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Atividades de Controlo Técnico de Impermeabilizações em Coberturas Planas Fábio Luís Arruda Fagundes Dissertação para obtenção do Grau de Mestre em Engenharia Civil Júri Presidente: Prof. Ana Paula Patrício Teixeira Ferreira Pinto França de Santana Orientador: Prof. Nuno Gonçalo Cordeiro Marques de Almeida Orientador: Eng. Jorge Manuel Grandão Lopes Vogal: Eng. Margarida Enrech Casaleiro Proença Vogal: Prof. Vítor Faria e Sousa Outubro de 2013

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Atividades de Controlo Técnico de Impermeabilizações em

Coberturas Planas

Fábio Luís Arruda Fagundes

Dissertação para obtenção do Grau de Mestre em

Engenharia Civil

Júri

Presidente: Prof. Ana Paula Patrício Teixeira Ferreira Pinto França de Santana

Orientador: Prof. Nuno Gonçalo Cordeiro Marques de Almeida

Orientador: Eng. Jorge Manuel Grandão Lopes

Vogal: Eng. Margarida Enrech Casaleiro Proença

Vogal: Prof. Vítor Faria e Sousa

Outubro de 2013

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Atividades de Controlo Técnico de Impermeabilizações em

Coberturas Planas

Fábio Luís Arruda Fagundes

Dissertação para obtenção do Grau de Mestre em

Engenharia Civil

Júri

Presidente: Prof. Ana Paula Patrício Teixeira Ferreira Pinto França de Santana

Orientador: Prof. Nuno Gonçalo Cordeiro Marques de Almeida

Orientador: Eng. Jorge Manuel Grandão Lopes

Vogal: Eng. Margarida Enrech Casaleiro Proença

Vogal: Prof. Vítor Faria e Sousa

Outubro de 2013

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“A qualidade nunca é um acidente; é sempre o resultado de um esforço inteligente”

John Ruskin

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AGRADECIMENTOS

Quero expressar o meu sincero agradecimento a todos que de certa forma contribuíram ao longo da

realização desta dissertação.

Em primeiro lugar aos meus orientadores, o Professor Nuno Almeida e o Engenheiro Jorge Grandão

Lopes pela disponibilidade, paciência e motivação que me foram transmitindo ao longo do trabalho.

Ao Engenheiro Luís Costa da Victoria Seguros pelo tempo despendido e pelos esclarecimentos

prestados.

À empresa Vipaçor, e em especial aos seus funcionários que me foram ajudando e transmitindo

conhecimentos relativos à aplicação dos sistemas de impermeabilização abordados de forma

incansável.

Aos meus amigos Tiago, Cristiano, Nora e Vanda que muito me ajudaram e apoiaram ao longo do

trabalho; sem eles esta fase da minha vida não teria o mesmo significado.

Por fim, à minha família que sempre me apoiou de forma incondicional, dando todo o carinho e amor

necessários para enfrentar qualquer desafio.

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RESUMO

Aos sistemas de coberturas planas, associam-se por vezes diversas anomalias relacionadas com o

seu sistema de impermeabilização, as quais acabam por originar infiltrações de água no edificado e

que, por sua vez, geram vários inconvenientes para o utilizador final.

Neste contexto de insatisfação do utilizador final, urge a adoção de medidas que visem o incremento

da qualidade da construção. Entre estas medidas estão as atividades de controlo técnico, já

amplamente discutidas e aplicadas em diversos países. Estas atividades ajudam a promover um

maior nível da qualidade do edificado em geral, através de uma análise e controlo das situações

passíveis de originar situações de não-qualidade, desde a fase de conceção à fase de execução,

passando eventualmente pela fase de manutenção.

O controlo técnico pode também servir de base para a entrada em cena de seguradoras, que definem

os prémios de seguro com base nas conclusões dos controladores técnicos, dessa forma permitindo

ao utilizador final ter uma garantia extra relativamente à qualidade do edificado.

Este trabalho visa promover a atividade de controlo técnico e, em particular, as atividades de controlo

técnico de impermeabilizações em coberturas planas. O presente trabalho aborda os vários pontos

críticos do sistema construtivo em questão, incluindo propostas que visam tornar modelos de

relatórios já utilizados para realização destas atividade de controlo técnico, específicos para as

coberturas planas. Por fim, procedeu-se também à implementação prática dessas propostas em dois

casos de estudo.

Palavras-chave: Controlo técnico, qualidade da construção, impermeabilizações, coberturas planas,

seguros.

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ABSTRACT

Flat roof systems have associated with them several anomalies related to their waterproofing system

which may end up causing leaks into the buildings, leading to a series of problems for the user of the

building.

Following that feeling of dissatisfaction by the user of the building, urges the adoption of measures

aimed at improving the quality of construction. Among those measures are the technical control

activities already widely discussed and applied in several countries. Those activities help to promote a

higher level of quality of the built environment in general, through an analysis and control of the

situations which may cause a decrease of the quality level from the design phase to the

implementation phase, and eventually the maintenance phase.

Technical control can also serve as a basis for entry into scene of insurers that will define insurance

premiums based on the conclusions made by the technical control activities, allowing the user of the

building to have an extra guarantee.

This work aims to promote the technical control activity, especially the technical control activities of

waterproofing systems of flat roofs. The work dealt with the various critical points waterproofing

systems of flat roofs and created proposals for improving the reporting models already used for

carrying out technical control checks. The present work also includes the application of those

proposed models on two study cases.

Keywords: Technical control, quality in construction, waterproofing systems, flat roofs, insurances.

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ÍNDICE

AGRADECIMENTOS ........................................................................................................................................ vii

RESUMO.......................................................................................................................................................... ix

ABSTRACT ....................................................................................................................................................... xi

ÍNDICE ........................................................................................................................................................... xiii

ÍNDICE DE FIGURAS ........................................................................................................................................ xv

ÍNDICE DE TABELAS ........................................................................................................................................ xix

1. INTRODUÇÃO........................................................................................................................................... 1

1.1. ÂMBITO E OPORTUNIDADE DO TEMA .............................................................................................................. 1

1.2. OBJETIVO .................................................................................................................................................. 1

1.3. METODOLOGIA E ORGANIZAÇÃO DO DOCUMENTO ............................................................................................ 2

2. SISTEMAS DE COBERTURAS PLANAS ........................................................................................................ 3

2.1. REQUISITOS BÁSICOS ................................................................................................................................... 3

2.2. CONSTITUIÇÃO DOS SISTEMAS DE COBERTURAS PLANAS ..................................................................................... 5

2.3. TIPOLOGIAS DE COBERTURAS PLANAS ............................................................................................................ 10

2.3.1. Cobertura de acesso limitado ..................................................................................................... 11

2.3.2. Cobertura acessível a pessoas .................................................................................................... 12

2.3.3. Cobertura acessível a veículos .................................................................................................... 12

2.3.4. Cobertura ajardinada .................................................................................................................. 13

2.3.5. Variantes ..................................................................................................................................... 14

2.4. SOLUÇÕES DE REVESTIMENTOS DE IMPERMEABILIZAÇÃO EM ZONA CORRENTE ....................................................... 16

2.4.1. Soluções não tradicionais pré-fabricadas ................................................................................... 18

2.5. REVESTIMENTO DE IMPERMEABILIZAÇÃO EM PONTOS SINGULARES ..................................................................... 21

2.5.1. Paredes emergentes ................................................................................................................... 22

2.5.2. Juntas de dilatação ..................................................................................................................... 27

2.5.3. Pontos de drenagem e evacuação de águas pluviais .................................................................. 31

2.5.4. Outros elementos emergentes .................................................................................................... 32

2.6. ANOMALIAS MAIS FREQUENTES ................................................................................................................... 34

2.6.1. Zona corrente .............................................................................................................................. 35

2.6.2. Zonas singulares ......................................................................................................................... 40

3. CONTROLO TÉCNICO DE IMPERMEABILIZAÇÕES EM COBERTURAS PLANAS ........................................... 45

3.1. ENQUADRAMENTO DA ATIVIDADE DE CONTROLO TÉCNICO ................................................................................ 45

3.1.1. Conceito ...................................................................................................................................... 45

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3.1.2. Controlo Técnico e Fiscalização................................................................................................... 47

3.1.3. Controlo Técnico e Seguros ......................................................................................................... 47

3.1.4. Controlo técnico em Portugal e na Europa ................................................................................. 48

3.1.5. Resultados do controlo técnico ................................................................................................... 48

3.2. CONTROLO TÉCNICO APLICADO A IMPERMEABILIZAÇÕES DE COBERTURAS PLANAS .................................................. 48

3.2.1. Qualidade na impermeabilização de coberturas planas ............................................................. 49

3.2.2. Modelo base para o controlo técnico de impermeabilizações na fase de projeto ...................... 52

3.2.3. Modelo base para o controlo técnico de impermeabilizações na fase de execução................... 55

3.2.4. Proposta de modelo para o controlo técnico de coberturas planas na fase de projeto ............. 62

3.2.5. Proposta de adaptação para o controlo técnico de coberturas planas na fase de execução ..... 71

3.2.6. Resumo da proposta de controlo técnico detalhada para coberturas planas ............................ 72

4. CASOS DE ESTUDO ................................................................................................................................. 75

4.1. MORADIA UNIFAMILIAR ............................................................................................................................. 75

4.1.1. Fase de projeto............................................................................................................................ 75

4.1.2. Fase de execução ........................................................................................................................ 76

4.2. REABILITAÇÃO DE UMA COBERTURA PLANA .................................................................................................... 77

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................................................ 79

5.1. RESUMO E CONCLUSÕES DO TRABALHO ......................................................................................................... 79

5.2. DESENVOLVIMENTOS FUTUROS.................................................................................................................... 80

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................................................................................... 81

ANEXOS .......................................................................................................................................................... 83

ANEXO I – PONTOS IMPORTANTES PARA A QUALIDADE DO SISTEMA DE IMPERMEABILIZAÇÃO ......................... 1

ANEXO II - PORMENORES CONSTRUTIVOS SUGERIDOS POR FABRICANTES DAS MEMBRANAS EM ESTUDO ........ 9

ANEXO III – ESTUDO ABORDADO NO TRABALHO SOBRE AS ANOMALIAS EM COBERTURAS PLANAS (SILVA E

GONÇALVES, 2001) ............................................................................................................................................... 21

ANEXO IV – RELATÓRIOS DO MODELO ESPANHOL ............................................................................................... 23

ANEXO V – MODELO DE RELATÓRIO NA FASE DE PROJETO D02 .......................................................................... 25

ANEXO VI – MODELO DE RELATÓRIO NA FASE DE EXECUÇÃO D3 ........................................................................ 29

ANEXO VII – MODELO DE RELATÓRIO ESPECÍFICO PROPOSTO PARA A FASE DE PROJETO .................................. 35

ANEXO VIII – MORADIA UNIFAMILIAR .................................................................................................................. 43

ANEXO IX – REABILITAÇÃO DE UMA COBERTURA PLANA ..................................................................................... 67

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ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 1 – Requisitos básicos das obras definidos no Regulamento 305/2011 da UE ............................. 4

Figura 2 - Requisitos básicos e constituintes do sistema de coberturas planas implicados .................... 5

Figura 3 - Classificação e exemplos de tipos de estruturas resistentes (Paulo, et al., 2012) .................. 7

Figura 4 - Exemplos de classificações de coberturas planas (Lopes, 1994a) .......................................... 10

Figura 5 - Corte esquemático de cobertura de acesso limitado .................................................................. 11

Figura 6 - Corte esquemático de cobertura acessível a pessoas ............................................................... 12

Figura 7 - Corte esquemático de cobertura acessível a veículos ............................................................... 13

Figura 8 - Corte esquemático de cobertura ajardinada ................................................................................ 13

Figura 9 - Comparação das variações térmicas sazonais no revestimento de impermeabilização entre

cobertura tradicional e invertida (António, 2011) ........................................................................................... 15

Figura 10 - Comparação da temperatura no revestimento de impermeabilização entre a cobertura

tradicional e invertida (António, 2011) ............................................................................................................. 15

Figura 11 - Corte esquemático de cobertura invertida ................................................................................. 15

Figura 12 - Corte esquemático de tipologia variante com isolamento térmico aplicado sob a estrutura

resistente ............................................................................................................................................................. 16

Figura 13 - Corte esquemático de tipologia variante com isolamento térmico sobre teto falso ............. 16

Figura 14 - Classificação dos revestimentos de impermeabilização tradicionais (Paulo, et al., 2012) . 17

Figura 15 - Classificação dos revestimentos de impermeabilização não-tradicionais (Paulo, et al.,

2012) .................................................................................................................................................................... 17

Figura 16 - Pormenores construtivos de membranas de betumes modificados numa parede

emergente (DA 19, 2010) .................................................................................................................................. 23

Figura 17 - Pormenor construtivo de membrana de PVC com proteção pesada face a parede

emergente com recurso a chapa de aço (DA 22, 2010) .............................................................................. 24

Figura 18 - Pormenor construtivo de membrana de PVC com proteção pesada face a parede

emergente (DA 22, 2010) .................................................................................................................................. 24

Figura 19 - Pormenor construtivo de membrana de PVC com proteção pesada face a parede

emergente com remate em chapa de aço (DA 22, 2010) ............................................................................ 25

Figura 20 - Pormenor construtivo face a uma soleira (Lopes, 1994b) ....................................................... 26

Figura 21 - Pormenor construtivo de junta em proteção pesada rígida (Lopes, 1994b) ......................... 26

Figura 22 - Pormenores construtivos de capeamentos de platibandas (Lopes, 1994b) ......................... 27

Figura 23 - Pormenor construtivo de uma banda de dessolidarização do remate em platibandas pré-

fabricadas (Lopes, 1994b) ................................................................................................................................ 27

Figura 24 - Pormenor construtivo de remate de junta estrutural com membrana de betumes

modificados em cobertura de acesso limitado (Lopes, 1994b) ................................................................... 28

Figura 25 - Pormenor construtivo de remate de junta estrutural sobre-elevada com membrana de

betumes modificados (Lopes, 1994b) ............................................................................................................. 28

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Figura 26 - Pormenor construtivo de remate de junta estrutural sobre-elevada com membrana de PVC

(DA 23, 2010) ...................................................................................................................................................... 30

Figura 27 - Pormenor construtivo de junta estrutural sobre-elevada com capeamento (Lopes, 1994b)

.............................................................................................................................................................................. 30

Figura 28 - Pormenor construtivo de remate numa separação de edifícios de alturas diferentes

(Lopes, 1994b) .................................................................................................................................................... 31

Figura 29 - Pormenor construtivo de embocadura de tubo de queda (Lopes, 1994b) ............................ 32

Figura 30 - Pormenor da ordem de aplicação do revestimento de impermeabilização (Lopes, 1994b)32

Figura 31 - Pormenor construtivo de remate em tubagem emergente (Lopes, 1994b) .......................... 33

Figura 32 - Distribuição de anomalias de acordo com origem (Silva e Gonçalves, 2001)...................... 34

Figura 33 - Distribuição das anomalias pelas zonas da cobertura (Silva e Gonçalves, et al., 2001) .... 34

Figura 34 - Classificação de anomalias por zona da cobertura (Lopes, 1994b) ...................................... 35

Figura 35 - Introdução ao modelo de relatório D02 ...................................................................................... 53

Figura 36 - Participantes no projeto do D02................................................................................................... 54

Figura 37 - Bases de partida do D02 .............................................................................................................. 54

Figura 38 - Documentação analisada do D02 ............................................................................................... 55

Figura 39 - Enumeração dos relatórios emitidos ........................................................................................... 55

Figura 40 - Conclusões do D02 ....................................................................................................................... 56

Figura 41 - Introdução ao modelo de relatório D3 ......................................................................................... 57

Figura 42 - Dados administrativos do D3 ....................................................................................................... 57

Figura 43 - Aspetos modificados relativamente ao D0 e/ou ao D02 do D3 .............................................. 58

Figura 44 - Relação de anexos do D3 ............................................................................................................ 58

Figura 45 - Conclusão geral final do D3 ......................................................................................................... 59

Figura 46 - Reservas técnicas emitidas no D3 .............................................................................................. 59

Figura 47 - Descrição da unidade de obra do D3 ......................................................................................... 60

Figura 48 - Informações da cobertura do D3 ................................................................................................. 61

Figura 49 - Materiais do D3 .............................................................................................................................. 61

Figura 50 - Execução do D3 ............................................................................................................................. 62

Figura 51 - Ensaio de estanquidade do D3 .................................................................................................... 63

Figura 52 - Primeira proposta para as bases de partida do D02.cp ........................................................... 64

Figura 53 - Segunda proposta para as bases de partida do D02.cp .......................................................... 64

Figura 54 - Terceira proposta para as bases de partida do D02.cp ........................................................... 65

Figura 55 - Proposta relativa ao livro do edifício para o D02.cp ................................................................. 65

Figura 56 - Primeira parte do anexo proposto ao D02.cp para a zona corrente ...................................... 66

Figura 57 - Segunda parte do anexo proposto ao D02.cp para a zona corrente ..................................... 66

Figura 58 - Terceira parte do anexo proposto ao D02.cp para a zona corrente ...................................... 67

Figura 59 - Primeira parte do anexo proposto ao D02.cp para as paredes emergentes ........................ 68

Figura 60 - Segunda parte do anexo proposto ao D02.cp para as paredes emergentes ....................... 68

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Figura 61 - Terceira parte do anexo proposto ao D02.cp para as paredes emergentes ........................ 68

Figura 62 - Quarta parte do anexo proposto ao D02.cp para as paredes emergentes ........................... 69

Figura 63 - Primeira parte do anexo proposto ao D02.cp para as juntas de dilatação ........................... 69

Figura 64 - Segunda parte do anexo proposto ao D02.cp para as juntas de dilatação .......................... 70

Figura 65 - Primeira parte do anexo proposto ao D02.cp para os pontos de drenagem e evacuação de

águas pluviais ..................................................................................................................................................... 70

Figura 66 - Segunda parte do anexo proposto ao D02.cp para os pontos de drenagem e evacuação

de águas pluviais ................................................................................................................................................ 70

Figura 67 - Terceira parte do anexo proposto ao D02.cp para os pontos de drenagem e evacuação de

águas pluviais ..................................................................................................................................................... 71

Figura 68 - Primeira parte do anexo proposto ao D02.cp para outros elementos emergentes ............. 71

Figura 69 – Segunda parte do anexo proposto ao D02.cp para outros elementos emergentes ........... 71

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ÍNDICE DE TABELAS

Tabela 1- Pontos importantes a verificar na fase de projeto ....................................................................... 49

Tabela 2 - Pontos importantes a verificar na fase de execução ................................................................. 50

Tabela 3 - Pontos importantes a verificar na fase de manutenção ............................................................ 52

Tabela 4 – Análise dos pontos importantes a verificar abordados face ao modelo proposto de

relatórios na fase de projeto ............................................................................................................................. 72

Tabela 5 - Análise dos pontos importantes a verificar abordados face ao modelo de relatório na fase

de execução ........................................................................................................................................................ 72

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1. Introdução

1.1. Âmbito e oportunidade do tema

A presente dissertação aborda a temática do controlo técnico da construção e a sua aplicação a

sistemas de impermeabilização em coberturas planas.

As soluções de coberturas planas têm vindo a ganhar um espaço importante nas construções atuais,

quer pelo acompanhamento de movimentos arquitetónicos, quer pela vantagem da criação de um

espaço extra nos edifícios com diversos usos possíveis.

A juntar às vantagens acima mencionadas, são também importantes as melhorias técnicas e

tecnológicas que têm vindo a permitir melhorar o desempenho das coberturas face às exigências

funcionais (agora tidas como requisitos básicos segundo o regulamento 305/2011 da UE) destes

sistemas construtivos, nomeadamente no que diz respeito aos requisitos diretamente relacionados

com a impermeabilização e isolamento térmico.

Dado neste tipo de sistemas haver um considerável número de constituintes a ter em conta,

aumentando desta forma a probabilidade de ocorrência de defeitos, é importante a adoção de

metodologias que permitam diminuir essa mesma probabilidade, como seja por exemplo, o controlo

técnico. Além de ser mais uma ferramenta a considerar para a obtenção de maiores níveis de

qualidade da aplicação do sistema construtivo, o controlo técnico abre também caminho para a

intervenção de seguradoras dando assim origem a um produto com garantias extra para o cliente

final.

Perante a análise de diversos estudos nacionais e internacionais sobre o sistema de coberturas

planas, bem como os casos de estudo abordados ao longo da realização do trabalho, constatou-se

que de facto as impermeabilizações deste sistema construtivo são um componente muito dado a

erros de diversos tipos e em diversas fases, ou seja, quer a nível de projeto, execução ou mesmo na

fase de manutenção/exploração.

Existe portanto uma propensão à ocorrência de defeitos na obra acabada, justificando-se assim a

promoção de ferramentas com o intuito de, por um lado reduzir essa relação com as anomalias

típicas deste componente do sistema de coberturas planas e, por outro, de conceder garantias extra

ao cliente final, através da aplicação do controlo técnico às diferentes fases acima mencionadas.

1.2. Objetivo

Com a realização deste trabalho pretende-se abordar o sistema de coberturas planas, os seus

diferentes componentes, tipologias e anomalias mais frequentes por forma a perceber os pontos

críticos desde a conceção do sistema até à fase de manutenção/exploração.

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Depois de identificados esses pontos críticos, proceder-se-á ao seu enquadramento no âmbito do

controlo técnico tendo em vista a criação de modelos melhorados de relatórios, que posteriormente

serão aplicadas em casos reais.

1.3. Metodologia e organização do documento

A metodologia empregue na realização do trabalho passa por em primeira instância realizar dois

capítulos de revisão de conhecimentos, um referente à temática de coberturas planas (capítulo 2) e o

outro ao das atividades de controlo técnico (capítulo 3).

No segundo capítulo são abordados os sistemas construtivos de coberturas planas, dando especial

destaque às camadas constituintes e funções das mesmas, às tipologias mais usuais, aos materiais

mais usados atualmente no país, às soluções a adotar nos pontos singulares, uma breve análise às

anomalias mais comuns e por fim efetua-se um resumo geral dos pontos-chave a controlar nas

diferentes fases (projeto, execução e manutenção/exploração).

Segue-se um terceiro capítulo onde é feita uma abordagem ao controlo técnico aplicado em

impermeabilizações de coberturas planas, começando com uma definição geral sobre o tema, o seu

sentido, objetivos, intervenientes e estado atual em Portugal e na Europa, seguida por um subcapítulo

onde se pretende apresentar aspetos de qualidade relativos a impermeabilizações de coberturas

plana. De seguida, são abordados modelos de relatórios utilizadas e procede-se à elaboração de

propostas de melhoria face a esses modelos de relatórios já existentes de acordo com o estudo até aí

realizado no âmbito das coberturas planas.

Antes do capítulo de conclusões do trabalho e de apresentação de sugestões de estudos futuros, no

quarto capítulo, descreve-se a aplicação a casos reais dessas propostas de modelos de relatórios

melhorados.

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2. Sistemas de Coberturas Planas

Os sistemas de coberturas planas permitem a criação de um novo espaço passível de ser usado,

bem como o desenvolvimento de formas arquitetónicas modernas, aliando isso à satisfação dos

requisitos básicos definidos pelo Regulamento 305/2011 da União Europeia, requisitos estes que

serão abordados no primeiro ponto deste capítulo.

Com o objetivo de garantir um bom desempenho da cobertura face aos requisitos acima

mencionados, o sistema da cobertura deverá incorporar diferentes constituintes, com diferentes

ações a considerar no sistema. As camadas das coberturas, as suas características e funções serão

tratadas no segundo ponto deste capítulo.

De seguida, no terceiro ponto serão apresentadas algumas classificações utilizadas no âmbito das

coberturas planas, e posteriormente abordada a classificação mais útil ao propósito deste trabalho:

classificação tendo em conta o tipo de uso. Aqui, para além de se pretender fazer uma distinção entre

cada tipo de uso, pretende-se também abordar os diferentes componentes de cada tipologia, bem

como os aspetos a ter em conta com a introdução desses componentes.

No quarto ponto serão abordadas as soluções de revestimento de impermeabilização para a zona

corrente das coberturas planas, dando enfase às que são mais comuns em Portugal. No ponto cinco,

faz-se uma análise ao revestimento de impermeabilização nos pontos singulares das coberturas bem

como as disposições recomendadas a utilizar nos mesmos para as soluções de revestimento de

impermeabilização abordadas.

As anomalias correntemente verificadas nos sistemas de coberturas planas e as suas causas

principais serão abordadas no sexto ponto. Esta análise é importante para ajudar na determinação

dos aspetos relevantes a ter em conta nas fases de projeto, execução e manutenção, para

posteriormente se definir as atividades de controlo técnico nessas mesmas fases.

No fim de cada tema abordado será apresentada em anexo uma tabela-resumo com os principais

aspetos a ter em conta, que posteriormente irão auxiliar na definição das atividades de controlo

técnico para as impermeabilizações em coberturas planas.

De referir que na base desta abordagem aos sistemas de coberturas em terraço estão dois trabalhos

de referência nacional (Lopes, 1994a; Lopes, 1994b), trabalhos estes que serviram também de base

ao desenvolvimento de outras dissertações de mestrado no tema de coberturas planas e que ao

longo deste trabalho serão também mencionadas.

2.1. Requisitos Básicos

De acordo com o Anexo I do Regulamento nº305/2011 da União Europeia “(…) que estabelece

condições harmonizadas para a comercialização dos produtos de construção (…)”, existe uma série

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de Requisitos Básicos a garantir nas obras de construção civil, tal como se poderá constatar na

Figura 1.

Figura 1 – Requisitos básicos das obras definidos no Regulamento 305/2011 da UE

Destes requisitos básicos, o presente trabalho abordará essencialmente dois, o requisito referente à

“Higiene, saúde e ambiente” que está diretamente relacionado com a função das impermeabilizações,

e o requisito relativo à “Economia de energia e isolamento térmico”, visto o sucesso do isolamento

térmico estar muito ligado ao bom desempenho do sistema de impermeabilização.

Relativamente ao primeiro requisito, o constituinte dos sistemas de coberturas responsável é

essencialmente o revestimento de impermeabilização, podendo ter alguns outros constituintes

auxiliares na sua ação como a camada de forma e, no caso das coberturas ajardinadas, as camadas

drenante e filtrante. O isolamento térmico tem também relativa importância neste requisito, já que as

humidades de condensação estão muitas vezes ligadas à ausência do mesmo (Alves, 2013).

O segundo requisito é cumprido através da camada de isolamento térmico, que para ter um

desempenho adequado necessita estar devidamente protegida da ação da água e do vapor de água,

sendo esta proteção mais ou menos importante dependendo dos materiais que constituem a camada

de isolamento térmico.

Os restantes requisitos devem ser igualmente satisfeitos nos sistemas de coberturas planas

ilustrando-se na Figura 2 um esquema indicativo dos principais constituintes do sistema em causa

responsáveis pelo cumprimento de cada um dos requisitos.

Requisitos Básicos das obras definidas no Regulamento 305/2011 (UE)

Resistência mecânica e estabilidade

Segurança contra incêndio

Higiene, saúde e ambiente

Segurança e acessibilidade na utilização

Proteção contra o ruído

Economia de energia e isolamento térmico

Utilização sustentável dos recursos naturais

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5

Figura 2 - Requisitos básicos e constituintes do sistema de coberturas planas implicados1

2.2. Constituição dos Sistemas de Coberturas Planas

A solução construtiva de cobertura plana carateriza-se pela fraca pendente que possui quando

comparada com a cobertura inclinada. Geralmente admite-se que na cobertura plana a pendente

assume valores da ordem dos 1% aos 8% (podendo chegar até aos 15%), face às coberturas

inclinadas que apresentam por sua vez valores substancialmente superiores (Dias, 2008).

De referir que o mínimo estabelecido pelo RGEU para a pendente é de 1%, enquanto que por outro

lado o valor máximo para esta categoria de coberturas pode variar consoante o autor ou mesmo o

país. A título de exemplo tem-se a normalização belga que define o limite como sendo de 10% e na

normalização inglesa de 17,5% (Dias, 2008).

Um sistema de cobertura plana tem na sua constituição um diverso número de camadas, com

diferentes funções, que permitem assegurar os requisitos básicos anteriormente mencionados.

Relativamente aos constituintes destes sistemas, importa desde já referir as camadas que por si só

garantem a satisfação aos principais requisitos básicos anteriormente apresentados, e estando por

isso mesmo presentes em todo o tipo de cobertura deste tipo; essas camadas são a estrutura

resistente, o suporte de impermeabilização, o revestimento de impermeabilização e a proteção desse

revestimento (Lopes, 1994a).

Outras camadas genéricas a considerar, e que serão neste subcapítulo abordadas com algum

detalhe, são a camada de regularização, camada de forma, barreira pára-vapor, camada de

isolamento térmico, camada de difusão de vapor de água e camada de dessolidarização.

1 No caso de a camada de forma ser constituída por um betão de agregados leves, esta terá uma ação complementar à

camada de Isolamento térmico (Paulo, et al., 2012; Gomes, 1968; Lopes, 1994a)

Requisitos Básicos das obras definidas no Regulamento 305/2011 (UE)

Resistência mecânica e estabilidade

Estrutura Resistente

Segurança contra incêndio

Estrutura Resistente

Isolamento Térmico

Higiene, saúde e ambiente

Revestimento de Imperme-

abilização

Isolamento Térmico

Segurança e acessibilidade na utilização

Proteção do Revestimento de Imperme-

abilização

Proteção contra o ruído

Estrutura resistente

Economia de energia e isolamento térmico

Isolamento Térmico

Camada de forma1

Utilização sustentável dos recursos naturais

Todos os constituintes

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6

Para além destes constituintes mais comuns, podem-se verificar outros que compatibilizem a

instalação de determinados revestimentos de impermeabilização em determinados suportes, como

sejam o caso das denominadas barreiras de proteção térmica ou as barreiras de separação química,

podendo estas ser desde logo aplicadas no revestimento de impermeabilização em fábrica (Lopes,

1994a).

Poderão ainda considerar-se outras camadas, para o caso das coberturas ajardinadas, como a

camada drenante e a camada filtrante.

No Anexo I encontram-se tabelas com os pontos importantes a verificar na conceção, execução e,

quando aplicável, manutenção dos diversos constituintes.

a) Camada de forma

A camada de forma é um constituinte do sistema de coberturas planas, que em geral é colocada

diretamente sobre a estrutura resistente e que confere a pendente à cobertura, através duma

deposição de material diferenciada em altura, segundo o projeto. Esta pendente irá promover um

escoamento mais rápido e eficaz das águas que contactem com o sistema, minimizando assim o

tempo de contacto destas com o revestimento de impermeabilização.

Sobre esta camada é normalmente assente a barreira pára-vapor (podendo antes desta ser aplicada

uma camada de regularização, caso tal se justifique), seguida do isolamento térmico. Nos casos em

que essa camada de isolamento térmico não se encontra nessa posição (cobertura invertida), poderá

assentar diretamente sobre esta camada de forma, devidamente regularizada, o revestimento de

impermeabilização.

É normalmente executada por meio de um betão leve, de forma a reduzir os esforços na estrutura

resistente, sendo exemplos desse tipo de betões o betão leve de agregados de argila expandida, de

granulado de cortiça, de poliestireno expandido ou ainda o betão celular (Paulo, et al., 2012).

Esta camada pode não ser executada no caso de a estrutura resistente já possuir a pendente

necessária. Por outro lado, a camada de forma pode também substituir (total ou parcialmente) a

camada de isolamento térmico, dados os materiais que a compõem. Quando assim for, a barreira

pára-vapor deverá ser colocada entre a camada de forma e a estrutura resistente (ou camada de

regularização, caso esta tenha sido necessária), ao invés de ser aplicada sobre a camada de forma

(Gomes, 1968).

A execução desta camada inspira alguns cuidados, que devem ser verificados de forma a permitir o

sucesso do sistema de impermeabilização, tais como a necessidade de se garantir previamente uma

superfície limpa e ligeiramente rugosa, que deverá ser molhada para assim receber a camada de

forma ou a necessidade de garantir que a sua espessura se encontre num intervalo de valores entre

3 e 30 cm, sob pena de, no primeiro caso, tornar a execução da camada muito difícil e originar

destacamentos, e no segundo caso para evitar solicitações excessivas para a estrutura resistente

(Paulo, et al., 2012).

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b) Estrutura resistente

A estrutura resistente, também denominada de laje de cobertura, tem como função principal

assegurar a resistência às ações mecânicas a que a cobertura estará sujeita ao longo do seu tempo

de utilização/exploração, mas também durante o tempo de execução do sistema de cobertura.

Segundo o CSTB (Centre Scientifique et Technique du Bâtiment), as estruturas resistentes podem ser

classificadas em estruturas flexíveis ou estruturas rígidas (contínuas ou descontínuas). Esta

classificação, bem como as soluções que a cada tipo dizem respeito, encontram-se resumidas na

Figura 3, sendo que o mesmo se aplica ao contexto nacional.

Figura 3 - Classificação e exemplos de tipos de estruturas resistentes (Paulo, et al., 2012)

Esta classificação permite também separar as soluções de estruturas resistentes de coberturas de

edifícios correntes (habitação, escritórios, estacionamento), das soluções que normalmente são

aplicadas em estruturas com grandes vãos (unidades industriais, pavilhões ou superfícies

comerciais), sendo que no primeiro caso serão à partida empregues soluções do tipo rígidas e no

segundo do tipo flexíveis (ou eventualmente rígidas com elementos descontínuos), dado a ausência

de condições de conforto térmico importantes a verificar neste caso e por outro lado, a necessidade

de menores solicitações devido ao peso das soluções, dado os maiores vãos praticados (Paulo, et al.,

2012).

Nesta camada, as atividades a verificar sob o ponto de vista da impermeabilização estão

relacionadas sobretudo com a fase da betonagem, como se pode constatar no Anexo I.

c) Camada de regularização

A camada de regularização é empregue nos casos em que a camada de forma ou a estrutura

resistente, no caso de esta ter já a pendente, se apresenta demasiado rugosa ou irregular para

receber a próxima camada, tipicamente a barreira pára-vapor (ou em alternativa a camada de difusão

térmica), sendo assim a sua principal função a regularização da superfície.

Estrutura Rígida

Contínua

Lajes maciças

Lajes aligeiradas

Pré-lajes

Descontínua

Pranchas vazadas

Perfis especiais

Estrutura Flexível

Descontínua

Chapas metálicas

nervuradas

Pranchas de madeira ou derivados

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Esta camada é executada através de uma pequena espessura de argamassa, aplicada sobre a

camada a regularizar.

d) Revestimento da impermeabilização

O revestimento da impermeabilização é a camada responsável por conferir a capacidade

impermeabilizante face à água do sistema de cobertura e é assente normalmente na camada de

isolamento térmico ou na camada de forma.

Dado tratar-se de uma camada razoavelmente sensível e com importância determinante para o bom

funcionamento do sistema, requer uma proteção, quer face às ações mecânicas quer face às ações

climatéricas.

A forma como é aderida ao seu suporte é também importante; um exemplo disso é o sistema de

membranas totalmente aderidas ao suporte, onde as extensões a que a membrana está sujeita face a

variações de temperatura do suporte serão um fator condicionante.

Este tema dos revestimentos de impermeabilização será abordado com mais pormenor no capítulo

2.4.

e) Proteção do revestimento de impermeabilização

A proteção do revestimento de impermeabilização, visa sobretudo proteger esse revestimento das

ações mecânicas e climatéricas a que está sujeito, e desta forma garantir a durabilidade e o correto

funcionamento do sistema de impermeabilização adotado.

Esta proteção dependerá sobretudo do tipo de revestimento de impermeabilização e do tipo de uso

da cobertura em causa, pois diferentes tipos de uso levarão a diferentes solicitações mecânicas.

f) Barreira pára-vapor

Esta camada tem como função evitar que o vapor de água proveniente do interior do edifício

condense na camada de isolamento térmico, o que a acontecer diminuiu a capacidade do mesmo no

que se refere à sua capacidade para evitar as trocas de calor excessivas.

Assim sendo, esta camada localiza-se sob a camada de isolamento térmico, e normalmente é

aplicada sobre a camada de forma ou sobre uma camada de regularização caso a primeira se

apresente muito rugosa.

g) Camada de isolamento térmico

O isolamento térmico tem a função de contribuir para a satisfação das exigências de conforto térmico,

baixando as trocas de calor entre o exterior e o interior e minimizando também a ocorrência de

condensações (geralmente no período de Inverno).

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Este constituinte do sistema de coberturas planas localiza-se normalmente abaixo do revestimento da

impermeabilização, e sobre a barreira pára-vapor, havendo no entanto outras localizações

alternativas que serão abordadas no capítulo 2.3.

h) Camada de difusão de vapor de água

A camada de difusão de vapor de água tem como objetivo igualar a pressão do vapor de água

confinada entre a camada do revestimento de impermeabilização e o seu suporte, devendo esse

vapor de água ser libertado para o exterior através de soluções construtivas apropriadas como

chaminés de ventilação ou de remates específicos com elementos emergentes (Lopes, 1994a).

No fundo, tem o mesmo objetivo da barreira pára-vapor, isto é, prevenir o vapor de água ascendente

de chegar ao isolamento térmico, só que com a introdução de detalhes construtivos permite também

a evaporação do vapor de água sem que este condense nas camadas sensíveis.

i) Camada de dessolidarização

Este elemento do sistema construtivo de uma cobertura em terraço permite que nos casos onde

existe uma proteção do revestimento da impermeabilização pesada que seja passível de causar

danos no revestimento de impermeabilização, as interações entre essas duas camadas se deem de

forma mais distribuída, servindo assim como uma proteção à ação mecânica da proteção pesada do

revestimento.

j) Barreira de proteção térmica

Esta barreira de proteção térmica é aplicada sobre o suporte do revestimento de impermeabilização e

visa sobretudo evitar que este seja afetado pela aplicação do revestimento de impermeabilização,

quando o mesmo é feito através de uma fonte de calor.

k) Barreira de separação química

A barreira de separação química tem como objetivo evitar o contacto direto de elementos

incompatíveis entre o revestimento da impermeabilização e o seu suporte, como seja, a título de

exemplo, o caso das membranas de PVC plastificado com alguns tipos de suportes plásticos

(poliestireno expandido extrudido (XPS), moldado (EPS), etc.).

l) Camada drenante

A camada drenante surge na tipologia de cobertura ajardinada e tem como função principal drenar a

água contida na terra vegetal depois de esta passar por uma camada filtrante, sendo constituída, por

exemplo, por agregados de granulometria variável.

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m) Camada filtrante

A camada filtrante tem como função filtrar a água contida na terra vegetal (na tipologia de cobertura

ajardinada), sem se dar o arrastamento de solo. Esta água é depois encaminhada para uma camada

que faz a sua drenagem, evitando-se assim que a terra vegetal fique com água em excesso,

reduzindo-se desta forma as solicitações mecânicas da tipologia em causa.

2.3. Tipologias de coberturas planas

Relativamente à tipologia de coberturas planas, existe muita bibliografia sobre o tema que aborda as

diferentes formas de classificar as coberturas em grupos, tendo em conta por exemplo a proteção do

sistema de impermeabilização, o tipo de revestimento de impermeabilização ou a localização do

isolamento térmico, como se poderá ver resumidamente na Figura 4, onde o seu primeiro nível de

classificação está representado (Lopes, 1994a).

Figura 4 - Exemplos de classificações de coberturas planas (Lopes, 1994a)

No entanto como estão perfeitamente definidos os tipos de revestimentos de impermeabilização a

abordar (dado serem os mais correntemente praticados no nosso país), optou-se por uma

classificação mais geral, tendo como principal foco a acessibilidade, e considerando como tipologias

variantes os casos onde o isolamento térmico não se encontra na sua posição tradicional, isto é, sob

o revestimento de impermeabilização. Por outro lado, o tipo de proteção está diretamente ligado ao

tipo de acessibilidade para o qual a cobertura foi concebida.

Desta forma procedeu-se à divisão dos tipos de coberturas em terraço quanto à sua acessibilidade

em quatro categorias principais, sendo essas categorias as seguidas pela generalidade da bibliografia

referente ao tema, e desta forma cobrindo a grande generalidade das coberturas planas.

Acessibilidade

Cobertura não acessível

Cobertura acessível a

pessoas

Cobertura acessível a

veículos

Coberturas especiais

Camada de Proteção

Coberturas sem proteção

Coberturas com proteção

leve

Coberturas com proteção

pesada

Tipo de Revestimento

Tradicionais

Não Tradicionais

Localização do Isolamento

Térmico

Sobre a estrutura resistente

Sob a estrutura resistente

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De seguida, faz-se menção às coberturas invertidas, e a possíveis outras variantes aos quatro

principais grupos de coberturas abordados, englobando assim na classificação por tipo de

acessibilidade as variações quanto à localização do isolamento térmico.

Assim a classificação adotada inclui as seguintes categorias:

Cobertura de acesso limitado

Cobertura acessível a pessoas

Cobertura acessível a veículos

Cobertura ajardinada

Variantes

2.3.1. Cobertura de acesso limitado

A cobertura de acesso limitado é a tipologia mais simples das consideradas, tendo de se garantir

somente proteção do sistema de impermeabilização face às ações climatéricas. Esta proteção é

conseguida geralmente, no caso de membranas betuminosas através de granulado mineral

introduzido em fábrica na superfície superior das membranas ou através de colocação duma proteção

pesada, como é o caso de material rolado ou de lajetas de sombreamento, de forma a evitar o

levantamento das placas de isolamento térmico face ao vento (Lopes, 1994a), quando se trate de

coberturas invertidas (vd. 2.3.5).

Assim, por ordem ascendente, esta tipologia, na sua forma mais comum, é constituída pela estrutura

resistente, seguida da camada de forma, da barreira pára-vapor e da camada de isolamento térmico.

Por fim, sobre a camada de isolamento térmico segue-se a solução de impermeabilização definida

em projeto. No caso de a estrutura resistente de betão ter definida já a pendente ou a camada de

forma estarem demasiado irregulares, poderá ser aplicada uma camada de regularização de modo a

regularizar as suas superfícies.

Na Figura 5 apresenta-se um esquema representativo desta tipologia.

Figura 5 - Corte esquemático de cobertura de acesso limitado

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12

2.3.2. Cobertura acessível a pessoas

Com a introdução da ação mecânica relativa à permanência e circulação de pessoas, esta tipologia,

face à da cobertura de acesso limitado, terá logo à partida de prever uma proteção do sistema tendo

em conta aquelas ações. Assim, nesta tipologia introduz-se uma camada de proteção pesada, como

é exemplo a solução de mosaicos aplicados sobre betonilha. Entre esta proteção e o revestimento de

impermeabilização, deve-se colocar ainda uma camada de dessolidarização, de forma a uniformizar

as solicitações mecânicas, conforme foi visto em 2.2.9.

Assim sendo, de forma ascendente esta tipologia é constituída pela estrutura resistente, seguida da

camada de forma, a barreira pára-vapor (quando necessária), para aí assentar a camada de

isolamento térmico. De seguida aplica-se o revestimento de impermeabilização, a camada de

dessolidarização sobre este, e por último surge então a solução de proteção pesada. Uma vez mais,

no caso de a estrutura resistente com as mesmas caraterísticas das indicadas em 2.3.1 ou da

camada de forma se encontrar demasiado irregular deverá recorrer-se à aplicação de uma camada

de regularização.

A Figura 6 pretende representar a solução descrita.

Figura 6 - Corte esquemático de cobertura acessível a pessoas

2.3.3. Cobertura acessível a veículos

Nesta tipologia, quando comparada com as anteriores, ocorre um incremento ao nível das

solicitações mecânicas devido à presença de veículos. Perante este aumento das solicitações, o

sistema vai diferir na componente da proteção pesada, que passará da típica solução de mosaicos

sobre betonilha a uma composição de betão armado, tendo também em vista a durabilidade da

própria proteção.

Desta forma, a Figura 7 apresenta de forma esquemática a tipologia referida. Faz-se notar que, caso

seja necessária a colocação de uma camada de isolamento térmico, conforme se indica na figura, as

características do material isolante devem ser convenientemente avaliadas do ponto de vista do seu

comportamento às cargas a que está sujeita.

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13

Figura 7 - Corte esquemático de cobertura acessível a veículos

2.3.4. Cobertura ajardinada

A tipologia da cobertura ajardinada surge sobretudo com a necessidade de criação de espaços

verdes nos grandes meios urbanos, conferindo assim um espaço de contacto com a natureza.

De facto, esta tipologia tem inerente a si uma série de condições importantes a verificar, desde o

incremento das ações mecânicas devido à presença de terra, vegetação ou mesmo água acumulada,

até à proteção do sistema da cobertura face às raízes das árvores.

Este sistema de cobertura é normalmente constituído pelas camadas “habituais” das outras

tipologias, sendo que acima do revestimento da impermeabilização (e da sua proteção), deverão

constar uma camada drenante, uma camada filtrante e por fim a terra vegetal.

Desta forma, a composição habitual do sistema consiste, numa ordem ascendente, pela estrutura

resistente, camada de forma (com eventual recurso a camada de regularização sobre esta ou sobre a

estrutura resistente se esta tiver já pendente), barreira pára-vapor (se necessário), isolamento térmico

e o revestimento de impermeabilização, eventualmente auto protegido. Sobre este é aplicado a

camada drenante, a camada filtrante (geotêxtil) e por fim a terra vegetal.

Um resumo esquemático desta tipologia pode ser visto na Figura 8.

Figura 8 - Corte esquemático de cobertura ajardinada

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2.3.5. Variantes

Neste ponto relativo aos sistemas variantes serão considerados os sistemas de coberturas invertidas

e outros possíveis sistemas onde o isolamento térmico se encontra sob a laje de cobertura.

a) Cobertura invertida

A alternativa de cobertura invertida, é um sistema variante de qualquer uma das tipologias atrás

referidas e aplica-se quando a posição da camada de isolamento térmico passa de uma posição

inferior relativamente ao revestimento da impermeabilização, para uma posição imediatamente

superior, daí o nome de “cobertura invertida” dada a inversão referida.

É importante referir que neste sistema não é aplicada a barreira pára-vapor, e a camada de difusão

de vapor de água é igualmente dispensada (Lopes, 1994a), visto não haver neste caso fluxos de

vapor de água ascendentes através da camada inferior ao isolamento térmico – o revestimento de

impermeabilização.

Neste caso é ainda recomendada uma solução de isolamento térmico de poliestireno extrudido (XPS)

ou expandido (EPS), face às lãs minerais, por as primeiras terem reduzida capacidade de absorção

de água e maior resistência mecânica, o que não se verifica nas posteriormente mencionadas. Outra

vantagem desta solução de isolamento térmico é a facilidade de aplicação da mesma, pois são

colocadas as placas de EPS ou XPS livremente sobre o revestimento de impermeabilização (Lopes,

1994a).

Para além da redução da mão-de-obra, outra vantagem desta tipologia está na proteção que este

sistema confere ao revestimento de impermeabilização por parte do isolamento térmico face aos

choques térmicos diários e sazonais que este é alvo (Figueiredo, 2012).

A Figura 9 pretende ilustrar a redução das amplitudes térmicas verificadas anualmente no

revestimento de impermeabilização com esta solução, face a uma solução onde o isolamento térmico

se encontra do lado inferior relativamente ao revestimento da impermeabilização.

Por outro lado na Figura 10 é ilustrada a redução da temperatura a que o revestimento de

impermeabilização é sujeito na cobertura invertida face à cobertura tradicional.

Na Figura 11 pretende-se ilustrar um exemplo desta tipologia.

b) Outros sistemas variantes

Relativamente a outras possíveis variantes às tipologias já apresentadas, a que merece mais

destaque é a solução onde o isolamento térmico é colocado sob a estrutura resistente, quer como

revestimento inferior desta, quer numa solução com tetos falsos.

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Figura 9 - Comparação das variações térmicas sazonais no revestimento de impermeabilização entre cobertura tradicional e invertida (António, 2011)

Figura 10 - Comparação da temperatura no revestimento de impermeabilização entre a cobertura tradicional e invertida (António, 2011)

Figura 11 - Corte esquemático de cobertura invertida

Esta solução, relativamente à alternativa da cobertura invertida e das outras tipologias tidas como

usuais, pode ser para além de uma solução alternativa, uma solução complementar (Lopes, 1994a),

sendo a sua grande vantagem a fácil aplicação em obras de reabilitação ou em obras de correção do

comportamento térmico do sistema. No entanto, dado ser aplicado sob a estrutura resistente, tem à

partida a desvantagem da perda de algum pé-direito e a redução da inércia térmica interior.

Na Figura 12 e na Figura 13, estão apresentadas duas alternativas desta tipologia.

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Figura 12 - Corte esquemático de tipologia variante com isolamento térmico aplicado sob a estrutura resistente

Figura 13 - Corte esquemático de tipologia variante com isolamento térmico sobre teto falso

2.4. Soluções de revestimentos de impermeabilização em zona corrente

As soluções de revestimentos de impermeabilização podem ser categorizadas sobre diversos pontos

de vista, como sejam a natureza dos materiais, o método de fixação ao suporte, o tipo de armaduras

utilizado pelo sistema ou pela sua tradicionalidade.

A forma mais útil para o trabalho de catalogar estes revestimentos de impermeabilização, e seguida

também por Lopes (1994a), consiste em primeiro nível, analisar a tradicionalidade ou não do sistema,

criando-se assim logo à partida dois grandes grupos, e, depois, num segundo nível, a análise das

soluções relativamente à sua forma de chegada à obra, isto é, se são constituídos por materiais pré-

fabricados, ou por outro lado se consistem em materiais aplicados “in situ”.

A tradicionalidade aqui referida está relacionada com uma prática e conhecimentos suficientemente

adquiridos, estando por seu lado os revestimentos não-tradicionais sujeitos a exigências de

homologação (Sousa, 2009).

Na Figura 14 e na Figura 15 segue-se a proposta de classificação acima mencionada, com exemplos

de cada grupo.

Os sistemas de impermeabilização tradicional tiveram a sua grande aplicação entre as décadas de 50

e 70, quer em Portugal, quer na Europa, e um pouco pelo resto do mundo (Sousa, 2009). Lopes

(1994a) refere que nos anos 70, na Suécia, os sistemas tradicionais correspondiam a cerca de 70%

dos aplicados, sendo a situação de França e Alemanha semelhantes. Por sua vez no Japão o mesmo

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17

autor refere que a percentagem de aplicação deste tipo de sistemas era de 70% a 75%. Apesar do

grande recurso de outrora, atualmente não são já usadas estas soluções de revestimento de

impermeabilização, salvo pequenas aplicações pontuais e de importância reduzida (Sousa, 2009).

Figura 14 - Classificação dos revestimentos de impermeabilização tradicionais (Paulo, et al., 2012)

Figura 15 - Classificação dos revestimentos de impermeabilização não-tradicionais (Paulo, et al., 2012)

Por sua vez, os sistemas não-tradicionais, surgiram sobretudo nos anos 80, com a implementação,

numa primeira fase, das membranas betuminosas APP, começando-se mais tarde a fabricar as

membranas betuminosas SBS.

Neste trabalho optou-se porém, por se abordar apenas algumas das soluções caracterizadas de não-

tradicionais e pré-fabricadas, visto serem as de maior prática no nosso país nos dias de hoje, e dado

Sistemas Tradicionais

Aplicados "in situ"

Camadas múltiplas de asfalto

Camadas múltiplas de emulsões

betuminosas

Produtos pré-fabricados

Camadas múltiplas de membranas, telas ou feltros betuminosos

Sistemas Não-tradicionais

Aplicados "in situ"

Camadas múltiplas de resinas (acrílicas,

poliméricas, poliuretano)

Camadas múltiplas de emulsões de betumes

modificados

Espumas de poliuretano

Produtos pré-fabricados

Membranas de betumes modificados

(APP e SBS)

Membranas termoplásticas (PVC)

Membranas elastoméricas

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o trabalho ser direcionado acima de tudo para as soluções a usar no presente e futuro e não sob o

ponto de vista de reabilitação de soluções já aplicadas onde em muitos casos se tratam de soluções

de revestimento tradicionais.2

2.4.1. Soluções não tradicionais pré-fabricadas

Nestas soluções pré-fabricadas, para além dos parâmetros intrínsecos a cada solução, há que ter em

conta o tipo de fixação da solução ao suporte, pois diferentes tipos de fixação poderão originar

diferentes cuidados a ter e diferentes patologias.

Desta forma, antes de se apresentar as soluções consideradas neste ponto, é conveniente explicar

de forma breve as soluções a ter em conta nesta temática da fixação da solução, estando este

assunto tratado no primeiro ponto abaixo.

De seguida, e tal como já foi referido anteriormente, abordar-se-ão as soluções pré-fabricadas mais

utilizadas em Portugal. Nessas soluções serão indicados alguns valores médios de algumas

características dos materiais em questão, sendo que cada fabricante tende a ter as suas próprias

composições.

a) Sistemas de fixação

Relativamente ao modo como é efetuada a ligação entre o revestimento de impermeabilização e o

seu suporte consideram-se quatro tipos de soluções: os sistemas totalmente aderidos, os semi-

aderidos, os sistemas que recorrem a fixações mecânicas e por fim os sistemas independentes.

Nos sistemas totalmente aderidos é colocada uma cola entre o revestimento da impermeabilização e

o suporte, ou em alternativa à colagem dá-se a fusão de material do revestimento mediante a ação da

chama de maçarico. Esta aderência dá-se a toda a superfície.

No sistema semi-aderido, a aderência entre o revestimento de impermeabilização e o suporte dá-se

pela aplicação pontual de cola, ou de fusão do material da membrana com recurso a chama de

maçarico ou a ar quente, só que, contrariamente ao sistema aderido, essa fusão ocorrerá em apenas

algumas áreas da membrana.

Já nos sistemas com fixações mecânicas, o revestimento de impermeabilização é fixado ao seu

suporte através de aplicações pontuais de elementos que asseguram essa ligação, como por

exemplo parafusos.

Por fim considera-se o sistema independente, onde o revestimento da impermeabilização não é

aderido ao seu suporte. Para efeitos de proteção à ação do vento, é colocado, por exemplo, uma

2 Segundo dados recolhidos em entrevistas realizadas ao longo do trabalho, o recurso a membranas betuminosas (APP e

SBS) é de cerca de 90%, tendo as membranas de PVC uma procura de cerca de 5%, sendo desta forma aquelas soluções as mais praticadas em Portugal, refletindo-se também tal facto na existência atual de apenas Documentos de Aplicações (DA) do LNEC sobre essas soluções.

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19

proteção pesada sobre o revestimento (calhau rolado, mosaicos, etc.) de forma a conferir uma

componente gravítica que impeça o deslocamento do revestimento.

b) Membranas de betumes modificados (APP e SBS)

As membranas de betumes modificados são a solução de maior uso em impermeabilizações de

coberturas em terraço, quer em Portugal, quer a nível global, com exceção dos Estados Unidos da

América e do Japão, onde se recorre sobretudo a membranas elastoméricas (Lopes, 1994a). Este

maior recurso está diretamente relacionado com o baixo custo da solução e com o grande

conhecimento das respetivas soluções construtivas (Raposo, 2009).

Estas membranas surgem através do recobrimento de armaduras (de fibra de vidro, de poliéster ou

ainda de polietileno) com uma mistura betuminosa modificada por incorporação de uma resina

plastomérica (APP) ou elastomérica (SBS), sendo essas resinas polímeros de polipropileno atáctico

(APP) e de estireno-butadieno-estireno (SBS) (Lopes, 1994a; Raposo, 2009; Dias, 2008).

Depois de efetuado esse recobrimento a quente, e ainda antes de a membrana arrefecer, são

aplicados os acabamentos na face inferior e superior. Estes acabamentos consistem sobretudo em

folhas de polietileno ou polipropileno, e no caso de se tratar duma membrana auto protegida, na face

superior é aplicado granulado mineral ou folhas de alumínio, sendo esse material interrompido a uma

dada distância num dos bordos de forma a dar-se uma melhor ligação entre as membranas aquando

da aplicação do sistema de impermeabilização (Lopes, 1994a; Raposo, 2009; Dias, 2008).

De referir que entre os dois sistemas mencionados, as soluções com polímero APP têm melhor

comportamento a temperaturas mais elevadas face às soluções com polímero SBS, enquanto que

para temperaturas mais baixas, é o polímero SBS que apresenta melhor comportamento.

Nas tipologias de coberturas acessíveis, recomenda-se o uso de camada dupla, em que pelo menos

uma das camadas seja armada com feltro de poliéster (Raposo, 2009). Por outro lado, nas coberturas

não acessíveis, poderá ter-se o sistema de monocamada, exceto nos casos de pendente nula, em

que este sistema de monocamada não é aconselhado (Sousa, 2009).

As juntas entre membranas são os pontos mais passíveis de ocorrerem anomalias; assim sendo,

devem-se sobrepor os rolos das membranas numa extensão de 8 a 10 cm. Essa sobreposição é feita

através da fusão do material betuminoso presente nas membranas através de chama de maçarico ou

de ar quente.

Nos sistemas de camada dupla, recomenda-se que a segunda camada a ser aplicada, seja disposta

paralelamente à primeira com juntas desencontradas, para assim aumentar a redundância do sistema

de impermeabilização. No caso de isto não poder ser aplicado, poderá eventualmente recorrer-se ao

cruzamento das membranas (Raposo, 2009).

De resto, a aplicação destas membranas requere algumas verificações prévias, como sejam a

verificação de que o suporte se encontra limpo, seco e sem materiais soltos.

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20

Estas membranas, que têm como durabilidade média cerca de 15 anos (Dias, 2008), podem ser

aplicadas sobre betão, madeira, cerâmicos entre outros, e essa aplicação pode ser feita através de

uma fixação totalmente aderida, semi-aderida, independente e nos últimos anos começou-se a

verificar também a utilização de sistemas com fixações metálicas (Raposo, 2009).

Na fixação aderida é em primeiro lugar aplicada emulsão betuminosa (primário) ao suporte, quando

este é de betão ou argamassa (como geralmente acontece), e de seguida procede-se à fusão do

material betuminoso da membrana com recurso a chama de maçarico a gás propano ou

eventualmente a ar quente.

No sistema de fixação semi-aderido, o meio de ligação é igualmente a fusão do material betuminoso

através de chama de maçarico ou ar quente, ou ainda a aplicação de betume insuflado a quente.

Por fim, no sistema independente, a proteção da membrana face à ação do vento, por exemplo, dá-se

através de uma proteção pesada aplicada sobre a membrana.

De referir ainda que certos materiais usados como suporte requerem uma barreira de separação

térmica aquando da aplicação do revestimento da impermeabilização através de uma fonte de calor,

como sejam o caso das placas de poliuretano e de poliestireno expandido (Dias, 2008).

c) Membranas Termoplásticas (PVC)

As membranas termoplásticas de PVC são constituídas por uma resina de policloreto de vinilo,

plastificantes, cargas, pigmentos e estabilizantes. Podem ou não conter armaduras (de poliéster ou

fibra de vidro), embora a presença destas tenha uma importante ação, pois minimiza a retração das

membranas devido à perda de plastificante (Lopes, 1994a; Dias, 2008).

Estas membranas distinguem-se sobretudo pela sua flexibilidade, que lhes permite uma aplicação em

qualquer forma geométrica de suporte. Além disso o seu baixo peso (1,6 a 1,8 kg/m2) por unidade de

área, permite rentabilizar melhor o tempo para a sua aplicação em obra.

A flexibilidade acima mencionada está diretamente relacionada com a percentagem de plastificante

que a membrana contém, dependendo esta por sua vez do processo de fabrico; no caso do mesmo

ser através de laminagem ou calandragem a percentagem de plastificante será cerca de 30 a 40%, e

no caso de extrusão cerca de 20% (Dias, 2008).

Esta solução de revestimento de impermeabilização é aplicada em monocamada, normalmente em

coberturas de acessibilidade limitada e com pendentes não inferiores a 1%. Quanto ao sistema de

fixação aplicado, o mais comum é ter-se um sistema independente, podendo também optar-se por

fixações mecânicas pontuais (Lopes, 1994a; Dias, 2008).

Deve-se ter alguns cuidados relativamente ao suporte, já que esta membrana não deverá estar em

contacto com suportes de betume, alcatrão, óleos, espumas fenólicas, poliestireno expandido,

extrudido ou de poliuretano, pois tornará propícia a migração de plastificante da membrana para os

materiais do suporte, fazendo com que a membrana se torne mais rígida e pouco dúctil (Raposo,

2009; Sousa, 2009).

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21

No caso de o suporte da tela de PVC ser num daqueles materiais, deverá adotar-se a chamada

barreira de separação química anteriormente abordada, concretizada através da colocação de um

feltro de poliéster, por exemplo.

As juntas entre membranas fixadas mecanicamente, que deverão estar sobrepostas em pelo menos

10 cm, são soldadas a ar quente e seguidamente comprimidas, ou em alternativa é usada a

soldadura com solventes, que permite que essas juntas de sobreposição fluidifiquem ligeiramente.

Dos 10 cm, só 3 a 4 cm estão efetivamente ligados, sendo de referir ainda que nestes sistemas com

fixações mecânicas, estas devem-se encontrar a cerca de 3 cm do bordo da membrana, de modo a

evitar o seu rasgamento por ação do vento (Raposo, 2009).

Um dos grandes inconvenientes desta solução de revestimento de impermeabilização, é o elevado

grau contaminante do mesmo associado, quer ao seu processo de fabrico quer à sua reciclagem ou

eliminação (Trujillo, 2002).

2.5. Revestimento de impermeabilização em pontos singulares

Neste subcapítulo pretende-se apresentar as disposições construtivas satisfatórias do revestimento

de impermeabilização nos diversos pontos singulares correntemente presentes em coberturas planas.

Como se verá em 2.6. a correta elaboração do revestimento de impermeabilização nestes pontos,

tem um impacto muito significativo com vista ao sucesso do sistema de impermeabilização, daí a sua

análise ser fundamental.

De salientar que diferentes soluções de revestimento de impermeabilização, poderão corresponder a

soluções ligeiramente diferentes para um dado ponto singular, mesmo tendo em conta que só estão a

ser avaliados algumas soluções de revestimentos não-tradicionais, pré-fabricados. Por outro lado,

diferentes tipologias de coberturas também poderão significar ligeiras alterações.

A base bibliográfica empregue neste ponto, bem como a classificação de pontos singulares, é

baseada na obra de Jorge Grandão Lopes – Anomalias em Impermeabilizações de Coberturas em

Terraço (Lopes, 1994b), recorrendo-se também aos Documentos de Aplicação (DA) do LNEC para

algumas das situações de pontos singulares a tratar, bem como a recomendações de alguns

fabricantes dos tipos de membranas de impermeabilização em análise.

A classificação dos pontos singulares utilizada é uma adaptação da abordagem seguida noutros

trabalhos, como por exemplo Lopes (1994b), e consiste nos seguintes quatro elementos:

Paredes emergentes

Juntas de dilatação

Pontos de drenagem e evacuação de águas pluviais

Outros elementos emergentes

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22

As diferenças estão sobretudo ao considerar as platibandas e soleiras de porta no grupo

correspondente a paredes emergentes, já que, embora haja algumas diferenças na sua conceção,

especialmente para o caso das soleiras, as causas das anomalias são razoavelmente semelhantes.

No fim de cada ponto abordado será feita referência a pormenorizações construtivas recomendadas

por fabricantes dos tipos de revestimentos de impermeabilização estudados, que se encontrarão em

Anexo.

2.5.1. Paredes emergentes

No encontro entre a superfície corrente e uma parede emergente3 (seja esta por exemplo uma

platibanda, chaminé ou soleira), é importante conceber uma disposição construtiva que permita não

só a garantia do sucesso da impermeabilização, mas também a sua durabilidade face a um conjunto

de possíveis anomalias que serão abordadas em 2.6.

As soluções para as membranas em estudo (betumes modificados e as termoplásticas de PVC)

diferem ligeiramente neste ponto, e por outro lado a constituição do elemento emergente levará

também a diferentes soluções de remate: o denominado remate protegido (no caso de se tratar de

alvenaria) e o remate não protegido (para o betão armado). Desta forma, optou-se por fazer a análise

em separado para os dois tipos de membranas neste ponto singular.

a) Membranas de betumes modificados

Seguindo as indicações dos DA do LNEC para este tipo de membranas (Documentos de Aplicação nº

18, 19, 29 a 32 e 37 a 39), os remates do revestimento de impermeabilização com os elementos

emergentes devem ser sempre executados num sistema totalmente aderente, com recurso a

soldadura através de chama, e ainda fixados mecanicamente se a altura dos remates superar 0,40 m.

Estes DA indicam ainda que a altura de remate mínimo deverá ser de 0,10 m para este tipo de

membrana, sendo que Lopes (1994b) recomenda na sua obra um valor mínimo para a altura do

remate de 0,15 m.

Na Figura 164 apresenta-se à esquerda um exemplo de aplicação para a tipologia de cobertura de

acesso limitado e onde o elemento emergente é composto por alvenaria (o remate deve não ser só

introduzido no reboco, mas também penetrar a própria alvenaria (Lopes, 1994b)), originando assim

um remate protegido (por um reboco armado).

Por sua vez, à direita tem-se para a mesma tipologia um remate não protegido perante um elemento

emergente de betão, sendo este recoberto superiormente por um rufo metálico.

No caso de se tratar de uma outra tipologia, a diferença estará no facto de os 0,10 m de remate

mínimo aconselhado pelos DA (ou os 0,15 m recomendados por Lopes (1994b)), contabilizam-se

3 Neste ponto trata-se dos elementos emergentes em que a sua secção não é circular ou curvilínea (como sejam as

tubagens e alguns tipos de chaminés), sendo estes tipos de secções abordados em 2.5.4. 4 A imagem em questão é exemplificativa de uma solução específica de um fabricante, daí haver uma distinção na

numeração da legenda para as bandas de membranas e para membranas da zona corrente, dado estar-se no DA em questão a tratar de um sistema multicamada em que as membranas das camadas diferem.

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23

somente a partir do topo da camada superior do sistema (Lopes, 1994b). No Anexo II.a encontram-se

representadas as soluções para sistemas com proteção pesada e para coberturas ajardinadas.

No Anexo II.b, segue-se as disposições construtivas recomendadas pelo principal fabricante nacional

de membranas betuminosas, tendo em conta os seus produtos.

Figura 16 - Pormenores construtivos de membranas de betumes modificados numa parede emergente (DA 19, 2010)

b) Membranas Termoplásticas (PVC)

Nos remates com elementos emergentes desta solução de impermeabilização, os DA do LNEC (

Documentos de Aplicação nº 22 e 23) recomendam a execução de um sistema totalmente aderente

na zona de remate, utilizando colas específicas para o efeito.

Numa primeira hipótese de pormenorização construtiva, ao bordo superior deverá previamente ser

fixada mecanicamente uma peça de chapa de aço revestida a PVC (própria para o efeito e coberta

superiormente com mástique – como se pode constatar no corte presente no Anexo II.c), onde

posteriormente se soldará através de ar quente a parte superior do remate da membrana.

No bordo inferior, recomenda-se para as tipologias que recorrem a proteção pesada (acessível a

pessoas, veículos e ajardinadas) a utilização de um perfil de aço revestido a PVC, previamente fixado

mecanicamente, onde se soldará com a ação de ar quente a membrana da zona corrente e a

membrana empregue no remate, como se pode ver na Figura 17.

Outra hipótese, que é também a solução utilizada para a tipologia de cobertura de acesso limitado,

consiste em inserir as fixações mecânicas na periferia da membrana utilizada em zona corrente5, já

que nessa zona onde a fixação é aplicada, a membrana utilizada para o remate irá sobrepor-se,

assegurando assim a impermeabilização desses pontos. No bordo superior, o tratamento é o mesmo

da solução anterior. Esta situação encontra-se representada na Figura 18.

5 O DA 23 que aborda uma solução de uma membrana de PVC recomenda o uso neste caso de 4 fixações mecânicas por

metro linear.

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24

O DA menciona ainda uma alternativa que consiste na aplicação de um perfil de aço revestido a PVC,

fixo mecanicamente no bordo inferior e sob a membrana (que posteriormente é soldada por ação do

ar quente nessa zona), e limitado superiormente por um rufo de recobrimento, como se pode ver na

Figura 19.

Figura 17 - Pormenor construtivo de membrana de PVC com proteção pesada face a parede emergente com recurso a chapa de aço (DA 22, 2010)

Figura 18 - Pormenor construtivo de membrana de PVC com proteção pesada face a parede emergente (DA 22, 2010)

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25

No entanto existem algumas situações desde grupo de pontos singulares que têm disposições

construtivas semelhantes, como são exemplo as soleiras, os capeamentos de platibandas, as juntas

na proteção pesada rígida, nomeadamente próximo dos elementos emergentes da cobertura e a

necessidade de dessolidarização de remates entre painéis de platibandas pré-fabricados.

Figura 19 - Pormenor construtivo de membrana de PVC com proteção pesada face a parede emergente com remate em chapa de aço (DA 22, 2010)

No caso das soleiras, segundo refere Lopes (1994b), é comum acontecerem em obra e em projeto

situações que impedem a execução correta de remate nessas zonas; segundo o autor ao nível de

projeto é “(…) tendência corrente não sobrelevar demasiado a soleira das portas, relativamente à

superfície corrente da cobertura, resultando portanto, necessariamente um remate com uma altura

não superior à cota da soleira.”, que corresponde na maioria das vezes a uma altura de remate

abaixo dos 0,10 m recomendados nos DA (ou consequentemente dos 0,15 m recomendados por

Lopes (1994b)).

Quanto às situações decorrentes da obra, o autor refere que “(…) a coordenação dos trabalhos em

obra leva a que seja montada em primeiro lugar a caixilharia e respetivas soleiras das portas (…)”,

levando a que o remate efetuado posteriormente nessa zona já não seja o correto.

Neste caso do encontro com soleiras que não garantem uma altura mínima de remate, a disposição

construtiva recomendada passa por prolongar o remate da impermeabilização sob a soleira, protege-

lo superiormente com uma argamassa, por exemplo, e sobre esta então assentar a soleira (Lopes,

1994b).

As diferenças relativamente às membranas betuminosas e as termoplásticas de PVC resumem-se à

forma como é fixado o remate; nas primeiras este é totalmente aderido por ação de chama, e no

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26

segundo caso o remate é fixado mecanicamente e eventualmente aplicada uma cola tal como

acontece no caso das paredes emergentes anteriormente tratadas.

Um esquema geral desta situação é apresentado na Figura 20, sendo ainda apresentadas no Anexo

II.d as soluções recomendadas por fabricantes de membranas dos dois tipos para esta situação.

Figura 20 - Pormenor construtivo face a uma soleira (Lopes, 1994b)

No caso de um revestimento de impermeabilização com proteção pesada rígida, é importante garantir

que não haverá fissurações ou mesmo rotura devido a movimentos de dilatação de origem térmica

por parte dessa proteção rígida junto a elementos emergentes (Lopes, 1994b).

Para isso é importante garantir junto destes elementos emergentes uma junta de dilatação da

proteção (a cerca de 0,30 m segundos Lopes (1994b)), preenchida com um material flexível, como se

poderá constatar na Figura 21, sendo esta recomendação independente da solução de revestimento

de impermeabilização utilizada.

Figura 21 - Pormenor construtivo de junta em proteção pesada rígida (Lopes, 1994b)

Nos capeamentos das platibandas é também importante garantir que a estanquidade à água não é

comprometida, devendo-se por isso aplicar capeamentos apropriados constituídos nomeadamente

por membranas de impermeabilização autoprotegidas, chapas metálicas ou de fibrocimento, ou por

elementos pré-fabricados de pedra ou betão. Além destes elementos, o capeamento deverá ter uma

ligeira pendente para o interior do terraço como se pode ver na Figura 22 (Lopes, 1994b).

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27

Ainda nas paredes emergentes, Lopes (1994b) faz referência à necessidade de instalação de uma

banda de dessolidarização do remate no caso de aplicação de platibandas pré-fabricadas, por forma

a evitar fissuras no revestimento de impermeabilização originadas pelas dilatações térmicas (Figura

23).

Figura 22 - Pormenores construtivos de capeamentos de platibandas (Lopes, 1994b)

Figura 23 - Pormenor construtivo de uma banda de dessolidarização do remate em platibandas pré-fabricadas (Lopes, 1994b)

2.5.2. Juntas de dilatação

As zonas da cobertura que contêm juntas de dilatação, devem ser alvo de pormenorização específica

de forma a evitar fissurações no sistema de impermeabilização ou descolamentos das zonas de

sobreposição dos remates, pormenorização essa que poderá ser diferenciada consoante a tipologia

da cobertura (Lopes, 1994b).

Embora as diferenças entre as membranas de betumes modificados e as termoplásticas de PVC

sejam muito pequenas, optou-se por fazer a sua separação uma vez mais.

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a) Membranas de betumes modificados

Na tipologia de cobertura de acesso limitado o remate a fazer perante esta zona singular, poderá ser

feito ao nível da superfície corrente da cobertura, como se pode verificar na Figura 24.

Para tentar evitar o maior efeito que pode ter a ação da circulação de pessoas nessa zona de juntas

de dilatação é recomendável sobre-elevar o remate (Lopes, 1994b), como se pode ver na Figura 25.

Figura 24 - Pormenor construtivo de remate de junta estrutural com membrana de betumes modificados em cobertura de acesso limitado (Lopes, 1994b)

Figura 25 - Pormenor construtivo de remate de junta estrutural sobre-elevada com membrana de betumes modificados (Lopes, 1994b)

Nas figuras acima apresentadas, pode-se constatar a existência de um empanque (fundo de junta),

que deverá ser um material flexível e comprimido na mesma servindo de suporte ao remate de

impermeabilização, e nesse mesmo remate da impermeabilização existe uma referência a uma zona

não colada de aproximadamente 30 cm. Esta disposição tem como objetivo dessolidarizar o remate

da junta, permitindo assim uma maior capacidade de transmissão de movimentos entre os dois

corpos separados pela junta (Lopes, 1994b).

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De resto, a fixação deste tipo de membranas ao suporte e a própria ligação entre membrana e

membranas de remate, continua a ser feita pela ação de uma chama, tal como acontece em zona

corrente.

No Anexo II.e apresenta-se também uma solução para este ponto singular recomendada por um

fabricante nacional.

b) Membranas termoplásticas de PVC

Na solução de membranas termoplásticas de PVC, a diferença para as soluções de membranas de

betumes modificados dá-se sobretudo na forma como são executadas as ligações entre elementos.

Neste caso há a aplicação de uma cola na sobre-elevação de forma a aderir a membrana de remate

a esta, sendo soldada no bordo inferior à membrana da zona corrente através da ação de ar quente,

e fixada junto da junta de dilatação mecanicamente.

Por sua vez, a membrana da zona corrente é fixada na periferia através de fixações mecânicas,

sendo essa zona depois sobreposta pela membrana de remate de forma a garantir a

impermeabilização dessas zonas.

Os DA elaborados pelo LNEC para estas soluções recomendam na membrana de remate que cobre

a junta, uma zona não soldada de aproximadamente 0,15 m, de forma a dessolidarizar esse remate.

Nas extremidades do remate em questão, este deverá ser soldado por ação de calor ao remate já

utilizado para a sobre-elevação, como se poderá constatar na Figura 26.

No Anexo II.f encontra-se uma solução deste ponto singular recomendada por um fabricante deste

tipo de membranas.

No caso de se estar perante a tipologia de cobertura de acesso limitado e se optar por não realizar a

sobre-elevação, essa situação vai diferenciar-se da anteriormente tratada somente por não ser

aplicada a membrana de remate da sobre-elevação fixada com cola, tendo-se em vez disso, a

soldadura por ar quente da membrana de remate da junta à membrana utilizada na zona corrente,

nas zonas onde esta foi fixada mecanicamente, tal como na situação anteriormente descrita.

Nos remates sobre-elevados, e independentemente do tipo de membrana aplicada, pode-se também

recorrer a elementos pré-fabricados de betão, de pedra ou de chapa metálica. Nestes casos o

revestimento de impermeabilização limita-se a cobrir a altura da sobre-elevação, sem haver o remate

superior como visto na Figura 27.

De referir que nos casos de membranas de betumes modificados a aderência é feita através da ação

da chama (soldada, portanto), e nos casos de membranas termoplásticas de PVC recorre-se a um

perfil de aço revestido a PVC, fixado mecanicamente ao longo do topo do bordo, sendo soldado neste

por ação de ar quente a membrana de remate, e recorrendo a cola no desenvolvimento em altura da

sobre-elevação.

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30

Uma junta de dilatação de resolução problemática ocorre quando esta se dá na separação de dois

edifícios de alturas diferentes. Nestes casos deverá utilizar-se para os dois tipos de membranas

analisados um pormenor semelhante ao da Figura 28, que garante a transmissão de movimentos

entre os dois corpos sem comprometer a impermeabilização (Lopes, 1994b).

Figura 26 - Pormenor construtivo de remate de junta estrutural sobre-elevada com membrana de PVC (DA 23, 2010)

Figura 27 - Pormenor construtivo de junta estrutural sobre-elevada com capeamento (Lopes, 1994b)

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31

Figura 28 - Pormenor construtivo de remate numa separação de edifícios de alturas diferentes (Lopes, 1994b)

2.5.3. Pontos de drenagem e evacuação de águas pluviais

Os grandes problemas dos pontos de evacuação de águas pluviais são sobretudo “ (…) as

obstruções criadas à evacuação da água e os defeitos de ligação em superfície corrente com os

dispositivos de evacuação da água.” (Lopes, 1994b).

De forma a evitar a ocorrência destes fenómenos deve-se optar pelo recurso a um ralo de pinha nas

embocaduras dos tubos de queda (Lopes, 1994b; Paulo, et al., 2012), promover um rebaixamento da

camada de forma nas zonas de tubo de queda para assim se fazer face ao engrossamento do

revestimento de impermeabilização nessa zona, e recorrer a peças de ligação com o tubo de queda

ou outro dispositivo de recolha e descarga (aro intercalado no sistema de impermeabilização,

solidário com um canhão, como se pode ver na Figura 29 (Lopes, 1994b)).

Relativamente ao canhão, Lopes (1994b) refere ainda que “É necessário garantir que o canhão

penetre na extensão suficiente do tubo de queda para que não haja repasses de água através dessa

junção.”

De referir que na Figura 29, a conceção correta deste ponto singular deveria especificar o remate

num ponto inferior face ao revestimento de impermeabilização, estando a restante especificação

apresentada correta.

No Anexo II.g encontram-se disposições construtivas recomendadas por fabricantes das membranas

em estudo.

Nas zonas de drenagem das águas pluviais, é importante garantir que as membranas vão sendo

aplicadas no sentido ascendente para que o ligeiro ressalto resultante das juntas de sobreposição de

membranas não fique exposto diretamente à lâmina de água (Lopes, 1994b). Este conceito encontra-

se explícito na Figura 30, onde à esquerda se encontra a situação recomendada e à direita uma

situação insatisfatória.

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32

Figura 29 - Pormenor construtivo de embocadura de tubo de queda (Lopes, 1994b)

Figura 30 - Pormenor da ordem de aplicação do revestimento de impermeabilização (Lopes, 1994b)

2.5.4. Outros elementos emergentes

Neste ponto, incluem-se as chaminés, tubos de ventilação e outros eventuais elementos emergentes

de secção circular ou curvilínea.

De uma forma geral, a solução a adotar para estes pontos singulares, tendo em conta as membranas

em estudo, consiste na aplicação de um cordão flexível no bordo inferior do elemento por forma a

dessolidarizar o revestimento de impermeabilização usado na superfície corrente, da tubagem

(Lopes, 1994b).

Quanto ao topo do remate, este pode ser realizado através de “(…) cintagem e aperto nessa zona,

complementada com um vedante apropriado.” (Lopes, 1994b).

A Figura 31 pretende expor esta situação num caso de uma tubagem emergente.

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33

Figura 31 - Pormenor construtivo de remate em tubagem emergente (Lopes, 1994b)

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34

2.6. Anomalias mais frequentes

A análise das anomalias mais frequentemente verificadas em impermeabilizações de coberturas

planas tem interesse na definição das atividades de controlo técnico das mesmas, pois permite

através da determinação das principais causas da patologia, determinar pontos essenciais a verificar

para o sucesso do sistema de impermeabilização.

Uma dada patologia normalmente não é fruto de uma única falha, mas sim de um conjunto de

condições anómalas, onde por vezes uma ou outra se destaca. Segundo um estudo a cerca de duas

centenas de coberturas planas com anomalias (Figura 32) elaborado por Silva e Gonçalves (2001),

cerca de 44% das patologias correspondem a erros de aplicação do sistema de impermeabilização e

38% a erros de projeto, o que vinca a importância dessas fases no sucesso do sistema.

Figura 32 - Distribuição de anomalias de acordo com origem (Silva e Gonçalves, 2001)

Por outro lado, de acordo com o mesmo estudo, somente 28% das anomalias registadas nos

sistemas de impermeabilização de coberturas planas ocorrem na denominada zona corrente da

cobertura, sendo os outros 72% distribuídos pelas zonas singulares como se pode ver na Figura 33.

Figura 33 - Distribuição das anomalias pelas zonas da cobertura (Silva e Gonçalves, et al., 2001)

38%

44%

10%

8%

Distribuição das anomalias de acordo com a sua origem

Conceção

Aplicação

Materiais

Utilização

28%

38%

21%

13%

Distribuição das anomalias pelas zonas da cobertura

Superfície Corrente

Zonas Periféricas

Dispositivos de evacuação

Pontos Singulares

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35

No Anexo III encontram-se descriminados os resultados do estudo em causa, bem como os diversos

pontos que compõe os quatro grupos acima mencionados, sendo que nesta tese apenas se faz a

distinção entre zona corrente e zona com pontos singulares, agrupando esta última os três pontos

referentes a “Dispositivos de evacuação”, “Pontos singulares” e “Zonas periféricas” definidos no

referido estudo.

De referir que de resto, esta é a abordagem utilizada por outros autores, como Lopes (1994b), sendo

que a classificação de anomalias dentro dos dois grupos vai também seguir a abordagem utilizada

pelo mesmo autor. Essa classificação encontra-se esquematizada na Figura 34.

Figura 34 - Classificação de anomalias por zona da cobertura (Lopes, 1994b)

2.6.1. Zona corrente

Em zona corrente, pode-se agrupar a generalidade das anomalias no revestimento de

impermeabilização (que é o elemento chave do sistema) em quatro subgrupos: as anomalias

relacionadas com a fissuração, perfuração, empolamentos e as relacionadas com os agentes

climatéricos (que poderão gerar ou agravar patologias relacionadas com fissuração ou

empolamentos).

Desta forma, irá ser abordado cada grupo de anomalias separadamente nos pontos de que seguem.

a) Fissuração do revestimento de impermeabilização

A fissuração de revestimento de impermeabilização em zona corrente, seguindo a abordagem de

Lopes (Lopes, 1994b), tem origem principalmente em duas fontes, a proteção do revestimento e o

suporte da impermeabilização. Não é de se desprezar no entanto, o efeito dos agentes climáticos no

agravamento desta patologia nomeadamente a radiação UV de forma mais direta, ou o vento de

forma indireta através do arrastamento do material de proteção.

Zona Corrente

Fissuração do revestimento de Impermeabilização

Perfuração do revestimento de impermeabilização

Anomalias relacionadas com os agentes climáticos

Empolamentos

Pontos Singulares

Descolamentos de remates com elementos emergentes ou imergentes da cobertura

Rasgamento ou fissuração de remates em juntas de dilatação ou

noutros pontos singulares

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a.1) Proteção do revestimento de impermeabilização

Relativamente à primeira fonte considerada, a proteção do revestimento de impermeabilização, há

três casos a considerar; quando se trata de uma proteção pesada rígida, proteção pesada com

elementos soltos e o caso das membranas betuminosas autoprotegidas por granulado mineral.

Na situação de proteção pesada com elementos rígidos, esta anomalia é comum quando não é

colocada uma camada de dessolidarização entre o revestimento da impermeabilização e a proteção,

o que vai gerar atrito devido a movimentos relativos entre as duas camadas (quer seja por diferenças

de temperaturas, quer por retrações dos materiais em questão).

Com o desenvolver desse atrito, são transmitidos à camada de revestimento da impermeabilização

tensões que acabam por exceder a capacidade de deformação, dando-se assim a fissuração (Lopes,

1994b).

A inexistência de juntas de esquartelamento na proteção em questão convenientemente afastadas

entre si, agrava, segundo o mesmo autor, o fenómeno, por permitir maiores valores absolutos aos

movimentos da proteção.

No caso da proteção pesada com elementos soltos, a fissuração ocorre quando há um deslocamento

do material de proteção por ação do vento (mais pronunciado normalmente na periferia da cobertura),

que vai assim deixar a descoberto parte do revestimento da impermeabilização, ficando este desta

forma exposto à radiação UV que o levará a um envelhecimento prematuro (Lopes, 1994b).

Lopes (1994b) refere que a granulometria do material solto (de preferência calhau rolado), deverá ser

“(…) não inferior a 5 mm, nem superior a 2/3 da espessura da camada, a qual não deve ser por sua

vez inferior a 40 mm.”. Outra medida a tomar contra o efeito do vento segundo o mesmo autor, passa

por substituir o material solto na periferia, por “(…) uma proteção pesada em camada rígida (por

exemplo, placas de betão justapostas).”.

Por fim, nos casos de membranas betuminosas autoprotegidas por granulado mineral, a deficiente

aderência desse granulado à membrana e consequente possível desprendimento, leva à exposição

dos materiais betuminosos aos agentes atmosféricos, nomeadamente a radiação, levando desta

forma a solução a um envelhecimento precoce (Lopes, 1994b).

No mesmo trabalho, Lopes (1994b) conclui que a eficácia face aos agente atmosféricos deste tipo de

membranas é mais reduzida do que as membranas protegidas superiormente por material solto ou

por uma proteção pesada rígida, fazendo assim com que a ocorrência de fissuração nas primeiras

seja mais fácil de se verificar.

a.2) Suporte da impermeabilização

Quanto à fissuração associada ao suporte, há que ter em conta as incompatibilidades químicas entre

materiais (como foi visto em 2.4.2. a respeito das membranas de PVC e as suas incompatibilidades

com diversos tipos de suporte), e o tipo de ligação do revestimento de impermeabilização.

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Relativamente ao tipo de ligação acima mencionado, é importante garantir a dessolidarização entre o

revestimento de impermeabilização e suportes com deformações significativas (quer no seu plano,

quer num plano perpendicular), por forma a evitar a fissuração, podendo isso ser feito através da

conceção de sistemas independentes face aos sistemas totalmente aderidos (Lopes, 1994b).

Por outro lado, os sistemas independentes têm algumas desvantagens, como seja a necessidade de

aplicação de uma proteção pesada que fará aumentar os custos do sistema, ou a maior dificuldade

em detetar zonas com anomalias, pois segundo Lopes (1994b), “(…) a água infiltrada por uma zona

fissurada do sistema de impermeabilização independente é encaminhada sobre este, manifestando-

se no interior do edifício em zonas, em geral, distintas daquelas por onde ocorreu a infiltração.”.

b) Perfuração do revestimento de impermeabilização

As anomalias referentes à perfuração do revestimento de impermeabilização têm origem tipicamente

na queda de objetos sobre o revestimento de impermeabilização, ou a colocação sobre o

revestimento de impermeabilização de equipamentos diversos (antenas, depósitos de água,

cavaletes, etc.) (Lopes, 1994b). De referir que segundo o mesmo autor, quanto mais compressível for

o suporte, maior o efeito das ações descritas sobre o revestimento.

Uma medida importante a ter em conta para prevenir a perfuração relativa à instalação de

equipamentos, é a colocação de camadas de distribuição uniformes das cargas pontuais em questão,

bem como a criação de caminhos de circulação, mesmo em coberturas não acessíveis (Lopes,

1994b).

c) Anomalias referentes aos agentes climáticos

Os agentes climáticos com ação mais relevante do ponto de vista das anomalias são essencialmente

a ação do vento, a presença prolongada de água, a ação do calor e a radiação ultravioleta.

c.1) Ação do vento

Os efeitos anómalos da ação do vento a considerar sobre as coberturas planas são nomeadamente o

arrastamento da proteção pesada quando esta é composta por elementos soltos, arrancamento (e

eventual rasgamento) do revestimento de impermeabilização e rotura de suportes isolantes em

painéis, por tração perpendicular às suas faces (Lopes, 1994b).

No caso do arrastamento de material solto da proteção pesada, como já foi referido acima, esta ação

dá-se com maior importância na periferia da cobertura; assim por vezes é preferível a aplicação

nessas zonas de proteção pesada rígida (Lopes, 1994b). No entanto, esta situação é mais

problemática sobretudo nos casos onde não se aplicou uma espessura de material correta ou onde o

material tem dimensões inferiores ao recomendado.

O arrancamento e eventual rasgamento da impermeabilização poderá ocorrer ou quando se dá o

arrastamento do material solto, como referido anteriormente, ou quando a proteção aplicada é uma

proteção leve (Lopes, 1994b). É importante referir ainda que nos sistemas com proteção pesada com

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elementos soltos, só faz sentido o sistema ser independente, o que traduz a importância dessa

proteção.

Quanto aos sistemas com proteção leve, serão à partida fixados através de colagem, soldadura ou

fixações mecânicas, pelo que a qualidade do processo de fixação é determinante (Lopes, 1994b).

Relativamente à rotura de suportes isolantes, esta situação, segundo Lopes (1994b), poderá ocorrer

sobretudo nos casos em que o isolante utilizado tem pouca resistência à tração perpendicular, como

sejam as lãs minerais.

Com essa resistência vencida pela ação do vento dá-se uma perda de coesão do material, originando

assim a rotura do suporte, com todas as desvantagens que daí advêm. Nos casos de uso deste tipo

de isolantes e especialmente quando a ação do vento é desfavorável, é recomendada a aplicação de

uma proteção pesada sobre o sistema, ou a introdução de fixações mecânicas (Lopes, 1994b).

c.2) Presença prolongada de água

A presença prolongada de água numa cobertura é no geral devida a uma pendente insuficiente, a

uma conformação insatisfatória da camada de forma, à obstrução dos dispositivos de drenagem e

evacuação de águas pluviais, disposições construtivas inadequadas nas zonas de tubos de queda ou

ainda devido a deformações localizadas de suportes mais compressíveis (Lopes, 1994b).

No que toca a pendente, esta dependerá do tipo de revestimento de impermeabilização, havendo

documentos como os DA elaborados pelo LNEC que definem intervalos de valores para os sistemas

de impermeabilização que são objeto desses documentos.

Para além dos efeitos negativos dessa presença, nomeadamente nos ciclos de humidificação-

secagem, também torna ainda mais problemáticos os casos onde o revestimento apresenta já

fissurações ou perfuração, sendo desta forma claro o inconveniente da sua presença.

c.3) Ação do calor

Os efeitos da ação do calor nos revestimentos de impermeabilização estão diretamente relacionados

com o tipo de revestimento, a sua proteção, meio de ligação ao suporte, existência ou não de

isolamento térmico sobre o revestimento, entre outros (Lopes, 1994b).

Esses efeitos são essencialmente a modificação de características de alguns revestimentos, que

levará eventualmente ao aparecimento de fissuração e à redução da ductilidade dos revestimentos de

impermeabilização (especialmente nas membranas de PVC, através da perda de plastificante)

(Lopes, 1994b).

Por outro lado, algumas membranas de PVC podem sofrer deformações acentuadas de retração se a

sua formulação não for a mais indicada.

Na aplicação das membranas em estudo, recorre-se ao calor para efetuar as soldaduras; uma

exposição prolongada das membranas armadas a essa fonte de calor pode afetar as respetivas

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armaduras, podendo levar à perda das capacidades resistentes e de deformação da armadura

(Lopes, 1994b).

c.4) Ação da radiação ultravioleta

A ação da radiação ultravioleta traduz-se essencialmente em alterações ao nível da composição das

camadas de revestimento de impermeabilização que acabam por tornar estes menos dúcteis (através

de alterações da composição dos betumes nas membranas betuminosas e da perda de plastificante

nas membranas de PVC) e assim mais passiveis à fissuração devida a movimentos do suporte ou da

camada de proteção (Lopes, 1994b).

A forma mais simples de atenuar estes efeitos consiste na utilização de proteção adequada do

revestimento de impermeabilização, ou a manutenção do sistema no caso de uso de material solto

sob ação do vento.

d) Empolamentos

Os empolamentos são sobre-elevações à superfície do revestimento e consistem em bolsas de ar e

de vapor de água sob pressão. Para além dos inconvenientes que possam ser gerados no

escoamento das águas pluviais, estes empolamentos são também susceptíveis à perfuração ou

rotura quando submetidos a ações mecânicas (Lopes, 1994b).

Na origem desta anomalia está a existência de vazios entre camadas do sistema de

impermeabilização ou entre este e o seu suporte, sendo as principais causas a inexistência de

colagem das camadas do sistema, falta de planeza do suporte (sobretudo quando constituído por

painéis isolantes), materiais estranhos confinados entre a impermeabilização e o suporte ou nos

casos em que são aplicados rolos de membranas que se encontram achatados devido a

armazenamento incorreto (Lopes, 1994b).

Lopes (1994b), refere algumas possíveis medidas, como seja por exemplo, no caso de aplicação de

membranas de betumes modificadas por ação de chama, “(…) esta deve ser realizada duma forma

contínua, devendo ser controladas a velocidade do movimento do maçarico e a sua distância ao

material a ligar, de modo a ambas se manterem sensivelmente constantes.”

A solução de cobertura invertida, refere o autor, é ideal para assim se evitarem variações acentuadas

de temperatura no caso de revestimentos de impermeabilização betuminosos, sendo no entanto

suficiente a colocação de uma proteção pesada.

No caso de revestimentos de impermeabilização aparentes, a aplicação de dispositivos com vista a

dissipar a pressão do vapor de água, como sejam as chaminés de ventilação, é uma medida

preventiva para esta situação dos empolamentos a ter em conta (Lopes, 1994b).

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40

2.6.2. Zonas singulares

Neste ponto serão abordados as anomalias que se verificam nos pontos singulares do sistema de

impermeabilização das coberturas em terraço. Ao contrário da análise feita para a zona corrente,

onde em primeiro nível estava a descrição da anomalia a tratar, neste ponto optou-se por abordar os

tipos de pontos singulares considerados e a cada tipo corresponder então as suas anomalias mais

comuns, seguindo desta forma também a metodologia aplicada por Lopes (1994b).

a) Paredes emergentes

Para além do exemplo mais simples de parede emergente, neste ponto são também tidas em conta

as anomalias em soleiras de portas e chaminés (de secção não circular ou curvilínea tal como tratado

em 2.5), que no fundo assemelham-se a uma parede emergente.

As anomalias mais comuns nestes elementos são o descolamento, deslizamento, insuficiente altura

dos remates e a fissuração dos mesmos (Lopes, 1994b).

Nos casos de descolamento do remate, as causas devem-se sobretudo à superfície aonde este é

feito e à respetiva configuração, ou à colagem. Para a primeira causa e segundo Lopes (1994b), os

fatores são normalmente a existência de um reboco insatisfatório, teor de humidade do reboco

demasiado elevado ou configurações da solução de remate deficientes.

Quanto à configuração do remate, um fator importante segundo o mesmo autor é a inexistência de

“(…) disposições construtivas de proteção do bordo superior do remate, contra a ação do

escorrimento de água da chuva pelo paramento de elementos emergentes de desenvolvimento

significativo em altura (…)”.

Relativamente à colagem, os fatores podem variar desde a insuficiente quantidade de produto de

colagem aplicado, a condições ambiente desfavoráveis ou com qualidade baixa da mão-de-obra, que

poderá levar por exemplo à execução de larguras reduzidas das juntas de sobreposição (Lopes,

1994b).

Como medidas de prevenção face ao descolamento de remates, tem-se sobretudo a pormenorização

e execução correta do mesmo, seguindo as indicações já abordadas em 2.5.

O deslizamento do remate, surge normalmente quando o desenvolvimento em altura do mesmo é

elevado e não existe uma fixação mecânica complementar no bordo superior do remate (Lopes,

1994b). Esta necessidade de fixação mecânica é também abordada aquando da apresentação dos

pormenores construtivos referentes a este ponto singular em 2.5.

O requisito de uma dada altura mínima para o remate está relacionado segundo Lopes (1994b), com

a “(…) necessidade de garantir uma resistência satisfatória aos esforços que tendem a provocar o

descolamento ou deslizamento desses remates relativamente ao paramento da parede ou

platibanda.” Esta mesma importância foi já salientada no capítulo 2.5.

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A fissuração dos remates pode ocorrer, seguindo a abordagem de Lopes (1994b), nos seguintes

casos:

Na presença de uma proteção pesada rígida, não se cria uma junta nesta a cerca de 0,30 m

da zona de remate, de forma acomodar eventuais dilatações dessa camada (conforma visto

em 2.5);

Quando o remate vertical não é protegido, especialmente nas tipologias de coberturas

acessíveis;

Quando ocorrem movimentos diferenciais significativos entre a estrutura resistente e o

elemento emergente;

Inexistência de bandas de dessolidarização em elementos pré-fabricados emergentes, tal

como referido em 2.5.

Outra patologia que afeta este tipo de pontos singulares, está relacionada com a falta de capeamento

adequado das platibandas, especialmente quando estas são constituídas por tijolo furado ou blocos

de betão, que acaba por permitir a penetração de água pelo tardoz do revestimento de

impermeabilização (Lopes, 1994b).

De forma a evitar esta anomalia, deverá, tal como explicitado no capítulo 2.5, recorrer-se a

capeamentos apropriados, com pendente voltada para o terraço. No caso de capeamentos que

recorram a fixações mecânicas, é importante também garantir que essas fixações estão vedadas com

anilhas apropriadas e eventualmente complementado esse efeito com recurso a mástique (Lopes,

1994b).

a) Juntas de dilatação

As anomalias mais comuns verificadas nas zonas de juntas de dilatação são o descolamento das

juntas de sobreposição dos remates e a fissuração ou enrugamento dos remates nessas zonas

(Lopes, 1994b).

Nestes pontos singulares é recomendada a sobre-elevação dos remates, especialmente em

coberturas acessíveis, como forma de os proteger das ações mecânicas tal como visto em 2.5.

A forma de evitar as anomalias referidas paras estes pontos singulares, para além da já referida

sobre-elevação, consiste numa pormenorização e execução correta de soluções que permitam a

dessolidarização do remate nesses pontos. Conforme visto em 2.5, um exemplo disso é a criação de

uma zona de aproximadamente 0,30 m de extensão, não colada ou soldada a não ser nas suas

extremidades. Na zona da junta deve ser colocado um empanque comprimido na junta, por forma ao

remate assentar neste (Lopes, 1994b).

No caso de uma junta separando dois edifícios com alturas diferentes é igualmente importante

garantir a dessolidarização do remate, através de uma conceção e execução de pormenores

construtivos adequados, tal como abordado em 2.5.

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42

b) Pontos de drenagem e evacuação de águas pluviais

Nos pontos de evacuação e drenagem de águas pluviais, as anomalias mais frequentes são

sobretudo as obstruções criadas às águas pluviais e defeitos de ligação da impermeabilização na

superfície corrente com os dispositivos de evacuação de água.

No caso das obstruções à evacuação de água, a utilização de ralos de pinha bem como a utilização

de sistemas construtivos adequados, tal como referido em 2.5, aliados a uma manutenção periódica,

são os pontos mais importantes a verificar de forma a tornar menos provável a sua ocorrência.

No caso dos defeitos de ligação, deve-se sobretudo seguir as boas práticas já mencionadas em 2.5

de forma a evitar a sua ocorrência.

Relativamente aos sistemas de drenagem – as caleiras – as anomalias mais verificadas são

sobretudo o descolamento das juntas de sobreposição das respetivas membranas e a fissuração

dessas membranas.

Segundo Lopes (1994b), os fatores mais importantes para a verificação da anomalia referente ao

descolamento das juntas de sobreposição, são sobretudo “(…) a reduzida largura dessas juntas, o

sentido segundo o qual foram aplicadas as membranas, a reduzida pendente da cobertura, senão

quando nula ou mesmo invertida, ou, evidentemente, a utilização de produtos de colagem

insatisfatórios ou a deficiente execução da colagem.”

Na mesma obra, o autor vinca a importância do sentido de aplicação das membranas nas zonas de

caleiras, sendo de resto mais determinante nessas zonas do que em superfície corrente, já que

haverá maior caudal nesses dispositivos.

A segunda anomalia referida – fissuração do revestimento de impermeabilização na zona da caleira –

ocorre sobretudo devido a “(...) um envelhecimento mais acentuado dos materiais que o constituem,

ou a disposições construtivas insatisfatórias.”

Esse envelhecimento mais acentuado na zona de caleira, dá-se sobretudo devido a esta zona estar

sujeita a uma maior intensidade de ações mecânicas de desgaste, face à superfície corrente (Lopes,

1994b).

c) Elementos emergentes da cobertura

Como elementos emergentes da cobertura dão-se sobretudo destaque às chaminés, tubos de

ventilação e guardas de platibanda (Lopes, 1994b).

No caso das chaminés, tem-se que este é em tudo semelhante às paredes emergentes anteriormente

abordadas, sendo assim as anomalias mais frequentes o descolamento, deslizamento e a fissuração

de remates. Os fenómenos causadores destas anomalias foram já abordados nesse mesmo ponto

referente às paredes emergentes.

Nos tubos de ventilação as anomalias mais comuns são os descolamentos ou fissurações dos

remates executados nesses elementos e são normalmente, segundo Lopes (1994b) “(…) motivados,

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ou por acentuados deslocamentos na direção vertical das respetivas tubagens, ou por deficientes

soluções de proteção dos bordos superiores dos remates.”

Uma forma de evitar esses referidos deslocamentos e as deficientes soluções de proteção dos

bordos superiores dos remates, é a de adotar uma disposição construtiva do tipo da já referida em

2.5. na Figura 33.

Quanto às guardas das platibandas Lopes (1994b) refere que as anomalias surgem sobretudo

quando se recorre a elementos metálicos, em que os montantes são aplicados “(…) posteriormente à

execução do sistema de impermeabilização, ou são rematados com soluções de impermeabilização

de execução deficiente.”

O grande problema da execução do remate posterior à execução do sistema de impermeabilização é,

segundo o autor, ser “(…) corrente não se fazer a zona de impermeabilização afetada, ou quando tal

é feito, sê-lo apressadamente sem os cuidados necessários (…)”.

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3. Controlo Técnico de Impermeabilizações em Coberturas Planas

Neste capítulo será tratada a temática do controlo técnico, primeiro fazendo uma abordagem de

forma geral, e contextualizando a sua atual aplicação em Portugal e na Europa. No segundo

subcapítulo apresenta-se um enquadramento e linhas de orientação para as atividades de controlo

técnico aplicada às impermeabilizações de coberturas planas, tendo em conta o que foi estudado e

apresentado no segundo capítulo do presente trabalho.

3.1. Enquadramento da atividade de controlo técnico

Neste subcapítulo pretende-se enquadrar de forma geral o tema do controlo técnico.

Num primeiro ponto será introduzido o conceito do controlo técnico, a sua aplicação e objetivos,

seguindo-se num segundo a análise do controlo técnico em contraste com a atividade de fiscalização

e um terceiro ponto onde se aborda a atividade entre os organismos de controlo técnico e as

seguradoras, partes interessadas e complementares no processo de melhoria da qualidade da

construção em geral e das impermeabilizações em coberturas planas em particular.

Por fim num quarto e quinto ponto procede-se à apreciação da situação atual das atividades de

controlo técnico em Portugal e noutros países europeus, seguido de uma breve explicação dos

resultados esperados de uma análise de controlo técnico.

3.1.1. Conceito

O controlo técnico é uma ferramenta de apreciação do risco técnico associada aos empreendimentos

de construção civil, aplicada de forma sistemática por uma terceira parte, independente das

envolvidas na promoção, conceção, execução e manutenção de empreendimentos de construção

(Almeida, 2011).

Doumeyrou (1986) indica que as vantagens da atividade de controlo técnico são “a qualidade do

construído, a garantia de cumprimento do estabelecido nas bases normativas e regulamentares, o

apoio técnico ao projetista e ao empreiteiro, entre outros”.

Brites e Grandão (1990) definem controlo técnico como “as ações que permitem apreciar ou medir as

características de um serviço ou de um produto por comparação com as exigências estabelecidas”.

Jafar (2013) destaca esta mesma comunicação de Brites e Grandão (1990), nomeadamente a

caracterização da função do controlo técnico explanada pelos autores:

Exige a prévia definição do nível de qualidade pretendido. Os parâmetros a ter em conta no

seu estabelecimento são o custo indicado, o prazo desejado e a qualidade compatível;

Apoia o dono da obra na definição das medidas a tomar para atingir o nível de qualidade

prefixado quer em projeto quer em obra;

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46

Estabelece uma aproximação sistemática aos problemas da qualidade, em ordem a prevenir

ou diminuir erros, omissões e defeitos, reduzindo os custos da “não qualidade” dos projetos e

da fiscalização em obra, diminuindo os atrasos por erros ou omissões de projeto e não

condescendendo com alterações aos objetivos (técnicos e de prazos iniciais);

Garante a exequibilidade e segurança dos trabalhos;

Garante que a qualidade pretendida em termos das diferentes especialidades envolvidas é

acompanhada durante a execução dos trabalhos;

Identifica o tipo de empreendimento junto das seguradoras e/ou resseguradoras, garantindo a

exequibilidade do seguro, com um determinado nível, em função do risco;

O controlo técnico atua na perspetiva da defesa do consumidor, dono da obra ou cliente final

(comprador ou arrendatário), por garantir um determinado nível de qualidade;”

O controlo técnico pode ter diferenças ao nível do seu conceito dependendo do país. Decker (2013) e

Deman (2013), evidenciam isso mesmo nos seus trabalhos relativamente à situação do controlo

técnico na Bélgica, Alemanha e Reino Unido (Decker, 2013), e na Bélgica, Holanda, Suécia e França

(Deman, 2013).

Decker (2013) e (Deman, 2013) referem que na Bélgica as atividades de controlo técnico visam

garantir que existe um ambiente de qualidade em todas as fases do empreendimento de construção,

bem como permitir a segurança dos trabalhadores envolvidas na construção do empreendimento.

Além disso as atividades de controlo técnico devem garantir que os edifícios são amigos do ambiente

e confortáveis para os seus utilizadores.

Decker (2013) indica que na Alemanha, o propósito do controlo técnico é o de assegurar que todos os

projetos cumprem com as leis e normas existentes, o que por si só garante um acréscimo de

qualidade. Segundo o mesmo autor, no País de Gales e na Inglaterra, o controlo técnico é visto como

uma atividade que permite reduzir os riscos e aumentar a qualidade do edificado, enquanto que na

Escócia e Irlanda do Norte, o controlo técnico é tido como uma forma de assegurar que todos os

projetos e trabalhos são realizados de acordo com os requisitos, de forma a aumentar a qualidade na

construção.

Deman (2013) refere que na Holanda o controlo técnico tem como principal função intervir de forma a

prevenir os riscos técnicos, havendo também um grande enfase no desempenho energético dos

edifícios. Já na Suécia, a atividade é vista como forma de verificar o cumprimento dos requisitos

técnicos e de evitar riscos nos empreendimentos. Na França, por sua vez, o autor refere que o

principal propósito é a compilação dos riscos técnicos associados, de forma a obter por parte das

seguradoras os seguros decenais.

O controlo técnico implica a necessidade de se criar um programa da qualidade da construção e

estabelecer procedimentos de controlo e verificação que permitem, em caso de comprovação de boa

execução dos trabalhos, a obtenção dos seguros decenais de danos (Jafar, 2013).

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47

3.1.2. Controlo Técnico e Fiscalização

Comparativamente à atividade de fiscalização da fase de execução de obras (tal como é habitual em

Portugal), o controlo técnico diferencia-se pela independência já referida para com as restantes

partes envolvidas (incluindo independência em relação ao dono de obra), mas também por não

procurar fazer uma verificação exaustiva de todos os aspetos da realização de dado elemento,

procurando antes assegurar que “existe no local um correto ambiente técnico de qualidade”

(Doumeyrou, 1986a).

Essa verificação não exaustiva na fase de execução pode consistir em visitas à obra em pontos-

chave definidos pelo responsável pelo controlo técnico, sendo que as conclusões do controlo técnico,

para essa fase, são obtidas com a conjugação dos dados obtidos nas várias visitas realizadas, por

amostragem. No entanto, segundo Almeida (2011), “(…) o controlador técnico pode fazer uso das

informações geradas no âmbito das atividades de fiscalização (…)” .

Almeida (2011) refere que, enquanto o controlo técnico consiste numa avaliação de conformidade de

terceira parte (independente), a fiscalização é uma “avaliação da conformidade de segunda parte, na

medida em que é executada por pessoas ou organismos independentes de quem constrói as

soluções de engenharia, mas que estão vinculadas a quem detém interesses na utilização dessas

soluções (por exemplo, o dono de obra).” Além disso, o controlo técnico abrange para além da fase

de execução, a fase de projeto e eventualmente de utilização ou manutenção, já a fiscalização incide

somente na fase de execução (Jafar, 2013).

Comparando ainda o objetivo da atividade de controlo técnico com o da atividade de fiscalização,

tem-se que a primeira foca-se no aspeto da qualidade, enquanto que a atividade de fiscalização está

orientada sobretudo para os aspetos relacionados com prazos e custos.

3.1.3. Controlo Técnico e Seguros

A este respeito, Jafar (2013) refere que: “Na grande maioria dos casos, a atividade de controlo

técnico surge da necessidade de uma seguradora e das outras entidades envolvidas terem garantias

nos domínios de engenharia em como uma construção tem qualidade para poder ser assegurada,

requerendo-se para isso a presença de um organismo que controle a qualidade tanto da conceção

como da execução da obra.”

Pode existir alguma articulação entre as entidades responsáveis pelo controlo e as companhias de

seguros. No entanto, apesar dessa articulação, estas duas atividades funcionam de forma

independente uma da outra (Doumeyrou, 1986b):

Às entidades de controlo técnico cabe-lhes a temática da qualidade, e com os seus

elementos técnicos permitem às companhias de seguros a definição do risco inerente.

Às companhias de seguros, por sua vez, cabe-lhes assumir o risco, comprometendo-se com

eventuais consequências financeiras de uma não-conformidade.

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48

Relativamente à modalidade de seguro, é diferenciado o seguro relativo aos elementos estruturais, o

qual tem um prazo de 10 anos e pode ter caracter obrigatório (seguro decenal), do dos elementos

não estruturais, onde se incluem as impermeabilizações de coberturas planas abordadas neste

trabalho, onde o seguro é trienal e habitualmente voluntário (Tomaz, 2013).

3.1.4. Controlo técnico em Portugal e na Europa

O controlo técnico em Portugal, apesar de ser conhecido, discutido e reconhecidas as suas

potencialidades, não é ainda uma ferramenta de uso corrente nos empreendimentos nacionais, e

quando é feito, os intervenientes são empresas internacionais que se instalaram no nosso país, e que

detêm experiência no ramo acumulada noutros países (Jafar, 2013).

Ao contrário do que acontece em alguns países, não existe ainda em Portugal uma regulamentação

que regule a atividade. Sobre este assunto, Jafar (2013) refere que em Portugal: “(…) apesar de este

assunto estar a ser amplamente discutido há cerca de 30 anos no seio da comunidade técnico-

científica, continua sem existir um enquadramento legal específico ou uma definição clara para as

atividades de controlo técnico.”

Em alguns países da Europa a realidade do Controlo Técnico é bem diferente da que se vive em

Portugal. Em Países como a Espanha, França ou Itália, o seguro para os elementos construídos é

mesmo obrigatório, sendo na França, Reino Unido e Alemanha o Controlo Técnico definido por lei

(Jafar, 2013)6.

3.1.5. Resultados do controlo técnico

O resultado das atividades de controlo técnico é a atribuição de um nível de risco ao empreendimento

de construção controlado. Seguindo a metodologia abordada por Almeida (2011), essa classificação

pode ser considerada em três níveis: “Não agravado”, “Agravado” e “Muito agravado”.

Ao nível “Não agravado” correspondem os sistemas construtivos onde as fases de projeto e execução

não contêm soluções de engenharia que agravem o risco inerente (risco técnico inicial que não é

possível eliminar na totalidade). Por sua vez, aos níveis “Agravado” e “Muito agravado”,

correspondem ocorrências que, nas fases de projeto e/ou execução, de alguma forma incrementaram

o risco técnico inicial.

3.2. Controlo técnico aplicado a impermeabilizações de coberturas planas

Neste segundo subcapítulo relativo ao controlo técnico, pretende-se apresentar num primeiro ponto

um resumo dos aspetos da qualidade relativos às impermeabilizações de coberturas planas que

foram sendo abordados no segundo capítulo.

6 Jafar (2013) realizou uma análise comparativa das realidades relativas ao Controlo Técnico e ao regime de

garantias existentes em 52 países.

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49

De seguida procede-se à apresentação de um modelo de relatórios já utilizado (modelo espanhol),

para a fase de projeto e execução, seguindo-se nos dois subcapítulos posteriores uma proposta para

a sua melhoria, tornando-os específicos para as impermeabilizações de coberturas planas. Por fim é

feito um resumo das propostas de modelos de relatórios relacionando-os com os aspetos da

qualidade tratados no primeiro ponto deste subcapítulo.

3.2.1. Qualidade na impermeabilização de coberturas planas

Nesta parte, pretende-se apresentar de forma resumida os pontos determinantes que foram sendo

abordados ao longo deste texto em matéria de qualidade, para que o desempenho final da

impermeabilização seja adequado. Esses pontos são listados no Anexo I.

Analisam-se aqui, resumidamente, os referidos pontos em três fases em avaliação: projeto, execução

e manutenção. Aos pontos afetos a cada uma dessas fases é atribuído um código de forma a facilitar

a análise entre esses pontos e as partes dos modelos de relatórios propostos em 3.2.6.

a) Fase de projeto

Como se foi constatando ao longo do trabalho, a fase de projeto é determinante para o sucesso final

do sistema de impermeabilização, sendo este facto comprovado por estudos já mencionados neste

trabalho onde se verificou que 38% das anomalias estavam diretamente relacionadas com esta fase

(Silva e Gonçalves, 2001).

A grande importância da fase de conceção deve-se sobretudo à necessidade de uma análise de

todos os pontos singulares que ocorrem na cobertura e uma pormenorização correta desses mesmos

pontos. Esta ideia está novamente presente no estudo de Silva e Gonçalves (2001)(Silva, et al.,

2001), já que 72% das anomalias ocorreram nestes pontos singulares, enaltecendo a sua importância

para o correto desempenho do sistema impermeabilizante.

A especificação de materiais e disposições construtivas é também importante nesta fase, quer na

zona corrente, quer nos pontos singulares.

Na Tabela 1, encontram-se resumidamente os pontos importantes referentes a esta fase.

Tabela 1- Pontos importantes a verificar na fase de projeto

Cód. Pontos a verificar no projeto Justificação Referências

FP.1 Verificar se a tipologia traduz o uso futuro previsto

De forma a proceder a uma correta especificação das camadas constituintes e respetivas caraterísticas

(Lopes, 1994a)

FP.2 Verificar que a solução de impermeabilização está de acordo com a tipologia determinada, seguindo as normas em vigor e documentos auxiliares (como os DA ou fichas técnicas)

Diferentes tipologias de coberturas implicarão diferentes soluções das camadas constituintes (com relevo para a pendente, suporte do revestimento de impermeabilização, sistema de fixação, etc.)

(Lopes, 1994a; Lopes 1994b)

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50

Cód. Pontos a verificar no projeto Justificação Referências

FP.3 Aferir que pontos singulares estarão presentes na cobertura de acordo com a arquitetura e eventuais equipamentos presentes

A determinação dos pontos singulares presentes é fundamental para a sua correta conceção

(Lopes, 1994b; Silva e Gonçalves, 2001)

FP.4 Verificar que todos os pontos singulares estão pormenorizados, com soluções que visem a durabilidade do sistema

Por forma a garantir um correto funcionamento da impermeabilização do sistema nesses pontos, bem como garantir a sua durabilidade

(Lopes, 1994b)

FP.5 Verificar que todos os materiais, as suas caraterísticas e disposições a adotar estão especificados

A especificação destes elementos reduz a possibilidade de erro por parte do executante

(Lopes, 1994b; Silva e Gonçalves, 2001)

FP.6 Verificar que foram concebidas soluções que permitem aumentar a durabilidade geral do sistema

Algumas soluções como a criação de caminhos específicos para efetuar a manutenção, ou a criação na periferia de coberturas protegidas por material solto de uma proteção contínua rígida, permitem melhorar a durabilidade do sistema, tal como foi abordado no texto

(Lopes, 1994b)

FP.7 Verificar a criação do "Livro do Edifício" indicando a periodicidade das manutenções, bem como o modo de as executar

Cada solução de cobertura em terraço terá a sua metodologia de manutenção, e é necessário a criação de registos a transmitir ao utilizador final, por forma a evitar anomalias relativas à fase de manutenção

(Silva e Gonçalves, 2001)

b) Fase de execução

A fase de execução é também de grande importância para o sucesso do sistema construtivo em

análise, até porque é aqui que o erro humano é mais passível de ocorrer. Segundo o estudo

anteriormente referido de Silva e Gonçalves (2001), cerca de 44% das anomalias estão diretamente

relacionadas com esta fase, ilustrando assim a tal maior exposição ao erro humano.

A Tabela 2 resume os pontos mais relevantes a ter em conta nesta fase.

Tabela 2 - Pontos importantes a verificar na fase de execução

Cód. Pontos a verificar na execução Justificação Referências

FE.1 Verificar que as condições ambiente são as indicadas ao tipo de soluções utilizadas

Existem materiais sensíveis às condições climáticas adversas, e a sua aplicação perante essas condições poderá afetar o seu desempenho ou durabilidade (Exemplo: Lãs minerais e chuva)

(Lopes, 1994b)

FE.2 Verificar que se cumprem as disposições construtivas e materiais especificados em projeto

As disposições presentes em projeto são as que à partida garantem o melhor desempenho e durabilidade para cada caso, e deverão por isso ser seguidas sem desvios, por forma a evitar as anomalias relacionadas com a aplicação

(Lopes, 1994b; Silva e Gonçalves, 2001)

FE.3 Verificar que a aplicação, transporte e manuseamento dos materiais é feita de acordo com as indicações das suas fichas técnicas

Como foi abordado no texto, a incorreta aplicação ou manuseamento dos materiais poderá levar a anomalias

(Lopes, 1994b)

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51

Cód. Pontos a verificar na execução Justificação Referências

FE.4 Verificar que é feito o controlo dos produtos a aplicar através de averiguação de marcação CE, guias de transporte, etc

É importante haver registos de que o produto que chega ao aplicador final, é de facto o especificado em projeto, sem desvios quanto à sua qualidade e características

(Silva e Gonçalves, 2001)

FE.5 Verificar que a camada que serve de suporte se encontra em condições adequadas ao nível de rugosidade, planeza e limpeza

Verificando estes aspetos, previne-se a ocorrência de um conjunto de anomalias abordadas ao longo do texto

(Paulo, 2012; Lopes, 1994b)

FE.6 Verificar que as juntas estruturais ou de dilatação são respeitadas, tal como é especificado em projeto

Nestes pontos deverão ser realizados pormenores construtivos de forma a permitir movimentos relativos entre os dois corpos, e que esses movimentos não ponham em causa o funcionamento do sistema de cobertura, conseguindo-se isso através de soluções de dessolidarização

(Lopes 1994b)

FE.77 Verificar que as betonagens são

processadas de forma a minimizar o efeito de retração através da betonagem de painéis em "xadrez"

Desta forma evita-se a presença de fissurações das camadas alvo de betonagens onde assentarão por exemplo a barreira pára-vapor

(Paulo, 2012)

FE.87 Verificar a qualidade do betão e

promover uma cura adequada Desta forma pretende-se também evitar a ocorrência de fissurações nestas camadas que servirão de suporte a outras importantes no sistema de impermeabilização

(Paulo, 2012)

FE.9 Verificar que as fixações de membranas são realizadas tal como é estipulado em projeto e de forma cuidada dado ser um elemento chave

A fixação das membranas na zona corrente, e sobretudo nas juntas de sobreposição é determinante para o sucesso do sistema de impermeabilização, pois uma falha nesse aspeto colocaria em risco todo o sistema

(Lopes, 1994a; Silva e Gonçalves, 2001)

FE.10 Verificar a realização do ensaio de estanquidade

A realização deste tipo de ensaios serve como garantia de sucesso após execução da impermeabilização em zona corrente, ou em caso de resultado negativo, ajuda a apurar responsabilidades

(Paulo, 2012)

FE.11 Verificar que é vedado o acesso à cobertura depois de efetuado o ensaio de estanquidade

De forma a evitar anomalias decorrentes do acesso à mesma.

c) Fase de manutenção

Esta fase tem uma importância menos significativa quando comparada com as outras duas já

analisadas. No estudo de Silva e Gonçalves (2001), apenas 8% das anomalias verificadas estavam

diretamente relacionadas com esta fase, o que espelha bem a sua menor relevância.

Segundo Silva e Gonçalves (2001), as anomalias verificadas nesta fase devem-se sobretudo à falta

de manutenção dos sistemas de evacuação de águas pluviais, e a perfurações acidentais no

revestimento de impermeabilização.

Desta forma, a Tabela 3 pretende resumir os pontos relevantes a ter em conta.

7 Aplicável no caso de a laje de cobertura ser de betão armado

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Tabela 3 - Pontos importantes a verificar na fase de manutenção

Cód. Pontos a verificar na manutenção Justificação Referências

FM.1 Verificar se as atividades de manutenção são realizadas de acordo com o estipulado no "Livro do Edifício"

Procedendo a uma manutenção com periodicidade e forma de execução correta tornará menos passível a ocorrência de anomalias relacionadas com a manutenção

(Lopes, 1994b; Silva e Gonçalves, 2001)

FM.2 Verificar se as atividades de manutenção realizam-se através de caminhos executados na cobertura para o efeito

Com o recurso a estes caminhos evita-se a ocorrência de anomalias tal como referido no texto

(Lopes, 1994b)

Como se pode facilmente constatar, estes pontos estão relacionados com a atuação do cliente final,

podendo contudo envolver atividades de controlo técnico caso, por exemplo, exista uma garantia que

se prolonga por vários anos durante a utilização da construção.

3.2.2. Modelo base para o controlo técnico de impermeabilizações na fase de projeto

Neste subcapítulo será abordado um modelo-tipo espanhol correntemente usado pelos organismos

de controlo técnico (OCT) aquando da aplicação do controlo técnico à conceção de coberturas

naquele país.

Este modelo base pode ser aplicado a caves, coberturas e fachadas, e é composto por dois modelos

de relatórios: um referente à fase de projeto (relatório D02) e outro referente à fase de execução

(relatório D3). Os restantes modelos de relatórios, segundo o trabalho realizado por Almeida (2011),

encontram-se no Anexo IV.

Pode haver ainda uma análise posterior à conclusão do elemento, fazendo recurso ao modelo de

relatório D3.bis. Dado esta análise ser opcional e só usada em casos muito específicos, como por

exemplo, casos onde se pretende estender a garantia, esta ficha não será abordada neste trabalho.

Ao longo dos modelos de relatórios que se apresentam tanto neste subcapítulo como no próximo, é

referido o termo de “Reserva técnica”. Uma reserva técnica consiste na exposição por escrito de uma

situação anómala grave, e que deve ser corrigida sob pena de agravar em demasia o risco técnico

inerente à solução construtiva.

O modelo de relatório relativo ao controlo técnico em impermeabilizações de coberturas na fase de

projeto é normalmente designado por modelo de relatório de “Revisão do Projeto de Estanquidade”,

podendo ser aplicada a qualquer tipo de coberturas, fachadas ou caves.

Este modelo de relatório é dividido por cinco pontos mais um de introdução, que se podem denominar

por “Introdução ao relatório”, “Participantes no projeto”, “Bases de partida”, “Documentação

analisada”, “Enumeração dos relatórios emitidos” e “Conclusões”.

Um relatório tipo deste modelo pode ser encontrada no Anexo V, sendo de referir que a mesma

resulta de uma adaptação do modelo espanhol, utilizado por uma entidade de controlo técnico com

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53

atuação a nível nacional, o qual foi disponibilizado por uma companhia de seguros nacional que

comercializa apólices de seguro decenal.

a) Introdução ao modelo de relatório

Nesta primeira parte do modelo de relatório em causa, interessa sobretudo deixar registos sobre o

foco do controlo técnico (a revisão do projeto de estanquidade pode ser aplicado a coberturas,

fachadas ou caves), identificar os responsáveis pelo controlo técnico bem como os seus contactos, a

data a que o controlo técnico se processou, o promotor/proprietário, a morada completa do

empreendimento e ainda, como forma de controlo interno por parte da seguradora, eventuais

números de processos internos.

Desta forma, um modelo genérico desta parte do relatório poderá apresentar as características da

Figura 35.

.

Caves

Coberturas

Fachadas

Morada completa:

Nome completo Contacto Email

Proprietário/ Promotor:

Data de execução do controlo técnico:

Relatório D02

Revisão do projeto de estanquidade

Unidade de obra:

Processo:

Técnicos responsáveis pelo controlo técnico

Figura 35 - Introdução ao modelo de relatório D02

b) Participantes no projeto

Neste segundo ponto do modelo de relatório, importa identificar as entidades intervenientes na

elaboração do projeto (que poderão estar separadas pela parte de arquitetura e pela parte estrutural)

e eventualmente, no caso de se aplicar também a caves, o responsável pelo estudo geotécnico.

Para além da identificação dos participantes, a sua morada completa e o contacto devem estar

presentes, para assim facilitar uma eventual necessidade de esclarecimento adicional futuro (Figura

36).

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54

c) Bases de partida

Este é o ponto de maior relevo para a análise do fator de agravamento do risco do presente modelo

de relatório, já que inclui a análise dos elementos disponíveis do projeto, das normas aplicáveis, das

soluções adotadas, materiais a aplicar e suas características, das soluções aplicadas em juntas e por

fim a identificação de pormenores construtivos disponíveis no projeto (Figura 37).

1 - Participantes na construção

Tipo Nome da entidade Contacto Morada completa

Figura 36 - Participantes no projeto do D02

Sim Não

Sim Não

Sim Não

Sim Não

Sim Não

Sim Não

Sim Não

Sim Não

2.3 - Soluções adotadas:

Normativa recomendável

Alteração ao risco técnico inicialmente previsto

2 - Bases de partida

2.1 - Elementos disponíveis do projeto:

Memória descritiva/ Caderno de encargos

Definição clara das unidades construtivas

Desenhos definitivos para execução

Pormenores construtivos

Outros

2.2 - Normativa:

Normativa exigível e aplicável

2.6 - Pormenores construtivos disponíveis no projeto:

(Se Sim, indicar alterações)

2.4 - Materiais:

2.5 - Juntas (tipo de juntas e materiais utilizados):

Figura 37 - Bases de partida do D02

d) Documentação analisada

Esta parte do modelo de relatório consiste apenas na listagem descriminada da documentação da

obra a verificar incluindo a data identificativa e eventuais códigos ou referências, remetendo-se para

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55

anexo esses mesmos documentos. Por documentação, neste ponto entende-se elementos do projeto,

sejam eles peças escritas ou desenhadas (plantas, cortes, alçados ou pormenores construtivos).

O aspeto geral deste ponto no modelo de relatório está ilustrado na Figura 38.

3 - Documentação analisada:

Figura 38 - Documentação analisada do D02

e) Enumeração dos relatórios emitidos

Este ponto tem como objetivo apresentar os eventuais pedidos justificativos em relação a

componentes do projeto, as suas datas de emissão e resposta a esses mesmos pedidos e a

adequabilidade da resposta/justificação apresentada pela entidade responsável do componente do

projeto em análise.

Um exemplo da forma a que esta parte do modelo de relatório corresponde encontra-se na Figura 39.

Sim Não

Sim Não

Sim Não

4 - Enumeração dos relatórios emitidos

Tipo Data de emissão Data de resposta Resposta satisfatória

Figura 39 - Enumeração dos relatórios emitidos

f) Conclusões

Nesta última parte do modelo de relatório relativa à fase de projeto, pretende-se apresentar o

resultado do controlo técnico (no fundo indicar se existem fatores de agravamento do risco

significativos a ter em conta), a conclusão técnica do risco (nível de agravamento do risco técnico) e a

enumeração de eventuais reservas técnicas emitidas, com o tipo de reserva técnica, o documento a

que corresponde e o número da ata de emissão.

Por fim, é requisitado uma referência à existência de anexos, os seus títulos e números de páginas. A

Figura 40 representa uma possível apresentação deste ponto.

3.2.3. Modelo base para o controlo técnico de impermeabilizações na fase de execução

Relativamente à fase de execução de impermeabilizações em caves, coberturas ou fachadas, o

modelo base para as atividades de controlo técnico inclui um modelo de relatório tipo designado por

“D3: Relatório Final de Estanquidade”.

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56

Em comparação com o modelo de relatório relativo à fase de projeto, este apresenta um documento

geral aplicável aos três tipos de elementos a considerar (fachadas, coberturas ou caves), e um anexo

específico de cada um desses elementos.

Na parte comum às diferentes utilizações do modelo de relatório, considerou-se novamente 5 pontos,

mais um de introdução à ficha, que se denominaram neste trabalho por “Introdução ao relatório”,

“Dados administrativos”, “Aspetos modificados relativamente ao D0 e/ou ao D02”, “Relação de

anexos presentes no relatório”, “Conclusão geral final” e “Reservas técnicas emitidas no decurso do

controlo técnico realizado”.

De referir que, este modelo de relatório é o final para a fase de execução, podendo existir relatórios

parcelares realizados ao longo da execução da impermeabilização da cobertura, daí que tem como

função fazer um resumo final da fase de execução.

Sim Não

5.1 - Resultado do controlo

5.2 - Conclusão técnica do risco

5- Conclusões

Se sim, indicar título dos documentos e número de páginas:

Documentação em anexo:

5.3 - Enumeração das reservas técnicas emitidas

Tipo Referência do documento Nº ata de emissão

Figura 40 - Conclusões do D02

Este modelo de relatório encontra-se no Anexo VI, e tal como o relatório anterior é uma adaptação ao

modelo espanhol, utilizado por uma entidade de controlo técnico com atuação a nível nacional, o qual

foi disponibilizado por uma companhia de seguros nacional que comercializa apólices de seguro

decenal.

a) Introdução ao modelo de relatório

Este primeiro ponto, semelhante ao do modelo de relatório relativo à fase de projeto tem como

objetivo deixar registos sobre o foco do controlo técnico (se está a ser aplicado a coberturas,

fachadas ou caves), sobre os responsáveis pelo controlo técnico (nomes, correio eletrónico, telefone),

sobre a data a que se realizou, o promotor/proprietário, a morada completa do empreendimento e

ainda eventualmente números de processo para controlo interno por parte da seguradora.

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57

Os elementos relativos a este ponto encontram-se na Figura 41.

b) Dados administrativos

No ponto denominado por “Dados administrativos”, pretende-se estabelecer a data de receção

prevista ou real do elemento em análise, bem como determinar eventuais datas de realização e de

envio à seguradora do relatório D3bis. Estes elementos estão presentes na Figura 42.

c) Aspetos modificados relativamente ao D0 e/ou ao D02

Este pequeno ponto, visa sobretudo expor possíveis desvios a relatórios previamente elaborados (D0

que define o risco técnico inicial e D02 que por sua vez define o risco técnico tendo em conta

possíveis fatores de agravamento do elemento em estudo na fase de projeto). Eventuais alterações

deverão depois estar presentes em anexo.

Esta parte do modelo de relatório encontra-se na Figura 43.

Caves

Coberturas

Fachadas

Morada completa:

Email

Proprietário/ Promotor:

Data de execução do controlo técnico:

Relatório D3

Relatório final de estanquidade

Processo:

Técnicos responsáveis pelo controlo técnico

Nome completo Contacto

Unidade de obra:

Figura 41 - Introdução ao modelo de relatório D3

Prevista Real

Data:

1 - Dados administrativos

1.1 - Receção

1.2 - Relatório D3bis Data prevista de:

Realização:

Envio à Seguradora:

Figura 42 - Dados administrativos do D3

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58

Sim Não2 - Aspetos modificados relativamente ao D0 e/ ou D02?

(Se sim, concretizar em anexo as alterações produzidas)

Figura 43 - Aspetos modificados relativamente ao D0 e/ou ao D02 do D3

d) Relação de anexos presentes no relatório

Neste ponto pretende-se criar um registo de consulta fácil relativo aos anexos constantes no relatório.

Este registo tem em conta os diferentes possíveis focos de aplicações (coberturas, fachadas ou

caves), um campo para uma descrição breve do tema dos anexos e por fim a referência aos números

dos anexos em questão.

A Figura 44 exemplifica o que aqui foi mencionado.

3 - Relação de anexos presentes neste relatório

Sistema de Descrição Anexo nº

Figura 44 - Relação de anexos do D3

e) Conclusão geral final

Este ponto de conclusão geral final, tem como objetivo tirar as conclusões relativas ao sistema

implementado, na sua vertente de projeto e execução, e ainda faz referências a possíveis processos

de manutenção a que o sistema em causa poderá ser alvo.

No fundo, esta parte é dividida em cinco componentes; na primeira efetua-se o registo à adequação

da execução face ao projeto (mesmo tendo em conta possíveis modificações), de seguida é feito uma

exposição detalhada e dada uma opinião técnica pormenorizada, que no fundo consiste em explicar o

modo que foi realizado o controlo técnico (como seja a realização do controlo técnico por amostra), e

em fazer a avaliação final do risco técnico do elemento.

A terceira componente, tem como objetivo expor as deficiências verificadas, que apesar de não terem

sido reparadas não comprometem a estanquidade do elemento.

Os dois últimos pontos abordam a questão da manutenção; num primeiro ponto pretende-se aferir se

o sistema de impermeabilização está sujeito a um sistema de manutenção durante o período do

seguro, e no segundo ponto verifica-se a constatação detalhada desse processo de manutenção para

os utilizadores finais (com recurso ao livro do edifício por exemplo).

Na Figura 45 encontra-se exposta esta parte do modelo de relatório.

f) Reservas técnicas emitidas no decurso do controlo técnico realizado

Este ponto final visa o tratamento de eventuais reservas técnicas emitidas ao longo do controlo

técnico efetuado. Esse tratamento consiste na exposição resumida do conteúdo da reserva, o número

da ata de emissão e da ata de cancelamento, no caso de esta existir.

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59

Por fim, pode-se considerar ainda neste ponto, a questão de controlo dos anexos, já que a mesma

tem um caracter mais secundário, onde se deverá informar para além da presença ou não de anexos,

o número de páginas dos mesmos.

A Figura 46 ilustra esta parte do modelo de relatório.

Relativamente ao anexo específico para as coberturas planas, seguindo também o modelo dos

relatórios abordados, este pode ser dividido em cinco blocos, que aqui serão tratados como:

“Descrição da unidade de obra”, “Informações da cobertura”, “Materiais”, “Execução” e “Ensaios de

estanquidade”.

Sim Não

4.4 - A impermeabilização está condicionada a um processo

de manutenção durante o período de cobertura do seguro? Sim Não

Sim Nãorefletida e convenientemente definida(livro do edifício, etc.)?

4 - Conclusão geral final (Projeto + Execução)

4.1 - Adequação da execução ao estabelecido em projeto?

(incluindo modificações)

4.2 - Exposição detalhada e opinião técnica pormenorizada:

4.3 - Deficiências constatadas e avaliadas que à data de emissão do presente

4.5 - A necessidade de um processo de manutenção encontra-se

relatório não foram reparadas mas que não comprometem a estanquidade da obra:

Figura 45 - Conclusão geral final do D3

Sim Não

(1) Juntar a este relatório o anexo correspondente a cada unidade de obra avaliada

Documentação em Anexo? Sim Não

5 - Reservas técnicas emitidas no decurso do controlo técnico realizado

Existiu reservas técnicas?

Conceito Nº ata de emissão Nº ata cancelamento

Se sim, indicar número e titulo do Anexo, e número de páginas:

Figura 46 - Reservas técnicas emitidas no D3

Este anexo específico de coberturas planas encontra-se também no Anexo VI, sendo igualmente

adaptado do modelo de relatório anteriormente referido.

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60

g) Descrição da unidade de obra

Nesta primeira parte do anexo pretende-se descrever a solução construtiva de cobertura em causa,

começando pela tipologia presente, descrição dos elementos constituintes da cobertura (materiais,

marcas ou fabricantes, espessuras, disposição, pendente), descrição das zonas singulares

verificadas, indicação da eventual presença de soluções inovadoras ou não normalizadas e ainda a

identificação dos elementos responsáveis pela estanquidade do sistema.

Desta forma, têm-se na Figura 47 esta primeira parte do anexo.

da tipologia em causa):

outras tipologias, juntas e outros pontos singulares):

1.2 - Descrição das zonas de remate ou ligação com outros elementos (fachadas,

Anexo nº 1 - Coberturas (Planas, inclinadas)

Tipologia da cobertura:

1 - Descrição da unidade de obra:

1.1 - Do interior para o exterior, descrição das unidades de obra executadas

(materiais, fabricantes ou marcas, espessuras, disposição, pendente, superfície

1.4 - Identificação dos elementos da cobertura que conferem a estanquidade:

e cancelamento da reserva técnica correspondente.

1.3 - Indicar o caracter eventualmente inovador ou não normalizado de alguma das

soluções adotadas. Citar o respetivo relatório D2 elaborado anteriormente e emissão

Figura 47 - Descrição da unidade de obra do D3

h) Informações da cobertura

Neste tópico agrupou-se três pequenos tópicos relativo aos intervenientes da execução da cobertura

(executante, fornecedor e fabricante), ao custo total do sistema de cobertura e às condições máximas

previstas no projeto.

Este grupo encontra-se ilustrado na Figura 48.

i) Materiais

Este ponto relativo aos materiais empregues, visa sobretudo controlar os mesmos e analisar

eventuais desvios bem como a adequação dos mesmos. Desta forma, numa primeira parte procede-

se à exposição dos materiais indicando-se as formas de controlo empregues (ensaios, certificados de

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61

qualidade, etc). De seguida, procede-se à comparação dos materiais empregues face aos

preconizados em projeto e a análise à aceitabilidade dos eventuais desvios verificados.

Os quarto e quinto pontos aferem a aceitabilidade do controlo realizado aos materiais, bem como de

eventuais desvios.

A Figura 49 apresenta esta parte do anexo.

2 - Intervenientes

4 - Condições máximas previstas no projeto:

Carga da neve:

Pressão do vento:

Executante:

Fornecedor:

Fabricante:

3 - Custo total da unidade de obra:

Figura 48 - Informações da cobertura do D3

Sim Não

Sim Não

Sim Não

Sim Não

5.3 - Resultado do controlo de materiais é satisfatório?

5.4 - São aceitáveis os desvios detetados?

(se não, emitir reserva técnica)

(se não, indicar desvios)

(se não, emitir reserva técnica)

em projeto?

(se não, indicar desvios)

5 - Materiais

5.2 - São aceitáveis os desvios detetados?

Descrever materiais controlados, indicando-se sumariamente o alcance do referido

controlo (testes, ensaios, certificados de qualidade relativos aos elementos que

conferem a estanquidade e respetiva proteção):

5.1 - Os materiais aplicados correspondem com os indicados

Figura 49 - Materiais do D3

j) Execução

Relativamente à execução, o anexo incide sobre modificações face ao projeto que poderão ter

ocorrido, nos documentos provenientes da fiscalização, controlo de desenho e cálculo por parte do

controlo técnico, eventuais deficiências que poderão ter ocorrido e a sua eventual correção e por fim,

a indicação do conteúdo das inspeções realizadas no âmbito do controlo técnico. A Figura 50

apresenta os conteúdos presentes nesta parte do anexo.

Page 82: Atividades de Controlo Técnico de Impermeabilizações em Coberturas Planas … · Atividades de Controlo Técnico de Impermeabilizações em Coberturas Planas Fábio Luís Arruda

62

k) Ensaios de estanquidade

Este ponto final do anexo tratado, pretende somente controlar a realização dos ensaios de

estanquidade, dado tratar-se de um elemento importante para a garantia de qualidade da cobertura e

eventualmente para se definir responsabilidades em casos de anomalias.

Sim Não

Sim Não

Sim Não

Sim Não

Sim Não

Sim Não

(se não, emitir uma reserva técnica)

- Foram detetadas deficiências de execução, disposições

incorretas, operações desadequadas, omissões

prejudiciais, etc.?

(paredes de sustentação de coberturas e eventuais

modificações)?

- O resultado foi satisfatório?

6 - Execução

(se sim, apresentar a descrição das mesmas)

6.1 - Existiram modificações face às coberturas projetadas?

- Existem documentos justificativos e aprovação por

parte da fiscalização?

(se não emitir uma reserva técnica)

- Foi controlado pelo G.C.T. o seu desenho e cálculo

6.2 - Foram sanadas as referidas deficiências em obra?

(se sim, descrever as medidas adotadas. Se não, emitir uma reserva técnica)

6.3 - Inspeções efetuadas durante o desenvolvimento do controlo das unidades em

causa. Indicar o conteúdo das referidas inspeções.

Figura 50 - Execução do D3

Desta forma, neste ponto averigua-se a realização do ensaio, a sua data e o seu resultado, podendo

esta parte ser consultada na Figura 51.

3.2.4. Proposta de modelo para o controlo técnico de coberturas planas na fase de projeto

Fazendo a comparação entre os pontos verificados em 3.2.1, tidos como sendo de grande

importância para o sucesso do sistema de impermeabilização da cobertura, e os relatórios do modelo

espanhol analisados em 3.2.2 e 3.2.3, verifica-se que existem alguns aspetos omissos, ou pelo

menos não explicitamente detalhados, e que são importantes ter em consideração numa análise do

agravamento do risco do sistema, sobretudo a nível da fase de projeto, mas também na fase de

execução.

Page 83: Atividades de Controlo Técnico de Impermeabilizações em Coberturas Planas … · Atividades de Controlo Técnico de Impermeabilizações em Coberturas Planas Fábio Luís Arruda

63

Desta forma procedeu-se à elaboração de documentos que auxiliem as atividades internas do

controlo técnico, considerando-se, nomeadamente na fase de projeto, que não seria útil explicitar as

evidências/registos em relação à análise das zonas singulares, bem como das diversas interações

entre componentes do sistema de cobertura em zona corrente. Importa referir que a adaptação

proposta é aplicável somente às coberturas planas, perdendo-se assim a polivalência do modelo de

relatório base, de modo a facilitar a sua aplicação aos casos de estudo.

Sim Não

Sim Não

Data:

7.1 - Resultado satisfatório?

7 - Ensaios de estanquidade?

Figura 51 - Ensaio de estanquidade do D3

Os pontos singulares acima referidos passam a ter um anexo dedicado a cada tipo, dada a sua

importância como atrás foi verificado através de estudos como o de Silva e Gonçalves (2001). A

proposta desta ficha mais específica e os seus anexos podem ser consultadas no Anexo VII,

seguindo-se abaixo a análise às adições efetuadas ao modelo de relatório polivalente base.

a) Bases de partida

A primeira proposta da ficha específica adaptada encontra-se já no segundo ponto do modelo de

relatório; em “2.2 – Normativa”, dado ser importante deixar registos explícitos sobre que documentos

de facto foram avaliados; desde as fichas técnicas, às soluções recomendadas por fabricantes ou até

mesmo os Documentos de Aplicação, nacionais ou internacionais.

O tipo de uso é também um elemento fundamental para efetuar a análise às soluções adotadas para

o sistema construtivo de cobertura, já que diferentes tipos de uso correspondem a diferentes soluções

de proteção do revestimento de impermeabilização, revestimento de impermeabilização e meio de

fixação deste ao seu suporte, tal como foi sendo abordado no capítulo 2 deste trabalho. Assim, este

registo tornará a análise ao agravamento do risco dos pontos que se seguem mais fundamentada.

O tipo de proteção de revestimento é também relevante, já que diferentes soluções de proteção,

levarão a diferentes cuidados que deverão ser avaliados (como a criação de juntas nos casos de

revestimentos pesados contínuos face a uma parede emergente).

Como se poderá também constatar na Figura 52, o ponto 2.3 do modelo base que fazia referência à

alteração do risco inicialmente previsto foi retirado, sendo introduzido mais à frente na proposta da

ficha adaptada em questão.

Segue-se a alteração feita ao ponto relativa a materiais (Figura 53); para uma análise mais prática

das características de cada um dos componentes do sistema de cobertura plana, bem como das

Page 84: Atividades de Controlo Técnico de Impermeabilizações em Coberturas Planas … · Atividades de Controlo Técnico de Impermeabilizações em Coberturas Planas Fábio Luís Arruda

64

relações entre componentes, é importante definir inequivocamente que materiais compõem essas

camadas constituintes do sistema.

Desta forma, torna-se a análise da adequabilidade da solução concebida face ao seu uso previsto

muito mais fácil de realizar.

Sim Não

Sim Não

Tipo:

2.2 - Normativa:

Normativa exigível e aplicável

Normativa recomendável

Tipo:

2.3 - Tipo de uso:

2.4 - Tipo de proteção do revestimento de impermeabilização:

Figura 52 - Primeira proposta para as bases de partida do D02.cp

Isolamento térmico:

Sistema de impermeabilização:

Camada de proteção:

2.5 - Materiais

Estrutura Resistente:

Camada de forma:

Barreira Pára-vapor:

Outras:

Figura 53 - Segunda proposta para as bases de partida do D02.cp

No ponto relativamente às “Juntas” do modelo base, seria importante incluir também a lista de pontos

singulares a considerar na cobertura projetada, já que estes são de enorme importância no

desempenho das impermeabilizações de coberturas planas, como foi visto em 2.6 com o relevo dado

por estudos como o já abordado por Silva e Gonçalves (2001).

Desta forma, a proposta passa por mudar o nome de “Juntas” para “Pontos Singulares”, e incluir aqui

para além da listagem dos mesmos, as referências aos seus pormenores construtivos no projeto

(onde aí estão já descriminados os materiais a utilizar, disposições construtivas, etc. - que são

elementos determinantes como foi visto anteriormente), e referência ao anexo específico de cada

ponto singular. A análise relativamente à adequação dos pormenores é também aqui feita.

No ponto do modelo genérico base mencionado no subcapítulo anterior referente a "Pormenores

construtivos disponíveis no projeto” passaria para “Desenhos referentes à zona corrente”, visto os

pontos singulares estarem já descriminados no ponto anterior da ficha.

Page 85: Atividades de Controlo Técnico de Impermeabilizações em Coberturas Planas … · Atividades de Controlo Técnico de Impermeabilizações em Coberturas Planas Fábio Luís Arruda

65

Por fim, procede-se à avaliação da alteração do risco técnico das soluções. Este ponto já constava no

modelo de relatórios analisado, mas passa aqui para uma posição final, já que neste ponto terão sido

já avaliados os componentes relativos ao projeto (Figura 54).

b) Livro do Edifício

No modelo de relatório específico relativo à fase de projeto, incluiu-se ainda um ponto relativamente à

elaboração do Livro do Edifício, já que a sua presença motivará à partida melhores resultados ao

nível da manutenção do edifício, como se pode ver na Figura 55. A presença deste ponto nesta ficha

de projeto, remete para o utilizador do edifício a responsabilidade relativa à fase de manutenção.

Sim Não

Sim Não

Sim Não

Sim Não

2.8 - Soluções adotadas:

(Se Sim, indicar alterações)

(Se Não emitir Reserva Técnica)

Tipo Referência

2.6 - Pontos Singulares

Alteração ao risco técnico inicialmente previsto

Tipo Existe Pormenor Construtivo

adequado?

Referência Anexo

2.7 - Desenhos referentes à zona corrente

Figura 54 - Terceira proposta para as bases de partida do D02.cp

Sim Não

(Se Não emitir Reserva Técnica)

3 - Foi criado o "Livro do Edifício, especificando as ações de

manutenção e a sua periodicidade para a cobertura?

Figura 55 - Proposta relativa ao livro do edifício para o D02.cp

Com a referência ao Livro do edifício terminam as propostas ao modelo de relatório comum para

qualquer tipo de cobertura plana, seguindo-se os anexos ao modelo de relatório específico que visam

abordar os diversos pontos singulares bem como a zona corrente, e que foram adicionados

relativamente ao modelo base.

c) Anexo relativo à zona corrente

Na primeira parte do anexo relativo à zona corrente (Figura 56), é abordado o sistema de fixação

concebido, tendo em conta a solução de revestimento de impermeabilização.

Page 86: Atividades de Controlo Técnico de Impermeabilizações em Coberturas Planas … · Atividades de Controlo Técnico de Impermeabilizações em Coberturas Planas Fábio Luís Arruda

66

Num primeiro ponto é identificado o tipo de sistema de fixação concebido, sendo feita de seguida a

sua análise face ao que é recomendado em ficha técnica.

No segundo ponto, é abordada a questão das incompatibilidades entre o revestimento de

impermeabilização e as camadas que com ele contactam, requerendo-se apenas registos se a

compatibilidade térmica ou química está segurada, isto é, poderão ocorrer casos que para a resposta

ser afirmativa se recorre a uma barreira de proteção térmica ou a uma barreira de proteção química

conforme visto em 2.2.

Por fim, analisa-se as dimensões das juntas de sobreposição que são elementos chave do sistema

de impermeabilização em zona corrente; alguns documentos como fichas técnicas dos produtos ou

documentos de aplicação fornecem valores que devem ser respeitados para este campo.

Sim Não

Sim Não

Sim Não

Sim Não

(Se Não, emitir reserva técnica)

Anexo nº ___ - Zona Corrente

1 - Sistema de Fixação

1.1 - Tipo de sistema de fixação utilizado:

Sistema de fixação recomendado em ficha técnica?

Compatibilidade térmica assegurada?

(Se Não, emitir reserva técnica)

1.2 - Compatibilidade do revestimento de impermeabilização

Compatibilidade química assegurada?

1.3 - Dimensões das juntas de sobreposição adequadas?

Figura 56 - Primeira parte do anexo proposto ao D02.cp para a zona corrente

Numa segunda parte deste anexo é avaliado o sistema de pendentes concebido para a cobertura

plana, sendo o objetivo avaliar se a pendente preconizada cumpre com as normas aplicáveis e/ou

com as recomendações (de fichas técnicas ou de documentos de aplicação), e também avaliar se o

esquema de pendentes originará solicitações exageradas para a estrutura resistente (Figura 57).

Sim Não

Sim Não

2 - Esquema de pendentes

do revestimento de impermeabilização projetado?

(Se não, emitir reserva técnica)

2.2 - Esquema de pendentes origina dimensões da camada

de forma superiores a 0,25-0,30 m?

2.1 - Valor da pendente cumpre as normas/recomendações

Figura 57 - Segunda parte do anexo proposto ao D02.cp para a zona corrente

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67

Segue-se uma terceira parte (Figura 58), onde se procede à análise da adequabilidade do sistema

concebido face ao tipo de uso que a cobertura será alvo no terceiro ponto, e no quarto ponto é

avaliada a existência em coberturas de acesso limitado de caminhos de circulação para ações de

limpeza, relevantes para evitar anomalias relacionadas com essa ação, tal como foi visto em 2.6.

Por fim, é verificada para os casos de proteção com material solto a existência de zonas na periferia

da cobertura, onde o efeito do vento tende a remover essa proteção, de zonas de proteção pesada

contínua.

Sim Não

Sim Não

Sim Não

zona corrente, tendo em vista as ações de manutenção?

5 - Sistemas com proteção de material solto

5.1 - Está especificado em projeto uma zona na periferia da

cobertura com proteção contínua?

que será alvo a cobertura?

4.1 - Está especificado em projeto a criação de caminhos na

3 - O sistema de cobertura concebido é adequado ao tipo de uso

(Se Não, emitir reserva técnica)

4 - Cobertura de acesso limitado

Figura 58 - Terceira parte do anexo proposto ao D02.cp para a zona corrente

d) Anexo relativo a paredes emergentes

As paredes emergentes são o ponto singular mais corrente em coberturas planas, e sua correta

execução é de importância extrema para evitar casos de fissurações e descolamentos tal como foi

abordado em 2.6.

Numa primeira parte deste anexo (Figura 59), pretende-se verificar se o remate projetado cumpre

com as várias recomendações presentes em documentos de aplicação, bibliografia em geral e até

recomendações de fabricantes.

No primeiro ponto aborda-se a existência da pormenorização relativamente à forma de aderência do

remate à parede emergente em pormenor construtivo (PC), seguido da averiguação da altura mínima

recomendável para o remate.

No terceiro ponto é verificado se para os casos onde o remate é superior a 0,40 m se preconizou uma

solução de fixação mecânica no bordo superior conforme foi abordado em 2.5 e 2.6, e por fim da

existência de proteção vertical do remate (especialmente importante para a tipologia de cobertura

acessível).

Numa segunda e terceira parte do anexo (Figura 60), é abordado o caso específico de encontro com

soleiras de porta, que por norma não conseguem garantir a altura mínima de remate, e o tratamento

destes remates (encontro com paredes emergentes), face a coberturas com proteção pesada

Page 88: Atividades de Controlo Técnico de Impermeabilizações em Coberturas Planas … · Atividades de Controlo Técnico de Impermeabilizações em Coberturas Planas Fábio Luís Arruda

68

contínua, abordando-se assim dois casos de disposições construtivas de relevo conforme foi visto em

2.5 e 2.6.

Na quarta parte do anexo (Figura 61), aborda-se as platibandas em específico, nomeadamente se o

capeamento da mesma se encontra descriminado em pormenor construtivo, se a sua pendente

permite o retorno das águas que aí contactem até à cobertura e, para o caso específico de

platibandas pré-fabricadas, se existem pormenores construtivos que refiram a introdução de um

remate de dessolidarização.

Sim Não

Sim Não

mesmo? Sim Não

Sim Não

1.2 - Altura do remate cumpre as normas/recomendações?

Anexo nº ___ - Paredes emergentes

1- Remate do revestimento de impermeabilização em paredes emergentes

1.1 - Adesão do remate ao elemento especificado em PC?

1.3 - Nos casos com remates de altura superior a 0,40 m é

especificado um sistema de fixação mecânica no topo do

1.4 - O remate encontra-se protegido verticalmente?

Figura 59 - Primeira parte do anexo proposto ao D02.cp para as paredes emergentes

Sim Não

Sim Não

2 - Remate do revestimento de impermeabilização com soleiras de porta

2.1 - A solução concebida estabelece o prolongamento do

remate sobre a soleira?

3 - Tratamento destes pontos singulares face a soluções de proteção pesada rígida

3.1 - A solução concebida estabelece a criação de juntas na

proteção do revestimento de impermeabilização, a cerca de

0,30 m das zonas de remate?

Figura 60 - Segunda parte do anexo proposto ao D02.cp para as paredes emergentes

Sim Não

Sim Não

Sim Não

4 - Platibandas

4.1 - O capeamento da platibanda é especificado em PC?

4.3 - No caso de platibandas pré-fabricadas está previsto em

PC soluções de dessolidarização dos remates do revestimen-

to de impermeabilização?

4.2 - A pendente do capeamento permite o retorno das águas

para a cobertura?

Figura 61 - Terceira parte do anexo proposto ao D02.cp para as paredes emergentes

Por fim, é analisada a solução em si, verificando se essa é de prática corrente e recomendada (já que

uma solução não corrente, mesmo que cumprindo com as disposições recomendadas, poderá

acarretar maiores riscos na fase de execução), como se pode constatar na Figura 62.

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69

Sim Nãodada quer por normas quer por outros documentos?

(Se Não, emitir reserva técnica)

5 - A solução de remate é de conceção corrente e/ou recomen-

Especificar eventuais fontes consultadas:

Figura 62 - Quarta parte do anexo proposto ao D02.cp para as paredes emergentes

e) Anexo relativo a juntas de dilatação

A proposta de anexo relativo a juntas de dilatação aborda o remate concebido para esse ponto

singular, averiguando numa primeira fase se o mesmo se encontra dessolidarizado com o

revestimento de impermeabilização em zona corrente e se na zona da junta se encontra apoiado num

material flexível colocado nesta.

Num segundo ponto verifica-se se a forma de aderência do remate bem como os materiais aplicados

são recomendados quer por fichas técnicas, quer por documentos de aplicação ou outros

documentos, seguindo-se num terceiro ponto da verificação de emprego da solução de remate sobre-

elevado para as tipologias acessíveis. Estes primeiros pontos relativos ao anexo em questão

encontram-se ilustrados na Figura 63.

Sim Não

Sim Não

Sim Não

1.2 - A forma e materiais de aderência do remate respeita as

recomendações das fichas técnicas ou outros documentos?

flexível colocado na junta?

Anexo nº___ - Juntas de dilatação

1 - Remate em zona de junta de dilatação

1.1 - O remate concebido encontra-se dessolidarizado com o

revestimento de impermeabilização e apoiado num material

1.3 - No caso de tipologia de cobertura acessível, esse rema-

te da junta encontra-se sobre-elevado?

Figura 63 - Primeira parte do anexo proposto ao D02.cp para as juntas de dilatação

Por último segue-se a análise ao remate concebido de forma a perceber se este é de prática corrente

ou recomendada, tal como foi visto no anexo anterior (Figura 64).

f) Anexo relativo a pontos de drenagem e evacuação de águas pluviais

Este anexo divide-se na análise a tubos de queda, caleiras e por fim na verificação da solução como

sendo de execução corrente, como de resto foi apresentado nos outros pontos singulares.

Relativamente aos tubos de queda (Figura 65), procura-se verificar que no projeto foi concebido o

rebaixamento da camada de forma conforme abordado em 2.5, bem como verificar se o revestimento

de impermeabilização de zona corrente se encontra dessolidarizado com o tudo de queda através de

um remate.

Page 90: Atividades de Controlo Técnico de Impermeabilizações em Coberturas Planas … · Atividades de Controlo Técnico de Impermeabilizações em Coberturas Planas Fábio Luís Arruda

70

Sim Não

2 - A solução de remate é de conceção corrente e/ou recomen-

dada quer por normas quer por outros documentos?

(Se Não, emitir reserva técnica)

Especificar eventuais fontes consultadas:

Figura 64 - Segunda parte do anexo proposto ao D02.cp para as juntas de dilatação

Sim Não

queda? Sim Não

dessolidarizado com um remate à entrada do tubo de

Anexo nº __ - Pontos de drenagem e evacuação de águas pluviais

1 - Tubos de queda

1.1 - A camada de forma encontra-se rebaixada na zona da

embocadura do tubo de queda no PC?

1.2 - O revestimento de impermeabilização encontra-se

Figura 65 - Primeira parte do anexo proposto ao D02.cp para os pontos de drenagem e evacuação de águas pluviais

Quanto às caleiras (Figura 66), procura-se verificar se foi especificado a ordem de aplicação do

revestimento de impermeabilização – aspeto de enorme relevância conforme foi visto em 2.5 – na

zona das caleiras, a dimensão das juntas de sobreposição se estão dentro dos valores

recomendados e se a forma de aderência do revestimento de impermeabilização é a recomendada

(novamente quer por fichas técnicas, documentos de aplicação ou outras normas/documentos).

Por fim segue-se novamente a análise às soluções de remate, se essas são de prática corrente e

recomendadas como se ilustra na Figura 67.

Sim Não

Sim Não

Sim Não

2.3 - A forma de fixação do revestimento de impermeabiliza-

ção nas zonas de caleira encontra-se definida de acordo com

fichas técnicas ou outros documentos?

(Se Não, emitir reserva técnica)

2.1 - A ordem de aplicação do revestimento de impermeabili-

de impermeabilização na zona da caleira encontram-se defi-

2 - Caleiras

zação encontra-se em pormenor construtivo?

2.2 - A dimensão das juntas de sobreposição do revestimento

nidas de acordo com os valores recomendados?

(Se Não, emitir reserva técnica)

Figura 66 - Segunda parte do anexo proposto ao D02.cp para os pontos de drenagem e evacuação de águas pluviais

g) Anexo relativo a outros elementos emergentes

Os outros elementos emergentes neste trabalho abordados são sobretudo elementos de secção

circular como tubagens ou alguns tipos de chaminés, procurando-se neste anexo verificar se o

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71

remate nesses elementos se encontra dessolidarizado com o revestimento de impermeabilização de

zona corrente e se o bordo superior se encontra fixo através de cintagem e protegido por mástique,

disposições construtivas abordadas já em 2.5, como é apresentado na Figura 68.

Por fim segue-se novamente a análise às soluções de remate, se essas são de prática corrente e

recomendadas conforme se apresenta na Figura 69.

Sim Não

3 - As soluções de remate são de conceção corrente e/ou re-

comendada quer por normas quer por outros documentos?

(Se Não, emitir reserva técnica)

Especificar eventuais fontes consultadas:

Figura 67 - Terceira parte do anexo proposto ao D02.cp para os pontos de drenagem e evacuação de águas pluviais

Sim Não

Sim Não

(Se Não, emitir reserva técnica)

emergente por meio de cintagem e protegido por mástique

em toda a sua secção?

Anexo nº___ - Outros elementos emergentes

1 - Tubagens circulares emergentes

1.1 - O revestimento de impermeabilização encontra-se

dessolidarizado por um remate no ponto singular?

1.2 - A parte superior do remate encontra-se fixa ao elemento

Figura 68 - Primeira parte do anexo proposto ao D02.cp para outros elementos emergentes

Sim Não

2 - A solução de remate é de conceção corrente e/ou recomen-

dada quer por normas quer por outros documentos?

(Se Não, emitir reserva técnica)

Especificar eventuais fontes consultadas:

Figura 69 – Segunda parte do anexo proposto ao D02.cp para outros elementos emergentes

3.2.5. Proposta de adaptação para o controlo técnico de coberturas planas na fase de execução

Comparativamente à fase de projeto, o relatório do modelo base para a fase de execução é muito

mais detalhado, sendo que a abordagem do presente trabalho, face à fase de execução, é de que o

mais importante é verificar se de facto as especificações do projeto foram cumpridas, e tendo isso em

conta, o relatório do modelo espanhol com o anexo específico para as coberturas planas, é já um

modelo de relatório específico o suficiente.

Dado que, a atividade de controlo técnico nas fases de projeto e execução pode ser realizada por

entidades ou pessoas diferentes dentro da mesma entidade, uma análise exaustiva de verificações,

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72

de certa forma semelhante à desenvolvida para a fase de projeto, poderia ser interessante, sendo

esse um potencial trabalho a desenvolver em estudos futuros.

3.2.6. Resumo da proposta de controlo técnico detalhada para coberturas planas

Depois de apresentada a proposta de melhoria ao modelo de relatórios espanhol, é interessante rever

em que medida os pontos abordados em 3.2.1, tidos como importantes para o sucesso da

impermeabilização, estão de facto presentes.

Assim, nas tabelas que se seguem faz-se corresponder a cada ponto abordado nestas propostas de

modelos de relatórios específicos os códigos a que correspondem os pontos abordados em 3.2.1.

a) Fase de projeto

O modelo de relatório proposto para a fase de projeto engloba uma parte geral e cinco anexos, sendo

quatro anexos correspondentes as pormenores específicos de cada ponto singular e outro relativo à

zona corrente. Alguns dos pontos do modelo de relatório permitem somente a criação de registos

e/ou organizar a análise de controlo técnico, não tendo por isso uma relação direta com a verificação

daqueles pontos.

Na Tabela 4 apresenta-se a relação entre os pontos que constam desse modelo de relatório proposto

e os pontos abordados em 3.2.1.

Tabela 4 – Análise dos pontos importantes a verificar abordados face ao modelo proposto de relatórios na fase de projeto

Ponto do modelo de relatório Pontos abordados

2 - Bases de partida FP.1, FP.2, FP.3, FP.5

3 - Livro do Edifício FP.8

Anexo: Zona corrente FP.2, FP.5, FP.7

Anexo: Paredes emergente FP.4, FP.5, FP.7

Anexo: Juntas de dilatação FP.4, FP.5, FP.7

Anexo: Pontos de drenagem e evacuação de águas pluviais

FP.4, FP.5, FP.7

Anexo: Outros elementos emergentes

FP.4, FP.5, FP.7

b) Fase de execução

Fazendo-se agora uma comparação análoga à efetuada para a fase de projeto, obtêm-se relações

apresentadas na Tabela 5.

Tabela 5 - Análise dos pontos importantes a verificar abordados face ao modelo de relatório na fase de execução

Ponto do modelo de relatório Pontos abordados

Anexo: 1 - Tipologia da cobertura FE.2, FE.3

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Ponto do modelo de relatório Pontos abordados

Anexo: 5 - Materiais FE.2, FE.3, FE.4, FE.9

Anexo: 6 - Execução FE.1, FE.2, FE.5, FE.7, FE.8, FE.9, FE.11

Anexo: 7 - Ensaio de estanquidade FE.10

c) Fase de manutenção

Os pontos analisados em 3.2.1 para a fase de manutenção são sobretudo da responsabilidade do

utilizador final, não sendo incluídas no âmbito deste trabalho. De referir que da fase de projeto deve

seguir o Livro do Edifício de forma a haver a passagem de responsabilidade para o utilizador final,

através das especificações feitas relativamente às atividades de manutenção do sistema.

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4. Casos de estudo

No seguimento da elaboração da proposta de modelos de relatórios específicos para o controlo

técnico de coberturas planas na fase de projeto e execução, foi feito também acompanhamento à

execução de impermeabilizações de coberturas planas, procedendo-se assim à aplicação desses

mesmos modelos de relatórios.

Foram acompanhados dois casos. No primeiro caso, o de uma moradia unifamiliar, o controlo técnico

abrange as fases de projeto e execução. No segundo caso, o de reabilitação de uma cobertura plana,

não houve acesso ao projeto. Em ambos os casos, o controlo técnico realizado na fase de execução

inclui uma única visita à obra, o que se justifica face à dimensão reduzida da intervenção.

4.1. Moradia unifamiliar

O primeiro caso de estudo trata-se da execução de um sistema impermeabilizante numa moradia

unifamiliar com uma cobertura plana de aproximadamente 207 m2. Trata-se duma aplicação em

construção nova, em tipologia de cobertura de acesso limitado, e será avaliado separadamente a fase

de projeto e a fase de execução.

O controlo técnico da fase de execução consistiu na realização de uma visita à obra, onde se

acompanhou a aplicação das membranas de PVC em zona corrente, bem como numa zona de

platibanda. Para o controlo na fase de projeto, foi avaliado o projeto inicial. A entidade executante não

executou a solução conforme o projeto e registaram-se as alterações adotadas pelos aplicadores do

sistema impermeabilizante.

4.1.1. Fase de projeto

A revisão de projeto deste primeiro caso de estudo, revelou diversas situações passíveis de

agravamento do risco. Como se poderá ver no Anexo VIII.a, onde se reproduz parte do projeto inicial,

a pendente concebida era nula, e as referências ao sistema impermeabilizante a adotar ficavam-se

pela marca do fabricante, não havendo indicações quer de caleiras, quer de tubos de queda. A única

referência a um ponto singular é a existência de uma platibanda que separa o edifício principal de um

anexo, sendo que não existe a definição de qualquer disposição construtiva especial a adotar.

No Anexo VIII.b encontra-se o preenchimento do modelo de relatório específico para coberturas

planas (fase de projeto). O nível do risco técnico associado a este projeto inicial teria de ser “Muito

Agravado”, já que não estavam asseguradas em projeto as mínimas condições para a criação de um

sistema construtivo com qualidade.

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De referir que, numa situação ideal, o controlo técnico deveria ter sido realizado antes da fase de

execução, de modo a que o projetista tivesse oportunidade de corrigir as deficiências detetadas, e

assim reduzir o nível de agravamento do risco.

4.1.2. Fase de execução

Perante a inexistência de um projeto adequado (falta de indicações relativamente à pendente,

sistema de impermeabilização a aplicar, pormenores construtivos de zonas singular, etc.), o

empreiteiro responsável decidiu adotar um o sistema de cobertura quase totalmente distinto do

projetado.

Entre as soluções adotadas pelo empreiteiro, estiveram a implementação de camada de isolamento

térmico (lã mineral), num sistema de teto falso. Sobre a estrutura resistente, onde o projeto previa

somente o isolamento térmico e revestimento de impermeabilização (onde se especificava somente o

fabricante, ao invés do tipo de solução), a entidade executante optou por criar uma camada de forma

que originou uma pendente de 2,5% e aplicar um revestimento de impermeabilização de PVC

plastificado, fixado com fixações mecânicas pontuais. Por outro lado, foi também criada uma caleira

num dos lados, introduzindo-se também um tubo de queda.

Relativamente à aplicação do revestimento de impermeabilização, quer em zona corrente, quer nos

pontos singulares, foi executado por uma empresa subcontratada que usou pormenores-tipo, nas

zonas onde estes eram requeridos.

A fixação do revestimento de impermeabilização ao seu suporte foi feita através de fixações

mecânicas pontuais, concretizadas em perfis de aço revestidos de PVC aplicados na camada de

forma com intervalos de cerca de 1,90m, de forma a dar-se nessas zonas as soldaduras entre

membranas (que se devem sobrepor em cerca de 10cm, sendo só cerca de 4cm a zona efetivamente

soldada).

As zonas singulares existentes neste novo projeto consistem na platibanda periférica, duas chaminés,

uma caleira e dois tubos de queda.

O projeto alterado (como construído), encontra-se no Anexo VIII.c, estando por sua vez no Anexo

VIII.d e no Anexo VIII.e a aplicação da proposta do modelo de relatórios específicos para as fases de

projeto e execução a este caso de estudo. Por fim, apresenta-se no Anexo VIII.f um levantamento

fotográfico ao executado.

Neste caso, mesmo considerando o projeto alterado, conclui-se que o nível de risco técnico estaria

num estado “Agravado”, já que nos pontos singulares de encontro a elementos emergentes (zonas da

platibanda e da chaminés), o remate executado não está dessolidarizado e nas zonas de caleira, a

aderência ao suporte não é feita de forma totalmente satisfatória, já que esta é apenas assegurada

pela fixação a um perfil de aço revestido a PVC colocado próximo ao bordo superior da caleira, não

sendo a aderência feita ao longo da secção da mesma; isto poderá levar a que com a ação do vento

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se criem nessas zonas, pequenas elevações na membrana da zona da caleira que poderão provocar

a permanência de pequenas quantidades de água nessas zonas.

4.2. Reabilitação de uma cobertura plana

O segundo caso de estudo, consistiu na aplicação de um revestimento de impermeabilização numa

cobertura que foi alvo de uma reabilitação motivada por problemas de infiltrações, não havendo

projeto inicial disponível para análise.

A cobertura plana intervencionada abrange uma área de aproximadamente 18 m2 (somente essa área

do edifício foi alvo de intervenção), e não continha nenhum tipo de isolamento térmico anterior visto a

cobertura estar limitada superiormente por “painéis sandwich” que foram removidos.

A pendente do sistema com os “painéis sandwich” era promovida por um desnível existente entre a

platibanda da periferia da cobertura e uma sobre-elevação existente a meio da cobertura, sendo que

no novo sistema a implementar não houve a preocupação de criar uma pendente através de uma

camada de forma, ficando o novo sistema de cobertura com pendente nula.

Após remoção dos “painéis sandwich”, procedeu-se à aplicação direta sobre a laje de cobertura de

placas de 3 cm de isolamento térmico do tipo EPS (Poliestireno expandido), e por cima deste, sem

aplicação de barreira química como era recomendado em ficha técnica, um revestimento de

impermeabilização de PVC plastificado.

A fixação do revestimento de impermeabilização ao seu suporte era feita através de fixações

mecânicas pontuais, concretizadas em perfis de aço revestidos a PVC que eram dispostos nas placas

do isolamento térmico com intervalos de cerca de 1,90m, de forma a dar-se nessas zonas as

soldaduras entre membranas (que se devem sobrepor em cerca de 10cm, sendo somente de 4 cm a

zona efetivamente soldada entre as membranas).

Os pontos singulares existentes neste caso consistiam na existência de uma parede emergente

(encontro com parte do edifício de altura superior), platibandas periféricas e um tubo de queda. De

referir que no caso do tubo de queda, este não se encontrava na superfície da laje de cobertura, mas

sim num ponto imediatamente acima desse nível, na platibanda.

Tal como no primeiro caso de estudo, a tipologia da cobertura era de acessibilidade limitada, estando

os pormenores relativos à sua execução no Anexo IX.a e o modelo de relatório específico para a fase

de execução preenchida no Anexo IX.b. No Anexo IX.c apresenta-se ainda um levantamento

fotográfico à execução das atividades.

Neste caso, o nível do risco técnico associado era de “Muito Agravado”, desde logo por não existir

projeto por analisar. Para além disso, não foi aplicada uma barreira química entre o isolamento

térmico e o revestimento de PVC (que são incompatíveis, promovendo-se desta forma a perda de

plastificante da membrana, com os males que daí advém, conforme visto em 2.6), os remates com a

platibanda periférica não se encontravam dessolidarizados, o tubo de queda não se encontrava à

cota da superfície da cobertura, estando a um nível ligeiramente superior (que implica a formação de

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78

uma certa altura de água sempre que ocorram chuvas, sendo essa altura de água apenas removida

através de evaporação) e a pendente era nula, não verificando o valor mínimo de 2% recomendado

pelo LNEC em Documentos de Aplicação para sistemas semelhantes de membranas de PVC (sendo

que no antigo Documento de Homologação deste produto (DH750), também emitido pelo LNEC, era

também recomendada uma pendente de 2%).

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79

5. Considerações finais

Neste capítulo será realizado num primeiro ponto um resumo sobre o trabalho realizado nesta

dissertação, os seus contributos para a área em estudo e as dificuldades encontradas seguindo-se

num segundo ponto a abordagem a possíveis futuros estudos a realizar na área em estudo.

5.1. Resumo e conclusões do trabalho

Com a realização deste trabalho efetuou-se uma análise a grande parte dos aspetos a ter em conta

aquando da realização de sistemas impermeabilizantes de coberturas planas, aspetos esses que a

serem verificados contribuem de forma decisiva para o sucesso e durabilidade do sistema de

impermeabilização. Esses aspetos foram desde a pormenorização das zonas singulares, zona

corrente, interações entre camadas, sistemas de fixação e ainda diversos outros tipos de disposições

construtivas.

A ideia seguida no trabalho foi de que, se o objetivo era dar garantias a uma entidade, seja uma

seguradora ou simplesmente um utilizador final, então teria de facto de se construir e projetar com

qualidade, deixando evidências claras de que as melhores práticas foram incorporadas em cada

situação e para cada sistema, bem como as diferentes normas aplicáveis.

A elaboração de uma proposta de adaptação de um modelo base já utilizado, que resultou na

produção de modelos de relatórios específicos para impermeabilizações de coberturas planas, teve

como objetivo criar um elemento de orientação e preenchimento simples (mas em que a entidade que

executa o controlo técnico tem que ter as competências adequadas para avaliar o risco das fases de

conceção e execução destes sistemas de impermeabilização), e que ao mesmo tempo deixa

evidências do controlo realizado.

Por fim é importante referir os desafios que foram encontrados ao longo deste trabalho,

nomeadamente na procura do equilíbrio no nível de intensidade da atividade do controlo técnico. Por

outro lado, o modelo de relatório proposto não poderia incluir todos os pontos relacionados com a

qualidade pois, isso originaria modelos com imensas páginas de “check-lists”, que conduziriam as

atividades de controlo para aspetos com risco reduzido ou mesmo quase nulo para o sucesso e

durabilidade do sistema. Assim optou-se por utilizar um nível de enfoque que abordasse as anomalias

mais correntes e em que as causas eram fácil e inequivocamente relacionadas a essas anomalias.

Outro desafio encontrado foi a pouca divulgação que a temática do controlo técnico tem no nosso

país, aparecendo somente nos últimos anos literatura específica a abordar o tema, sendo que noutros

países o assunto é já um tema corrente à dezenas de anos.

Por fim, depois de consultados alguns trabalhos que tratam patologias relativas ao sistema

construtivo, chega-se à conclusão que o controlo técnico deveria possibilitar a comercialização de

seguros ou garantias com um período de vigência superior a três anos; não só porque um sistema

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razoavelmente bem concebido e implementado terá uma durabilidade muito superior, mas porque

também se trata de componentes relativamente caros, e que um seguro de apenas 3 anos transmite

a ideia de ser algo pouco relevante.

5.2. Desenvolvimentos futuros

Pelo conhecimento que se foi adquirindo com a realização deste trabalho, como desenvolvimentos

futuros sugerem-se dois grupos de ações: uma relativa aos sistemas de coberturas planas e outra

relativo ao tema do controlo técnico.

Relativamente às coberturas planas:

Desenvolver estudos de patologias a soluções não-tradicionais de revestimentos de

impermeabilização dando seguimento a trabalhos já realizados nesta área (Figueiredo, 2012;

Lopes, 1994b; Silva e Gonçalves, 2001)

Desenvolver estudos que correlacionem diferentes disposições construtivas, ambientes e

exposições, soluções de coberturas planas, etc., com os tipos de anomalias correntemente

verificadas

Desenvolver estudos que determinem a influência das várias situações anómalas abordadas

no trabalho na durabilidade dos sistemas de impermeabilização

Desenvolver estudos sobre a pormenorização de pontos singulares, abordando não só os

casos mais comuns mas também os menos verificados, e para os diferentes tipos de

revestimentos de impermeabilização

Relativamente ao controlo técnico:

Continuação da definição das atividades de controlo técnico a outras soluções de

revestimento de impermeabilização não abordados

Desenvolver outras propostas de modelos de relatórios específicos tendo em vista diferentes

níveis de exigência

Desenvolver outras propostas de modelos de relatórios específicos para a fase de execução,

conforme foi abordado no texto

Desenvolver estudos de atividades de controlo técnico aplicados a outros sistemas

construtivos

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81

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83

Anexos

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1

Anexo I – Pontos importantes para a qualidade do sistema de

impermeabilização

Na coluna “Referências” mencionam-se trabalhos que evidenciam a importância do ponto em questão

para a qualidade final do sistema de impermeabilização.

Camada de forma: projeto e execução

Camada de forma: projeto Justificação Referências

Verificar se a espessura da camada se encontra entre os 3 a 30 cm

Menos de 3 cm é de muito difícil execução, e mais de 30 cm origina solicitações mecânicas excessivas

(Paulo, et al., 2012)

Verificar que acompanha possíveis juntas estruturais

Caso contrário levará à ocorrência de fissurações ou perda de aderência ao seu suporte

(Paulo, et al., 2012)

Verificar que os desenvolvimentos das pendentes ao longo da cobertura estão inequivocamente indicados

Evitar erros no sistema de drenagem da cobertura

(Silva e Gonçalves, 2001)

Especificar o material a usar para a camada de forma

Contabilizar a sua ação para as solicitações mecânicas e eventualmente para o comportamento térmico

(Lopes, 1994a)

Especificar declive que cumpra com as normas em vigor, eventuais recomendações do fabricante ou Documentos de Aplicação

Diferentes sistemas de impermeabilização, necessitarão de diferentes tempos de contacto com a água.

(Lopes, 1994a)

Camada de forma: execução Justificação Referências

Verificar que assenta numa superfície limpa, ligeiramente rugosa e previamente molhada

De forma a promover uma boa aderência (Lopes, 1994a)

Verificar que a sua execução respeita possíveis juntas estruturais

Caso contrário levará à ocorrência de fissurações ou perda de aderência ao seu suporte

(Paulo, et al., 2012)

Verificar que são executadas juntas de fracionamento (15 mm a cada 15 m)

Evitar fissurações resultantes de dilatações térmicas

(Paulo, et al., 2012)

Proceder a uma divisão da superfície a betonar em painéis de 3x3m, e proceder a betonagem forma alternada

De forma a evitar fissuração por retração (Lopes, 1994a)

Verificar se o produto aplicado corresponde ao especificado em projeto

De forma a evitar desvios ao sistema construtivo concebido

Verificar que a betonagem decorre em condições ambiente razoáveis

As condições ambiente adversas terão efeitos significativos no produto construído

Verificar que a colocação e compactação do betão se dão em condições satisfatórias

Por forma a evitar situações de de chochos superficiais por exemplo

Verificar que as disposições do projeto são cumpridas

De forma a evitar desvios ao sistema construtivo concebido

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2

Estrutura resistente: projeto e execução

Estrutura resistente: projeto Justificação Referências

Verificar que a estrutura resistente acompanha possíveis juntas estruturais

Caso contrário levará à ocorrência de fissurações

(Paulo, et al., 2012)

Verificar que a estrutura projetada cumpre de facto os requisitos a nível de resistência às solicitações de que é alvo

Certificar que de facto está verificada a segurança da estrutura

Estrutura resistente: execução Justificação Referências

Verificar a qualidade do betão De forma a não comprometer as verificações de segurança efetuadas

Verificar que se dá uma cura adequada Para evitar fendilhação por retração

Verificar que a sua execução respeita possíveis juntas estruturais

Caso contrário levará à ocorrência de fissurações

(Lopes, 1994a)

Verificar que a betonagem decorre em condições ambiente razoáveis

As condições ambiente adversas terão efeitos significativos no produto construído

Verificar que a colocação e compactação do betão se dão em condições satisfatórias

Por forma a evitar situações de de chochos superficiais por exemplo

Verificar que disposições do projeto são cumpridas

De forma a evitar desvios ao sistema construtivo concebido

Verificar que a superfície acabada não se encontra exageradamente rugosa

Por forma a não ser necessária uma espessura exagerada de camada de regularização (nos casos a que a ela se recorre)

Camada de regularização: execução

Camada de regularização: execução Justificação Referências

Verificar se a espessura é adequada Para que esta cumpra a sua função, sem que se use uma quantidade exagerada

(Lopes, 1994a)

Verificar se as condições ambientes são adequadas

Condições ambiente adversas podem originar deficiências ao nível das funções para que esta é usada

Revestimento de impermeabilização: projeto e execução

Revestimento de impermeabilização: projeto

Justificação Referências

Verificar qual a tipologia mais adequada para o caso a conceber

Diferentes solicitações provenientes do uso a que está sujeita a cobertura, deverão corresponder diferentes soluções de revestimento de impermeabilização

(Lopes, 1994a)

Determinar a solução a adotar bem como o sistema de fixação e proteção

A solução de revestimento de impermeabilização e o seu sistema de fixação, têm uma importância

(Lopes, 1994a)

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3

muito grande na qualidade e durabilidade do sistema construtivo

Revestimento de impermeabilização: projeto (continuação)

Justificação Referências

Verificar os pontos singulares existentes e conceber pormenores construtivos adequados

A correta pormenorização dos pontos singulares reduz em muito a possibilidade de ocorrência de anomalias

(Lopes, 1994a; Silva e Gonçalves, 2001)

Verificar a necessidade de instalação de barreiras térmicas ou químicas

Alguns sistemas poderão ser química ou termicamente incompatíveis com os materiais que contactam

(Lopes, 1994a)

Revestimento de impermeabilização: execução

Justificação Referências

Verificar se as condições de transporte e armazenamento são adequadas à solução

Alguns materiais exigem certos cuidados a ter com o seu manuseamento e transporte

(Lopes, 1994a)

Verificar se as condições ambientais são favoráveis

Alguns tipos de materiais são sensíveis à água por exemplo

(Lopes, 1994a)

Verificar que são garantidas as especificações do projeto

De forma a evitar a ocorrência de desvios ao projeto

Proteção do revestimento de impermeabilização: projeto, execução e manutenção

Proteção do revestimento de impermeabilização: projeto

Justificação Referências

Verificar que a solução de proteção do revestimento de impermeabilização é compatível com o revestimento e com a tipologia

Diferentes revestimentos e diferentes tipologias necessitarão de diferentes tipos de proteção às ações a que estão sujeitos

(Lopes, 1994a)

Verificar que nos casos de proteção constituída por material solto, que é especificada uma espessura adequada

De forma a promover uma componente gravítica adequada ao sistema

(Lopes, 1994a; Lopes, 1994b)

Verificar que nos casos de proteção constituída por material solto, são especificadas soluções de proteção pesada contínua rígida na periferia

Dado ser aí que o efeito do vento tenderá a fazer ocorrer mais o arrastamento do material solto

(Lopes, 1994b)

Proteção do revestimento de impermeabilização: execução

Justificação Referências

Verificar se a proteção aplicada corresponde à concebida em projeto

De forma a evitar desvios ao que foi concebido

Verificar que no ato da aplicação não ocorrem solicitações exageradas

Cargas pontuais sobretudo nesta fase sobre o revestimento de impermeabilização poderão originar a sua rotura

(Lopes, 1994b)

Proteção do revestimento de impermeabilização: manutenção

Justificação Referências

Verificar que no caso de material solto, este não se deslocou, especialmente na periferia

Dado nessas zonas a ação do vento se fazer sentir com maior intensidade

(Lopes, 1994b)

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4

Barreira pára-vapor: projeto e execução

Barreira pára-vapor: projeto Justificação Referências

Verificar que é especificada a solução e a localização a aplicar

Dada a sua importante ação, a sua especificação não pode ser esquecida

(Lopes, 1994a)

Barreira pára-vapor: execução Justificação Referências

Verificar que a solução aplicada é a designada em projeto

De forma a evitar desvios ao que foi concebido

Verificar que as condições ambiente são adequadas

Condições ambiente adversas podem diminuir as características da camada

Verificar que as condições do suporte são adequadas à receção da camada

Por forma a evitar a aplicação de quantidades exageradas ou reduzidas de produto e para se garantir que a camada é corretamente aplicada

(Lopes, 1994a)

Camada de isolamento térmico: projeto e execução

Camada de isolamento térmico: projeto Justificação Referências

Verificar que é especificada uma solução de isolamento térmico que verifique a regulamentação aplicável

De forma a garantir-se as condições térmicas exigidas pelas normas

Verificar que a solução especificada é adequada à zona e tipologia onde é aplicada

É importante ter em conta se a rigidez ou características da solução se adequam à solução construtiva

(Lopes, 1994a)

Camada de isolamento térmico: execução Justificação Referências

Verificar que a solução aplicada é a designada em projeto

De forma a evitar desvios ao que foi concebido

Verificar a aplicação da barreira pára-vapor ou de camada de difusão de vapor de água (exceto se cobertura invertida)

Por forma a garantir a eficácia da solução de isolamento térmico bem como a sua durabilidade

(Lopes, 1994a)

Camada de difusão do vapor de água: projeto e execução

Camada de difusão de vapor de água: projeto Justificação Referências

Verificar que os pormenores construtivos relativos aos dispositivos de difusão do vapor de água, estão pormenorizados

De forma a permitir a sua correta execução

(Lopes, 1994a)

Verificar que está especificada a solução e a localização a aplicar

De forma a permitir o seu correto desempenho

(Lopes, 1994a)

Camada de difusão de vapor de água: execução

Justificação Referências

Verificar que a solução aplicada é a designada em projeto

De forma a evitar desvios ao que foi concebido

Verificar que as condições ambiente são adequadas

Condições ambiente adversas podem diminuir as características da camada

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5

Verificar que as condições do suporte são adequadas à receção da camada

Por forma a evitar a aplicação de quantidades exageradas ou reduzidas de produto e para se garantir que a camada é corretamente aplicada

Executar pormenores construtivos relativos aos dispositivos de difusão do vapor de água de acordo com o projeto

De forma a evitar desvios ao que foi concebido

(Lopes, 1994a; Silva e Gonçalves,2001)

Camada de dessolidarização: projeto e execução

Camada de dessolidarização: projeto Justificação Referências

Verificar que é especificada uma solução de acordo com as solicitações previstas

Diferentes tipos de ação necessitarão de diferentes tipos de camadas de dessolidarização

(Lopes, 1994a)

Camada de dessolidarização: execução Justificação Referências

Verificar se a solução aplicada é a designada em projeto

De forma a evitar desvios ao que foi concebido

Barreira de proteção térmica: projeto e execução

Barreira de proteção térmica: projeto Justificação Referências

Verificar que é especificado o tipo e localização da barreira de proteção térmica

Por forma a haver uma eficiente proteção dos componentes sensíveis

(Lopes, 1994a)

Barreira de proteção térmica: execução Justificação Referências

Verificar que a solução aplicada é a designada em projeto

De forma a evitar desvios ao que foi concebido

Barreira de separação química: projeto e execução

Barreira de separação química: projeto Justificação Referências

Verificar que é especificado o tipo e localização da barreira de separação química

Por forma a haver uma eficiente proteção dos componentes sensíveis

(Lopes, 1994a)

Barreira de separação química: execução Justificação Referências

Verificar que a solução aplicada é a designada em projeto

De forma a evitar desvios ao que foi concebido

Camada drenante: projeto e execução

Camada drenante: projeto Justificação Referências

Verificar que é especificada através de pormenor construtivo a variação da granulometria a aplicar, no caso de camada drenante com material granular

De forma a ter-se um sistema drenante eficiente

(Lopes, 1994a)

Camada drenante: execução Justificação Referências

Verificar que a solução aplicada é a designada em projeto (granulometria e ordem de aplicação)

De forma a evitar desvios ao que foi concebido

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6

Camada filtrante: projeto e execução

Camada filtrante: projeto Justificação Referências

Verificar que é especificada a solução a aplicar De forma a ter-se um sistema filtrante eficiente para o caso a conceber

(Lopes, 1994a)

Camada filtrante: execução Justificação Referências

Verificar que a solução aplicada é a designada em projeto

De forma a evitar desvios ao que foi concebido

Paredes emergentes: projeto e execução

Paredes emergentes: projeto Justificação Referências

Verificar que está especificado em projeto como se dá a adesão à parede emergente, os produtos a aplicar, a altura do remate, etc.

De forma a evitar anomalias típicas destes pontos singulares

(Lopes, 1994b; Silva e Gonçalves, 2001)

Verificar que a altura do remate cumpre a altura mínima recomendada (em normas ou documentos de aplicação)

Devido à necessidade de garantir uma resistência satisfatória aos esforços que tendem a provocar o descolamento ou deslizamento desses remates relativamente ao paramento da parede ou platibanda

(Lopes, 1994b)

Verificar que são especificadas soluções de fixação mecânica no topo dos remates com altura superior a 0,40 m

Evitar fluência ou deslizamentos dos remates

(Lopes, 1994b)

Verificar que são concebidas soluções que visem minimizar a ocorrência de descolamento dos remates (conforme abordado no texto)

Evitar a ocorrência de descolamento dos remates

(Lopes, 1994b)

Verificar que são concebidas juntas na periferia do bordo inferior do remate nos casos de se ter uma proteção pesada rígida (conforme abordado no texto)

Evitar ocorrência de fissuração no remate

(Lopes, 1994b)

Conceber, no caso de remates com paredes emergentes com soleiras de portas, soluções de remate que se prolonguem sobre a soleira de forma a contrariar o efeito da inexistência da altura mínima de remate nesses casos

Evitar infiltrações pelos remates devido à sua altura insuficiente

(Lopes, 1994b)

Conceber soluções que protejam verticalmente o remate em coberturas acessíveis (conforme abordado no texto)

Evitar ocorrência de fissuração no remate

(Lopes, 1994b)

Conceber soluções de dessolidarização de remate em zonas de painel pré-fabricado

Evitar a ocorrência de rotura do revestimento de impermeabilização

(Lopes, 1994b)

Especificar soluções de capeamento de platibandas, corretamente fixadas e com pendente para o terraço

Evitar infiltrações pelo tardoz do remate

(Lopes, 1994b)

Paredes emergentes: execução Justificação Referências

Executar os remates de acordo com o projeto, sem desvios de qualquer tipo

De forma a evitar a ocorrência de desvios relativamente ao que foi concebido

(Lopes, 1994b; Silva e Gonçalves, 2001)

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7

Proceder à execução dos remates somente com condições ambiente favoráveis

Alguns materiais são sensíveis a condições atmosféricas adversas

(Lopes, 1994b; Silva e Gonçalves, 2001)

Antes da aplicação de materiais, verificar se o suporte se encontra em condições para receber esses materiais

A presença de detritos ou mesmo de água podem por em causa o sucesso do sistema a implementar

(Lopes, 1994b; Lopes, 1994a)

Executar as fixações (independentemente do tipo) de forma cuidada

Por forma a não intercetar, por exemplo, componentes sensíveis do suporte (por exemplo: tubagens presentes na estrutura resistente)

Manusear os materiais de acordo com as suas fichas técnicas

Por forma a evitar anomalias decorrentes de manuseamento incorreto

(Lopes, 1994a)

Juntas de dilatação: projeto e execução

Juntas de dilatação: projeto Justificação Referências

Conceber soluções sobrelevadas do remate da junta, especialmente se for acessível a pessoas

Desta forma o remate pode ficar mais protegido das ações mecânicas que possam nele atuar

(Lopes, 1994b)

Conceber uma solução de remate dessolidarizado, apoiado na zona da junta num material flexível colocado para o efeito

De forma a evitar o enrugamento da membrana nessas zonas

(Lopes, 1994b)

Juntas de dilatação: execução Justificação Referências

Executar os remates de acordo com o estabelecido em projeto

De forma a evitar a ocorrência de desvios

(Lopes, 1994b; Silva e Gonçalves, 2001)

Assegurar a zona não colada do revestimento na zona de remate

Para desta formar permitir a dessolidarização em extensão suficiente do remate

(Lopes, 1994b; Silva e Gonçalves, 2001)

Pontos de drenagem e evacuação de águas pluviais: projeto e execução

Pontos de drenagem e evacuação de águas pluviais: projeto

Justificação Referências

Nas embocaduras de tubos de queda, pormenorizar o rebaixamento necessário na camada de forma

Para assim se fazer face ao aumento da espessura da solução de impermeabilização devido ao seu remate

(Lopes, 1994b)

Esquematizar em pormenor construtivo os diversos componentes a considerar nos tubos de queda

De forma a obter-se uma solução com maior garantia de qualidade

(Lopes, 1994b; Silva e Gonçalves, 2001)

Nas caleiras, pormenorizar nas sobreposições de membranas, indicando a correta ordem de aplicação e dimensão da junta de sobreposição entre elas

De forma a conceber-se um sistema que garanta a qualidade da solução

(Lopes, 1994b; Silva e Gonçalves, 2001)

Nas caleiras, especificar os sistemas de fixação a aplicar

De forma a conceber-se um sistema que garanta a qualidade da solução

(Lopes, 1994b; Silva e Gonçalves,

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8

2001)

Pontos de drenagem e evacuação de águas pluviais: execução

Justificação Referências

Executar os remates/pontos singulares de acordo com o especificado em projeto

De forma a evitar desvios ao que foi concebido

( Silva e Gonçalves, 2001)

Executar a fixação do sistema de forma adequada De forma a evitar desvios ao que foi concebido ou solução de má qualidade

(Lopes, 1994b; Silva e Gonçalves, 2001)

Outros elementos emergentes: projeto e execução

Outros elementos emergentes: projeto Justificação Referências

Conceber um remate do revestimento de impermeabilização que dessolidarize o sistema no ponto singular

De forma a evitar descolamento, deslizamento ou fissuras nos remates

(Lopes, 1994b)

Outros elementos emergentes: projeto (continuação)

Justificação Referências

Proceder à cintagem, protegida superiormente com mástique, do remate a toda a secção do elemento no bordo superior do mesmo

Para garantir a fixação em todo o perímetro da solução de remate

(Lopes, 1994b)

Outros elementos emergentes: execução Justificação Referências

Executar o remate de acordo com o projeto De forma a evitar desvios relativamente ao que foi concebido

(Silva e Gonçalves, 2001)

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9

Anexo II - Pormenores construtivos sugeridos por fabricantes das

membranas em estudo

Neste ponto serão apresentados os seguintes pormenores construtivos apresentados por fabricantes

das membranas em estudo:

Anexo II.a – Soluções para proteção pesada em membranas betuminosas no encontro com

parede emergente e para coberturas ajardinadas

Anexo II.b – Solução de membrana betuminosa no encontro com parede emergente

Anexo II.c – Solução de membrana de PVC no encontro com parede emergente

Anexo II.d – Solução no encontro com soleiras

Anexo II.e – Solução de membrana betuminosa no encontro com juntas estruturais

Anexo II.f – Solução de membrana de PVC no encontro com juntas estruturais

Anexo II.g – Solução geral no encontro com tubos de queda

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11

Anexo II.a – Proteção pesada em membranas betuminosas no encontro com parede

emergente

Cobertura ajardinada com membrana betuminosa, no encontro com parede emergente, segundo o

DA 31.

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12

Cobertura com membrana betuminosa com proteção pesada, no encontro com parede emergente,

segundo o DA 29.

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13

Anexo II.b – Solução de membrana betuminosa no encontro com parede emergente

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14

Anexo II.c – Solução de membrana de PVC no encontro com parede emergente

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15

Anexo II.d – Solução no encontro com soleiras

Solução disponibilizada pela Imperalum fabricante de membranas betuminosas:

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Solução disponibilizada pela Renolit fabricante de membranas de PVC:

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17

Anexo II.e – Solução de membrana betuminosa no encontro com juntas estruturais

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18

Anexo II.f – Solução de membrana de PVC no encontro com juntas estruturais

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19

Anexo II.g – Solução geral no encontro com tubos de queda

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21

Anexo III – Estudo abordado no trabalho sobre as anomalias em

coberturas planas (Silva e Gonçalves, 2001)

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23

Anexo IV – Relatórios do modelo espanhol

Segundo Almeida (2011), no modelo espanhol de relatórios constam os seguintes:

D0: Definição do Risco – Análise do Risco Técnico

D01: Revisão do Projecto de Estruturas

D02: Revisão do Projecto de Estanquicidade

D03: Revisão de Projecto de Obra Secundária

D04: Revisão de Projecto de Instalações

D1.1: Unidades de Obra Especiais (Fundações)

D1.2: Unidades de Obras Especiais (Estruturas Pré-Fabricadas)

D1.3: Unidades de Obras Especiais (Fachadas)

D2: Sistemas e Materiais Não Tradicionais

D3: Relatório Final de Estanquicidade

D3bis: Estanquicidade

D4: Pré-existentes – Obra Nova Sobre Construções Existentes

D5.1: Execução de Fundações

D5.2: Execução de Estrutura

D5.3: Execução de Fachadas e Coberturas

D5.4: Execução de Obra Secundária

D5.5: Execução de Instalações

D6: Fecho de Obras

D7: Incidências

D8: Fecho de obras secundárias e de instalações

D8bis: Fecho de obras secundárias e de instalações

D9.n: Reparações de danos

D10.n: Outros

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25

Anexo V – Modelo de relatório na fase de projeto D02

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26

Caves

Coberturas

Fachadas

Sim Não

Sim Não

Sim Não

Sim Não

Sim Não

Sim Não

Sim Não

Sim Não

Relatório D02

Revisão do projeto de estanquidade

Unidade de obra:

Processo:

Nome completo Contacto Email

Técnicos responsáveis pelo controlo técnico

Morada completa:

Data de execução do controlo técnico:

Proprietário/ Promotor:

1 - Participantes na construção

Tipo Nome da entidade Contacto Morada completa

2.1 - Elementos disponíveis do projeto:

Definição clara das unidades construtivas

2 - Bases de partida

Memória descritiva/ Caderno de encargos

Desenhos definitivos para execução

Pormenores construtivos

Outros

Normativa recomendável

2.2 - Normativa:

Normativa exigível e aplicável

2.3 - Soluções adotadas:

Alteração ao risco técnico inicialmente previsto

(Se Sim, indicar alterações)

2.4 - Materiais:

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27

Sim Não

Sim Não

Sim Não

Sim NãoDocumentação em anexo:

Se sim, indicar título dos documentos e número de páginas:

5.1 - Resultado do controlo

5.2 - Conclusão técnica do risco

5.3 - Enumeração das reservas técnicas emitidas

Tipo Referência do documento Nº ata de emissão

2.5 - Juntas (tipo de juntas e materiais utilizados):

2.6 - Pormenores construtivos disponíveis no projeto:

3 - Documentação analisada:

5- Conclusões

4 - Enumeração dos relatórios emitidos

Tipo Data de emissão Data de resposta Resposta satisfatória

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29

Anexo VI – Modelo de relatório na fase de execução D3

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30

Caves

Coberturas

Fachadas

Prevista Real

Data:

Sim Não

Sim Não

Relatório D3

Relatório final de estanquidade

Processo:

Nome completo Contacto Email

Data de execução do controlo técnico:

Proprietário/ Promotor:

1 - Dados administrativos

Técnicos responsáveis pelo controlo técnico

Unidade de obra:

2 - Aspetos modificados relativamente ao D0 e/ ou D02?

(Se sim, concretizar em anexo as alterações produzidas)

3 - Relação de anexos presentes neste relatório

Morada completa:

Sistema de Descrição Anexo nº

1.1 - Receção

1.2 - Relatório D3bis Data prevista de:

Realização:

Envio à Seguradora:

4.3 - Deficiências constatadas e avaliadas que à data de emissão do presente

relatório não foram reparadas mas que não comprometem a estanquidade da obra:

4.2 - Exposição detalhada e opinião técnica pormenorizada:

4 - Conclusão geral final (Projeto + Execução)

4.1 - Adequação da execução ao estabelecido em projeto?

(incluindo modificações)

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31

4.4 - A impermeabilização está condicionada a um processo

de manutenção durante o período de cobertura do seguro? Sim Não

Sim Não

Sim Não

(1) Juntar a este relatório o anexo correspondente a cada unidade de obra avaliada

Documentação em Anexo? Sim Não

Se sim, indicar número e titulo do Anexo, e número de páginas:

4.5 - A necessidade de um processo de manutenção encontra-se

refletida e convenientemente definida(livro do edifício, etc.)?

5 - Reservas técnicas emitidas no decurso do controlo técnico realizado

Existiu reservas técnicas?

Conceito Nº ata de emissão Nº ata cancelamento

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32

Sim Não

Sim Não

Sim Não

Sim Não

(se não, indicar desvios)

(se não, emitir reserva técnica)

(se não, emitir reserva técnica)

5.2 - São aceitáveis os desvios detetados?

5.3 - Resultado do controlo de materiais é satisfatório?

5.4 - São aceitáveis os desvios detetados?

4 - Condições máximas previstas no projeto:

(se não, indicar desvios)

Carga da neve:

5 - Materiais

Descrever materiais controlados, indicando-se sumariamente o alcance do referido

controlo (testes, ensaios, certificados de qualidade relativos aos elementos que

conferem a estanquidade e respetiva proteção):

Pressão do vento:

5.1 - Os materiais aplicados correspondem com os indicados

em projeto?

Executante:

1.4 - Identificação dos elementos da cobertura que conferem a estanquidade:

2 - Intervenientes

Fornecedor:

Fabricante:

3 - Custo total da unidade de obra:

1.3 - Indicar o caracter eventualmente inovador ou não normalizado de alguma das

soluções adotadas. Citar o respetivo relatório D2 elaborado anteriormente e emissão

e cancelamento da reserva técnica correspondente.

1.2 - Descrição das zonas de remate ou ligação com outros elementos (fachadas,

outras tipologias, juntas e outros pontos singulares):

1 - Descrição da unidade de obra:

1.1 - Do interior para o exterior, descrição das unidades de obra executadas

(materiais, fabricantes ou marcas, espessuras, disposição, pendente, superfície

da tipologia em causa):

Tipologia da cobertura:

Anexo nº 1 - Coberturas (Planas, inclinadas)

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33

Sim Não

Sim Não

Sim Não

Sim Não

Sim Não

Sim Não

Sim Não

Sim Não

6 - Execução

6.1 - Existiram modificações face às coberturas projetadas?

(paredes de sustentação de coberturas e eventuais

(se sim, apresentar a descrição das mesmas)

- Existem documentos justificativos e aprovação por

parte da fiscalização?

(se não emitir uma reserva técnica)

- Foi controlado pelo G.C.T. o seu desenho e cálculo

modificações)?

prejudiciais, etc.?

- O resultado foi satisfatório?

(se não, emitir uma reserva técnica)

- Foram detetadas deficiências de execução, disposições

incorretas, operações desadequadas, omissões

6.2 - Foram sanadas as referidas deficiências em obra?

(se sim, descrever as medidas adotadas. Se não, emitir uma reserva técnica)

7.1 - Resultado satisfatório?

6.3 - Inspeções efetuadas durante o desenvolvimento do controlo das unidades em

causa. Indicar o conteúdo das referidas inspeções.

7 - Ensaios de estanquidade?

Data:

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35

Anexo VII – Modelo de relatório específico proposto para a fase de

projeto

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36

Sim Não

Sim Não

Sim Não

Sim Não

Sim Não

Sim Não

Sim Não

Proprietário/ Promotor:

Data de execução do controlo técnico:

2 - Bases de partida

2.1 - Elementos disponíveis do projeto:

Memória descritiva/ Caderno de encargos

Definição clara das unidades construtivas

Desenhos definitivos para execução

Morada completa:

1 - Participantes na construção

Tipo Nome da entidade Contacto Morada completa

2.5 - Materiais

Relatório D02.cp

Revisão do projeto de estanquidade de cobertura plana

Processo:

Técnicos responsáveis pelo controlo técnico

Nome completo Contacto Email

Outras:

Estrutura Resistente:

Camada de forma:

Barreira Pára-vapor:

Isolamento térmico:

Sistema de impermeabilização:

Camada de proteção:

Pormenores Construtivos (PC)

2.2 - Normativa:

Normativa exigível e aplicável

Normativa recomendável

2.3 - Tipo de uso:

2.4 - Tipo de proteção do revestimento de impermeabilização:

Outros

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37

Sim Não

Sim Não

Sim Não

Sim Não

Sim Não

(Se Não emitir Reserva Técnica)

Sim Não

Sim Não

Sim Não

Sim Não

Sim NãoDocumentação em anexo:

6.2 - Conclusão técnica do risco

6 - Conclusões

6.1 - Resultado do controlo

(Se Não emitir Reserva Técnica)

2.7 - Desenhos referentes à zona corrente

Tipo Referência

2.6 - Pontos Singulares

Tipo Existe Pormenor Construtivo

adequado?

Referência Anexo

Se Sim, indicar título dos documentos e número de páginas:

2.8 - Soluções adotadas:

Alteração ao risco técnico inicialmente previsto

(Se Sim, indicar alterações)

3 - Foi criado o "Livro do Edifício, especificando as ações de

manutenção e a sua periodicidade?

5 - Enumeração dos relatórios emitidos

4 - Documentação analisada:

Tipo Data de emissão Data de resposta Resposta satisfatória

6.3 - Enumeração das reservas técnicas emitidas

Tipo Referência do documento Nº ata de emissão

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38

Sim Não

Sim Não

Sim Não

Sim Não

Sim Não

Sim Não

Sim Não

Sim Não

Sim Não

1.1 - Tipo de sistema de fixação utilizado:

(Se Não, emitir reserva técnica)

Compatibilidade térmica assegurada?

Sistema de fixação recomendado em ficha técnica?

1.2 - Compatibilidade do revestimento de impermeabilização

Compatibilidade química assegurada?

1.3 - Dimensões das juntas de sobreposição adequadas?

(Se Não, emitir reserva técnica)

4 - Cobertura de acesso limitado

4.1 - Está especificado em projeto a criação de caminhos na

zona corrente, tendo em vista as ações de manutenção?

5 - Sistemas com proteção de material solto

5.1 - Está especificado em projeto uma zona na periferia da

cobertura com proteção contínua?

2 - Esquema de pendentes

2.1 - Valor da pendente cumpre as normas/recomendações

do revestimento de impermeabilização projetado?

(Se não, emitir reserva técnica)

2.2 - Esquema de pendentes origina dimensões da camada

de forma superiores a 0,25-0,30 m?

que será alvo a cobertura?

(Se Não, emitir reserva técnica)

3 - O sistema de cobertura concebido é adequado ao tipo de uso

Anexo nº ___ - Zona Corrente

1 - Sistema de Fixação

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39

Sim Não

Sim Não

mesmo? Sim Não

Sim Não

Sim Não

Sim Não

Sim Não

Sim Não

Sim Não

Sim Não

to de impermeabilização?

5 - A solução de remate é de conceção corrente e/ou recomen-

dada quer por normas quer por outros documentos?

(Se Não, emitir reserva técnica)

Especificar eventuais fontes consultadas:

3 - Tratamento destes pontos singulares face a soluções de proteção pesada rígida

3.1 - A solução concebida estabelece a criação de juntas na

proteção do revestimento de impermeabilização, a cerca de

0,30 m das zonas de remate?

4 - Platibandas

4.2 - A pendente do capeamento permite o retorno das águas

para a cobertura?

PC soluções de dessolidarização dos remates do revestimen-

1.3 - Nos casos com remates de altura superior a 0,40 m é

especificado um sistema de fixação mecânica no topo do

1.4 - O remate encontra-se protegido verticalmente?

2 - Remate do revestimento de impermeabilização com soleiras de porta

2.1 - A solução concebida estabelece o prolongamento do

remate sobre a soleira?

4.3 - No caso de platibandas pré-fabricadas está previsto em

4.1 - O capeamento da platibanda é especificado em PC?

1.2 - Altura do remate cumpre as normas/recomendações?

Anexo nº ___ - Paredes emergentes

1- Remate do revestimento de impermeabilização em paredes emergentes

1.1 - Adesão do remate ao elemento especificado em PC?

Page 144: Atividades de Controlo Técnico de Impermeabilizações em Coberturas Planas … · Atividades de Controlo Técnico de Impermeabilizações em Coberturas Planas Fábio Luís Arruda

40

Sim Não

Sim Não

Sim Não

Sim Não

Anexo nº___ - Juntas de dilatação

1 - Remate em zona de junta de dilatação

1.1 - O remate concebido encontra-se dessolidarizado com o

revestimento de impermeabilização e apoiado num material

flexível colocado na junta?

recomendações das fichas técnicas ou outros documentos?

1.2 - A forma e materiais de aderência do remate respeita as

1.3 - No caso de tipologia de cobertura acessível, esse rema-

te da junta encontra-se sobre-elevado?

2 - A solução de remate é de conceção corrente e/ou recomen-

dada quer por normas quer por outros documentos?

(Se Não, emitir reserva técnica)

Especificar eventuais fontes consultadas:

Page 145: Atividades de Controlo Técnico de Impermeabilizações em Coberturas Planas … · Atividades de Controlo Técnico de Impermeabilizações em Coberturas Planas Fábio Luís Arruda

41

Sim Não

queda? Sim Não

Sim Não

Sim Não

Sim Não

Sim Não

2 - Caleiras

2.1 - A ordem de aplicação do revestimento de impermeabili-

2.2 - A dimensão das juntas de sobreposição do revestimento

de impermeabilização na zona da caleira encontram-se defi-

(Se Não, emitir reserva técnica)

2.3 - A forma de fixação do revestimento de impermeabiliza-

ção nas zonas de caleira encontra-se definida de acordo com

(Se Não, emitir reserva técnica)

3 - As soluções de remate são de conceção corrente e/ou recomen-

Anexo nº __ - Pontos de drenagem e evacuação de águas pluviais

1 - Tubos de queda

1.1 - A camada de forma encontra-se rebaixada na zona da

embocadura do tubo de queda no PC?

dessolidarizado com um remate à entrada do tubo de

1.2 - O revestimento de impermeabilização encontra-se

zação encontra-se em pormenor construtivo?

nidas de acordo com os valores recomendados?

fichas técnicas ou outros documentos?

dada quer por normas quer por outros documentos?

(Se Não, emitir reserva técnica)

Especificar eventuais fontes consultadas:

Page 146: Atividades de Controlo Técnico de Impermeabilizações em Coberturas Planas … · Atividades de Controlo Técnico de Impermeabilizações em Coberturas Planas Fábio Luís Arruda

42

Sim Não

Sim Não

Sim Nãodada quer por normas quer por outros documentos?

Anexo nº___ - Outros elementos emergentes

1 - Tubagens circulares emergentes

1.1 - O revestimento de impermeabilização encontra-se

dessolidarizado por um remate no ponto singular?

emergente por meio de cintagem e protegido por mástique

em toda a sua secção?

1.2 - A parte superior do remate encontra-se fixa ao elemento

(Se Não, emitir reserva técnica)

2 - A solução de remate é de conceção corrente e/ou recomen-

(Se Não, emitir reserva técnica)

Especificar eventuais fontes consultadas:

Page 147: Atividades de Controlo Técnico de Impermeabilizações em Coberturas Planas … · Atividades de Controlo Técnico de Impermeabilizações em Coberturas Planas Fábio Luís Arruda

43

Anexo VIII – Moradia unifamiliar

Neste ponto serão apresentado 5 anexos, conforma foi introduzido no texto principal, sendo os

seguintes:

Anexo VIII.a – Projeto inicial

Anexo VIII.b – Modelo de relatório específico aplicado ao projeto inicial

Anexo VIII.c – Projeto modificado (como construído)

Anexo VIII.d – Modelo de relatório específico aplicado ao projeto melhorado

Anexo VIII.e – Modelo de relatório aplicado à execução

Anexo VIII.f – Levantamento fotográfico

Page 148: Atividades de Controlo Técnico de Impermeabilizações em Coberturas Planas … · Atividades de Controlo Técnico de Impermeabilizações em Coberturas Planas Fábio Luís Arruda

44

Anexo VIII.a – Projeto inicial

Page 149: Atividades de Controlo Técnico de Impermeabilizações em Coberturas Planas … · Atividades de Controlo Técnico de Impermeabilizações em Coberturas Planas Fábio Luís Arruda

45

Page 150: Atividades de Controlo Técnico de Impermeabilizações em Coberturas Planas … · Atividades de Controlo Técnico de Impermeabilizações em Coberturas Planas Fábio Luís Arruda

46

Anexo VIII.b – Modelo de relatório específico aplicado ao projeto inicial

Page 151: Atividades de Controlo Técnico de Impermeabilizações em Coberturas Planas … · Atividades de Controlo Técnico de Impermeabilizações em Coberturas Planas Fábio Luís Arruda

47

Sim Não X

Sim Não X

Sim Não X

Sim Não X

Sim Não

Sim X Não

Sim Não X

Relatório D02.cp

Revisão do projeto de estanquidade de cobertura plana

Processo: CP1.PI

Técnicos responsáveis pelo controlo técnico

Nome completo Contacto Email

Data de execução do controlo técnico: 20/05/2013

Proprietário/ Promotor:

Proprietário, Lda

Morada completa:

Rua da moradia nº23, Praia da Vitória

1 - Participantes na construção

Fábio Luís Arruda Fagundes 940000000 [email protected]

910000001 Rua da vila nº2 Praia

Contacto Morada completa

910000000 Rua da vila nº1 Praia

Memória descritiva/ Caderno de encargos

Definição clara das unidades construtivas

2 - Bases de partida

2.1 - Elementos disponíveis do projeto:

Rua da vila nº3 Praia

Tipo Nome da entidade

Projetista Gabinete de projeto, Lda

Empreiteiro Empreiteiro, LdaAplicador da

imperm.Impermeabilizações Lda 910000002

Desenhos definitivos para execução

Outros

Estrutura Resistente: Betão armado

Camada de forma:

Não especificado

Sistema de impermeabilização: Não especificado

RGEU

Barreira Pára-vapor:

Isolamento térmico:

Pormenores Construtivos (PC)

2.2 - Normativa:

Normativa exigível e aplicável

Normativa recomendável

2.3 - Tipo de uso: Cobertura de acesso limitado

2.4 - Tipo de proteção do revestimento de impermeabilização: Sem proteção

2.5 - Materiais

Camada de proteção:

Outras:

Page 152: Atividades de Controlo Técnico de Impermeabilizações em Coberturas Planas … · Atividades de Controlo Técnico de Impermeabilizações em Coberturas Planas Fábio Luís Arruda

48

Sim Não X

Sim Não X

Sim Não X

Sim Não X

Sim X Não

Sim Não X

(Se Não emitir Reserva Técnica)

Sim Não

Sim Não

Sim Não X

Não foi elaborado o "Livro do edifício".

Perante os dados acima referidos, o risco técnico associado é de "Muito Agravado".

6.3 - Enumeração das reservas técnicas emitidas

Tipo Referência do documento Nº ata de emissão

Pontos Singulares PS.1 1

3 - Foi criado o "Livro do Edifício, especificando as ações de

manutenção e a sua periodicidade?

4 - Documentação analisada:

Peças desenhadas do projeto

5 - Enumeração dos relatórios emitidos

Tipo Data de emissão Data de resposta Resposta satisfatória

Tipo Referência

Corte1 "Corte pormenorizado (adaptado)"

Corte2 "Corte pormenorizado (adaptado)"

2.8 - Soluções adotadas:

Alteração ao risco técnico inicialmente previsto

(Se Sim, indicar alterações)

Tubo de queda

Caleira

(Se Não emitir Reserva Técnica)

2.6 - Pontos Singulares

2.7 - Desenhos referentes à zona corrente

Esclarecimento PCs 20-05-2013 -

6.2 - Conclusão técnica do risco

6 - Conclusões

6.1 - Resultado do controlo

Existe uma situação de grande risco já que faltam pormenores construtivos, bem como especi-

ficação dos materiais a aplicar. A pendente é nula, não respeitando o valor mínimo do RGEU.

Tipo Existe Pormenor Construtivo

adequado?

Referência Anexo

Platibanda

Chaminé

Pendente Pe.1 3

Documentação em anexo:

Livro do Edifício LE.1 2

Page 153: Atividades de Controlo Técnico de Impermeabilizações em Coberturas Planas … · Atividades de Controlo Técnico de Impermeabilizações em Coberturas Planas Fábio Luís Arruda

49

Anexo VIII.c – Projeto modificado (como construído)

Page 154: Atividades de Controlo Técnico de Impermeabilizações em Coberturas Planas … · Atividades de Controlo Técnico de Impermeabilizações em Coberturas Planas Fábio Luís Arruda

50

Page 155: Atividades de Controlo Técnico de Impermeabilizações em Coberturas Planas … · Atividades de Controlo Técnico de Impermeabilizações em Coberturas Planas Fábio Luís Arruda

51

Page 156: Atividades de Controlo Técnico de Impermeabilizações em Coberturas Planas … · Atividades de Controlo Técnico de Impermeabilizações em Coberturas Planas Fábio Luís Arruda

52

Page 157: Atividades de Controlo Técnico de Impermeabilizações em Coberturas Planas … · Atividades de Controlo Técnico de Impermeabilizações em Coberturas Planas Fábio Luís Arruda

53

Anexo VIII.d – Modelo de relatório específico aplicado ao projeto modificado

(como construído)

Page 158: Atividades de Controlo Técnico de Impermeabilizações em Coberturas Planas … · Atividades de Controlo Técnico de Impermeabilizações em Coberturas Planas Fábio Luís Arruda

54

Sim Não X

Sim X Não

Sim X Não

Sim X Não

Sim Não

Sim X Não

Sim X Não

Sistema de impermeabilização: Membrana de PVC (Sikaplan 12G)

Camada de proteção:

Outras:

2.5 - Materiais

Estrutura Resistente: Betão armado

Camada de forma: Betão leve (agregado: bagacina)

Barreira Pára-vapor:

Isolamento térmico: Lã mineral (Lã de rocha, 5cm)

Normativa exigível e aplicável

Normativa recomendável

2.3 - Tipo de uso: Cobertura de acesso limitado

2.4 - Tipo de proteção do revestimento de impermeabilização: Sem proteção

Pormenores Construtivos (PC)

Memória descritiva/ Caderno de encargos

Definição clara das unidades construtivas

RGEU

Documentos de aplicação (22 e 23) e de homologação (DH 750)

2 - Bases de partida

2.1 - Elementos disponíveis do projeto:

Desenhos definitivos para execução

Outros

2.2 - Normativa:

910000001 Rua da vila nº2 Praia

Contacto Morada completa

910000000 Rua da vila nº1 Praia

Tipo Nome da entidade

Projetista Gabinete de projeto, Lda

Empreiteiro Empreiteiro, LdaAplicador da

imperm.Impermeabilizações Lda 910000002 Rua da vila nº3 Praia

Proprietário, Lda

Morada completa:

Rua da moradia nº23, Praia da Vitória

1 - Participantes na construção

Fábio Luís Arruda Fagundes 940000000 [email protected]

Relatório D02.cp

Revisão do projeto de estanquidade de cobertura plana

Processo: CP1.PF

Técnicos responsáveis pelo controlo técnico

Nome completo Contacto Email

Data de execução do controlo técnico: 20/05/2013

Proprietário/ Promotor:

Page 159: Atividades de Controlo Técnico de Impermeabilizações em Coberturas Planas … · Atividades de Controlo Técnico de Impermeabilizações em Coberturas Planas Fábio Luís Arruda

55

Sim X Não

Sim X Não

Sim X Não

Sim X Não

Sim X Não

Sim Não X

(Se Não emitir Reserva Técnica)

Sim Não

Sim Não

Sim Não

Sim Não

Sim 1 Não

3 páginas

2.6 - Pontos Singulares

Tipo Existe Pormenor Construtivo

adequado?

Referência Anexo

2.8 - Soluções adotadas:

Alteração ao risco técnico inicialmente previsto

(Se Sim, indicar alterações)

3 - Foi criado o "Livro do Edifício, especificando as ações de

manutenção e a sua periodicidade?

P. Platibanda Anexo 2

Chaminé P. Chaminé Anexo 2

Tubo de queda P. Tubo de Q. Anexo 3

Platibanda

Caleira P. Caleira Anexo 3

(Se Não emitir Reserva Técnica)

A solução concebida é no geral aceitável e não gera riscos relativamente à estanquidade. Contudo,

a solução de remate de platibanda não se encontra devidamente dessolidarizada e na zona da

caleira, o pormenor concebido pode gerar pequenas peturbações ao escoamento. Não foi ela-

borado o "Livro do edifício".

6.2 - Conclusão técnica do risco

Perante os dados acima referidos, o risco técnico associado é de "Agravado".

6.3 - Enumeração das reservas técnicas emitidas

Tipo Referência do documento Nº ata de emissão

Livro do Edifício LE.1 1

Documentação em anexo:

Se Sim, indicar título dos documentos e número de páginas: Anexo 1, Anexo 2 e Anexo 3;

2.7 - Desenhos referentes à zona corrente

Tipo Referência

Pormenor platibanda P. Platibanda

6 - Conclusões

5 - Enumeração dos relatórios emitidos

4 - Documentação analisada:

Peças desenhadas (como construído)

Tipo Data de emissão Data de resposta Resposta satisfatória

6.1 - Resultado do controlo

PC.Platibanda PCP.1 2

PC.Caleira PCC.1 3

Page 160: Atividades de Controlo Técnico de Impermeabilizações em Coberturas Planas … · Atividades de Controlo Técnico de Impermeabilizações em Coberturas Planas Fábio Luís Arruda

56

Sim X Não

Sim X Não

Sim X Não

Sim X Não

Sim X Não

Sim Não X

Sim X Não

Sim Não X

Sim Não

1.2 - Compatibilidade do revestimento de impermeabilização

Compatibilidade química assegurada?

1.3 - Dimensões das juntas de sobreposição adequadas?

(Se Não, emitir reserva técnica)

2 - Esquema de pendentes

2.1 - Valor da pendente cumpre as normas/recomendações

do revestimento de impermeabilização projetado?

(Se não, emitir reserva técnica)

2.2 - Esquema de pendentes origina dimensões da camada

Compatibilidade térmica assegurada?

Anexo nº 1 - Zona Corrente

1 - Sistema de Fixação

1.1 - Tipo de sistema de fixação utilizado:

(Se Não, emitir reserva técnica)

Sistema de fixação recomendado em ficha técnica?

de forma superiores a 0,25-0,30 m?

que será alvo a cobertura?

(Se Não, emitir reserva técnica)

4 - Cobertura de acesso limitado

4.1 - Está especificado em projeto a criação de caminhos na

zona corrente, tendo em vista as ações de manutenção?

5 - Sistemas com proteção de material solto

5.1 - Está especificado em projeto uma zona na periferia da

cobertura com proteção contínua?

Não aplicável.

3 - O sistema de cobertura concebido é adequado ao tipo de uso

Page 161: Atividades de Controlo Técnico de Impermeabilizações em Coberturas Planas … · Atividades de Controlo Técnico de Impermeabilizações em Coberturas Planas Fábio Luís Arruda

57

Sim X Não

Sim X Não

mesmo? Sim Não

Sim Não X

Sim Não

Sim Não

Sim X Não

Sim X Não

Sim Não

Sim Não X

1.4 - O remate encontra-se protegido verticalmente?

2 - Remate do revestimento de impermeabilização com soleiras de porta

Anexo nº 2 - Paredes emergentes

1- Remate do revestimento de impermeabilização em paredes emergentes

1.1 - Adesão do remate ao elemento especificado em PC?

1.2 - Altura do remate cumpre as normas/recomendações?

1.3 - Nos casos com remates de altura superior a 0,40 m é

especificado um sistema de fixação mecânica no topo do

Não aplicável.

4.1 - O capeamento da platibanda é especificado em PC?

4.3 - No caso de platibandas pré-fabricadas está previsto em

4.2 - A pendente do capeamento permite o retorno das águas

para a cobertura?

PC soluções de dessolidarização dos remates do revestimen-

to de impermeabilização?

Não aplicável.

5 - A solução de remate é de conceção corrente e/ou recomen-

dada quer por normas quer por outros documentos?

(Se Não, emitir reserva técnica)

Especificar eventuais fontes consultadas:

2.1 - A solução concebida estabelece o prolongamento do

remate sobre a soleira?

Não aplicável.

3 - Tratamento destes pontos singulares face a soluções de proteção pesada rígida

3.1 - A solução concebida estabelece a criação de juntas na

proteção do revestimento de impermeabilização, a cerca de

0,30 m das zonas de remate?

Não aplicável.

4 - Platibandas

Page 162: Atividades de Controlo Técnico de Impermeabilizações em Coberturas Planas … · Atividades de Controlo Técnico de Impermeabilizações em Coberturas Planas Fábio Luís Arruda

58

Sim Não X

queda? Sim X Não

Sim X Não

Sim X Não

Sim X Não

Sim Não X

1.2 - O revestimento de impermeabilização encontra-se

2 - Caleiras

2.1 - A ordem de aplicação do revestimento de impermeabili-

2.2 - A dimensão das juntas de sobreposição do revestimento

de impermeabilização na zona da caleira encontram-se defi-

(Se Não, emitir reserva técnica)

2.3 - A forma de fixação do revestimento de impermeabiliza-

ção nas zonas de caleira encontra-se definida de acordo com

(Se Não, emitir reserva técnica)

nidas de acordo com os valores recomendados?

fichas técnicas ou outros documentos?

dessolidarizado com um remate à entrada do tubo de

zação encontra-se em pormenor construtivo?

Anexo nº 3 - Pontos de drenagem e evacuação de águas pluviais

1 - Tubos de queda

1.1 - A camada de forma encontra-se rebaixada na zona da

embocadura do tubo de queda no PC?

3 - As soluções de remate são de conceção corrente e/ou recomen-

dada quer por normas quer por outros documentos?

(Se Não, emitir reserva técnica)

Especificar eventuais fontes consultadas:

Page 163: Atividades de Controlo Técnico de Impermeabilizações em Coberturas Planas … · Atividades de Controlo Técnico de Impermeabilizações em Coberturas Planas Fábio Luís Arruda

59

Anexo VIII.e – Modelo de relatório aplicado à execução

Page 164: Atividades de Controlo Técnico de Impermeabilizações em Coberturas Planas … · Atividades de Controlo Técnico de Impermeabilizações em Coberturas Planas Fábio Luís Arruda

60

Prevista Real X

Data:

Sim Não X

Sim X Não

Proprietário/ Promotor:

Morada completa:

Rua da moradia nº23, Praia da Vitória

1 - Dados administrativos

Proprietário, Lda

Data de execução do controlo técnico: 20/05/2013

Envio à Seguradora:

2 - Aspetos modificados relativamente ao D0 e/ ou D02?

(Se sim, concretizar em anexo as alterações produzidas)

1.1 - Receção

20-05-2013

1.2 - Relatório D3bis Data prevista de:

Realização:

3 - Relação de anexos presentes neste relatório

Sistema de Descrição

4.2 - Exposição detalhada e opinião técnica pormenorizada:

Seguiu-se as indicações previstas em projeto, não ocorrendo situações de evidente

agravamento do risco técnico nesta fase, sendo o risco global de "Agravado"

4.3 - Deficiências constatadas e avaliadas que à data de emissão do presente

Anexo nº

Coberturas planas Relatório de execução de coberturas planas 1

4 - Conclusão geral final (Projeto + Execução)

4.1 - Adequação da execução ao estabelecido em projeto?

(incluindo modificações)

relatório não foram reparadas mas que não comprometem a estanquidade da obra:

Nada a mencionar.

Relatório D3

Relatório final de estanquidade

Processo: CP1.FE

Técnicos responsáveis pelo controlo técnico

Nome completo Contacto Email

Fábio Luís Arruda Fagundes 940000000 [email protected]

Page 165: Atividades de Controlo Técnico de Impermeabilizações em Coberturas Planas … · Atividades de Controlo Técnico de Impermeabilizações em Coberturas Planas Fábio Luís Arruda

61

4.4 - A impermeabilização está condicionada a um processo

de manutenção durante o período de cobertura do seguro? Sim Não X

Sim Não

Sim X Não

(1) Juntar a este relatório o anexo correspondente a cada unidade de obra avaliada

Documentação em Anexo? Sim X Não

refletida e convenientemente definida(livro do edifício, etc.)?

Existiu reservas técnicas?

4.5 - A necessidade de um processo de manutenção encontra-se

5 - Reservas técnicas emitidas no decurso do controlo técnico realizado

Conceito Nº ata de emissão Nº ata cancelamento

Livro do edifício 1

PC.Platibanda 2

Sem ensaio de estanquidade 5

PC.Caleira 3

Sem aprovação fiscalização 4

Page 166: Atividades de Controlo Técnico de Impermeabilizações em Coberturas Planas … · Atividades de Controlo Técnico de Impermeabilizações em Coberturas Planas Fábio Luís Arruda

62

XXXX euros

Sim X Não

Sim Não

Sim X Não

Sim Não

(se Não, indicar desvios)

(se Não, emitir reserva técnica)

(se Não, indicar desvios)

(se Não, emitir reserva técnica)

e cancelamento da reserva técnica correspondente.

(materiais, fabricantes ou marcas, espessuras, disposição, pendente, superfície

soluções adotadas. Citar o respetivo relatório D2 elaborado anteriormente e emissão

Tipologia da cobertura:

1 - Descrição da unidade de obra:

1.1 - Do interior para o exterior, descrição das unidades de obra executadas

da tipologia em causa):

Gesso laminado, Lã de rocha com 5cm, laje de betão armado, camada de forma com betão

leve de bagacina (pendente de 2,5%), membrana de impermeabilização (Sikaplan 12 G).

1.2 - Descrição das zonas de remate ou ligação com outros elementos (fachadas,

outras tipologias, juntas e outros pontos singulares):

Fabricante: Sika

Pressão do vento: Não disponível.

controlo (testes, ensaios, certificados de qualidade relativos aos elementos que

conferem a estanquidade e respetiva proteção):

em projeto?

5.2 - São aceitáveis os desvios detetados?

5.3 - Resultado do controlo de materiais é satisfatório?

5.4 - São aceitáveis os desvios detetados?

Anexo nº 1 - Coberturas (Planas, inclinadas)

3 - Custo total da unidade de obra:

4 - Condições máximas previstas no projeto:

Carga da neve: Não disponível.

5 - Materiais

Descrever materiais controlados, indicando-se sumariamente o alcance do referido

Membrana Sikaplan 12G através de certificados e ficha técnica.

5.1 - Os materiais aplicados correspondem com os indicados

Encontro com chaminé, platibanda periférica e zona de caleira

1.3 - Indicar o caracter eventualmente inovador ou não normalizado de alguma das

1.4 - Identificação dos elementos da cobertura que conferem a estanquidade:

Membrana de impermeabilização do tipo Sikaplan 12G.

2 - Intervenientes

Executante: Empresa especializada1, Lda

Fornecedor: Empresa especializada1, Lda

Page 167: Atividades de Controlo Técnico de Impermeabilizações em Coberturas Planas … · Atividades de Controlo Técnico de Impermeabilizações em Coberturas Planas Fábio Luís Arruda

63

Sim X Não

Sim Não X

Sim X Não

Sim Não X

Sim Não X

Sim Não

Sim Não X

Sim Não

incorretas, operações desadequadas, omissões

(paredes de sustentação de coberturas e eventuais

modificações)?

Conforme se pode ver no Anexo VIII.f

- O resultado foi satisfatório?

(se Não, emitir uma reserva técnica)

- Foram detetadas deficiências de execução, disposições

6.3 - Inspeções efetuadas durante o desenvolvimento do controlo das unidades em

causa. Indicar o conteúdo das referidas inspeções.

6 - Execução

6.1 - Existiram modificações face às coberturas projetadas?

(se sim, apresentar a descrição das mesmas)

Conforme visto no Anexo VIII.c

- Existem documentos justificativos e aprovação por

parte da fiscalização?

(se Não emitir uma reserva técnica)

- Foi controlado pelo G.C.T. o seu desenho e cálculo

prejudiciais, etc.?

6.2 - Foram sanadas as referidas deficiências em obra?

(se sim, descrever as medidas adotadas. Se não, emitir uma reserva técnica)

7 - Ensaios de estanquidade?

Data:

7.1 - Resultado satisfatório?

Page 168: Atividades de Controlo Técnico de Impermeabilizações em Coberturas Planas … · Atividades de Controlo Técnico de Impermeabilizações em Coberturas Planas Fábio Luís Arruda

64

Anexo VIII.f – Levantamento fotográfico

Page 169: Atividades de Controlo Técnico de Impermeabilizações em Coberturas Planas … · Atividades de Controlo Técnico de Impermeabilizações em Coberturas Planas Fábio Luís Arruda

65

Page 170: Atividades de Controlo Técnico de Impermeabilizações em Coberturas Planas … · Atividades de Controlo Técnico de Impermeabilizações em Coberturas Planas Fábio Luís Arruda
Page 171: Atividades de Controlo Técnico de Impermeabilizações em Coberturas Planas … · Atividades de Controlo Técnico de Impermeabilizações em Coberturas Planas Fábio Luís Arruda

67

Anexo IX – Reabilitação de uma cobertura plana

Neste ponto serão apresentado 4 anexos, conforme foi introduzido no texto principal, sendo os

seguintes:

Anexo IX.a – Planta e pormenores construtivos

Anexo IX.b – Modelo de relatório para a fase de execução

Anexo IX.c – Levantamento fotográfico

Page 172: Atividades de Controlo Técnico de Impermeabilizações em Coberturas Planas … · Atividades de Controlo Técnico de Impermeabilizações em Coberturas Planas Fábio Luís Arruda

68

Anexo IX.a – Planta e pormenores construtivos

Page 173: Atividades de Controlo Técnico de Impermeabilizações em Coberturas Planas … · Atividades de Controlo Técnico de Impermeabilizações em Coberturas Planas Fábio Luís Arruda

69

Page 174: Atividades de Controlo Técnico de Impermeabilizações em Coberturas Planas … · Atividades de Controlo Técnico de Impermeabilizações em Coberturas Planas Fábio Luís Arruda

70

Page 175: Atividades de Controlo Técnico de Impermeabilizações em Coberturas Planas … · Atividades de Controlo Técnico de Impermeabilizações em Coberturas Planas Fábio Luís Arruda

71

Anexo IX.b – Modelo de relatório aplicado à execução

Page 176: Atividades de Controlo Técnico de Impermeabilizações em Coberturas Planas … · Atividades de Controlo Técnico de Impermeabilizações em Coberturas Planas Fábio Luís Arruda

72

Prevista Real X

Data:

Sim Não

Não aplicável visto não haver projeto a analisar

Sim Não X

Sem projeto a analisar

Relatório D3.cp

Relatório final de estanquidade

Processo: CP2.FE

Técnicos responsáveis pelo controlo técnico

Nome completo Contacto Email

Fábio Luís Arruda Fagundes 940000000 [email protected]

Data de execução do controlo técnico: 20/05/2013

Proprietário/ Promotor:

Morada completa:

Rua da moradia nº23, Praia da Vitória

1 - Dados administrativos

Proprietário, Lda

1.1 - Receção

20-05-2013

Envio à Seguradora:

2 - Aspetos modificados relativamente ao D0 e/ ou D02?

(Se sim, concretizar em anexo as alterações produzidas)

1.2 - Relatório D3bis Data prevista de:

Realização:

3 - Relação de anexos presentes neste relatório

Sistema de Descrição

4.2 - Exposição detalhada e opinião técnica pormenorizada:

Não houve projeto, seguindo-se a aplicação da membrana de acordo com a experiência dos

operários. Desta forma conclui-se que o nível do risco técnico é de "Muito Agravado".

4.3 - Deficiências constatadas e avaliadas que à data de emissão do presente

Anexo nº

Coberturas planas Relatório de execução de coberturas planas 1

4 - Conclusão geral final (Projeto + Execução)

4.1 - Adequação da execução ao estabelecido em projeto?

(incluindo modificações)

relatório não foram reparadas mas que não comprometem a estanquidade da obra:

Nada a mencionar.

Page 177: Atividades de Controlo Técnico de Impermeabilizações em Coberturas Planas … · Atividades de Controlo Técnico de Impermeabilizações em Coberturas Planas Fábio Luís Arruda

73

4.4 - A impermeabilização está condicionada a um processo

de manutenção durante o período de cobertura do seguro? Sim Não X

Sim Não

Sim X Não

3

(1) Juntar a este relatório o anexo correspondente a cada unidade de obra avaliada

Documentação em Anexo? Sim X Não

Ausência de fiscalização

refletida e convenientemente definida(livro do edifício, etc.)?

Existiu reservas técnicas?

4.5 - A necessidade de um processo de manutenção encontra-se

5 - Reservas técnicas emitidas no decurso do controlo técnico realizado

Conceito Nº ata de emissão Nº ata cancelamento

Falta de projeto 1

Execução deficiente 2

Sem ensaio de estanquidade 4

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74

XXXX euros

Sim Não

Sim Não

Sim Não X

Sim Não

Membrana Sikaplan 12G através de certificados e ficha técnica.

5.1 - Os materiais aplicados correspondem com os indicados

em projeto?

(se Não, indicar desvios)

Anexo nº 1 - Coberturas (Planas, inclinadas)

2 - Intervenientes

Executante: Empresa especializada1, Lda

3 - Custo total da unidade de obra:

Carga da neve: Não disponível.

Pressão do vento: Não disponível.

5 - Materiais

Descrever materiais controlados, indicando-se sumariamente o alcance do referido

controlo (testes, ensaios, certificados de qualidade relativos aos elementos que

1.3 - Indicar o caracter eventualmente inovador ou não normalizado de alguma das

soluções adotadas. Citar o respetivo relatório D2 elaborado anteriormente e emissão

(se Não, emitir reserva técnica)

Não houve projeto para analisar.

5.2 - São aceitáveis os desvios detetados?

(se Não, emitir reserva técnica)Não houve projeto para analisar.

5.3 - Resultado do controlo de materiais é satisfatório?

(se Não, indicar desvios)Não houve projeto para analisar.

5.4 - São aceitáveis os desvios detetados?

da tipologia em causa):

e cancelamento da reserva técnica correspondente.

1.4 - Identificação dos elementos da cobertura que conferem a estanquidade:

Tipologia da cobertura:

1 - Descrição da unidade de obra:

1.1 - Do interior para o exterior, descrição das unidades de obra executadas

(materiais, fabricantes ou marcas, espessuras, disposição, pendente, superfície

Laje de betão armado, poliestireno expandido (3cm), membrana de impermeabilização

do tipo (Sikaplan 12 G).

1.2 - Descrição das zonas de remate ou ligação com outros elementos (fachadas,

outras tipologias, juntas e outros pontos singulares):

Encontro com parede emergente, platibanda periférica e tubo de queda.

Membrana de impermeabilização do tipo Sikaplan 12G.

Fornecedor: Empresa especializada1, Lda

Fabricante: Sika

4 - Condições máximas previstas no projeto:

conferem a estanquidade e respetiva proteção):

Não houve projeto para analisar.

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75

Sim Não

Sim Não X

Sim X Não

Sim Não X

Sim X Não

Sim Não X

Sim Não X

Sim Não

6.1 - Existiram modificações face às coberturas projetadas?

- Existem documentos justificativos e aprovação por

parte da fiscalização?

(se Não emitir uma reserva técnica)

(paredes de sustentação de coberturas e eventuais

modificações)?

- O resultado foi satisfatório?

(se Não, emitir uma reserva técnica)

- Foram detetadas deficiências de execução, disposições

prejudiciais, etc.?

6.2 - Foram sanadas as referidas deficiências em obra?

7 - Ensaios de estanquidade?

Data:

7.1 - Resultado satisfatório?

- Foi controlado pelo G.C.T. o seu desenho e cálculo

6 - Execução

Não houve projeto

Conforme visto no Anexo IX.c

(se Sim, descrever as medidas adotadas. Se Não, emitir uma reserva técnica)

6.3 - Inspeções efetuadas durante o desenvolvimento do controlo das unidades em

causa. Indicar o conteúdo das referidas inspeções.

(se sim, apresentar a descrição das mesmas)

incorretas, operações desadequadas, omissões

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Anexo IX.c – Levantamento fotográfico

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