Associação dos Fornecedores de Cana de Guariba - Expectativas...

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1 Maio de 2019 Ano 4 Nº 41 • Maio 2019 Página 5 Página 8 Página 10 Maturadores em cana-de-açúcar Avaliação de Perdas na Colheita Aplique Certo Expectativas para a safra 2019/2020 A expectativa para este primeiro trimestre de safra é de um desempenho muito semelhante ao da safra 2018/2019, afetada pelos impactos negativos das condições climáticas. A partir do segundo trimestre de safra, caso as condições climáticas contribuam, a tendência é de recuperação e um desempenho agrícola melhor, principalmente após a primavera. Desta forma, o segundo e terceiro trimestres da safra, apesar de incertos, apresentam expectativas positivas. Foto Ewerton Alves

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Ano 4 • Nº 41 • Maio 2019

Página 5 Página 8 Página 10

Maturadores em cana-de-açúcar

Avaliação de Perdas na Colheita Aplique Certo

Expectativas para a safra

2019/2020

A expectativa para este primeiro trimestre de safra é de um desempenho muito semelhante ao da safra 2018/2019, afetada pelos impactos negativos das condições climáticas. A partir do segundo trimestre de safra, caso as condições climáticas contribuam, a tendência é de recuperação e um desempenho agrícola melhor, principalmente após a primavera. Desta forma, o segundo e terceiro trimestres da safra, apesar de incertos, apresentam expectativas positivas.

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Expediente • Coplana - Cooperativa Agroindustrial - Diretoria: pres. - José Antonio de Souza Rossato Junior, vice-pres. - Bruno Rangel G. Martins e secretário - Francisco A. de Laurentiis Filho, superintendente - Mirela Gradim • Socicana - Associação dos Fornecedores de Cana de Guariba - Diretoria Executiva: Bruno Rangel Geraldo Martins, José Antonio de Souza Rossato Junior e Mauricio Palazzo Barbosa, superintendente - Rafael Bordonal Kalaki • Comitê de Comunicação - Carlos Eduardo Mucci, César Gonzales, Cezar Cimatti, Cristiane de Simone, Elaine Maduro, Eduardo Pacífico, Francisco Politi, Helton Bueno, José Marcelo Pacífico, Pablo Silva, Pedro Sgarbosa, Regiane Chianezi, Renata Montanari, Roberto Moraes, Valdeci da Silva • Produção - Neomarc Comunicação - Regiane Alves (Jorn. Resp., MTb 20.084), Renata Massafera (reportagens), Ewerton Alves (coordenação de projetos), Karlinhus Mozzambani (design e diagramação), Ana Paula Miani (coordenação de produção). • Contatos: [email protected], [email protected], [email protected]

Em relação à produção, diversas empresas especializadas já ar- riscam projeções, que variam de 555 milhões de toneladas de cana-de--açúcar a 590 milhões de toneladas, como mostra o gráfico abaixo. Esta amplitude nas perspectivas revela as incertezas, principalmente, a par-tir do segundo trimestre de safra. A produtividade média no Centro-Sul deve variar entre 72 e 77 toneladas de cana/ha.

ríodo. De maneira geral, existe um clima um pouco mais otimista no setor, com uma tímida perspectiva de recuperação.

Apesar deste viés, são neces-sários avanços em muitos aspec-tos, como Consecana, políticas públicas, segurança rural e, princi-palmente, em relação à baixa re-muneração da matéria-prima, que tem levado muitos produtores a amargarem prejuízos e perderem patrimônio.

A queda de produtividade dos canaviais também está relaciona-da à limitação dos investimentos provocada pela baixa remunera-ção. Num esforço para retomar a produtividade, há diversas ini-ciativas conjuntas das entidades, como a adoção de meiosi e uso de muda pré-brotada (MPB).

Já o programa +Renda, parce-ria entre Socicana e Coplana, com apoio do Sicoob Coopecredi, visa estimular a diversificação de cul-turas.

De maneira geral, o cenário está um pouco mais positivo do que na safra passada, mesmo que ainda longe de preços que permitam tranquilidade na atividade. Será preciso a busca constante por pro-dutividade para conseguir renda.

Rafael Bordonal KalakiSuperintendente da Socicana

Quanto aos produtos, estima-se que a produção gire em torno de 26 a 29 milhões de toneladas de açúcar e 26 a 29 bilhões de litros de eta-nol. Neste sentido, teremos uma safra bem flexível em relação ao mix, a depender das condições de mercado. Provavelmente, teremos um mix mais alcooleiro no início da safra, podendo ter um aumento do mix de açúcar próximo ao final da safra.

A safra 2018/2019 já havia mostrado esta flexibilidade das usinas diante de um cenário mais pessimista ou otimista para um dos produ-tos. Exemplo disso foi o fato de o Brasil ter conseguido tirar do mercado quase 10 milhões de toneladas de açúcar em uma safra.

Em relação a preços, o que vemos nas projeções até o momento é um açúcar oscilando entre 12 e 14 centavos de dólar por libra-peso, o etanol na casa dos R$ 2,10 e o ATR entre R$ 0,60 e 0,63 por kg. Cabe res-saltar que estes são os primeiros números de safra apresentados pelo mercado e que muitos fatores ainda podem mudar no decorrer do pe-

Projeções principais empresas especializadas - safra 2019/2020

No gráfico, podemos ver que a mesma empresa tem projeções que variam em relação à produção, o que é representado pelas cores diferentes nas colunas.

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Contexto da cana • TCH • ATR

• Analisando dados das últimas 11 safras, houve perda de 11,8% em produtividade, ou 9,8 toneladas/ha, devido, principalmente, à falta de investimentos no setor, o que acar- retou no aumento da idade média do canavial (3,79 anos de média). Na safra 2018/2019, do volume total processado nas usinas, a cana de 4º, 5º corte e de canaviais com idade mais avançada alcançou 55%. • O reflexo foi uma das piores eficiências agrí-colas registradas, com a safra apresentando média de 9,8 toneladas de ATR/ha. Entretan-to, há uma disparidade considerável entre os grupos mais eficientes (30% da moagem) e os menos eficientes (21%). Comparando-se os dois grupos, entre os melhores e piores re-sultados, a diferença é de 15 a 20 toneladas de cana/ha e 5 kg de ATR/t.• A previsão para a safra atual é de redução de área de cana em 2% em relação à anterior e um início de ciclo com canavial estressado, devido aos déficits hídricos históricos. • Há perspectiva de melhora do meio para o fim da safra, fruto de aspectos como: signifi-

cativas chuvas entre fevereiro e março, previsões para um outono mais chuvoso que a média; atraso do início desta atual safra, o que incorpora TCH; e utilização de meiosi com muda pré--brotada em larga escala nos últimos três anos (76% de usinas entrevistadas usaram o sistema em algum percentual no plantio de 2019 - Censo IAC/Pesquisador Rubens Braga), o que pro-move incremento nos ganhos. Principalmente hoje, o aumento de produtividade e a redução de custos são vitais.Fontes de referência: Reunião Canaplan, Abril/2019; 1ª Reunião 2019 do Grupo Fitotécnico - IAC/Centro de Cana.

Pablo Humberto Silva - Gestor Depto. de Tecnologia Agrícola e Inovação da Coplana

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Agrishow 2019Diretores, conselheiros e ges-

tores da Coplana e Socicana estiveram na Agrishow 2019, de 29/04 a 03/05, em Ribeirão Pre-to. O Amendoim Coplana, inclu-sive, foi apresentado no espaço da Organização das Coopera-tivas do Estado de São Paulo (Sistema Ocesp). "É uma opor-tunidade ímpar apresentarmos o ingrediente amendoim da Copla-na, bem como os produtos finais dos nossos clientes no estande da Ocesp, na Agrishow. Os visi-tantes conseguem tangibilizar este case de sucesso do mo-delo cooperativista no negócio amendoim", disse José Antonio Rossato Junior, presidente da Cooperativa.

Bruno Rangel Geraldo Mar-

José Rossato Junior - presidente da Coplana, Aldo Bellodi Neto - secretário de Agricultura de Jaboticabal, Rafael Bordonal Kalaki - superintendente da Socicana, Sérgio de Souza Nakagi - conselheiro fiscal da Coplana e Bruno Rangel Geraldo Martins - presidente da Socicana: Cooperativismo e Associativismo representados na Agrishow

Amendoim Coplana no estande da Ocesp

Edivaldo Del Grande presidente do Sistema Ocesp

tins, presidente da Socicana, des-tacou a importância da Feira. “A Socicana considera a Agrishow um ótimo local para nosso as- sociado ficar a par das novida-des do agronegócio, pelas expo-sições e todo o conhecimento

disseminado durante o evento, com palestras e apresentações de projetos”, disse.

O presidente do Sistema Ocesp, Edivaldo Del Grande, lem-brou que a Agrishow é mais do que um espaço para divulgar o cooperativismo. “Participamos da Feira não só para mostrar a importância do cooperativismo, mas também para acolher o pequeno produtor rural, mostrar que e feira não é só para os gran-des e que ele pode começar com uma pequena máquina e ir cres-cendo”, disse Del Grande.

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Uso de maturadores em cana-de-açúcar

A cana-de-açúcar é uma planta do grupo das gramíneas, de metabolismo ciclo C4, altamen-te eficiente em realizar fotossíntese e responsiva à luminosidade e ao fotoperíodo para o seu pleno desenvolvimento vegetativo. Sua maturação fisiológica natural ocorre na medida em que cessam as chuvas e há redução do comprimento do dia e da temperatura média. Na região Centro-Sul, este ápice ocorre, via de regra, no mês de agosto.

A fim de induzir esta maturação, o uso de maturadores químicos destaca-se como fer- ramenta primordial para elevar a qualidade da matéria-prima, aumentando o armazenamento da sacarose nos colmos, otimizando as características agronômicas, industriais e econômicas, além de auxiliar no planejamento da safra.

É importante, porém, refletir sobre as peculiaridades deste ano, depois dos déficits hídri-cos históricos ocorridos nos meses de dezembro/2018 e janeiro/2019, justamente no principal período de crescimento vegetativo da cana. Juntos, os meses de novembro, dezembro, janeiro e fevereiro são responsáveis por cerca de 60% do potencial total de desenvolvimento vegetativo da planta, que devido ao estresse citado, terá uma redução irreversível em seu patamar pro-dutivo. Este impacto será percebido, principalmente, durante a colheita das canas precoces.

Diante disso, é preciso postergar a aplicação destes produtos, com a retomada do cresci-mento das plantas a partir das chuvas de fevereiro e março, o que poderá atenuar os impactos nas canas que serão colhidas do meio para fim de safra.

Para esta safra, é ainda mais necessária uma criteriosa avaliação dos dados locais e um planejamento de safra, que segundo algumas previsões, terá um outono mais úmido, privile-giando o TCH e restringindo a qualidade da cana (ATR/t). Dentro deste contexto, o emprego dos maturadores no momento correto será uma ferramenta assertiva.

Estes produtos são classificados a partir da sua origem química e forma de ação no metabo-lismo da planta, sendo de três classes:• Promotores de crescimento (fisiológicos): inibem o alongamento dos entrenós e o crescimento vegetativo, de forma menos impactante; não volatilizam da área tratada; promo-vem crescimento radicular da soqueira subsequente; têm uma ação de resposta um pouco mais lenta, a partir de 35 a 60 dias. Um exemplo típico desta classe é o produto comercial Moddus. • Retardadores de crescimento (estressantes): podem ser inibidores de crescimento, em sua maioria herbicidas, tais como Curavial, Riper, Fusilade e Glifosate; capazes de inibir a síntese de algumas enzimas, paralisam o crescimento e a divisão celular. Podem ser voláteis em áreas vizinhas. São de resposta bem mais rápida, cerca de 20 a 45 dias. Ou também, os pro-motores de Etileno, o Ethrel, que simula um estresse hídrico, inibe alongamento celular e tem a capacidade de inibir o florescimento, que é indesejável para a cana. Fato este que, infelizmente, ocorrerá neste ano em algumas regiões favoráveis. Aqui cabe atenção especial às variedades floríferas, sendo as principais: RB85-5156, RB85-5453, RB85-7515, CTC2, SP80-3280, IAC91-1099. • Nutricionais: atuam no metabolismo da planta, desencadeando a síntese e acúmulo de sacarose. São de ação rápida, e à base de Magnésio-Mg, Zinco-Zn, Boro-B e Potássio-K, entre outros.

Sobre o uso destes produtos, alguns fato-res devem ser bem analisados para a tomada de decisão, tais como: a planta não pode es-tar em estresse hídrico e com idade inferior a dez meses; o canavial não pode estar tom-bado; deve estar com boa sanidade e livre de infestações consideráveis de broca.

Seus benefícios são muito relevantes na gestão da colheita, incrementando qualidade em variedades pobres, maior acúmulo de sacarose no palmito, melhoria da pureza e otimização da maturação em início de safra, maximizando o ATR/t de cana transportada, gerando rentabilidade ao produtor.

No geral, as respostas positivas advindas do acúmulo de sacarose com o emprego do maturador ocorrem no terço inicial (abril e maio) e no terço final (outubro e novembro). Para colher os melhores resultados, sempre consulte a equipe técnica da Coplana.

Eduardo L. Pacífico, Gerente de Área - Flial II, Regional Jaboticabal • João Gabriel M. Ancheschi, Engenheiro Agrônomo, Re-gional Jaboticabal • Pablo Humberto Sil-va, Gestor do Departamento de Tecnologia Agrícola e Inovação

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No dia 22 de março, ocorreu a Assembleia Geral Ordinária (AGO) da Organização de Plan-tadores de Cana da Região Cen-tro-Sul do Brasil (Orplana), que elegeu a nova diretoria para o trienio 2019-2022. Gustavo Rat-tes de Castro é o novo presidente e, como vice-presidente, Eduardo Vasconcellos Romão. O presi-dente da Socicana, Bruno Rangel Geraldo Martins, foi eleito diretor tesoureiro nesta gestão.

Rattes lembrou que a nova Diretoria pretende fazer uma gestão compartilhada, com presidente, vice e diretores tra-balhando em sintonia, com um mesmo propósito: buscar maior rentabilidade para o produtor de cana-de-açúcar. “Este é nosso principal objetivo, tanto junto ao Consecana, quanto nas práticas de cultivo. Acabamos de fazer uma reunião no Consecana e conseguimos algo a mais para o produtor que tiver qualidade. Va-

Orplana tem nova diretoriamos buscar sempre defender os interesses regionais e fazer valer a meritocracia. A Orplana e as associações que ela representa vão trabalhar neste sentido”, con-cluiu o novo presidente.

Ele disse, ainda, que entre os maiores desafios desta nova gestão estão a tentativa de res-gatar o valor do produtor de ca-na-de-açúcar e fazer com que permaneça na atividade, além de melhorar a remuneração da ma-téria-prima.

Bruno Rangel destacou que para a Socicana é importante integrar as discussões do setor, na região e em nível nacional. “É uma oportunidade usarmos a experiencia da Orplana e tam-bém contribuirmos com a expe-riencia da Socicana, ou seja, uma troca. O que está dando certo em um local pode ser utilizado em outras regiões. Na Orplana, temos uma divisão muito clara das funções. Minha função de

tesoureiro é tomar conta de toda a parte financeira, juntamente com a Superintendencia da Or-ganização”, comentou o presi-dente da Socicana.

A Orplana existe desde de 1976, com o objetivo de orga-nizar a classe dos produtores e ampliar sua representatividade no Brasil e no exterior. Além de ter como missão promover um futuro seguro e rentável para os produtores de cana-de-açúcar, a Organização busca excelencia na produção agrícola e coorde-nação da cadeia sucroenergé-tica. Sua sede fica em Ribeirão Preto e, atualmente, conta com 32 associações de fornecedores, sendo 24 no Estado de São Pau-lo, uma no Mato Grosso, uma no Mato Grosso do Sul, tres em Minas Gerais e tres em Goiás. A entidade representa, portanto, cerca de 11 mil fornecedores de cana-de-açúcar da região Cen-tro-Sul do Brasil.

Bruno Rangel Geraldo Martins Diretor Tesoureiro

Eduardo Vasconcellos RomãoVice-presidente

Gustavo Rattes de CastroPresidente

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A colheita de cana-de-açúcar já começou e com ela os desafios de uma nova safra. Aumentar a rentabilidade e evitar perdas são objetivos de todo produtor, e com os associados da Socicana não é diferente. Neste momento, é fun-damental buscar o suporte téc-nico da Associação, que oferece serviços como Avaliação de Per-das na Colheita.

“Uma colheita ruim pode cau-sar compactação do solo e ar-ranquio de rizomas, sem falar nas perdas de canas que não vão para a moagem, causando prejuízos aos produtores e reforma precoce dos canaviais”, alerta Ronaldo Ca-porusso, agrônomo da Socicana. Quando o produtor informa o dia da colheita, o técnico vai à proprie-dade e faz o levantamento.

Como a colheita é a etapa final de um ciclo, com resultados de um longo período de trabalho, se a operação não tiver qualidade, o trabalho pode ir por “água abaixo”.

Assim, é importante adotar práticas que visem à preservação.Os técnicos da Socicana alertam para os principais fatores que pre-

judicam o canavial nesta etapa, que são o pisoteio e o arranquio da so-queira. O local mais comum em que ocorre o pisoteio é nas bordaduras do canavial. O arranquio da soqueira, por sua vez, pode ser causado por práticas agrícolas inadequadas, como a velocidade de colheita e o uso de facas de corte de base cegas.

O produtor Gilson José Formici, mesmo terceirizando sua colheita, observa que o uso de GPS faz muita diferença. Ele afirma que quando a colheita é feita com auxílio do equipamento, o resultado é bem melhor. Mário Willian Lemos faz sua própria colheita e comenta que alguns fato-res ajudam a impedir perdas. “Uma das coisas é o tipo de faquinha que a gente usa. Faca diferenciada, que dura tres vezes mais, desgasta de maneira diferente e abala menos a soqueira. É importante, também, a regulagem das máquinas a cada tres dias. E faz muita diferença o com-putador de bordo. Consigo ver da minha casa tudo o que está sendo feito. Sem contar a ajuda que tenho da Socicana, com seus vários levan-tamentos”, disse Mário.

O produtor Renato Trevisoli comenta que na sua propriedade a aten-ção à colheita é total. Para que esta etapa seja ainda mais bem-sucedida, ele conta com o suporte dos técnicos da Socicana. “Sempre que esta-mos trabalhando em determinada área, o Ronaldo vai fazer esta avalia-ção a nosso pedido, e sempre é muito satisfatório”, concluiu Renato.

Mais informações sobre Avaliação de Perdas na Colheita, entre em contato com o Departamento Técnico da Socicana: (16) 3251-9275.

Cuidados com a colheita podem fazer a diferença entre lucro e prejuízo

Mário Willian LemosGilson José Formici Renato Trevisoli

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Os profissionais da Socicana estão focados em identificar tec-nologias e transmitir orientações que atendam às necessidades da lavoura e, neste sentido, o serviço Aplique Certo tem tido a cada dia mais procura, uma vez que o pro-dutor quer garantir sua produtivi-dade com sustentabilidade.

O Aplique Certo destaca os cuidados que envolvem as apli-cações, consolidando-se como estratégia para o melhor resul-tado na pulverização. Segundo o técnico da Socicana, Ronaldo Caporusso, a aplicação de de-fensivos agrícolas deve ser feita com muito critério, observando a real necessidade naquele mo-mento (de acordo com o nível de infestação de pragas e doenças); condições do clima para que o produto atinja realmente a área desejada; e atuação de pessoas com treinamento e uso de equi-pamentos adequados. “O ser-viço leva as orientações neces- sárias para que o produtor apro-veite melhor o produto, que tem alto custo. Além disso, contribui para que ele se proteja e evite contaminações”, reforça Ronal-do.

Uso correto de defensivos agrícolas?

O produtor Adilson Martins concorda. “Uso o Aplique Certo há alguns anos. Acho extre-mamente importante, por isso, recomendo a outros. O trabalho dos técnicos da Socicana é muito bom. Temos a certeza de uma aplica-ção bem feita, sem risco ao meio ambiente ou aos aplicadores e sem desperdício”, enfatiza Adilson. O produtor Eduardo José Ramalho aproveita para fazer um alerta: “Todo defensi-vo deve ser usado na dosagem correta, nem mais, nem menos. A regulagem é essencial, pois voce ve como está a condição dos bicos, uma vez que eles tem um desgaste natural. Com esse controle, voce economiza bastan-te, mesmo que seja necessária a troca dos bicos”, afirma Eduardo. O ajuste dos equipa-mentos é essencial na visão de Fernando Es-caroupa Panobianco. “Utilizo o serviço e reco-mendo para os outros produtores. Na minha opinião, é de ótima qualidade. É sempre im-portante ter os equipamentos de pulverização bem ajustados antes de iniciar uma aplicação, pois isso significa economia para o produtor, manejo adequado das injúrias na lavoura e o uso racional dos defensivos, o que colabora com o meio ambiente”, alertou Fernando.Aplique Certo: o serviço é prestado pela Soci-cana, em parceria com a Coplana e Arysta Li-feScience, com o objetivo de promover o uso racional de defensivos agrícolas. Para mais in-formações, entre em contato com o Departa-mento Técnico da Socicana (16) 3251-9275.

Ronaldo Caporusso

Adilson Martins

Eduardo José Ramalho

Fernando Escaroupa Panobianco

A resposta está no “Aplique Certo”

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A resposta está no “Aplique Certo”

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0,35

2ª Q A

GO15

0,71

1ª Q S

ET15

3,31

2ª Q S

ET14

9,62

1ª Q O

UT14

4,04

2ª Q O

UT13

6,18

1ª Q N

OV12

7,10

2ª Q N

OV11

8,77

ATR

170

160

150

140

130

120

110

100 90170

160

150

140

130

120

110

100 90

1ª Q A

BR

111,5

2SA

FRA 1

8/19

SAFR

A 19/2

0

2ª Q A

BR12

6,91

116,9

3

1ª Q M

AI12

8,13

2ª Q M

AI14

0,02

1ª Q J

UN13

8,14

2ª Q J

UN14

3,12

1ª Q J

UL14

7,17

2ª Q J

UL15

2,39

1ª Q A

GO15

0,80

2ª Q A

GO15

2,92

1ª Q S

ET15

7,14

2ª Q S

ET15

0,71

1ª Q O

UT14

7,66

2ª Q O

UT14

2,24

1ª Q N

OV12

4,76

2ª Q N

OV11

4,13

ATR

USIN

A SAN

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ÉLIA

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A SÃO

MAR

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Font

e: Cir

cular

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MESE

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SAFR

A 18/

19SA

FRA 1

9/20

ABR

53,15

60,18

100 80 60 40 20 -

R$/KG

MAI

51,90

JUN

53,63

JUL

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AGO

53,04

SET

52,66

OUT

58,30

NOV

62,15

DEZ

61,80

JAN

62,79

FEV

61,31

MAR

60,77

60,18

53,15

53,63

53,04

56,66

51,90

52,66

58,30

62,15

62,79

61,31

61,80

60,77

MESE

S DA S

AFRA

SAFR

A 18/

19SA

FRA 1

9/20

ABR

45,10

49,90

80,00

70,00

60,00

50,00

40,00

30,00

20,00

10,00

-

R$/SC

MAI

45,98

JUN

46,23

JUL

44,97

AGO

45,13

SET

45,08

OUT

39,05

NOV

40,99

DEZ

44,72

JAN

44,10

FEV

45,75

MAR

49,00

49,90

45,10

45,13

45,08

39,05

40,99

45,98

44,97

46,23

44,72

44,10

45,75

49,00

Font

e: Cir

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Font

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Font

e: Cir

cular

Cons

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pea

112,32

117,56

103,10

106,68

112,07

120,47

120,47

122,62

125,64

130,54

126,91

128,13

140,02

107,05

116,60

126,74

134,37

111,52

116,93

ATR P

ROVIS

ÓRIO

SAFR

A 19/

20 =

133

,00 KG

.

170

160

150

140

130

120

110

100 90

1ª Q A

BR10

7,05

SAFR

A 18/1

9SA

FRA 1

9/20

2ª Q A

BR11

5,86

110,2

0

1ª Q M

AI12

2,05

2ª Q M

AI12

7,63

1ª Q J

UN13

3,27

2ª Q J

UN13

9,48

1ª Q J

UL14

6,03

2ª Q J

UL15

0,30

1ª Q A

GO15

4,03

2ª Q A

GO15

5,74

1ª Q S

ET15

5,17

2ª Q S

ET15

1,37

1ª Q O

UT14

1,27

2ª Q O

UT12

7,13

1ª Q N

OV2ª

Q NOV

ATR

USIN

A PITA

NGUE

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SAFR

A 18/

19SA

FRA 1

9/20

SAFR

A 18/

19SA

FRA 1

9/20

SAFR

A 18/

19SA

FRA 1

9/20

SAFR

A 18/

19SA

FRA 1

9/20

136,17

138,31

143,73

151,70

150,35

150,71

153,31

149,62

129,82

140,16

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147,01

148,76

145,01

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115,86

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133,27

139,48

146,03

150,30

154,03

155,74

155,17

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127,13

147,66

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114,13

127,63

138,14

143,12

147,17

152,39

150,80

152,92

157,14

150,71

144,04

136,18

127,10

118,77

110,20