

2) - profilaxia - a principal medida profilática e a vacinação dos animais. Outras medidas aconselhadas são: desinfecção das manjedouras, bebedouros e outros objetos usados pelos animais infectados. Combate aos mosquitos. 3) - Tratamento - têm sido tentados alguns medicamentos, porém até agora não se conseguiu nenhum que desse bons resultados.

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IV - A anemia infecciosa dos eqüídeos é infecto-contagiosa, inoculável pelo sangue e pelos órgãos, caracterizada por acessos febris irregulares, diminuição do numero de hemácias e a persistência extremamente longa do vírus nos animais infectados.

1) - sintomas - Os principais são: febre, edemas nos membros e peito, e alteração do sangue, A febre aparece sob a forma acessos separados por período de duração irregular o período febril mantém-se de 1 a 6 dias; o 15 acesso e o mais acentuado, os outros sobrevém em períodos variáveis, podendo esse período ser de dias a anos, ou nunca mais apresentar este sintoma.

2) - alterações no sangue – São caracterizadas pela diminuição do número de hemácias, em correlação estreita com os acessos febris, apôs um período antipirético o numero de hemácias poderá voltar ao normal. A mortalidade e estimada em 30 a 70 % dos doentes.

3) – contágio - o soro e o sangue são as principais fontes do vírus, o método de transmissão nas condições naturais e muito discutido, a hipótese mais aceita seria por vetores animados (picada de anófilos, por tabanídeos) , agulha de injeção pode desempenhar o papel das picadas dos insetos.

4) - profilaxia: a) - Notificação às autoridades competentes; b) - Sacrifício dos doentes e portadores; c) - Combate sistemático aos insetos hematofagos;

d) - Isolamento para os animais suspeitos a prova de insetos. e) - Tratamento – não há. Art 61 - CALENDÁRIO DE MEDIDAS PROFILÁTICAS COMPULSÓRIAS MÊS MEDICAÇÃO

VIA DE APLICAÇÃO PERIODO

JAN VERMÍFUGO ORAL 2 a 10

FEV VACINAÇÃO ANTI-TETÂNICA INTRA-MUSCULAR 1 a 15

ABR VERMÍFUGO ORAL 1 a15

MAI VACINA CONTRA INFLUENZA 1ª Dose

INTRA-MUSCULAR 15 a 30

JUN VACINA BIVALENTE ENCEFALOMELITE EQUINA

INTRA-DÉRMICA 1ª dose 1 a 15 2ª dose 16 a 30

JUL VERMÍFUGO ORAL 20 a 30

AGO VACINA CONTRA INFLUENZA 2º Dose

INTRA-MUSCULAR 1 a 15

OUT VERMÍFUGO ORAL 20 a 30

OUTRAS MEDIDAS PROFILÁTICAS

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1) - No dia da aplicação das vacinas ou vermífugos, os solípedes não poderão trabalhar nem antes nem apôs a medicação; 2) - Para os eqüinos chegados às Unidades ou Subunidades, procedentes de outros locais, deverão ser apresentados ao Sv Vet com o respectivo atestado sanitário. 3) - Em caso de foco de raiva comprovado próximo das Unidades ou Subunidades, será instituída a vacinação imediatamente; 4) - Sempre que possível ou necessário deverão ser feitos banhos contra ectoparasitas; 5) - Anualmente será elaborado o calendário de medidas profiláticas compulsórias pelo Medico Veterinário da Unidade ou Subunidade para publicação em Boletim na ultima quinzena do ano anterior.

SEÇÃO XIII Art 62 - Taras são os tumores duros ou moles, localizados nos membros dos

animais e que, pela sua localização, perturbam os movimentos dos tendões e articulações, provocando freqüentemente manqueiras mais ou menos acentuadas. Também são chamadas "taras"aos vestígios de operações.

As taras propriamente ditas podem ser duras ou moles. As primeiras são tumores ósseos de volume variável, localizados em regiões

especiais e que recebem nomes particulares isto é, interessarem o próprio osso ou apenas a sua "capa" o periosto.

As taras moles em geral são menos graves que as duras são constituídas por tumefações indolores, flutuantes, produzidas pelo acúmulo da sinóvia, liquido que lubrifica as articulações e tendões. Recebem também nomes vulgares.

Art 63 - Taras duras:- originam-se geralmente, de traumatismos sobre os ossos, desenvolvendo-se de um modo geral lentamente, alcançando as vezes dimensões relativamente grandes.

As principais taras duras são: I) - Exostoses do joelho, ou "sobre rodelas" - tem origem quase sempre, na face interna do joelho, progredindo depois para o lodo de fora e, finalmente, envolvem toda a região. São graves e provocam, na maioria das vezes.manqueira acentuada. II) - Exostoses da canela ou "sobre canas" mais freqüentes nos membros anteriores. Variam de forma, volume e localização na canela. São menos graves que as precedentes. III)- Exostoses da quartela ou "sobre quartelas": localizadas na face anterior ou nas laterais da primeira falange.

São relativamente pouco graves. IV)- "Sobre mãos": são tumores ósseos que se localizam, sobre a secunda falange ou osso da coroa ou sobre a articulação deste com o da quartela. São exostoses graves e que determinam quase sempre, a indisponibilidade do animal. V)- Exostoses do jarrete: tais tipos de taras duras podem se instalar no jarrete: a curva, a curvaça e o esparavão. 1) A curva muito rara, se localiza na parte superior e interna do jarrete. É uma lesão relativamente sem importância, embora, prejudicial a beleza estética do jarrete. 2) A curvaca se localiza na face externa e na base do jarrete. Geralmente benigna, não produz manqueira; todavia, em certos casos, pode se estender a toda a articulação, provocando manqueira. 3) 0 esparavao é mais grave de todas as exostoses do jarrete e talvez, a tara que mais desvaloriza o animal. E um processo inflamatório crônico, que invade os ossos e articulações da parte interna do jarrete, provocando praticamente, a inutilização do solípede.

Art 64 - Taras moles: são tumefações que resultam de lesões nos tecidos moles, complicadas de inflamação crônica das sinoviais tendinosas ou articulares. Esta inflamação, quase sempre, produz um excesso de liquido sinovial que lubrifica os tendões e articulações é o acúmulo desse líquido que produz o aumento de volume da região - a

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tumefação ou hidropsia segundo sua localização, pode ser tendinosa ou articular, tendo esta última o nome especial de hidratrose.

Entre as taras moles também se incluem os higromas, que tem como causa traumatismos e o atrito repetido, provocando inflamação crônica ou aguda das bolsas sem as substâncias. 0 higroma distingui-se da simples hidropsia, porque suas paredes geralmente se espessam formando uma bolsa perfeitamente caracterizada.

As principais tara moles, são as seguintes: I) - hidropsia do joelho: São duas, sendo uma tendinosa e outra articular ou hidartrose. A primeira, mais freqüente se localiza na dobra do joelho; a outra se instala geralmente na parte anterior superior do joelho. II) - Hidropsia do boleto: As hidropsias do boleto são conhecidas vulgarmente pelo nome de "ovas". As "ovas" mais volumosas, que acompanham, por trás os tendões, são tendinosas, as que se localizam nas faces laterais da articulação são articulares e mais graves que as outras.

As "ovas" podem ser simples ou "repassada", conforme ocupem um ou ambos os lados da articulação ou banda tendinosa. III) - Hidropsia do jarrete: também chamadas alifafes, podem ser articuladas ou tendinosas. As articuladas são constituídas por três dilatações: a maior, oval, aparece na face anterior ou dobra do jarrete, as outras duas menores, estão situa, das, lateralmente no meio da articulação, pouco adiante da cor da do jarrete.

0 alifafe tendinoso, se instala nas sinovias tendinosas; o mais importante é o alifafe tarsiano, também com 3 dilatações: uma, alojada junto a "castanha" e outras duas situadas atrás dos alifafes articulares. IV) - Higroma do codilho ou codilheira: aparece na ponta do codilho podendo adquirir grande volume. Geralmente e produzido pelo choque de ramos da ferradura nos cavalos que se deitam como bovinos. V) - Higroma do joelho ou lupa: localizada na face anterior do joelho, e geralmente conseqüência de quedas, choques contra a mangedoura e contra obstáculos durante os saltos. . VI) - Higroma do boleto: apresenta-se na face anterior, suas dimensões são geralmente pequenas mas, sua presença desvaloriza bastante o animal. VII) - Higroma do jarrete ou agrião: aparece na ponta do jarrete, como conseqüência geralmente do atrito dessa região com as paredes da baia.

SEÇÃO XIV VÍCIOS

Art 65 - Os vícios são as más qualidades morais, que depreciam parcial ou totalmente o cavalo para fim determinado. É sem duvida alguma, do perfeito conhecimento dos defeitos e vícios que se aquilata o real valor do animal. 0 caráter, o temperamento, o medo, a hereditariedade, a imitação, os corretivos brutais, os maus tratos, os defeitos de aprumos, a visão anormal, a domação incompleta, a ociosidade, etc. são as causas predominantes dos vícios nos animais.

§ lº - Os vícios mais graves, os que mais implicam para a depreciação do animal, são: bolear, corcovear, escoicear, mano tear, morder, negar estribo, passarinhar, tomar o freio,estirar, recuar, encapotar, cavalo estreleiro, masturbar, cavar o solo, birra de urso, ociosidade, aerofagia, geufagia, coprofagia, língua pendente, quebrar nozes, gavionar, comer cola, mesquinho e roedor de madeira. I - Bolear: o cavalo empina, atirando-se bruscamente para trás, cai de costas ou de flanco. É um vicio grave, não só pelo perigo ao cavaleiro como para o próprio animal, que, não raras vezes, bate fortemente a cabeça no solo produzindo fraturas até mesmo mortais.

Preconiza-se o emprego da "gamarra" para corrigi-lo, o que nem sempre da resultados, Adota-se, também, a pratica de faze-lo bolear repetidas vezes a beira de um rio, açude ou logo de relativa profundidade. Enchendo de água as orelhas, desprevenidamente, sobre o choque de água fria, que o faz adquirir o reflexo da defesa, impedindo-o de executar o "boleio" .

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II - Corcovear ou velhaquear: é o vicio de saltar repetida e desordenadamente, arqueando o dorso e abaixando a cabeça, com o objetivo de derrubar o cavaleiro ou livrar-se dos arreamentos. 0 cavalo corcoveia geralmente por vicio, mas pode faze-lo por defesa, como quando e coceguento, quando cruelmente cutucado pelas esporas ou ferido por corpos estranhos notadamente no lombo, ou ainda pela cilha em contato com as virilhas. III - Escoicear: e o golpe brusco dado geralmente para trás com um ou os dois posteriores, podendo ser uma vez só ou repetidas vezes. Ha cavalos que dão coice como vaca, isto é, para frente e ligeiramente para o lado. 0 cavalo, no ato de aplicar o coice, em geral murcha as orelhas e abaixa a cabeça. Para acabar com este vicio o melhor processo consiste em colocar uma cabeçada provida de duas correias, cada uma das quais passando por um anel da cilha e indo fixar-se na quartela correspondente, de modo que, ao escoicear, o animal recebe um forte golpe no focinho, com proporção a violência que impulsionou o coice. Usa-se também, atar na canela ou na perna, um braçal trazendo na extremidade uma bola de madeira, de sorte que, ao escoicear o animal recebe o impacto de volta, da bola. Isto o castiga fortemente ocasionando ate exostoses, pelas contusões, razão pela qual não e aconselhável tal aplicação. Utiliza-se também, o processo do saco cheio de areia dependurado no teto da baia a altura de ser atingido pelo coice, de modo que sendo acertado, afastar-se-á com o golpe recebido e, no seu retorno, atinge fortemente o animal. IV - Manotear: é o golpe brusco e agressivo dado com os anteriores. Assemelha-se ao coice, mas tem menor importância. V - Morder: o vicio de morder decorre da má índole , caráter irascível , vingança ou em represália a maus tratos.Há cavalos mordedores que investem agressivamente contra o homem, tomando uma atitude característica : cabeça estendida, orelhas murchas, olhar típico, boca aberta ou semi-aberta, com os incisivos a mostra e lábios contraídos. Existem cavalos que mordem por ocasião do emprego do material de limpeza (rasqueadeira, escova, etc.), ou no ato de encilhar, quando estão sendo apertados ou no momento de o cavaleiro por o pé no estribo para montar. Outros só atacam determinadas pessoas conforme suas vestes, como acontece com os ferradores de avental de couro, enfermeiros veterinários de avental branco, indivíduos com indumentária diferente daquela a que estão habituados.

Corrige-se este vício com um trabalho contínuo do animal feito com paciência, bons modos , oferecer açúcar, não manifestar medo, aplicar mordaça nos casos de má índole ou deixar morder a extremidade de um pau com algodão embebido em amoníaco ou outra substância de gosto e cheiro desagradável, todas as vezes em que ele tenta agredir com dentadas; pode-se também fazer uso de uma focinheira justa ou de um freio grosso de madeira.

VI - Passarinhar: certos cavalos assustadiços, estacam bruscamente sobre os posteriores e atiram-se para a direita ou para a esquerda. A "passarinhada" pode ser dada' por malícia ou "balda", por deficiência visual, por espanto causado por qualquer objeto que, momentaneamente, apareça. As "passarinhadas" maliciosas podem ser reprimidas com castigo, isto e, com a ajuda de pernas, esporas, rédeas e chicotadas, de acordo com a intensidade, disto e o temperamento do animal. Quando praticadas pelo susto ocasional, há a necessidade de, carinhosamente, fazer o animal voltar a calma, "reconhecer" o objeto de maneira a perder o medo.

VII - Negar estribos: 0 cavalo oferece dificuldades de toda a espécie ao cavaleiro, para montar; não deixa nem sequer encostar-se nele, atira o corpo para o lado oposto, afasta ou rompe em violenta carreira; morde, da coice ou manotaço e, pode ainda, corcovear, bolear ou deitar. Consegue-se remover este vicio com paciência, associada a carícia e a persistência. Entretanto para determinados animais, somente com meios drásticos, em que. vedando os olhos, orelhando ou aplicando o "cachimbo", pode-se desabusá-los das cócegas, do medo e da balda.

VIII - Disparar, tomar o freio ou "cavalo desbocado":São vícios mais ou menos semelhantes, apenas com pequenas diferenças no gesto e na intensidade da ação, caracterizados todos pela desabalada carreira, que o cavalo toma em dado momento, sem uma causa verdadeiramente justificável, perdendo até o senso de conservação, que o leva

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de encontro a tudo, sem atender ao freio, mesmo fortemente apoiado nas barras. Em certos casos, os vícios de dispara, tomar o freio ou "desbocado", dependem mais do cavaleiro que do próprio cavalo, pois, e comum vermos cavalos "desbocados" ou disparadores se portarem magnificamente bem quando montados por hábeis ginetes. A obrigação, de quem monta cavalo com o vício de disparar, é investigar as causas que o provocam, naquele animal, procurar afastá-las e corrigi-lo. 0 emprego inoportuno das esporas e chicotes, as continuas "chupetas" na boca e a instabilidade do cavaleiro na sela, o peso excessivo sobre os rins, o susto ocasionado pelo aparecimento brusco de qualquer objeto, etc , .

Constituem as causas favoráveis ao surgimento do vício de disparar, tomar freio ou "desbocado".

Corrigi-se este vicio com o emprego de freios e cabeçadas especiais, através de trabalhos contínuos e bem orientados.

IX- Estirar: é o recuo do animal amarrado, praticado com violência no intuito de livrar-se, pela ruptura da cabeçada, ou do cabo que o prende. Combate-se por meio de carinhos, afagos no pescoço, peito, etc., ou pela retenção por bucal forte capaz de desabusar. Emprega-se, também contra este vicio, os sistema de passar o cabo do buçal forte pela argola do palanque, voltando por dentro da argola do fiador do mesmo, prosseguindo entre os anteriores e indo prender-se a uma peia em um dos posteriores, ou então, seguindo pelo costado, atá-lo na cola, de sorte que o animal, estirando, a impulsão e recebida nos pés ou na cola, fazendo-o ficar sentado e impossibilitado de continuar a estirar.

X - Empacar e recuar: são vicios que aparecem simultaneamente, isto e, no empacar o animal (principalmente os muares) firma manhosamente as patas, nega-se a prosseguir e sendo acossado geralmente recua. Algumas vezes pode sair para frente, normalmente ou romper em disparada. 0 recuar e um vicio extremamente grave, porque proporciona facilidades de desgoverno e desequilíbrio no movimento retrogrado, podendo, peia falta de visibilidade , ir de encontro a obstáculo perigoso ou prepicitar-se em um despenhadeiro. Pode ter origem nas fortes dores da espinha dorsal, nas mas condições de conformação dos membros, nas variadas lesões do organismo, na domação defeituosa, na falta de trabalho, etc.

XI - Refugar é a balda de não querer passar por determinado lugar, mesmo quando forçado: "empaca", "recua",desvia por um lado ou "vira os pés", disparando para trás. Os vícios de empacar, recuar, e refugar, são mais ou menos parecidos e surgem quase sempre juntos no mesmo animal.

0 cavalo que apresenta estes vícios , e conhecido, também, pela designação de cavalo "acuado".

XII - Masturbar: Certos cavalos inteiros, notadamente os potros puro-sangue inglês, batem a verga em ereção de encontro ao próprio ventre ou as esfregam repetidas vezes entre as axilas, no encurvamento do corpo, até provocar a ejaculação. É um vicio grave pelo fato de levar o animal ao esgotamento. Corrigi-se pela aplicação de uma cilha, provida de tachas com pontas aguçadas ou alfinetes voltados para baixo, na parte correspondente ao ventre, mais ou menos nas proximidades do umbigo, de maneira que o membro não pode ser mantido ereto em virtudes das picadas recebidas.

XIII - Cavar o solo e ostentação contínua: são vícios parecidos, comuns em animais de temperamento excessivamente nervoso, que aparecem pela ociosidade (reduzem-se com o simples trabalho continuado). Em casos especiais, eliminam-se pelo emprego de maneira ou peias.

XIV - Birra: é o vicio que o cavalo tem de morder os objetos que o cercam: as peças do arreamento, a janjedoura, a porta do boxe, o palanque de amarrar, etc. Estraga-os alem de provocar usura precoce dos dentes incisivos. Corrige-se este vício impregnando com substancias medicamentosas ou condimentosas (pimenta) de mau gosto os objetos que estão ao alcance dos dentes, ou pela pintura com tinta de cheiro forte e sabor desagradável.

XV - Geofagia e coprofagia: são os vícios de comer terra e excrementos (esterco), respectivamente, talvez em conseqüência da deficiência de elementos minerais

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na forragem ou devido à infestação de vermes. Consegue-se reparar esta perversão viciosa do gosto, vulgarmente conhecida pela designação de "pica" com a administração de sais minerais na ração, vermífugos e limpeza constante das baias e dos boxes.

XVI - Aerofagia, engolir ar ou tique propriamente dito: é o vício de fixar a boca, contraindo-a espasmodicamente sobre o pescoço, em um corpo sólido, para deglutir e rejeitar o ar o que produz um ruído característico de arroto. 0 habito constante de apoiar com os dentes incisivos provoca um desgaste exagerado dos mesmos, de modo que causa leitura errônea da idade. Há, entretanto, animais aerófagos, que o fazem sem o respectivo apoio, por conseguinte, dificultando a observação e, neste caso, constituindo vício redibitório. Evita-se a aerofagia (quando em começo), com a aplicação de uma espécie de mordaça, semelhante ao embornal de milho, provida de pontas de tachas voltadas para dentro, de sorte a impedir o apoio do focinho.

XVII - são movimentos repetidos de flexão e extensão da cabeça acompanhados, não raras vezes, com o raspar do solo pelos anteriores. Corrige-se com trabalho metódico e progressivo.

XVIII - Estufar ou encher de vento: é o vício de estufar a barriga no momento em que se aperta a cilha, de modo que a sela se afrouxa tão logo o animal relaxe os músculos ventrais. Evita-se apertando-se a barrigueira aos poucos, fazendo o animal dar um passo, apertando mais um pouco, e assim alternadamente até atingir o ponto desejado.

XIX - Deitar como vaca:. e o vicio de descansar em decúbito externo costal, com os membros anteriores voltados exageradamente para baixo do corpo, porém de tal maneira que o tacão interno da ferradura, pelo constante atrito no codilho, da nasci_ mento a um higroma nessa região.que toma o nome de "codilheira". Evita-se a "codilheira" usando ferradura de ramo truncado ou aplicando penso capaz de impedir o atrito.

XX - Encapotar: é o vício de colocar a cabeça baixa, com o focinho quase tocando no peito, dificultando a ação do freio e ocultando ao animal o que lhe esteja na frente, os cavalos de pescoço de cisne e de pescoço rodado são os mais sujeitos a este vício. Não confundir com uma "postura" obtida na domação, que dá garbo ao animal, sem constituir defeito.

XXI - Mesquinho: é o vicio de não deixar colocar a cabeçada ou pegar na cabeça. Num golpe rápido o animal mesquinho tira a cabeça para o lado dificultando a colocação do freio, do bucal, etc.

XXII - Estaleiro: é o vício de manter a cabeça na posição horizontal ou um tanto voltada para cima, de sorte a resistir e defender-se da ação do freio; conseqüentemente o animal não vê o solo, tropeça e pode cair. Acontece que, nesta posição horizontal da cabeça, o freio não se apóia nas barras e sim nos molares, tornando-o "desbocado". Chama-se "estreleiro" pela posição elevada e distendida da cabeça, parecendo que o animal esta a olhar para o céu, corrige-se aplicando a "gamarra".

XXIII - Língua pendente: é o vício de manter a língua fora da cavidade bucal, que é deselegante e prejudicial a saúde.

XXIV - Língua de serpentina: é o vício de por e tirar a língua para fora da boca, proporcionando ferimento, perda de saliva, dificuldade de mastigação e de apreensão de forragem.

XXV - Quebra-nozes: é o vício de bater os lábios, superior e inferior, produzindo um ruído típico, comparado com aquele do aparelho "quebra-nozes", e deprecia muito o animal pela deselegância.

XXVI - Não deixar ferrar, limpar, encilhar, etc: são vícios, cuja gravidade esta na sua maior ou menor intensidade, variando com o temperamento de cada animal. A habilidade, variando com o temperamento de cada animal. A habilidade no manuseio diário poderá corrigi-los com presteza e relativa rapidez.

XXVII - Tique ou birra de urso: lembra o movimento característico do urso: oscilação ritmada da cabeça e do pescoço, acompanhado de apoio alternado dos membros anteriores, dentro do mesmo compasso. O animal o adquire por impaciência ou por imitação, uns gulosos, enquanto aguardam a hora da ração, outros por verem seguidamente a prática pelo companheiro em frente ou na baia do lado. Corrige-se

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prendendo o animal por duas cordas, na baia, de modo a não deixar executar os referidos movimentos.

XXVIII - Cavalo-gavião: é o vício que o animal adquire de disparar pelos campos, tornando-se arisco e matreiro, a fim de fugir ao trabalho ou ã recolhida, de modo que para prende-lo só a laço ou com artimanhas. Corrige-se este vicio com o trabalho assíduo e com a prática de mantê-lo em regime de estabulação ou encerrado em pequeno "piquete", para maior facilidade de pegá-lo (maneia ou peias nas mãos).

XXIX - Despapar (despapador): é o vício de erguer muito o focinho ao andar. Corrige-se com gamarra.

XXX - Escabecear: (escabeceador ou cabeceador): são movimentos repetidos e exagerados de elevação da cabeça, executados viciosamente nos diversos andamentos. Corrige-se com gamarra.

XXXI - Comedor de cola: é o hábito vicioso de comer as crinas, geralmente da cauda, dos outros. Este grave defeito é revelado, quase sempre, nos solípedes submetidos a longos períodos de estabulação sem trabalho.

XXXII - Roedor de madeira: adquiridos por animais que ficam estabulados muito tempo ou quando não tem forragem. Corrige-se envolvendo a madeira com arame ou com lata, dá-se bastante forragem e trabalha-se o animal.

§ 2e - Vícios redibitórios; Chama-se vícios redibitórios as anormalidades graves ocultas - vícios, defeitos ou

moléstias - capazes de tornar um animal impróprio ao fim a que se destina e que, no momento da compra, podem escapar a observação meticulosa do comprador competente que, certamente, não realizaria a aquisição se os tivesse percebido antes ou no ato do negócio. Todas as doenças, defeitos e vícios, que possam ser encobertos fraudulentamente, são considerados vícios redibitórios. Os principais vícios redibitórios com os respectivos prazos de garantia são:

I) - Aerofagia sem apoio dos dentes ou outros vícios morais graves, não observados no ato da compra, mas tornando o animal impróprio ao fim destinado - 15 dias de garantia.

II) - Fluxão periódica - 30 dias de garantia. III) – Cornagem crônica - 15 dias de garantia. IV) - Enfisema pulmonar- 15 dias de garantia. V) – Asma - determinada por alterações crônicas aparelho respiratório ou

circulatório - de 10 a 12 dias de garantia. VI) - Hérnia inguinal - de 12 a 15 dias de garantia. VII) - Claudicação crônica intermitente - 15 dias de garantia. VIII) - Esterilidade - de 180 a 200 dias de garantia. 1) A fluxão periódica, como a própria designação indica, é uma doença que surge

periodicamente, com perturbações visuais não muito acentuadas no início, que vão, porém, se agravando progressivamente com acessos intermitentes de sorte que o comprador poderá adquirir o animal no período em que os sintomas não são perceptíveis, estando os olhos com a aparência normal.

2) Algumas doenças dos aparelhos respiratório e circulatório, constituem a síndrome "pulmoneira", como acontece no enfisema pulmonar, que determina alterações nos movimentos respiratórios, com a fase da expiração se fazendo em dois tempos, portanto, dicrótica, que se caracteriza por exagerados batimentos de flancos e ventre: os músculos intercostais internos e abdominais, assim compensam o enfraquecimento do órgão, cujos tecidos perderam a elasticidade e capacidade de retração necessária à expulsão do ar. A boa alimentação aliada ao repouso, as sobrecargas digestivas, a adição ao feno de plantas ricas em antropina etc., podem atenuar ou mascarar a freqüência e intensidade respiratória, bem como os movimentos de flancos e ventre, de modo que o comprador poderá adquirir um cavalo com enfisema pulmonar, vulgarmente dito "afrontado".

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3) Cornagem é o roncamento típico, observado durante a inspiração e expiração, resultante de um obstáculo qualquer nas vias respiratórias, dificultando a passagem do ar, cuja vibração e intensidade variam com a causa, geralmente a paralizia dos músculos da laringe e dos nervos recorrentes. 0 animal portador de cornagem tem o seu valor bastante reduzido, pela pré disposição a lesões pulmonares. Alguns autores admitem a possibilidade da transmissão hereditária ou heredo-predisposiçao da cornagem preconizando o afastamento da reprodução de garanhões ou éguas portadores desse mal, pelos leigos chamado "sarrido". 0 ruído da cornagem é praticamente imperceptível quando o animal está em repouso. Aparece com o trabalho, acentuando-se a medida que o esforço vai se tornando maior. Eis a razão por que os técnicos ou os compradores práticos submetem os animais aos três andamentos naturais, fazendo-os trabalhar em círculos ou em "oito de contas", por alguns minutos, não só para observar as perturbações respiratórias e circulatórias como, também, verificar o bom funcionamento do aparelho locomotor. Há entretanto, o caso contrário: a possibilidade da simulação de uma cornagem, com fins dolosos, em que se comprime na traquéia e a laringe com fio metálico bastante fino, que fica encoberto nos pelos da região.

4) A manqueira crônica intermitente e determinada pela desigualdade ou incapacidade de ação de um ou de mais membros. Surge a frio ou a quente, conforme o caso. Por isso é incluída entre os vícios redibitórios, pela grande possibilidade de passar despercebida pelo comprador.

5) A hérnia inguinal crônica intermitente é comum nos ranhões e caracteriza-se por tumefação arredondada, mole, indolor a apalpação, não quante localizada na área inguino-escrotal, podendo ser acompanhada de hidrocele. 0 vendedor de cavalo herniado, para torná-lo menos visível fricciona sobre a região substâncias irritantes, que ocasionam a retração por alguns instantes e apresentam o animal em jejum prolongado.

SEÇÃO XV ATITUDES

Art 66- São as diversas posições que o cavalo toma, quando em repouso, de pé ou

deitado. Quando o cavalo está na posição de pé em repouso, dá-se o nome de estação, e, quando deitado disse decúbito.

Art 67 - A estação pode ser livre ou forçada. I - Estação livre e quando o animal, deixado a vontade, toma a posição de pé que

mais lhe convém. Geralmente o animal se apóia em três membros e descança um deles, deixando em meia flexão, desviado para frente e para dentro, apoiando-se levemente, pela pinça, no solo: quase sempre, nesse caso, é um dos posteriores (direito ou esquerdo) que descansa. Acontece também, o descanso ser numa das diagonais (direito ou esquerdo). Da mesma forma como no caso anterior, os membros em descanso ficam apoiados levemente pela pinça. Quando um dos membros se mostra doente, e este que fica, geralmente, em descanso. É na estação livre que o cavalo, normalmente, dorme.

II - Estação forçada é aquela em que o animal se apóia nos quatro membros, distribuindo sobre eles a parte proporcional ao peso. A estação forçada é muito fatigante, de modo que o animal se mantém nela por imposição do homem ou em casos de doença, de modo que, tão logo possa, volta à estação livre.

A estação forçada pode ser: 1) em posição ou quadrado, quando os membros suportam o corpo na direção de

seus aprumos, apoiando-se nos vértices dos quatro ângulos que constituem a base de sustentação.

2) concentrado ou conjugado, quando os membros se recolhem, convergem para a base de sustentação, ficando concentrados em baixo do corpo.

3) desconcentrado ou estendido, quando os membros se afastam, de modo que os anteriores vão para a frente e os posteriores vão para trás, afastando-se da base de sustentação - é a atitude que o cavalo toma no ato da micção.

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Art 68 - Decúbito: pode ser externo-costal, lateral, dorsal e em esfinge. I - externo-costal, quando o repouso se faz sobre o externo e o abdômen,

apoiando-se sobre o solo o costado direito ou esquerdo, mantendo a cabeça levantada, aliás uma atitude rara mente observada em solípedes, salvo em casos de doença ou em animais velhos.

II – lateral: quando o decúbito se faz completamente sobre um dos lados, ficando pescoço, cabeça, tronco e membros totalmente estendidos no solo - é observado em potros recém-nascidos ou em cavalos velhos.

III - dorsal - quando o repouso se faz sobre a linha dorso-lombar, bordo superior do pescoço e garupa - é uma atitude de pouca duração que se observa quando o animal se "espoja"(rola sobre o corpo no solo).

IV - em esfinge, quando apóia o ventre e as nádegas no solo, com os posteriores debaixo do corpo e os anteriores estendidos para frente, trazendo o pescoço levantado, lembrando a clássica figura da esfinge - é uma atitude, que o animal toma excepcionalmente, na fraqueza ou no curso de certas doenças.

SEÇÃO XVI

GUARDA DOS CAVALOS

Art 69 - Em toda UMont, todos os seus integrantes são responsáveis pela guarda dos cavalos, variando as atribuições a respeito, em razão das funções exercidas e dos serviços executados.Tais responsabilidades compreendem os cuidados com os animais, o controle sanitário dos mesmos, sua movimentação, arroçoamento, estabulação, ferrageamento, etc.

§ l5 - Os cuidados com os cavalos estabulados, seu forrageamento e limpeza das baias ou boxes, cabe a um certo número de homens (cavalariços) sob a direção de um graduado (Cabo ou Sargento) de dia as baias e/ou comandante de cavalariças.

§ 2º - o Sargento ou Cabo de Dia às baias e/ou comandante de Cavalariças é o responsável pelo cuidado eficiente dos animais e baias e por todo o material distribuído às cavalariças. Seus deveres são:

1) permanecer durante todo o tempo de serviço, nas baias; 2) à hora fixada, reunir os cavalariçast de dia escalados, inspecioná-los, conduzi-los

as baias, assistir a passagem do serviço e lembrar-lhe de seus deveres; 3) supervisionar e controlar as atividades dos cavalaricos; 4) tomar conta de todos os animais que estiverem no trabalho; 5) rondar constantemente, para verificar se os cavalariços de quarto estão atentos e

cumprem suas obrigações; 6) fazer com que a forragem e a água sejam distribuídas nas horas certas e nas

quantidades determinadas; 7) fazer executar a baldeação das cavalariças, pela manhã; 8) zelar pela iluminação das cavalariças durante a noite; 9) assistir as substituições dos quartos de serviço; 10) executar as ordens do veterinário com respeito aos animais doentes nas baias; 11) receber, verificar e cuidar da forragem; 12) zelar pela conservação das baias; 13) assistir a limpeza da cavalhada; 14) verificar a ferra dos animais. Art .70 - No âmbito da Subunidade, o cuidado aos animais, forrageamento e limpeza

das baias será responsabilidade de um Sargento ou Cabo (comandante de cavalariços) , o qual, além das mesmas atribuições acima, terá a seu cargo os mapas de controle seguintes:

I - mapa da distribuição da cavalhada; II - mapa de forragem; III - mapa de ferrageamento; IV - mapa dos animais doentes e disponíveis; V - mapa dos animais baixados.

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Tais documentos devem ser mantidos rigorosamente em dia, de forma a satisfazer

qualquer consulta. Eventualmente, pode_ ra o Cabo comandante das cavalariças ser encarregado também de al_ terar o alarde da cavalhada da Subunidade.

Art 71 - Aos cavalariços compete: I - retirar o estrume das baias e boxes, depositando-os na estrumeira; II - verificar se os cavalos estão bem atados (em caso de corda - tronco); III - socorrer os cavalos que se enredarem ou caírem; IV - assinalar os cavalos doentes, dando ciência ao dia às baias e solicitando o

enfermeiro veterinário de dia para os socorros; V - não permitir a saída de nenhum animal sem que esteja escalado ou sem ordem

superior; VI - manter o deposito de forragem fechado; VII - manter todos os cavalos presos, salvo se houver ordem em contrario; VIII - distribuir forragem e água às horas designadas; IX - manter os cochos e manjedouras limpos; X - manter os cochos com água limpa; XI - manter as baias sempre limpas; XII - receber, conferir e guardar o material distribuí do às cavalariças; XIII - ser responsável pelo extravio de qualquer artigo distribuído as cavalariças; XIV - velar durante a noite, conforme a escala do dia às baias; XV - não fumar no depósito de forragem ou dentro de uma baia em que haja

forragem, nem permitir que o façam-; XVI - não se ausentar das cavalariças sem permissão; XVII - não dormir quando estiver de quarto; XVIII - proceder a baldeação das baias e cavalariças no amanhecer; XIX - manter os pisos e paredes das baias sempre limpos; XX - pagar a forragem depois de limpar bem a mangedoura; XXI - reservar a ração dos animais que estiverem no trabalho;

Art 72 - 0 Comandante do Esqd P Mont é responsável pela cavalhada distribuída a sua Subunidade, perante ao Cmdo RPMont e tem como atribuições especificas com relação aos seus animais, alem das funcionais que lhe sao próprias, mais as seguintes: I - Cumprir todas as ordens do Cmt RPMont relativas a cavalhada distribuída ao seu Esquadrão; II - Inspecionar freqüentemente sua cavalhada verificando limpeza, ferra, tosa, ripagem, curativos e condições de es tabulação; III - Conferir e assistir o recebimento e a distribuição da forragem, fazendo cumprir a tabela de forrageamento e o horário; IV - Verificar constantemente o estado de treinamento de seus animais, providenciando quanto ao adestramento dos solípedes que apresentem reações que impeçam o seu emprego; V - Escalar e assistir diariamente à limpeza da cavalhada; assistir a visita veterinária de sua Subunidade e inspecionar o estado da ferra; VI - Controlar a distribuição da cavalhada; VII - Inspecionar o arreamento e equipamento providenciando as substituições e os consertos necessários para evitar ferimentos de encilhamento em seus animais; VIII - Fazer com que se mantenha em dia e em ordem toda a documentação de controle da cavalhada; IX - Exigir o máximo de dedicação aos animais, pelos quadros e pela tropa da Subunidade; X - Assistir e revistar o encilhamento de seus animais para os serviços, na saída e no regresso, tanto quanto possível;

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Tabela da pagina 95 MAPA DA CAVALHADA

RP MONT _____ ESQUADRÃO DATA (MÊS E ANO) _________________ Numero

do animal

Nome

Distribuição

Idade

Sexo

Pelagem

Sinais

Observação

MAPA DE FORRAGEM

RP MONT _____ ESQUADRÃO DATA (MÊS E ANO) _________________

Data

Nº do animal

Milho Alfafa

Observação

Existente

Recebido

Consum

ido

Balanço

Existente

Recebido

Consum

ido

Balanço

Tabela da pagina 96

MAPA DE FERRAGEM RP MONT _____ ESQUADRÃO DATA (MÊS E ANO) _________________

do A

nimal

Nom

e do

Anim

al

Janeiro

Fevereiro

Março

Abril

Maio

Junho

Julho

Agosto

Dezem

bro

Observação

10 Garufa

5 10

9

11 30

15

28

0s ferros dos posteriores foram retirados a 11 do março e não mais recolocados. Todos os ferros foram retirados a 15 de abril

Explicação: Os círculos representam, em cada mês, o corpo do cavalo e os raio externos de seus membros. Assim, por exemplo, o cavalo Garufa perdeu a ferradura do anterior direito a 5 de janeiro é o mapa mostra que foi recolocada naquela data. A 10 de janeiro, seus outros três pés foram ferrados. Em 9 de fevereiro está com todos os ferros. A 11 de março só tem os ferros anteriores e o mapa mostra, que os dos posteriores foram retirados.

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Tabela da pagina 97

MAPA Dos ANIMAIS RP MONT _____ ESQUADRÃO Categoria Disponível Baixados Doentes

nas baias Observações

Cavalos reunos ■

Cavalos particulares

Muares

ALTERAÇÕES ________________________________________________________________________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________ Sgt de dia às baias

.EXPLICAÇÃO: Este mapa mostra o estado de todos os animais ,bem como as alterações ocorridas diariamente.

MAPA DOS ANIMAIS BAIXADOS

RP MONT De................... _____ ESQUADRÃO à...................... Data Marca Nome Diagnóstico Categoria Local OBS

Tabela da pagina 98

POLICIA MILITAR DO ESTADO RIO DE JANEIRO RP MONT UNIDADE MEDICA VETERINARIA ESQ.

FICHA SOLIPEDE

NOME: ESPECIE: SEXO: IDADE ALTURA: DATA DE INCLUSÃO: PROCEDENCIA RESENHA

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HISTORICO

Modelo De Ficha Solípede

Nº NOME DISTRIBUIÇÃO INCLUSÃO IDADE PROCEDENCIA SEXO RESENHA

Abertura de cada folha do alarde da cavalhada

Art 73 - O Comandante do Pel Mont ou de DPO Mont e responsável pela cavalhada distribuída ao Pel ou ao Dst, exercendo as mesmas atribuições do Cmt Esqd P Mont, além de assessorá-lo, sem prejuízo das suas atribuições regulamentares.

Art 74 - Os Sargentos, funcionalmente são auxiliares no âmbito da Subunidade, Pel ou Dst, tem missão de fiscalização e de assessoramento de seus comandantes, além das atribuições regulamentares; são diretamente responsáveis pela escrituração de controle da cavalhada.

Art 75-0 Oficial de Dia à U Mont, além das suas atribuições regulamentares, exerce sua ação de fiscalização sobre a cavalha da do RPMont, particularmente nos horários e dias sem expediente, cabendo-lhe; a) Fiscalizar intensivamente a guarda das cavalariças; b) Fiscalizar a distribuição de forragem aos Esquadrões e arraçoamento dos animais, zelando para que seja cumprida a tabela de forrageamento e horário; c) Fiscalizar a entrada e saída de animais, permitindo as que estiverem devidamente autorizadas; d) Receber os suprimentos destinados a U Mont nos dias e horários sem expediente; e) Revistar e verificar o encilhamento dos animais , ferra e curativos na saída e no regressos dos serviços e/ou instrução , exceto quando houver comando de Oficiais; f) Verificar a forragem e a água para os animais ao regressarem dos serviços; g) Verificar a limpeza dos animais antes da saída para o serviço ou a instrução, exceto quando houver comando de Oficiais ;

Verificar as condições dos transportes especiais da cavalhada, na saída e no regresso, exceto quando houver comando de Oficiais?

Art 76-0 Sargento auxiliar do Oficial de Dia, auxilia e assessora o Oficial de Dia nas verificações e fiscalização sobre a cavalhada, sem prejuízo de suas atribuições regulamentares.

Art 77 - 0 cavaleiro, graduado ou soldado, em missão de patrulhamento e/ou qualquer outra missão própria de Policia Montada que lhe seja atribuída, devera ter absoluta consciência no trato de sua montada, não só nos cuidados que lhe deve dispensar diariamente, como também, nos cuidados que deve ter com relação a segurança de seu cavalo 'durante os serviços e/ou instrução, não esquecendo nunca de que o cavalo é o seu fator básico de emprego e de operacionalidade.

Art 7 8 - Revista da cavalhada Para fiscalizar o estado da cavalhada e o trato dispensado a cada animal, procede-

se a revista da cavalhada, da Unidade ou da Subunidade.

A revista comporta duas fases: - estacionada, - em movimento (desfile).

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Todos os animais são apresentados desencilhados e conduzidos pela cabeçada de prisão.

Todos os cavaleiros conduzirão suas montadas e no caso dos tratadores de montadas de Oficiais, os mesmos conduzirão mais um animal, colocando-se entre os dois.

Os solípedes devem estar irrepreensivelmente limpos, crinas e topetes tosados, cola ripada, membros e maxilar inferior sem pelos longos, bem ferrados, cascos engraxados,machinhos feitos e ranilhas muito bem cuidadas.

A fase estacionada comportara conforme o terreno, as formações em batalha ou em linha, com os comandantes de Subunidades e subalternos nos respectivos lugares regulamentares, no caso de Unidade; no caso de revista de Subunidade, os comandantes de pelotões nos seus lugares regulamentares.

0 comandante do Esquadrão estará acompanhado, a dois passos a sua retaguarda do cabo ferrador e do enfermeiro veterinário da Subunidade, o primeiro munido de martelo, faca de aparar cascos e um ferro de ranilha, o segundo com medicamentos de urgência.

A autoridade inspecionadora passara em revista a cavalhada da Unidade (Subunidade) nesta posição, acompanhada "pelo oficial veterinário.

Na segunda fase, o desfile será continuo por Subunidade (e pelotões) sucessivas, passando em frente a autoridade inspecionadora a cinco passos, os animais guardam entre si a distância de um corpo de cavalo. Os comandantes de pelotões na testa. As praças conduzindo suas montadas, ao se aproximarem da autoridade inspecionadora, mencionam em voz alta o numero do cavalo e a quem pertence.

SEÇÃO XVII SISTEMA DE ESTABULAÇAO

Art 79 - É sabido que a estabulação sadia e racional determina efeitos de realce na economia do cavalo. Qual a sua falta aliada a dos cuidados racionais concorrem para um rápido e excessivo desgaste. Portanto, torna-se necessário dar-lhe um abrigo com toda a comodidade isento das más influências atmosféricas, onde possa recuperar as energias gastas em útil trabalho com um repouso calmo em que a sadia alimentação seja consumida proveitosamente. As estabulações devem ser construídas tecnicamente, obedecendo os princípios higiênicos no que diz respeito ao espaço, claridade, ventilação, penetração de sol, limpeza, distribuição de água e forragem. Como sistemas de estabulação encontramos as seguintes construções: a) As estrebarias; b) As barracas ou abrigos de ocasião.

Art 80 - Estrebarias É o pavilhão, geralmente de alvenaria mas podendo ser de madeira ou outro

material qualquer, dividido em baias ou boxes destinadas a alojar os animais. Art 81 - Baias - É a divisão da estrebaria correspondente a um animal com as

seguintes características: 1, 60m de largura por 2.50m de fundos, ou sejam 4,OOm2 no mínimo, tendo as divisões de alvenaria ou de madeira com 2 (dois) metros de altura, junto da mangedoura para evitar brigas, e na parte oposta, pode ter 1,50m de altura. Normalmente as baias são fechadas com correntes mas, podem ser providas de portas de madeira, o que evitaria os freqüentes enroscamentos acompanhados de acidentes as vezes bem graves e as facilidades de fugas. 0 piso deve ser seco, impermeável, não escorregadio, sólido e resistente. 0 melhor piso e o de ladrilhos em quadrados com sulcos destinados aos escoamentos, pa ra o respectivo coletor, de modo a favorecer a limpeza. O piso de paralelepípedos é bastante comum, mas existe também de concreto e de asfalto. Deve ter um caimento no máximo de l cm por metro, a fim de preservar o bom aprumo do animal.

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§ 1º - A mangedoura ou grade, será de ferro esmaltado ou de madeira colocada na frente, para receber a forragem de verdejo e de feno.

0 cocho, para forragem de grãos, tortas e pós , será fixado ao lado ou abaixo da mangedoura. § 2e - 0 bebedouro individual será construído no canto oposto ao cocho de forragem, de maneira a evitar que o animal quando comendo, derrube detritos, sujando a água, que uma vez ingerida poderá ocasionar perturbações digestivas graves. Ha também, bebedouros dispostos do lado de fora das baias, ao alcance dos solípedes. § 3º - Cada pavilhão deve ter 2 (duas) séries de baias, voltadas cabeça com cabeça, separadas no centro por um amplo corredor, para a distribuição de forragem; é a disposição mais acertada.

0 teto quanto mais elevado melhor, pela maior cubagem de ar que permite. A distribuição de luz, calor e condições de arejamento estão em função racional

no sentido longitudinal do eixo norte e sul; portanto com as faces laterais voltadas para o nascente e o poente, de tal forma que a luz e o calor serão igualmente distribuídos, isto é, de manhã de um lado e a tarde do outro Ia do. As janelas serão abertas em nível bem alto para impedir as correntes de vento sobre a cabeça do animal, cem largura suficiente para boa penetração de luz e ar. § 4º _ A iluminação noturna é feita por meio de lâmpadas elétricas capazes de proporcionarem uma claridade razoável, sem entretanto, haver grande luminosidade, o que seria prejudicial ao cavalo. § 5º- A pintura interna mais indicada e a de cor azul. Por que essa cor tem propriedades calmantes e ac mesmo tempo espante as moscas e outros insetos. § 6º - As mangedouras, cochos, bebedouros, paredes, pisos portas não devem possuir buracos nem saliências, mas um acossa mento de suas arestas para impedir ferimentos no animal e acúmuIo de sujeiras.

Art 82 - Boxes: são compartimentos mais cômodos pela maior amplitude, medindo 3.20m de largura por 2.50m de fundos, ou seja 8.00m2 .

São providos de mangedouras, cochos e bebedouros, c£ locados em cada canto de tal forma que o bebedouro fique diametralmente oposto ao cocho de forragem de grãos para impedir os inconvenientes já referidos atrás com relação as baias. As portas dos boxes, normalmente, são de madeira, podendo ser simples ou compostas de janelas com venesianas.

Os fechos das portas podem ser de variados tipos, porém de tal sorte que o animal não consiga abrir. A parte superior das portas bem como as mangedouras de madeira, devem ser guarnecidas de folhas de flandres ou pichadas, a fim de evitar que o animal venha a danifica-las com os dentes.

Art 83 - Limpeza das baias e boxes: Os excrementos devem ser retirados em carrinhos para as estrumeiras, tecnicamente construídas. Evitar tanto quando possível a umidade nas baias e boxes retirando-se para fora a cama quando estiver molhada, a fim de enxigar no sol ou eliminar de uma vez, se estiver muito suja pela impregnação de detritos. As camas diariamente, devem ser revolvidas e limpas, adicionando-se novas porções a medida do necessário. Cada baia ou boxe deve ter desde o inicio, uma quantidade de 40 a 50 Kg de palha ou serragem e nos dias sucessivos adicionando de 10 a 15 Kg parra preparar um leito bem comprido, de 30 cm de altura mínima , de medo que se proceda uma boa com pressão para reduzir a circulação de ar e dificultar a putrefação. Quando não houver camas nas baias e boxes e necessário proceder baldeação abundante com forte jato de mangueira. Também será interessante lavar as grades, cochos e bebedouros. Ao lado da limpeza diária para manter a cavalariça em perfeita condição, e imprescindível a desinfecção periódica, com aplicação de desinfetante (o sublimado corrosivo em solução forte de 8 a 10 por 1.000 perigo de envenenamento lavar após 36 horas de sua aplicação - creolina em emulsão de 1% 2%, é um ótimo desinfetante. 0 hidrato de cal a 20% usando nas caiações. A Soda cáustica, em solução ate 12%).

Art 84 - Arejamento das estrebarias: 0 arejamento varia cem o estado atmosférico, portanto, com as estações do ano. No verão . as portas e as janelas deverão estar amplamente abertas,tanto de dia como de noite, salvo se houver fortes aguaceiros.

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Tam bem se ventar muito convém fecha-las, mesmo no inverno quando o frio não for muito rigoroso, poder-se-á mantê-las abertas. No verão é bastante salutar retirar os animais das baias e dos boxes e conduzi-los ao local de pastoreio.

Art 85 - Barracas e abrigos de ocasião São construídas provisoriamente, para atender as exigências, mas que deverm

seguir as indicações seguintes: a) - Abrigos dos ventos reinantes; b) - Com espaço suficiente para os animais; c) - 0 solo ligeiramente inclinado para facilitar o escoamento de detritos (urinas e fezes) e, se possível, calçado; d) - Providos de mangedouras e cochos individuais; e) - Externamente, fazer valetas e sargetas para detritos e águas ; f) - Escolher local seco, mais ou menos plano e com piso sólido .

Art 86 - Estrumeiras - É um complemento imprescindível da estrebaria se existem animais estabulados, sob o regime de baias ou boxes, ha obrigatoriamente necessidade de um reservatório para coletar, todos os dias, o esterco escrementado. Chama-se estrume a mistura de esterco (fezes) e urinas com os resíduos vegetais, representados por pedaços de capim, restos de rações, palhas, serragens das camas, etc. A remoção do estrume, das baias ou dos boxes para a estrumeira, é uma medida que se impõe para a boa limpeza das cavalariças. Este estrume depois de bem curtido nas estrumeiras, pela combustão que sofre, é tido como um fertilizante de solo, dos mais ricos, pela grande percentagem de azôto, ácido fosfórico, potassa e matéria orgânica, que são considerados os elementos nobres responsáveis pelo completo desenvolvimento do ciclo vegetativo das plantas. Quando os animais são alimentados com forragens concentradas , portanto, ricas em propriedades nutritivas, o esterco é também mais rico em elementos fertilizantes. As estrumeiras, quando construídas tecnicamente, evitam o desenvolvimento das larvas de diversos insetos, notadamente de moscas que, na fase adulta, além de perturbarem o bem-estar dos animais, são vectores de muitas enfermidades. 0 uso das estrumeiras tem, profilaticamente, o objetivo de impedir as reinfestações de muitas verminoses, resultantes do vicio da coprofagia ou da simples contaminação das forragens. Ha muitos tipos de estrumeiras, porem, quase todas estão baseadas no mesmo principio higiênico, que visa evitar a proliferação de larvas de varias espécies de insentos, a disseminação de certas doenças e a exalação de mais odores. 0 numero de estrumeiras e o tamanho de cada uma estão em função da maior ou menor quantidade do efetivo de animais estabulados. Via de regra nos regimentos de cavalaria, há uma estrumeira para cada esquadrão ou seja para cada pavilhão de baias. Uma estrumeira grande deve ter capacidade para 25 metros cúbicos de estrume e deve estar localizada nas proximidades do pavilhão das baias, porém não muito junto deste.

Parágrafo único - Tipos de estrumeiras. Estudamos, a seguir, alguns tipos de estrumeira, bem como sua construção e funciona, mento:

1) 1º tipo se compõe de uma plataforma, revestida de cimento e com inclinação divergente do centro para a periferia; de paredes verticais cimentadas, com furos na parede inferior para escoamento dos líquidos residuais, que vão ter a uma calha externa circundante da mesma; de uma lage superior, providas de bocas para carregamento com respiradores superiores para a eliminação de gases; uma porta lateral em uma das paredes destinadas ao descarregamento e uma rampa de acesso ao carrinho de estrume. A calha deve ficar com água até a metade de sua altura, a fim de evitar a saída das larvas pelo transbordamento, pois que o objetivo é matá-las afogadas. Costuma-se também adicionar a água, uma certa quantidade de óleo queimado, de automóvel, ou creolina, o que dá maior eficiência no extermínio dos insetos

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Figura da pagina 104 apostila

Figura 01 da pagina 105 apostila Figura 02 da pagina 105 apostila

2) 2º tipo em que o -piso apresenta uma inclinação convergente para o centro, de madeira a coletar em um ralo os líquidos residuais, conduzindo-os por manilhas ao coletor especial ou encaminhando-os ao esgoto coletivo da rua, se for o caso. As paredes laterais são duplas, sendo a interna crivadas de furos para facilitar o extravasamento de gases oriundos da combustão, que são depois eliminados pelos respiradores superiores e laterais, dispostos neste espaço correspondente as duas paredes. Há uma rampa de acesso ao carregamento pelas bocas colocadas na lage superior e portas (duas) na parede dos fundos, destinadas ao descarregamento. Poder-se-ia também, adaptar uma calha em vol ta desta estrumeira e mantê-la com água fria para o afogamento das larvas, que procuram fugir da estrumeira para sofrer mais uma metamorfose fora.

3) 3º tipo: duas câmaras superpostas sendo a superior bem maior, por ser destinada ao armazenamento de estrume e a inferior, menor, para coletar os líquidos através do crivo de orifícios no septo horizontal de cimento armado, que as separa; as paredes devem ser impermeáveis e os gases são expelidos por uma chaminé construída no vértice da câmara superior, vedada por uma tela metálica; na câmara superior ha duas aberturas, uma na parte mais elevada para o carregamento e outra ao nível do septo divisor para o descarregamento, ambas as portas metálicas; na câmara inferior, um dispositivo para esgotamento dos líquidos residuais pela ação da gravidade e da compensação.

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SECÃO XVIII

RECOMPLETAMENTO Art 87-0 recompletamento do efetivo eqüino da Polícia Montada e executado

através de: - aquisição ou compra de animais, - remonta ou criação de animais, - doação a PMERJ.

Parágrafo único - Esse recompletamento deve ser anual e permanente e é provocado pelas baixas que ocorrem no efetivo eqüino em razão de diversos fatores:

- acidente em serviço, tornando o animal inservível; - morte por doença; - morte por sacrifício;

- velhice, tornando o animal inservível. Art 88 - Aquisição ou compra de animal e a forma usual de recompletamento do

efetivo eqüino executada através de uma comissão de compra de animais (CCA), indicada pelo Cmdo RPMont e nomeada pelo Cmt G/PMERJ. A CCA é composta por 3 (três) Oficiais, sendo um Medico-veterinário e graduados e praças ferrador, enfermeiro-veterinário e tratadores de animais em efetivo compatível cem a quantidade de solípedes a serem adquiridos e transportados para a U Mont.,

Parágrafo único - A CCA, apôs a nomeação, assessora o Cmdo RPMont e Cmdo G indicando locais para compra, preços, tipos de animais disponíveis para a aquisição, modalidade e custos de transporte, etc. Por sua vez a CCA será regida por normas determinadas pelo Cmdo RPMont e Cmdo G.

Art 89 - Procedimentos gerais Normalmente a CCA estabelece contatos prévios para a localização de animais

disponíveis para aquisição e, uma vez no local, efetuada a compra, reúne-os em locais próprios, previamente escolhidos, para evitar acidentes entre os animais, bem como, evitar a necessidade de aquisição de forragem, uma vez que os solípedes se alimentam no pasto, durante esse período.

Parágrafo único - 0 transporte deve ser o mais imediato possível e a cavalhada não deve ser ferrada. Durante o período de reunião, os animais são examinados e recebem tratamento. preventivo que constituem as medidas profiláticas: - vacina centra garrotilho; - vacina anti-tetânica; - vermífugos; - exames de sangue (anemia infecciosa eqüina); - banhos contra ectoparasitas; - desgasterofilização;

Art 90 - Remonta ou criação de animais seria a forma ideal de recompletamento uma vez que seria possível a renovação do efetivo permanentemente, porém, será objeto de esplanação técnica em anexo ao presente Manual. Os animais destinados ao recompletamento seriam objeto de exames procedidos por uma comissão de Oficiais nomeados pelo Cmt RPMont que teria a atribuição de selecionar os solípedes para inclusão seguindo normas regulamentares vigentes.

Art 91 - Doação é uma forma eventaul de recompletamento do efetivo eqüino e segue normas administrativas já estabelecidas , semelhantes as normas usuais a CCA.

Art 92 - Inclusão no efetivo eqüino é o ato administrativo através de qual o solípede é incluído na carga e no efetivo da PMERJ e distribuído a U Mont. Resulta de recebimento e exame procedidos por uma comissão de Oficiais, sendo um Medico-Veterinário que considera o animal apto para o serviço policial militar e elabora sua resenha.

Art 93 - Exclusão do efetivo eqüino e o ato administrativo através do qual o solípede e excluído da carga e de efetivo da PMERJ e da UMont onde servia. Resulta de morte por acidente, doença ou sacrifício, inservibilidade decorrente de acidente, doença ou velhice. Os animais considerados inservíveis são destina dos a:

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- venda em leilão, - doação para laboratórios.

SECÃO XIX

ACLIMATAÇÃO Art 94 - Aclimatação pode ser definida como o estado adquiri do pelo organismo

vivo, que permite desenvolver sua vida normal em ambiente diferente do que lhe é habitual. Na verdade a aclimatação pode vir a ser uma reação natural a um agente externo-frio calor umide, altitude, calor seco, etc. Ou melhor aclimatação e a operação que tem por fim adaptar seres vivos a novas condições de ambiente. Não consiste como se poderia supor a primeira vista, pela origem etmológica da palavra em adaptar ao novo clima simplesmente, mas também os novo solo , novas forragens, novas condições higiénicas, nevos métodos criatórios, etc. 0 clima entretanto, o principal agente e oferece variações diárias, estacionais e temporárias, para os quais os organismos reagem facilmente, quando não são bruscas, extremas ou duradouras.

Art 95 - Quando se transportam animais para um ambiente dife_ rente, 4 (quatro) casos podem dar-se: a)- Ha E naturalização da raça; b) - Ha a aclimatação da raça; c) - Ha a acomodação da raça; d) - Ha a degeneração da raça

Art 96 - Naturalização A naturalização da raça se verifica quando os animais encontram em seu novo

habitat condições muito semelhantes ao de sua pátria, e portanto seu organismo não tem necessidade de modificar-se, para que prospere naturalmente, quer dizer tornar natural.

Art 97 - Aclimatação A aclimatação verdadeira que muitos chamam aclimatação hereditária ou de raça,

dá-se quando a raça embora não encontre condições idênticas as de sua origem, essas condições são ainda favoráveis a sua prosperidade, acontece algumas vezes, que nem todos os animais da mesma raça se aclimatam cem a mesma facilidade. Isto se explica que por mais pura que seja uma raça, os indivíduos a ela pertencentes não são puros se não para um pequeno numero de fatores genéticos. Entre indivíduos de uma raça pouco aclimatável a uma região, uns prosperam e outros degeneram. Seria uma aclimatação de indivíduos e não de raça, não deixando contudo de ser hereditária.

Art 98 - Acomodação A acomodação também chamada aclimatação modificativa, aclimatação do

indivíduo, é um falso método de aclimatação. Em cada geração o organismo animal tem que reagir, contra o meio inconveniente a para isso modificar-se. Nessa crise de aclimatação sobrevém varias perturbações e mortandade das crias torna-se maior que nas raças verdadeiramente aclimatadas. As modificações dos indivíduos não são pois hereditárias, são somáticas e não beneficiam os descontentes. Este processo de adaptação não convém e só em casos excepcionais podem apresentar resultados econômicos.

Art 99 - Degeneração A degeneração de uma raça, consiste no desvio progressivo, no sentido desvantajoso

de tipo normal. Pode interessar todos os atributos étnicos. 0 formato, as proporções, a precocidade , a constiuição, o temperamento, as faculdades psíquicas, as aptidões econômicas, etc. É conseqüência não só da inaclimatabilidade da raça, que não tem força de adaptação, faculdade de aclimatação, suficiente com os defeitos dos métodos zootécnicos, estabulações, etc. A degeneração pode ser rápida quando as condições do meio são muito diferente, e os animais não podem adaptar-se, ou lenta quando essas condições são menos desfavoráveis. No ultimo caso, a sua exploração e muitas vezes econômica mente possível, mas se tem de recorrer freqüentemente a uma importação de novos reprodutores na fonte primitiva, para um refrescamento de sangue. As possibilidades de aclimatação seriam um tanto maiores, quanto as condições do novo habitat fossem mais semelhantes às de origem da raça. Entre os fatores diversos, o que

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mais influe é o clima, e entre os seus diversos agentes o mais importante é o calor. É mais simples transportar os animais de um clima quente para frio (Ex.: Equador para os Polos), que o inverso, pois é mais fácil o organismo defender-se contra o frio do que contra o calor excessivo. Para defender-se contra o frio, é suficiente produzir mais calor, ingerindo mais alimento e modificando seu tratamento para evitar a perda desse calor, enquanto que a defesa contra o calor exige uma transpiração excessiva, um trabalho maior do fígado, rim e outros órgãos, que debilitam o organismo. Neste caso o animal perde o apetite sobrevindo perturbações digestivas e congestionamento do fígado e a anemia tropical, além disso as regiões mais quentes são menos higiénicas.

§ 15 - Aconselha-se as seguintes precauções, quando se transporta animais das regiões quentes para as mais frias:

le) - Escolher animais que vivam numa altitude elevada onde as mudanças de temperatura sejam grandes e freqüentes;

2º) - Evitar resfriamento no decurso da viagem; 3º) - Alojar os animais importados em locais secos, isentos de correntes de ar, com

solo provido de cama seca e quente; 4º) - Deixar os animais em liberdade de movimentos. § 2º - No caso de se deslocar animais de clima temperado para outro quente,

prescreve-se o seguinte: lº) - Escolher animais de idade intermediária, os muito jovens não têm resistência e

os adultos não podem mais se adaptar; 2º) - Coincidir a chegada com a estação fria, para o animal ir se acostumando ao novo

clima; 39 ) - Coincidir a chegada com a abundância de forragem de boa qualidade; 4º) - Proporcionar as melhores condições de higiene durante a viagem, vacinar contra

as moléstias do pais ou das regiões que deva atravessar; 5º) - Se alojarem os animais em regiões altas, o _ aumento de altitude corrigira

diferenças de temperatura, devido à elevação da altitude. 6º) - Além do clima, outros fatores influem na aclimatação como já dissemos. A má

interpretação, de qualquer deles pode acarretar o fracasso da empresa. 7º) - Deixar o animal de quarentena a fim de se certificar se não traz para o Pais ou

estado, novas moléstias contagiosas. Art 100 - Modalidade de aclimatação. Temos a distinguir 2 (duas) classes de

aclimatação: a grande e a pequena. A pequena se, verifica quando transportamos uma raça para uma região vizinha, de mesmo país, ou quando as condições são naturais a raça NATURALIZACÃO. Dura geralmente uma semana, durante a qual os animais ficam mais ou menos incomodados, sem apetites etc. . A grande aclimatação se verifica quando as condições já são mais adversas. A distância não tem muita importância, mas sim os reais do clima e artificiais da criação dura geralmente 1 (um) ano.

Nesse interstício de tempo o animal tem sua fecundidade diminuída e nada devemos esperar de sua exploração econômica, cujas aptidões não se podem manifestar integralmente.

Art 101 - Devemos frizar que a aclimatação e de muito grande importância para nos que consideramos que o espaço vazio que dispomos para criação de nosso pais e quase todo ele de zona tropical onde o problema de aclimatação e mais complexo pois as raças melhoradas são de clima temperado em sua totalidade. Os fatores de eixo na aclimatação estão nas dependências de 3 (três) elementos principais: 1) - Do animal; 2) - Do clima; 3) - do criador e dos meios de aclimatação.

SEÇÃO XX INICIAÇÃO

Art 102 - A educação de cavalo novo, particularmente a sua iniciação adquire grande importância para a Polícia Militar, por_ que dos resultados obtidos depende a eficiência dos quadros e da "tropa, uma vez que o cavalo bem adestrado faz o bom

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cavaleiro; portanto, não se pode ensinar cavaleiros a montar se os animais não aprenderem a ser montados.

0 que se assiste normalmente é chegarem cavalos no vos, serem distribuídos aos Esquadrões e com raras excessões os resultados que aparecem são: cavalos acuados no I Esqd, animais doentes e maltratados no II Esqd, boleadores no III Esqd, chucros no IV Esqd, uma Tropa de Polícia Montada com alguns poucos Pelotões a cavalo e os Esquadrões cem pessoal invalidado por acidente ou apavorado com o cavalo.

A iniciação do cavalo novo, na Polícia Montada, se torna mais importante considerando o seu emprego em via publica, muitas vezes em locais de grande aglomeração de público.

Art 103 - Cuidados antes da chegada de novos animais: I) - Cuidados da Unidade. A Unidade deve: 1) Ter preparado o potreiro para recebê-lo.Se possível cem pasto natural e água ; 2) Ter preparado a distribuição dos animais aos Esquadrões;

Dessa forma cada Esquadrão saberá o total a receber e tomara suas providências; . 3) Ter preparado a forragem, principalmente fenada. É interessante fornecer também forragem em grão, moída para iniciar a adaptação rápida ao novo regime alimentar. II - Cuidados, dos Esquadrões. Os Esquadrões devem: 1) Ter preparado um potreiro nas condições ditas para a Unidade; 2) Ter preparado suas baias. Sempre que possível preparar um lance de baias isolado

do restante da cavalhada.Desinfeta-se pela caiação ou creolina; 3) Ter designado o oficial graduados e soldados cavaleiros que se encarregarão da

iniciação; 4) Ter preparado o material de trato diário dos animais, bucais, coleiras, rascadeiras,

escovas, etc; 5) Ter preparado a forragem nas condições ditas para a Unidade; 6) Entrar em entendimento cem o Oficial veterinário para fixar uma revista de

saúde. Art 104 - Cuidados por ocasião da chegada dos novos animais. I) - Por ocasião da chegada, os cavalos novos serão todos grupados e isolados do

resto da cavalhada, o menor tempo possível ; 1) Serão recebidos no potreiro que a eles estava destinado; 2) Será feita a identificação pelas fichas; 3) Será feita a primeira revista veterinária, cuja principal finalidade é avaliar o estado geral e prevenir qualquer epidemia; 4) Fazer a entrega aos Esquadrões no menor prazo possível;

II ) – Tão logo os cavalos novos cheguem aos Esquadrões . - Primeiros cuidados, com os animais novos já nos Esquadrões.

Os primeiros cuidados têm por objetivo: 1) "Mantê-los com saúde. Para isso o veterinário devera fazer uma revista minuciosa, de preferência por escrito. As revistas mensais, as fichas controle quinzenais; Concorrem grandemente para a manutenção em saúde: 2) Desenvolver suas forças por uma higiene bem orientada no ponto de vista da alimentação e de exercício. Julgamos conveniente manter os animais novos, pelo menos nos três primeiros meses em regime de semi-estabulação; 3) Familiarizá-los com o homem, quer dizer, o maior contato possível por dia. Movimentá-los bastante; 4) Acostumá-los cem a forragem, o penso, o arreiamento e o pese do cavaleiro.

Art 105 - Objetivo da educação do cavalo. O. cavalo de tropa para ser considerado completamente adestrado deve-: poder executar tudo o que é previsto na escola do cavaleiro e em particular:

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I) Deixar montar completamente "Imóvel”; II) Marchar franca e regularmente em linha reta; III) Ser manejável em todas as andaduras e mudanças de direção; IV) Passar ou saltar obstáculos de toda a espécie; V) Suportar a pressão da fileira e dela sair facilmente; VI) Tolerar todas as peças do arreiamento VII) Não se assustar cem a vista de objetos e ruídos ; VIII) Estar habituado ac emprego de todas as armas; IX) Estar habituado a se deslocar em vias públicas .

Para atingirmos tais objetivos, vamos dividir essa educação da seguinte maneira: 1) Iniciação - l9 ano de cavalo. 2) Adestramento propriamente dito – 2º ano rnilitar do cavalo.

Art 106 - Iniciação A iniciação tem por objetivo:

a) 0 desenvolvimento físico das forças do cavalo novo; b) A formação de seu caráter ; c) As primeiras noções das ajudas e a preparação para que ele se submeta a elas.

A iniciação compreende os seguintes períodos: 1º PERÍODO: Com a duração de 3 meses, tem por objetivo a aclimatação, o

amansamento e o estabelecimento da confiança. Neste período o animal sofre a transição no regime alimentar e em seus hábitos

anteriores. Procuraremos manter,neste período, o máximo contato entre o cavaleiro e o cavalo novo. Sempre que possível ele ficara em regime de semi-estabulação nestes três meses.

2º PERÍODO: Com a duração de 2 meses, tem por objetivo a preparação sumaria para seu emprego eventual em caso de mobilização. Poderemos dizer que ele tornar-se "praça pronta ". Receberá a instrução mínima capaz de fazê-lo acompanhar a Unida de para a contingência dos serviços policiais.

35 PERÍOCO: Com a duração de 5 meses, tem por objetivo de desenvolvimento da habilitação física. 0 trabalho no exterior aparece aí como fator preponderante. Neste período exigimos uma submissão acentuada às ajudas.

4º PERÍODO: Não tem duração determinada pois deve coincidir com o final da iniciação e capacitação para o serviço policial militar..

Portanto, a duração total do trabalho é de 10 meses. No decorrer desses períodos, o cavalo novo aprenderá as seguintes modalidades

de trabalho na ordem de aprendizagem. § 1e - Trabalho não montado -

1) Passeio a mão (cabresto). Esse trabalho permite ao cavalo abrandar seu ardor sem perigo para seus

membros. Ele adquire calma e se acostuma aos objetos exteriores. As numerosas circunstâncias em que o cavalo militar é conduzido a mão, tornam este trabalho muito proveitoso. Todavia não devemos prolongá-lo durante muito tempo. Como lembrança, devemos nestes passeios cabrestear o cavalo novo nos dois lados a fim de evitar encurvá-lo sempre para o mesmo lado. 2)Trabalho à guia

No 1º período os resultados a procurar são : - a obediência a guia; - a imobilidade; - aceitar o pese de cavaleiro e a marchar franco para frente, ante novo equilíbrio .

0 trabalho à guia é ainda a base do adestramento para obstáculo e é ministrado em todos os períodos .

Deve-se aproveitar o domínio que ele assegura para habituar o cavalo ao encilhamento, ao porte da espada, a lição de montar (cem os cavalos difíceis), e finalmente, para ensinar-lhe a deslocar as ancas com o chicote.

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Se o trabalho à guia for bem executado, o cavalo deve se conservar calmo e regular sobre o circulo, passar francamente de uma andadura a outra à simples indicação da voz, aproximar-se ou afastar-se do centro conforme a liberdade que se lhe concede; em uma palavra, manter o contato leve com guia ten sa, como mais tarde devera fazê-lo cem as rédeas.

3) Submissão ao encilhar Quando apôs algum tempo de trabalho o cavalo está calmo e dócil no cabeção

vamos levá-lo progressivamente a suportar a cilha. Esta lição tem graves inconvenientes quando ministrada nas baias. Inicialmente colocamos a sela sem loros apertamos um pouco a cilha no começo e vamos aumentando gradativamente essa pressão. Apôs recolocamos os loros e deixamos cair os estribos de cada lado, enquanto o cavalo marcha ao passo e ao trote.

4) Lição de montar A primeira lição é ministrada individualmente a cada cavalo, agindo cem muita

brandura e paciência. A lição de montar deve ser dada a direita e a esquerda bem como repetida

diariamente ate que se torne claramente desnecessária. É preciso obter uma docilidade absoluta mesmo num meio movimentado. Em uma. palavra, em todas as circunstancias em. que seria preciso ter um cavalo absolutamente imóvel ao montar.

5) Lição de conduzir a espada Utilizaremos a guia, para acostumarmos o cavalo inicialmente a bainha. Não

havendo sinal de medo, colocamos a espada. Executaremos esse trabalho nas três andaduras e isto será apenas uma preparação para a serie de exercícios, que habituam o cavalo a permitir o manejo e o emprego da espada e que serão feitos no decorrer do trabalho em estradas .- Com esta lição, terminamos a parte do trabalho não montado. Queremos crer que o cavalo novo aceite sem temor seu cavaleiro e que estamos em. condições de iniciar o trabalho montado. ,

§ 2º - Trabalho de guia Este trabalho visa desde o inicio a habilitação física . As primeiras sessões realizam-se no picadeiro, sendo executado com cavaleiros

de escola e bem experientes. § 35 - Ensino sumario das ajudas Este ensino se resume em fazer com que ele aprenda a:

1) MARCHAR, levando-o a ceder,, desde o começo à ação das pernas, por associação com o que ele aprendeu no trabalho a guia. 2) PARAR, ainda por associação ao que ele já aprendeu no trabalho à guia, levando-o pois a obediência as mãos do cavaleiro. 3)CONVERSÕES, explorando também seu horário de seguir o homem que o conduz a mão bem como a ação da guia; esta ação de cobertura serve de base ac seu governe e é aperfeiçoada. 4) RECUAR, que só deve ser executada a pé e limita de a alguns passos.

§ 4º - Finalmente obteremos quatro AÇÕES ELEMENTARES. - deslocar-se para frente pela pressão das pernas; - encurtar a andadura ou parar pela tensão das rédeas; - deslocar as espáduas; e, - deslocar a garupa. Este ensino é aprimorado em. todo o decorrer da iniciação e será efetivamente consumado no 2º ano, isto é, no adestramento propriamente dite.

§ 5º - Habilitação Física Sumária 0 ar saudável, o emprego das andaduras segundo a natureza do terreno, sua

regularidade, sua gradação em duração e velocidade, os períodos de repouso e de distensão inteligente intercalados, são os elementos que o instrutor dispõe para atingir o seu objetivo, desenvolver normalmente os órgãos do cavalo novo.

§ 6º - Trabalho individual

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Esse trabalho, já iniciado no picadeiro ou no campo de exercício, será feito com regularidade no exterior, De regresso ao Quartel o instrutor divide o lote de cavalos novos em grupos cada vez menores e por caminhos diferentes. Gradativamente o cavalo é acostumado ac trabalho isolado. Aproveitaremos pa ra repetir com freqüência a lição de apear e montar. Os resulta. dos alcançados só tem valor se servirem de base para utilização do cavalo em serviço.

§7º-0 trabalho individual será completado cem o arruamento, isto é, efetuando deslocamentos em vias publicas , com o objetivo de ensinar e habituar o animal ao serviço de rua, permitindo o emprego das andaduras sobre a pavimentação das vias publicas. Para a Polícia Montada adquire grande importância a condição de seus animais deslocarem em. qualquer andadura em qualquer via pública.

Esse trabalho será inicialmente grupando os animais em. duplas e depois isolados, primeiro em ruas de pouco movimento de pedestres e cem tráfego raro de autos para depôs faze-1os percorrer ruas com maior movimento de pedestres e de carros.

§ 8º - Outra complementação de trabalho individual importante para a Polícia Montada é habituar os animais ao emprego da lança e das armas de fogo acostumando-os ao tiro e a colocação de porta mosquetão.

Art 107 - 0 adestramento propriamente dito, corresponde ao 2º ano militar de cavalo. É uma instrução mais especializada, devendo se consultar o Manual T 21-245 - EQUITAÇÃO E ADESTRAMENTO e Manuais especializados próprios da Escola de Equitação de Exército.

Art 108 - Picadoria. Serviço especializado e especifico de UMont destinado a preparação , iniciação e

adestramento de animais para o emprego em missões próprias de Policia Militar. Chefiada por Oficial portador de Curso de Instrutor da Escola de Equitação do Exercito, auxiliado por 1 (um) sargento cem Curso de Monitor da Escola de Equitação de Exército e por cavaleiros de escola (graduados e soldados) em efetivo compatível cem a necessidade de iniciação da cavalhada nova. § 1º - A Picadoria prepara os animais novos conforme previsto anteriormente no presente Manual, ate que os mesmos tenham condições de emprego. Seu objetivo principal e educar e ensinar o animal a ser montado. § 2º - Eventualmente a Picadoria poderá receber animais que tenham demonstrado alguma, indocilidade ou cavalos afastados dos de serviço por acidente ou doença durante muito tempo ou animais que reajam a ferragem e/ou curativos, para nevo período de reeducação. § 32 - Ao serem considerados aptos pela Picadoria, os animais são submetidos a um exame procedido por uma comissão integrada por 3 (três) Oficiais sob a presidência de Comandante, ou Subcomandante da UMont que os julgará aptos para o serviço policial-militar. 0 animal reprovado retorna a Picadoria para nevo período completo de iniciação. § 45 - A Picadoria se regerá por NGA de Cmt UMont e terá seu efetivo variável por ele fixado em função das necessidades não sendo serviço orgânico previsto em QDE.

SEÇÃO XXI INVERNADA E PASTAGENS

Art 109 - Invernada é toda área de terreno acima de 20 hectares, própria para pastagens ou plantio de forrageiras, com benfeitorias, destinada ao repouso e recuperação dos animais e tam bem ao desenvolvimento de diversas outras praticas agropecuárias .

§ l9 - Suas múltiplas atividades se resumem em: 1) Proporcionar aos animais um repouso, principalmente após período intensivo de instrução facilitando sua recuperação cem tempo alimentar desintoxícante; 2) produzir e fomentar a produção de forragens verdes e fenadas; 3) proporcionar aos animais exercícios em ambiente propício a sua saúde e recuperação; 4) promover o reflorestamento, proporcionando sombra ao homem e aos animais recuperando o solo e produzindo madeira; 5) explorar os produtos naturais, como: areia,pedra, madeira, etc.

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§ 2º - Objetivo 1) destina-se a manutenção econômica dos animais pelo fornecimento de forragens verdes de boa qualidade. 2) cabe-lhe também a produção e conservação de leguminosas e gramíneas destinadas a completar a alimentação destes mesmos animais.

§ 3-° - Classificações: adotar-se-á como critério para classificação das invernadas a área disponível: 1) pequenas de 20 até 100 hectares; 2) médias de 101 até 500 hectares; 3) grandes a partir de 501 hectares. Considerar-se como área disponível, somente as terras cobertas de pastagens e aguadas, desprezando-se os selos impróprios a qualquer cultura.

§ 4º - Instalações: Como instalações básicas são indicadas: 1) casa para encarregado de invernada; 2) alojamento para praças empregadas; 3) casas para colonos; 4) galpão para material agrário e utensílios diversos; 5) abrigos com mangedouras e bebedouros para os animais de serviço; 6 ) deposite para viaturas; 7) deposito para estocagem de forragem; 8) pequena enfermaria veterinária com farmácia; 9) silos; 10) estrumeiras; 11) mangueiras.

§ 5e - Requisitos para uma boa Invernada: é necessário o reconhecimento da invernada, tendo em vista essencialmente, seus acidentes topográficos, condições climáticas, necessidade de proteção as fontes e nascentes, classificação dos pastos em tipos de vegetação e demonstração do valor de cada forrageira. 0 reconhecimento.das pastagens e um verdadeiro inventario dos bens e recursos existentes, com informações sobre seu possível e melhor uso. São requisitos principais: 1) ter boas aguadas; 2) dispor de bosques naturais ou áreas reflorestadas; 3) possuir a maioria de terrenos férteis e próprias ao trato mecânico; 4) próximo da Unidade e de fácil acesso; 5) não ser muito acidentada (ribanceiras, precipícios, banhados, etc). 6) estar praticamente livre de formigas, cupins e plantas tóxicas; 7) não estar sujeito a erosões; 8) possuir boa salubridade.

Art 110 - Pastagens: é toda superfície de terra coberta de relva, formada de um grande numero de espécies de plantas de diferentes famílias, isoladas ou associadas, perenes ou anuais, nativas, adaptadas ou artificialmente semeadas, podendo ter duração quase limitada e utilizada na alimentação dos animais.

Possuirão as invernadas pastagens cuja riqueza em princípios nutritivos e variável dentro de largos limites, conforme o selo, o clima, a estação, o estagio de desenvolvimento, da forrageira, etc.

Art 111 - Piquete: é a subdivisão das pastagens eu, pequenos trechos para efeito de rodízio, isto é, enquanto um ou dois piquetes são usados para o pasto dos animais, os demais ficam fora de uso para crescimento do capim.

Art 112 Potreiro: e um trecho da pastagem dispondo de abrigo destinado ao isolamento de determinado solípedes e/ou a égua cem sua cria, que permita agasalho para o animal, pasto e local para exercícios livres e crescimento (no caso dos potros).

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SEÇÃO XXII ORAÇÃO DO CAVALO

Dono meu: - dá-me freqüentemente de comer e beber e, quando tenhas terminado de trabalhar-me, dá-me uma cama na qual eu possa descansar comodamente; - examine, todos os dias os meus pés e limpa minha pelo; - quando eu recusar a forragem examina os meus dentes e minha boca, porque bem pode ser que eu tenha uma travagem que me impeça de comer; - fale-me; tua voz sempre é mais eficaz e mais convincente para mim, que o chicote, que as rédeas e que as esporas; - acaricia-me freqüentemente, para que eu possa compreender-te, querer-te, servir-te da melhor maneira e de acordo com os teus desejos; - não corte o meu rabo muito curto, privando-me do melhor meio que tenho para espantar as moscas e os insetos; - não me batas violentamente nem -dês golpes violentos nas rédeas, pois, se não obedece, como queres, e porque estou mau encilhado, com o freio mau colocado, com alguma coisa nos pés ou no meu lombo que causa dor; -se eu me assustar, não deves bater-me sem saberes a causa disso ( pois bem poce ser defeito da minha vista ou um providencial aviso para ti; - não me obrigues a andar muito depressa em subidas, descidas, estradas empedradas ou escorregadias; - não permaneças montado sem necessidade, pois, prefiro marchar, do que ficar parado com uma sobrecarga sobre o dorso; - quando cair, tem paciência comigo e ajuda-me a levantar, pois faço quanto posso para não cair e não causar-te desgosto algum; - se tropeçar, não deves por' a culpa para cima. de mim, aumentando minha dor e a impressão de perigo com tiras chicotadas; isso só servirá para aumentar meu medo e minha má vontade; - procurar defender-me da tortura do freio, não no trabalho, mas, quando esteja em descanso e cobre-me com tua manta ou com uma capa própria; - enfim, meu dono, quando a velhice me tornar inútil, não esqueças o serviço que te prestei, obrigando-me a morrer de dor e privações sob o jugo de um dono cruel ou nos varais de uma carroça; se não puderes manter-me ou mandar-me para o campo, mata-me com tuas próprias mãos, sem me fazeres sofrer; - eis tudo o que te peço, em nome daquele que quis nascer numa baia, minha morada e não num palácio, tua casa.

CAPÍTULO V

0 ARREIAMENTO

SEÇÃO I DESCRIÇÃO DO ARREIAMENTO

Art 113 - 0 arreiamento para montaria compõe-se de:

- cela com acessórios, - cabeçada completa, com freio, (bridão) e rédeas, - bucal cem rédeas, - peitoral com gamarra, - sobrecilha.

Art 114 - Sela:- a sela compõe-se de uma armação de ferro e madeira chamada arção. As partes de ferro constituem as duas arcadas, que limitam a sela na frente e atrás, chamadas respectivamente, cepilho e patilha. 0 restante do arção e de madeira. Toda a sela é recoberta de couro, apresentando na parte superior e média, entre o cepilho e a

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patilha, o assento e na parte inferior, duas bancas acolchoadas com cabelo, chamadas colins, que repousam a comprido, uma de cada lado de lombo de animal.

§ 1º - Entre os dois coxins fica o vazio chamado calha, destinado a permitir o arejamento do lombo, e a evitar pressão ou ferimento na coluna vertebral do cavalo.

As duas extremidades posteriores e salientes dos coxins sobre as quais assenta a carga de trás, são denominadas basteiras. Na frente os coxins terminam em dois prolongados verticais chamados borrainas, destinados a evitar que as pernas do cavaleiro avancem muito.

§ 2º - Para evitar o contato direto das coxas de cavaleiro sem o cavalo, a sela tem, de cada lado, uma aba, por baixo delas, de couro mais fino, as falsas abas ou sub-abas, destinadas a proteger as coxas do cavaleiro em contato com os porta-loros. CABEÇADA 1- cachaceira 2- testeira 3- cisgola 4- faceiras 5- rédeas 6- focinheira FREIO 7- arco do bocado 8- bocado do freio 9- câimbras 10- barbelas 11- sub-barbelas BRIDÃO 12- argola 13- bocado do bridão figuras da pagina 119

Nota-se, ainda, na sela propriamente dita: - na frente: duas semi-argolas, uma de cada lado, onde se prendem os suspensórios ou peitoral; - no cepilho: retângulos de metal, por onde passam os malotes de carga da frente; - do lado direito e atrás: três retângulos de metal, moveis, destinados, dois (os mais a retaguarda) a prender o alforge e o mais a frente o porta-espada; . - do lado esquerdo e atrás: um retângulo de metal onde é afivelado o porta-mosquetão; - na patilho: dois retângulos de metal, fixo, por onde passam os melotes de carga de trás; - por baixo das sob-abas: duas argolas de ferro, uma de cada lado, onde prendem os látegos; - por baixo das sobre-abas: dois retângulos de metal, chamados porta-loros, onde ficam suspensos os loros.

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Art 11-5 - A sela é completada, com os seguintes acessórios: § 1º - a cilha, composta de uma barrigueira de corda, duas argolas da cilha, por

onde passam os látegos, para firmar a sela no lombo de animal e de uma argola em forma de "D" existente no meio e na parte anterior da barrigueira pa.ra prender a gamarra;

§ 2º - os látegos, são duas tiras de couro cru sendo que o direito fica permanentemente ligando a cilha a sela;

§ 3º - os estribos destinados a permitir montar e descansar os pés quando se esta a cavalo4 neles notam-se o olhai, por onde passa o loro, os dois ramos laterais e a soleira, onde as_ senta a sola de pé do cavaleiro;

§ 4º - os loros. destinados a sustentar os estribos. Art 116 - Cabeçada completa com freio (bridão) e rédeas: a cabeçada consta de: § 1º - testeira, tendo em cada extremidade uma alça por onde passa a cachaceira e

a cisgola assenta na testa do animal e se destina a evitar que a cabeçada corra para o pescoço; a cachaceira, que assenta sobre a nuca, logo atrás das orelhas do cavalo, e uma correia de sela terminada nas extremidades em ponta com passador e uma fivela, para ligar-se as faceiras e a cisgola pelas quatros partes; as faceiras, destinadas a manter o freio (bridão) na boca do animal, são duas cerreias terminadas nas extremidades inferiores pro uma ponta de fivela, onde se prendem as argolas do freio (bridão) , e nas extremidades superiores a faceira da direita em ponta com furos e da esquerda em fivela para se ligarem entre sé e permitirem a graduação de cabeçada de açor de com a cabeça do animal; a cisgola, é uma tira de sola destinada a evitar que a cabaçada saia pela frente, terminado em uma extremidade por uma fivela e na outra, em ponta com furos, por onde se afivela do lado esquerdo, depois de passar pelos passadores da testeira; a focinheira é a tira de sola que ajusta a cabeçada no focinho de animal. Figura da pagina 121 1 - cepilho 2 - patilha 3 - assento 4 - basteiras 5 - aba 6 - suadouros 7 - sob-aba 8 - cilha 9 - porta-loro 10 - loro 11 - estribo 12 - manta 13 - látego

§ 2º - freio é uma. peça de metal composta de duas câimbras retas cada uma com um olhai, onde se afivela a faceira e uma ar gola onde se prende a rédea, um bocado inteiriço ou articulado, que e a parte que atua dentro da beca do cavalo; barbela e uma

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corrente articulada de metal que passa por trás da queixada inferior assentando-se de chapa na barbada, presa aos olhais das câimbras por dois ganchos de metal, sub-barbela e uma corrente mais fina que é presa nas argolas do freio por dois ganchos de metal, passando por uma argola no meio da barbela.

Art 117 - MANTA:- a manta, feita de um pano alvadio, serve pa ra proteger o dorso do animal, não deixando que a sela repouse diretamente sobre o animal, é dobrada em quatro partes para colocada sobre o lombo do cavalo. ser

Art 118 - BUCAL COM RÉDEA:- o bucal com rédea destinado a prender o animal e conduzi-lo sem agir na sua boca, e de couro reforçado, dispondo, como cabeçada, de testeira, cachaceira, faceiras, focinheira, cisgola; um travessão com argolas nas extremidades, por onde passam a focinheira e a cisgola e uma rédea simples constituída de uma tira de sola dupla costurada, afivela da por uma extremidade a argola de bucal, que fica na parte de trás da focinheira.

Art 119 - PEITORAL COM GAMARRA:- destinado a evitar que a sela se desloque para trás, e preso as duas argolas existentes no cepilho da sela, por intermédio de deis suspensórios e a meia argola da barrigueira, pela gamarra, que termina em ponta com furos e uma fivela.

Art 120 - SOBRE-CILHA: - destina-se a prender a manta .sobre o assento da sela em certas circunstâncias e não deixar a manta cair quando colocada sobre o dorso do cavalo, para protegê-lo. Tam bem serve para manter qualquer pese sobre o dorso, flancos ou barriga a guisa de bagagem. É uma tira de sola macia, de uns quatro dedos de largura, terminada uma extremidade, em ponta com furos e na outra por uma fivela.

SEÇÃO II LIMPEZA E CONSERVAÇÃO DO ARREIAMENTO

Art 121 - A limpeza de arreiamento tem por finalidades:

- contribuir para maior duração em bom estado de uso, - evitar ferimentos nos animais.

A falta de limpeza provoca a obstrução dos poros naturais da sela, o ressequimento e, em conseqüência, seu rompimento. Por outro lado, os cuidados com o arreiamento evitarão ferimentos nos animais.

Cabe ao cavaleiro os seguintes cuidados: 1) - todos os dias, após desencilhar, limpar as partes de couro do arreiamento,

retirando o pó e o suor do animal, cem um pano úmido e, depois, enxugar cem pano seco e macio.

As partes de metal deverão ser limpas também com pano úmido e o bocado do freio deve ser lavado diariamente cem água limpa.

Todas as partes de arreiamento que estiverem em contato com o corpo de animal, devem ser expostas ac ar (não ao sol), principalmente a manta que deverá ser, depois, batida e escovada cem a escova de cabelos. As basteiras devem ser escova das várias vezes nunca lavadas.

2) - todas as semanas, ou quando o arreiamento ficar muito sujo e enlameado, deve-se fazer uma limpeza completa. Para isso desmonta-se todo o arreiamento, colocando as diferentes peças sobre uma superfície plana ou penduradas, tendo o cuidado de não arranhar o couro. Em seguida passar com a mão, um pouco de sabão verde ou inglês (Brocknel) nas partes de couro, de ambos os lados, com exceção do assento e das basteiras da sela, passar depois um pano úmido ate fazer espuma e até que essa espuma desapareça; esfregar em seguida, fortemente, com pano seco e macio para retirar o sabão que não tenha sido absorvido pelo couro.

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Figura da pagina 123

A manta, as rédeas, a cabeçada e a cilha devem ser lavadas e ensaboadas abundantemente, pois, quando sujas, seu contato irrita o pelo do animal, podendo causar ferimentos. A cilha não deve ser branqueada com cal ou outro produto qualquer.

3) - uma vez por mês, para tornar o couro flexível, esfregar óleo de fígado de bacalhau ou de peixe nas sob-abas, sobrecilhas, rédeas, cabeçada, bucal, face interna das abas, tendo o cuidado de antes umedecer ligeiramente o couro; deixar secar e esfregar, cem pano seco.

A sela deve ser fosca e não brilhante, motivo por que não se deve passar substancia para lhe dar brilho porque não conservam o couro, tiram toda a flexibilidade e deixa o CJI valeiro sem aderência.

4) - os estribos, freios, argolas da sela, fivela e argolas da cabeçada devem ser lavadas e depois limpas com kaol; quando o arreiamento estiver muito tempo sem uso, as partes metálicas devem ser recobertas de óleo ou graxa patente.

5) - para que o arreiamento seja conservado, nunca deve ficar exposto à unidade nem ao sol, mesmo depois de lavado. Deve ser guardado em cabides ou cavaletes, evitando deixar as abas dobradas, ou mesmo apoiado sobre o cepilho, mas nunca empilhado. A manta não é usada para embrulhar o freio, os estribos ou qualquer peça do arreiamento.

6) - a manta, quando muito suja ou endurecida pelo suor, poderá depois de bem escovada, ser lavada cem água e sabão, tomando-se o cuidado de deixá-la secar perfeitamente ao vento e na sombra antes de dobrá-la, para guardar novamente.

SEÇÃO II

EQUIPAMENTO DO ARREIAMENTO

Art 122 - As peças de que se compõe o equipamento do arreiamento são as seguintes:

I) 0 saco de distribuição, de lona impermeável destinado a condução de peças de fardamento sobressalentes;

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II) As sacolas, com correia de cepilho de couro, destinadas: a da direita, a conduzir a ração de reserva, o aparelho de limpeza do cavalo e o curativo do cavalo e, por fora a marmita presa por dois malotes de carga da frente; a da esquerda, a levar no interior os aparelhos de limpeza do arreiamento, 30 cartuchos de mosquetão e, por fora o balde de lona para água preso por dois malotes de carga da frente;

III) 0 balde para água, confeccionado de lona impermeável; IV) 0 alforge, para a condução do bornal cem a forragem (4 Kg de milho); V) 0 bornal de lona, destinado a servir de mangedoura para a ração do milho; VI) A bolsa de ferraduras, contendo uma ferradura anterior, uma ferradura

posterior e 16 cravos, as ferraduras são colocadas na bolsa, de modo que fiquem cem as pontas para cima;

VII) A corda de forragem, destinada a prender o animal na corda tronco, conduzida no lugar da rédea bucal ou atrás e do lado esquerdo da sela, devidamente enrolada;

VIII) 0 estojo de couro para a espada; IX) Malotes, da carga da frente e da carga de trás, sendo quatro para a carga da

frente e para a cargas de trás, dois especiais e dois suplementares; X) 0 porta-espada; XI - A correia do cepilho;

XII - A meia barraca, (meio pano), um pau articulado e quatro estacas, uma marmita (em geral cheia de ração do dia) ;

XIII) 0 cobertor de lã; XIV) 0 porta mosquetão. § 1º - Equipamento da sela: 1) Inicio da equipagem. A sela (provida de loros, estribos, barrigueiras e látegos)

deve ser equipada fora do cavalo, colocada de preferência sobre um cavalete ou tronco de árvore.

Ordem de equipagem. As sacolas devem ser colocadas com o recorte maior para a frente, o que permitira espace necessário a perna do cavaleiro.

a) Os malotes de carga de frente, devem ser enfiados da frente para trás, a fim de que as fivelas, ficando todas pa.ra o lado da cabeça de cavalo, não machuquem as pernas do cavaleiro.

b) A roupa é arrumada no saco de distribuição, que e fechado e em seguida enrolado como se fosse uma barraca,tende a boca de saco afivelada por uma correia; o se.co e colocado na sela com a boca voltada pa.ra o lado esquerdo e preso a esta pela correia de cepilho.

c) Em seguida é colocado o balde de lona, por cima do saco de lado esquerdo, sendo os malotes afivelados por cima da sacola do saco de distribuição e de balde, depois de passarem por baixo das braçadeiras deste ultimo, sem se cruzarem.

d) A marmita é colocada por cima do saco de distribuição, no lado direito da sela, sendo os malotes afivelados por cima da sacola, do saco e da marmita, sem se cruzarem e de modo que o inferior passe por dentro da braçadeira apropriada que existe, na marmita e o superior na altura de sua tampa.

e) 0 posta espada, no lado direito e atrás da sela, afivelado a argola retangular mais da frente, ai existente preso a barrigueira.

f) A alforge (contendo o bornal de ração) vai no lado direito e atrás da sela, preso no porta-espada e afivelados nas duas argolas retangulares mais da retaguarda ai existentes.

g) A bolsa de ferraduras vai no lado esquerdo e atrás da sela afivelada a uma argola retangular ali existente.

h) Quando a corda de forragem não vai no lugar ou junto a rédea do cabresto, será primeiro dobrada ao meio,depois uma metade é dobrada, por sua vez, em cinco partes iguais, enrolando sobre elas a outra metade, sendo a parte desta metade, que sobrar, presa no interior do rolo assim formado.

Assim preparada a corda será presa por suas dobras,a bolsa de ferradura.

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i) Para emalar a barraca e o cobertor, o homem es tende a barraca no chão e coloca o cobertor pela menor linha de centro no meio de pano da barraca, dobra as pontas maiores deste para dentro de forma que a barraca fique com a forma aproximada de um retângulo e dobra para o centro dos lados opostos aos das pontas, de modo que fiquem afastados de mais ou menos um palmo, finalmente, com ambas as mãos, enrola o conjunto pelo lado menor, tendo o cuidado de antes terminar esta operação t dobrar de um palmo para dentro o lado oposto ao que iniciou o enrolamento, para evitar a desigualdade das pontas, ao findar a embalagem. 0 rolo formado pela barraca deve ter o mesmo comprimento que o formado pelo capote.

j) Para emular o capote, o homem estende-o no chão de modo que seu lado externo fique para baixo e vira as mangas pelo avesso colocando-as assim viradas perpendicularmente no sentido do comprime to de capote, dobre depois as pontas da barra de modo a ficar o corpo do capote com a forma retangular e com ambas as mãos enrola o capote pela gola, conservando sempre as mangas perpendiculares ao mesmo. Antes de terminar o enrola mento dobra de meio palmo para dentro a parte final a fim de evitar a desigualdade das pontas, e terminado o enrolamento, vira as mangas pela direita ficando assim vestidas as cabeças do rolo.

1) Para colocar o capote e a barraca na sela, enfiam-se os malotes de carga de trás nas argolas da patilha, da retaguarda para a frente, depois no chão coloca o rolo formado pelo capote, sobre o rolo barraca-cobertor e abotoa em cada cabeça do conjunto um malote suplementar, segura este conjunto pelas duas cabeças, dobra-o na perna para dar-lhe a forma da garupa: de cavalo e coloca-o na patilha, arruma as quatro estacas (ponta para baixo) e o pa.u articulado, em cima e no centro do conjunto fixando tudo com os malotes de carga de trás e prende nos látegos por intermédio de suas passadeiras, as pontas dos malotes suplementares, a de lado direito passando por baixo de porta-espada.

2) Final de equipagem. Ao terminar a equipagem da sela, viram-se para cima da mesma a barrigueira e o peitoral com a gamarra. a) Caso não se tenha que encilhar imediatamente, após a equipagem, fixa-se o peitoral com a gamarra na correia do cepilho e colocam-se sobre a sela, a manta, a cabeçada completa, a sobrecilha e o bucal cem rédea. b) A maneira correta de equipar deve merecer cuidado especial, porque do mau equipamento de sela resultam não raro, irritação e ferimentos do animal.

§ 2e - Cuidados e conservação. 0 balde e o saco de distribuição, sempre que estiverem sujos, devem ser lavados

com água e sabão, por meio da escova de raiz e secos a sombra, não devem ser esfregados nem torcidos, para não perderem a impermeabilidade.

a) apôs cada dia de uso, as partes de sola do equipamento, devem ser limpas do pó e do suor do cavalo, com um pano seco, para retirar as matérias estranhas que as ressecam e fazem com que se partam.

b) Em média, duas vezes por mês ou quando as partes de sola estiverem muito sujas devem ser lavadas do seguinte m£ do: tomar um pouco de sabão verde e esfregar todas as partes de sola, por ambos os lados, em seguida molhar a mão e passa-la nas partes de equipamento ate que o sabão faça espuma e esta desapareça, depois esfregar fortemente cem um pano limpo e macio.

c) Uma ou duas vezes por ano é recomendável lustrar as partes de couro (embora isso não seja indispensável), com de sela ou com uma pasta formada de partes iguais de óleo de mocotó e sebo de ovelha.

SEÇÃ0 IV

MODO DE ENCILHAR

Art 123 - Conduzir o arreiamento Para conduzir o arreiamento para o local onde se vai encilhar, o cavaleiro procede

da seguinte forma:

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a) segura a sela pelo cepilho, assento para cima, com a mão esquerda, apoiando a patilha no quadril;

b) coloca a manta dobrada entre o braço esquerdo e o assento da sela; c) segura com a mão direita a cabeçada, pela cachaceira, cem as rédeas dobradas,

bem como o peitoral com gamarra. Art 124 - Colocação de arreiamento Para retirar o animal, da baia o cavaleiro coloca o arreiamento no chão, da

seguinte forma: I) coloca a sela (cem os estribos suspensos) apóia da sobre o cepilho, assento

voltado para o local em que ficara, o cavalo, a cilha sobre a patilha; II) a manta é desdobrada, bem sacudida, novamente dobrada e colocada sobre a

sela. Figura da pagina 127

Art 125 - Retirar o animal da baia. Para retirar o animal da baia o cavaleiro deve: a) abrir a baia e fazer o cavalo dar entrada na mesma, fazendo voltar a cabeça

para a saída, batendo levemente na garupa, falando com o animal, tendo o cuidado de ficar um pouco de lado dos posteriores;

b) sempre falando com o cavalo, passa a rédea pelo pescoço; c) retira o cavalo da baia; d) conduz o animal para onde deixou o arreiamento; o cavalo deve ficar a

distancia de meio corpo de cavalo do arreiamento, com a frente voltada pa.ra o assento da sela.

Art 126 - Enfrentar e embridar. Para enfrentar (colocar a cabeçada com freio) ou para embridar (colocar a

cabeçada com bridão), o cavaleiro procede da seguinte maneira: a) coloca-se do lado esquerdo do cavalo, na altura da cabeça, mantendo a rédea

no pescoço de animal; b) cem a cabeçada virada cem a mão esquerda, pela cachaceira, verifica se a

barbela esta solta;

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c) passa a cabeçada para a mão direita, segurando-a pela cachaceira cem o polegar, a mão esquerda, com a palma virada para cima segura o bocado ou a câimbra esquerda do freio (ou o bocado do bridão);

d) levanta a cabeçada cem a mão direita, mantendo as faceiras esticadas até a altura de topete;

e) introduz o bocado na boca do cavalo, guiando-o cem o indicador da mão esquerda, cujo polegar introduzido no canto da beca facilita a sua abertura, no momento em que o cavalo abrir a boca, introduz-se o bocado por cima da língua;

f) colocado o bocado na beca de cavalo, a direita ergue a cabeçada, colocando a cachaceira por trás das orelhas;

g) ajusta a cabeçada e afivela a cisgola, sem apertá-la para não incomodar o animal;

h) prende a barbela e sub-barbela, deixando um espaço de dois dedos entre a barbela e o osso da queixada inferior;

i) a cabeçada fica suficientemente afastada das orelhas para que as faceiras passem a dois dedos dos ossos da face, enquanto a testeira não deve descansar sobre os temporais mas sim, ficar logo abaixo das orelhas e unida a cabeça, . sem comprimí-la.

Art 12 7 - Encilhar Para encilhar sua montada o cavaleiro tem o seguinte procedimento:

I) corre a mão esquerda espalmada sobre o dorso do animal, examinando para certificar-se da ausência de ferimentos ou corpos estranhos sobre o lombo;

II) mantendo a rédea fora do pescoço, enfiada no braço esquerdo, apanha a manta e colocando-se do lado esquerdo do cavalo, passa uma ou duas vezes sobre o dorso da frente para trás para alisar o pêlo, tendo o cuidado de levantá-la toda vez que a levar para a frente;

III) coloca a manta sobre o dorso, sem rugas, quatro dedos além da cernelha, dobrada em quatro, com as pontas soltas voltadas para a esquerda, para baixo e para trás;

IV) verifica-se a manta cai igualmente de ambos os lados do animal olhando pela frente de cavalo;

V) apanha a sela com a mão esquerda no cepilho e a direita na patilha, cilha por cima do assento e estribos suspensos;

VI) coloca a sela com suavidade, sobre o dorso de cavalo,entre as espáduas e os rins, cepilho, logo atrás da cernelha , de medo que a cernelha e a linha central do dorso não sofram pressão, deixando as espáduas cem movimentos livres e desembaraçadas;

VII) colocada a sela, o cavaleiro, levanta a manta, segurando-a na altura do fio do lombo de ambos os lados, de modo a uni-la à calha da sela,evitando que ela comprima, ao ajustar a cilha;

VIII) verifica se as abas e sob-abas não estão dobradas e deixa, a cilha escorregar para a direi ta;

IX) segura a extremidade por baixo da barriga do cavalo, passando a extremidade livre do látego , de dentro para fora, na argola da cilha, depois,de fora para dentro no porta-látego , e assim, mais algumas vezes, para depois puxar a extremidade do látego,apertando progressivamente a cilha; Figura da pagina 129 apostila

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X) a cilha deve ficar colocada a um palmo das axilas, exatamente no cilhadouro; XI) uma vez apertada a cilha, enfia a ponta de late go no porta-látego para a

direita, por cima das demais voltas, enfiando-o de dentro para fora no porta-látego, terminando com um nó falso, de forma que a laçada fique voltada para baixo e a ponta do látego para cima; Figura da pagina 130 apostila

XII) coloca o peitoral, passando-o pela cabeça de cavalo, afivelando-o a sela e a cilha;

XIII) uma vez ajustada a cilha, baixa os estribos; A sela colocada muito a frente ou muito atrás , prejudica o animal, sobrecarrega-

o na frente ou atrás , provocando ferimentos e dificultando a ação de cavaleiro. Art 12 8 - Procedimento do cavaleiro armado Quando armado de lança. I - Para conduzir o arreiamento, estando armado de lança o cavaleiro segura a

lança junto a cabeça, na mão direita, apoiando a arma no ombro do mesmo lado, ponta para cima e para trás e o cento para baixo e paira frente.

II - uma vez colocado o arreiamento no solo, a lança fica apoiada sobre a manta, inclinada, com a ponta voltada na direção para onde está o assento da sela e o canto apoiado no chão, do lado contrário da sela.

III - quando começa a encilhar o cavaleiro a lança no selo. Art 129 - Quando armado de espada. I)- para conduzir o arreiamento, estando armado de espada, o cavaleiro coloca a

espada entre a manta e o braço esquerdo, atravessada na sela. II) - uma vez colocado o arreiamento no selo, a espada fica apoiada sobre a

manta, com o corpo voltado para cima e para frente, entre as abas. III) - quando começa a encilhar, o cavaleiro coloca a espada na guia de espada

de seu cinturão. Art 130 - Quando armado de mosquetão . a) para conduzir o arreiamento, estando armado de mosquetão , o cavaleiro

segura o mosquetão com a mão direita,juntamente cem a cabeçada. c) uma vez colocado o arreiamento no solo, o mosquetão fica de forma similar

a espada.

SEÇÃO V MODO DE DES.ENCILHAR

Art 131 - Desencilhar. Para desencilhar o cavaleiro procede do seguinte moço: I) - retira as rédeas do pescoço do cavalo, passando-as no braço esquerdo; II) - suspende os estribos; III) - desafivela o peitoral;

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IV) - solta a cilha e, passando-a sob a barriga do cavalo, coloca-a sobre o assento

da sela; V) - colocando a mão esquerda no cepilho e a direita na patilha retira a sela e

coloca-a no selo apoiada sobre o cepilho; VI) - fricciona o dorso com a manta, principalmente na região onde a sela estava

colocada; VII) - retira a manta, colocando-a sobre a patilha; VIII) - retira o peitoral, colocando-o sobre a manta; IX) - desenfrena, passando a rédea sobre o pescoço, conduz o cavalo para o

esponjadouro.

Art 132 - Desenfrenar - Para desenfrenar o cavaleiro deve: I) -retirar as rédeas do pescoço do animal, colocando suas extremidades no dedo

polegar da mão esquerda; II) - soltar a barbela do gancho esquerdo; III) - desafivelar a cisgola; IV) - acariciando o chanfre com a mão esquerda, tirar a cabeçada com a direita; V) - antes de completar a retirada da cabeçada, passar a rédea no pescoço, para

evitar a fuga do animal.

Parágrafo único - Ao desenfrenar, é preciso tomar cuidado para que, ac retirar-se o freio da boca do cavalo, o bocado não venha batendo nos alentes.

Art 133 - Procedimento do cavaleiro armado. I) quando armado de lança, o cavaleiro coloca a lança no selo no local em que

devera apoiar a sela, após desencilhar, coloca a lança dá forma prevista anteriormente. II) quando armado de espada, retira-a de porta-espada, colocando-a de forma

similar a prevista para a lança. Apôs desencilhar procede como foi visto anteriormente. III) quando armado de mosquetão, se o mesmo estiver em bandoleira, assim

permanecera, se estiver no porta-mosquetão, desafivela-o da argola da sela e coloca no chão enquanto desencilha, apôs o que procede como foi visto anteriormente.

CAPÍTULO VI ELEMENTOS DE FQU1TAÇÃO

SEÇÃO I

COMO SEGURAR, CONDUZIR E APRESENTAR UM CAVALO Figura da pagina 132 apostila,

Art 134 - Segurar um cavalo a pé O cavaleiro toma posição à esquerda do cavalo, na altura da ganacha, passa as

rédeas cabeça do animal, vindo segura-las com a mão direita a quinze centímetros da beca de cavalo, unhas para baixo, indicador entre as rédeas, mão levantada e firme.

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Figuras da pagina 133 apostila

Conforme a situação, o cavaleiro toma as posições de "sentido" e de "descansar", sem alterar o que foi dito acima. O cavalo deve ser considerado direito, aprumado nos quatros membros, com a cabeça e o pescoço na mesma direção.

Art 135, - Conduzir o cavalo a pé: 0 cavaleiro retira as rédeas de pescoço de cavalo, segura-as cem a mãe direita, a

quinze centímetros da boca do cavalo, unhas para baixo, indicador entre as rédeas, mão levantada enquanto a mão esquerda segura as rédeas pelas extremidades, mantendo-se sempre a altura da ganacha, do lado esquerdo do animal, puxa-o com a mão direita.

Art 136 - Conduzir um cavalo estando montado: Estando montado, o cavaleiro coloca-se à esquerda do cavalo a ser conduzido,

segurando as rédeas na mão direita, mantendo-se sempre ao lado de sua montada. Art 13 7 - Conduzir dois cavalos a pé: Tendo de conduzir deis cavalos, estando o cavaleiro a pé, o mesmo se coloca entre os

dois animais. Art 138 - Segurar dois animais a pé: Para segurar dois animais, estando a pé, o cavaleiro se coloca entre os dois, mantendo

as rédeas no pescoço, segurando com a mão direita e com a esquerda, cada um dos animais da forma prevista na letra "a".

Art 139 - Apresentar um cavalo: O cavaleiro conduz o animal da forma já prevista, de maneira, a passar a dois corpos

de cavalo na frente da pessoa a quem tem que se apresentar, quando chega a esta altura, voltando a frente ps.ra o local que for determinado e tomando a posição que for comandada.

SEÇÃO II

MONTAR E APEAR

Art 140 - Montar: I) - estando o cavaleiro a pé, segurando sua montada, à voz de PREPARAR

PARA. MONTAR, faz direita volver, passa as rédeas pela cabeça do cavalo, colocando-as no pescoço e segurando-as curtas com a mão esquerda ao mesmo tempo em que dando um passo alterai a direita, vai segurar cem a mesma mão no cepilho, com a mão direita, joga as pontas, das rédeas para o lado direito do pescoço do cavalo e segura a patilha, coloca o pé esquerdo do estribo de mesmo lado, apoiando o joelho lateralmente na aba da sela sem que a ponta do pe toque no cavalo, mantendo-a portando voltada para a direção em que está o animal, o corpo e mentido voltado na mesma direção em que esta o animal;

II) - ao comando de A CAVALO, o cavaleiro firma-se nos três pontos de apoio estabelecidos da forma acima e eleva-se sobre a perna esquerda por impulsão da. perna direita ate que o calcanhar direito fique na altura do esquerdo, mar tende o joelho esquerdo colado a sela, busto ligeiramente inclinado para o flanco direito do cavalo, muda a mão direita para o cepilho, ao mesmo tempo que passa a perna direita dobrada, para o lado direito do animal, por cima da garupa., porém, sem tocá-la, senta-se suavemente na sela, calça e estribe direito, separa as rédeas (bridão) ou segura as rédeas com a mac esquerda (freio) , ajustando-as em seguida permanece imóvel olhando para frente, por cima das orelhas do cavalo, atento.

A rapidez e destreza para montar, o absoluto domínio de animal e a perfeita imobilidade do cavaleiro, são condições básicas em equitação.

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Art 141 - Apear: a) à voz de PREPARAR PARA APEAR, o cavaleiro passa as rédeas para a mão

esquerda (se for bridão), com a mesma mão segura o cepilho, descalça o estribo direito; b) ao comando A PÉ, apóia a mão direita no cepilho, eleva-se sobre o estribo

esquerdo, levantando-se de assento da sela, passa a perna direita levemente dobrada, para o lado esquerdo do cavalo, por cima da garupa, sem tocá-la, muda a mão direita para o lado direito da patilha, indo colocar o pé direito ao lado e na mesma altura do joelho, joelho esquerdo apoiado firme de encontro a sela, tronco ligeiramente inclinado para o flanco direito do cavalo, dobrando a perna esquerda, desce suavemente, no flanco esquerdo de cavalo, até que o pé direito toque o chão, abandona então o estribo e, sem largar as rédeas, dá um passo lateral a esquerda, para colocar-se na altura da ganacha, correndo a mão direita pela rédea esquerda, finalmente faz esquerda volver, ficando com a mesma frente do cavalo, na posição de "sentido".

Art 142 - Os estribos estão bem ajustados, quando o cavaleiro bem colocado na sela deixa cair naturalmente as pernas de modo que a soleira dos estribos fique na altura dos calcanhares.

O estribo deve suportar somente o peso da perna e ser calçado até o terço do pé, o calcanhar se mantém mais baixo que a ponta do pé e a articulação do tornozelo flexível. 0 ramo anterior do estribo deve ficar para fora e o lóro em conseqüência, de chapa na perna do cavaleiro.

O apoio excessivo nos estribos prejudica o assento e a flexibilidade do joelho, restringindo a liberdade da ação da perna.

0 maior apoio da sola dos pés deve recair na parte interna da soleira para bem garantir a aderência da barriga da perna.

Se o cavaleiro não enfia suficientemente o pé no estribo, arrisca-se a perdê-lo, se o enfia demais terá dificuldade no trote elevado.

Para o galope largo, trabalho com armas, na carga, os estribos são calçados a fundo, mas ainda assim o calcanhar deve ficar mais baixo que a ponta do pé.

Os cavaleiros devem ser exercitados em abandonar e retomar os estribos, inicialmente parado e ao passo e depois progressivamente em todas as andaduras.

Quando a cavalo a ajustagem dos estribos se faz pela maior ou menor extensão dada aos lóros e deve ser tal que permita ao cavaleiro, boa posição com os estribos abandonados e as pernas naturalmente caídas, sentir as soleiras tocarem nos calcanhares; se a soleira corresponder, à parte imediatamente acima do salto da bota, o lóro está na sua maior extensão e se a correspondência ê com parte imediatamnte abaixo do tornozelo a extensão é a mínima; no meio portando será uma razoável medida.

A ajustagem é normalmente feita a pé, antes de montar, e para isso se torna necessário que cada cavaleiro conheça a extensão do braço comparada ao que marca a unidade de medida do comprimento do loro.

Art 14 3 - Montar e apear por salto. a) ao comando "Por salto a cavalo" - o cavaleiro executa um direita volver, segura a

rédea esquerda com a mão esquerda unhas para baixo, dá um passo a direita, para se colocar na altura da espádua do cavalo ao mesmo tempo que desliza

Figuras da pagina 136 apostila

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a mão direita ao longo da rédea esquerda até o meio (a ponta) das rédeas e a esquerda até a altura do garrote, cruza as rédeas nesta mão enquanto a direita liberada vai empunhar o cepilho, com impulso de flexão das pernas se alça ate a altura de sustentação dos braços e após aí permanecer um instante nesse posição cobre a sela com a perna direita sem choque, segura em cada mão uma rédea empalmada com as pontas saindo entre o indicador e o polegar que o aperta, sem esforço, contra a segunda articulação do primeiro. Os braços permanecem meio dobrados, os punhos no prolongamento do antebraço e separados de 25 cm, as unhas se defrontando e as rédeas ajustadas.

Inicialmente e se houver necessidade como recurso, a mão esquerda pode empunhar o cepilho e a direita a patilha para facilitar a subida do corpo.

As rédeas estão ajustadas quando o cavaleiro sente levemente, a boca do cavalo e por isso pode ser observado que tal ajustagem não provoque qualquer movimento nem perturba a posição da cabeça do cavalo.

Ao comando "Por salto, a pé" - o cavaleiro junta as rédeas na mão esquerda e as coloca como foi prescrito para montar, segura com a mão direita o cepilho, eleva-se nos braços e passa a perna direita por cima da sela e garupa de modo a permanecer um instante na posição de sustentação para então descer e por os pés juntos na terra, suavemente e com flexão dos joelhos.

Retoma em seguida a posição de sentido. Para realizar os dois exercícios sem pausa intermediária, o comando será: "Por

salto a pé e a cavalo". Os cavaleiros devem ser exercitados freqüentemente em montar e apear por salto com ou sem tempo de pausa intermediária e de ambos os lados. Tais movimentos só se executam com o cavalo parado.

SEÇÃO III

MODO DE SEGURAR E AJUSTAR AS RÉDEAS

Art 144 - Sempre que o cavaleiro monta segura as rédeas com a mão esquerda (salvo quando usa bridão) sendo este o modo normal de conduzir o cavalo, em qualquer tipo de serviço ou missão, de forma a ter a mão direita livre para o emprego do armamento. As rédeas são seguras com a mão esquerda, separadas pelo dedo mínimo, unhas voltadas para a direita, polegar por cima, deixando as extremidades das rédeas sair entre o polegar e o indicador, caindo do lado esquerdo do cavalo.

O punho esquerdo é mantido baixo, a uns dez centímetros do cepilho, exatamente no prolongamento do antebraço.

A mão direita cai naturalmente ao longo do corpo, por trás da coxa, palma da mão voltada para dentro.

Quando usar o bridão o cavaleiro conduz o animal com rédeas separadas. Neste caso, a rédea direita é segura na mão direita e a rédea esquerda é segura na mão esquerda.

As rédeas são seguras em ambas as mãos em - cheio, apertadas de chapa entre o polegar e a segunda falange do indicador, entram por baixo do dedo mínimo e saem pelo lado do polegar, com as extremidades caindo do lado direito do pescoço do cavalo.

Os punhos são mantidos baixos, a uns dez centímetros do cepilho, exatamente no prolongamento dos antebraços as unhas se defrontando, as mãos com cerca de um palmo de distância entre si.

Art 145 - Modo de ajustar as rédeas: Diz-se que as rédeas estão ajustadas, quando, levemente tensas, o cavaleiro

sentindo ligeiramente a boca do cavalo. Para ajustar as rédeas estando com elas numa só mão ou separadas, o cavaleiro

aproxima os punhos um do outro, segura as rédeas ou a rédea que quer ajustar, com o polegar o indicador por cima e de maneira que os polegares se toquem entreabre ligeiramente os dedos para afrouxar as rédeas e puxa ambas ou a que es tiver mais longa, até sentir um leve contato com a boca do cavalo ou a mesma tensão numa e noutra rédea, quando então, deverá firmá-las novamente.

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Art 146 - Juntar e separar rédeas: Ao comando "rédeas na mão esquerda" - o cavaleiro coloca a mão esquerda em

frente ao meio do corpo passa para ela a rédea direita, de modo que esta fique separada pelo dedo mínimo e as unhas se conservem voltadas para a direita, as rédeas saem en tre o indicador e o polegar com as pontas caídas a direita, a mão direita caída para trás da coxa do mesmo lado com o braço natural, mente caído ao lado do corpo.

Para juntar as rédeas na mão direita, basta proceder inversamente ao que foi descrito.

Ao comando de "Separar "Rédeas" - a mão livre segura a rédea correspondente e as mãos retomam o afastamento de 25 cm. Para ajustar as rédeas o cavaleiro aproxima os punhos e segura com uma das mãos acima e perto do polegar a rédea ajustada, encurta-se e volta depois a posição normal.

As rédeas são abandonadas e retomadas aos comandos de "Abandonar e retomar rédeas".

Ao primeiro comando o cavaleiro depõe as rédeas do cepilho e as mãos caem naturalmente aos lados do corpo. Ao segundo comando, o cavaleiro com o indicador e o polegar da mão direita, segura o meio das rédeas e com a mão esquerda empunha as rédeas juntas para depois então separá-las e ajustá-las.

O manejo das rédeas obriga a prática de excelente flexionamento, por isso deve ser executado com freqüência, desde os primeiros dias, vigiando-se particularmente o modo como o cavaleiro alonga e encurta as rédeas.

Todas as precauções devem ser tomadas para acidentes, na execução do abandonado das rédeas. É capital a escolha do momento oportuno para a execução, cavalos distendidos e calmos.

SEÇÃO IV POSIÇÃO DO CAVALHEIRO A CAVALO

Art 147 - A posição do cavaleiro a cavalo varia com a andadura, a forma do

terreno em que trabalha e com a natureza do trabalho executado. Entretanto tais modificações devem ser originárias da posição clássica, que é tomada com o cavalo parado em terreno plano. Figura da pagina 139

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§ 1º - O corpo do cavaleiro, quando a cavalo, pode decompor-se em duas partes: 1) - uma aderenta ao cavalo; 2) - outra móvel, articulada a primeira. Estas partes não podem, porém, ser definidas, porque variam segundo os

processos que o cavaleiro emprega para evitar as reações provocadas pelos movimentos do cavalo.

Em princípio diz-se que as pernas (dos joelhos até os pés) e o tronco (até abaixo da cintura) são móveis.

As coxas (da cintura até os joelhos) devem permanecer imóveis e aderentes à sela.

A fixidez na sela é obtida, ora pela aderência, das nádegas e parte interna das coxas e colocação das pernas, ora apenas pela parte interna das coxas e boa colocação das pernas.

O cavaleiro deve estar sentado e aprumado o mais diante possível. - a região renal e os quadris flexíveis; - as coxas voltadas sem esforço,de chapa e fixas; - os joelhos ligeiramente dobrados sem rigidez ; - as pernas caindo normalmente; - o tronco desembaraçado, livre e ereto; - os ombros direito e igualmente caídos; - o punho na altura do cotovelo e no prolongamento do ante-braço, polegar para

cima; - a cabeça direita, livre e desembaraçada dos ombros, olhar para frente.

Esta posição não exige nenhuma contração muscular e pode ser conservada por muito tempo, sem fadiga. Requer três qualidades que o cavaleiro deve adquirir sucessivamente e sem as quais o emprego das ajudas se torna impreciso; a flexibilidade, a fixidez e o desembaraço.

A flexibilidade é a descontração das articulações. A fixidez é a ausência de movimentos involuntários e inúteis. §2º - O desembaraço é a liberdade de corpo e de espírito que permite ao cavaleiro

agir com justeza, medida e oportunidade. O cavaleiro que não é fixo, não tem desembaraço algum; só poderá ser fixo se for

flexível por isso os instrutos se preocupam em primeiro lugar com a flexibilidade. Flexionando o cavaleiro se torna cada vez mais fixo, o que adquire em fixidez

reverte em desembaraço. Um cavaleiro está assentado, quando tem as nádegas impelidas o mais possível

para a frente, o peso do corpo caindo inteiro sobre a sela, guardando com esta um contato mais suave e ligados ao movimento do cavalo.

O cavaleiro que se apóia fortemente nos joelhos e nos estribos, desliga-se do cavalo e perde a estabilidade. Esta ao contrario aumenta, quando o cavaleiro está assentado por se multiplicar os pontos de contatos.

§ 3º - Um cavaleiro está aprumado quando seu busto, estando na vertical, os ombros, os braços e as pernas caem naturalmente. Esta posição equilibrada é a que dá maior desembaraço. 0 cavaleiro que tem o tronco curvado para a frente, não é senhor de seu equilíbrio e não tem por conseguinte nenhuma independência de movimentos. Aquele que recua os ombros, fica com a região renal cavada e rígida.

A flexibilidade da região renal e dos quadris e a condição principal de um bom assento. Amortecendo as reações, permite ao cavaleiro guardar um contato suave com o cavalo e conservar sempre o aprumo. Assentando-se o mais para a frente possível, o cavaleiro facilita o jogo da região renal.

As coxas abarcando o cavalo igualmente e só se alongando pelo próprio peso acrescido do das pernas, devem estar de chapa, para tomar um contato mais íntimo com a sela e permitir a ação das pernas. A aderência das coxas, que se obtém por uma adaptação

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progressiva, contribui para firmar o assento, porém este depende mais da flexibilidade e do equilíbrio do que da força dos joelhos.

A perna deve estar colocada perto da cilha, e fixa para agir oportunamente, o balanço da perna, além de desordenar o cavalo, tira a precisão de suas ações , sem prejuízo da fixidez, a perna deve permanecer livre. Este duplo resultado é atingido, quando ela cai, naturalmente e assim permanece ficando o joelho dobrado ligeiramente e sem rigidez.

O cavaleiro só emprega as pernas como meio de segurança, quando o cavalo faz um movimento brusco ou violento, Para saltar, entretanto, é necessário com elas abarcar o cavalo guardar com ele um contato mais estreito.

Sem estribos as pernas ficam completamente abandonadas e a ponta do pé cai naturalmente.

§ 4º - Finalmente o cavaleiro só poderá empregar as rédeas com oportunidade e com grau de tensão conveniente, quando o tronco estiver desembaraçado, as articulações dos ombros e dos braços flexíveis e os punhos no prolongamento dos ante-braços.

Em resumo, um bom assento, aderente, firme e capaz de assegurar a independência de movimentos assim como uma completa liberdade de espírito e caracterizado do seguinte modo:

1) -.aprumo do tronco; 2) - flexibilidade da região renal; 3) - aderência das coxas; 4) - fixidez das pernas; 5) - desembaraço da cabeça, dos ombros e dos braços.

Art 148 - Posição do cavaleiro a cavalo, com o animal parado: A primeira condição que o cavaleiro deve ter para manter a posição a cavalo, é

estar bem assentado e aprumado. Bem assentado é quando tem as nádegas o mais possível impelidas para a frente,

o peso do corpo caindo inteiramente sobre o assento da sela guardando com esta um contato perfeito, ligando-se, assim, a qualquer movimento do animal.

Bem aprumado é quando, o busto está ereto, os ombros, os braços e as pernas caem naturalmente.

§ 1º - A cabeça deve ser conservada direita, levantada, livre e independente dos ombros mas sem esforço e rigidez, podendo mover-se facilmente em todas as direções, olhar para a frente , lançado francamente para o horizonte e com suficiente mobilidade para observar tudo o que ocorre em volta, o pescoço mantido direito e flexível, dando a cabeça completa liberdade de movimentos.

§ 2º - Os ombros são mantidos direitos, na mesma altura, caídos com naturalidade, um pouco forçados para trás, mas sem constrangimento, de modo que o tórax fique ligeiramente saliente.

§ 3º - O busto deve ficar desembaraçado, livre, direito e aprumado na sela, de modo que cada parte repousa na que lhe é inferior a fim de aumentar a aderência das nádegas e coxas sobre a sela, mas não hirto, deve ficar bem na vertical, sobre os quadris, sem inclinar-se nem para um lado nem para o outro, o peito saliente, forçando as omoplatas a aproximar-se, não os deixando encurvar.

0 braço direito (se as rédeas estiverem na mão esquerda), cai naturalmente junto ao tronco, mão atrás da coxa direita, com a palma voltada para dentro, dedos unidos.

O braço esquerdo (se as rédeas estiverem na mão esquerda} apóia-se ligeiramente ao tronco, cotovelo meio dobrado, colado ao corpo, o punho é mantido pouco abaixo do cotovelo, no prolongamento do ante-braço, a mão fechada sem esforço, é mantida fixa, mas não imutável, para deslocar-se suavemente, conforme as circunstâncias, segura as rédeas separadas pelo dedo mínimo,a extremidade saindo entre o polegar e o indicador e caindo do lado direito do pescoço do cavalo, o polegar para cima, aperta as rédeas de chapa entre o indicador, demais dedos unidos e -voltados para a direita.

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Os rins do cavaleiro ficam na vertical ou ligeiramente infletidos para diante, mas nunca abaulados, sem rigidez, descontraídos, elásticos e flexionados, amortecendo as reações verbais do cavalo.

§ 4º - A cintura, os quadris e as nádegas devem ser levados o mais a frente possível, sem, contudo, produzir-se exagerada concavidade da coluna vertebral, sendo essas três partes do corpo, repartidas igualmente e com naturalidade, em toda a sua largura, sobre a sela, de modo a manter o assento.

§ 5º - As coxas devem ficar voltadas para dentro, sem es_ forço, de chapa, isto é, apoiadas pela face interior contra a sela, fixas, abarcando o cavalo por igual, próximas da posição vertical, sem acarretar a elevação das nádegas, obrigando os joelhos a ficarem colados a sela.

Os joelhos devem ser mantidos ligeiramente dobrados, flexíveis, sem rigidez, voltados para dentro sem esforço, de chapa sobre a aba da sela e descidos.

§ 6º - As pernas devem ficar livres, caldas naturalmente mas sem exagero, ligeiramente oblíquas para trás e em permanente contato com o cavalo perto da cilha, pela parte chata da barriga das pernas.

Os pés ficam naturalmente caídos, assentam em cheio, pela sua terça parte, na soleira dos estribos, os calcanhares, devem ser mantidos mais baixos que as pontas dos pés, que por sua vez devem ficar ligeiramente voltadas para fora.

Art 143 - Posição do cavaleiro a cavalo com o animal em movi mento: Com o cavalo em movimento, o cavaleiro conserva o mais possível a posição

vista anteriormente, com ligeiras modificações conforme a andadura do animal. § 1º- Ao passo, a principal preocupação do cavaleiro e avançar, constantemente o

assento, os quadris acompanham o movimento do animal, as nádegas ficam firmes na sela, o tronco sempre sobre o dorso do animal, ombros, punhos e cotovelos em suave dependência, as pernas com fácil jogo nos joelhos conservam leve contato com o cavalo, os joelhos permanecem baixos.

§ 2º - No trote curto (sentado), o cavaleiro procura amortecer as reações naturais da andadura evitando que as nádegas percam o contato com o assento da sela. Nas voltas, mudanças de direção e curvas de um modo geral, o cavaleiro devera seguir a inclinação de sua montada, pesando um pouco mais sobre a nádega, de dentro e pondo as espáduas para dentro da curva.

§ 3º - No trote elevado, o cavaleiro eleva ligeiramente o tronco, quando da elevação do antemão, baixando na elevação da garupa, apoiando-se nos joelhos e na barriga das pernas, exercendo relativa pressão das coxas para não deslocar as pernas.

0 trote elevado é normalmente praticado quando o cavaleiro usa os estribos. Os princípios que orientam a sua execução e aprendizagem são os seguintes: I - na marcha ao trote, o cavaleiro inclina o ai to do corpo para a frente e se apóia

nos estribos, sem perder a aderência dos joelhos a sela e então se deixa elevar numa reação do trote do cavalo para manter o assento afastado da sela na reação seguinte, desse modo consegue evitar uma reação em duas produzidas.

II - no início para facilitar a aprendizagem do mecanismo do trote elevado o cavaleiro acaricia o pescoço do cavalo para ser levado naturalmente, a inclinar o corpo para a frente o que facilita a elevação do assento.

- a boa.execução do trote elevado requer moderação ao afastar o assento da sela e suavidade na retomada da mesma, bem como naturalidade de apoio nos estribos, flexibilidade da articulação do tornozelo e manutenção do calcanhar mais baixo que a ponta do pé.

§ 4º - No galope, o cavaleiro fixa as coxas pela flexão da região renal, deslizando suavemente as nádegas no assento em sentido inverso as reações do cavalo.

§ 5º - Posições de "SENTIDO" e "DESCANSAR" do cavaleiro' a cavalo: Para tomar a posição de "sentido", o cavaleiro a cavalo mantém a posição vista

anteriormente em absoluta imobilidade e para "descansar" embora permaneça ainda na mesma posição correta a cavalo, não e obrigado a manter a imobilidade.

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§ 6º - Marchas a mão direita (esquerda) o cavaleiro marcha a mão direita ou mão esquerda, quando o seu lado direita , (esquerdo) corresponde ao interior do picadeiro".

Ao comando "Pista à mão direita (esquerda), marche", o cavaleiro movimenta o cavalo para a frente e ao chegar a pista volve-o para o lado indicado.

§ 7º - Trabalho com e sem estribos - os estribos dão confiança ao cavaleiro permitem-lhe equilibrar-se mais facilmente e asseguram as suas ações um certo grau de justeza. No começo, porém falseiam muitas vezes a posição, os joelhos, tendem a se elevar e a se abrir, o assento é lançado para trás e os ombros para frente.

Sem estribos, ao contrário, o cavaleiro desce pa ra o fundo da sela, suas coxas e pernas caem pelo próprio peso, liga-se ao movimento do cavalo e sua posição se regulariza.

O trabalho sem estribos constitui um processo particularmente eficaz. Como, porém, os instrutores dispõe de pouco tempo para esse trabalho e as

grandes exigências na sua execução, podem, longe de acelerar o progresso, ao contrário, comprometê-lo, os exercícios de conduta são executados normalmente com estribos, sem esperar que o trabalho sem estribos tenha dado ao cavaleiro um assento firme.

O trabalho sem estribos é praticado como flexiona mento, com a maior freqüência possível, sempre seguindo uma progressão racional e cuidadosamente executada.

O trabalho sem estribos realiza-se normalmente no picadeiro. O instrutor faz os cavaleiros marcharem em escola , tendo á testa um monitor, afim de libera-los de qualquer preocupação de governo do cavalo. Manda muitas vezes abandonar as rédeas para evitar que os cavaleiros procurem apoio na emboca dura. A escola deve ser a menor possível. O monitor marcha nu ma andadura calma e regular, evitando as mudanças bruscas. O trote é mantido muito tempo em cadência muito lenta e só atinge a velocidade regulamentar lenta e progressivamente."

No exterior, o instrutor alterna os trabalhos com e sem estribos, de acordo com o progresso dos cavaleiros. Os estribos são abandonados com freqüência, ao passo e ao galope; quando for no trote a andadura será sempre mais lenta devendo ser evitado o tempo exageradamente longo de trote sem estribos.

§8º - Flexionamentos Os flexionamentos recreativos, praticados sob a forma de jogos, tem a finalidade

de proporcionar o desembaraço físico e moral do cavaleiro. Qualquer movimento e bom, desde que prenda sua atenção e lhe ocasione divertimento para desse modo impedir a contração muscular.

Os flexionamentos recreativos podem variar indefinidamente, sob a condição, porem, de serem sabiamente graduados e não se tornarem causas de acidentes.

Esses exercícios são completados pela execução de movimentos usuais, manejo rápido das rédeas, ajustagem dos es tribos, quando montados, abandonar e retomar estribos, etc.

Os flexionamentos têm por fim: - eliminar as contrações; - combater os defeitos de posição resultante da falta de flexibilidade; - obter completa independência das diferentes partes do corpo; São executados primeiramente cora os cavalos para dos, em círculo, em volta do

instrutor, depois ao passo, em seguida ao trote curto e finalmente nas três andaduras regulamentares.

O instrutor começa por colocar o assento dos cavaleiros, fazendo-os sentar no fundo da sela, com as nádegas o mais na frente possível e sob si. Passa depois a flexionar a região renal, e colocar as coxas de chapa e os joelhos aderentes e fazer cair as pernas e os braços, procura finalmente o desembaraço dos bustos e a independência dos gestos.

Os flexionamentos não devem ser prescritos a esmo, mas sempre com objetividade, sô tem valor quando apropriados ao cavaleiro, executados corretamente e repetidos muitas vezes.

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Ao cavaleiro que senta muito atrás e fica com a região renal rígida, cavada e os ombros recuados, o instrutor recomenda que amoleça e arqueie essa região e sente o mais à frente possível, pela elevação das coxas e flexão para a frente e rotação do tronco.

O cavaleiro que tem o peito reentrante, os ombros enrigecidos e muito para a frente, o instrutor prescreve endireitar a região renal e executar movimentos dos braços, olhando para o alto e ao longe.

O cavaleiro que monta de forquilha, deve executar a elevação alternada das coxas.

A subida dos joelhos é corrigida pela rotação das coxas. Se estas estiverem voltadas para fora, os joelhos abertos ou endurecidos, as

pernas esticadas para a frente, a correção é feita pela rotação das coxas e flexão das pernas.

Se os braços estiverem estendidos para a frente, os ombros e os cotovelos contraídos, o cavaleiro deve executar a flexão dos braços a ser exercitados particularmente no manejo das rédeas.

Os movimentos acima são recomendados como os mais úteis, porém, não são os únicos que o cavaleiro pode executar. O instrutor tem a faculdade de acrescentar todo o exercício capaz de variar e dar vida ao trabalho.

Quaisquer que eles sejam devem ser alternados, de modo a evitar a contração pela fadiga, que resultaria de um movimento prolongado. Esta parte da instrução, exige do instrutor um esforço contínuo de observação e um justo conhecimento de medida e de oportunidade.

I) Movimentos dos braços. Executam-se como a pé: Os melhores são: - rotação dos braços (direito e esquerdo); - a flexão dos braços (direito e esquerdo); - a rotação alternada dos braços; - os exercícios, assimétricos por exemplo, a rotação do braço direito

(esquerdo) com flexão do braço esquerdo (direito). II) Flexionamento da região renal. Consegue-se o flexionamento da região renal: a) pela flexão do tranco. A flexão do tronco compreende: - flexão do tronco para a frente. - comando - "Acariciar o cavalo na espádua direita (esquerda ) ou em ambas". - flexão lateral do tronco. - comando - "Acariciar o flanco direito (esquerdo) com a mão direita (esquerda)".

Para isso o cavaleiro afunda-se na sela, impelindo as nádegas para a frente e flexionando o tronco, conforme o movimento a executar, depois desce a mao direita (esquerda) ou ambas até a região indicada, sem modificar a posição das partes não interessadas no flexionamento.

b) Pela rotação do tronco Estender o braço horizontalmente para o interior do picadeiro e por uma torção lenta da região renal, levar o punho para a

retargurda, fixando o ombro e a cabeça acompanha o movimento do braço. III - Movimento das coxas Elevação das coxas: - elevar os joelhos aproximando-os do cepilho, conservar a região renal em

posição normal ou flexionada ligeira ramente para a frente, aproveitar esta posição para levar o assento para frente o mais possível, segurando o cepilho com as duas mãos.

Reconduzir as coxas à posição .primitiva sem alteração do assento. Elevação alternada das coxas: - elevar os joelhos alternadamente, sem inclinar o corpo para trás, o

movimento pode ser executado no começo, segurando o cepilho.

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Este flexionamento coloca as nádegas e a região região renal e habitua o cavaleiro a manter-se pela flexibilidade e equilíbrio.

Rotação da coxa: - afastar o joelho, levá-lo para trás, estendo a perna, girar o joelho para

dentro o mais possível e recolocar a coxa, de chapa na sela, o fato de estender a perna força o cavaleiro a levantar o busto, distender a região renal e por conseguinte a flexiona-lo.

IV - Flexão da perna: Dobrar lentamente o joelho, sem perturbar a posição das coxas nem do

corpo. V - Rotação dos pés: Fazer cada pe descrever, por um movimento lento e uniforme, um circulo

de baixo para cima e de fora para dentro, sem alterar a posição das pernas. VI - Trabalho a galope em círculo: Nenhum exercicio da tanta segurança e flexibilidade ao cavaleiro como

tempos prolongados de galope, em um cavaleiro calmo e distendido. O galope dever ser empregado sem abandonar todavia o trote curto, sentado, que desenvolve a flexibilidade da região renal e deve ser considerado como andadura de instrução, por excelência. A variedade das andaduras e em seu ritmo levando o cavaleiro a equilíbrios diferentes, favorece a colocação na sela.

O Trabalho a galope se executa,principalmente, em um grande circulo. De começo, o instrutor nao explicaçãos cavaleiros nem o mecanismo do galope, nem o meio para mante-lo certo. Permite o uso dos estribos aos que não adquiriram completa confiança.

0 galope é iniciado ern circulo pelos seguintes motivos: a) 0 cavalo está naturalmente preparado para partir no pe certo; b) Estando curvado, tem menos tendência a forçar a mão do cavaleiro; c) Habitua-se muito rapidamente a se cadenciar numa andadura lenta cujo

ritmo o cavaleiro segue facilmente; d) O cavaleiro nao sofre as mudanças de equilibrio, consequente da

passagem pelos cantos. SEÇÃO V

ESCOLAS DAS AJUDAS Art 150 - O termo ajudas serve para designar a aplicação das pernas e das

rédeas, principais meios de ação do cavaleiro para dirigir a sua montada. I)- as pernas servem para determinar e manter os movimentos,

particularmente para a frente, para aumentar a velocidade e para obter o deslocamento lateral do terço posterior do cavalo.

A parte inferior das. Pernas permanece em leve contato elástico com os flancos do animal, evitando qualquer mo vimento involuntário, sua aplicação deve ser precisa, atuando por pressão da barriga da perna e se nao bastar, em leves batidas com o calcanhar.

A espora serve para aumentar o efeito das pernas. A ação simultânea, progressiva e geral das duas pernas, perto da cilha,

produz o movimento para a frente, se o cavalo estiver parado, e aumentar o ritmo da andadura ou ainda, muda, para uma andadura mais veloz, se o cavalo estiver em marcha.

A ação de uma das pernas, um pouco atras da cilha, faz com que o animal desloque a garupa para o lado oposto , provocando a mudança de direção.

II)- as rédeas servem para diminuir o ritmo da andadura, para diminuir, aumentar e regular a velocidade, para parar ou recuar para modificar a direção do movimento. 0 aumento igual de tensão das duas rédeas, diretamente para trás, provoca uma diminuição de velocidade, um alto se o cavalo estiver em movimento e um recuar se estiver parado.

0 aumento da tensão nas rédeas para um alto, provoca a mudança de direção. A diminuição de tensão combinada com a açao de pernas-provoca o

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movimento, se o animal estiver parado e aumento de velocidade se estiver em movimento.

III - as ações de rédeas e de pernas são intermitentes, com maior ou menor intensidade, conforme o efeito desejado. Diminu em de intensidade logo que o cavalo obedece e cessa ao ser obtido o efeito desejado.

Raramente as ajudas são empregadas isoladamente, sendo sempre combinadas.

Art 151 - Mudança de andadura ou de velocidade Para passar de alto ao passo; - para alargar o passo; - para alongar o trote; - para passar detrote a galope, e; - para alongar o galope, fazer agir as pernas com maior ou menor intensidade conforme o resultado

que se deseja obter e de acordo com a sensibilidade do cavalo, baixar as mãos para permitir que a aceleração do movimento se produza.

§ 1º - A ação das pernas se faz sentir pela pressão da barriga das pernas dosada, porém, sempre nítida, transformando-se em batida, quando o resultado obtido tenha sido insuficiente tais ações se devem produzir, atras e perto da cilha.

§ 2º - A espora é destinada a reforçar, se necessário, a potência dessas ações.

- para passar do galope ao trote, - para passar do trote ao passo, - para encurtar o passo, - para fazer alto e - para recuar, aumentar a tensão das rédeas, sentando fundo na com leve

inclinação do busto para trás. A tensão das rédeas é aumentada pelo cerramento dos dedos sobre

as rédeas ajustadas e a elevação dos punhos (punho). O cavaleiro para isso começa pelo encurtamento das rédeas, se estiverem longas, depois cerra os dedos e enfim eleva progressivamente os punhos até sentir o resultado desejado, quando deverá ceder fracamente (sem abandono) .

Art 152 - Exercícios de conduta. Os exercícios de conduta constituem uma espécie de ginástica, que dá aos

cavaleiros a oportunidade de variar suas ações e permite ao instrutor verificá-las de imediato.

Não devem ser considerados como um fim mas como um meio. Podem

ser multiplicados ou reduidos. Não substituem absolutamente, os exercícios de aplicação que suscitam e

desenvolvem, de modo mais eficiente, o julgamento e a iniciativa do cavaleiro. SEÇÃO VI

APLICAÇÃO DA ESCOLA DAS AJUDAS Art 153 - O mecanismo das ajudas é mjito simples, todo cavaleiro

compreende facilmente que deve agir com as pernas para andar mais depressa, aumentar a tensão das rédeas para diminuir a andadura e deslocar a mão para a direita ou para a esquerda, conforme a direção que quer tomar. Mas a aplicação destas regras apresenta certas dificuldades.

0 cavaleiro só adquire pleno conhecimento de seus recursos depois de uma pratica demorada e sempre refletida. Montando cavalos diferentes, em situações e em terrenos diversos, é que adquire o sentimento do cavalo e aprende a medir, localizar e coordenar as suas ações.

Art 154 - As andaduras. 0 passo é a andadura em que os pés se levantam su cessivamente e

assentam na mesma ordem em que se levantam. No caso do pé anterior direito

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romper a andadura, os demais se levantam na seguinte ordem, posterior esquerdo, anterior esquerdo,posterior direito e assentam na mesma ordem.

0 passo deve ser franco, sua velocidade regulamentar é de 100 m por minuto.

O cavaleiro percorre assim um quilómetro em 10 minu tos. O passo é a andadura que o cavalo pode conservar mais gempo, sem

fadiga. Há entretando, interesse em intercalar pequenos tempos de trote nos longos

percursos ao passo. 0 passo em vista do apoio constante da sela no dorso do cavalo em função

de seu rítmo é uma andadura que provoca escoriações nesta região, quando mantida por muito tempo.

O trote é a andadura em que o cavalo executa batidas igualmente espaçadas por bípedes diagonais.

Sua velocidade regulamentar é de 220 metros por minuto. Percorre assim, umquilõmetro em 4,5 minutos.

Mantido em cadência lenta e alternada com tempos de passo, cuja frequência e duração variam de acordo com as condições do cavalo e a missão a desempenhar, o trote é a andadura mais própria aos percursos demorados e longos.

0 galope é a andadura mais rápida. 0 cavaleiro não deve emprega-la sem necessidade nos grandes percursos,principalmente em estradas duras ou quando o cavalo estiver correndo.

Não sendo porém, suficiente a velocidade regulamentar do trote, o cavaleiro isolado deve passar ao galope de preferência a alargar aquela andadura.

Art 155 - Trabalho em terreno variado. Este trabalho tem por fim: - habituar os cavaleiros a governar os cavalos em todos os

terrenos; - familiarizá-los com os obstáculos que podem encontrar em

campanha; - ensinar-lhes a regular a marcha, quando isolados; § 1º - Começa muito cedo e as dificuldades que apresentam, tais

como as do salto de obstáculos, são graduadas de acordo com o íprogresso do cavaleiro. O objetivo é sempre aumentar o entusiasmo e o raciocínio.

O instrutor conduz a escola pelas estradas por caminhos existentes nos terrenos cultivados, através dos campos, bosquês e finalmente aos mais variados do que possa dispor. O instrutor deve conhecer em qualquer época do ano, todos os terrenos variados, de possível utilização na guarnização onde serve. Distribue os cavaleiros em pequenos grupos, comandados por graduados que, segundo a natureza do terreno, vão dando a cada grupo os conselhos que a experiência indicar-lhes.

§ 2º - As prescrições ssguintes visam a maioria dos casos, que se podem apresentar:

1) - para subir uma rampa forte, ceder a mão depois de haver dado ao cavalo a direção, inclinar o busto para a frente, e apoiar a mão no pescoço do cavalo, se a inclinação for muito forte, colocar a mão na parte inferior do pescoço.

2) - para descer uma rampa da mesma natureza, deixar as rédeas estenderem a fim de dar ao cavalo toda a liberdade, inclinar ligeiramente o corpo para a frente, mantendo as pernas bem fixas .

3) - as subidas fortes deverá ser vencidas com toda a calina, principalmente se forem longas, e necessário evitar-se subir ou descer obliquamente, sobretudo quando o solo é escorre gadio. Nos terrenos desiguais, convêm dar a iniciativa ao próprio cavalo, instinto é muitas vezes um guia mais seguro do cavaleiro.

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4) - para transpor um terreno alagadiço, marchar lentamente e evitar colocar a escola em fila, se o cavalo se atola, fica inquieto e procura desembaraçar-se aos saltos o ca valeiro deve apear e conduzir o cavalo à mão;

5) - o cavaleiro deve empregar todos os meios para poupar seu cavalo, principalmente quando este está equipado,con vem, assim, passar a maior parte dos obstáculos sem saltá-los.

Nos lugares particularmente difíceis o homem apeoia. Todos os cavalos devem estar habituados a passar, conduzidos à mão, toda sorte de obstáculos.

§ 3º - O instrutor ensina aos cavaleiros os princípios relativos ao governo do cavalo, que eles deverão observar quando se acharem isolados. Tais regras são as seguintes:

1) - ao sair das baias, marchar ao passo durante um tempo mais ou menos longo, para desentorpecer o cavalo;

2) - variar as andaduras, sem jamais abandonar a cadência regulamentar para cada uma;

3) - escolher para as andaduras vivas, os terrenos mais ou menos horizontais, porque as subidas exigem esforço do cavalo e a descida o expõe a ferimentos produzidos pelos arreios;

4) - seguir uma progressão crescente na duração dos tempos de trote e galope;

5) - subordinar a duração dos tempos intermediários de passo ao grau de rapidez com que o cavaleiro deve realizar o percurso total;

6) - procurar em todas as circunstâncias as partes menos duras do terreno, para poupar os membros do cavalo e mantê-lo, consequentemente, nos lados das estradas de preferência de meio calçamento;

7) - preferir entretanto, um terreno duror porém plano e uniforme a um terreno -muito pesado e irregular;

8) - terminar por um tempo de passo, que deve ser tanto mais prolongado quanto maior tenha sido o percurso, pois o cavalo deve voltar a baia com o pêlo seco e a respiração normal.

Nas marchas longas ou era andaduras rápidas, apear algumas vezes e continuar marchando ao lado do cavalo, para que ele tome fôlego depois de uma subida íngrime, para descer uma rampa forte ou para que chegue calmo no fim da marcha por este meio sem perder tempo durante a marcha, obtêm-se descanso para o cavalo e também para o cavaleiro.

Art 156 - Traba-lho em vias públicas, é importante e básico para a Policia Militar em razão de suas missões de emprego montado nas vias públicas. Completa a instrução do trabalho em terrena variado, treinando os cavaleiros tanto para o patrulhamento, como para operações de controle de distúrbios em zona urbana.

O instrutor deverá orientar o trabalho, indicando o modo de conduzir os cavalos nas ruas, tendo em vista o pedestre e o automóvel, como se deslocar sempre pelas ruas , junto ao meio-fio evitando calçadas, gramados, buracos e bueiros abertos.

Os cavaleiros tem que ser treinados a se deslocar pela via pública com suas montadas totalmente dominadas,atentos a segurança dos animais, mas sem perder a atenção sobre a missão policial que executa. Os animais devem ser mantidos calmos e sob controle (na mão).

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VOLUME II MANUAL DE POLICIA MONTADA

CAPITULO I

ORGANIZAÇÃO BÁSICA: SEÇÃO I

UNIDADE MONTADA Art 1º - A UNIDADE MONTADA se compõe sumariamente de: I - COMANDO, II - TROPA. Art 2º - O Comando é composto de: Comandante, Estado-Maior. § 1º - O Estado-Maior da Unidade, chefiado pelo Sub-Coman dante, é

formado por: Chefe da 1ª Seção(pessoal e assuntos civis) Chefe da 2ª Seçao(informações, contra informações e invesrigaçoes) Chefe da 3ª Seção(operações e instrução) Chefe da 4ª Seção(logística e fiscalização administrativa) § 2º Cmt/U Mont e seu EM será assessorado por Oficiais com funções

definidas, podendo eventualmente acumular com as funções de Comando de Esquadrão e/ ou Pelotão.

Art 3º - A Tropa da U Mont se constitua de: - Esquadrão de Comando e Serviços; - Esquadrões de Polícia Montada. § 1º - O Esquadrão de Comando e Serviços (Esqd Cmdo Sv) ê uma sub-

unidade formada pelos elementos das atividades-meio da U Mont. § 2º - O Esquadrão de Polícia Montada é considerado a unidade tática de

Polícia Montada e a base de manobra da Unidade. As Unidades Montadas são formadas pelo número de Esquadrões de Polícia Montada necessário a execução do patrulhamento montado do Estado do Rio de Janeiro.

1) - Um Esquadrão de Polícia Montada é comandado por Capitão e constituido de:

- Seção de Comando; - 3 a 6 Pelotões de Polícia Montada. 2) - Quando destacado e/ou independente, o Esqd PMont será

comandado por Major e poderá ter seu efetivo aumentado em razão das missões que lhe forem atribuídas ; sua seção de comando terã maior efetivo e deverá dispor de elementos de comando e serviços destinados as atividades-meio de maneira similar a uma UMont.

3) - A Seção de Comando do Esquadrão, comandada pelo primeiro tenente sub-comandante da sub-unidade, formada pelos elementos de comando e serviços da sub-unidade grupados em grupos de comando e grupos de serviços.

4) Cada pelotão é comandado por segundo tenente e formado por três a seis grupos.

5) - O Grupo de Polícia Montada (Gp PMont) é formado por:

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1 Sargento Cmt (2º ou 3º Sgt) e 2 esquadras; Cada esquadra é- constituída pelo Cabo Cmt e 5 Soldados. § 3º - Para efeito de emprego as frações a cavalo poderão ter os

seguintes efetivos e denominações: 1) Piquete: 1 sargento comandante, 1 cabo (ou 2 Cbs) e 8 Sds (ou

10 Sds), correspondendo a 1 Gp PMont; 2) Força de Choque: (Fç Chq) 1 Oficial Comandante, Sgt

auxiliar, 1 Cabo e 16 Solda dos, correspondendo a um Pel (-); 3) Pelotão: 1 Oficial Comandante, 3 Sgt, 3 Cbs ( ou 6 Cbs) , 24

Sds (ou 30 Sds); 4) Esquadrão: 3 ou 4 Pelotões sob o comando de Capitão.

CAPITULO II EVOLUÇÕES DAS FRAÇÕES DE POLICIA MONTADA

SEÇÃO I PRINCÍPIOS GERAIS DE EVOLUÇÕES

Art 4º - Evoluções são movimentos regulares pelos quais uma unidade

passa de uma formação para a outra. A ordem e a coesão são condições essenciais das evoluções; os processos de execução devem ser simples e rápidos.

Art 5º - As evoluções a cavalo compreendem; I - exercícios de ordem unida; II - exercícios de ordem dispersa; e, III - maneabilidade. Art 6º - A execução dos exercícios em ordem unidade tem por fim: - dar a tropa um meio de apresentar-se e deslocar-se em perfeita

ordem, nas revistas, paradas, etc. - desenvolver o sentimento da disciplina e de coesão pela execução

em conjunto de alguns movimentos simples , realizados com simultaneidade, energia e precisão.

As formações em ordem unidade podem constituir, para as frações de Polícia Montada (grupo, pelotão, esquadrão) e excepcionalmente, para o RPMont, formações de ataque a arma branca, formações de controle de distúrbios e/ou base de partida para formações específicas de controle de distúrbios.

Art 7º - A execução dos exercícios em ordem dispersa e maneabllidade, tem por fim:

I - desenvolver a rapidez de decisão dos quadros e a rapidez de execução da tropa. Para os primeiros trata-se de discenir rapidamente o que é preciso fazer e de dar ordens sem hesitação; para a segunda de tomar rapidamente as formações prescritas , sem sacrificar a ordem e a coesão;

Figura da pagina 157 apostila

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II - ensinar aos quadros e a tropa as formações que deverão empregar

eventualmente na aproximação e no combate no caso de emprego em campanha; III - é vantajoso se realizar tais evoluções levando -se em conta os efetivos

realmente disponíveis para o emprego após o apear (se for o caso) e /ou desembarque da fração.

Art 8º - As evoluções tem por objetivo o adestramento geral dos quadros e da tropa em frações P Mont, constituídas como base de emprego das formações de controle de distúrbios.

Art 9º- comandante e o guia de sua tropa. Dá à direção e a andadura. É seguido pela unidade de direção, e por esta regulam-se as outras.

Nas formações em coluna ou em escalões , a unidade de direção é a da testa; nas dobradas ou desenvolvidas é a que estiver no centro. Pode ser entretanto, uma outra unidade qualquer designada pelo comandante.

Nas formações em ordem dispersa e de maneabilidade, mas somente em unidades superiores ao grupo, a unidade de direção e avançada sobre as demais unidades.

O comandante pode delegar a um soubordinado a incumbência de dirigir a tropa ou limitar-se à direção e à andadura a unidade que as deve dar; neste caso ele tem liberdade em seus movimentos.

Se sua ausência deve ser mais longa, por exemplo, quando quer preceder sua tropa no terreno em que pretende empregá-la, utilizar um observatório, ir ao encontro de informes ou ordens e toda vez que o julgue necessário, o comandante encarrega de assegurar a.direção um de seus subordinados imediatos, que ocupa o seu lugar e dispõe do elemento de comando deixa do pelo chefe.

Art 10 - Os desenvolvimentos regulam-se pelo comandante. Em princípio, antes de ordenar o desenvolvimento, ele deve orientar a testa

sobre a nova direção. Ordena o desenvolvimento e quando necessário, determina a andadura ou a velocidade.

Figura da pagina 159 apostila A unidade de direção segue o chefe ou dirige-se para lugar atrás dele;

desenvolve-se e torna-se a base da formação. As outras, conduzidas pelos respectivos comandantes vão a seus lugares pelo caminho mais curto, guiando-se pela unidade de direção.

Os desenvolvimentos fazem-se por aceleração da andadura ou velocidade comandada; a testa conserva a de marcha. Quando a formação deve terminar em tempo mais curto ou espaço mais restrito, o comandante retarda ou diminue a andadura ou velocidade da unidade de direção conforme o fim que deseja atingir.

As últimas unidades podem permanecer algum tempo em escalão. Art 11- As rupturas fazem-se pela unidade de direção ou pela designada,

conduzida ou orientada pelo comandante, na andadura ou velocidade de marcha ou na que for comandada.

As outras permanecem em andadura ou velocidade inferior, ou param, ate que possam tomar seus lugares na coluna.

Nas formações em que as unidades tem de percorrer espaços iguais, o movimento é executado na andadura ou velocidade da marcha ou na indicada pelo comandante. Se os espaços são desiguais, a unidade de direção conserva a

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andadura ou velocidade de marcha ou toma a indicada pelo chefe; as outras tomam a andadura conveniente, superior ou inferior para chegarem a seus lugares, adotando então a da unidade de direção. O comandante regula a andadura desta última conforme o fim que pretende atingir, de modo que facilite a formação.

Em todas as formações, as unidades subordinadas são conduzidas a seus lugares pelo caminho mais curto.

Art. 12 - Nas evoluções em ordem dispersa e de maneabilidade, o grupo ou seção de comando, toma formações apro priadas, análogas as prescritas para as unidades subordinadas.

Os comandos são imediatamente executados, salvo indicação contrária prescrevendo a execução ao atingir certos pontos do terreno ou a determinado sinal; são dirigidos aos comandantes de unidades e executados por conta destes; podem referir-se a uma unidade somente ou a uma parte das unidades. Os oficiais ou graduados subordinados secundam seus chefes diretos utilizando, se necessário for, o gesto ou indicações muito sóbrias dadas em voz tão baixa quanto possível.

Figura da pagina 161 apostila

Figura da pagina 162 apostila

Art 13 - Na instrução o chefe confia a direção da tropa e a tarefa de dar as

vozes ou fazer os gestos de comando ao subordinado imediato; observa a execução dos movimentos , colocando-se em posição que melhor lhe permita perceber os erros.

Os meios de comando do chefe sao: os gestos , a direção e andadura do seu cavalo, a vozr o apito,os mensageiros e excepcionalmente, os togues de clarim.

Quase sempre, porém, o exemplo dado pela unida de de direção é o meio de comando mais rápido que se dispõe.

Todas as unidades da mesma categoria executam por imitação dos movimentos e formação da unidade de direção, simultânea ou sucessivamente; todavia, as unidades em coluna só imitarão a unidade da testa quan do se acharem na mesma situação que ela.

No esquadrão e nas unidades superiores, os comandantes das unidades subordinadas tomam por iniciativa própria as formações que melhor se adaptem ao terreno, à situação e aos fogos e modificam-se segundo as circunstâncias, durante as evoluções.

SEÇÃO II ESQUADRÃO DE POLÍCIA MONTADA

Art 14 - O Grupo de Polícia Montada é uma unidade elementar de instrução e de emprego montsdo, constituído normalmen te por duas esquadras, designadas como primeira e segunda esquadra comandada por 29 ou 39 sargento.

Parágrafo Onico - Cada esquadra se compõe de 1 cabo comandante e 5 cavaleiros, sendo 2 guarda-cavalos.

Art 15 - Escola de Grupo P Mont a cavalo 0 grupo marcha, muda de andadura ou faz alto, qualque que seja

a sua formação, aos comandos: "Em frente/marche." "Ao passo, ao trote, ao

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galope , Marche!" "Alto!" precedidos da advertência "Grupo". Monta e apeia aos cornandos; "Preparar para montar" "A cavalo!" "Preparar para apear "A pé ".

Na esquadra isolada empregam-se os mesmos comandos. Figura da pagina 164 apostila

§ 1º Exercícios de ordem unida da esquadra P Mont 1) - Coluna por 3 A esquadra entre em forma, marcha e manobra por 3 em duas fileiras, com

l,50m de distância, salvo em coluna de estrada, onde a distância ê reduzida à 0,75m.

Em cada fileira os cavaleiros conservam um intervalo de 0,40m, contados de joelho a joelho.-

Ao comando - "numerar por 3" os cavaleiros da primeira fila numeram 1,2 e 3, da direitampara esquerda; os cavaleiros da segunda fila tomam os números de seus chefes de fila. A primeira fileira deve comportar sempre três cavaleiros.

A esquadra estando por 3, para montar ou apear, os cavaleiros abrem os intervalos necessários para a direita e para a esquerda do número 2, à voz de advertência e depois toda a esquadra monta ou apeia, à voz de execução.

Os cavaleiros depois de montados, retomam sem esperar ordem, os intervalos normais.

2) - Identificação Identificação é o processo por meio do qual o comandante do grupo

verifica se todos os seus homens estão presentes e sabem a função que vão exercer. A identificação é assim, cabível em todas as situações do grupo

principalmente nas seguintes: - antes do início de um exercício; - após movimentos jgue dispersem muito o grupo; - após um exercício ou de uma ação de combate. Consiste o "identificar"

em proferir cada homem em voz alta, sua graduação e função. Para isto, os homens tomam a posição de sentido e levantam vivamente o

braço esquerdo (direito quando a cavalo) a proporção que se vão identificando. 0 sargento dá o comando " Grupo identificar.'" e ele próprio é o primeiro a

se identificar dizendo "Sargento comandante", ao que se seguem os demais homens, cabo cmt 1ª Esq, 1º cavaleiro da 1ª Esq, 2ºcavaleiro da 1ª Esq....... cabo cmt da 2ª Esq, 1º cavaleiro da 2ª Esq, 2º cavaleiro da 2ª Esq.....

0 comando deve ser dado sempre que possível, de um local, donde o sargento possa ver todo o grupo, quando se tratar de uma demonstração, executada pelo grupo, sua identificação será feita com a frente voltada para os assistentes.

3) - Coluna por 2 A coluna por 2 é a formação de estrada. A esquerda estando parada e por 3, ao comando: - "Por 2 (andadura)

Marche!" os números 1 e 2 da primeira fileira e o número 1 da segunda partem ao passo (ou andadura comandada), na direção indicada ;os outros cavaleiros ficam momentaneamente parados, depois o nº 3 da primeira fileira coloca-se atrás do número 2 da mesma fileira; os números 2 e 3 da segunda fileira obliquam a direita e entram na coluna à retaguarda dos procedentes, logo que haja espaço necessário.

A esquadra estando em marcha, os número 1 e 2 da primeira fileira e o número 1 da segunda, conservam a andadura da marcha ou tomam a andadura ordenada os outros cavaleiros para o tempo necessário se o movimento se executa

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ao passo, tomam ou conservam a andadura inferior à da evolução, quando o movimento se faz em outra andadura.

A esquadra estando parada ou. em marcha e em coluna por 2, ao comando:- "Por 3 (andadura) Marche.'" os cavaleiros 1 e 2 da primeira fileira e o número 1 da segunda ficam parados; o número 3 da primeira fileira e os números 2 e 3 da segunda obliquam à esquerda e vão se colocar a altura dos cavaleiros das suas respectivas fileiras já em posição.

Estando a esquadra em marcha, ao comando:- Por 3 "Marche!." ou Por 3 Alto!" os números 1 e 2, da primeira fileira e o número 1 da segunda, continuam na andadura indicada; os outros cavaleiros entram em seus lugares na andadura indicada.

A esquadra estando por 2, para montar ou apear, os cavaleiros da esquerda abrem o intervalo necessário, para o mesmo lado, à voz de advertência e depois procedem como se estivessem na coluna por 3.

4) - Coluna por 1 A coluna por 1 é uma formação de manobra e de estrada. Figura da pagina 167 apostila Estando a esquadra em marcha por 3 ou por 2 , ao comando:- "Por 1

(andadura) - Marche.'" os números 1, 2 e 3 da primeira fileira partem sucessivamente, a 0,75m de distância uns dos outros, na direçao indicada; logo que dispõe de espaço necessário, os números 1, 2 e 3 da segunda fileira seguem os da primeira, guardando entre sí aquela mesma distância.

As prescrições a respeito das andaduras são as mesmas que para a coluna por 2.

A esquadra estando parada ou em marcha em coluna por 1, ao comando- "Por 3 (andadura)- Marche!" os números 2 e 3 da primeira fileira obliquam a esquerda e colocam-se â altura do número 1 da mesma fileira; os números 2 e 3 da segunda fileira executam o mesmo movimento assim que o número .1 desta última tenha retomado o seu lugar.

As prescrições relativas as andaduras são as mesmas que para a passagem da coluna por 2 a coluna por 3.

A passagem da coluna por 1 à coluna por 2, faz-se ao comando:- "Por 2 (andadura) Marche!"'- O número 2 da primeira fileira coloca-se, por um oblíqua à esquerda do número 1, o número 3 da mesma fileira continua a seguí-lo; o número 1 da segunda fileira, acompanhado pelos números 2 e 3 da mesma fileira, cerra a distância; o número 3 coloca-se à esquerda do número 2.

5) - Formação em uma fileira A formação em uma fileira é uma formação de manobra. A esquadra em

marcha por 3, ao comando:- " Em uma fileira, Marche" a primeira fileira oblíqua ligeiramente à direita, na andadura indicada, enquanto a segunda fileira oblíqua â esquerda e vai, na andadura de marcha, colocar-se à altura da primeira fileira; quando parada, a segunda fileira desloca-se ao passo, para se colocar a esquerda da primeira.

Quando a esquadra está isolada em uma fileira , o cabo é o seu guia e marcha a 1.50m à frente do número 1 da segunda fileira, que nesta formação é" o cavaleiro base.

A passagem da coluna por 2 ou por 1 à formação em uma fileira, executa-se de modo análogo; os cavaleiros da primeira fileira obliquam à direita (o quanto necessário) e os da segunda fileira tomam por um movimento oblíquo à esquerda lugar à altura dos primeiros, na ordem e andadura indicadas.

A esquadra estando parada ou em marcha em uma fileira à voz:- "Em duas fileiras Marche" os cavaleiros da primeira avançam ao passo ou continuam na mesma andadura da marcha; os cavaleiros da segunda deixam-se ultrapassar do

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espaço necessário e depois , obliquam à direita e colocam-se em seus lugares, a retaguarda dos da primeira fileira, cuja andadura tomam.

O guia volta ao seu lugar na fileira. A ruptura da formação em uma fileira para a coluna por 2 ou por 1 obedece

aos mesmos comandos e faz-se de acordo com o processo já indicado para o caso de esquadra em formação por 3.

Na ruptura por 3, o número 1 da segunda fileira deixa-se ultrapassar pelo número 3 da primeira, para poder colocar-se a sua direita e a retaguarda do número 1 da primeira fileira.

Na esquadra isolada o guia ocupa seu lugar desde o começo da formação. Na esquadra em uma fileira isolada ou não, para montar ou apear à voz de

advertência, os cavaleiros da primeira fileira avançam de dois corpos de cavalo ; os da segunda fileira ficam firmes ; logo que os cavaleiros da primeira fileira atinjam a distância de dois corpos de cavalo, todos os cavaleiros da esquadra afastam-se dos números 2 de cada fileira e preparam-se par montar ou apear.

A esquadra monta e apeia à voz de execução. Os cavaleiros depois de montar, retomam os intervalos normais e os da

segunda fileira cerram a distância independente de qualquer comando. Os cavaleiros a pé, na situação acima, podem montar novamente na mesma

posição ou formar em uma fileira á voz "Em fileira". 6) - Forrageadores A formação em forrageadores é uma formação de manobra, de

reconhecimento e ataque. Forrageadores são cavaleiros dispersos em uma linha, mais ou menos

extensa, atrás do guia, colocado a l,50m à frente do centro, separados uns dos outros, salvo outra indicação, por intervalos de cinco metros.

A dispersão em forrageadores executa-se partindo de uma formação qualquer, ao comando:- "A tantos metros (andadura) , em forrageadores.

0 movimento se realiza como na formação em uma fileira, mas os cavaleiros tomam entre sí o intervalo de cinco metros ou o que for indicado.

A esquadra era forrageadores retoma a formação por 3, por 2 ou por 1, como se estivesse em uma fileira e aos mesmos comandos.

§ 2º - Exercícios de ordem unida do grupo P Mont 1) - Formatura O grupo em forma normalmente em coluna por ao comando:- "Em forma."

seguido da indicação de an dadura. Pode também formar em batalha, principalmente para uma inspeção, caso

em que o comandante do grupo comanda:- "Em forma, em batalha.'" A esta voz cada esquadra, em formação por 3, avança para o seu lugar , na andadura indicada.

Não havendo indicação de andaciura, o movimento é executado ao passo. 2) - Coluna por 3 A coluna por 3 é a formação normal de reunião e é também uma formação

de estrada e de manobra. As duas esquadras em formação por 3, colocam-se uma atrás da outra, à

mesma distância que separa as duas fileiras; em princípio a primeira esquadra na testa e com o cavaleiro número 2 da primeira fileira (centro) a l,50m a retaguarda do comandante do grupo, considerado como guia.

Ao comando:- "Esquadra numerar por 3.'" os cavaleiros numeram por 3 como já foi dito.

O grupo em coluna por 3 monta e apeia como foi indicado para a esquadra. Para mudar de direçao o comandante limita-se a fazer o gesto

correspondente, ao mesmo tempo que executa o movimento. Todos os cavaleiros regulam-se por ele; os das segundas fileiras esforçam-se para manter-se cobrindo os respectivos chefes de fila e os da primeira fileira da segunda esquadra seguem a trilha dos que os precedem.

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Nas estradas, o grupo marcha pela direita; todos os cavaleiros atentos para evitar partidas bruscas, quando alguns deles são obrigados a diminuir subitamente a andadura, os que se acham atrás entram momentaneamente nos intervalos a fim de não pararem bruscamente; quando os cavaleiros da primeira fileira alon gam rapidamente a andadura, as seguintes devem ter o cuidado de não deixar aumentar demasiado a distância restabelecendo-a porem progressivamente.

Em terreno difícil para evitar principalmente as partes empedradas e os atoleiros, os cavaleiros abrem os intervalos necessários, esforçando-se cada um por poupar o seu cavalo.

Os princípios são os mesmos da marcha em terreno variado. 3) - Coluna por 2 A coluna por 2 é constituída pelas duas esquadras sucessivas em coluna

por 2, a 0,75m de distância uma da outra, a esquadra testa a l,50m à retaguarda do comandante do grupo.

O grupo, quando parado ou em marcha, em coluna por 3, parte em coluna por 2 ao comando:- "Por 2 (andadura) Marche'" A primeira esquadra segue imediatamente atrás e na mesma andadura do comandante do grupo (ou guia) ou na andadura comandada; a segunda esquadra executa o movimento, logo que tenha espaço, na mesma andadura da primeira; ambas tonam a direção indicada.

O grupo em marcha ou parado em coluna 2 passa a coluna por 3 ao comando:- "Por 3 (andadura) "Marche! O guia continua na andadura indicada; as duas esquadras acompanham o guia; a primeira forma imediatamente por 3 e a segunda executa o movimento, assim que tenha espaço.

A coluna por 2 monta e apeia segundo os mesmos princípios prescritos para a esquadra ; marcha como na coluna por 3.

4) - Coluna por 1 A coluna por 1 é constituída pelas duas esquadras, uma atrás da outra em

coluna por 1 a 0,75m de distância, tendo o comandante do grupo como guia a l,50m do cabo da 1ª esquadra.

O grupo em marcha ou parado, em coluna por 2 ou por 3, forma a coluna por 1 ao comando:- "Por 1(andadura) Marche!" - as duas esquadras partem sucessivamente na andadura do guia; a primeira a l,50m à retaguarda dele e a segunda atrás da primeira, logo que haja espaço necessário.

O grupo em marcha ou parado em coluna por 1 forma a coluna por 3 ao comando:- "Por 3 (andadura í Marche.1".

Os processos de execução são os mesmos já indi^ cados , para a passagem da coluna por 2 ã coluna por 3.

O grupo passa da mesma maneira da coluna por 1 à coluna por 2 ao comando:- "Por 2 (andadura) Marche!" As esquadras formam sucessivamente por 2.

O grupo movimenta-se em coluna por 1, como em coluna por 2. 5) - Formação em batalha A formação do grupo em batalha é uma formação de manobra, de combate

a cavalo e eventualmente, de reunião. As duas esquadras por 3 são justapostas na mesma linha e sem

intervalo, ficando em princípio, a primeira esquadra na direita. As duas fileiras guardam a distância de l,50m.

a) Montar e apear Estando o grupo em batalha, a pé, os cavaleiros se gurando seus cavalos

como foi prescrito e o comandante a cavalo à sua frente, ao comando:- "Grupo -Preparar para montar!", o comandante e a primeira esquadra avançam 3 corpos de cavalo, enquanto os cavaleiros da fila 1 e 3 de cada esquadra se afastam para a direita e para a esquerda dos números 2 e todos se preparam para montar; ao comando "A cavalo.' " - as duas esquadras montam e os cavaleiros retomam os

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intervalos normais em relação aos números 2. Ao comando:- "Retomar alinhamento!" a segunda esquadra se coloca a esquerda da primeira. Estando o grupo a cavalo em batalha, com o comandante à frente, ao comando - "Grupo - Preparar para apear!" - 0 comandante do grupo e a primeira esquadra avançam 3 corpos de cavalo; os cavaleiros das filas 1 e 3 afastam-se à dirieta e à esquerda, respectivamente do número 2 e preparam-se para apear. Ao comando:- "A-pé!" - todo o grupo apeia.

Estando o grupo a pé, no dispositivo acima indicado o comandante pode montar ou reconstituir a formação em batalha a pé ao comando - "Retomar o alinhamento!". Em cada fileira de 3 os números 1 e 3 cerram previamente os intervalos sobre o número 2 e depois a 2ª esquadra retoma seu lugar a esquerda da 1ª.

b) As partidas, as paradas e as mudanças de andaduras devem ser executadas simultaneamente, por todos os cavaleiros, mas sem precipitação. O cavaleiro do centro acompanha o guia e conserva a distância. Todos os cavaleiros marcham em uma andadura uniforme, regulada pela do guia; cedem à pressão recebida do centro e resistem à do lado contrário. As retificações relativas ao alinhamento, á comodidade das andaduras , fazem-se sem precipitação e progressivamente. Quando o grupo atravessa terreno com obstáculos, os cavaleiros afastam-se uns dos outros, a frente aumentam momentaneamente e cada um escolhe o seu caminho sem se preocupar com o alinhamento, o guia continua entretanto a dirigir o grupo e a regrular a andadura.

O comandante do grupo diante de uma passagem que não possa ser transposta pelo grupo em batalha e ao mesmo tempo não convindo a formação regular por 3, pode comandar:- "A vontade! " . Nesse caso o cavaleiro do centro prossegue atrás do guia, da direita para a esquerda do cavaleiro do centro, avançam até a altura do guia tantos cavaleiros quantos o permita a passagem. Os demais cavaleiros passam atrás reduzindo as distâncias. O grupo reconstitue a formação sem nova ordem, logo que seja possível.

c) Mudança de direção O grupo muda de direção regulando-se pelo guia, que confirma seu

movimento com um gesto correspondente.

Figura da Pagina 174 Apostila Comanda:- "A direita (esquerda) Marche!" - quando quer mudar de direção

segundo o arco de círculo de 90º. Para. fazê-lo, o guia indica a nova direção que o grupo deve seguir, em

seguida orienta e diminue a andadura para que fique em seu lugar à frente do centro do grupo quando a mudança de direção estiver terminada.

O cavaleiro que serve de pião detém-se e seguindo a direção da fileira volta ao mesmo lugar, evitando recuar, regula-se pela ala movente e dirige os cavaleiros que lhe estão próximos.

O cavaleiro da ala movente dá alguns passos em frente antes de mudar de direção, e descreve na andadura da marcha ou na ordenada um arco de circunferência de extensão proporcional a frente, de maneira que não produza abertura ou compressão na fileira.

Os cavaleiros unem-se do lado do pião, lançam um olhar para a ala movente e diminuem a andadura na proporção de seu afastamento dessa ala. No momento em que a mudança de direção começa os cavaleiros da segunda fileira alargam a andadura e ganham terreno para a ala movente, a fim de desembaraçar o pião de modo que cada um deles se desloque de três cavaleiros para fora do seu chefe de fila.

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Os mais aproximados do pião desviam as ancas de seus cavalos para a ala movente.

Quando o grupo atinge a nova frente, o guia, o conduz atrás de sí, indicando a direção, a voz ou gesto.

Em todas as mudanças de direção de grande raio o grupo segue o guia, procedendo como na marcha em batalha.

Os cavaleiros unem-se ao centro e regulam as andaduras de acordo com os lugares que ocupam nas fileiras , os cavaleiros da segunda fileira deslocam , quando preciso, as ancas dos seus cavalos para o lado da ala movente.

Para fazer meia volta o grupo executa duas mudanças de direção

sucessivas, ao comando:- "Meia-volta a direita (esquerda) Marche!" - que o guia confirma fazendo o gesto correspondente.

Depois de terminada a mudança de direçao, o guia indica a nova direção. d) - Rupturas O grupo estando em batalha, em-marcha ou parado, ao comando:-

"Por 3 (andadura) Marche!" - a primeira esquadra segue o guia na andadura de marcha ou na prescrita e em formação por 3; a segunda esquadra entra em seu lugar à retaguarda da primeira, na mesma andadura e formação logo que seja possível. A passagem para a coluna por 2 ou por 1 executa-se de modo análogo, ao comando:- "Por 2 "ou" Por 1" (-andadura) (“marche!") - cada esquadra parte por 2 ou por 1, a primeira imediatamente e a segunda logo que disponha do espaço necessário.

e) - O grupo em marcha ou_ parado em coluna por 3, forma em batalha ao comando: - "Em batalha (andadura) ,Marche!” O guia continua na andadura indicada no primeiro caso, ou avança dois corpos de cavalo e se detêm, no segundo; as duas esquadras avançam na mesma andadura do guia, a primeira obliqua o quanto necessário a direita para deixar espaço para a segunda , esta obliqua a esquerda e coloca-se a altura da primeira, todos tomam então a andadura do guia. O movimento executa-se ao mesmo comando e de modo análogo, partindo da coluna por 2 ou por 1, o elemento da testa obliquando à direita tanto quanto preciso para que o cavaleiro do centro possa se colocar atrás do guia; cada esquadra constiui-se separadamente vindo a da retaguarda colocar-se no alhinhamento da testa.

Querendo se passar da formação em batalha para a de coluna por 3 para um dos flancos, comanda-se:- "Grupo, três à dirieta (esquerda) Marche!". As esquadras fazem "à direita” e "alto", se estavam em movimento.

O comandante do grupo toma a posição já indicada a frente do grupo.

Este movimento só deverá ser empregado quando for imposto pelo local ou em parada, revista, etc...

Para desenvolver a coluna em batalha com a frente para a esquerda (direita), comanda-se:- "Em batalha, frente a esquerda (direita) Marche!" . Todas as esquadras fazem à esquerda (direita); o comandante do grupo toma seu lugar.

f) - Estando o grupo em batalha com seu comandante à frente, ao comando:- "Perfilar!" - O cavaleiro numero 3 da primeira fileira da esquadra da direita (centro) coloca-se a l,50m à retaguarda do guia (comandante do grupo) e com a mesma frente; os cavaleiros da primeira fileira alinham-se por ele, olhando a direita ou a esquerda e os da 2ª cobrem os respectivos chefes de fila a lm,50.

Se o comandante do grupo, quizer executa o alinhamento pela direita (esquerda) , colocará previamente na nova linha, o cavaleiro base da direita (esquerda) e comanda:- "Pela direita(esquerda) - Perfilar". Os

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cavaleiros da primeira fileira alinham-se pelo cavaleiro base olhando à direita (esquerda) , os da segunda cobrem os respectivos chefes de fila a l,50m-Ao comando:- "Firme.'" - todos os cavaleiros olhar para a frente e retomam a "imobilidade".

6) - Formação em uma fileira A formação em uma fileira é empregada para dissimular o grupo atrás de

uma cobertura, para iludir o ini migo quanto ao efetivo, etc. As esquadras em uma fileira colocam-se ao lado uma da outra, sem intervalos com o comandante do grupo a l,50m na írente do cavaleiro do centro quando o grupo está isolado.

Os grupos em marcha ou parado em batalha, à voz:- "Em uma fileira, Marche!" - o guia continua na andadura indicada no 1º caso ou avança 2 corpos de cavalo no 2º caso; a primeira esquadra obliqua a direita o necessário e forma em uma fileira, adotando a andadura do guia, segunda esquadra forma em uma fileira à esquerda da primeira.

O movimento executa-se de modo análogo partindo da coluna por 3, por 2 ou por 1; as esquadras tomam primeiramente, pelo caminho mais curto, seus lugares em relação ao comandante do grupo.

O grupo em marcha ou parado em uma fileira, à voz "Em batalha Marche!" - o guia continua na andadura indicada no primeiro caso ou avança ao passo até que o deslocamento seja suficiente para os demais cavaleiros tomarem a formação indicada; as duas esquadras formam por 3 adotando a andadura do guia.

As rupturas da formação em uma fileira para as formações por três, por dois ou por um, executam-se aos mesmos comandos e segundo os mesmos ptincípios adotados para partir da formação em batalha.

O grupo em uma fileira monta e apeia como foi indicado para a esquadra, o comandante do grupo avança dois corpos de cavalo.

§ 3º - Exercícios de ordem dispensa do grupo P Mont Consultar Manual C 2-5 - EVOLUÇÕES NAS UNIDADES DE CA

VALARIA A CAVALO E MOTORIZADAS. § 4º - Exercícios de maneabilidade Consultar Manual C 2-5 - EVOLUÇÕES NAS UNIDADES DE CA

VALARIA A CAVALO E MOTORIZADAS. Art. 16 Pelotão de Polícia Montada é comandado por oficial subalterno e

normalmente constituído por um grupo de comando e três grupos P Mont. O pelotão combate pelo fogo e a arma branca. A escola do pelotão tem por fim ensinar o pelotão a executar os

movimentos necessários ao seu emprego a cavalo, tanto isolado como enquadrado no esquadrão.

O comandante do pelotão é o seu guia. E seguido em batalha, pelo cavaleiro do centro e nas outras formações pela unidade de direção que é em princípio o 1º grupo.

O comandante do pelotão deve manter sua tropa em condições de passar rapidamente da manobra a cavalo ao emprego a pé., em qualquer momento. Na instrução as evoluções a cavalo e a pé devem pois , ser encaradas em íntima ligação entre sí.

Quando o tenente tiver de se afastar do pelotão, e acompanhado do rádio-operador e o sargento auxiliar assume o comando do pelotão.

Art 17 - -Escola do Pelotão a cavalo O comandante do pelotão a cavalo observa com maior cuidado a

progressão e a regularidade das andaduras . Os graduados e cavaleiros acompanham seus movimentos , o sargento

auxiliar assegura a disciplina de marcha e zela para que a distância não seja aumentada, principalmente quando em coluna.

Os movimentos são executados inicialmente ao passo, depois ao trote e só serão realizados nas andaduras mais vivas quando estas se tornarem familiares a todos os graduados e cavaleiros.

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O pelotão deve ser exercitado em evoluir de espada desempainhada em todas as andaduras, através de qualquer terreno e a passar e saltar obstáculos nas diversas fornaçoes, sem modificar as andaduras,

Em qualquer formação, marcha, modifica a andadura ou faz alto, aos comandos:- "Pelotão em frente, Marche!" "Ao passo ao trote, ao galope, Marche!” "Pelotão, alto!" "Monta e apeia aos comandos:- "A cavalo!" e "A pé!” precedidos, quando necessário, das respectivas vozes preparatórias.

§ 1º - Exercícios de ordem unida do pelotão 1) - Formatura A formatura do pelotão realiza-se obedecendo aos mesmos princípios

e comandos a do grupo. Executa -se normalmente em coluna por 3 e, eventualmente, em batalha ou em coluna de grupos em batalha.

2) Coluna por 3 A coluna por três é a formação normal de reunião é também

formação de marcha ou de manobra. À retaguarda e à esquerda do comandante do pelotão a l,50m, coloca-se o rádio operador, os grupos P Mont e o grupo de comando, em coluna por 3, são colocados sucessivamente a uma distância igual a que separa as fileiras, isto e, l,50m em formação de reunião, de manobra e estrada, como cerra-fila a igual distância e cobrindo o numero 2 forma o 3º sargento cerra-fila. Os cavaleiros numeram por 3 no grupo. O pelotão em coluna por 3 monta, apeia, marcha e faz alto de acordo com os principios já estabelecidos para o grupo.

Figura da pagina 180 apostila Figura da pagina 181 apostila A boa execução da marcha depende principalmente da regularidade das

andaduras do guia. A atenção contínua de todos os cavaleiros e a repetição dos gestos do comandante do pelotão pe los graduados, evitam as mutações bruscas de andadura. Cabe particularmente ao sargento cerra-fila zelar pelo que interessa a regularidade da marcha. A coluna por três faz meia volta ao comando:-"Pelotão meia volta a direita (esquerda) , Marche!"-ou ao gesto correspondente.

A coluna segue o guia, este executa duas mudanças de direção sucessivas.

0 Comandante pode dar a voz:- "Meia volta individual." quando as circunstâncias o exigirem. Os cavaleiros em cada fileira abrem então intervalos a direita e a esquerda e executam individualmente a meia volta à esquerda. A coluna por três, quando para na estrada conserva a mesma formação e todos os cavalos são mantidos em seus lugares e voltados para a direção da marcha.

3) - Identificação Ao comando de "Pelotão identificar!" , os comandantes dos grupos

procedem a identificação de seus grupos, feito isto, o comandante do pelotão fará a verificação, nomeando os grupos na ordem desejada.

"Grupo de comando!" - o sargento responderá "grupo de comando pronto!" (quando completo e sem alteração) "Primeiro Grupo" o comandante do 1º grupo

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responderá: "1º grupo, falta o soldado.....,sem munição de festim etc. , e assim para os demais.

4) - Coluna por dois A coluna por dois é uma formação de marcha que permite melhor

aproveitar os lados da estrada ou a coberta de um fileira de árvores. Em coluna por dois o mensageiro, os grupos PMont, o grupo de comando e o sargento cerra-fila sucedem-se como na coluna por três, a 0,75m de distância.

0 pelotão passa de coluna por 3 à coluna por 2 e inversamente, aos mesmos comandos e processos indicados para o grupo.

Em coluna por 2 o pelotão monta, marcha e apeia segundo os princípios estabelecidos para o grupo.

5) - Coluna por um A coluna por 1 é uma formação de manobra Aplicam-se a coluna por um

as mesmas regras já estabelecidas para a coluna por.dois. O comandante do pelotão e seguida a l,50m pelo mensageiro. Os grupos P Mont o grupo de comando, ficam em coluna por um, conservando os cavaleiros a distância de 0,75m.

6) - Formação em batalha A formação em batalha é uma formação de combate a cavalo, mas pode ser

empregada para reunir o pelotão. Nesta formação, os grupos em batalha colocam-se na mesma linha, o 1º no

centro, o 2º a direita e o 3º à esquerda. Os comandantes dos 1º e 2º formam à direita de seus grupos, os cargueiros ao lado de seus condutores montados.

O grupo de comando em uma fileira, enquadrado à direita pelo sargento auxiliar e à esquerda pelo 3º sargento cerra-fila, forma uma terceira fileira no centro do pelotão. Com o soldado guarda cavalo cobrindo o cerra-fila do homem livre a l,50m, na seguinte ordem, da direita para a esquerda: - soldados guarda cavalos, ordenança com a 2º montada e remuniciadores.

0 cavaleiro número 3 da segunda esquadra do 1º grupo, é o "centro", serve de "homem base" e fica l,50m a retaguarda do comandante do pelotão. A frente normal do pelotão em batalha é, assim , de cerca de 20 metros.

Ao comando:- "Numerar por três.'" - numeram apenas os cabos e soldados da Ia fileira das esquadras, como na escola do grupo, com exclusão portanto, dos sargentos.

a) - Montar e apear O pelotão estando em batalha o comandante a cavalo, à frente, e os

cavaleiros a pé, segurando os respectivos cavalos, ao comando:- "Preparar para monta!" 0 comandante e as esquadras impares avançam três corpos de cavalo, os demais cavaleiros não se movem. Ao comando:- "A cavalo!" o pelotão monta como foi indicado para a escola do grupo; reconstitui-se a formação, ao comando de:

- "Retomar o alinhamento!”. Estando o pelotão a cavalo, em batalha, o seu comandante à frente para apear, este e as esquadras ímpares ao comando:

- "Preparar para apear!" avançam três corpos de cavalo, os demais cavaleiros não se movem e o pelotão apeia a voz de:- "A pé!" de acordo com as indicações da escola do grupo.

Estando o pelotão a pé na formação acima, isto é, as esquadras ímpares avançadas de três corpos de cavalo o comandante pode mandar montar ou reconstituir a batalha a pé, dando a voz:- "Retomar o alinhamento!" Em cada fileira de três os cavalheiros unem primeiramente ao número dois depois, o pelotão forma em duas fileiras.

b) - Marcha em batalha 0 pelotão muda de direção regulando-se pelos mesmos princípios

estabelecidos para o grupo. Quando o comandante do pelotão quer mudar de direção num ângulo de noventa graus , .comanda:- Pelotão à direita (esquerda), Marche!". Para fazê-lo o guia indica pelo gesto a nova direção

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que o pelotão deve seguir depois da mudança de direção, volta em seguida o seu cavalo para ela e diminue a andadura, de modo que fique em seu lugar à frente do centro do pelotão, quando a mudança de direção estiver terminada, mas percorrendo um arco de círculo cujo raio é igual a meia frente do pelotão. O graduado que serve de pião detem-se, voltando-se para a nova frente gradativamente, sem sair do mesmo lugar, evita recuar, regula-se pela ala movente e dirige os cavaleiros gue lhe estão mais próximos.

0 graduado da ala movente, dá alguns passos em frente antes de mudar de direção e descreve, na andadura de marcha ou na ordenada, um arco de círculo de raio igual à frente do pelotão, de ma neira que não produza abertura ou compressão da fileira.

Os cavaleiros unem para o lado do pião e alinham-se pela ala movente, diminuem a andadura na pro porção de seu afastamento desta ala. No momento em que a mudança de direção começa, os cavaleiros da segunda fileira alargam a andadura e ganham terreno para a ala movente a fim de desembaraçar o pião, de modo que cada um deles se desloque de cerca de três cavaleiros para fora de seu chefe de fila. Os mais aproximados do pião desviam as ancas de seus cavalos para a ala movente.

Quando o pelotão atinge a nova frente, o guia o conduz atrás de si, indicando a direção à voz o gesto.

Em todas as outras mudanças de raio grande, o grupo segue o guia procedendo como na marcha em batalha. Os cavaleiros unem para o centro e regulam as andaduras de acordo com os lugares que ocupam nas fileiras, os cavaleiros da segunda fileira deslocam, quanto preciso as ancas de seus cavalos para o lado da ala movente. Para fazer meia volta, o pelotão executa duas mu danças de direção sucessivas, ao comando:- "Pelotão, meia-volta à direita (esquerda) , Marche!" que o guia confirma pelo gesto correspondente. Depois de terminada a mudança de direção, o guia indica a nova direção.

Quando o pelotão está isolado e se as circunstâncias exigem, pode fazer meia-volta por movimentos individuais ao comando:- "Meia volta individual! ". Os cavaleiros afastam-se do centro e fazem meia volta pela esquerda. Até que o comandante retome o seu lugar à frente do pelotão, o comandante do grupo de comando serve de guia.

O pelotão se reconstitue por nova meia-volta individual. c) -Rupturas

As rupturas se executam em princípio sobre o 1ºgrupo. 0 pelotão estando em batalha, parado ou em marcha, à voz:-"(Por três

andadura). Marche!", o rádio operador mantém seu lugar a l,50m à retaguar da e à esquerda do comandante do pelptão, o comandante do 1º grupo coloca-se na frente de seu grupo, faz romper marcha em coluna por 3, de acordo com os princípio da escola do grupo e coloca-se a 3.00m à retaguarda do comandante do pelotão, o 2º e o 3º grupos rompem em seguida da mesma maneira, o grupo de comando com o sargento auxiliar, toma seu lugar na cauda da coluna.

As rupturas por 2 ou por 1 se executam da mesma maneira e aos comandos:- "por 2 ou por 1, (andadura), Marche!" , o rádio operador mantêm seu lugar a l,50m a retaguarda e à esquerda do comandante do pelotão, o comandante do 1º grupo coloca-se na frente do seu grupo, faz romper a marcha em coluna por 3 de acordo com os princípios da escola do grupo, e coloca-se a 3,00m à retaguarda do comandante do pelotão o 2º grupo e o 3º rompem em seguida, da mesma maneira o grupo de comando com o sargento auxiliar, toma seu lugar na cauda da coluna.

As rupturas por 2 e por 1 se executam da mesma forma e aos comandos:- "Por 2 ou por 1 (andadura) Marche!”

Querendo passar da formação em batalha para a de coluna por 3 para um dos flancos ,comanda-se:-"Pelotão 3 à direita (esquerda) Marche!" os grupos procedem como foi ensinado na escola de grupo. Este movimento deve ser

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empregado excepcionalmente, quando o local for insuficiente ou em parada, revista, etc. Reconstitui-se a formação em batalha por um movimento inverso:- "Em batalha, frente à esquerda (direita) Marche!".

d) - Desenvolvimento em batalha . Estando o pelotão em coluna por 3, parado ou em marcha e orientado na

direção do desenvolvimento à voz:- "Em batalha (andadura) Marche!" - o res-pectivo comandante continua na andadura de marcha, o 1º grupo cerra a l,50m do comandante do pelotão, na andadura de marcha, o comandante do 2º grupo obliquando à direita, seguido de seu grupo, desenvolve-o em batalha, leva-o para o alinhamento do 1º grupo e em seguida, forma a direita da primeira fileira, enquadrando o pelotão, o comandante do 3º grupo atua da mesma forma para a esquerda, o grupo de comando desenvolve- se em uma fileira, constituindo uma terceira fileira, o sargento auxiliar e o cerra-fila tomam seus lugares no grupo de comando.

Todos estes movimentos fazem-se por aceleração da andadura dos elementos de cauda ou na andadura comandada, a testa conserva a marcha. Em qualquer caso, porém cada elemento toma a andadura do comandante do pelotão ao entrar em seu lugar. 0 desenvolvimento do pelotão em batalha, partindo da coluna por 1 ou por 2, executa-se de acordo com os princípios e comandos já prescritos.

e) Alinhamento Estando o pelotão em batalha, ao comando:- "Perfilar! " , o cavaleiro

do centro e dois comandantes de grupo, nas alas, colocam-se na mesma linha, l,50m à retaguarda do comandante do pelotão, ao guia deve corresponder exatamente o cavaleiro do centro de modo que a partir deste à meia frente de pelotão para cada lado encontram-se os comandantes dos 2º e 3º grupos. Os cavaleiros colocam-se entre estes três pontos, com os cavalos direitos e perpendiculares à frente, regulam a posição de seus ombros pela do cavaleiro do centro e do graduado da ala lançando um olhar à direita e à esquerda, unem finalmente para o centro de forma que os intervalos sejam de 0,40m contados entre os joelhos, (leve contato de estribos). Os cavaleiros da segunda fileira devem cobrir exatamente seus chefes de fila na mesma direção e conservando a distância de l,50m, enquanto os da terceira fileira procedem da mesma forma em relação a segunda.

A voz:- "Firme!” o alinhamento termina e todos os cavaleiros ficam imóveis.

7) - Formação em uma fileira O pelotão forma em uma fileira para os mesmos objetivos e sob os mesmos

princípios e comandos que o grupo. Os comandantes dos 2º e 3º grupos colocam-se nas alas, os grupos entram

em uma fileira e o grupo de comando forma como era batalha a l,50m à retaguarda do 1º grupo.

O pelotão estando em marcha ou parado em uma formação qualquer, à voz:- "Em uma fileira!" o comandante continua na mesma andadura, o 1º grupo forma em uma fileira de tal modo que o cavaleiro do centro fique a l,50m à retaguarda do comandante do pelotão, cuja andadura adota, os outros dois grupos formam em uma fileira, a direita e a esquerda do 1º grupo, obliquando para abrir os intervalos necessários.

O pelotão em uma fileira monta, apeia, reconstitue a batalha e parte em coluna da mesma forma e pelos comandos estabelecidos para o grupo.

8) - Coluna de grupos em batalha A coluna de grupos em batalha é uma formação de marcha empregada,

excepcionalmente, quer para diminuir a profundidade da coluna quando a largura da estrada o permita,, quer para atravessar rapidamente, por pequenas unidades constituídas, uma estrada em que a circulação esta regulada. É também uma formação de desfile.

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Essa formação é tomada ao comando:- "Pelotão, coluna de grupos em batalha. Marche!”. Os grupos , em batalha e o grupo de comando em fileira, colocam-se sucessivamente a uma distância variável com o objetivo da formação, se for necessário,os comandantes de grupo podem ser colocados à direita ou à esquerda da batalha.

Figura da pagina 189 apostila § 2º - Exercício de ordem dispersa do Pel P Mont Consultar Manual C 2-5 - EVOLUÇÕES NAS UNIDADES DE CAVALARIA A CAVALO E MOTORIZADAS. § 3º - Exercícios de maneabilidade Consultar Manual C 2-5 - EVOLUÇÕES NAS UNIDADES DE CAVALARIA A CAVALO E MOTORIZADAS.

SEÇÃO III Escola de Esquadrão a cavalo Art 18- esquadrão é uma subunidade constitutiva do regimento ,

basicamente, podendo também ser independente , compreendendo 1 seçao de comando e 3 ou mais pelotões.

A escola do esquadrão tem por fim exercitar os pelotões na execução em conjunto de tudo que aprenderam separadamente e ensinar ao próprio esquadrão os movimentos necessários ao seu emprego isolado ou enquadrado no regimento.

O esquadrão emprega frequentemente a ordem dispersa. Apeia para combater pelo fogo. Pode, em certas circunstancias, atacar a cavalo,em batalha ou em ordem

dispersa, partindo de qualquer formação. Os pelotões são numerados conforme os lugares que ocupam da direita

para a esquerda nas formações desenvolvidas da testa para a cauda nas formações em coluna.

As evoluções do esquadrão executam-se aos comandos ou gestos de seu capitão comandante ou por suas or dens, transmitidas pelos mensageiros. Os pelotões orientam-se, geralmente, pelos movimentos e formações da unidade de direção.

O capitão durante a instrução, pode fazer-se substituir no papel de guia por um oficial, que comanda segundo as indicações recebidas.

O capitão exercita seus tenentes no comando do esquadrão e os sargentos nos comandos dos pelotões.

Art 19 - O capitão conduz seu esquadrão de acordo com os princípios expostos na Seção I do Cap II. Eleva o braço antes de fazer um gesto ou dar um comando e o baixa para determinar a execução. Com o braço indica o sentido do movimento e coloca o seu cavalo na direção indicada, para melhor fazer-se compreender.

figura da pagina 191 apostila

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O capitão comanda:- "Sentido!" quando julga necessário prevenir seus

pelotões. Levanta o braço e indica a direção a seguir quan do quer se deslocar

livremente. 0 comandante do pelotão de direção. passa, então, a orientar a marcha, do esquadrão o pode também ser orientada, sobretudo em ordem dispersa mediante a desginação de um ponto de direção particular, para cada comandante de pelotão.

Os comandante de pelotão, em todos os movimentos determinados pelo capitão fazem o gesto correspondente, colocam o cavalo na direção indicada e tomam a andadura prescrita ou necessária a boa execução do movimento.

A voz de comando com a entonação estritamente necessária só deve ser empregada pelos comandantes de pelotões e seções quando a poeira, a cerração, a obscuridade ou qualquer outro motivo impedem que a tropa perceba suas indicações pelo gesto. Os comandantes de pelotão e seção tomam um interesse particular pela conservação da regularidade das andaduras, dos intervalos e das distâncias determinadas.

Parágrafo Onico - A seção de.comando tem como guia o 1º tenente subcomandante do esquadrão

Art 20 - Formatura A formatura do esquadrão a cavalo se executa ao comando:- "Em forma

(andadura)!". O grupo de comando coloca-se a seis metros à retaguarda do capitão, os

primeiro e segundo pelotões entram a direita da seçao de comando o terceiro à esquerda, respectivamente. O grupo de serviços (turma de administração e manutenção) cobre o grupo de comando com a testa na altura da cauda dos pelotões. Cada pelotão fica a quatro metros de intervalo do grupo de comando ou do pelotão vizinho. O capitão pode prescrever a formatura:- "Sem intervalos.!" entre os pelotões.

Art 21 - Linha de pelotões por 3 A linha de pelotões por três é a formação normal de manobra. Oferece a

vantagem de apresentar os oficiais à frente do esquadrão ao alcance do capitão e facilita os movimentos em qualquer terreno e a passagem rápida para uma formação de ordem dispersa.

Os pelotões em coluna por três, no mesmo alinhamento guardam entre si intervalos necessários a seu desdobramento, (18 metros).

0 grupo de comando em coluna por três, fica a l,50m à retaguarda do capitão.

A formação em linha de pelotões por três é tomada partindo de uma formação qualquer, ao comando: "Linha de pelotões por três; Marche.!". Os comandantes dos primeiro (segundo a partir da direita) e 3º pelotões marcham a seis metros da retaguarda 9 m à direita (esquerda) do grupo de comando, os demais comandantes de pelotão marcham, em princípio a altura do comandante do primeiro.

0 comandante do grupo de serviços guarda 6 metros de distância da cauda dos pelotões, cobrindo o grupo de comando.

A linha de pelotões por três muda de direção por indicação de um novo ponto de direção ou gesto do capitão.

O sub-comandante do esquadrão acompanha o capitão ou avança na nova direção indicada. Os comandantes dos outros pelotões alongam ou encurtam a andadura, segundo sua posição e conduzem seus pelotões pelos caminhos mais curtos para a nova direção, regulam-se pelo comandante de seção de comando ou primeiro pelotão, sem obrigação de conservar os intervalos durante a conversão, restabelecendo-os se necessário, no final do movimento.

A "Meia volta a direita (ou a esquerda)" de cada pelotão e seção conforme as prescrições da escola de pelotão.

O capitão e o grupo de comando retomam seus lugares na nova direção.

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Art 22 - Coluna dupla Cada coluna é formada de dois elementos sucessivos em coluna por 3. Os

dois de cada coluna subordinada {em principio, a coluna da esquerda)alinham-se pelos correspondentes da coluna de direção.

O grupo ds comando e a turma veterinária, l,50m à retaguarda do capitão ficam a seis metros de distância na frente da coluna de direção, o grupo de serviços (-) na mesma coluna, a retaguarda, caso forme.

Na ordem normal, o primeiro pelotão constitue a testa da coluna da direita e à sua retaguarda fica o segundo pelotão, o terceiro pelotão é a testa da coluna da esquerda.

Na formação de reunião, os intervalos são de 4 metros, as distancias de 6 metros, estes intervalos e distâncias podem ser aumentados na formação de manobra.

A coluna dupla é tomada, .partindo de uma formação qualquer ao comando:- "Coluna dupla, pelotões (formação, andadura) , Marche!". Se o esquadrão estiver em linha de pelotões ou em batalha, ao comando:- "Marche," - o pelotão o centro, enquanto o terceiro reduz ou ganha o intervalo necessário para a esquerda, segue o grupo de comando e ambos tomam a formação prescrita, se for o caso. 0 pelotão da direita, passando a andadura inferior coloca-se no seu lugar logo que a testa de formação esteja composta, simultaneamente, tomam a formação prescrita. Se o esquadrão esta em coluna, o 1º e 2º pelotões constituem a coluna da direita, à retaguarda do grupo de comando e o 3º avança até a altura daqueles e forma a coluna da esquerda. Após todas as mudanças o grupo de serviço, quando presente, raantem-se a retaguarda do 2º pelotão à distância de 6 metros.

Figura da pagina 195 apostila Art 23 - Formação em batalha . A batalha é a formação normal de ataque do esquadrão a cavalo. É

igualmente empregada para outros fins, principalmente para abrigar a tropa em coberta etc.

Nessa formação, os pelotões em batalha e o grupo de comando colocam-se lado a lado, sem intervalos, o grupo de comando no centro os 1º e 2º pelotões à sua direita e o 3º à sua esquerda, o grupo de serviços (-), também em batalha cobre o grupo de comando a l,50m de distância. O capitão fica 12 metros à frente do grupo de comando e serve de guia.

O esquadrão em batalha numera por três em cada pelotão, ao comando:- "Pelotões, numerar por três!". O esquadrão estando em batalha a cavalo, com seu comandante à frente, para apear, ao comando:-"Preparar para apear!" - este, o grupo de comando e o 2º pelotão avançam inicialmente dois corpos de cavalo, em seguida cada pelotão, seção ou grupo , procede como está previsto na escola respectiva. Ao comando:- "A pé.!" todo o esquadrão apeia. Estando o esquadrão a pé na formação acima, o comandante pode mandar montar reconstituir a batalha a pé, dando a voz:- "Retomar o alinhamento!” após o 2º pelotão, a seção de comando procedem como na escola respectiva, o 1º e 3º pelotões procedendo da mesma maneira, avançam e retomam seus lugares na batalha.

Estando o esquadrão em batalha a pé, o comandante a cavalo, à frente, ao comando:- "Preparar para montar.'" o esquadrão executa os mesmos movimentos descritos no caso anterior para apear, em seguida ao comando:- "A cavalo." - todo o esquadrão monta e reconstitue a formação, sem nova ordem.

§ 1º - Marcha em batalha

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Na marcha do esquadrão em batalha, todos os comandantes de pelotão conservam os intervalos e distâncias regulando-se pelo comandante do grupo de comando.

Apresentando-se um obstáculo diante de algum cavaleiro de um pelotão ele para e passa atrás de outros à direita ou a esquerda e depois , retomam seus lugares, avivando a andadura.

O esquadrio na marcha em batalha, pode "mudar de direção em pequenos ângulos" conforme gesto feito pelo capitão ou por indicação de um novo ponto de direção. As andaduras são modificadas de modo a manter-se o alinhamento do esquadrio du rante a execução da conversão.

Devendo o esquadrão em batalha "mudar de direção, em grandes ângulos" o capitão destaca-se do esquadrão e depois, avança para a nova direção e comanda:- "Em batalha, à minha retaguarda!" - o grupo de comando desloca-se para a retaguarda do capitão, os pelotões tomam seus lugares na nova linha ds batalha, pelo caminho mais curto. Estes movimentos são executados sem modificação da andadura, salvo ordem contrária do capitão. O esquadrão em batalha executa um deslocamento lateral ou faz meia-volta ao comando:- "Pelotões à direita (esquerda) , ou mela-volta à direita (-esquerda), Marche!".

§ 2º -Desenvolvimento O esquadrão desenvolve-se em todas as direções o rientado pelo capitão e

seguido pelo grupo de comando. O desenvolvimento para a frente é sempre em leque. Para formar o

esquadrão em batalha, o capitão comanda:- "Em batalha, Marche!" - o capitão continua parado ou conserva a andadura, se estiver em marcha, imitado pelo grupo de comando, os pelo tões tomam a andadura superior, ou aceleram até atingirem seus lugares na batalha, ou "Em batalha (andadura), Marche!”, neste caso, o capitão, regula o movimento do grupo de comando segundo o fim que deseja atingir ou o faz parar, se necessário, os pelotões tomam ou conservam a andadura comandada.

Se o esquadrão está em linha de pelotões por três, a seçao de comando forma em batalha e toma a distância de 12 metros à retaguarda do capitão, cada pelotão obliqua se for o caso da distância necessária, forma em batalha e avança até o alinhamento do grupo de comando.

Se o esquadrão está em coluna dupla o grupo de comando procede como no caso precedente, os dois pelotões da testa (1º e 3º) entram em batalha de um lado e do outro do grupo de comando, o 2º pelotão obliqua à direita, a fim de ganhar o intervalo su ficiente para que possa em batalha tomar o alinhamento do 1º pelotão que estava na testa. O esquadrão pode excepcionalmente, por exigências do terreno ou da situação, desenvolver-se em batalha para um dos flancos e partindo da coluna de grupos P Mont por três ou por dois ao comando:-“Em batalha, frente a direita (esquerda) (andadura) Marche!" a seção de comando e os grupos P Mont procedem como está previsto nas escolas respectivas.

Art 2.4 - Coluna por três ou por dois: As formações de marcha são as colunas por três e por dois

(excepcionalmente a coluna por um) . Na coluna por três os pelotões colocam-se atrás dos outros sem distâncias, ou na distância prescrita pelo comandante.

§ 1º - Em princípio o capitão marcha na testa, seguido pelo grupo de comando um oficial marcha na cauda a fim de velar pela ordem e disciplina da marcha. O grupo de serviços (-) marcha à retaguarda do esquadrão.

Os comandantes de pelotão podem se deslocar para os flancos ou para a cauda de suas unidades para fiscalizar a marcha.

§ 2º - Estando o esquadrão parado ou em marcha, em linha de pelotões por três, em coluna dupla ou em batalha, para partir em coluna por três o capitão comanda:- "Por três, (ou sobre tal pelotão), por três andadura, Marche,!" O

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grupo de comando seguido pelo pelotão dedireção ou pelo que tenha sido designado, acompanha o guia e os demais entram em coluna, seguindo-se sempre juntos, os dois pelotões da direita ou da esquerda.

§ 3º - o esquadrão forma em coluna por dois ao comando:-"Por dois" (ou sobre tal pelotão), por dois (andadura). Marche.!" A seção de comando e os pelotões formam por dois devendo estes observar as prescrições das escolas respectivas.

Figura da pagina 199 apostila

§ 4º - O esquadrão marcha em coluna de estrada, por três ou por dois,

segundo as mesmas regras estabelecidas para o pelotão. A coluna de marcha faz meia volta ao comando:-"-Pelotões, meia volta a

direita (esquerda), Marche!" ou "Meia volta individual" procedendo como foi prescrito na escola do pelotão.

§ 5º - A coluna de marcha se desenvolve em linha de pelotões por três ou em batalha. O capitão orienta a testa da coluna para a direção conveniente e comanda:- "Linha de pelotões por três ou em batalha, (andadura) Marche!" .

A essa voz o pelotão da testa avança e coloca-se à direita da seção de comando, o segundo coloca-se à direita do primeiro, o terceiro obliqua a esquerda e coloca-se a esquerda em seu respectivo lugar, os comandantes de pelotão e seção formam seus pelotões em batalha, se for o caso, logo que disponha do espaço suficiente. O grupo de serviços entrando igualmente em batalha, cerra à frente e vai cobrir o grupo de comando se for o caso.

Art. 25- Para o esquadrão estando em batalha, em coluna dupla ou em linha de pelotões por três, tomar o alinhamento por outra unidade ou em direção determinada, o capitão coloca primeiramente os comandantes de pelotão e de seção na direção conveniente e os alinha, ficando do lado oposto a unidade base ou a direção escolhida, depois coroanda:- "Perfilar!". Os pelotões e seção colocam-se à retaguarda de seus comandantes e os cavaleiros tomam o alinhamento em cada fileira. O comandante verifica o alinhamento. Ao comando:- "Firme!", todos os retomam a imobilidade.

Art 26 - Abrir e unir fileiras O esquadrão estando em batalha a cavalo ou a pé, à voz - "Abrir fileiras

Marche!" o comandante avança 3 corpos de cavalo e volta-se para o esquadrão, a primeira fileira avança 2 corpos, a segunda 1 corpo, a última (componentes do grupo de serviços) não se move. A voz "Unir fileiras. Marche!” - a primeira fica firme e as demais cerram à frente, o capitão volta a frente e o grupo de serviços retoma a distância.

Art 27 - Coluna de grupos em batalha Esta formação é tomada nas circunstâncias e de acordo com os pr'ncípios

expostos na escola de pelotão. 0 grupo de comando procede como se fosse em grupo de Polícia

Montada. Art 28 - Exercícios de ordem dispersa Consultar o manual C 2-5 - EVOLUÇÕES NAS UNIDADES DE CAVALARIA A CAVALO E MOTORIZADAS: Art 29 - Exercícios de maneabilidade - EVOLUÇÕES NA UNIDADES

DE CAVALARIA A CAVALO E MOTORIZADAS.

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SEÇÃO IV ESCOLA DO REGIMENTO A CAVALO

Art 30 - A escola do regimento tem por objetivo exercitar os

esquadrões nas evoluções em conjunto. A escola do regimento a cavalo compreende:

I - exercícios de ordem unida; e, II - exercícios de ordem dispersa. Art 31 - Durante as evoluções, os esquadrões tomam os números

correspondente aos lugares que ocupam, contando-se da direita para a esquerda quando em linha, da testa para a retaguarda quando em coluna. O comandante dirige o regimento de acordo com as prescrições de 8.1.

Art 32 - Em ordem dispersa, em terreno cortado e coberto dá geralmente um ponto de direção particular a cada unidade.

Se o comandante quer ter plena liberdade de movimentos, faz-se substituir como guia por um oficial ou mesmo limita-se a indicar a direção e a andadura à unidade de direção. Os oficiais do estado maior do regimento, mantem-se ao alcance do comandante a fim de pode rem transmitir rapidamente as suas ordens. Sempre que for necessário, os capitães reunem-se igualmente ao comandante para receberem suas ordens.

Art 33 - Dado que o regimento marcha quase sempre em formação largamente articulada, os comandos à voz ou por gestos raramente serão suficientes, em tais casos, serão transmitidos por agentes de ligação, mensageiros, pelo rádio e toques de clarim.

§ 1º - Na falta de ordens do comandante os comandantes de unidades subordinadas atuam por imitação, tomando, por iniciativa própria, as formações convenientes.

§ 2º - Os toques de clarim só serão empregados excepcionalmente e quando o regimento está isolado.

§ 3º - Quando, excepcionalmente, as unidades devem executar simultaneamente os mesmos movimentos a um comando ou gesto do comandante, os comandantes de subunidsdes repetem imediatamente este comando ou gesto, dão um comando particular, no momento o portuno, quando a ordem dada pelo comandante não implique em execução simultânea e imediata. Em qualquer caso, cada subunidade só executa o movimento ao comando de seu respectivo comandante.

Art 34 - Se o comandante quer fazer executar um desenvolvimento ou uma ruptura sobre uma unidade que não seja a de direção nomal, comanda, por exemplo: “-Sobre tal subunidade coluna de linhas de pelotões por três , Marche!”.

Os movimentos são executados segundo os princípios da escola do esquadrão.

Art 35 - Nas formações de ordem unidade salvo indicação contraria, os elementos do comando retornam ao esquadrão de comando e este coloca-se no centro, quando o regimento está em linha e na testa, quando está em coluna.

Art 36 - Exercícios de ordem unida A escola do regimento em ordem unida a cavalo tem por fim em primeiro

lugar, o estudo dos movimentos necessários para dar a tropa o meio de se apresentar em boa ordem em certas circunstâncias (revistas, paradas, etc) , assim como a instrução das formações de marcha.

Tem também por objetivo preparar as subunidades para as evoluções em ordem dispersa e formações de controle de distúrbios .

§ 1º - 0 regimento monta e apeia, alinha, abre fileiras e recua aos mesmos comandos e segundo os mesmos priri cípios da escola do esquadrão.

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§ 2º - Qualquer que seja a formação, em ordem unida, o regimento marcha, muda a andadura ou para, aos comandos:- "Regimento em frente (andadura). Marche!". "Ao passo, ao trote, ao galope, marche.'". "Regimento, alto.'" , ou aos gestos ou sinais corres pondentes.

§ 3º - Ganha terreno ou faz face a um de seus flancos por conversão dos esquadrões, os intervalos entre os pelotões dos esquadrões são diminuidos, se necessário, o regimento faz meia volta e retoma a frente primitiva por meia volta feita por pelotões.

§ 4º - Dentre as formações do regimento, somente algumas comportam prescrições imperativas, são as formações de reunião, coluna de marcha, em batalha, que são definidas nos números que se seguem.

§ 5º - As outras formações de ordem unida, linha de esqudrões, coluna de esquadrões, resultam da disposição de esquadrões justapostos ou sucessivos. São formações de ordem dispersa em que intervalos distâncias se reduzem, mais ou menos, segundo imposições do terreno e da situação. Geralmente estas formações são tomadas por ordem do comandante que fixa em cada caso particular, as distãncias e os intervalos e, se for necessário, o escalonamento e a formação pelas unidades subordinadas.

§ 6º - Na falta de prescrições do comandante ou se as circunstâncias o exigirem, os comandantes de unidade subordinadas fazem sua tropa tomar a formação, intervalo e a distância impostos pela situação e pelo terreno.

§ 7º - Os esquadrões são formados geralmente, em linha os pelotões por três ou em coluna dupla.

§ 8º - Formatura O Estado-maior forma a 6m a retaguarda do comandante. Os elementos a cavalo do esquadrão de comando formam 6 metros à sua

retaguarda e constituem o centro , os esquadrões, formados como já foi descrito, ficam de um lado e outro desta tropa, a 6 metros de intervalo e a primeira fileira dos pelotões no alinhamento da primeira fileira dos elementos do esquadrão de comando e serviços. A fanfarra, se houver, forma a direita nas formações em linha e na frente nas formações em coluna, seguida dos clarins em uma ou mais fileiras, evolue como se fora um pelotão. Não havendo fanfarra, este lugar cabe aos clarins.

§ 9º - Coluna de marcha As formações de marcha são a coluna por dois e a coluna por três. O regimento marcha de acordo com as prescrições estabelecidas para as

escolas do esquadrão. Em geral o comandante marcha a testa da coluna , seguido pelo EM e elementos a cavalo do esquadrão de comando e serviços.

A distancia entre os diversos elementos e essencialmente variável e indicada, em cada caso particular, pelo comandante.

Nas estradas, os clarins marcham, geralmente, a testa do regimento , como ficou dito acima, se não forem empregados como mensageiros nos esquadrões. O regimento estando numa formação qualquer, passa à coluna de marcha aos mesmos comandos e segundo os mesmos princípios da escola do esquadrão.

O comandante designa a unidade que deve romper a marcha na testa e prescreve as distâncias. Cada unidade é dirigida pelo caminho mais curto e na andadura conveniente para entrar na coluna atrás e à distância prescrita da que- deve preceder.

O esquadrão de comando e serviços forma sempre a retaguarda de toda a unidade.

§ 10 - Formação em batalha A formação em batalha é uma formação de reunião utilizada nas revistas e

inspeções. Nesta formação, os esquadrões em batalha, colocam-se lado a lado, com

intervalo variável de três a seis metros. Art 37 - Exercícios de ordem dispersa e maneabilidade Consultar o marnual C 2-5 - EVOLUÇÕES NAS UNIDADES

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DE CAVALARIA A CAVALO E MOTORIZADAS.

SEÇÃO V MANEJO DE ARMAS A CAVALO

MANEJO DA ESPADA

Art 38 - A espada é uma arma branca, individual, destinada a combate corpo a corpo, utilizada tanto para defesa como para ataque sendo característica do homem montado, é empregado para qualquer tipo de seirviço, estando o cavaleiro a cavalo.

Para efeito de estudo, divide-se em: - lamina, - copo, - punho,. - bainha e - fiador. Quando a cavalo, a espada é conduzida em uma peça do equipamento,

colocada na sela. denominada porta espada. § 1º - -Desembainhar-espada O cavaleiro enfia o punho direito no fiador, segura o punho da

espada com todos os dedos da mão direita e por um movimento de elevação lateral do braço direito, retira a lâmina da bainha.

§ 2º - Perfilar-espada a) o cavaleiro coloca o copo da espada na altura do lado direito

do quadril, lâmina apoiada no ombro do mesmo lado copo voltado para a frente corpo perfilado;

b) a mão direita segurando a espada apoiando o corpo na parte superior da coxa direita corresponde a posição de ombro-arma.

Figura da pagina 206 apostila

§ 3º - Apresentar-espada O cavaleiro ergue a mão direita, colocando a espada na frente do rosto,

cotovelo unido ao corpo, sem constrangimento, o punho direito fica na altura do pescoço, copo da espada correspondendo ao queixo, fio da lâmina voltado para a esquerda, lâmina na vertical, ponta para cima (graduados e praças); no caso de oficiais, o manejo é completado com os demais tempos regulamentares.

Figura da pagina 207 apostila § 4º - Embainhar-espada O cavaleiro eleva o punho direito em frente ao ombro do mesmo

lado, baixa a lâmina à direita do pescoço do cavalo, inclina ligeiramente a cabeça à direita, fixando os olhos no bocal da bainha e nela introduz a lâmina; a seguir retira o punho do fiador e volta a olhar para a frente.

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§ 5º - Em çruarda Estando o cavaleiro em posição de perfilar-es-pada, a mão direita,

cerrando os dedos sobre o punho da espada, dedo polegar ao longo do mesmo punho, leva a espada para a frente, unhas para baixo, gume voltado para a direita, cotovelo um pouco afastado do corpo, ponta da espa da para a frente, lamina acima da cabeça do cavalo e no prolongamento do antebraço; partindo desta posição, o cavaleiro executa os golpes , as pontas e os molinetes.

Figura da pagina 208 apostila § 6º - Golpes O golpe em frente,, a direita (esquerda) : para desferir golpes em frente à

direita ou à esquerda, o cavaleiro volta o rosto para a direção do golpe, levanta a espada com o braço meio estendido, colocando o punho direito acima da cabeça e do lado para onde desferira o golpe, gume voltado para cima e na direção do golpe é desferido, distendendo totalmente o braço, dando a espada o maior impulso possível e, tendo dado o golpe, o braço direito des creve um círculo, reconduzindo a espada à posição em guarda ou passando para outro golpe se necessário).

Golpe à direita (esquerda) : para desferir golpes à direita ou a esquerda o cavaleiro volta o rosto para a direção do golpe, leva a espada ao lado direito (esquerdo) acima do ombro, e desfere o golpe, distendendo totalmente o braço e dando a espada o maior impulso possível; dado o golpe a espada volta a posição em guarda, passando sobre a cabeça ou passando a outro golpe.

Figura da pagina 209 apostila

Figura da pagina 210 apostila §7º- Pontas Ponta em frente, à direita (esquerda): para efetuar a ponta em frente, à

direita ou à esquerda, o cavaleiro dá a ponta da espada a direção desejada e impele-a para frente sem mudar a posição da mão, partindo da posição em guarda; ao impelir a espada, alonga o braço em todo comprimento, avançando o ombro direito e inclinando o tronco para a frente, sem abandonar o assento da sela nem baixar a cabeça; desferida a ponta, retira vivamente o braço, voltando a posição em guarda ou partindo para outra ponta.

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Ponta à direita (esquerda): para efetuar ponta à direita ou à esquerda, partindo da posição em guarda, o cavaleiro dá ponta da espada a direção desejada e impele a lâmina com força sem mudar a direção da mão alongando o braço e inclinando o tronco na direção desejada; desferida a ponta, retira o braço violentamente voltando a posição inicial partindo para outra ponta ou golpe.

Ponta em terra, à direita (esquerda) : para efetuar ponta em terra, à direita ou à esquerda , o cavaleiro partindo da posição em guarda, da espada a direção desejada, gira o tronco para o lado em que vai desferir a ponta e executa-a de cima para baixo, com energia, inclinando o tronco, o necessário para atingir o objetivo, sem perder o assento da sela; desferida a ponta, retoma a posição inicial ou passa para outra ponta ou golpe.

§ 8º - Paradas Parada à direita: para efetuá-la, o cavaleiro afasta a espada para a direita,

de maneira a desviar, com o forte da lâmina a arma contraria da direção de seu corpo.

Para à esquerda: para executá-la o cavaleiro volta as unhas para cima, de modo a ficar com o gume da espada para a esquerda, deslocando a lâmina também para a esquerda, desviando a arma atacante com o forte da espada.

Parada à cabeça: para efetuar a parada à cabaça, o cavaleiro leva o copo da espada à altura de sua cabeça, um pouco à direita e à frente, unhas voltadas para a frente ; a lamina fica com o gume para cima, um pouco voltado para a frente; a espada fica atravessará da direita para a esquerda, com a ponta ligeiramente acima do punho, de forma a desviar com o forte a arma contraria.

Figura da pagina 212 apostila. § 9º - Molinetes Molinetes além de se constituirem em exercícios de flexibilidade, em que o

cavaleiro se habitua ao manejo da espada com destreza e habilidade podem ser usados quando o cavaleiro tiver necessidade de empregar a sua espada contra outrem, em circunstâncias que tornem as pontas e golpes impraticáveis.

1) - Molinete horizontal: para executar o molinete horizontal, o cavaleiro procede do seguinte modo:

a - O braço direito é estendido para a frente a mão direita na altura do rosto, unhas voltadas ligeiramente para a direita e para baixo, lâmina um pouco atravessada para a esquerda ponta na altura da cabeça.

b - Faz a espada descrever, acima da cabeça , um círculo horizontal da esquerda para a direita, levando, por uma torção do pulso , a ponta da espada pela esquerda, para a retaguarda e completando o circulo para a frente; terminado o movimento, as unhas estarão voltadas para cima, lâmina para a direita com a ponta para o mesmo lado.

c - O movimento é desfeito, descrevendo um círculo da direita para a esquerda terminando na posição inicial, de unhas para baixo.

2) - Molinete vertical: para executar o molinete vertical o cavaleiro procede da seguinte maneira:

a - O braço direito e estendido para a frente, a mão na altura do rosto, . as unhas ligeiramente para a direita, atravessando-se a lâmina um pouco para a esquerda, ponta na altura da cabeça;

b - Baixar a ponta da espada e descrever com ela uma circunferência do lado esquerdo do cavalo; a arma tomará, com ponta para a direita, uma posição análoga a anterior, com as unhas para cima;

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c - 0 molinete continua, baixando a ponta da espada e descrevendo um círculo pelo lado direito do cavalo.

3) - Molinete de combate: é a sequência de golpes de espada dados

alternadamente à direita ou a esquerda, o mais vigorosamente possível sem que o cavaleiro se detenha entre um e outro, a energia de cada golpe desferido levando a lâmina para o golpe seguinte; serve para afastar vários adversários que cerquem o cavaleiro isolado.

Figura da pagina 214 apostila

§ 10 - Ataque a cavalo (carga) A posição a cavalo e a maneira de manejar a espada variam conforme

esteja o cavaleiro iso lado ou enquadrado. Na carga o cavaleiro se inclina sobre o pescoço do cavalo, braço

completamente estendido , punho da espada seguro em cheio, ponta dirigida para a frente, mantendo-se senhor da andadura de sua montada e do governo do seu cava-lo , de forma a manter-se enquadrado durante a investida.

1) - Preparar para-a carga: o cavaleiro levanta a espada, estendendo o braço em todo o seu comprimento, apontada para a frente;

2) - Carga: o cavaleiro inclina o tronco para a frente, calça os estribos a fundo, alarga a andadura ao máximo na direção indicada. Se colocado na segunda fileira, conserva a mão direita empunhando a espada na altura do ombro direito.

3) - Reunir: terminada a carga o cavaleiro se dirige para o ponto indicado para reunião, pelo caminho mais curto e perfila a espada.

Art 39 - Manejo da lança A lança é uma arma branca, individual, utilizada para instrução e

formaturas. Para efeito de estudo, divide-se em: - ponta, - haste, - conto, - fiador. Quando a cavalo, o cavaleiro conduz a lança apoiada numa peça de

couro denominada cachimbo, que é adaptada à parte superior e lado externo do estribo direito.

§ 1º - Preparar para montar 0 cavaleiro na altura do estribo esquerdo, mantêm a lança apoiada

no solo, do lado esquerdo do cavalo, segurando-a com a mão esquerda juntamente com as rédeas e o cepilho; procede da forma já vista para montar.

§ 2º - A cavalo Uma vez montado o cavaleiro toma a lança com a mão direita, alça-a entre

o antebraço esquerdo e o tronco, passando-a para o lado direito do cavalo, baixando-a em seguida;

§ 3º - Preparar para apear A mão direita ergue a lança e passa-a para o lado esquerdo do cavalo, entre

o braço esquerdo e o tronco do cavaleiro, deixando-a escorregar até o solo. § 4º - A pé Uma vez a pé, o cavaleixo se coloca do lado esquerdo do cavalo, como foi

visto anteriormente segurando a lança com a mão esquerda, mantendo-a vertical, apoiada no solo.

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§ 5º - Conduzir cavalo a mão Para conduzir seu cavalo a mão, estando armado de lança, o

cavaleiro, segurando-a com a mão esquerda, apoia a lança no ombro, ponta para cima e para trás, conto para baixo e para frente.

§ 6º - Perfilar-lança O conto da lança e introduzido no cachimbo, mão direita empunha-a

na altura do punho, dedos cerrados em volta da haste cotovelo colado ao corpo, antebraço formando ângulo reto com o braço; a lança é mantida perfeitamente na vertical, firmemente empunhada de forma a não variar a posição durante as mudanças andaduras.

Figura da pagina 216 apostila Figura da pagina 217 apostila § 7º - Baixar-lança O cavaleiro, segurando a lança pelo punho, retira-a do cachimbo,

colocando-a na horizontal, ponta para a frente, na altura da orelha do cavalo, mão direita com o polegar para cima ao longo da haste, unhas voltadas para cima , dedos apoiados firmemente sobre a coxa, mantendo a lança firme de modo que o conto não togue a garupa nem a ponta toque a cabeça do cavalo.

§ 8º - Descansar lança O cavaleiro deixa a lança escorregar, na vertical, pela mão direita até o

conto tocar no solo; a lança é mantida pela mão direita encostada ao joelho direito, antebraço na horizontal.

§ 9º - Apresentar-lança Estando com a lança perfilada, o cavaleiro estende o braço direito para a

frente e para a direita, de modo a ficar a lança inclinada para a frente, mas sem sair do cachimbo.

§ 10 - Obliquar-lança Estando o cavaleiro isolado, retira a lança do cachimbo, com a mão direita

no centro de gravidade, coloca-a sobre a coxa direita, atravessando-a na frente do tronco, com a ponta para a frente e para a esquerda, haste apoiada no antebraço esquerdo.

§ 11 - Lança no fiador 0 cavaleiro leva a lança para a mão esquerda, sem retirá-la do cachimbo, o

polegar e o indicador da mão esquerda a recebem, os outros de dos não abandonam

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as rédeas; passa o braço direito no fiador, enviando ate o cotovelo, a mão esquerda larga a lança que é jogada para trás por um movimento do braço direito sem ser retirada do cachimbo.

Art 40 - Manejo do mosquetão Os elementos da Unidade Montada, armados de mosquetão,

utilizarão tal arma para: - efetuar o tiro sem precisão (a cavalo), - ação a pé contra amotinados, - para emprego de potência máxima de fogo, - fogo por atirador de escol contra alvo determinado. § 1º - O cavaleiro carrega e descarrega a arma, colocando-a na

mão esquerda, sem abandonar as rédeas; depois de carregá-la toma a posição de arma na mão (segura-a com a mão direita entre a alça de mira e o mecanismo da culatra e a descansa pela soleira na coxa direita, boca da arma levantada acima da orelha direita do cavalo, guarda-mato para a frente). Para executar o tiro a cavalo o cavaleiro coloca o cavalo obliquamente à direita em relação a direção do objetivo; assenta a arma no ombro direito, deixando as rédeas correrem na mão esquerda e aponta colocando o cano mais ou menos na direção da espádua esquerda do cavalo.

§ 2º - Para uso do mosquetão nos demais casos de emprego consultar o C 19-15.

§ 3º - Posições para conduzir a arma 1) no porta-mosguetão: - O mosquetão é conduzido no porta-mosquetão ,

colocado do lado esquerdo da sela, de modo que a arma fique presa pela correia própria do porta -mosquetão; tal posição é usada .para deslocarnentos ;

2) a tiracolo: - na posição similar a usada por tropa a pé; empregada para deslocamen tos ou quando é possível o emprego da arma;

3) arma na mão: - quando é possível o emprego imediato da arma o cavaleiro a conduz segurando-a com a mão direita, placa da soleira apoiada sobre a coxa direita, arma na vertical.

Art 4l - Manejo do revolver 0 revolver é arma para emprego no combate aproximado, tanto a pé como

a cavalo e a dis tancias inferiores a 50 metros. Os alvos, surgindo quase que inopinadamente e a curta distância, exigem do cavaleiro rapidez e decisão na execução do tiro.

§ 1º - Para utilizar o revólver a cavalo o cavaleiro sempre que possível, faz alto, mantém a boca do cano a direita (esquerda) da cabeça do animal com o braço estendido na direção do adversário, mas, ligeiramente flexionado para resistir ao recuo.

§ 2º - 0 tiro pode também ser executado em movimento, o cavaleiro fazendo pontaria para a frente para a direita, para a esquerda, para trás (à direita ou à esquerda) , mas sempre a curta distância do alvo.

§ 3º - O cavaleiro estando com a espada desembainhada e tendo que fazer uso do revólver, deixa a espada cair, ficando segura pelo fiador.

CAPITULO III

POLICIAMENTO MONTADO

OBS:- A Polícia Montada tem condições de executar POG Mont e/ou POTRAN Mont em qualquer ponto do Estado do Rio de Janeiro em apoio ao PON e/ou POT de outras UOp.

SEÇÃO I PATRULHAMENTO MONTADO

Art 42 O Patrulhamento Montado é a execução do POG Mont e/ou POTRAN Mont em zona urbana e/ou urbanizada através da ação ostensiva.de

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patrulheiros montados, destinada a prevenção e/ou repressão de todos os tipos de ilícitos e/ou infrações. O patrulhamento montado de um setor ou subsetor é executado ao passo, na direção de tráfego local, em deslocamento junto à calçada, seguindo o roteiro pré-determinado; as andaduras mais vivas (trote e/ou galope) são usadas para atendimento de ocorrências; é proibido o deslocamento sobre as calçadas.

Art 43- Patrulha Montada (Ptr Mont) é basicamente constituída de 2 patrulheiros - 1 Sgt ou Cb Cmt e 1 Sd Ptro gda-cavalos e/ou 2 Sds , quando o mais antigo é o cmt - podendo ser aumentada face a situação e/ou necessidade, até atingir o efetivo de 1 grupo (GPMont).

Art 44 - Patrulheiro Montado (Ptro Mont) é o cavalariano encarregado do patrulhamento de um setor que lhe é atribuído onde tem a missão de policiar.

SEÇÃO II SISTEMA DE PATRULHAMENTO MONTADO

Art 45 - Entende-se como Sistema de Patrulhamento Montado a forma pela qual é executado o policiamento Montado de uma U Mont.

Art 46 - Zona de Patrulhamento Montado (Z P Mont) é o trecho de A Pol/UOp apoiada onde é executado o patrulhamento Montado (Ptr Mont) através de PON Mont e/ou POT Mont sob a supervisão e comando de oficial subalterno ou Subten (R P Mont), composta de setores de patrulhamento Montado.

Art 47 - Setor de Patrulhamento Montado (St Ptr Mont) é a sub-divisão de uma área P Mont, constituída de ruas, avenidas, praças, jartins de um logradouro público, patrulhado a cavalo, compreendendo sub-setores de patrulhamento; o St Ptr Mont será atribuído a tantas patrulhas que sejam necessárias, sendo comandado por sargento ou cabo, de acordo com o efetivo empregado.

Esse graduado é o comandante de todo o policiamento montado daquele setor, é o responsável pelos deslocamentos da tropa quartel/setor e setor quartel, é responsável pela distribuição e reunião dos patrulheiros no âmbito do setor e executa patrulhamento de um sub-setor.

Art 48 - Sub-setor de Patrulhamento Montado (St Ptr Mont), é uma rua, avenida, praça ou jardim patrulhado por um patrulheiro montado, constituindo o St Ptr Mont, são unidos por Pontos-Base comuns, de forma que os patrulheiros se apoiem entre sí para os casos de emergência.

Art 49 - Ponto Base (PB) é o local previamente estabelecido destinado ao "alto-horário" do Ptro Mont e/ou da Ptr Mont, para descanso periódico de homens e animais, reajuste do arreiamento, verificação da ferra e outros cuidados com os animais. Será sem pre em local que não impeça nem dificulte o trân sito, a passagem de.transeuntes e que permita segurança para os homens e animais, sem afastá-los da missão de policiar. O PB também é o traço de união entre SSt Ptr Mont (2 ou mais) cobertos com 1 Ptro Mont (1 em cada SSt Ptr Mont).

Art 50 - Itinerário é o trajeto obrigatório a ser seguido pela Ptr Mont em seus deslocamentos a cavalo quartel/setor e setor/quartel.

SEÇÃO III

CONTROLE DE TRÂNSITO Art 5l - O controle de trânsito pode ser executado por Ptro Mont tomando

a designação de POTRAN Mont. Art 52 - POTRAN Mont é o policiamento de trânsito executado por Ptro

Mont destinado precipuamente a manter a fluidez do tráfego e assegurar a travessia de pedestres, podendo eventualmente, executar fiscalização. Se constitue de setores de patrulhamento similares aos St Ptr Mont (PON MONT) com a peculiaridade de dispor de mais de 1 PB, que no caso particular do POT Mont, é o local em que é necessária a permanência do Ptro Mont para o controle do trânsito. No caso de POT Mont designa-se St POT Mont, o setor de patrulhamento e PCTran Mont é o cruzamento em que atua o Ptro Mont correspondendo ao PB do St Ptr Mont.

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SEÇÃO IV CONDIÇÕES DE EXECUÇÃO

Art 53- O PON Mont e/ou POT Mont se baseia em condições de execução específicas que complementam a instrução e o emprego do patrulheiro montado.

Art 54 - Previsão das necessidades de Policiamento As necessidades de policiamento montado de determinada área se baseia,

em primeiro lugar, na necessidade de policiamento de qualquer espécie, para determinado local; em segundo lugar nas vantagens de aplicação da patrulha montada ao invés de outro tipo de policiamento, levando em conta os seguintes fatores:

- possibilidade de cobertura de setores mais extensos do que os cobertos de outra forma; (grande raio de ação);

- possibilidade de cobertura de setores que acarretem desgastes físicos desnecessários ao policiamento a pé ou desgaste material excessivo patrulhamento motorizado; (emprego em qualque terreno);

- possibilidade de cobertura de locais permanente ou temporariamente obstruidos por quaisquer motivos, que dificultem ou impeçam movimentos motorizados ou a pé; economia de combustíve1.

Figura da pagina 224 apostila Art 55 - Planejamento do Setor de Policiamento Montado O planejamento do setor de policiamento montado deve prever o seguinte: I - HORÁRIO DE MAIOR NECESSIDADE; II - MISSÃO DA FATRULHAMENTO OU DO PATRULHEIRO; III – ITINERÁRIO DE SETOR OU SUB-SETOR PROPRIAMENTE

DITO; IV- ITINERÁRIO DE DESLOCAMENTOS (QUARTE/SETOR E

SETOR/QUARTEL); V – PONTO BASE; VI- PONTO DE EMBARQUE(DESEMBARQUE) se for o casa de

transporte motorizado; VII-EFETIVO DA PATRULHA, e;

VIII- ARMAMENTO E EQUIPAMENTO Art 56-o planejamento é executado pela 3ª Seção em ligação com a P/3 -

UOpt apoiada ou mediante determinação do Cmt/U Mont e/ou escalão superior (CPA, CPC " e EM), da seguinte forma:

I - estudo das condições do local a ser coberto com vistas aos seguintes elementos;

- TERRENO; - CONDIÇÕES DE VISIBILIDADE; - INCIDÊNCIA CRIMINAL LOCAL; - CONDIÇÕES DE TRANSITO; - ITINERÁRIO DO SETOR (3 possibilidades); - LOCAIS QUE PODERÃO SERVIR DE PONTO BASE;

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- PONTOS QUE PODERÃO SERVIR PARA DESEMBARQUE E EMBARQUE.

II - concluído o estudo fica estabelecido o planjainento indicando: - HORÁRIO DE POLICIAMENTO; - MISSÃO; - SETOR (obedecendo a mão de trânsito local) - ITINERÁRIO DE DESLOCAMENTO (obedecendo mão de

trânsito local); - PONTO BASE(em local que não perturbe trânsito); - PONTO DE EMBARQUE (DESEMBARQUE) ; - EFETIVO; - ARMAMENTO E EQUIPAMENTO; e, - NECESSIDADES LOGÍSTICAS (ração de homens e animais, se for o

caso). Art 57 - Supervisão será intensa e executada pelos seguintes elementos: I - Oficial superior ou capitão da U Mont em qualquer Z P Mont, em

vtr/rd; II - Oficial subalterno ou sub-tenente que também comanda cada Z P

Mont, em vtr/rd; III - Sargento ou cabo que também comanda cada St Ptr Mont a cavalo; e, IV - Oficial ou graduado de supervisão da UOp apoiada. Art 5 8- Comunicações Para ser bem executado o PON Mont e/ou POT Mont deve dispor de uma

rede radio que permita comunicações rápidas entre os elementos empenhados inclusivepara facilitar o apoio:

I - Cada Ptro Mont será equipado com rádio-portátil de modo que possa se comunicar com outros Ptro Mont, com o Cmt St Ptr Mont , com o Cmt/ZPMont e com o Oficial Supervisor P Mont;

II - Os oficiais supervisores e Cmts/Z PMont , em vtr/rd estarão em condições de operar com os Ptro Mont e com o COPOM da área, no caso do equipamento pertencer a mesma faixa ; caso contrário deverão dispor, também, de equipamento portátil; e,

III - Qualquer apoio será solicitado via/rd ao Cmt/Z PMont e ao Oficial Supervisor; também via/rd e/ou via/tel, o Supervisor tomerá as medidas necessárias.

Art 59 - Apoio ao Ptr Mont São considerados apoios obrigatórios ao patrulhemento montado os

seguintes: I - Oriundos do RPMont; - transporte de animais e tropa; e, - socorro veterinário.

II - Oriundos da UOp apoiada: - auxílio de RP (ocorrência comum-conduzir a DP) ; - auxílio de APTran (ocorrência de trânsito) ; - transporte de presos; e, - socorro médico. III - Os apoios da UOp apoiada são necessários para que seja

mantida a mobilidade de PON Mont e/ou POT Mont impedindo que o Ptro Mon\ fique detido muito tempo em ocorrência e/ ou tenha que conduzir presos ou detidos à DP. Iniciada a ocorrência, o Cmt St Ptr Mont comunica via/rd ao Cmt Z Ptr Mont ou ao Of. Supervisor indicando o tipo de apoio que é necessário no local.

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SEÇÃO V ANDADURAS

Art 60 - As andaduras são: I - passo; II - trote ; e , III - galope. § 1º - O passo é a andadura normal utilizada pela patrulha montada

ao percorrer o seu setor de policiamento, devendo ser utilizado também nos deslocamentos quartel/setor e setor/quartel.

§ 2º - O trote é a andadura utilizada pela patrulha mon tada nos deslocamentos quartel/setor e setor/quartel (se for determinado) , nas passagens por cruzamentos de trânsito intenso e no atendimento a ocorrências. Esta andadura é normalmente utilizada, entremeada com períodos de passo, conforme o planejamento determinado.

§ 3º - O galope somente é utilizado para o atendimento de ocorrências pela patrulha montada, quando deslocando-se em terreno que permita tal andadura.

SEÇÃO VI CUIDADOS COM OS ANIMAIS

Art 61 - Todos os elementos empregados no policiamento a cavalo devem ter o máximo de cuidados, com suas montadas.

Quando a patrulha atinge o seu ponto-base, os cavaleiros devem: I - VERIFICAR O ENCILHAMENTO; II - VERIFICAR O FREIO; III - PASSAR UM PANO NOS OLHOS E NAS NARINAS DO ANIMAL; e, IV - VERIFICAR OS PÉS E AS FERRADURAS. § 1º - Em caso de acidente o cavaleiro deve procurar prestar primeiros

socorros de modo a aliviar o animal até a chegada do socorro veterinário de sua Unidade, que deve ser imediatamente solicitado.

§ 2º - Durante o policiamento, o cavaleiro conduz sua montada com atenção, prestando o máximo de atenção no caminho a percorrer, procurando evitar tudo que possa produzir ferimentos nos pés, quedas, etc.

§ 3º - Se tiver de conduzir sua montada em transporte motorizado deve retirar a cabeçada, a espada, o mosquetão (se for o caso) e colocar no animal a cabeçada de prisão ou buçal com rédeas ; a barrigueira é apenas ajustada o suficiente para que a sela não se desloque e ajustada definitivamente apôs o desembarque.

SEÇÃO VII ARMAMENTO E EQUIPAMENTO

Art 62 - Conforme seja previsto no planejamento do policiamento, o armamento será em princípio espada e revolver, podendo no entanto a patrulha ser armada também de mosquetão.

Cada sela deve ser complementada para conduzir porta mosquetão, porta - espada, balde de lona para agua, bornal de ração, alforge, bolsa de ferraduras e os respectivos malotes (dependendo do planejamento).

Cada cavaleiro poderá conduzir cantil com água e ração para si e para sua montada (dependendo do planejamento). Tais prescrições se aplicam nos casos de policiamento muito longe da sede da Unidade ou de grande duração.

SEÇÃO VIII

PROCEDIMENTOS DO PATRULHEIRO

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Art 63 - No patrulhamento desloca-se sempre ao passo, sem se movimentar sobre as calçadas, gramados, pisos escorregadios , etc. , sempre junto as calçadas, conduzindo sua montada com atenção, evitando que o animal se acidente, sem no entanto desviar sua atenção da missão de policiar. Quando em dupla os patrulheiros se deslocam tanto quanto possível, lado a lado, cabendo a direita ao mais graduado e/ou mais antigo. Durante o patrulhamento o patrulheiro se mantém na posição prevista na escola do cavaleiro a cavalo com as rédeas ajustadas, seguras pela mão esquerda.

Art 64 - No ponto-base-o patrulheiro apeia e verifica as condições de sua montada conforme prescrito em 9.6, sem diminuir sua atenção da missão de policiar, sendo permitido o descanso de dez a quinze minutos após sessenta minutos de patrulhamento. Quando em dupla, apeia um patrulheiro de cada vez permanecendo o outro montado.

Art 65 - Em caso de ocorrência o patrulheiro isolado não apeia, solicita auxílio pelo radio e somente a. peia ao receber o reforço. Quando em dupla, apeia o Cmt da patrulha deixando sua montada com o guarda-cavalo (segundo patrulheiro}. Sempre que tiver de apear para ocorrência, o patrulheiro o faz armado de espada, uma vez ciente da ocorrência o patrulheiro solicita apoio necessário pelo radio conforme previsto em 9.4.5 e 9.4.6.

Art 66 - Condução de presos e/ou detidos, será executada por viatura própria da UOp apoiada. Ao efetuar prisões e/ou detenções, o Ptro Mont não conduz os presos e/ou detidos, solicitando apoio para tal fim via rádio. Somente em casos especiais o Ptro Mont conduz preso e/ou detido, mediante ordem superior.

Art 67 - Revista de suspeito é executada, um Ptro Mont que se com a espada desempainhada e procede a revista conforme preconizado na Instrução Policial, observado e apoiado por pelo menos um outro Ptro Mont que permanece a cavalo, empunhando a sua arma de fogo regulamentar.

Art 68 - Em caso de acidente com o patrulheiro e/ou com sua montada o mesmo solicita auxílio via rádio ao Cmt St Ptr Mont que tomará as providências necessárias.

Art 69 - Procedimento ao ser supervisionado: Ao ser supervisionado por superior hierárquico a cavalo, permanece

montado e se apresenta declinando a graduação, RG e nome de escala, informando o número de sua montada e a designação de seu local de serviço.

Ex: Soldado 71718 ASTRUBALD0- 1º Esqd - Montando o cavalo, (égua) 1021 do 1º Esqd - de serviço no Sub Setor nº 10 do Setor 121 da ZPMont W.

Era seguida entrega sua papeleta e responde pronta e precisamente à todas as perguntas do Supervisor.

No caso do Supervisor se encontrar em viatura ou a pé, o Ptro Mont apeia para apresentação da forma acima conduzindo sua montada conforme preconizado em 6. ELEMENTOS DE EQUITAÇÃO.

Art 70 - Procedimento do Patrulheiro no POT Mont Quando na execução de POT Mont os Ptro Mont devem estar equipados e

postados de maneira que possam ser facilmente vistos por todos que tramitam pela via. Devem montar cavalos extremamente calmos e dóceis, que trabalham com nó nas rédeas, de modo a permitir maior liberdade de movimentos normais do patrulheiro. O patrulheiro no POT Mont executará melhor sua missão se a sua montada atender somente a pressão das pernas ; as rédeas servirão apenas para indicar mudanças de direção do animal.

§ 1º - A regulamentação eficiente do trânsito necessita que um sistema apropriado de sinalização manual seja empregado, para indicar a direção e transmitir ordens aos motoristas. O cumprimento rápido e eficiente dos sinais , depende bastante de sua natureza. Devem eles ser uniformes, claramente visíveis e rapidamente compreensíveis e obedecer à sistematização detalha da deste manual. Os sinais inapropriados causam confusão, hesitação e transgressão que tornam o trabalho do policial do trânsito mais difícil e menos eficiente.

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§ 2º - Os sinais devem ser feitos militarmente e de modo preciso, em todas as ocasiões, obedecendo, sempre, ao sistema regulamentar. Eles são dados por movimentos de braços e por luzes especiais utilizados, à noite. O apito é empregado para chamar a atenção, dar avisos de transgressões cometidas e alertar os motoristas , quando a corrente de trânsito tenha de mudar de direção. As instruções verbais são ministradas, somente, quando se falar, diretamente ao motorista ou a um passageiro que solicite informações. Os policiais não devem transmitir instruções em altas vozes , quando puderem fazê-lo pelos sinais apropriados.

§ 3º —Quando dois ou mais homens estiverem trabalhando, em um cruzamento, cada um fará, somente , os sinais que forem necessários ao cumprimento de sua missão. Geralmente, um deles será desiginado, para dar os sinais que regulam o movimento das correntes de trânsito e os outros auxiliam, confirmando estes sinais convenientemente, as correntes interessadas.

§ 4º - O Ptro Mont no serviço de POT Mont deverá se posicionar sempre no centro da via ou, se possível no centro do cruzamento, evitando se colocar sobre as calçadas, refúgios, faixas de segurança, etc. que .impeçam ou dificulte os movimentos dos pedestres. A missão do Ptro Mont não se restringe somente à circulação de veículos mas envolve também a segurança de pedestre.

§ 5º - Conduta no serviço de sinalização 1) Os sinais que indicam mudança na direção da corrente são precedidos

por um silvo de apito, para fazer parar a corrente que se movimentava e por outro, quando tiver que avançar o outro que estava esperando.

A fim de atrair a atenção de um motorista que deixou de obedecer as regras de trânsito, alguns silvos de apito, curtos e destacados serão dados e seguidos ou pelo necessário sinal com os braços ou por instruções verbais. Os sinais "PARE" e "SIGA" são dados separadamente e nesta ordem.

2) 0 patruiheiro não fará avançar a correntecfe trânsito que espera enquanto o cruzamento não tiver desembaraçado e ele não estiver seguro de que a corrente de trânsito que se aproxima e vai ser parada, pode obedecer ao seu sinal, antes de entrar no cruzamento ou ultrapassar uma determinada linha.

Figura da pagina 232 apostila E importante que a velocidade e a distância sejam estimadas

criteriosamente, a fim dé que seja dado o sinal de "PARE" a viatura cuja a velocidade não lhe permita obedecer a ordem, ou quando, em virtude da distância,tal obediência possa acarretar colisões entre as viaturas da corrente que deve parar. Os sinais serão mantidos , até que o policial esteja seguro de que foram entendidos e cumpridos pelos motoristas.

3) As viaturas que se aproximarem de um cruzamento , em direção transversal à que está com o caminho livre, será dado o sinal "PARE" , se já não houver outras viaturas paradas, neste momento. 0 sinal de "SIGA", não precisa ser repetido continuamente enquanto uma corrente de viaturas se movimenta, sem interrupção em obediência a esse sinal. As viaturas que se aproximarem, após um intervalo da corrente será dado o sinal conveniente, pois é provável que o motorista não tenha certeza daquilo que deve fazer. Os sinais de "SIGA" continuados são desnecessários e fatigantes e, também podem ser tomados por engano, como sinais para aumentar a velocidade. Serão dados, portanto, somente como foi acima

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indicado ou evidentemente , quando for necessário a manutenção regular do movimento através do cruzamento.

4) Sinalização durante o dia: a) POSIÇÃO NORMAL COM AS CORRENTES “A” e "B" EM

MOVIMENTO. Procedimento:- rédeas na mão esquerda, braço direito caído ao lado do

corpo; postado no centro da via cujas correntes estão paradas. b) POSIÇÃO NORMAL COM AS CORRENTES "C" e "D" EM

MOVIMENTO. Procedimento:- igual ao anterior. FIGURA DA PAGINA 233 APOSTILA

c) PARADA OBRIGATÓRIA EM TODOS OS SENTIDOS.

Procedimento:- rédeas na mao esquerda; braço direito erguido verticalmente, mão direita espalmada com os dedos unidos; palma da mão direita voltada para a frente; posta do no centro do cruzamento , se possível ou no centro da via onde o trânsito está parado.

Figura 01 da pagina 234 apostila d) PARADA DE TODOS OS VEÍCULOS DAS CORRENTES

"A" e "B". Procedimento:- no momento oportuno avança sua montada

transversalmente à via que vai determinar a parada; rédeas na mão esquerda; braço direito erguido verticalmente; mão direita espalmada dedos unidos ,palma da mão voltada para a direita. Cumprida a ordem permanece no centro da via onde parou o trânsito de frente para a via com veículos em movimento.

Figura 02 da pagina 234 apostila e) PARADA DE TODOS OS VEÍCULOS DAS CORRENTES “C” e “D” Procedimento:- igual ao anterior.

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Figura 03 da pagina 234 f) PARADA DOS VEÍCULOS DA CORRENTE "A". Procedimento: postado nocentro da pista com sua montada de frente para

o lado de onde vem os veículos a serem parados; rédeas na mão esquerda, braço direito erguido horizontalmente com a mao direita aberta, dedos unidos palma da mão direita voltada para a frente.

Figura 04 da pagina 234 g) PARADA DE VEÍCULOS DA CORRENTE "D" Procedimento:- postado no centro da pista com sua montada de frente para

o lado de onde vem os veículos a serem parados ; rédeas na mão direita ; braço esquerdo erguido horizontalmente com a mão esquerda aberta, dedos unidos; palma da mão esquerda voltada para a frente.

Figura 01 da pagina 235 apostila

h) SITUAÇÃO NORMAL NO CENTRO DO CRUZAMENTO (SE

FOR POSSÍVEL) Procedimento:- idêntico aos dos números 1 e 2. Figura 02 da pagina 235 apostila i) "SIGA" PARA AS "CORRENTES " C" e "D" Procedimento:o cavaleiro postado como na figura 2 abandona as rédeas no

pescoço do cavalo (com nó nas rédeas) os braços na horizontal; o antebraço esquerdo é flexionado passando a mão por trás da cabeça e o direito, também flexionado, com o braço na horizontal à frente da cabeça.

Figura 03 da pagina 235 apostila j) SIGA PARA A CORRENTE "D" Procedimento:- de forma semelhante a anterior, porém com o braço

flexionado à frente da cabeça e outro estendido horizontalmente à frente da corrente que deve parar; postado no centro da via.

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figura 04 da pagina 235 apostila 5) Sinalização durante a noite:- os sinais à noite serão feitos com a

utilização de um aparelho especial para o trânsito semelhante a um bastão iluminado e que consiste de uma lanterna elétrica, com o prolongamento de cor vermelha. Uma lanterna elétrica comum pode ser utilizada, colocando-se os discos de cor apropriada. Conserva-se a luz apagada quando o aparelho não estiver sendo usado para sinalização. Os sinais dados serão da maneira seguinte:

'PARTE" . O bastão é mantido voltado para cima; depois movido varias vezes de um lado para outro, cada movimento terá a amplitude de 45º, aproximadamente, a partir da posição vertical. O sinal de "PARE" é dado às viaturas que se aproximam, quando não houver outras paradas , da mesma maneira que quando se trata de parar uma corrente de trânsito que se movimenta através do cruzamento.

"SIGA" O bastão e movido, fazendo o policial, com o braço, o sinal de "SIGA" empregado durante o dia. Os movimentos serão um pouco exagerados e repetidos mais vezesm em virtude da fraca visibilidade.

Figura da pagina 236 apostila

§ 6º - Para executar a fiscalização na documentação de porte obrigatório, o

patrulheiro deverá proceder da seguinte forma: uma vez parado o veículo a ser fiscalizado, o cavaleiro dele se aproxima, sempre pelo lado esquerdo, parando a sua montada, de tal modo que fique ao lado do motorista e dele possa receber os documentos solicitados, sem apear. É importante não esquecer as regras de abordagem, no que tange a segurança pessoal, isto é, aproximar-se e manter-se ligeiramente à retaguarda do motorista. Isto significa que o patrulheiro ao se aproximar de um veículo o faça atento a quaisquer movimento suspeite do motorista ou de acompanhantes. Ocorrendo a necessidade de encaminhamento a Delegacia Policial, o patrulheiro procede conforme o previsto em 9.8.3.

§ 7º - Para executar a notificação de um veículo infrator, o patrulheiro o fará, sempre que possível, sem apear, deve parar sua montada num lugar tal, que não lhe ofereça risco de atropelamento, já que a atenção estará mais voltada para o preenchimento do talão de infrações.

SEÇAO IX OPERAÇÕES POLICIAIS

Art 71 - Em princípio a tropa a cavalo tem condições de proceder a operações policiais de pequeno porte em zona urbana,.deslocando-se a cavalo para o local e operando a pé ficando a cavalhada abrigada em local mais seguro possível sob a vigilância de guarda -cavalos, a cavalhada deverá permanecer proximidades do local da operação de modo a que a tropa tenha condições de montar se deslocar

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rapidamente. Quando executar operações a tropa a cavalo terá o valor no mínimo de um Gp P Mont sob o comando de sargento.

§ 1º - Em caso de operações policiais de grande envergadura, em que seja

necessário cerco de area, a tropa a cavalo serã empregada essencialmente, no cerco da area de operações bloqueio das vias de acesso cabendo a penetração e vasculhamento a tropa da UOp apoida e/ou a tropa de Polícia Montada operando à pé, com apoio de elementos motorizados.

§ 2º - Quando executar tais operações a tropa montada terá o valor mínimo de um Pel Mont se o comando de oficial subalterno.

Figura da pagina 238 apostila

CAPITULO XV

CONTROLE DE DISTÚRBIOS GENERALIDADES

SEÇÃO I

Art 72 - A UMont e/ou qualquer de suas frações (Gp, Pe1, Esqd) constitue essencialmente um elemento de choque , de emprego a cavalo, destinado a dispersão rápida de manifestantes hostis e/ou varredura de determinada área. Suas frações a cavalo operam isoladas, com apoio e/ou em apoio a tropas de choque motorizadas ou a pé, da própria Unidade ou de outra UOp, dispondo-se em formações ou dispositivos em função da missão e do espaço disponível de terreno para manobras.

Art 73 - Formações Entende-se como formações de uma tropa mon tada em operações de

controle de distúrbios aquelas oriundas dos exercícios de ordem unida a cavalo que possam ser empregadas para deslocamentos e para varredura de determinada área.

Art 74 - Dispositivo de choque Entende-se como dispositivo de choque de uma tropa montada todas as

formações oriundas dos exercícios de ordem unidade a cavalo ou adaptadas das formações de tropa a pé que sirvam para operações de controle de distúrbios.

Art 75 - Desenvolvimentos são as mudanças de formação para dispositivo de choque, isto é, mudança de uma formação de frente menor para uma formação de frente mais larga.

Art 76 - Rupturas são as mudanças de dispositivo de choque para formação, isto é, a mudança de uma formação de frente mais larga para uma formação de frente menor.

Art 77 - Condições de emprego O dispositivo de choque de uma tropa montada, procede a varredura dos

leitos das ruas e praças, comprimindo a massa de manifestantes para trás ou impedindo o seu acesso para determinadado ponto, ao mesmo tempo que obriga a divisão em grupos secundários formados por elementos que fogem para as calçadas; tais grupos secundários são dispersados por tropas a pé em apoio; a tropa montada, seja qual for o efetivo, é uma massa de homens a cavalo sem intervalos que arremete contra os manifestantes a uma velocidade constante e depende da andadura dos animais; é imporatnte o movimento uniforme e conjunto, a coesão e harmonia para inicialmente surtir os efeitos psicológicos e posteriormente valer a força. O movimento nunca se detém a não ser a comando; mesmo que ocorram

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quedas de manifestantes no caminho do dispositivo de choque, não pode haver mudança de direção ou variação de velocidade. O dispositivo de choque de uma tropa montada destina-se a dissolver a manifestação de qualquer maneira.

§ 1º - A missão de prender líderes é atribuída aos elementos a pé.

§ 2º - Dadas as suas características e propriedades, a tropa montada poderá atacar em qual quer ponto onde seja necessário como pode atacar núcleos de agitação sucessivos, ao longo do seu itinerário, dispersando rapidamente e perseguindo. O importante é que a massa deve ter vias de escoamento para onde será impulsionada pelo ataque do dispositivo de choque. Em face de um terreno que não permita manobras a cavalo ou lançamento de objetos que provoquem queda de animais bem como em caso de ataque com armas de fogo, a tropa montada, apeia e ataca a pé utilizando formações próprias para o caso;. (C 19-15).

Art 78 -Demonstração de Força Para -efeito de demonstração de força, ; tropa surge às vistas dos-

manifestantes numa determinada formação, desenvolvendo-se num dispositivo de choque, mediante comando, faz alto. A comando, os cavaleiros desembainham e perfilam espadas, exceto os atiradores de escol e rádio-operadores; os atiradores de escol preparam suas armas para tiro imediato. Os cavaleiros colocam escudos em posição; (se for o caso) .Para outros procedimentos normais ver C 19-15.

Art 79- Emprego dos Dispositivos de Choque Os "dispositivos de choque são as formações da tropa montada para

o controle de distúrbios. Podem ser: I -em batalha; II -em linha; III -em coluna de elementos (grupo ou pelotão) em linha; IV -ataque a cavalo (carga) ; V -em cunha, e, VI -em escalão à direita (esquerda).

§ 1º - Os dispositivos EM LINHA, EM CUNHA e/ou EM ESCALÃO A DIREITA (ESQUERDA) são formados pelo escalonamento de frações ou pelo -escalonamento de cavaleiros (de forma similar as formações de controle de distúrbios de tropa a pé).

§ 2º -Os dispositivos, EM CUNHA e EM ESCALÃO A DIREITA (esquerda) não executam o ataque a cavalo (carga).

§ 3º - O dispositivo de choque da tropa montada , de acordo com a situação enfrentada, varia com:

-objetivo provável dos manifestantes; -objetivo tático da tropa montada; -extensão da frente a cobrir; -espaço disponível para manobras a cavalo; -número de vias de acesso a serem defendidas; -números de vias de escoamento para a multidão se dispersar.; e, -efetivo provável dos manifestantes a serem dispersados Art 80 -O objetivo provável dos manifestantes influi porque a

multidão poderá se deslocar I para determinado ponto a ser defendido ou simplesmente, poderá interromper uma rua central, como também poderá se deslocar em passeata proibida visando interromper o trânsito em diversas vias, como poderá pretender o saque de casas comerciais ou depredações diversas.

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Art 81 -O objetivo tático da tropa montada, estando isolada ou com apoio de tropas a pé , para cumprir a missão do dispersar a multidao pelo choque e varredura da área a ser desimpedida poderá ser dos seguintes tipos:

I -barrar a investida de uma turba;

II -atacar a turba para dispersá-la pe- Ia varredura de uma área;

III- atacar a turba, executando a varredura em várias direções;

IV- atacar, executando a varredura e a divisão da massa; e,

V- atacar, executar a varredura e o desvio da massa para um ponto ou direção determinado.

Art 82 -A extensão da frente a cobrir influenciará no tipo de dispositivo a ser tomado de modo a que o mesmo tenha a largura suficiente para a execução da varredura, sem brechas.

Art 83 -O espaço disponível para manobras a cavalo deve ser considerado, tendo em vista , as limitações naturais do terreno no âmbito do perímetro urbano.

Art 84 -A quantidade de vias de acesso a serem defendidas originará o emprego de correspondente quantidade de elementos orgânicos da tropa empenhada em varias direçoes, assim como, a quantidade de vias de escoamento, que determinará também a quantidade de elementos a executarem a varredura em várias direções, as vias de escoamento tem também influência para ao êxito geral da varredura e dispersão efetuadas pela tropa montada na indicação da direção geral do movimento do dispositivo formado que pressionando a multidão, deverá fazê-lo em direção a essas vias de escoamento, pois de modo contrário, não será obtida a dispersão por falta de vias de escape para a massa, podendo criar pânico.

.Art 85 –O efetivo provável dos manifestante assim como suas armas, suas intenções, suas possibilidades influirão no emprego da tropa montada, determinando o seu efetivo, sua forma de ação, seu armamento, etc. (ver o manual de guerrilha e contra-guerrilha urbana e C- , 19-15) .

1 Art 86- Para outros procedimentos consultar o manual C-19-15.

SEÇÃO II

FORMAÇÕES :

Art 87 -As Formações oriundas dos exercícios de ordem unida a cavalo, em princípio usadas para deslocamentos e como base de partida para dispositivos de choque, podendo algumas eventualmente, se constituirem em dispositivos, podem ser:

I -coluna por 1, 2 e 3; II- coluna de grupos em batalha;e, III- linha de grupos (pelotões) em coluna por 1. Parágrafo único -As prescrições a respeito constam de capítulo II -

EVOLUÇÕES DAS FRAÇOES DE POLÍCIA MONTADA deste Manual.(Volume II)

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SEÇÃO III DISPOSITIVOS DE CHOQUE

Art 88 _.Os dispositivos de choque são os enunciados no art 77, volume 2, do presente manual.

Art 89 Dsipositivo de choque em batalha I- Formação:- o dispositivo e formado pela justa posição dos

elementos em batalha, na mesma linha; as esquadras .pares colocam-se à direita das esquadras ímpares; os grupos pares colocam-se à direi ta do grupo-base (1º grupo) e os grupos ímpares colocam-se à esquerda do grupo-base; os pelotões pares se colocam à direita do pelotão-base (1º pelotão) e os pelotões ímpares se colocam à esquerda do pelotão-base.

Os grupos, seção, pelotao de comando e elementos de apoio, colocam-se à retaguarda do dispositivo; os oficiais comandantes dos elementos do 1º escalão colocam-se à retaguarda do respectivo elemento que comanda.

II - Comando: - o dispositivo é constituído ao comando (elemento montado empenhado) , em batalha, (andadura) , marche!

III - Obetivo tático: - o objetivo tático -desse dispositivo poderá ser o de barrar a investida de manifestantes o de atacar a multidão, efetuando a dispersão pela varredura da determinada área, comprimindo-a para trás.

IV -Base de partida: - o dispositivo é tomado partindo-se da coluna por três. Eventualmente poderá partir de outra formação em função da situação e do terreno disponível para manobras .

Art 90 --Dispositivo de choque em coluna de elementos em linha: I -Formação:- o dispositivo é formado pela colocação em coluna dos

elementos em linha; II -Comando:- (elemento empenhado) , em coluna (de Grou pel) em

linha (andadura) , marche! III – Objetivo Tático: - o mesmo do dispositivo anterior. IV - Base de partida: - o mesmo do dispositivo anterior. Figura da página 245 Art 91 -Dispositivo de choque em linha I -Formação:- o dispositivo é formado pela justa posição dos

elementos em linha, na mesma linha, de formaçao idêntica ao dispositivo anterior. Esse dispositivo pode ser formado também pelo escalonamento de cavaleiro à direita e à esquerda de um cavaleiro-base,justapostos na mesma linha, sem intervalos, de forma análoga à prescrita para tropas a pé (C 19-15).

II -Comando:- o dispositivo é constituido ao comando: (elemento montado empenhado) , em linha, (andadura) , marche!

III -Objetivo tático:- o objetivo tático desse dispositivo poderá ser o mesmo do dispositivo anterior, com a vantagem de cobrir uma frente mais extensa que a batalha.

IV -Base de partida:- o dispositivo é formado partindo-se da coluna por três da coluna por dois ou da linha de grupo por 1.

Art 92 -Dispositivo de choque em cunha I -Formação:- o dispositivo é formado pelo escalonamento de

elementos-à direta e à esquerda do elemento-base (ver o pelotão e o esquadrão, neste trabalho, mais adiante); poderá ser formado também pelo escalonamento de cavaleiros à direita e à esquerda de um cavaleiro-base, de forma análoga prescrita para tropas a pé (C 19-15)

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II -Comando:- o dispositivo é.constituído ao comando (elemento empenhado) , e cunha; (andadura) , marche!

III -Objetivo tático:- esse dispositivo serve para efetuar a varredura dividindo a massa, a medida que a cunha penetra no meio da multidão, ao passo ou trote; e,

IV- Base de partida:- a cunha é formada .partindo-se das colunas por três, por dois, da linha de grupos por um, da linha de pelotões por um, etc(ver . o pelotão e o esquadrão).

Art 93 - Dispositivo de choque em escalão à direita(esquerda) I- Formaçãção: -o dispositivo é formado por escalonamento de

elementos à direita (esquerda) do elemento base, conforme seja o escalão à direita (esquerda) , (ver o pelotão e. o esquadrão, mais adiante) ; esse dispositivo pode ser formado também pelo escalonamento de cavaleiros à direita (esquerda) . de um cavaleiro-base, sem intervalos, de. forma análoga à prescrita para tropas à. pé (C 19-15).

Figuras páginas 247, 248, 249, 250, 251 e 252

Art 94 -Ataque a cavalo (carga) se aplica quando a tropa montada

não consegue dispersar a massa com os dispositivos de choque normais , para permitir o ataque a cavalo, além das condições do terreno serem propícias para manobras a cavalo é necessário que à retaguarda da massa existam várias vias de escoamento para a dispersão dos manifestantes, devido ao pânico que poderá tomar a multidão diante do ataque. As muitas vias de escoamento ocasionarão a dispersão em diversos sentidos e portanto a divisão enfraquecimento da massa, o ataque sendo lançado em local cujas vias de escoamento nao comportem a multidão poderá ocasionar um pânico incontrolável originando depredaçoes, ferimentos e ate morte, em grande número, podendo eventualmente servir de fator psicológico favorável aos interesses dos amotinados.

.§ lº - O ataque a cavalo (carga) poderá ser lançado e fazer alto a pequena distância (50 a l00m) da multidão, como forma de demonstração de força e, não sendo obtida a dispersao, a carga é elevada a fundo, visando à dispersão violenta de qualquer modo; a carga poderá terminar com a perseguição ou: com o entrevero entre cavaleiros e manifestantes ousados que resistam ao ataque.

§ 2º - O importante ,é que o cavaleiro procure , de qualquer modo, evitar se afastar de seus companheiros, porque isolado é presa fácil para a massa; a vantagem da tropa a cavalo reside no conjunto e não no elemento isolado. A perseguição em várias direções poderá ser feita sempre em grupos de cavaleiros.

§ 3º - O ataque poderá ser emassado ou em vagas sucessivas. No 1º caso ( ataque emassado ) a tropa ataca formada em batalha ou em linha, em uma determinada direção. No 2º caso (ataque em vagas sucessivas), a tropa ataca partindo do dispositivo de elementos em batalha (linha) , cada elemento atacando de cada vez, em direções divergentes, mantendo entre sí uma distância de 200 a 500m as direções divergentes dos diversos elementos de ataque ocasionarão a divisão dispersão da massa em diversas direções por mais de uma via de escoamento.

§ 4º- Levando em conta a direção do ataque a carga poderá ser lançada frontalmente, pelo flanco ou pela retaguarda dos manifestantes a

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serem dispersados, por toda a tropa empenhada ou por seus elementos fracionados, em ação coordenada e simultânea.

Art 95 -Disposições gerais § 1º- Geralmente nas operações dentro do perímetro urbano, devido

as limitações naturais do terreno (ruas, praças e avenidas de diferentes dimensões) , a tropa montada será empregada como efetivo mínimo de pelotão efetivos maiores serão dispostos em 2 escalões, um de ataque e outro de reserva.

2º escalão reforçará o primeiro em caso de necessidade ou atacará em direção as vias transversais. Tal fato não prejudica o que for estabelecido para ação do pelotão, no caso do fracionamento em grupos para cobrir mais de uma via de acesso.

Figura página 254. A Tropa montada poderá constituir 2º escalao de um dispositivo

cujo escalão de ataque seja de tropas a pé; no caso da tropa montada ter que passar para 1º escalão, os cavaleiros passarão pelos intervalos entre os homens a pé.

§ 2º- A varredura executada pela tropa a cavalo é levada até uma linha pré-determinada, além da qual os elementos a pé e as patrulhas motorizadas passam a operar dispersando os pequenos grupos, evitando reagrupamentos,. efetuando a limpeza de prédios, prisão de líderes e elementos procurados eventualmente poderão ser lançadas patrulhas montadas com efetivo de esquadra ou grupo para evitar reagrupamentos na desimpedida.

§ 3º - Dispositivoscom frações montadas em apoio De forma similar ao emprego de formações com fração à pé em

apoio ( C 19-15), poderão ser empregados dispositivos de choque a cavalo com apoios de tropa montada e/ou a pé. Devido a peculiaridade do emprego de cavalo, serão usados os seguintes tipos de apoio:

-apoio central: -apoio lateral: Tais apoios serão constituídos, de forma similar a preconizada para

tropas à pé. Com frações a cavalo em coluna por .1.

SEÇÃO IV EMPREGO DE FORMAÇÕES ~

Art 96- Uma tropa montada, embora destinada essencialmente ao emprego a cavalo poderá eventualmente apear e ser empregada a pé quando:

- o terreno não permitir manobras a cavalo com segurança; - os agitadores lançarem objetos que provoquem quedas nos

animais;

Figura página 256

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- os agitadores hostilizarem a tropa das janelas e terraços dos prédios; e,

- houver necessidade de empregar a potência máxima de fogo. Art 97- Em princípio, o apear deve ocorrer no ponto de reunião da

fração empenhada, podendo, no entanto, ocorrer inopinadamente devido a uma resistência inesperada dos manifestantes. Assim, normalmente a tropa apeia fora das vistas dos manifestantes e os animais são reunidos em grupos de cavalos de mão pelos guardas-cavalos e elementos de comando e serviços.

Art 98- Ao apear, a tropa montada reduz seu efetivo operacional do necessário de guardas - cavalos. No apear, os cavaleiros retiram os mosquetões e conduzem as armas automáticas, munição, granadas e tudo o que for necessario para a operaçao à pé.O atirador de fuzil-metralhador conduz a arma e uma bolsa de munição e o municiador as demais bolsas.

Art 99 -Quando a pé, a tropa usa como armamento básico o mosquetão com baioneta calada(v C 19-15) .Quando a.pé, a tropa montada é empregada nas formações próprias para operações de tropa a pé em controle de distúrbios (ver C 19..;15) .

§1º - Grupos de cavalos de mão O grupo de cavalos de mão de uma tropa montada é constituido

pelos animais reunidos. sob a guarda de guardas-cavalos e elemento de comando e de serviços, colocados no ponto de reunião.

Eventualmente concorre na segurança grupo de cavalos de mão uma guarnição de arma automática (PM ou MP) .

§ 2º -O grupo de cavalos de mão deve ficar colocado fora do alcance dos manifestantes, em local abrigado tanto quanto possível na retaguarda das tropas empenhadas na dispersão. dispersão. O grupo, poderá, sem ultrapassar os limites da segurança, acompanhar a progressão da tropa, de modo que, os animais estejam os alcance dos cavaleiros para montar rapidamente e passar a outra açao.

§ 3º- Se possível um rádio-operador deve acompanhar o comandante do grupo de cavalos de mão, em ligação com o comandante da tropa montada, para facilitar a movimentação do grupo em caso de se tornar necessário montar novamente.

§ 4º- Para abrigar os animais o comandante do grupo de cavalos de mão procura aproveitar a coberta de marquises, muros altos e paredes sem janelas. As viaturas de transporte de animais (se for o caso) ou viaturas de suprimentos poderão ser aproveitadas como abrigos também. Se possível e em caso de necessidade, de acordo com a situação, poderão ser erguidos abrigos com sacos de areia ou fardos de alfafa, cobertos com lona.

§5º -Não é permitido o trânsito na rua onde se localizar o grupo de cavalos de mão, nem de veículos nem de pedestres bem como o acesso de moradores do local, se for logradouro habitado, será controlado.

§6º- Tanto quanto possível deverão ser colocados atiradores de escol ou sentinelas armadas no alto dos prédios próximos e nas vias de acesso ao ponto de reunião, que deve ser isolado com concertinas ou outros obstáculos. -

As condições de proteção do grupo de cavalos de mao variarão em funçao do tempo que durará a operaçao e de acordo com as necessidades de movimentação ou imobilização do grupo.

Art 100 -Movimento motorizado : A tropa motorizada poderá ser transportada para o local .de.ação,

por meios motorizados, empregando caminhões de carroceria adaptada para

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transporte de animais além de outras viaturas necessárias para o transporte da tropa e suprimentos.

§1º - A coluna motorizada estacionará no ponto de reunião estabelecido para a tropa a ser empenhada, localizado a relativa distância do local da operação e suficientemente seguro para o desembarque, fora das vistas dos manifestantes.

§2º- As viaturas de transporte de animais, uma o. vez alcançando o ponto de reunião, estacionam em função do terreno disponível, . das seguintes formas:

- em coluna (de um só lado da rua); - em coluna dupla (de ambos os lados da rua); - em linha (em toda a largura da rua com a traseira para a

calçada . §3º - A tropa desembarca e se dirige para as viaturas de transporte de

animais, onde recebe suas montadas dos guardas-cavalos e logo entram em forma na formação normal de. reunião em local determinado.

§ 49 -A coluna motorizada da tropa montada é assim constituida:, - patrulha de segurança de vanguarda; - comando; - Viaturas de transporte de. tropa e cavalhada; - Viaturas de suprimentos e material; e, - patrulha de segurança da retaguarda. Os flancos são guarnecidos por patrulhas motorizadas de segurança.

.

.SEÇÃO V EMPREGO DO PELOTÃO DE POLICIA MONTADA

Art 101 -O Pelotão de Polícia Montada(Pel Pol Mol) é uma fração

orgânica do Esquadrão de Polícia Montada, considerada como unidade elementar de emprego da Unidade de po1ícia montada; deve ser organizado, equipado e instruído para cumprir missões peculiares à Unidade Montada, isolado ou enquadrado, a cavalo, em condições de eventualmente ser empregado à pé.

§ 1º -Operacionalmente, o pelotão estando isola- do, é acrescido de um grupo de comando onde são enquadrados sob o comando de sargento os seguintes elementos:

1) atirador de escol; 2) rádio-operador; 3) clarim (mensageiro) ; 4) enfermeiro; 5) ferrador; 6) tratador de montada (funciona como guarda-cavalo) ; 7) seleiro-correeiro; 8) granadeiro de gás; e, 9) sapador. - § 2º- Os elementos desse grupo de comando conduzem os cargueiros

de suprimentos (se for o caso) do pelotao ou compoem as guarniçoes das viaturas de suprimentos. Eventualmente poderá o pelotão dispor também de apoio de viaturas especiais, elementos de .metralha- doras pesadas (peça de metralhadora) , agentes de informações e outros elementos julgados necessários, de acordo com a natureza da missão a ser executada.

§ 39- Quando enquadrado, o pelotão é reforçado apenas pelos rádio-operador, atirador de escol e clarim (mensageiro) , pelo tratador de montada

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do comandante do pelotão, funcionando como mensageiro ou guarda -cavalo.

§ 4º- O pelotão normalmente, dispõe do seguinte armamento: 1) armamento individual: -espada, mosquetão, sabro-baioneta,

revólver, metralhadora de mão. (ver. quadro de distribuição).

2) armamento coletivo : Fuzil-metralhador

Art 102- -Em princípio, o pelotão é empregado sempre a cavalo na execução das missões que lhe são próprias.

Para os deslocamentos o pelotão se utiliza das formações, que também servem como base de partida para a tomada de dispositivos de choque tais como:

-coluna por três (formaçao de reuniao) ; -coluna por dois; -coluna por um; . -linha de grupo por um (formação de reunião); e, -coluna de grupos em batalha. Tais formações são próprias de Ordem Unida (ver 8. EVOLUÇÕES

DAS FRAÇOES DE POLÌCIA MONTADA). Parágrafo Único -Linha de grupos em coluna por 1 é uma formação

de reunião o de deslocamento, não prevista nos exercícios de ordem unida, normalmente empregado quando é previsto o de dispositivos de choque em LINHA, CUNHA e/ou ESCALÃO (á direita ou ã esquerda) , formados por escalonamento de cavaleiros.

É constituida pela justaposição na mesma linha dos grupos em coluna por 1, sem intervalos; o 1º grupo no centro, os grupos pares à direita e os ímpares ã esquerda.

É tomada ao comando "Pelotão, em linha grupos em coluna por 1, (andadura) Marche!

Art 103- Pelotão em batalha O pelotão normalmente entra em batalha ao comando: -Pelotão, em batalha, (andadura) , marche!

Ao comandar, o comandante do pelotão indica ao sargento Cmt do lº grupo a direção a ser seguida; a lª esquadra do lº grupo se adianta e se coloca a esquerda do sargento; a.2ª esquadra se coloca ã esquerda da lª; o segundo grupo, com as esquadras justapostas na mesma linha, avança para se colocar a direita do primeiro grupo. O sargento comandante do 2º grupo coloca-se à direita do seu grupo; o sargento comandante do 2º grupo coloca-se à direita do seu grupo; por sua vez, o 3º grupo, com as esquadras justapostas na linha se coloca à esquerda do 1º grupo; o sargento comandante do 3º grupo se coloca à esquerda do seu grupo.

Figuras das páginas 262,263 e 264

§ 1º- Nota-se pois que o homem-base do dispositivo é o sargento

comandante do 1º grupo; o grupo-base é o 1º grupo, ficando o 2º grupo à

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direita e o 3º à esquerda quanto as esquadras em batalha, a 2ª fica sempre à esquerda da lª.

§ 2º -O pelotão entra em batalha partindo de qualquer formação.. O pelotão poderá entrar em batalha frente para a direita ou para a

esquerda de sua direção de marcha, se for necessário.Para isso o comandante do pelotão comandará:

-Pelotão, em batalha frente a direita (esquerda), (andadura) , marche! .

Ao comando, o pelotão volta-se na direção indicada, com todos os grupos e esquadras . justapostos na mesma linha. .

§3º- Em qualquer caso, o grupo de comando forma à retaguarda do dispositivo , juntamente com o comandante do pelotão que fica acompanhado pelos rádio-operador, clarim e atirador . de escol. O comandante do pelotão não tem local fixo no dispositivo permanecendo onde tiver melhor ponto de observação e onde possa controlar melhor o andamento da operação.

§ 4º- Dado o comando para que o pelotão tome o. dispositivo em batalha, o mesmo continua na andadura determinada até a voz de "alto".

Art. 104. -Pelotão em linha O pelotão desenvolve-se no dispositivo em linha, partindo de

qualquer formação, ao comando: -Pelotão, em linha, (andadura) marche! -Tal dispositivo consiste na justaposição dos grupos e esquadras na

mesma linha , mantendo os cavaleiros os joelhos unidos de forma a não deixar brechas entre os animais. O homem-base do dispositivo é o comandante do 1° grupo, o grupo-base é o 1º grupo; o 3° grupo se coloca à esquerda do 1º e o 2º à direita do 1º. O 1º grupo se desenvolve em linha à esquerda do seu comandante, o 3º grupo se desenvolve à esquerda do 1º grupo ficando o comandante à sua esquerda, o 2º grupo se desenvolve a direita do 1º, ficando seu comandante à direita.

§ 1º -O grupo de comando permanece a retaguarda do dispositivo. O comandante do pelotão se coloca a retaguarda do dispositivo acompanhado pelos clarim, rádio-operador e atirador de escol, no ponto que tenha melhor observação sobre o desenvolvimento da operação.

§ 2º -O pelotão poderá se desenvolver em linha, frente para a direita ou para a esquerda de sua direção de marcha, caso seja necessário. Nesse caso, o comandante do pelotão comandará:

-Pelotão, em linha frente a direita (esquerda) ( andadura) 1 marche!

Todo o pelotão volta-se na direção indicada, com todos os grupos e esquadras justapostos na mesma linha, em linha.

Dado o comando para que o pelotão se desenvolva em linha, o mesmo continua na andadura indicada até a vóz de Alto!

Quando há previsão de emprego do dispositivo em LINHA, partindo da formação de LINHA DE GRUPOS EM COLUNA POR UM, pelo escalonamento de cavaleiros (pares à direita e- ímpares a esquerda do base) , é tomado da seguinte forma:

-o 1º grupo mantém a direção de marcha, colocando-se os cavaleiros pares à direita e os ímpares à esquerda do sargento comandante que é o base;

-o 2º grupo coloca-se à direita do 1º grupo (grupo-base) e o 3º grupo à esquerda, com seus cavaleiros procedendo da forma prevista para o 1º grupo.

Art 105 -Pelotão em coluna de grupos em linha O pelotão forma em coluna de grupos em 1inha, ao comando:-

Pelotão, coluna de grupos em linha (andadura} ,marche!

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O primeiro grupo mantém a direção de macha e desenvolve-se em linha; o 2º grupo segue seu antecessor e desenvolve também em linha; o 3º grupo procede da mesma , forma; o grupo de comando se mantém na retaguarda, em linha, o comandante do pelotão procede como no caso anterior. O pelotão entra em coluna de grupos em linha e mantém a andadura até a voz de “Alto!”: a esse dispositivo se aplicam os mesmos princípios do dispositivo anterior. Este dispositivo corresponde ao APOIO CERRADO similar a formação a pé.

Figuras da pagina 268, 269, 270, 271, 272 da apostila Art 106- Pelotão em cunha O pelotão entra em cunha ao comando: Pelotão, em cunha

(andadura) marche! Escalonamento de esquadra por três: Após o comando, na andadura indicada, o sargento comandante do

1º grupo com a esquadra, mantém a direção da marcha; a 2ª esquadra coloca-se à esquerda da lª, de modo que a primeira fileira alinhe com a 2ª fileira da lª esquadra. O sargento comandante do 2º grupo, coloca-se à direita da lª esquadra do 1º grupo, alinhando com a sua 2ª fileira seguido pela lá esquadra de seu grupo, cujo cavaleiro nº 3 o cobre: a 2ª esquadra coloca-se à direita da lá de forma que a sua primeira fileira alinhe com a segunda fileira da esquadra anterior. comandante do 3º grupo, se coloca à esquerda da 2ªesquadra do 1ºgrupo; o 3ºgrupo se coloca à esquerda de seu comandante da mesma forma prevista para o grupo. O comandante do pelotão fica no interior do dispositivo acompanhado dos clarim, rádio-operdor e atirador de escol e o grupo de comando fica em coluna por três à retaguarda. Elemento-base do dispositivo é ala esquadra do 1º grupo. As distâncias entre as fileiras consecutivas da cunha é a de 0,75m sem intervalos, os cavaleiros unidos entre si, joelho com joelho.

Parágrafo Unico - Quando há previsão do emprego do dispositivo em CUNHA, partindo da LINHA DE GRUPO EM COLUNA POR UM, pelo escalonamento de Cavaleiros, o mesmo é formado da seguinte forma:

-O sargento comandante (homem-base) do 1º grupo (grupo-base) mantém ou toma a direção indicada pelo comandante do pelotão.

-os cavaleiros do 1º grupo se escalonam, pares à direita e ímpares à esquerda do homem-base, colocando-se de modo que as cabeças das respectivas montadas correspondam à altura da espádua direita (esquerda) da montada do cavaleiro anterior.

-O comandante do 2º grupo se coloca à direita do último (nº 12) cavaleiro do 1º grupo com a cabeça de sua montada na altura da espádua direita do cavalo anterior; os cavaleiros do 2º grupo se escalonarão todos à direita sucessivamente de seu comandante de grupo.

-O comandante do 3º grupo se coloca à esquerda do último cavaleiro do 1ºgrupo ( nº 11) , com a cabeça de sua montada na altura da espádua esquerda do cavaleiro anterior; os cavaleiros do 3º grupo se escalonarão todos à esquerda sucessivamente de seu comandante de grupo.

Art 107 Pelotão em escalão à direita (esquerda) O pelotão entra em escalão à direita (esquerda) ao comando: Pelotão, em escalão à direita (esquerda) (andadura) , marche! -escalonamento das esquadras por três:

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Estando o pelotão em coluna por três, após o comando o comandante do 1º grupo (homem -base) mantém a direção de marcha na andadura indicada, seguido pela lª esquadra a 0,75m de distância, cujo cavaleiro nº 3 cobre o sargento; a 2ª esquadra coloca-se à direita (esquerda) da lá esquadra de modo que sua lª fileira alinhe com a 2ª da esquadra anterior; o comandante do 2º grupo coloca-se à direita (esquerda) da 2ª esquadra do 2º grupo de forma a alinhar com a 2ª fileira dessa esquadra; a lª esquadra do 2º grupo vai colocar-se à retaguarda do comandante do grupo e à direita (esquerda) da esquadra anterior, devendo seu cavaleiro nº 3 cobrir seu comandante de grupo: a 2ª esquadra do 2º grupo coloca-se à direita (esquerda) da lª esquadra, com sua primeira fileira alinhando com a segunda da esquadra anterior: o 3º' grupo coloca-se à direita (esquerda) do 2º grupo da mesma forma prevista para aquele. O comandante do pelotão à companhado pelos clarim, rádio-operador e atirador de escol colocar-se-á à retaguarda do dispositivo formado. As distâncias entre cada fileira constitutiva do escalão é também.0,75m e os cavaleiros são unidos dos entre sí, joelho com joelho.

Figuras das paginas 275 e 276

Quando há previsão de emprego do dispositivo em ESCALÃO à direita (esquerda) , partindo da LINHA DE GRUPOS EM COLUNA POR ,UM, pelo escalonamento de cavaleiros mesmo é tomado da seguinte forma;

-O sargento comandante (homem-base) 1º grupo (grupo-base) mantém ou toma direção indicada pelo comandante do pelotão;

-Os cavaleiros do 1º grupo se escalonam seguidamente à direita (esquerda) de se comandante, de modo que as cabeças das, respectivas montadas correspondam as e espáduas do cavalo anterior;

-Os cavaleiros do 2º e 3º grupos se escalonarão à direita (esquerda) sucessivamente dos respectivos comandantes;

-Os grupos (2º e 3º) se sucedem em escalão à direita (esquerda) do 1º grupo.

Art .108 Dispositivos com apoio:

O pelotão poderá formar em .LINHA, CUNHA. e/ou ESCALÃO (à direita ou a esquerda com os dois grupos em apoio CENTRAL e LATERAL , em função da situação e do terreno disponível para manobrar. O dispositivo com apoio será tomado à comando:

. -Pelotão, tal grupo (ou grupos) , em (dispositivo). Tal grupo (ou grupos) , em apoio (central ou lateral) , (andadura) , marche! Os dispositivos com apoios serão sempre os formados pelo escalonamento de cavaleiros pares e ímpares, à direita e à esquerda de um base.

Os dispositivos com apoios podem ser: I) -EM LINHA: -1 grupo em linha com 2 grupos em apoio central; -2 grupos em linha com 1 grupo em apoio central; -1 grupo em linha com 2 grupos em apoio lateral; -2 grupos em linha com 1 grupo em apoio lateral (à direita) ; -2 grupos em linha com 1 grupo em apoio lateral (à esquerda). II) -EM CUNHA: -1 grupo em cunha com 2 grupos em apoio central;

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-2 grupos em cunha com 1 grupo em apoio -central; -1 grupo em cunha com 2 grupos em apoio lateral; -2 grupos em cunha com 1 grupo em apoio lateral (à direi ta) ; -2 grupos em cunha com l grupo em apoio lateral (a esquerda) III) -EM ESCALÃO A DIREITA {ESQUERDA) -1 grupo em escalão à direita (esquerda) , com 2 grupos em apoio

central; -2 grupos em escalão à direita (esquerda ), com 1 grupo em apoio

central; -l grupo em escalão à direi ta (esquerda) ; com 2 grupos em apoio

lateral; -2 .grupos em escalão à direta. (esquerda com l em apoio lateral (à

direita e,) - 2 grupos em escalão à direita (esquerda) com 1 grupo em apoio

lateral (à esquerda). Figuras da Paginas 279 e 280 Nos dispositivos de choque a cavalo do pelotão, o apoio CERRADO

similar as tropas à pé (C19-l5) não é usado, sendo substituído pelo dispositivo de "coluna de grupos em linha".

Art 109 -Ataque a cavalo (carga) Se a dispersão da massa não é obtida pelo emprego dos dispositivos

de choque, o pelotão poderá atacar a cavalo, usando os dispositivos em batalha ou em linha.

Estando o pelotão em batalha ou em linha ao comando: "Preparar para a carga:" Dado antes da linha de onde partirá o ataque, os cavaleiro, tomam o

galope, mantendo a formação, com a distância e intervalos usuais; os atirado de arma automática e seu remunciador ficam para trás com o grupo de comando; cavaleiros da lª fileira do dispositivo mantém as espadas na posição em guarda e, os demais mantém as espadas perfiladas. quando o pelotão chegar a distância de 50 a 60 metros da massa o comandante comanda "Carga: " , que é repetido por todos os cavaleiros, cada qual alargando ao máximo o galope de sua montada,

Figuras da paginas 282 e 283 da apostila O ataque termina com a perseguição de manifestantes lançados em

fuga ou eventualmente com o corpo a corpo com os mesmos, quando se emprega a espada no ataque e na defesa. (ver manejo de espada).

Para terminar a perseguição, o comandante manda o clarim tocar "Reunir". Os cavaleiros se dirigem para o ponto de reunião indicado, entrando na formação que for determinada, obedecendo a sua colocação normal.

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Durante o ataque o comandante do pelotão poderá comandá-lo na frente do dispositivo como também permanecer a retaguarda, dirigindo o ataque.

Art 110 -Emprego do Pelotão a pé Conforme a situação apresentada poderá o pelotão apear para

emprego a pé. Ao apear, estando o pelotão isolado, os guarda-cavalos reunem os

animais formando o grupo de cavalos de mão cujo comando o sargento comandante do grupo de comando assume, indicando as medidas de segurança necessárias para a proteção dos animais.

0 comandante do pelotão determina qual o armamento, munição e material deverá ser conduzido o atirador de o fuzil metralhador e uma bolsa de munição e o municiador conduz duas bolsas.

0 pelotão forma a pé em linha de grupos em coluna por um, ficando com o efetivo desfalcado dos guarda-cavalos: normalmente há um guarda-cavalos por esquadra, número que poderá aumentado para dois por esquadra conforme decide o comandante do pelotão.

Uma vez. reunido a pé, o pelotão movimenta-se em direção a massa a ser dispersada armado com mosquetão com baioneta calada (ver emprego do mosquetão) em passo ordinário, na formação de reunião passando a adotaras formações normais para controle de distúrbios (ver C 19-15).

O grupo de cavalos de mão poderá acompanhar a progressão do pelotão, mantendo as condições de segurança dos animais , de modo que a tropa possa montar rapidamente, se necessário

Art 111 - 0 Pelotão e a Segurança 0 pelotão poderá ser empregado na segurança de outras tropas assim

como poderão prover a sua própria segurança, quando isolado. § 1º - Segurança do Pelotão A segurança do pelotão ê feita, conforme os meios à disposição do

comandante do pelotão, por: - patrulha montada ou motorizada na vanguarda ; - patrulha montada ou motorizada nos flancos; - patrulha montada ou motorizada na retaguarda. Eventualmente, poderá a segurança do pelotão ser executada por

helicópteros de observação (ver manual de guerrilha urbana-IGPM). Os elementos de segurança devem manter ligação pelo radio com o comandante do pelotão. Os elementos de segurança; sejam motorizados ou montados se militam a observar e informar, nunca se aproximando de manifestantes, para não serem envolvidos pela massa. Quando a segurança for executada por patrulhas montadas as mesmas, compostas por dois cavaleiros, serão formadas por elementos do próprio pelotão. Quando a segurança for exe-cutada por patrulhas motorizadas, as mesmas serão as destacadas para apoio do pelotão.

§ 2º - Pelotão na Segurança O pelotão poderã ser designado para executar a segurança de uma

tropa montada (esquadrão ou de outras tropas de Policia Militar), porque a segurança é uma das missões própria da Unidade Montada.

Quando na segurança, o comandante do pelotão distribui seus grupos ou esquadras da seguinte forma:

- Um grupo ou esquadra em cada flanco; - Um grupo ou esquadra na retaguarda; O restante do efetivo do pelotão faz a segurança na vanguarda, sob o

comando do próprio comandante do pelotão, que por sua vez lança patrulhas de segurança na forma vista anteriormente. A 2ª esquadra do 1º grupo marcha sempre na vanguarda.

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0 pelotão na segurança observa e informa o comando da tropa evitando tanto quanto possível o contato com os manifestantes; se os manifestantes representarem uma ameaça imediata à tropa, o elemento de vanguarda toma posição num dispositivo de forma a barrar a passagem; os elementos de segurança nos flancos informam e recuam em direção a tropa , dando tempo a que a massa se prepare para o choque; igual procedimento toma o elemento de segurança da retaguarda.

Se a ameaça partir de pequenos grupos de manifestantes, o elemento de segurança poderá dispersá-los rapidamente mediante ordem de comando da tropa, ou de comandante do pelotão de segurança.

§ 3º - Tanto quanto possível, quando se tratar de segurança da tropa montada, os elementos, de segurança deverão ser formados com atiradores de escol montados, principalmente durante deslocamentos ao longo de logradouros dominados por altos edifícios.

§ 4º - Para maiores detalhes, consultar os C 19-15 e manual de guerrilha e contra-guerrilha urbana (IGPM) .

Art 112- - 0 Pelotão de Reconhecimento 0 pelotão montado poderá executar missões de reconhecimento,

em favor de outras tropas montadas ou tropas de Polícia Militar, em áreas em que se prevê a eclosão de agitações.

Nessas missões o pelotão poderá: - reconhecer e informar; - assinalar locais de prováveis agitações; - dissolver pequenos grupos; - manter todas as pessoas em movimento, evitando

aglomerações; - perseguir agitadores isolados; - hostilizar e eliminar franco-atiradores ; - assinalar barricadas e- obstáculos; e, - assinalar terrenos perigosos para a passagem dos animais Durante o reconhecimento, tanto quanto possível, o pelotão evita o

choque com manifestantes e caso não possa evitar, informa o comando da tropa que o segue e entra em ação na forma já prevista para as operações do pelotão montado, (para maiores detalhes ver C 19 -15 e manual de guerrilha e contra-guerrilha urbana-IGPM) .

0 pelotão poderá executar o reconhecimento também em áreas onde a ordem tenha sido normalizada, evitando o reagrupamento. Nesse caso atuará por patrulhas formadas por esquadras ou grupos, conforme a decisão do comandante do pelotão (ver C 19-15).

Art 113 - 0 Pelotão na Ocupação e Defesa de Pontos Sensiveis. Quando empregado na ocupação e defesa de pontos sensíveis, bem

como na retomada de tais pontos, eventualmente ocupados por agitadores , o pelotão poderá operar montado ou a pé, conforme se apresentar a situação, obedecendo ao que ficou estabelecido para os dois casos (ver também C 19-15) e manual de guerrilha e contra-guerrilha urbana-IGPM) .

Art 114 - 0 Pelotão na Defesa de Instalações Vitais Quando na defesa de instalações vitais, o comandante do pelotão

prevê também a segurança dos animais do pelotão, (ver C 19-15 e manunal de guerrilha e contra-guerrilha urbana -IGPM) .

Art ".115- 0 Pelotão na Defesa de Localidade Em tais casos o pelotão operará de acordo o previsto nos manuais

C 19-15 e guerrilha, contra-guerrilha urbana (IGPM) aplicando também o que for possível disposto no C 31-50 e em outros manuais de Cavalaria, principalmente no tocante a animais.

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SEÇÃO VI

EMPREGO DO ESQUADRÃO DE POLÍCIA MONTADA Art 116 - Considera-se unidade tática de polícia montada o

Esquadrão de Policia Montada que, sendo sub-unidade orgânica da Unidade Montada, possui em germe, todas as características, pro-priedades e servidões da Unidade Montada. 0 esquadrão é unidade base de manobra da Unidade Montada, sendo essencialmente flexível, móvel, rápido e capaz para desempenho de suas missões.

§ 1º - Quando empregado em missões de choque o esquadrão dispõe de todos os meios de que necessita, enquadrados na sua estrutura orgânica:

- secão de comando; e, - 4 pelotões de polícia montada. Os elementos da seção de comando conduzem os cargueiros de

suprimentos ou compõem, as guarnições das viaturas do esquadrão. § 2º - Eventualmente, poderá o esquadrão receber o apoio de

viaturas especiais, de elementos orgânicos do PMP, sapadores, atiradores de escol, agentes de informações e outros julgados necessários, de acordo com a natureza da missão a ser executada, montados ou motorizados. Tais elementos de apoio reforçam a seção de comando do esquadrão.

§ 3º - O esquadrão normalmente dispõe do seguinte armamento: - armamento individual:- espada, mosquetão, sabre-baioneta,

revólver, metralhadora de mão; (ver quadro de distribuição de armamento).

- armamento coletivo:- fuzil-metralhador ou metralhadora ou metralhadora pesada.

Art .117 - O esquadrão deve ser empregado sempre montado, na execução das missões próprias da Unidade Montada. Para o seu emprego no controle de distúrbios ou na ação contra guerrilha urbana, utiliza-se de dispositivos e de formações de forma similar ao previsto para o emprego do pelotão.

Art 118 - Considerando que qualquer dispositivo de choque de um esquadrão a cavalo terá largura e profundidade consideráveis, necessitando por tanto de um grande espaço para manobras , o que dificilmente será encontrado no âmbito do perímetro urbano, normalmente o esquadrão será empregado escalonado, com um ou dois pelotões em 1º escalão e o restante do efetivo em reserva, ou ainda com os três pelotões em locais diferentes mas em ação coordenada pelo comando do esquadrão. Nesse caso, os pelotões, embora enquadrados, adotarão dispositivos de choque próprios (ver emprego do pelotão montado).

SEÇÃO VII

EMPREGO DO REGIMENTO DE POLÍCIA MONTADA

Art 119 - Segue os mesmos princípios previstos para esquadrão de Polícia Montada e se baseia nas operações executadas por seus esquadrões pelotões.

CAPITULO V

MOVIMENTOS E ESTACIONAMENTOS Os movimentos de uma UMont podem ser: I - à pé ou marchas; e, II - transportados. Os movimentos transportados são:

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Ferroviarios a) movimentos terrestres Motorizados Fluviais b) movimentos aquáticos Lacutres Maritimos c) movimentos aéreos.

SEÇÃO I MOVIMENTOS TERRESTRES

Art 12 0 - Definição Nos movimentos terrestres são usados as seguintes: I - Balizador, balizamento é o cavaleiro, sinal ou letreiro

colocado em um ponto crítico para indicar uma localização, direção, procedimento ou obstáculo.

II - Coluna é uma ou mais unidades de marcha, grupamento sob um comando único, que utilizam a mesma estrada para seu deslocamento.

III - Comandante de coluna é o cavaleiro mais graduado da coluna ou o designa do para exercer o comando da marcha.

IV - Distância é o espaço entre as unidades de marcha medido da cauda de uma à testa da seguinte.

V - Escoamento é o tempo necessário para uma coluna ou parte dela passar por um ponto determinado.

VI - Gráfico-itinerário é a carta, calco ou esquema indicando a estrada a ser seguida; pode ser dado sob a forma de uma seção ou faixa cortada ou reproduzida de uma carta.

VII - Gráfico de marcha é um diagrama do tempo e espaço usado no planejamento e controle das marchas, na preparação e verificação dos quadros de marcha.

VIII - Guarda é o pessoal colocado em pontos perigosos do itinerário como, passagens de nível, para evitar acidentes.

IX - Guia é um indivíduo que orienta uma unidade de marcha sobre uma determinada estrada ou localidade.

X - Hora de chegada é a hora que a testa da coluna ou um dos seus elementos chega a um ponto determinado.

XI - Hora de passagem da cauda é a hora em que a cauda da coluna completa a passagem por um ponto determinado.

XII - Intervalo de tempo é o intervalo entre as unidades de marcha ao ultrapassarem um ponto determinado, medido desde que a cauda de uma desimpeça certo ponto até que a seguinte se apresente no mesmo ponto.

XIII - Movimento de vai e vem é o processo de deslocar tropa em repetidas viagens usando a mesma viatura.

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XIV - Obstáculo de estrada é qualquer obstaculo que retarda ou impeça a passagem na estrada.

XV - Cerra-fila ê o oficial ou graduado que marcha na cauda da coluna.

XVI - Oficial de controle de marcha é o oficial (geralmente o comandante de colu na) que marcha à testa e regula a velocidade de marcha.

XVII - Ordem de movimento é a ordem emitida pelo comandante contendo os pormenores de um deslocamento.

XVIII - Posto de controle é o local definido de fácil identificação ao longo do itinerário no qual informações e instruções são dadas e/ou recebidas coir o fim de facilitar e/ou regular a marcha.

XIX - Ponto de embarque ou desembarque é o local definido de fácil identificação destinado à embarque ou desembarque de pessoal, material e/ou cavalhada.

XX - Ponto inicial.-CP D é o local de fáci identificação em que uma coluna o parte dela se constitui pelas sucessivas chegadas e/ou passagens dos elementos de marcha.

XXI - Ponto regulador é o local de fácil identificação, em que a coluna ou parte dela chega e é separada em grupos para atingir as posições de reunião, estacionamento embarque ou desembarque.

XXII - Profundidade da coluna é o espaço total ocupado pela coluna de marcha ou elementos dela.

XXIII - Quadro de movimentos é a relação de elementos mostrando o plano de organização geral, o tempo e espaço para execução da marcha.

XXIV - Tempo de percurso é o tempo necessário para o deslocamento de um ponto 'para outro a uma dada velocidade de marcha.

XXV - Unidade de marcha é o grupo, pelotão ou toda a UMont ou certo número de via turas (de 10 a 25 vtr) em deslocamen-to.

XXVI - Velocidade é a relação entre o espaço e o tempo gasto para percorrê-lo expressa em quilómetros.

Art 121 - Organização de uma coluna de marcha depende da situação e/ou missão e das normas estabelecidas para circulação e controle do transito que possa efetuar o movimento.

As colunas devem ser organizadas em unidades de marcha para facilitar seu controle pelo oficial de controle da coluna, pelo cerra-fila, comandantes de unidades de marcha e pessoal de controle de trânsito ao longo do itinerário.

§ 1º - Destacamento precursor é o grupo que tem por missão reconhecer, facilitar o trânsito, desobstruir o itinerário, estabelecer o balizamento do itenerário em proveito da marcha assim como preparar o estacionamento.

FIGURA DA PAGINA 293

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(1) O grupo de itinerário é encarregado de reconhecer e

facilitar o desloca mento da tropa ao longo do itinerário de marcha. a) - A turma de reconhecimento e encarregada de obter informes

sobre o itinerário e balizá-lo. b) - A turma de trânsito guarnece os locais críticos de modo a

orientar o trânsito local e o deslocamento da unidade de marcha. c) - A turma de sapadores é encarregada de eliminar e/ou

remover obstáculos ao deslocamento. (2) 0 grupo de estacionamento tem por missão escolher,

dividir e repetir as áreas de estacionamento ou reunião, locais de reunião da cavalhada.

§ 2º - Turma de inspeção se deslocará apôs a coluna de marcha e tem por missão inspecionar os locais de estacionamento e os locais de "alto", apôs serem abandonados pela coluna de marcha corrigindo danos causados , efetuando a limpeza necessária, con duzindo homens e/ou animais incapa-citados para a marcha que tenham ficado para trás , recolhimento de ba-lizadores , guias, guardas e sinais.

§ 3º - As prescrições acima se aplicam a todos os tipos de movimentos terrestres da UMont, seja qual for o objetivo e/ou missão (instrução, desfile, emprego em ptro mont e locais afastados da sede, emprego em controle de distúrbios) , motivo porque deve existir sempre na Unidade um Plano atualizado a respeito, com todas as hipóteses de movimentos de um RPMont em qualquer escalão de emprego (patrulha de policiamento, piquete, força de choque, pelotão, esquadrão), dentro da situação de meios logísticos , de pessoal e cavalhada da Unidade.

Art 122. - Marchas a cavalo são os deslocamentos realizados por uma UMont ou por suas frações (pelotão, esquadrão) a cavalo com fins de instrução e/ou em prego.

A velocidade e a extensão das etapas de marcha variam com: - o terreno; - o estado e natureza das estradas ; - o treinamento de cavaleiros e animais ; - o estado dos animais; - as condições atmosféricas ; e, - a missão recebida. Quando convenientemente exercitados, cavaleiros e cavalos, pode-se

se manter, em estradas, a velocidade de 8 a 9 Km/h, fazendo-se etapas diári-as de 40 a 50 Km.

§ 1º - Para que se tenha condições de projetar a UMont ou uma de suas frações em um deslocamento a cavalo (marcha) para um ponto determinado em tempo útil para o cumprimento da missão e com homens e animais em condições de pronto emprego são necessárias determinando: (Choque , pelotão, esquadrão), dentro da situação de meios logisticos, de pessoal e cavalhada da Unidade.

Destacamento percurso

Grupo de Itinerário Grupo de estacionamento

Turma de reconhecimento

Turma de trânsito Turma de sapadores

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Art 123 - Marchas a cavalo são os deslocamentos realizados por uma UMont ou por suas frações (pelotão, esquadrão) a cavalo com fins de instrução e/ou emprego. A velocidade e a extensão das etapas de marcha variam com:

- terreno; - o estado e natureza das estradas; - o treinamento de cavaleiros e animais; - o estado dos animais; - as condições atmosféricas; e, - a missão recebida. Quando convenientemente exercitados, cavaleiros e cavalos, pode-se

manter, em estradas, a velocidade de 8 a 9Km/h, fazendo-se etapas diárias de 40 a 50 Km. Para que se tenha condições de projetar a UMont ou uma de suas frações em um deslocamento a cavalo (marcha) para um ponto determinado em tempo útil para o cumprimento da missão e com homens e animais em condições de pronto emprego são necessárias determina-das precauções, preparativos, planejamentos, cálculos . Para o planejamento será necessário o conhecimento dos seguintes dados que vão compor o Calculo de Marcha ou Plano de Marcha.

1) Formações:- normalmente e empregada a coluna por 2; podem ser empregados eventualmente a coluna por 3 e a coluna por 1; nas estradas emprega-se a coluna por 2, marchando uma coluna de cada lado da estrada.

2) Velocidade:

TERRENO DIA NOITE

ESTRADAS

6 Km/h

5 Km/h

CAMPO

5 Km/h

4 Km/h

3) Distâncias:

FRAÇÃO DISTANCIA FORMAÇÃO DISTANCIA ENTRE

HOMENS Pelotões

Esquadrão Regimento

10m 50m

200m

Coluna por 01 Coluna por 02 Coluna por 03

3 m 1,5 m 1 m

4) Etapas de Marcha: Normal - 50Km (jornada de 8h/dia): 100 Km em 24h Forçadas 150Km em 48h 200 Km em 72h 5) Cálculos:

PROFUNDIDADE

P = N k + d

N= numero de homens. d= soma das distâncias entre as unidades de marcha

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ESCOAMENTO

p E = ___ V

V

P= profundidade v= velocidade de marcha

TEMPO DE PERCURSO

E t = ____ V

E= espaço a ser percorrido v= velocidade de marcha

Obs:- Os cálculos necessários ao planejamento de outros movimentos terrestres são semelhantes aos agora indicados.

6) Emprego das andaduras do cavalo ANDADURA DISTANCIA TEMPO

Passo 100 m 1 min

Trote 220 m 1 min

Galope 320 m 1 min

7) A velocidade em função do espaço poderá, assim, ser regulada: 1 Km ao trote para 2 Km ao passo, isto é, trotando-se um terço (1/3) do caminho, temos a velocidade de 7,500 Km/h.

ANDADURA PERCURSO DISTÂNCIA TEMPO

Trote

1/2 8.500 m

1 h 2/3 9.500 m

4/5 10.600 m

Ex: 10 min ao trote......... 2,200m 50 min ao passo........5,000m 60 min de marcha….7,200m

ALTOS HORÁRIOS 15 min 15 a 20 min

após a primeira meia-hora de marcha

após cada 1 h 50 min de marcha

GRANDES ALTOS 1h a 4 h nas etapas superiores a 50 Km

9) Quadros de movimento (anexo a ordem de movimento)

Fornece os pormenores relativos ao movimento cuja inclusão no corpo da ordem de movimento tenderia e complicá-la, alongando-a sem necessidade. 0 quadro relativo a outros movimentos terrestres é elaborado de forma semelhante.

Tabela da folha 297

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10) Gráfico de marcha é o processo simples de se obtem as informações necessárias a um quadro de movimento ou ordem de movimento, mostrando a localização aproximada, a qualquer momento, da testa ou da cauda da coluna de marcha.. 0 gráfico é organizado em papel milimetrado, utilizando-se uma folha para cada eixo de marcha. Projeta-se duas coordenadas de eixos cartezianos e nelas são marcados os tempos no eixo das abcissas (horizonte.1) e a distância a percorrer no eixo das ordenadas (vertical). A escala vertical ( distância) com ponto de origem em baixo é medida em Km e indica também a posição relativa aos pontos criticos ao longo do itinerário, bem como es altos previstos. A escala horizonte (tempo) é medida em horas, a começar da esquerda com a hora de passagem do primeiro elemento pelo PI. Constitui um anexo ordem de movimento.

FIGURA PAGINA 298 OBS: 0 gráfico relativo a outros movimentos terrestres éelaborado

de maneira semelhante. Calco de marcha (ou gráfico itinerário) FIGURA PAGINA 298 ( 2 ) § 2º - Para melhor entendimento do prescrito anteriormente

sobre marchas a cavalo sejam estudados os seguintes exemplos: 1) - 0 RPmont em um dia D deslocará 3 Esqda a cavalo de

Campo Grande para a Gare da RFF e lá aguardará ordens para executar operações contra possíveis depredadores e/ou agitadores. Deverá ser previsto um descanso de 24 h para a tropa e a cavalhada. A operação será desencadeada as 1600 hs do dia D. 0 deslocamento será através de marcha a cavalo.

a) quando começara o movimento? b) elaborar o gráfico de marcha. considerar: N = 400 homens (400 solípedes), D = 500 Km, formação = coluna por 2. Solução (cálculos) a) Profundidade P = N K + d d = 2x50+ (2x10) 3 P = 400x1,5+160 d = 100+150 = 160 P = 500 + 160 Esqd=(3-1) = 2x50 = 100 P = 760 m Pel = (3-l)x3 = 6x10 = 60 b) Escoamento P E = — v = 6Km/h (deslocamento em estrada durante o

dia) v 760 E= ___ 6 E = 7 min 36 seg

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c) Tempo de percurso E T = ----- v t = 50 Km/h 6Km/h t = 8h 20 min Resposta . Para que a tropa e cavalhada possam descansar 24 hs, os Esqds

deverão atingir a Gare da RF S/A. às 1600 hs de D-l após um deslocamento de 8h 20 min de marcha iniciando o movimente às 7h 40 min de D-2.

FIGURA PAGINA 300 2) O RPMont deverá deslocar em um dia D 1 Esqd a cavalo em

transporte motorizado, para desembarque no Estádio do Maracanã onde estacionara durante 8 horas; em seguida efetuará um deslocamento a cavalo para o QG em condições de pronto emprego em operações de controle de distúrbios no centro da cidade. Pergunta-se:

- Qual o tempo gasto no deslocamento; - Quando se iniciara o movimento; e, - Elaborar o gráfico de marcha. Solução: - Considerando o Esqd a 4 Pel e 1 Gr Cmdo (rd op , ates e cl) Pelotão = 1 of 39 praças = 40 Cmt e Gr Cmdo = 4 Esqd = 164 - Considerando a disponibilidade de 8 viaturas para transporte de

pessoal e cavalhada cada viatura co capacidade para 20 homens e 20 animais.

- Considerando as distâncias: RPMont - Maracanã - 40 Km Maracanã - QG - 10 Km - Temos: - As viaturas em comboio deverão imprimir, uma velocidade média

de 30 Km/h, portanto: t = E/v t = 40Km/ 36Km/h t = 1h 20 min No deslocamento a cavalo, considerando a marcha por estrada

durante o dia teremos a velocidade de 6 Km/h, portanto: t = E/v t = 10 Km/6Km/h t = 1 h 40 min Logo para ter a tropa no QG em condições de pronto emprego no dia

D teremos: Tempo gasto no percurso motorizado - 1 h 20 min

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Tempo para descanso............... 8 h Tempo gasto no percurso a cavalo.. 1 h 40 min Total............................. 11 h Portanto o Esqd se deslocará em D - 11 hs FIGURA PAGINA 301 § 3º Para que se torne proveitoso o emprego do cavalo e não produza

resultados maléficos, é necessário a adoção de certas medidas, durante a execução das marchas:

1) iniciar o trabalho'ou a marcha sempre ao passo e, nessa andadura deslocarse durante um tempo bastante longo;

2) no decorrer das marchas, efetuar pequenos "altos" com a duração de 15 minutos em cada duas horas;

3) variar as andaduras, respeitando a sua regulamentação ; assim os aumentos de velocidade são obtidos pela maior duração dos

tempos de trote; 4) nenhum percurso longo deve ser feito numa só andadura; elas

devem ser alternadas para evitar a fadiga dos animais e dos homens; 5) escolher os terrenos planos para as andaduras vivas, visto que,

nas subidas elas trazem es -forço para o cavalo e na descida são causas de ferimentos produzidos pelo arreiamento;

6) os tempos de trote devem ser realizados, tanto quanto possivel, em terreno plano;

7) seguir numa progressão crescente, na duração dos tempos de trote e galope, in tercalando tem pos de passo, segundo a rapidez desejada;

8) procurar sempre terrenos macios para poupar os membros dos animais, preferindo entretanto te£ reno duro e plano ao pesado e irregular;

9) finalizar a marcha ao passo pois o animal deve chegar com a respiração normal e sem estar sua do; ao se aproximar um "alto", também deve ser dado os últimos dez minutos de passo";

10) durante marchas prolongadas ou rápidas, apear frequentemente e conduzir o cavalo à mão, procedendo da mesma forma em terreno difícil;

11) qualquer que seja a velocidade ou a necessidade de emprego com que se realiza a marcha, nao deve ser esquecido que os animais nao podem mar char vários dias seguidos sem um repouso diário, forrageamento e água, penso frequente;

12) o uso do galope é proibido, salvo quando necessário para cumprimento da missão, mediante ordem, ou para escapar de perigo iminente;

13) nas marchas de 5 a 6 horas de duração devem ser evitados ou longos "altos", salvo quando circunstancias especiais os exigirem; em marchas de maior duração quando a distância a percorrer for maior que a etapa normal, quando ocorrer temperatura muito elevada ou outros motivos tornem necessário, fazer um grande "alto" com 2 a 4 horas de duração;

14) todos apeiam durantre os "altos" e tanto quanto possivel deixam os animais pastarem; nos de pequena duração verificam-se as ferraduras, as condições do arreiamento, apertam-se as cilhas que estiverem frouxas; nos de grande duração os animais são desencilhados;

15) na partida para marcha ou ao montar após um "alto", os cavaleiros se auxiliam mutuamente ' de modo a não deslocarem as selas (firmam no estribo direito ou loro direito do companheiro) ;

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16) sempre que possível, terminar cada jornada de marcha ainda durante o dia (duas ou três ho -ras antes do anoitecer);

17) nos períodos a pé conduzindo o cavalo a mão o cavaleiro afrouxa a cilha e a barbela

FIGURA PAGINA 303 18) as subidas longas, poucos ásperas e pouco Íngremes deverão ser

vencidas ao passo, com toda a calma e moderadamente, para que o animal não chegue ao fim com as forças esgotadas; as encostas de elevações com tais caracteristicas será vantajoso subir em zigue-zague e parar algumas vezes para normalizar a respiração do cavalo;

19) as rampas fortes também devem ser abordadas com calma e bem perpendicularmente (evitar su bir obliquamente, sobretudo em solo escorregadio) ;

20) as rampas muito íngremes, curtas e ásperas devem ser subidas sempre com certa velocidade para que o impulso adquirido nao exija grande esforço muscular e para evitar quedas para trás;

FIGURA PAGINA 304 21) as descidas íngremes deverão ser vencidas ao passo, cavalo bem

direito seguindo a linha de maior declive; as descidas Íngremes, devem ser transpostas obliquamente, sobretudo ao iniciar-se a descida e quando o solo for escorregadio ;

22) os obstáculos naturais, sempre que possivel nao devem ser saltados e sim contornados ou passados pelo cavaleiro a pe conduzindo sua montada com as rédeas frouxas, seguras pela extremidade;

23) as passagens por terrenos pantanosos e alaga diços deve ser feita com cuidade, muito devagar, os cavaleiros evitando colocar-se em fila, passando pelos mesmos lugares, para não se atolarem; se um cavalo se atolar ou in quietar-se o cavaleiro apeia e o conduz a mão;

24) em terrenos.pesados o cavaleiro eleva-se nos estribos e cede a mão;

25-) em terrenos desiguais, dificeis e em presença de certas dificuldades materiais deixar sempre a iniciativa ao próprio cavalo, dando-lhe toda a liberdade ou apear e puxá-lo pelas rédeas;

26) sempre que apear-nos "altos" examinar os pes observando se há corpos estranhos comprimindo a .sola e a ranilha, bem como.se as ferraduras estão bem ajustadas;

27) o cavaleiro não deve se movimentar muito na sela ou cruzar as pernas sobre o pescoço de sua montada, mantendo sempre a posição correta a cavalo para não modificar o centro de gravidade, provocando atritos do arreiamento no dorso;

28) o equipamento e o armamento devem ser colocados e ajustados nas posições corretas de modo a mao desequilibrar a sela, sobrecarregando-a somente de um lado o que provoca ferimentos no dorso;

29) retirar o freio ou bridão para abeberar e/ou forragear o cavalo;

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30) as medidas relativas à "disciplina de marcha" dos cavaleiros são objeto de manuais próprios.

§ 4º - As marchas a cavalo exigem cuidados especiais com o fim de conseguir o máximo dos animais com o mínimo de sacrifício deles, bastando que o movimento seja convenientemente orientado e reguiado, observadas as regras regulamentares, a traves de fiscalização rigorosa durante o percurso .

§ 5e - Na preparação para a marcha a cavalo deve ser executada uma revista veterinária rigorosa a fim de impedir que os animais portadores de doenças internas graves e os que, por quaisquer outras causas não estejam em condições, sejam submetidos a esforços capazes de inutiliza-los. Durante essa revista deverão ser examinados os membros com especial atenção para os pés, o estado das ranilhas e cascos a ferra. A limpeza deverá ser rigorosa particularmente nas regi -oes onde se assentam a sela e peças de equipamento para evitar escoriações em razão do atrito.

§ 6e - Ajustamento do arreiamento 1) o bridão deve ser ajustado de modo a não( permitir que as

comissuras labiais fiquem exageradamente arregaçadas; 2) o freio deve ficar com o bocal apoiado no limite superior das

barras do maxilar sem tocar nos colmilhos; 3) a sela deve ficar bem assentada no dorso; a sela mal ajustada ou

defeituosa provoca ferimentos; 4) a manta não deve ter rugas nem corpos estranhos que possam

comprimir ou ferir o dor so. § 75 - Forrageamento e água 1) a água deve ser potável devendo o cavaleiro verificar se é limpa

ou se procede de chiqueiros, matadouros, esgotos; a cavalhada bebe água nos vaus dos rios, nos bebedouros dos riachos, lagoas, açudes ou nos baldes de lona quando a fonte não e acessivel ao animal;

2) forragem: o milho é frequentemente distribuido durante as marchas a cavalo por ocasião dos "altos" porque é conduzido pelo cavaleiro. Eventualmente poderá ser distribuida alfafa e/ou verdejo se a coluna de marcha for acompanhada por vi tura que transporte as rações necessárias.

Art 124- Movimentos ferroviários (*) são os deslocamentos efetuados utilizando-se transporte ferroviário para tropa e cavalhada. Os animais são transportados em vagões (gaiolas) próprios pare tal fim e, eventualmente, em vagões fechados , de mercadorias, convenientemente adaptados OU em vagões plataformas de bordas altas. Em geral as composições para transportes da cavalhada se compõem de:

- carro de passageiros para transporte de tropa (*) Por razões de economia, a UMont pode dispor de vagões

próprios, estacionados na estação ferroviária mais próxima da sede, com a vantagem de serem vagões próprios para o transporte da cavalhada em condições e manutenção e conservação da própria Unidade, o que evitaria acidentes com os animais e aumentaria, a rapidez da preparação e execução do movimento (sugestões dos autores do trabalho).

- carro de bagagem ou de mercadorias para transporte de forragem, arreiamento e equipamento

- carros de animais para transporte da cavalhada. § 1º - Os animais viajam, em princípio desencilhados sendo o

arreiamento conduzido ensacado em carr próprio; e carregamento de cada vagão de cavalos deve ser de 18 a 20animais. Sempre que a condições permitirem os animais ficarão mais bem acomodados e sofrerão menos ferimentos, de modo que cada um possa apoiar no vizinho. Os animais são

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separados em grupos correspondentes a capacidade de cada vagão; cada grupo coloca-se na frente do vagão que lhe for designado.

§ 25 - Se os animais estiverem desencilhados, cada condutor conduzindo a mão com a cabeçada de prisão, aguardará o momento do embarque. Se os animais estiverem encilhados e/ou montados, os homens apeiam, suspendem estribos, desencilham colocando sobre o assento da sela extremidade livre da cilha, o peitoral, a cabeçada e a manta (dobrada em 4 ou em 8), mantendo o conjunto por meio da sobre-cilha com a qual da duas voltas no sentido do comprimento da sela, para unir bem o conjunto. Forma-se grupos de 4 ou 5 arreamentos atrás dos animais, colocados de pé sobre o cepilho, da forma regulamentar. Se os homens estiverem armados, as armas são ensarilhadas junto aos grupos de arreiamento, a retaguarda dos cavalos. Os animais devem estar com a cabeçada de prisão forte se forem viajar amarrados, podendo-se usar também a corda de forragem; caso os animais viajem soltos, a cabeçada de prisão é retirada após o embarque.

§3º- Os animais são conduzidos com calma e embarcados um a um, sendo colocados na posição em que for determinado, voltando os homens em ordem para conduzir o arreiamento (e o armamento se for o caso) para o carro de bagagem.

Figura Pagina 307 Os cavaleiros entram no vagão com as suas montadas, um

imediatamente atrás do outro, pelo cabresto com a corda de forragem segurando curto, de maneira a evitar perda de tempo e para que os animais não tentem refugar ou a voltar, ao atingir a porta.

0 primeiro animal embarcado é conduzido para uma extremidade do carro, o segundo para outra extremidade e assim sucessivamente, até o centro do carro (se a entrada for lateral): se o embarque for feito pela porta traseira os animais serão conduzidos de vagão em vagão começando a ocupação pelo primeiro vagão. Os animais são atados bem curto e bem juntos nos lados maiores do vagão alternadamente, ou de preferência, quando possível, em um só lado.

Os animais mansos serão colocados em frente as portas e por consequência serão os últimos a serem embarcados, do mesmo modo que um ou dois mais dóceis deverão embarcar primeiro.

Embarcadouro apropriado Figura 01 da pagina 308 Os cavalos difíceis serão enquadrdos entre cavalos calmos. Em

principio procura-se colocar num mesmo vagão os cavalos que estão acostuma dos juntos.

Uma vez lotado o vagão as portas serão bem fechadas e examinadas a fim de ser constatado se os pinos estão bem colocados.

Figura 02 da pagina 308

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§ 4º Com os animais que nunca embarcaram, os relutadores, os

refugadores e necessário cuidado especial e o uso de certos artificios ensina-dos pela pratica; há certos animais que com carinho e paciência, sendo levados a cheirar a prancha perdem o medo e ganham confiança para o embarque; outro, é necessário vendar os olhos com"tapa olhos"; em outros casos há necessidade de embarcar a força, arrastando-o pelo buçal forte e usando uma corda com uma das extremidades presa na grade do vagão,junto a porta e passando pelas nádegas vai alcançar a grade do outro lado da porta, de modo que, sendo fracionada simultaneamente com a corda do buçal fará o relutador entrar no vagão de qualquer maneira.

Os animais nao devem ficar embarcados muitas horas salvo em casos de extrema e inevitável necessidade. Ao serem desembarcados devem ter um descanso mínimo de 2 horas durante o qual devem ser forrageados e abeberados. A operação de desembarque tem lugar na ordem inversa a do embarque.

Os homens desembarcam conduzindo o arreiamen-to (e o armamento, se for o caso) e colocando-se em frente ao vagão em que estão suas montadas. A porta não deve ser aberta antes .que o vagão seja colocado no ponto de desembarque ou antes de ser colocada a rampa ou prancha. Assim como no embarque, o desembarque deverá ser feito no maior silêncio e rapidez. Em media o tempo de embarque e maior que o desembarque, podendo ser considerado como o dobro.

§ 5º - Medidas antes e durante o embarque Antes do embarque da cavalhada nos vagões são necessárias as

seguintes medidas: 1) rigorosa revista veterinária a fim de evitar que os animais doentes,

portadores de moléstias graves e os acidentados sejam embarcados com os demais. Em princípio, somente embarcam os animais em condições de emprego; no regresso poderão ocorrer casos de embarque de doentes e/ou acidentados. Tais animais incapacitados serio embarcados em vagões separados e acompanhados de pessoal especialista de veterinária;

2) todos os animais serão abeberados e forrageados duas horas antes do embarque;

3) será executado um reconhecimento do trem em rigoroso exame dos vagões particularmente dos que transportarão a cavalhada, a fim de serem eliminados e/ou reparados de feitos como pontas de pregos, pontas de madeira, grades arrebentadas, buracos nos pisos , fechos quebrados, portas defeituosas , com vistas a assegurar a integridade e bom estado dos animais;

4) é medida obrigatória a desinfecção dos carros em razão de seu emprego em transporte de outros tipos de gado e devido ao risco de disseminação de doenças contagiosas.

5) durante o reconhecimento e determinado o processo de embarque de acordo com a situação e os meios existentes; faz parte do re-conhecimento também as condições disponíveis de desembarque na estação ferroviária de destino;

6) o embarque e desembarque de cavalhada transportada por via férrea compreende três situaçoes diferentes:

a)- em embarcadouro (desembarcadouro) apropriado: consta de um curral terminado em "breteseringa" que se conjuga

com a prancha lateral do vagão (gaiola) ou com a parte traseira, por meio do portão de "dupla-folha"; uma vez aberto, o portão une-se a grade formando guarda-flancos que protegem e facilitam a entrada ou saída dos animais; o embarque pela porta traseira do ultimo vagão nao e conveniente porque

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obriga os animais a percorrer toda a composição, passando de um vagão para o outro e só deve ser usado por absoluta necessidade;

b) em gare com plataformas comuns: o procedimento e igual ao anterior embora com maiores dificuldades; devem ser colocados para-flancos de cada lado da rampa ou na falta destes alguns homens são co locados de cada lado de modo a auxiliar o condutor evitando que o cavalo refugue e fazendo-o acalmar para perder o medo da prancha e do vagão;

c) em linhas férreas sem plataformas:- improvisa-se uma plataforma usando fardos de alfafa, sacos de areia, dormentes ou lenha, de maneira que a prancha fique bem apoiada e escorada com estacas fortes ; os para-flancos serão de madeira ou cordas fortes atadas em estacas fortes; e interessante camuflar a plataforma improvisada com ramos de árvores, capim; se possível, deverá ser construída também uma pequena "seringa", fazendo sis-tema com a rampa (plataforma) e prancha para favorecer o embarque (desembarque);

Figuras da pagina 311 apostila 7) Terminado o embarque (por qualquer processo) as portas são

fechadas, verificando-se os fechos que em seguida devem ser lacrados; 8) 0 comandante do comboio escala a guarda de vagão (2 homens

em cada vagão) com o fim de atender a vigilância durante o percurso , bem como, para o atendimento da cavalhada (percurso longo);

Art 125 - Movimentos motorizados sao os deslocamentos com utilização de transportes motorizados para a-tropa e cavalhada em viaturas especiais proprias para o transporte de cavalos. Esse tipo de transporte e o mais usado pela UMont para execução de qualquer missão que emplique no emprego do pessoal montado a mais de 6Km de distância do aquartelamento.

§ 1º- As viaturas destinadas ao transporte de animais são: - viaturas militares com carroceria própria para transporte de

animais; - viaturas comerciais com carroceria adaptada e/ ou improvisada

eventualmente, para transporte de animais; - viaturas civis apropriadas para transporte de animais; - reboque apropriado para transporte de animais. § 2º - A capacidade dos veículos adaptados para transporte de

animais varia em função da missão, do efetivo e da disponibilidade de viaturas:

- vtr e/ou rbq de 1 1/2 ton para 2 homens e 2 animais; - vtr e/ou rbq de 4 1/2 ton para 4 homens e 4 animais; - vtr e/ou rbq de 4 1/2 ton para 8 homens e 8 animais; e, - vtr de ton não especificada para 20 (30) homens e 20 (30) animais. § 3º - Todo o veículo adaptado e/ou apropriado para o transporte de

cavalhada deve: 1) as grades laterais e a tampa traseira não devem possuir na face

interna saliências e/ ou buracos suscetíveis de produzir ferimentos. 2) o piso deve ter sarrafos pregados transversalmente ou tipo de

viatura especial para transporte de tropa e cavalhada com de para trnsportar

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vinte homens e vinte cavalos existente no RPMont/PMERJ em pequenos quadrados para impedir escorregões e quedas;

Figura da pagina 312

Figura da pagina 313 apostila 3) o piso não deve ter buracos ou saliências que produzam

ferimentos; 4) a tampa traseira quando servir de rampa deve ter sarrafos

pregados transversalmente na parte interna para impedir escorregões e quedas;

5) a adaptação de caminhões comerciais consiste na superposição de uma grade forte na carroceria normal para evitar que o animal pule do veículo;

6) a tampa traseira deve constituir uma rampa que forme com a horizontal uma inclinação aproximada de 25% para permitir o embarque e/ou desembarque ;

7) as laterais do veiculo devem ter, no minimo , l,50m de altura, a contar do assoalho do veículo, devendo ser forte para suportar o peso dos animais, particularmente nas curvas e voltas;

8) deve ser colocada no piso uma camada de areia ou de serragem para evitar que os animais escorreguem;

9) sempre que possível as carrocerias devem ser cobertas para proteção dos animais contra o sol e a chuva;

10) em um mesmo veiculo não devem ser embarcados material e cavalhada;

11) as viaturas antes e depois de usados, devem passar por limpeza e desinfecção rigorosas a fim de evitar frequentes contaminações;

§ 4º- Nos aquartelamentos de Polícia Montada deve existir sempre o embarcadouro apropriado; o em barque (desembarque) de cavalhada transportada em veículos motorizados compreende três situaçoes diferentes:

1 - em viatura apropriada, possuindo tampa-prancha que uma vez descida forma a rampa por onde o animal e embarcado (desembarcado);

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2 - em embarcadouro apropriado, onde a viatura encosta de ré, abrindo-se a tampa, a mesma se ajusta a plataforma, permitindo o embarque (desembarque) dos animais;

figura da pagina 314 3) em embarcadouro improvisado quando não se dispõe dos meios

anteriores, a viatura e encostada em um barranco, onde se apoia a rampa traseira;

§ 5º - Deve ser obedecida a seguinte técnica de embarque: 1) os animais são reunidos no ponto de embarque e grupados

conforme a capacidaae da viatura; 2) a colocação dos animais no veículo deperi de das dimensões e

capacidade da viatura bem como do número a ser embarcado: a. os animais podem ser dispostos transversalmente, em sentidos

opostos entre si (cabeça com cola); b. os animais podem ser dispostos longitudinalmenter com as

cabeças voltadas para a direção da marcha; 3) os animais devem ser colocados bem juntos para evitar quedas e

amarrados alto e cur to; 4) para facilitar a estabilidade dos animais embarcados e aumentar a

segurança das laterais da viatura, podem ser colodas travessões transversais na carroceria, entre os animais ou separando-os dois a dois ou três a três; pode ser usada corda forte;

5) os dois animais mais mansos de cada grupo devem ser embarcados em primeiro e último lugar para facilitar o embarque (desembarque) ;

6) tanto o embarque como o desembarque são realizados com calma e sem confusões; os animais medrosos devem ser conduzidos com muita paciência; no embarque, um homem leva o cavalo para a rampa, enquanto outro o segue para animá-lo com estalos de língua ; 7) com os refugadores e nervosos serão usa -dos os mesmos meios indicados anteriormen te para o embarque (desembarque) em transportes ferroviários;

8) é importante os cavalos ficarem o mais juntos possível, não só para aproveitamento de todo o espaço útil, como para que uns possam apoiar-se nos outros, quando o veículo arranca, para, balança e faz voltas;

9) os animais devem ser forrageados e abeberados, no mínimo de 2 horas antes do embarque;

10) para desembarcar, sempre que possível, os animais são, primeiramente, voltados para a rampa; quando não for possível, serão desembarcados na mesma posição em que estão (de costas) quando estiverem viajando de frente para a direção da marcha; neste caso é preciso muito cuidado para evitar acidentes;

11) quando os cavaleiros não viajam juntos com os cavalos, pelo menos um homem deve acompanha-los na carroçaria para acalma-los nos momentos de agitação; ao desembarcar os animais é necessário fazê-los andar ao passo, para voltarem a calma e desentorpecerem os membros; devera ser abeberados e forrageados em seguida (no ca so de percurso longo); se chegar algum ani mal doente e/ou ferido deve ser imediatamente medicado;

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§ 6º - A velocidade de marcha obrigatória de viatura de transporte de cavalhada é de 30 Km/h (viatura isolada) ou 20 Km/h (quando em comboio). Devem ser evitadas as saídas e paradas bruscas, subidas e descidas íngremes (tanto quanto possível) curvas fortes, para reduzir as possiblidades de desequilíbrio e quedas dos animais embarcados.

SEÇÃO II TRANSPOSIÇÃO DE CURSOS D’AGUA

Art 126 - No desenvolvimento de uma marcha a cavalo para instrução ou emprego e/ou na execução de uma missão de frações montadas de uma UMont, a presença de um curso d’agua não deve constituir obstáculo que impeça o seu deslocamento.

Deve ser tentada a passagem em qualquer caso. A segurança da travessia de um curso d'água repousa principalmente na ordem em que a operação é executada, dal decorrendo a necessidade de uma perfeita disciplina a ser observada. Esta disciplina abrange, de um modo geral, uma organização meticulosa, o mãximo de silêncio na sua execução, a distribuição detalhada das obrigações.

Os diferentes modos de passagem que uma tropa a cavalo pode

utilizar são os seguintes: - passagem a vau; - passagem a nado; - passagem sobre embarcações diversas, balsas, e etc.; e, - passagem sobre passadeiras improvisadas. Art 127 - Passagem a vau A profundidade de um vau para ser utilizado não deve ultrapassar: I - 0,65m para viaturas hipomóveis ( cuja carga não possa ser

molhada); II - 0,70m para viaturas automóveis; III - 1.00m para homens a pé; IV - 1.20m para homens a cavalo; e, V - 1.20m para viaturas hipomõveis (cuja carga possa ser molhada). Estes valores serão diminuidos, se a velocidade da correnteza for

superior a 90 m/min (velocidade ordinária) ou se o fundo do curse d'agua não for firme.

§ 1º - Procura dos vaus se efetua levando em consideração que: 1) os caminhos ou entradas que chegam a um rio

perpendicularmente ao seu curso, conduzem ordinariamente a um vau, principalmente se continuam na margem oposta ou se são notados nas margens sinais de rodas;

2) os cursos d'água são mais facilmente vadeáveis nos lugares onde a correnteza é rápida, que naqueles em que é lenta e nas partes retas e não nos cotovelos;

figura da pagina 318 3) há quase sempre vau abaixo dos moinhos , das barragens, etc; 4) os vaus não são sempre perpendiculares às margens; entre os

cotovelos da margem eles podem ser oblíquos;

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5) os melhores vaus são aqueles que apresentam um fundo de cascalho duro e resistente;

6) as informações dos habitantes ribeirinhos são importantes para o conhecimento das partes vadeáveis de um curso d'água mas devem ser verificadas cuidadosamente porque basta uma cheia para deslocar ou des-truir momentânea ou definitivamente um vau;

7) a configuração das margens e o regime dè um curso d'água fornecem indicações; um alargamento súbito, uma parte reta, muitas vezes dão lugar a um vau de fundo regular e resistente;

8) uma correnteza muito rápida entre dois barcos de areia indica frequentemente uma prc fundidade vadeável;

9) os vaus são mais frequentes nas regiões acidentadas que nas planas; os vaus são encontrados mais comumente nas partes retilineas do que nas curvas.

§ 2º - Reconhecimento de um vau é a verificação da natureza do fundo, as sinuosidades da passagem, existência de fáceis rampas de acesso; é executado com o emprego dos seguintes processos:

1) vários cavaleiros colocados ao longo da margem entram nágua, no lugar que se presume vadeável e sondam o leito com auxilio de bordão ou vara; param quando a profundidade se torna muito grande e balizam assim o traçado do vau; o trabalho será mais rápido quando os cavaleiros forem numerosos;

2) um bom nadador avança ligado a margem de partida; o balizamento pode ser feito tam bém com objetos flutuantes ancorados;

3) dispondo-se de embarcação para a sondagem que é feita com uma vara mergulhada na agua.

§ 3º - Avaliação de profundidade

NO HOMEM NO CAVALO ENCILHADO

joelhos.....0 . 50m meio das coxas .....0 . 70m virilhas.... 0.80m abaixo do ven tre.........0.90m cintura.....l.00m

cobrindo os boletos.0.2Om joelhos.............0.40m ao tocar os loros...0.85m meio do peitoral....l.00m base do pescoço.....1.15m pontas das nádegas..1.30m

Obs:- a 1.40m tem-se o " bola-pé” o animal toca o leito e nada sucessivamente a cada passo.

§ 4º - Passagem do vau é executada com homens a pé (se for o caso)

em primeiro lugar, as viaturas em seguida (se existir alguma na coluna e em último lugar os elementos a cavalo por que as patas dos animais podem revolver o fundo (senão for firme) , tornando o vau impraticável para elementos a pé e/ou viaturas. Quando a tropa executar uma passagem a vau , são tomadas as seguintes precauções:

- fazer passar primeiramente um bom nadador; - indicar um ponto de direção na margem oposta;

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- deixar um cavaleiro balizando a entrada do vau; e, - evitar agrupamento na margem da chegada. 1) Passatem de homem á pé só oferece dificuldades para um vau de

profundidade normal guando e largo, quando a passagem deve ser cuidadosamente balizada.

Quando o vau tem uma profundidade superior à normal (sem ultrapassar 1.30m) é necessário tomar as seguintes precauções:

a) as balizas são ligadas por cordas; b) os homens passam em várias filas, guiados por um bom nadador; c) em cada fila os homens vão de mãos dadas de modo que se um

"perder o pé" será sustentado e puxado pelos companheiros; d) durante a travessia marchar contra a correnteza, dando-lhe a

espádua direita e fixando os olhos sobre um ponto de referência na margem oposta, evitando olhar para a superfície da água;

e) quando o rio apresenta uma certa largura e uma correnteza rãpida (mais 90m / min) é proibida a passagem de homens i solados;

f) quando se dispõe de bons nadadores e de uma embarcação deve ser organizado um grupo de socorro para atender aos homens arrastados pela correnteza; e,

g) os "altos" durante a travessia são evitados. 3) Passagem a cavalo e/ou viaturas (se houver) não oferece

dificuldades sendo executada da seguinte forma: a) os cavaleiros mantém suas montadas de cabeça alta impedindo de

se deterem e/ou beberem água; b) os cavaleiros fixam os olhos sobre o ponto de referência na

margem oposta; c) os cavaleiros devem empurrar suas montadas vigorosamente para

a frente se os animais se perturbarem e/ou se excitarem; d) os homens tiram os pês dos estribos se a correnteza for muito

forte; e, e) o cavaleiro conduz seu animal direito ao ponto de referência na

margem oposta / marchando contra a correnteza. 3) Passagem a nado todo cavalo sabe nadar e somente por medo,

muitas vezes alguns animais reagem e se tornam difíceis de serem condu-zidos à água. A passatem a nado pode ser e-fetuada da forma seguinte:

a) ensinar os cavalos a nadar, com cuidado para não espantá-los e familiarizá-los pouco a pouco com a água, fazendo-os atravessar repetidas vezes, profundidades de 1.20m com leiro firme;

b) alguns cavalos, bons nadadores e mais ar rojados, devem ser empregados para guiar os animais;

c) os primeiros exercícios de nado dever ser realizados em curso d1agua de pouca largura e correnteza fraca; em ambas a margens o terreno deve ser plano e consistente, com uma frente mínima três vezes superior ao número de animais para , se arrastados pela correnteza, possam sair com facilidade;

d) o cavaleiro entra na água montado e logo que o animal toma o nado, deixa-se deslizar para a água, á juzante, mantendo numa das mãos no garrote e outra segurando a arreata do buçal, guiando sua montada para o ponto de saída; e)conservar o corpo afastado do cavalo fim de evitar as pancadas com as patas, utilizando o braço que apoia no garrote;

f) guia lentamente o animal evitando qualquer puxão na arreata do buçal para que não mergulhe as narinas;

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g) ao perceber que o cavalo enfrentou a margem oposta na direção do ponto de.saída, o cavaleiro descerá a mão que mantinha no garrote e vem pegar na cauda, deixando-o arrastar, batendo os pés como ajuda;

h) se a arreata tiver comprimento suficiente o cavaleiro a segura com a mesma mão que" segura a cauda; caso contrário deverá abandonar a arreata e segurar somente a cauda;

i) o cavaleiro deve ter sempre presente que, ordinariamente, os cavalos empinam no momento em que "perdem o pé", não de vendo castigá-los por esta ação;

j) quando o rio tiver pequena largura os cavaleiros passam montados, dando toda liberdade ao cavalo, alongando as rédeas e segurando um punhado de crinas; per mite-se que o animal beba ao entrar na água, porém, iniciada a transposição , deve ser impulsionado para a frente; e,

1) ao atravessar montado, o cavaleiro levanta as pernas para trás e inclina o corpo para frente, não alongando demasiadamente as rédeas para que o animal se embarace nelas nem fazendo tração forte para não derrubar nem perturbar o animal.

4) Passagem em embarcações se houver disponíveis e de acordo com a quantidade e capacidade poderão passar homens, cavalhada e material ou somente homens e material, passando a cavalhada a nado, com os animais puxados da embarcação.

5)Passagem em passadeiras se houver, os animais passarão um a um ou passarão a nado guiados da passadeira.

6) Passagem em liberdade os animais atravessam tangidos isoladamente ou em pequenos grupos; neste caso deve ser improvisada com cordas uma "mangueiranna margem de chegada para conter os animais; a arreata do buçal é passada sobre o pescoço e enrolada sobre sx mesma, ficando presa pela cisgola.

SEÇÃO III

MOVIMENTOS AQUÁTICOS Art 128 - Os movimentos aquáticos são executados normalmente em

embarcações próprias para o transporte de animais ou em embarcações adaptadas para tal fim e se regulam por normas próprias específicas.

SEÇÃO IV

MOVIMENTOS AÉREOS Art 129 - Os movimentos aéreos são realizados nomalmente em

aeronaves próprias para o transporte e se regulam por normas especificas.

SEÇÃO V ESTACIONAMENTOS

Art 130 - os estacionamentos de uma tropa montada são regidos por prescrições regulamentares. Estudaremos somente com relação aos cuidados com a cavalhada.

Art 131 - Organização do estacionamento Na escolha dos locais de estacionamento devem ser obedecidos as

seguintes prescrições: 1) Os locais de estacionamento deve ser escolhidos em terrenos

altos planos, ou de preferência, ligeiramente inclinados (para facilitar escoamento das águas) , com abundante pasto e aguada próxima.

2) Tanto quanto possível, os cavalos devem ficar abrigados do frio, vento e calor.

3) Avalia-se a capacidade dos lugares cobertos à razão de dois metros quadrados por homem e três metros quadrados por animal.

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4) Quando a água provem de um curso natural, o local para dar de beber aos cavalos deve ficar abaixo do destinado ao dos homens e acima do designado para banho e lavagem de roupa.

Art 132 - Há diversos modos de prender os animais nos estacionamentos entre os quais são mais comuns:

I - soltos em pequenos potreiros; II - presos em corda-tronco; e, III - presos em anel-de-bivaque § 1º - Potreiro Chama-se potreiro o pasto nativo ou artificial, de pequenas

dimensões, geralmente provido de água, com bebedouros naturais de fácil acesso ou construídos (tanques de cimento, cochos de madeira, etc.) ; fechado com cerca de arame farpado ou liso, com cerca de madeira traba-lhada, desdobrada ou rústica e ainda , pode ser fechado naturalmente por grotas e água, isto é, rios vedados por barrancas altas ou grande profundidade, banhados, atoleiros, matas virgens de vegetação densa e entrelaçada, etc. Poderá ser também fechado parcialmente por qualquer dessas três espécies de cercas tendo porteira ou portão, quase sempre ligado à mangueira ou curral, local destinado a encerrar os animais para pegá-los.

§2º - Corda-tronco Ê uma corda grossa, com argolas de ferro amarradas, de metro em

metro e dos dois lados, altemadamente onde se prendem os cavalos. Figura da pagina 325 . Sempre, que possível, deve-se preferir, porém, fazer a corda-tronco

com um cabo de aço torcido, bem fino, não só por ser mais resistente, muito mais leve (pode ser conduzido por um homem no próprio cavalo) e permitir seu emprego na travessia de curso d’água, como pela melhor adaptação das argolas para prender os animais (distorção, colocação sucessiva das argolas, à medida que se torce novamente.

Em regra a corda-tronco é por pelotão que quando armada, deve ficar bem esticada, altura de l,30m a l,40m do chão e, sempre que possível, coloca-se uma segunda corda comum embaixo da primeira, para evitar que os animais passem de um lado para outro. É melhor quando se consegue amarrar os cavalos de um só lado da corda-tronco.

Os cavalos são presos pela corda de forragem (que substituirá a rédea do buçal) com um comprimento tal que possam alcançar o chão para comer; quando, porém, não tenham que comer na corda-tronco os animais são atados bem curto. Quando a corda-tronco ficar no chão, os animais não devem ser atados muito curto.

Na falta da corda-tronco regularmente, consegue-se improvisar facilmente com as cordas de forragem e estacas no próprio comprimento, cujas extremidades são presas a árvores ou moirões ou presas no chão por meio de estacas.

Há vantagem em colocar a corda-tronco em matos, debaixo de grandes árvores, sombra de edifícios ou orlas de estradas. As pilhas de forragem devem ser cobertas com barracas ou lonas especiais, sendo o cavalariço de quarto responsável pela forragem. A corda-tronco pode ser

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instalada provisoriamente em aquartelamentos durante um eventual estacionamento de tropa montada em quartel de outra OPM; pode ser instalada também em locais de estacionamento, à retaguarda de tropa montada em operações a pé para controle de distúrbios, amarrada entre viaturas se nao houver árvores no local nem condições de cravar estacas; se houver espaço disponível também será usada durante ocupação de pontos sensíveis e/ou instalações vitais.

§ 3º - Anel-de-bivaque 0 processo do anel-de-bivaque consiste no aproveitamento de um

estribo para nele serem amarrados os cavalos, em círculo, por meio da corda de forragem. Para isso ata-se uma das extremidades na argola do buçal (ou no pescoço próximo a nuca, mas de modo a não enforcar o cavalo) e a outra passa-se por dentro do estribo, dando-se um nó bem firme e de modo que a cabeça do animal fique a uns três palmos do estribo; a extreinidade livre dessa corda de forragem, serve para prender mais um ou dois cavalos.

Figura da pagina 327 Em cada anel-de-bivaque podem ser amarrados cerca de 12 cavalos

encilhados ou 16 desencilhados, mas, em geral, prendem-se por grupos PMont.

0 anel-de-bivaque também pode ser usado e eventualmente, em aguartelamento ou durante operações de controle de distúrbios, conforme anteriormente prescrito para corda-tronco, bem como, no caso de emprego de tropa montada na defesa de pontos sensíveis e/ou instalações vitais.

§ 4º - Curral improvisado é feito com cordas fortes amarradas em estacas; os animais podem ficar soltos ou então o curral pode ser im-provisado em torno da corda-tronco ou do anel-de-bivaçue para evitar que qualquer cavalo que se solte consiga fugir.

§ 5º - Os cavalos baldosos (brigões, irrequietos, coiceiros, mordedores, estiradores, mascadores de cabresto, etc) não podem ficar juntos dos demais, devendo ficar presos isoladamente em árvores, arbustos, palanques, estacas, etc.

Art 133 - Imediatamente apôs a chegada ao estacionamento, os cavalos são desencilhados e presos a corda-tronco com a manta virada do avesso, colocada com o lado seco sobre o dorso, presa com a sobrecilha, principalmente quando o animal estiver suado e nos dias muito frios.

Os animais comem a alfafa colocada junto a corda-tronco, enquanto os homens armam suas barracas, ou preparam o estacionamento. Passados uns 20 ou 30 minutos, a manta é retirada dos cavalos, é feita uma massagem no lombo com as mãos e uma fricção nos membros com um chumaço de palha ou mesmo de alfafa. Cada cavaleiro examina então, completamente sua montada, comunicando qualquer ferimento ou sintoma de doença que tenha notado, a seu superior imediato.

§ 1º - As inchações provocadas pela sela ou pela cilha, sofrem um primeiro tratamento feito pelo próprio cavaleiro, que consiste em aplicar compressas de água fria, por meio de um pedaço de pano ou um saco de milho vazio e dobrado mantido no local por meio da sobrecilha.

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Essa compressa deve ser mantida permanentemente unida. § 2º - Passados uns 45 ou mais minutos, desde a chegada ao

estacionamento, dá-se água aos animais e só depois milho e alfafa. § 3º - A manta, a sela, a cilha, as rédeas e as cargas são

cuidadosamente examinadas, quando tenham provocado ferimentos, a fim de ser corrigida a causa para evitar novas lesões.

Art 134 - Alimentação nos estacionamentos § 1º - Água: A água deve ser potável, quer seja oriunda de rio,

riacho, lagoa, poço, etc. desde que os bebedouros sejam de fácil acesso e situados acima dos locais de banho dos homens e lavagem do trem de cozinha, portanto isentos de sabões, detritos alimentares e resíduos fabris.

Quando os potreiros nao dispõem de água, os animais são conduzidos aos bebedouros, tocados para diante ou puxados cada um pelo seu tratador.

Há situações especiais, aliás muito frequentes, em que a água não fica ao alcance da cavalhada, como, por exemplo, nos rios de barranca alta, nos córregos de grotas profundas, nas sangas de banhados atoladorese nos poços construídos, onde há necessidade de cada soldado dar água a seu cavalo, em baldes de lona ou em outra qualquer vasilha.

§ 2º - Milho: A ração de milho é melhor aproveitada nos estacionamentos, quando paga, diretamente pelo cavaleiro ao seu cavalo, nos respectivos embornais de lona, que na hora precisam ser ajustados cuidadosamente ao focinho, por intermédio da arreata, que funciona à guisa de cabeçada, regulada pela faceira, de modo a não ficar excessivamente folgada a ponto de que o animal não alcançar o milho colocado no fundo, nem muito curta , apertada demasiadamente, o que comprime as narinas e pode provocar suforcação. Ê comum haver cavalos esganados que, comendo afobadamente, avançam com agressividade no companheiro ao lado, para mordê-lo, e, consequentemente, afogam-se com o bolo alimentar, carecendo de pronto-socorro.

O milho velho e carunchado desprende, geral mente, um pozinho, que no ato de apreensão dos grãos, o cavalo pode aspirar, não só pelas narinas, como pela boca, provocando tosse, engasgamento e até asfixia. Daí a razão por que se exige que o soldado fique vigiando atentamente a sua montada durante o forrageamento em embornais.

Quando os animais se acham em liberdade nos potreiros ou nos currais, o milho será pago, de preferência, nos cochos, eventualmente ai existentes, ou, então, em lugares limpos e secos do solo, para reduzir ao mínimo a ingestão de substâncias impróprias a alimentação, tais como areia, terra, esterco, etc. Os animais contidos em potreiros brigam muito, havendo os mais valentes que não deixam os tímidos se aproximarem da forragem, obrigando os cavalariços a reprimí-los e acalma -los com gritos, ameaças de chicotadas, etc. a fim de que todos possam comer satisfatóriamente.

A forragem (milho no presente caso) deve ser distribuída bem longe das cercas, de modo que o animal acossado pelo outro, no ato das brigas, não venha a enredar-se, ferir-se, nem arrebentar o potreiro.

§ 3º - Alfafa: A alfafa, depois de desfiada, será paga nas mangedouras ou grades destinadas feno, algumas vezes existem nos potreiros. Entretanto, o mais comum é não haver instalações desta natureza e neste caso, ela será paga no chão, ein fileiras bem distantes uma das outras e também afastadas das cercas de modo a impedir o aparecimento daqueles acidentes já citados no forrageamento de milho guando os animais brigam.

§ 4º - Verdejo: 0 verdejo é à vontade para a cavalhada colocada em potreiros, isto é, ela pasta livremente.

Quando fica a cavalhada encerrada em curral ou presa em corda-tronco, há a necessidade de cortar o capim e pagã-lo nestes lugares , ou cada

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cavaleiro leva a sua montada para pastar, aproveitando a hora da limpeza ou ainda os cavalariços pastoreiam a cavalhada durante algum tempo em local acessível e de bom pasto, previamente escolhido e examinado, a fim de ver se existem ou não ervas tóxicas,

§ 5º - Durante os estacionamentos em razão de emprego a pé em operações de controle de distúrbios não é dada alimentação à cavalhada.

§ 6º - Nos estacionamentos em aguartelamentos ou durante ocupação de pontos sensíveis e/ou instalações vitais a alimentação é distribuía tanto quanto possível em cochos, mangedoura etc. fornecidos pelo apoio logístico da Unidade.

CAPITULO VI SUGESTÕES

SEÇÃO I

GENERALIDADES Art 135 - O presente capítulo constitui-se de sugestões elaboradas

pelo Grupo de Trabalho encarregado deste Manual visando a modernização da Polícia Montada e as condições de aplicabilidade do constante do mesmo, através da instrução específica dos quadros e da tropa, visando sua especialização, instrução e formação de especialistas. No tocante aos especialistas existe a necessidade de formação tendo em vista os claros oriundos do afastamento do serviço ativo por conclusão de tempo de serviço e a falta de elementos especializados para recompletamento. É sugerida também uma organização para a Polícia Montada com vistas a modernização o seu emprego.

SEÇÃO II

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO Art 136 - Curso Prático de Policia Montada (CPPMont) § 1º - Finalidade: dotar a Corporação de elementos especializados

(oficiais e praças) com preparo técnico, físico e psicológico, capacitando-os ao emprego montado em todas as missões próprias de Polícia Montada.

§ 2º - Objetivos: (a)-habilitar oficiais e praças para o emprego montado na execução

de todas as missões próprias da Polícia Montada; (b)-incutir nos oficiais e praças os conhecimentos necessários ao

trato com o cavalo desenvolvendo no cavaleiro o amor pela sua montada. (c)-especializar oficiais e praças no emprego montado. § 3º - Funcionamento: o Curso Pratico de Polícia Montada será

ministrado no Esqd Es PMont. Eventualmente poderá ser ministrado no RPMont.

§ 4º - Duração: a duração do curso será de 03 (três) meses com 504

(quinhentos e quatro) horas disponíveis para as sessões de instrução, comportando-se nesta carga horária geral as jornadas noturnas e as realizadas em dias nao uteis

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§ 5º - Carga horária: a execução da instrução será subordinada a uma carga horária semanal de 36 (trinta e seis) horas.

§ 69 - Conduta da instrução. A instrução ministrada durante o CPPMont deverá estar voltada para

a especialização do policial-militar de qualquer posto e/ou graduação, com execução intensiva de sessões teoricas que proporcionem um perfeito conhecimento sobre o cavalo e um acentuado adestramento para o cumprimento das missões próprias de Polícia Montada.

§ 7º - Organização O CPPMont, pela sua própria natureza, exige para o seu perfeito

funcionamento, um sistema de organização rígido e adequado as suas pró-prias características. 0 curso terá seguinte estrutura:

- Direção; - Coordenação; e, - Turma de instrução. 1) Direção e Coordenação:- O Diretor do CPPMont

será o Cmt do RPMont e o Coordenador será, em princípio, o Cmt do Esqd Es PMont; se o curso for ministrado no RPMont a coordenação caberá ao oficial designado.

Ao Diretor do Curso incumbe: a) Dirigir e orientar as atividades gerais do curso; b) Orientar a organização dos QT de acordo com as normas de

ensino vigentes na Corporação. c) Propor ao Diretor Geral de Ensino o desligamento dos alunos que,

por participação circunstanciada do Coordenador do Curso , derem razão a tal providência;

d) Indicar os oficiais e sargentos que funcionarão como instrutores e monitores.

2) Instrutores. Serão oficiais do RPMont, portadores de CPPM e/ou Curso de

Instrutor de Equitação que funcionarão durante todo o período de realização do curso. Eventualmente poderão ser designados medicos-veterinários para a instrução de matérias especificas.

3) Monitores:- Serão sargentos possuidores de CPPMont e/ou Curso de Monitor de Equitação.

4) Auxiliares de instrução:- Serão cabos e/ ou soldados de reconhecido destaque como cavaleiros de escola, pertencentes ao efetivo de RPMont, portadores de CPPMont.

5) Turmas de alunos:- as turmas poderão ser constituidas de: - oficiais, graduados e soldados movimentados para o RPMont

(turmas separadas) ; - turmas da EsFO, CFC, CFSf CAS compostas por elementos

destinados ao RPMont; e, - turmas do CFSd compostas por elementos de£ tinados ao RPMont. As turmas serão organizadas com um efetive máximo de 30 (trinta)

instruendos. Eventual mente as vagas poderão ser preenchidas por elementos indicados pela IGPM.

§ 8º - Condições para matrícula. a) ter sido movimentado para o RPMont (matrícula compulsória); b) não estar sub-júdice ou respondendo a inquérito ou processo civil

ou militar (matrícula voluntária); c) não ter sofrido sanção penal ou disciplinar nos últimos 06 (seis)

meses anteriores ao início do curso (matrícula volunt ria); e,

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d) estar apto para o serviço e no desempenho de função policial-militar (matrícula voluntária).

§ 9º - Avaliação do rendimento da aprendizagem. Avaliação sobre o desempenho dos alunos base ada numa

sistemática de observação constante e controle da aprendizagem de maneira a expressar o real aproveitamento do aluno, bem como as reações do mesmo em relação ao cavalo; 0 rendimento da aprendizagem serã verificado através de:

1) Verificação imediata (VI) - facultativa, de exclusiva responsabilidade do instrutor aplicada ao

término de cada sessão, não devendo influir diretamente no julgamento, podendo contribuir como elemento de aferição da compreensão do assunto ministrado, além de facilitar a formulação do conceito a ser atribuído a cada instruendo.

2) Verificação final (VF) - objetivando avaliar os conhecimentos de instruendo em certa faixa

do programa e será realizada ao final de cada unidade didática sob a responsabilidade do instrutor da matéria, podendo ser utilizados os seguintes instrumentos:

- prova escrita; - prova oral; - prova prática ou de execução; e, - avaliação do conceito. A conduta e a reação do aluno no decorrer do curso serão

devidamente observadas, dando resultado a um grau de conceito. Cada instrutor emitirá seu conceito sobre cada instruendo.

0 grau médio de conceito dos instruendo será tomado pela divisão do somatório dos diversos graus de conceito de um instruendo pelo número de instrutores.

Cl: GCI Nº de instrutores Ao final do Curso, será apurado o grau de conceito do instruendo

resultado da média aritmética entre o conceito do Diretor (CD) , conceito do Coordenador (CC) e conceito dos Instruendos (Cl).

GC: CD + CC + Cl 3 OBS:- Os conceitos emitidos pelo Diretor e pelo Coordenador,

expressarão o desempenho e as reações dos alunos e se basearão fundamentalmente, em observações recebidas e registradas durante o decorrer do Curso.

- grau final do curso. 0 grau final do curso será a média aritmética entre os graus da

verificação final {VF)e do Grau de conceito {GC). GFC: VF + GC 2 § 10 - Acompanhamento Psicológico As reações dos alunos, de carater tipicamente psicológicas serão

registradas, sistematicamente pelo Coordenador do Curso. Tais registros poderão indicar ao Diretor do Curso a necessidade da solicitação de acompanhamerto psicológico, o qual poderá ser direto oi indireto, indicando ou não a necessidade de entrevista e podendo dar, inclusive causa do desligamento.

§ 11 - Condições de aprovação

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Serão considerados aprovados os instruendos que obtiveram: a) Grau na verificação final (VF) em cada materia isoladamente,

igual ou superior 4 (quatro); e, b) Grau final do Curso igual ou superior 5 (cinco). § 12 - Variação e Aproximação de Graus a) os graus variarão de zero a dez e a aproximação será feita até

centésimo; b) as aproximações serão feitas de acordo com as seguintes

normas: 1. Quando o algarismo dos centésimos for 1, 2, 3 ou 4, será

sumariamente abandonado (arredondamento por falta); e, 2. Quando o algarismo dos centésimos for 5, 6, 7, 8 ou 9 o valor

absoluto do algarismo dos décimos será aumentado de uma unidade (arredondamento por excesso)

§ 13 - Desligamento Será desligado do Curso o instruendo que: 1) Pedir desligamento e tiver o seu requerimento deferido pelo

Diretor Geral de Ensino; 2) Perder um numero igual ou superior a 80(oitenta) pontos; 3) Cometer falta grave devidamente comprovada, que o torne

incompatível para permancer no Curso ou que comprometa o regime disciplinar a que está sujeito;

4) Não apresentar o vigor físico necessário para as atividades a que se destina, liado pela observação cotidiana nos trabalhos que requeiram esforço físicos e nos testes e exames físicos previstos no decorrer do Curso;

5) Faltar a qualquer jornada de instrução especializada em órgãos estranhos a PMERJ ou ainda faltar a jornadas completas de instrução que permita recuperar;

6) Durante o Curso cometer erro grave que atente contra a segurança de outrem; e,

7) Contrair moléstia, ou sofrer acidente que pela sua gravidade haja recomendação médica quanto ao seu afastamento.

§ 14 - Rematrícula Os instruendos desligados de acordo com alíneas "c" e "f" do

número anterior não poderão ser rematriculados em futuros cursos § 15 - Contagem de pontos A frequência do aluno para efeito de desligamento, serã avaliada

através da contagem de pontos, da forma que segue: - cada aula que o aluno não comparecer corre, pondera a perda de 01

(um) ponto, se falta justificada e de 03 (três) pontos se não justificada. § 16 - Classificação Os instruendos aprovados serão relacionados na ordem decrescente

dos graus finais do Curso. § 17 - Prescrições Finais 1) Os casos omissos, serio solucionados pela Direção do Curso

ouvida à DGE; 2) Poderão ser baixadas isntruções complemertares quando forem

julgadas necessárias para melhor rendimento do Curso; e, 3) Serão conferidos aos que concluirem o Curso com o

aproveitamento, diplomas e distintivos que simbolizarão o preparo que conseguiram através de um esforço continuado e instruções especializadas.

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194

194

Figura da pagina 338 apostila

Observações: 1) Os distintivos de metal dourado serão do uso dos oficiais e os de

metal prateado serão de uso de graduados e soldados; 2) Terão direito ao uso do distintivo o CPPMont sem frequentarem o

Curso, os seguintes elementos: a)- os oficiais integrantes do Grupo de Trabalho que elaborou o

Manual de Polícia Montada; e,. b)- os oficiais e graduados com Cursos da Escola de Equitação do

Exército. 3) Os Oficiais e Praças, com mais de 03 (três) anos em serviço em

Unidade Montada (RMCF e 2º RC/PMEG; Ala Cav/PMRJ; RPMont /PMERJ) serão submetidos a um exame prático por uma comissão de Oficiais desiginada pelo Cmt G/PMERJ, portadores de Curso de Instrutor de Equitação e/ou integrantes do Grupo de Trabalho que elabore o Manual de Polícia Montada; se aprovados terão direito ao uso do distintivo do CPPMont;

4) Em ambos os casos nao serão conferidos diplomas de conclusão de Curso.

Programa Básico de Instrução

N

úmer

o de

Se

ssõe

s

Assuntos a Ministrar

Tipo

s

Hor

as

1 (a) Polícia Montada; Unidade Montada, Regimento de Polícia Montada; o Pelotão de Polícia Montada; definição; organização sumaria.

T

1 (b) (c)

Polícia Montada; características e propriedades; condições gerais de emprego; missões.

T

1 (a) 0 cavalo; sua historia sumaria;oração do cavalo T 12

2 (a) Exterior do cavalo; nomenclatura T

1 (c) Exterior do cavalo; proporções. Hipometria T

2 (a) Idades T

2 (a) Pelagens T

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195

1 (c) Resenha; sistemática de resenha. Tipos e catego rias dos cavalos militares T

1 4

(a) Cuidados com os cavalos; limpreza da cavalhada; cuidados diários e periódicos; cuidados antes , durante e apôs o trabalho

T 4

4 (a) A ferradura e o ferrageainento; técnica de fer -

rageamento; como segurar e ferrar um cavalo

T 4

1 (a) cuidados com os cavalos; alimentação e agua; ti pos de forragens; tabela de forragem; regras de

forrageamento.

T 17

17

3 (a) Socorros de urgência; sintomas de doenças; feri mentos diversos

T

3 (b) (c)

Doenças contagiosas e não contagiosas; moléstia infécto-contagiosas sem tratamento; medidas pro filãticas compulsórias♦

T

1 (a) Ação dos agentes químicos; primeiros socorros. T

1 (b)

(c)

Taras e vícios; vxcios redibitórios; atitudes. T

1 (a) Sistema de estabulação: estrebarias, baias, boxes; estrumeiras; guarda das cavalariças

T 17

3 (a) 0 arreiamento: descrição; nomenclatura; limpeza e conservação T

3 (a) Equitação: modo de encilhar: como conduzir . e colocar o arreiamento: como retirar o animal da baia: cuidados antes de encilhar: encilhar e enfrenar (embridar).

P 6

3 (a). Equitação: modo de desencilhar e desenfrenar (-desembridar); cuidados apôs desencilhar; coloca ção do arreiamento; modo de conduzir e colocar o animal na baia; cuidados com o arreiamento a-pós desencilhar

20 (a) Equitação; como segurar, conduzir e apresentar um cavalo; montar e apear; uso dos estribos; co locação.na sela. Aquisição de confiança. Trabalho ao passo. Montar e apear.

P 20

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196

196

continuação 80 75 73

(a) (b) (c)

(c)

Modo de segurar e ajustar as rédeas; juntar e separar as rédeas. Trabalho ao passo. Flexionamentos. Aquisição da confiança. Posição do cavaleiro a cavalo; trabalho com e sem estribos. Emprego das ajudas.

P

80 75 73

73

120 (a) Posição do cavaleiro a cavalo Aquisição da confiança. Emprego das ajudas. Flexionamentos. Trabalho ao trote com e sem estribos.

P

120

80 (a) Posição do cavaleiro a cavalo. Aquisição da confiança. Emprego das ajudas. Flexionamentos. Trabalho ao galope com e sem estribos.

P

80

100 (a) Posição do cavaleiro a cavalo. Aquisição da confiança. Emprego das ajudas. Trabalho em terreno variado, nas três andaduras, com e sem estribos.

P 100

48 (a) Posição do cavaleiro a cavalo. Emprego das ajudas. Trabalho em vias públicas, nas três andaduras.

P 48

3 (a) Posição do cavaleiro a cavalo. Exercícios de emprego do armamento; espada. P 3

2 (a) Posição do cavaleiro a cavalo. Exercícios de emprego do armamento; revólver e mosquetão.

P 2

2 (a) Exercícios de ordem unida a cavalo. Escola do Pelotão a cavalo; formações, mudanças de formações Deslocamentos nas três andaduras. Manejo de lança.

P 2

2 (a) Exercícios de ordem unida a cavalo. Escola do Esquadrão a cavalo, formações, mudanças de formações, andaduras. Manejo da lança.

P 2

2 4

4

(a)

PON Mont e POT Mont: sistemática do patrulhamento; cuidados com o cavalo; emprego das andaduras procedimento do patrulheiro montado; execução do patrulhamento.

T P

2 4

continuação

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197

197

2 (a)

Controle de distúrbios: formações, mudanças de formações, andaduras: emprego de armamento; emprego à pé e a cavalo, grupos de cavalos de mão. Emprego do pelotão PMont.

T 2

(a)

8 P 8

(a) T 0 T A L

T

21

(a)

P 483

S 504

(b)

T 0 T A L

T 26

P 478

S 504

(c) T 28

(c)

T 0 T A L

P 476

S 504

Obs: 1) Classe de instruendos (a) instrução para oficiais, graduados e soldados; (b) instrução para subtenentes e sargentos; e, (c) instrução para oficiais. 2) Tipos de sessões: (T) teóricas; e, (P) praticas. . - 3) Programação de visitas: - Unidades Militares (sediadas no Estado ou fora do Estado) ; - Sociedade HÍpica e/ou clubes hípicos; . : . - Jockey Clubes; - Universidade Rural; e, - Locais de criação. 4) A duração das sessões de visitas é a critério do Diretor do

CPPMont, podendo ser oriunda da redução de outras sessões P ou T em função do aproveitamento dos instruendos;

5) A avaliação do rendimento terá sua duração oriunda, a critério do Diretor CPPMont, da redução de sessões P ou T e função do aproveitamento;

6) As alterações relativas a 4 e 5 serão propostas pelo Diretor CPPMont à DGE na elaboração do Programa do CPPMont e respectivos QT; e,

7) Em cada hora, 50 min de duração da sessão de instrução e 10 min de intervalo.

Figura da pagina 343 apostila

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MODELO DO CERTIFICADO DE CONCLUSÃO DO CPPMONT Art 137 Curso Prático de Enfermagem Veterinária (CPEVet) §1º- Finalidade:- dotar a corporação de elementos especializados

(sargentos e cabos) com preparo técnico, físico e psicológico, capacitando-os às atividades técnica de enfermagem veterinária.

§2º- Objetivo: - (a) habilitar sargento e cabos em serviço no RPMont, a execução

de atividades de enfermagem veterinária; (b) formar sargentos e cabos para a execução de enfermagem

veterinária no RPMont; e, (c) especializar sargentos e cabos em serviço no RPMont no

exercício de atividades técnicas de enfermagem veterinária. §3º- Funcionamento:- anualmente, em princípio, funcionão

simultaneamente ou sucessivamente dois (2) CPEVet,sendo um (1) destinado a formação de Cabos Enfermeiros Veterinários (CPEVet/2) e um (1) destinado à formação de Sargentos Enfermeiros-Veterinãrios (CPEVet/l), Ambos serão ministrados no Esqd Es Pmont podendo eventualmente, serem ministrados no RPMont.

§ 4º - Duração:- a duração do curso será de três (3) meses com quinhentos e quatro (504) horas disponíveis para as sessões de instrução, comportando-se nesta carga horária geral as jornadas noturnas e as realizadas em dias não úteis.

§ 5º - Carga Horária:- a execução da instrução será subordinada a uma carga horária semanal de trinta e seis (36) horas.

§ 69 - Conduta da Instrução:- a instrução ministrada no CPEVet será voltada para a especialização do sargento e/ou cabo, com execução intensiva de sessões teóricas e praticas que proporcionam um perfeito conhecimento sobre o cavalo e um acentuado adestramento para o exercício de atividades de enfermagem veterinária no RPMont. .

§ 7º - Organização:- O CPEVet, pela sua própria natureza, exige para o seu perfeito funcionamento, um sistema de organização rígido e adequado às suas próprias características. O curso terá a seguinte estrutura:

- Direção; - Coordenação; e, - Turma de instrução. a) Direção e Coordenação:- O Diretor do CPEVet será o Cmt do

KPMont e o Coordenador será um Oficiai Médico-Veterinário oportunamente designado.

Ao Diretor incumbe: 1. Dirigir e orientar as atividades gerais de curso; 2. Orientar a organização dos QT de acordo com as normas de

ensino vigentes na Corporação; 3. Propor ao Diretor Geral de Ensino o desligamento dos alunos

que, por participação circunstânciada do Coordenador do Curso, derem razão a tal providência; e,

4. Indicar os oficiais e sargentos que funcionarão como instrutores e monitores.

b) Instrutores Serão Oficiais Médicos-Veterinários que funcionarão durante todo o

período de realização do Curso. c) Monitores:- serão sargento e/ou cabos enfermeiros-Veterinários

em serviço no RPMont. d) Turmas de Alunos:- serão compostas por sargentos e/ou cabos do

RPMont ou da PMERJ, desejosos de grau de especialização. As turmas

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serão organizadas com o efetivo máximo de 30 (trinta) instruendos, devendo haver vagas disponíveis para preenchimento pela IGPM.

§ 8º - Condições para Matrícula: a) pertencer ao RPMont e ser possuidor do CPPMont; b) desejar exercer a especialidade no RPMont e ter con dições para

cursar o CPPMont simultaneamente; c) não ter sofrido sanção penal ou disciplinar nos últimos 6 (seis)

meses anteriores ao início do curso; d) estar apto para o serviço e no desempenho de função policial-

militar; e, e) ser cabo habilitado no CPEVet/2 com dois (2) anos de exercício

da especialidade, (no caso de matrícula no CPEVet/1) . § 9º - Avaliação do rendimento da aprendizagem Avaliação sobre o desempenho dos alunos baseada num; sistemática

de observação constante e controle da aprendizagem de maneira a expressar o real aproveitamento do aluno, bem como as reações do mesmo em relação ao cavalo; o rendimento da aprendizagem será verificado através de:

1) Verificação imediata (VI) - facultativa, de exclusiva responsabilidade do instrutor aplicada ao

termino de cada sessão, não devendo influir diretamente no julgamento, podendo contribuir como elemento de aferição da compreensão do assunto ministrado, além de facilitar a formulação do conceito a ser atribuido a cada instruendo.

2) Verificação final (VF) - objetivando avaliar os conhecimentos do instruendo em certa faixa

do programa e será realizado final de cada unidade didática sob a responsbilidade do instrutor da matéria, podendo ser u tilizados os seguintes instrumentos:

- prova escrita; - prova oral; - prova prática ou de execução; e, - avaliação do conceito. A conduta e a reação do aluno no decorrer do curso serão

devidamente observadas, dando resultado a um grau de conceito. Cada Instrutor emitirá seu conceito sobre cada instruendo.

O grau médio de conceito dos instruendos será tomado pela divisão do somatório dos diversos graus de conceito de um instruendo pelo número de instr tores.

CI: GCI n.ºde instruendos Ao final do Curso, será apurado o grau de coneito do instruendo

resultado da média aritmética entre o conceito do Diretor (CD), conceito do Coordenador (CC) e conceito dos Instruendos (Cl)

GC: CD + CC + CI 3

OBS:- Os conceitos emitidos pelo Diretor e pelo Coordenador,

expressarão os desempenhos e as reações dos alunos e se basearão fundamentalmente em observações recebidas e registradas durante o decorrer do Curso.

- grau final do curso.

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O grau final do Curso serã a média aritmética entre os graus de verificação final (VF) e do grau de conceito (GC).

GFC: VF + GC 2 § 10 - Acompanhamento Psicológico As reações dos alunos, de carater tipicamente psicológicas serão

registradas, sistematicamente pelo Coordenador do Curso. Tais registros poderão indicar ao Diretor do Curso a necessidade da solicitação de acompanhamento psicológico, o qual poderá ser direto ou indireto, indicando ou não a necessidade de entrevista e podendo dar, inclusive a causa do desligamento.

§ 11 - Condições de aprovação Serão considerados aprovados os instruendos que obtiveram: a) grau de verificação final (VF) em cada matéria isoladamente,

igual ou superior a 4 (quatro); e, b) grau final do Curso igual ou superior a 5 (cinco). § 12 - Variação e aproximação de graus a) os graus variarão de zero a dez e a aproximação será feita até

centésimo; b) as aproximações serão, feitas de acordo com as seguintes

normas: 1) Quando o algarismo dos centésimos for 1, 2, ou 4, será sumariamente abandonado (arredondamento por falta); e, 2) Quando o algarismo dos centésimos for 5, 6, 1,-8 ou 9 o valor

absoluto do algarismo dos décirnos será aumentado de uma unidade (arredondastes to por excesso).

§ 13 - Será desligado do Curso o instruendo que: a) Pedir desligamento e tiver o seu requerimento deferido pelo

Diretor Geral de Ensino; b) Perder um número igual ou superior a 80 (oitenta)

pontos; c) Cometer falta grave devidamente comprovada, que o torne

incompatível para permanecer no curso ou que comprometa o regime disciplinar a que está sujeito;

d) Não apresentar o vigor físico necessário para as vidades a que se destina, avaliado pela observação cotidiana nos trabalhos que requeiram esforço físicos e nos testes e exames físicos previstos no decorrer do Curso;

e) Faltar a qualquer jornada de instrução especializada em órgãos extranhos a PMERJ, ou ainda faltar jornadas completas de instrução que não permita recuperar;

f) Durante o Curso cometer erro grave que atente contra a segurança de outrem; e,

g) Contrair moléstia, ou sofrer acidente que pela sue gravidade haja recomendação médica para seu afastemento.

h) § 14 - Rematrícula Os instruendos desligados de acordo com as alíneas "c" e "f" do

número anterior não poderão ser rematriculados em futuros cursos. § 15 - Contagem de pontos A frequência do aluno para efeito de desligamento, será avaliada

através da contagem de pontos, da forma que se segue: - cada aula que o aluno não comparecer correspondera a perda de 1

(um) ponto, se falta justificada e de 3 (três) pontos se não. justificada. § 16 - Classificação

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201

Os instruendo aprovados -serão relacionados na ordem decrescente dos graus finais do curso.

§ 17 - Prescrições finais a) Os casos omissos serão solucionados pela Direção de Curso

ouvida à DGE; b) Poderão ser baixadas instruções complementares guan do forem

julgadas necessárias para melhor rendimento do Curso; c) Serão conferidos aos que concluirem o Curso com

aproveitamento, diplomas e distintivos que simbolizarão o preparo que conseguiram através de um esforço continuado nas instruções especializadas

§ 18 - Programa básico de instrução

Nº de sessões

Assuntos a Ministrar Tipo

s

Hor

as

20 Anatomia dos animais domésticos: Exterior, nomen-clatura e pelagens; raças.

T 10 p 10

10 Anatomia dos animais domésticos: Aparelho digestivo; sistema genito-urinario

T 5

p 5 10 Anatomia dos animais domésticos; Aparelho

circulatório e sistema nervoso; aparelho respiratório. T 5

p 5 10 Anatomia dos animais domésticos: Aparelho digestivo;

sistema genito-urinãrio T 5 p 5

10 Anatomia dos animais domésticos: Órgãos dos sentidos.

T 5

p 5

10 Anatomia dos animais domésticos: 0 casco

P 5 T 5

10

Noções de fisiologia dos animais: Aparelho músculo-esquelêtico.

T 5 p 5

10 Noções de fisiologia dos animais: Digestão e alimentaçao; nutrição.

T 5 p 5

10 Noções de fisiologia dos animais: Glândulas endócrinas.

T 5 p 5

10 Noções de fisiologia dos animais: Respiração; circulação.

T 5 p 5

10 Noções de fisiologia dos animais: Termo – Regulação

T 5 p 5

30 Enfermagem em geral: Técnica de contenção; material de enfermagem.

T 10 p 20

20 Enfermagem em geral: 0 paciente baixado

T 10 p 10

24 Enfermagem em geral: assepsia e antissepsia

T 10 p 14

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202

202

35 Enfermagem em geral: Técnica de injeções

T 15 p 15

25 Enfermagem em geral: Termometria; pulso; respiração, reflexos.

T 10 p 15

10 Enfermagem em geral: conservação e emprego do material.

T 5 p 5

30 Enfermagem em geral: bandagem

T 10 p 20

20 Enfermagem em geral: as instalações; funcionamento, dimensionamento, fiscalização

T 10 p 10

20 Enfermagem em geral: arguivo-médico, escrituração, relacionamento inter-setorial.

T 15 p 5

30 Noções de clínica e cirurgia: o enfermeiro no pré-operatório e pós-operatório.

T 20 p 10

30 Noções de clínica e cirurgia: o acompanhamento do doente.

T 20 p 10

30 Noções de clínica e cirurgia: emergências medicas

T 20 p 10

30 Noções de clínica e cirurgia: emergências cirúrgicas

T 10 p 20

30 Noções de clinica e ciurgia: higiene, e medidas preventivas.

T 20 p 10

20 Zootecnia geral

T 10 p 10

Temas livres. Verificações Total: 504

Obs: 1) Mediante proposta do Diretor do Curso à DGE serão

acrescentados assuntos relativos à Polícia Montada. a critério do mesmo Diretor, oriundos do Programa Básico do CPPMont;

2) Os assuntos serão ministrados nos CPEVet/1 e CPEVet/2 serão em função da graduação dos instruendos;

3) Em cada hora, 50 min de duração da sessão de instrução e 10 min de intervalo;

4) A duração das sessões de visitas é a critério do Diretor do CPEVet, podendo ser oriunda da redução de outras sessões P ou T em função do aproveitamento dos instruendos; e,

5) A avaliação do rendimento terá sua duração oriunda a critério do Diretor do CPEVet, da redução de sessões P ou T em função do aproveitamento.

Art 138 - Curso Prático de Ferradoria (CPFerr) § 1º - Finalidade:- dotar a Corporação de elementos especializados

(sargentos e cabos) com o preparo técnico, físico e psicológico, capacitando-os às atividades técnicas de ferradoria.

§ 2º - Objetivo: - (a) habilitar sargentos e cabos em serviçc no RPMont, a execução

de atividades de ferradoria; MODELO DE DISTINTIVO DOS CPEVet/1, CPEVet/2, CPFerr/1

E CPFerr/2.

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203

(b) formar sargentos e cabos para a execução de Ferradoria no RPMont; e,

(c) especializar sargentos e cabos em ser no RPMont no exercício de atividades técnicas de Ferradoria.

figura da pagina 351. § 3º - Funcionamento:- anualmente, em princípio, funcionarão

simultaneamente ou sucessivamente dois (2) .... CPFerr, sendo um (1) destinado à formação de Cabos Ferradores (CPFerr/2) e um (1) destinado à formação de Sargentos mestres-ferradores (CPFerr/1). Ambos serão ministrados no Esqd Es PMont, podendo eventualmente, serem ministrados no RPMont.

§ 4º - Duração:- a duração do Curso será de três meses com quinhentas e quatro (504) horas disponíveis para as sessões de instrução, comportando-se nesta carga horária geral as jornadas noturnas e as realizadas em dias nao úteis.

§ 5-° - Carga horária:- a execução da instrução será subordinada a uma carga horária semanal de trinta e seis (36) horas.

§ 6e - Conduta da instrução:- a instrução ministrada no CPFerr será voltada para a especialização do sargento e/ou cabo, com execução intensiva de sessões teoricas e práticas que proporcionem um perfeito conhecimento sobre o cavalo e um acentuado adestramento para o exercício de atividades de Ferradoria no RPMont.

§ 7º - Organização:- 0 CPFerr, pela sua própria natureza , exige para o seu perfeito funcionamento, um sistema de organização rígido e adequado as suas próprias características. 0 curso terá a seguinte estrutura:

- Direção; - Coordenação; e, - Turma de instrução. 1) Direçao e Coordenação:- 0 Diretor do CPFerr será o Cmt do

RPMont e o Coordenador será um Medico-Veterinário oportunamente designado.

Ao Diretor incumbe: a) Dirigir e orientar as atividades gerais do curso; b) Orientar a organização dos QT de acordo com as normas de

ensino vigentes na Corporação; c) Propor ao Diretor Geral de Ensino o desligamento dos alunos que,

por participação circunstanciada do Coordenador do Curso, deram razão a tal providência; e,

d) Indicar os oficiais e sargentos que funcionarão como instrutores e monitores.

2) Instrutores Serão Oficiais-Medicos-Veterinários que funcionarão durante todo o

período de realização do Curso. 3) Monitores - serão sargento e/ou cabos Ferradores em serviço no

RPMont.

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204

4) Turmas de alunos:- serão compostas por sargentos e/ou cabos do RPMont ou da PMERJ, desejosos degrau de especialização do 30 (trinta) instruendos devendo haver vagas disponíveis para preenchimento pela IGPM.

§ 8º Condições para matrícula: 1) pertencer ao RPMont e ser possuidor do CPPMont; 2) desejar exercer a especialidade no RPMont e ter condições para

cursar o CPPMont simultaneamente; 3) nao ter sofrido sanção penal ou disciplinar nos últimos 06 (seis)

meses anteriores ao inicio do curso; 4) estar apto para o serviço e no desempenho de função policial-

militar; e, 5) ser cabo habilitado no CPEVet/2 com dois (2)anos de exercicio

da especialidade, (no caso de matrícula no CPFerr/1). § 9º - Avaliação do rendimento da aprendizagem Avaliação sobre o rendimento dos alunos baseada numa sistemática

de observação constante e controle da aprendizagem de maneira a expressar o real aproveitamento do aluno, bem como as reações do mesmo em relação ao cavalo; o rendimento da aprendizagem será verificado através de:

1) Verificação imediata (VI) - facultativa, de exclusiva responsabilidade do instrutor aplicada ao

término de cada sessão , não devendo influir diretamente no julgamento, podendo contribuir como elemento de aferição da compreensão do assunto ministrado, além de facilitar a formulação do conceito a ser atribuido a cada instruendo.

2) Verificação final (VF) - objetivando avaliar os conhecimentos do instruendo em certa faixa

do programa e será realizada ao final de cada unidade didatica sob a responsabilidade do instrutor da matéria, podendo ser utilizados os seguintes instrumentos:

- prova escrita; - prova oral; - prova prática ou de execução; e, - avaliação de conceito. A conduta e a reação do aluno no decorrer do curso

serão devidamente observados, dando resultado a um grau de conceito. Cada instrutor emitira seu conceito sobre cada instruendo. 0 grau médio de conceito dos instruendos será tomado pela divisão do somatório dos diversos graus de conceito de um instruendo pelo número de instrutores.

CI: GCI

Nº de instruendos

Ao final do curso, será apurado o grau de conceito do instruendo resultado da média aritmética entre o conceito do Diretor (CD), conceito do Coordenador(-CC) e conceito dos instruendos (Cl).

GC: CD + CC + CI 3 OBS: - Os conceitos emitidos pelo Diretor e pelo Coordenador,

expressarão os desempenhos e as reações dos alunos e se basearão fundamentalmente, em observações recebidas e registradas diurante o decorrer do Curso.

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205

Figura da pagina 355 apostila MODELO DO CERTIFICADO DE CONCLUSÃO DO CPEVet - grau final do curso. 0 grau final do curso será a média aritmética entre os graus de

verificação final (VF) e do grau de conceito (GC). GFC: VF + GC 2 § 10 - Acompanhamento Psicológico As reações dos alunos, de carater tipicamente psicológicas serão

registradas, sistematicamente pelo Coordenador do Curso. Tais registros poderão indicar ao Diretor do Curso a necessidade da solicitação de acompanhamento psicológico, o qual poderá ser direto ou indireto, indicando ou não a necessidade da entrevista e podendo dar, inclusive a causa do desligamento.

§ 11 - Condições de aprovação Serão considerados aprovados os instruendos que obtiverem: 1) grau de verificação final (VF) em cada matéria isoladamente,

igual ou superior a 4 (quatro); e, 2) grau final do Curso igual ou superior a 5 (cinco) § 12 - Variação e aproximação de graus 1) os graus variarão de zero a dez e a aproximação será feita até

centésimos; 2) as aproximações serão feitas de acordo com as seguintes normas: a) quando o algarismo dos centésimos for 1, 2, 3 ou 4, será

sumariamente abandonado (arredondamento por falta); e, b) quando o algarismo dos centésimos for 5, 6, 7, 8 ou 9 o valor

absoluto do algarismo dos décimos será aumentado de uma unidade (arredondamento por excesso).

§ 13 - Será desligado do Curso o instruendo que: 1) pedir desligamento e tiver o seu requerimento deferido pelo

Diretor Geral de Ensino; 2) perder um número igual ou superior a 80 (oitenta) pontos; figura da pagina 356 apostila MODELO DO CERTIFICADO DE CONCLUSÃO DO CPFerr 3) Cometer falta grave devidamente comprovada, que o torne

incompatível para permanecer no curso ou que comprometa o regime disciplinar a que esta ajustado;

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206

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4) Não apresentar o vigor físico necessário para as atividades a que se destina, avaliado pela observação cotidiana nos trabalhos que requeiram esforço físico e nos testes e exames físicos previstor no decorrer do curso;

5) Faltar a qualquer jornada de instrução especializada em órgãos estranhos a PMERJ, ou ainda falta: a jornadas completas de instrução que não permiti, recuperar;

6) Durante o Curso cometer erro grave que atente contra a segurança de outrem; e,

7) Contrair moléstia, ou sofrer acidente que pela suagravidade haja recomendação para seu afastamento.

§ 14 - Rematrícula Os instruendos desligados de acordo com as alíneas "c" e "f" do

número anterior não poderão ser rematriculados em futuros cursos. § 15 - Contagem de pontos A frequência do aluno para efeito de desligamento será avaliada

através da contagem de pontos, da forma que se segue: - cada aula que o aluno não comparecer corresponder a perda de 1

(um) ponto, se falta justificada e de 3 (três) pontos se não justificada. § 16 - Classificação Os instruendos aprovados serão relacionados na ordem decrescente

dos graus finais do Curso. § 17 - Prescrições finais 1) Os casos omissos serão solucionados pela Direção do Curso

ouvida à DGE; 2) Poderão ser baixadas instruções complementares quando forem

julgadas, necessárias para melhor rendimento do Curso; e, 3) Serão conferidos aos que concluirem o Curso com

aproveitamento, diplomas e distintivos que simbolizarão o preparo que conseguiram através de um esforço continuado nas instruções especializadas.

§ 18 - Programa básico de instrução

Nº de sessões

Assuntos a Ministrar Tipo

s

Hor

as

60 Anatomia dos animais domésticos: Exterior, nomenclatura e pelagens, raças.

T 40 p 20

30 Anatomia dos animais domésticos: Aparelho digestivo; sistema genito-urinário.

T 20

p 10 20 Anatomia dos animais domésticos: Aparelho circu-

latório e sistema nervoso; aparelho respiratório T 10

p 10 20 Anatomia dos animais domésticos: Aparelho digestivo;

sistema genito-urinário. T 10 p 10

10 Anatomia dos animais domésticos: Orgãos dos sentidos T 5

p 5 30 Anatomia dos animais domésticos: 0 casco T 15

p 15 30 Noções de fisiologia dos animais: Aparelho músculo- T 20

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esguelético p 10 20 Noções de Fisiologia dos animais: Digestão e

alimentaçao; nutrição T 10 p 10

20 Noções de fisiologia dos animais: Glândulas andôcrinas T 10 p 10

20 Noções de fisiologia dos animais: Respiração;circulação

T 10 p 10

25 Noções de fisiologia dos animais: Termo-regulação T 15 p 10

30 Ferradoria em geral: Instalações; material; ferradura; cravos; forja

T 15 p 15

10 Ferradoria em geral: Contenção T 2 p 8

50 Ferradoria em geral: Toilete e ferrageamento normal T 20 p 30

40 Ferradura em geral: 0 casco patológico; ferra ortopédica

T 15 p 25

44 Ferradoria em geral: Patologia do aparelho locomotor . T 20 p 24

20 Higiene da água; solo e alimento T 10 p 10

20 Primeiros Socorros T 10 p 10

20 Escrituração interna T 10 p 10

Temas livres. Verificações Total: 504

Obs . 1) Mediante proposta do Diretor do Curso à DGE serão

acrescentados assuntos relativos â Polícia Montada, a critério do mesmo Diretor, oriundos do Programa Básico do CPPMont;

2) Em cada hora, 50 min de duração da sessão de instrução e 10 min de intervalo;

3) A duração das sessões de visitas é a critério do Diretor do CPFerr, podendo ser oriunda da redução de outras sessões P ou T em função do aproveitamento dos instruendos;

4) A avaliação do rendimento terã sua duração oriunda, a critério do Diretor CPFer, da redução de sessões P ou T em função do aproveitamento .

Art 139 — Curso Prático de Seleiro-Correiaria (CPSel-Corr) § 1º - Finalidade:- dotar a Corporação de elementos espepecilizados

(sargentos e cabos) com o preparo técnico, físico e psicológico, capacitando-os às atividades técnicas de seleiro-correiaria;

§ 2º - Objetivo:- a) habilitar sargentos e cabos em serviço no RPMont, a execução de

atividades da Seleiro-correiaria; (b) formar sargento e cabos para a execução de Seleiro-

correiaria no RPMont; (c) Especializar os sargentos e cabos em serviço no RPMont

no exercício de atividade técnicas de Seleiro-correiaria. § 3º - Funcionamento:- anualmente, em princípio,

funcionará um (1) CPSel-Corr destinado a formação de Sargento-

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mestre seleiiro-correeiro, que serã ministrado no Esqd Es PMont, podendo eventualmente, ser ministrado no RPMont.

§ 4º - Duração:- a duração do Curso serã de três (3) meses com quinhentas e quatro (504) horas disponíveis para as sessões de instrução, comportando-se nesta carga horária geral as jornadas noturnas e as realizadas em dias não úteis.

§ 5º - Carga horária:- a execução da instrução será subordinada a uma carga horária semanal de trinta e seis (36) horas.

§ 6º - Conduta da instrução:- a instrução ministrada no CPSel Corr será voltada para a especialização do sargento e/ou cabo, com execução intensiva de sessões teóricas e práticas que proporcionem um perfeito conhecimento sobre o cavalo e um acentuado adestramento para o exercício de atividades de Seleiro-Correiaria no RP.Mont.

§ 7º - Organização:- O CPSel-Corr, pela sua própria natureza, exige para o seu perfeito funcionamento, um sistema de organização rígido e adequado as suas próprias características.

0 Curso terá a seguinte estrutura: - Direção; - Coordenação; Figura da pagina 361 MODELO DE DISTINTIVO DO CPSel-Coor - Turma de instrução. 1) Direção e Coordenação:- O Diretor do CPSel-Corr será o Cmt

RPMont e o Coordenador será um Oficial / oportunamente designado; Ao Diretor incumbe: a) Dirigir e orientar as atividades gerais do curso; b) Orientar a organização dos QT de acordo com as normas

de ensino vigentes na Corporação; c) Propor ao Diretor Geral de Ensino o desligamento dos

alunos que, por participação circunstanciada do Coordenador do Cr-so, deram razão a tal providência;

d) Indicar os oficiais e sargentos que funcionarão como instrutores e monitores.

2) Instrutores . Serão Oficiais que funcionarão durante todo o período de realização

do Curso. 3)Monitores:- serão sargento e/ou cabos seleiros-correeiros em

serviço no RPMont. 4) Turmas de alunos:- serão compostas por sargento, cabos e/ou

soldados do RPMont ou da PMERJ, desejosos de grau de especialização de 30 (trinta) instruendos, devendo haver vagas disponíveis para preenchimento pela IGPM.

§ 8º - Condições para matrícula: 1) pertencer ao RPMont e ser possuidor do CPPMont; 2) desejar exercer a especialidade no RPMont e ter condições para

cursar o CPPMont simultaneamente; 3) não ter sofrido sanção penal ou disciplinar nos últimos 6 (seis)

meses anteriores ao inicio do curso;

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4) estar apto para o serviço e no desempenho de função policial-militar;

§ 9º - Avaliação do rendimento da aprendizagem. Avaliação sobre o rendimento dos alunos baseada numa sistemática

de observação constante e controle da aprendizagem de maneira a expressar o real aproveitamento do aluno, bem como as reações do mesmo em relação ao cavalo; o rendimento da aprendizagem será verificado através de:

Figura da pagina 362 1) Verificação imediata (VI) - facultativa, se exclusiva responsabilidade do instrutor aplicada ao

término de cada sessão, não devendo influir diretamente no julgamento, podendo contribuir como elemento de aferição da compreensão do assunto ministrado além de facilitar a formulação do conceito a ser atribuído a cada instruendo.

2) Verificação final (VF) - objetivando avaliar os conhecimentos do instruendo em certa faixa

do programa e será realizada ao final de cada unidade didãtica sob a responsabilidade do instrutor da matéria, podendo ser utilizados os seguintes instrumentos.

- prova escrita; - prova oral; - prova pratica ou de execução; - avaliação de conceito. A conduta e a reação do aluno no decorrer do curso serão

devidamente obs.ervadas, dando resultado a um grau de conceito. Cada instrutor emitirá seu conceito sobre cada instruendo.

0 grau médio de conceito dos instruendos será tomado pela divisão do somatório dos diversos graus de conceito de um instruendo pelo número de instrutores.

CI= GCT Nº de instruendo Ao final do curso, será apurado o grau de conceito do instruendo

resultado da média aritmética entre o conceito do Diretor (CD) , conceito do Coordenador (CC) e conceito dos instruendos (Cl).

CG: CD +CG + CI 3

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OBS . : Os conceitos emitidos pelo Diretor e pelo Coordenador, expressarão os desempenhos e as reações dos alunos e se basearão fundamentalmente, em observações rece bidas e registrada durante o decorrer do Curso.

- grau final do cruso. - O grau final do curso será a média aritmética entre os graus de

verificação final (VF) e do graud de conceito (GC) . GFC: VF + GC 2 § 10 - Acompanhamento Psicológico As reações dos alunos, de caráter tipicamente psicológicas serão

registradas, sistematicamente pelo coordenador do Curso. Tais registros poderão indicar ao Diretor do Curso a necessidade da solicitação de acompanhamento psicológico, o qual poderá ser direto ou indireto, indicando ou não a necessidade da entrevista e podendo dar, inclusive, a causa do desligamento.

§ 11 - Condições de aprovação. Serão considerados aprovados os instruendos que obtiverem: a) grau de verificação final (FV) em cada matéria isoladamente,

igual ou superior a 4 (quatro); b) grau final do Curso igual ou superior a 5 (cinco) . § 12 - Variação é aproximação de graus. a) os graus variarão de zero a dez e a aproximação será feita até

centésimos; b) as aproximações serão feitas de acordo com as seguintes

normas: 1) Quando o algarismo dos centésimos for 1,2,3 ou 4, será

sumariamente abandonado (arrendondamento por falta); 2) Quando o algarismo dos centésimos for 5,6,7, 8 ou 9 o valor

absoluto do algarismo dos décimos será aumentado de uma unidade (arrendondamento por excesso).

§ 13 - Será desligado do Curso o instruendo que: a) Pedir desligamento e tiver seu requerimento deferido pelo Diretor

Geral de Ensino; b) Perder um número igual ou superior a 80 (oi tenta) pontos; c) Cometer falta grave devidamente comprovada, que o torne

incompatível para permanecer no Curso ou gue comprometa o regime disciplinar a que está ajustado.

d) Não apresentar o vigor físico necessário para as atividades a que se destina, agaliado pela observação cotidiana nos trabalhos que requeiram esforço físico e nos testes e exames físicos previstos no decorrer do Curso.

e) Faltar a qualquer jornada de instrução especializada em órgãos estranhos a PMERJ, ou ainda faltar a jorna das completas de instrução que não permita recuperar;

f) Durante o Curso cometer erro grave que atente contra a segurança de outrem;

g) Contrair moléstia., ou sofrer acidente que pela sua gravidade haja recomendação para seu afastamento,

§ 14 - Rematrícula. Os instruendos desligados de acordo com as alíneas "c" e "f" do

número anterior não poderão ser rematriculados em futuros cursos. § 15 - Contagem de pontos.

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A freqílencia do aluno para eíeito de desligamento, será avaliada através de contagem de pontos, da forma que se segue:

- Cada aula que o aluno nao copa.recer correspondera a perda de 1 (um ponto, se falta justificada e de 3(três) pontos se nao justificada.

§ 16- Classificação. Os instruendos aprovados serão relacionados na ordem

decrescente dos graus finais do Curso. § 17 Prescrições finais a) Os casos omissos serão solucionados pela Direção do Curso

ouvida à DGE; b) Paderão ser baixadas instruções coraplememtares quando

forem julgadas necessárias para melhor rendimento do Curso; c) Serão conferidos aos que concluirem o Curso com

aproveitamento, diplomas e distintivos que simbolizarão o reparo que conseguiram através de um esforço continuado nas instruções especializadas.

§ 18 - Programa básico de instrução

Numero de sessões

Assuntos a Ministrar

Tipo

s

Hor

as

25 Conhecimento sobre a matéria de Seleiro-correi ária; ferramental; descrição; manuseio; finalidades; limpeza e conservação.

T P

25

25 Tipos de sola; característica, peso, emprego. T P

25

20 Fivelas, argolas e outras peças de metal; tipos formas, dimensões, utilização. T P

20

72 A cabeçada: tipos de cabeçada; peso;confecção das peças; medidas de cada peça; espessura da sola; tipos de costura.

T P

72

85 A sela: tipos de sela; peso; tipos de sola em pregada no fabrico de uma sela; corte das peças; tipos de costura..

T P

85

63 A cabeçada e a sela: reparos; tipos de costura; recuperação de peças. T P

63

46 Os loros e os látegos: tipos de sola para o fabrico; como cortar e costurar as peças; peso; formato.

T P

46

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212

212

42 Cilha e sobre-cilha: tipos de sola para o fabrico; como cortar as peças; peso; formato.

T P

P P

42

42 Outras peças do arreiamento: tipos de sola pa ra o fabrico; como cortar' e costurar as peças; peso; dimensões; formato.

T P

42

42 Equipamento da sela: como cortar e costurar as peças; peso; dimensões; formato.

T P

42

42 Material de contenção para uso de enfermaria veterinária e ferradoria: tipos de peças; formato dimensões; peso; modo de confecção.

T P

42

Temas livres

Verificações

Total 504

Qbs . : 1) Mediante proposta do Diretor. do Curso à DGE serão

acrescentados assuntos relativos a Polícia Militar, a critério do mesmo Diretor, oriundo do Programa Básico do CPPMont;

2) Em cada hora, 50 min de duração da sessão de instrução e 10 min de invervalo;

3) A duração das sessões de visitas e a critério do Dirstor do CPSel-Corr, podendo ser oriunda da redução de outras sessões P ou T em função do aproveitamento dos instruendos.

4) A avaliação do redimento terá sua duração oriunda, a critério do Diretor CPSel-Corr, da redução de sessões P ou T em função do aproveitamento.

SEÇÃO III DIVISÃO DE REMONTA

Art 140.- É um orgão de Polícia Montada destinado a execução de Remonta na Polícia Militar.

Art 141 - Finalidades a) Efetuar o recompletamento de 1/12 do efetivo equino

anualmente; b) Estabelecer um padrão equestre para as atividades da

Policia Montada Art 142-Localização Terreno plano a levemente acidentado, solo permeável e propício

a existência de pastos e capineiras, com temperatura média anual mais ou menos estável, dispondo de aguadas naturais, potáveis e perenes. A localização mais viável pelas condições existentes seria em Município da região Sul-Fluminense e da região Serrana.

Art 143-Instalação Utilizar regime semi-intensivo para as éguas gestantes e intensivo

para as éguas recém paridas e garanhões.deverão existir 10 (dez) cocheiras

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com piquetes individuais as éguas com potros e duas cocheiras para os garanhões, também com piquetes individuais. As cocheiras devem ser de alvenaria. Serão necessárias outras instalações para atividades administrativas, deposito de forragem, enfermaria veterinária e ferradoria. Os pastos devem ser cercados e divididas,com abrigos rústicos; a constração e divisão dos pastos será de acordo com as peculiaridades do local escolhido para sediar a remonta.

SEÇÃO IV COMANDO DE POLÍCIA MONTADA ( CPMont)

Art 144- é um escalão de comando intermediário da Policia Militar,

subordinado ao Cmdo G e EM, a nivel de CPC e CPI destinado ao comando, emprego operacional e apoio logístico específico das Umont, de existencia necessária no caso de criação e implantação de mais de um RP Mont e/ou outras subunidades independentes e em razão de emprego de Polícia Montada em toda area do Estado do Rio de Janeiro. No caso as Umont deixaram de se subordinar aos CPC, CPI, CPA, ficando diretamente subordinadas ao CP Mont.

Art 145 - Composição: O CPMont seria composto de: I) Comando; II) Seções de EM §1º - O Comandante do CPMont seria sempre um Coronel PM,

de preferencia possuidor de CPP Mont e/ou Curso de Equitação. §2º- O Subcomandante da CPMont seria um TenCel PM possuidor

do CPP Mont e/ou Curso de Equitação mais antigo que os Cmt/Umont subordinadas ou Cmt Umont, respondendo também pelas funções de Ch EM/CPMont.

§3º - As sessões do EM/CPMont chefiados por Majores PM portadore de CPMont e/ou Curso de Equitação seriam:

1) 1º Seção ( P/1) encarregada do pessoal (UMont e UMont subordinadas) e do recompletamento do pessoal apito para emprego montado e recompletamento da cavalhada das UMont subordinadas;

2) 2º Seção (P/2) com as funções normais de informações; 3) 3º Seção (P/3) encarregada do emprego operacional das

UMont subordinadas bem como da formação de pessoal apto para emprego montado e especialistas;

4) 4º Seção (P/4) encarregada do apoio logístico especifico da Polícia Montada, a ser fornecido as UMont pelos orgaos da Polícia Militar referente a:

(a) - fardamento e equipamento próprios para a tropa montada; (b) - arreiamento; (c) - armamento próprio para tropa montada (espada e lança) ; (d) - assistência veterinária para a cavalhada das UMont

subordinadas; (e) -viaturas próprias para o transporte de cavalhada. § 4º - Ainda subordinada a 4º Seçao/CPMont seria organizada uma

Subseção Veterinária encarregada de apoiar a assistência médicoco-veterinária nas UMont subordinadas, bem como dirigir a Divisão de

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Remonta. Teria a seu cargo a assistência médico-cirúrgica e preventiva e atividades gerais de Zootecnia. Seria Composta por:

- 1 Maj méd-vet, - 2 Cap méd - vet, - 2 Ten méd- vét, - 2 Sub Ten enf-vet, -12 Sgt enf-vet, -12 Cb enf-vet, - 1 Sub Ten ferr, -12 Sgt ferr, -12 Cb ferr, além de pessoal de tropa para atividades burocráticas. O pessoal

especializado (méd-vet, enf-vet e ferr) prestaria serviços também" nas UMont.

BIBLIOGRAFIA - Exercícios e Combate da Cavalaria. - Equitação e Adestramento. - Instrução Tática Individual e das Unidades elementares de

Cavalaria - C2 - 50. - Evoluções nas Unidades de Cavalaria a Cavalo e

Motorizadas C2 - 5. - O esquadrão de Fuzileiros do Regimento de Cavalaria - C2- - 51. - Emprego da Cavalhada - C2 - 15. - Manual do Cavaleiro - C25 - 5. - Esquadrão de Comando nos Regimentos de Cavalaria -C2- 53. - Esquadrão de Serviços., do Regimento de Cavalaria -C2- 54. - Manual do Ferrador T 42-22 5. - Inspeção de Forragem, T 42-250. - Defesa Sanitária do Animal - T 42-235. - Granjas, e Invernadas - T 42-2 40, - Hipologia (Escola de Equitação do Exército) M-6. -Sistema de Estabulação . (Es- Eq Ex) M - 11. - Aclimatação (Es Eq Ex) M - 11. - A Iniciação do Cavalo Novo (Conferência - Es Eq Ex), - Claro que já passou essa época. !... Então porque Equitação?

.(AMAN:-1971). -O cavalo e :o Burro de Guerra e de Paz - Diogo Branco

Ribeiro - Distúrbios Civis e Calamidades Públicas - C 19 - 15. - Possibilidades de emprego das Formações de Polícia Montada no

policiamento ostensivo e nas operações repressivas em casos de perturbação da ordem no Estado da Guanabara (Tese Cap A. C. Cruz - CAO).

- A Instrução e o emprego da Cavalaria na PMERJ (Tese Cap Joayr - CAO)

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