Atividade industrial paulista cresce em...

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Atividade industrial paulista cresce em abril Resultado da atividade industrial paulista em abril Na passagem de março para abril a atividade industrial paulista, mensurada pelo indicador do Nível de Atividade (INA), apresentou alta de 0,4%, livre de efeitos sazonais. O aumento do INA em abril foi espraiado, alcançando 15 dos 20 segmentos pesquisados. Entre os setores, os principais destaques positivos em abril foram: Veículos Automotores (2,9%) e Máquinas e Equipamentos (2,1%). Na comparação com abril de 2017 o indicador registrou aumento de 9,1%. No acumulado nos últimos 12 meses o INA aponta alta de 6,4%. Fonte: FIESP As Horas Trabalhadas na Produção (HTP) cresceram 0,9% em abril, e foi a principal influência positiva na formação do resultado do INA no mês. O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) também cresceu (0,3 p.p), atingindo 76,1% contra a média histórica de 80,0%. No sentido contrário, o Total de Vendas Reais (TVR) recuou 2,5%, assim como a nossa projeção para a Produção Industrial Paulista (PIM-SP) no período (-0,1%). 100 105 110 115 120 125 130 135 140 dez/13 mar/14 jun/14 set/14 dez/14 mar/15 jun/15 set/15 dez/15 mar/16 jun/16 set/16 dez/16 mar/17 jun/17 set/17 dez/17 mar/18 INA - Indicador do Nível de Atividade Série com ajuste sazonal Média móvel de três meses 6,4 -11,0 -9,0 -7,0 -5,0 -3,0 -1,0 1,0 3,0 5,0 7,0 dez/13 mar/14 jun/14 set/14 dez/14 mar/15 jun/15 set/15 dez/15 mar/16 jun/16 set/16 dez/16 mar/17 jun/17 set/17 dez/17 mar/18 INA - Indicador do Nível de Atividade Variação acumulada em 12 meses (em %)

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Atividade industrial paulista cresce em abril

Resultado da atividade industrial paulista em abril

Na passagem de março para abril a atividade industrial paulista, mensurada pelo indicador

do Nível de Atividade (INA), apresentou alta de 0,4%, livre de efeitos sazonais.

O aumento do INA em abril foi espraiado, alcançando 15 dos 20 segmentos pesquisados.

Entre os setores, os principais destaques positivos em abril foram: Veículos Automotores

(2,9%) e Máquinas e Equipamentos (2,1%).

Na comparação com abril de 2017 o indicador registrou aumento de 9,1%. No acumulado

nos últimos 12 meses o INA aponta alta de 6,4%.

Fonte: FIESP

As Horas Trabalhadas na Produção (HTP) cresceram 0,9% em abril, e foi a principal

influência positiva na formação do resultado do INA no mês. O Nível de Utilização da

Capacidade Instalada (NUCI) também cresceu (0,3 p.p), atingindo 76,1% contra a média

histórica de 80,0%. No sentido contrário, o Total de Vendas Reais (TVR) recuou 2,5%, assim

como a nossa projeção para a Produção Industrial Paulista (PIM-SP) no período (-0,1%).

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INA - Indicador do Nível de AtividadeSérie com ajuste sazonal

Média móvel de três meses6,4

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INA - Indicador do Nível de AtividadeVariação acumulada em 12 meses (em %)

Fonte: FIESP

Avaliação da atividade econômica e expectativa para a atividade industrial paulista para os próximos meses

O ritmo de recuperação da economia vinha perdendo fôlego desde o final de 2017. A

deterioração nas expectativas de crescimento incorpora a frustração com a evolução da

atividade econômica nos últimos meses. Ademais, a confiança do empresariado industrial,

assim como do consumidor, mostra moderação na trajetória de retomada.

Fonte: Bacen e FIESP

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Indicadores de Confiança - Ibre/FGV (com ajuste sazonal)

Índice de Confiançado Consumidor

Índice de Confiançada Indústria

Retormada da confiança

A recente acomodação da confiança do consumidor e do empresariado que já teria algum

impacto negativo sobre os investimentos e o consumo no 2º semestre, agora há o risco de

reverter o seu movimento de recuperação por conta da greve dos caminhoneiros em maio.

Para o mês de maio, com base no resultado do indicador Sensor-Fiesp, a expectativa é de

redução da atividade industrial paulista. O indicador Sensor-Fiesp atingiu em 51,8 pontos,

contraindo 1,3 ponto frente a leitura de abril (53,1 pontos), na série livre de influências

sazonais. Como o indicador está acima dos 50 pontos aponta para avanço da atividade

industrial paulista em maio.

Diante da fraca atividade em abril e um mês de maio que certamente será negativo para a

economia, a expectativa é de contração da produção industrial no 2º trimestre.

A nossa projeção de crescimento para o PIB de 2,8% em 2018 será revista para baixo. Ainda

assim, frente aos desafios do horizonte, como a incerteza sobre o processo eleitoral, mesmo

um crescimento de 2,0% será bastante desafiador.

O PIB do 1º trimestre de 2018 cresceu modestos 0,4% frente ao último trimestre de 2017.

Considerando todo o quadro apresentado em abril e maio, a expectativa é de um resultado

ainda pior do PIB no 2º trimestre. Dessa forma, o ritmo de crescimento no 3º e último trimestre

teria que ser significativamente forte para que o resultado do PIB em 2018 seja igual ou

superior a 2,0%. O cenário é preocupante.

Com relação ao INA, a nossa expectativa atual de um crescimento de 3,5%, mas essa

projeção também tem viés de baixa.

Setores Destaques

Máquinas e materiais elétricos

O INA do setor de máquinas e materiais elétricos apresentou expansão de 2,6% em abril

frente a março, na série com ajuste sazonal. O crescimento se deve principalmente as altas

das variáveis Total de Vendas Reais (+3,0%) e Horas Trabalhadas na Produção (+2,7%);

embora o NUCI do setor também tenha avançado (+0,4 p.p.).

De acordo com os dados da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica

(ABINEE), presentes em sua Sondagem Conjuntural do Setor Elétrico e Eletrônico, o número

de empresas que aumentaram suas vendas/encomendas em relação ao mesmo mês do ano

passado foi de 49% na pesquisa de março para 59% no levantamento de abril. O número

de empresas que relatam ritmo de negócios abaixo das expectativas, contudo, passou de

34% em janeiro de 2018 para 55% em abril.

No que diz respeito às expectativas do setor, os dados da ABINEE indicam que 62% das

empresas do setor esperam aumento nas vendas para maio (na comparação com igual

período do ano anterior), enquanto 70% das empresas projetam aumento das vendas para

o ano de 2018. O resultado é significativo, embora inferior ao registrado nas últimas leituras.

Em linha com o resultado para do INA até abril de 2018 (+0,9%), na mensuração da Pesquisa

Industrial Mensal de São Paulo (PIM-SP) do IBGE, a produção paulista do setor apresentou

crescimento de 1,1% no acumulado do ano até a última leitura, março de 2018.

No que tange a demanda externa, é importante ressaltar que as exportações em valor do

setor de máquinas e materiais elétricos apresentaram expansão de 23,2% na passagem de

março para abril, desconsiderando os efeitos sazonais; as exportações em quantum

cresceram 24,2%.

Corroborando com a alta de 0,8% do indicador do Total de Vendas Reais em 2018, as

exportações cresceram 6,8% em valor e 8,2% em quantum no acumulado do ano. Cabe

apontar que o que o Coeficiente de Exportação do setor, participação das exportações em

relação a produção total, é de 14,4%.

Em resumo, os resultados do INA de abril juntamente aos resultados da Sondagem da

ABINEE indicam retomada da atividade do setor de máquinas e equipamentos elétricos,

porém em ritmo menos acelerado do que se esperava no começo deste ano.

Químicos

O INA do setor de químicos expandiu 1,4% em abril na comparação com o mês anterior,

livre de efeitos sazonais. O setor volta a apresentar crescimento após três leituras negativas

seguidas. Entre as variáveis do Levantamento de Conjuntura, a variável Total de Vendas

Reais cresceu 4,1% e o NUCI do setor avançou 0,3 p.p., atingindo 75,0%. Por sua vez, as

Horas Trabalhadas na Produção ficaram praticamente estáveis, com ligeira variação

negativa de 0,3%, entretanto cabe ressaltar que esta é a quarta retração seguida.

No que tange a taxa de crescimento acumulada em doze meses, esta voltou a ser positiva

pela primeira vez desde fevereiro de 2013, ao passar de -0,4% em março para +0,2% nesta

leitura. As variáveis Total de Vendas Reais e NUCI influenciaram positivamente o indicador,

com uma expansão de 8,0% e 2,6 p.p. no período, respectivamente. Enquanto Horas

Trabalhadas na Produção recuou 2,3% nos últimos doze meses.

Segundo divulgação da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), o Índice Geral

Quantum da Produção (IGP-Produção) registrou crescimento de 5,3% em abril em

comparação com o mês anterior. No acumulado em doze meses, a produção retraiu 1,6.

Na esteira do desempenho positivo do INA, conforme os dados apresentados pela ANDA1,

a produção de fertilizantes cresceu 1,4% em abril. Entretanto sem recompensar a forte

queda de 14,1% em março, desta forma houve uma queda acumulada de 9,0% nos últimos

doze meses.

Ainda segundo a divulgação da ANDA, as vendas de fertilizantes aumentaram 4,8% na

passagem de março para abril, na série livre de influências sazonais, interrompendo também

uma sequência igual de três meses seguidos de resultado negativo. Em base acumulada

em doze meses, as vendas registraram alta de 1,9%.

Por sua vez, conforme os dados divulgados pela FUNCEX, após ajustes sazonais, a

exportação expandiu 1,9% em valor e 2,1% em quantum na passagem de março para abril.

No acumulado em doze meses, a taxa de crescimento do valor das exportações atingiu

10,2% neste mês referente, ao passo que em quantum o crescimento foi de 3,2%. Cabe

destacar que o que o coeficiente de exportação do setor foi de 14,3% na última leitura.

Finalizando, o resultado positivo do INA de químicos em abril veio após três quedas seguidas

na margem, reflete uma modesta recuperação do setor. É importante destacar a taxa de

crescimento acumulado em doze meses da atividade do setor retornou ao patamar positivo

após mais de cinco anos.

1 Associação Nacional para Difusão de Adubos.

Sensor

A pesquisa Sensor no mês de maio fechou em 51,8 pontos, na série com ajuste sazonal, resultado

inferior ao indicador de abril, quando atingiu 53,1 pontos. Por estar acima dos 50 pontos, o Sensor

sinaliza aumento da atividade industrial no mês.

Em maio a avaliação geral das condições de mercado variou negativamente. Passou de 55 pontos

em abril para 53,9 pontos no mês. Resultados acima dos 50 pontos indicam melhora das condições

de mercado no período.

As vendas também enfraqueceram em relação ao mês anterior, tendo seu índice passado de 61,8

pontos em abril para 54,5 pontos no mês corrente. Números acima dos 50 pontos indicam expectativa

de aumento das vendas no mês.

O nível de estoque melhorou em relação ao mês passado mas ainda continua acima do planejado.

Passou de 43,4 pontos no mês passado para 47,1 pontos em maio. Leituras superiores a 50 pontos

indicam estoque abaixo do desejável, inferiores a 50 pontos indicam sobrestoque.

O indicador emprego fechou em 52,5 pontos em maio. Resultado levemente inferior ao de abril

quando marcava 53,3 pontos. Como continua acima dos 50 pontos há expectativa de contratações

no mês.

O componente investimentos apresentou arrefecimento. De 53,3 pontos em abril passou para 51,9

pontos no mês. Como o indicador está acima dos 50 pontos, há expectativas de aumento dos

investimentos.

Abr/18 vs Mar/18* Abr/18 vs Abr/17

Indústria de Transformação 0.4 9.1

24. Metalurgia 4.1 18.9

29. Veículos automotores 2.9 33.7

27. Máquinas e materiais elétricos 2.6 6.0

13. Têxteis 2.2 2.2

28. Máquinas e equipamentos 2.1 12.0

21. Farmacêuticos 1.5 19.5

20. Químicos 1.4 5.5

22. Borracha e material plástico 1.3 5.6

11. Bebidas 1.1 7.0

32. Produtos diversos 1.0 3.2

18. Impressão e reprodução 1.0 -8.2

25. Produtos de metal 1.0 2.7

17. Celulose e papel 0.9 6.3

23. Minerais não metálicos 0.6 8.4

10. Alimentos 0.3 7.7

31. Móveis -0.6 12.4

19. Derivados de petróleo e biocombustív -3.6 2.4

30. Outros equipamentos de transporte -12.4 -33.5

* Com ajuste sazonal

Indicador do Nível de Atividade (%) - Abr/18

Indicador abr/18 mai/18 Diferença (p.p.) O que representa Indicador abr/18 mai/18 Diferença (p.p.) O que representa

SENSOR GERAL 55,5 51,6 -3,9 SENSOR GERAL 53,1 51,8 -1,3

Mercado 60,4 51,5 -8,9 Mercado 55,0 53,9 -1,1

Vendas 62,8 54,7 -8,1 Vendas 61,8 54,5 -7,3

Estoque 49,1 46,1 -3,0 Estoque 43,4 47,1 3,7

Emprego 51,9 52,3 0,4 Emprego 53,3 52,5 -0,8

Investimento 53,6 53,3 -0,3 Investimento 53,3 51,9 -1,4

Sensor (sem ajuste) Sensor (com ajuste)