Atenção às vítimas de violência sexual na rede pública e pública
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ATENÇÃO ÀS VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA SEXUAL NA REDE PÚBLICA
OS SERVIÇOS PÚBLICOS DE SAÚDE
Devem elaborar normas ou rotinas internas, incluindo-se o fluxograma.
Possuir equipe técnica capacitada.
Ter gestores e profissionais que sejam sensíveis à questão da violência de gênero.
Criar uma estrutura física que preserve a privacidade da mulher/adolescente durante o atendimento.
Ter indicações claras de que este é um lugar aberto e preocupado com a violência contra a mulher.
Informar sobre a rede intersetorial (serviços jurídicos, policiais, sociais e psicológicos).
Considerar a violência contra a mulher como uma questão de saúde pública.
ACOLHIMENTO EM SAÚDE
Acolhimento, uma ação de aproximação, um “estar com” e “perto de”. É uma atitude de inclusão.
É ético no que se refere ao compromisso com o reconhecimento do outro.
É relacional, acontece entre o profissional e a mulher.
É político, implica o compromisso coletivo de envolver-se no “estar com”.
O acolhimento é um dos modos de se produzir saúde, uma ferramenta tecnológica de
intervenção na qualificação da escuta, construção
de vínculos e garantia do acesso. É um instrumento de trabalho que incorpora as relações humanas.
PRINCÍPIOS ÉTICOS A SEREM CONSIDERADOS
Garantia de sigilo e segurança no atendimento e confidencialidade das informações.
Não provocar danos com a intervenção. O respeito à fala da mulher, lembrando que nem tudo é dito verbalmente.
O impacto da violência sobre si mesmo(a).
O QUE É IMPORTANTE NO ACOLHIMENTO
Abrir um processo de reflexão e aprendizado pessoal de modo a resignificar as práticas assistenciais e construir novos sentidos e valores.
Criar um espaço de escuta/expressão que também represente momento de orientação.
Identificar quais os fatores de risco, asvulnerabilidades e possíveis agravos à saúde a que a mulher está exposta.
Oferecer apoio respeitoso a mulher como ser humano digno de direitos e deveres.
Partir das questões que são trazidas pelas mulheres em atendimento e que lhes são específicas.
Deixar claro que a violência é situação de alta ocorrência, tem caráter relacional e está associada às desigualdades nas relações de gênero.
Mapear a rede de suporte social que ela já tem ou pode acionar. Agilizar o fluxo do atendimento.
ATITUDES QUE FAVORECEM O ACOLHIMENTO
Estabelecer uma relação de confiança com a vítima.
Não julgar.
Não tentar advinhar.
Não prestar informações incorretas.
Nunca fazer falsas promessas.
Respeitar as limitações da vítima.
ATITUDES QUE DIFICULTAM O ACOLHIMENTO
Culpabilizar.
Reforçar a vitimização.
Envolver-se em excesso.
Distanciar-se em excesso.
Emitir duplas mensagens.
Interferência de valores éticos/religiosos no atendimento.
Generalizar histórias individuais.
A prática da objeção de consciência sem garantia da atenção por outro profissional.
REDES DE ATENDIMENTO
O QUE É REDE?Atuação articulada entre pessoas, grupos e instituições, que já realizam ou pretendem realizar ações voltadas para a erradicação de um problema.
O QUE É NECESSÁRIO PARA ENTRAR NA REDE?intenção, vontade, compromisso e estratégia.
TIPOS DE REDES:Primárias – pessoas(parentes, amigos, indivíduos) Secundárias – o Estado (as instituições e serviços).Terciárias/intermediárias – sociedade civil organizada.
A REDE PROMOVE
relações entre os diversos atores sociais pautadas por objetivos comuns.
atuação por meio de uma dinâmica organizada coletivamente.
planejamento e estratégias bem
definidas.
O PAPEL DE CADA UM NA REDE
Rede Primária: família, amigos,
indivíduos, profissional de saúde.
Oferecer abrigo (acolher) e suporte
social.
Rede Secundária – o Estado(serviços e instituições)
Criar e fortalecer os serviços de
atenção.
Elaborar e institucionalizar as leis. Cumprir e ratificar as convenções das quais é signatário. Facilitar o acesso das vítimas aos serviços de saúde e à justiça.
Promover os direitos humanos das
mulheres; Consolidar as políticas de enfrentamento à violência contra a mulher.
Estabelecer iniciativas inéditas para enfrentamento da violência contra a mulher.
Rede terciária – sociedade civil
Intermediar a relação entre as pessoas
e o Estado.
Não banalizar a violência contra a
mulher.
Construir uma nova consciência
política.
Exercer o controle social.
REDE DE ATENDIMENTO ÀS MULHERES EM PERNAMBUCO
22 secretarias das mulheres07 Delegacias especializadas89 coordenadorias/diretorias da mulher08 Centros de Referência 04 Casas Abrigo/acolhida05 serviços de atenção ao aborto legal02 Juizados Especializados ou varas criminais adaptadas02 Defensorias Públicas02 Serviços de disque denúnciaTerceiro setor(ONGs)
BIBLIOGRAFIA:
Política Nacional de Humanização, MS, 2004.Enesp/Fiocruz - Bases Conceituais e Históricas da Violência e o Setor Saúde – 2007A inclusão da violência na agenda da saúde: trajetória histórica - Ciência & Saúde Coletiva – 2007GIORDANI, Annecy Tojeiro - Violências contra a mulher – 2006Instituto Patrícia Galvão - Guia de Orientação “Vem pra roda, vem pra rede” Site: www.recife.pe.gov.brInformativo da Secretaria Especial da Mulher
Obrigada!
Ser acolhida é direito de toda mulher. Acolher
é dever de todo(a)
profissional.