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AVALIAÇÃO DISSERTATIVA MODULAR 1

Os grandes desafios da Pastoral Urbana neste tempo presente, sem sombra de dúvida ,

estarão voltados para a releitura dos erros cometidos até então por gerações passadas de

pregadores e evangelistas leigos , que no afã de ganhar os grandes centros para Cristo,

não tiveram um desenvolvimento uniformizado ou seja sistemático de evangelização

nas grandes cidades, e com apreço a cidade de São Paulo .Tendo em vista que a cidade

planaltina, não possuía nos idos do século XIX um sistema viário, ferroviário,

aeroviário, naval, compatível com os grandes centros das metrópoles européias e norte-

americanas; o avanço teve que acompanhar as condições pré-existentes e as logísticas

de então. O indivíduo dentro do tempo e do espaço, em uma perspectiva urbana e eis aí

o desafio , de se chegar e romper, com os grilhões da ignorância religiosa e as estruturas

vigentes de dominação milenar de sociedades ditas cristãs . Como então desenvolver

uma estratégia de Pastoral Urbana diante de tamanho escopo de atuação? Como utilizar

os recursos financeiros precários e ter um rendimento condizente na atuação pastoral ?

A missão urbana da igreja sempre foi um grande desafio; desde o ide do Senhor Jesus e

o avanço pelas cidades da Judéia, Samaria e confins da terra, pensando sempre que para

trás ficou Jerusalém com um grande trabalho ainda por realizar cotidianamente e em

grande transformação sociocultural . O que cita o comentador Geoval Jacinto da Silva ,

no Itinerário Para Uma Pastoral Urbana, dizendo na página 42 que : “... a ação pastoral

da Igreja há de se desenvolver no cotidiano, no espaço onde os desafios de um mundo

globalizado exigem do ser humano contemporâneo respostas e ações que expressem

segurança e esperança “; por esse pensamento estabelece –se os parâmetros das

dimensões urbanas e os perímetros desta atuação com segurança , felicidade, esperança

e acima de tudo eficácia . Nesta era da pós-modernidade todos os vocacionados

enfrentarão dificuldades aonde quer que atuem, seja nos grandes centros , seja numa

cidade menor, numa comunidade específica, tudo devido a globalização se interliga e

interage nas mesmas proporções.

Relativamente as três interrogações da questão em foco baseia-se na implantação da

Igreja e a ação desta Igreja dentro da cidade; ora o que percebo é a verticalização do

problema. Onde outrora era casa , agora é prédio e condomínio, onde era área

desabitada, existe agora um conjunto habitacional e assim por diante , uma

descaracterização evolutiva piramidal e sem precedentes. Como acompanhar esse

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fluxo ? Iniciei falando das dificuldades do século XIX e XX ,(cabe salientar que as

igrejas nasceram às margens dos rios e das estradas de ferro) e vez por outra alguém

aventurou-se pelas selvas e rincões impenetráveis .Tendo por base o argumento de Jorge

Schutz veremos a radicalização dos desafios na liturgia, na forma de atuação

confessional, na escolha de quem almejo evangelizar, na releitura histórica das tradições

daquela comunidade ou faixa etária, na vulnerabilidade das teologias que não agregam

valor e na precariedade do diálogo com outros segmentos que não seja o nosso. Isso

posto comparando o avanço evangélico nas comunidades paulistanas detectamos o

distanciamento dos discursos nas áreas mais abastadas e a facilidade de inserção nos

meios ditos mais populares e sem um viés cultural mais preponderante .Hoje em pleno

século XXI , há uma predisposição para aproximação somente do belo e uma tendência

a sublimação do economicamente viável . Se cometermos os mesmos erros a Pastoral

Urbana fica em desvantagem com a práxis e haverá uma disassociação de meios de

auxílio entre essa maneira de encarar o mundo como campo de atuação efetiva e a

forma de encarar o indivíduo como peça principal deste enredo desde a gênese da

Igreja. Especificamente na cidade de São Paulo existe uma valorização das regiões mais

centrais por um certo período , e depois uma ampla e ferrenha expansão para as

periferias que serviam de dormitórios para os pólos industriais urbanos. Essa urbes em

diferentes condições de aparecimento dos fenômenos urbanos , raramente se difere uma

da outra na condução dos temas abordados, mas amplamente trabalhados em diferentes

épocas mostra-nos particularidades de forma e conteúdo seja numa comunidade de fé

em um bairro específico ou numa cidade pequena . Nisso concordam os comentadores

Geoval J. Silva e Jorge Schutz de que a atuação da Igreja vale-se de paradigmas que

possibilitam sua inserção nas cidades ; paradigmas estes às vezes institucionais , ora

morais em relação a conflitos de ordem pessoal devido à ambição humana e

solidariedade social , visando interesse próprio . Na minha comunidade de fé ,

objetivamos o coletivo permanente , ou seja o que é bom , é bom para sempre e para

todos sem distinção de hierarquia. O que rege todas as prioridades é o bem comum .

definição de parâmetros dentro de um momento coletivo , seria o caso de uma

comunidade tripartite : Deus , família , igreja ; sem inversão de valores e de modos. O

que é bom para Deus , é bom para a família, o que é bom para a família é bom para a

igreja e quem ganha com isso é a comunidade onde essa Eclésia atua, a zona leste de

São Paulo, uma das regiões mais populosas e violentas do Brasil. Tem dado um

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resultado espantoso e vivenciamos um grande crescimento e avivamento na atuação

pastoral solidária .