Safra 2019/2020 e os resultados até o...

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1 Dezembro de 2019 Ano 4 Nº 48 • Dezembro 2019 Página 3 Página 6 Página 8 Encerramento de safra Cultivo de MPB Segurança nas áreas urbana e rural Safra 2019/2020 e os resultados até o momento A quantidade de cana-de-açúcar processada pelas unidades da região Centro-Sul, registrada do início da safra 2019/2020 até o dia 16 de novembro, somou 562,74 milhões de toneladas, ou 5,7% a mais que as 532,41 milhões de toneladas apuradas no mesmo período de 2018. Quanto à produtividade agrícola, dados apurados pelo Centro de Tecnologia Canavieira (CTC) mostram um incremento de 4,58% na comparação com igual período do ano anterior, alcançando 77,76 toneladas por hectare colhido. No acumulado, a quantidade de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR), em 2019, atingiu o mesmo patamar registrado da última safra. Até 16 de novembro, o teor de ATR na planta atingiu 139,22 kg por tonelada, contra 139,44 kg por tonelada de 2018.

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1Dezembro de 2019

Ano 4 • Nº 48 • Dezembro 2019

Página 3 Página 6 Página 8

Encerramentode safra

Cultivo de MPB

Segurança nas áreas urbana e rural

Safra 2019/2020 e os resultados até o momento

A quantidade de cana-de-açúcar processada pelas unidades da região Centro-Sul, registrada do início da safra 2019/2020 até o dia 16 de novembro, somou 562,74 milhões de toneladas, ou 5,7% a mais que as 532,41 milhões de toneladas apuradas no mesmo período de 2018. Quanto à produtividade agrícola,

dados apurados pelo Centro de Tecnologia Canavieira (CTC) mostram um incremento de 4,58% na comparação com igual período do ano anterior, alcançando 77,76 toneladas por hectare colhido.

No acumulado, a quantidade de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR), em 2019, atingiu o mesmo patamar registrado da última safra. Até 16 de novembro, o teor de ATR na planta atingiu 139,22 kg

por tonelada, contra 139,44 kg por tonelada de 2018.

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Expediente • Coplana - Cooperativa Agroindustrial - Diretoria: pres. - José Antonio de Souza Rossato Junior, vice-pres. - Bruno Rangel G. Martins e secretário - Francisco A. de Laurentiis Filho, superintendente - Mirela Gradim • Socicana - Associação dos Fornecedores de Cana de Guariba - Diretoria Executiva: Bruno Rangel Geraldo Martins, José Antonio de Souza Rossato Junior e Mauricio Palazzo Barbosa, superintendente - Rafael Bordonal Kalaki • Comitê de Comunicação - Carlos Eduardo Mucci, César Gonzales, Cezar Cimatti, Cristiane de Simone, Elaine Maduro, Eduardo Maniezo Rodriguez, Eduardo Pacífico, Francisco Politi, Helton Bueno, José Marcelo Pacífico, Pedro Sgarbosa, Regiane Chianezi, Renata Montanari, Roberto Moraes, Valdeci da Silva • Produção - Neomarc Comunicação - Regiane Alves (Jorn. Resp., MTb 20.084), Renata Massafera (reportagens), Ewerton Alves (coordenação de projetos), Karlinhus Mozzambani (design e diagramação), Ana Paula Miani (coordenação de produção). • Contatos: [email protected], [email protected], [email protected]

O presidente da Socicana, Bruno Rangel Geraldo Martins, avaliou que, em relação à região, este ano foi melhor que o ano passado, que havia registrado uma seca muito severa e preju-dicado o canavial. “Este ano foi melhor. Já em relação à maté-ria-prima, até o meio da safra, a qualidade estava baixa. Depois do meio da safra houve uma me-lhora significativa na qualidade, no ATR. Foi imprescindível a con-tinuação do uso das tecnologias de meiosi, mudas pré-brotadas e controle de pragas para adquirir um canavial melhor e com maior produtividade”, resumiu Bruno.

O produtor Paulo Rodrigues afirmou que a safra apresentou uma boa recuperação da pro-dutividade agrícola, apesar das sequelas no canavial, devido às secas dos anos anteriores, o que só será resolvido com as refor-mas. “A qualidade, embora tenha melhorado bastante no segundo semestre, ficou um pouco abai-xo do esperado. Assim, nosso TAH (toneladas de açúcar/ha) não atingiu os 135 kg que espe-rávamos, terminando em 133,8 kg. Com os preços andando pra-ticamente de lado e os custos mais altos, tivemos outra safra de margens apertadas. Esta sa-fra foi marcada por uma série de acontecimentos: chuva em

abril, florescimento intenso de algumas variedades, geada forte e seca no final. Estes fatos afe-taram bastante a logística de co-lheita, bem como a produtivida-de e a qualidade”, avaliou Paulo.

O produtor André Amaral, por sua vez, destaca alguns proble-mas da safra 2018/2019. “Alguns atrasos na colheita realizada pe-las usinas, incêndios criminosos e clima favorável à colheita, mas desfavorável ao desenvolvimen-to das brotações de colheita marcaram a safra. Encerramos a safra de modo favorável em produtividade, mas indesejável em termos de preços, que ainda não atingiram patamares sus-tentáveis aos fornecedores de cana. Aguardamos que o merca-do reaja e que também, por parte das usinas, ocorra uma parceria melhor e mais sustentável com seus fornecedores de cana, em relação à meritocracia e à atua-lização do sistema Consecana”, conclui André Amaral.

O gerente Técnico da Socica-na, César Luiz Gonzalez, afirma que a safra 2019/2020, recém--terminada na região da Soci-cana, teve uma particularidade quanto ao ATR. "Até meados da safra, o ATR se comportou bem abaixo do ocorrido na safra 2018/2019, mas da metade para o final surpreendeu com valores

acima dos obtidos no período anterior. Quanto ao ATR final dessas usinas, utilizado para de-finir o ATR Relativo, na maioria das indústrias, o número foi su-perior ao ATR inicial (provisório), proporcionando um superávit de ATR para os produtores das uni-dades. No fechamento e defini-ção do ATR Relativo, os valores das usinas foram: São Martinho, 131,82 Kg; Bonfim, 138,91 Kg; Santa Adélia, 136,82 Kg; Pitan-gueiras, 137,59 Kg.

O superintendente da Soci-cana, Rafael Bordonal Kalaki, acredita que a próxima safra (2020/2021) pode ser melhor que a safra atual. “Existem al-guns fatores que nos fazem ter otimismo moderado para a pró-xima safra, como preço do petró-leo em torno de US$ 60 o barril, o que favorece o consumo de etanol, além do déficit na relação produção/consumo de açúcar. Estes fatores podem impactar positivamente nos preços da cana-de-açúcar. Somado a isto, temos a diminuição da taxa de juros e maior disponibilidade de crédito, o que pode facilitar os investimentos nos canaviais. Há ainda uma perspectiva de cres-cimento na economia, o que aquece o consumo dos produtos do setor”, concluiu Kalaki.

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3Dezembro de 2019

Confraternização de encerramento de safra da São Martinho e Socicana

Por mais um ano, o evento de encerramento de safra, promovido pelo Grupo São Martinho (GSM) e Socicana, reforçou a parceria entre produtores e unidade industrial. O encontro começou com as boas--vindas do coordenador de Cana de Terceiros do GSM, Carlos Alber-to Borba. Em seguida, o vice-presidente da Socicana e presidente da Coplana, José Antonio Rossato Junior, traçou um breve panorama da última safra. O presidente do Conselho de Administração do Grupo São Martinho, Marcelo Ometto, também conversou com as cerca de 400 famílias de produtores presentes.

Em sua 19ª edição, a festa de encerramento de safra atendeu ao propósito de mostrar aos fornecedores seu relevante papel no pro-cesso produtivo da agroindústria brasileira. “A última safra foi um pou-co melhor do que a anterior, e nossa esperança é de que a próxima seja ainda mais produtiva”, disse Marcelo Ometto. Rossato valorizou a produção de cana-de-açúcar dos associados e o longo relaciona-mento com a unidade agroindustrial. "Os produtores de cana-de-açú-car desta região são diferentes. O grupo São Martinho é diferente. Precisamos aproveitar esta parceria e evoluir no modelo em relação às outras regiões", afirmou. Rossato ainda ressaltou que a Política Nacional de Biocombustíveis (Renovabio) e o início da exportação de etanol para China são duas notícias positivas do setor para o ano de 2020.

Tanto Rossato quanto Ometto agradeceram aos produtores e téc-nicos pelos esforços durante a safra.

Como de costume, o evento trouxe uma palestra motivacional, desta vez com o consultor e antropólogo Luiz Almeida Marins Filho.

19ª edição do evento fortalece trabalho conjunto

Prof. Marins: Todos somosigualmente inteligentes. O que

nos diferencia é a vontade

Proprietário da Anthropos Con-sulting e autor de mais de 30 li-vros, o professor Marins atende a empresas e organizações do Brasil e exterior, contribuindo para melhorar os resultados no alcance de objetivos. Ele abor-dou a importância da vontade. “Pelas pesquisas modernas, podemos ter tipos diferentes de inteligência, mas todos so-mos igualmente inteligentes. O que nos diferencia é a vontade. É preciso querer. Vence aquela pessoa que realmente quer do fundo da alma. Quer e transfor-ma sonhos em ação e ações em resultados. É preciso reeducar a vontade e terminar todas as ta-refas iniciadas para ter sucesso”, disse o palestrante.

Suas palavras serviram de motivação para produtores e familiares, que participaram em seguida do tradicional chur- rasco de confraternização. Como resultado, o fortalecimento do trabalho conjunto de produtores, Socicana e Grupo São Martinho.

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ARTIGO

O manejo de tratos culturais da linha “mãe” de meiosi

O manejo de tratos culturais da linha “mãe” de meiosi é usado, principalmente, para melhorar a taxa de desdobra. A meiosi (Método Interrotacional Ocorrendo Simulta-neamente) é realizada com o plan-tio de uma ou duas linhas de cana, chamadas de linhas mães, em que podemos fazer tanto o uso de Mu-das Pré-Brotadas (MPBs) como de toletes. Neste método, realizamos o plantio intercalado em uma par-te da área de reforma, com a sua produção sendo utilizada para o restante da área.

Nesse sistema, a área entre as li-nhas mães pode receber outras cul-turas de ciclos mais curtos, como exemplo, amendoim e soja. O plan-tio de meiosi tem como benefícios a produção de mudas com qualida-de e sanidade, além da redução de custos na implantação do canavial. O produtor pode ainda obter uma renda extra com os cereais.

Para o sucesso da implantação da meiosi, é necessário um bom planejamento na época da instala-ção da linha mãe. Isto vai influen-ciar diretamente no resultado da desdobra para o restante da área. O uso de GPS, portanto, é essencial para um espaçamento uniforme entre estas ruas mães.

O preparo de solo, a correção e a adubação são atividades funda-mentais para melhorar a taxa de desdobra• Preparo de solo: tem como objetivo a eliminação da compactação, que é umas das principais causas de perda de produtividade. Esta prática tam-bém auxilia no controle de pragas e ervas daninhas das áreas.• Correção do solo: o único método para se conhecer as características químicas e físicas do solo é a amostragem, uma ferramenta simples, eco-nômica e eficiente para identificação da fertilidade. Com estas informa-ções, é possível realizar uma recomendação segura e correta para a im-plantação da cultura.• Gesso e calcário: outro fator para a exploração do melhor potencial da taxa de desdobra é o fornecimento de cálcio, magnésio e enxofre, a partir do uso de calcário e gesso, e também a correção do perfil, sempre com base na análise do solo.• Adubação de plantio: devemos seguir os resultados da análise para reco-mendar a quantidade ideal de cada nutriente, sendo utilizadas fontes de NPK, conforme a tabela a seguir:

Práticas para uma boa desdobra• Devemos tratar a instalação da meiosi como um plantio de área total. Assim, realizar a sulcação com a profundidade entre 25 e 40 cm e o plantio e o recobrimento o mais rápido possível, evitando a perda da umidade do solo. A utilização de defensivos e estimulantes é fundamental para melho-rar a brotação e sanidade.• Após o plantio, deve-se aplicar uma lamina d´água, que chamamos de “ir-rigação de salvamento”, em que vamos retirar os bolsões de ar e fornecer

Font

e CT

C

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água pra sua brotação. • Antes ou após a implantação das linhas mães é necessário fazer o manejo de ervas daninhas, utili-zando herbicidas seletivos para a cultura. O objetivo é evitar a mato--competição. • A adubação de cobertura, junto com o quebra lombo ou na linha, deve ser feita com uma fonte de N entre 60 a 90 DAP para melhor de-senvolvimento dos colmos.• O manejo de doenças com fungi-cidas tem sido uma técnica muito utilizada, devido ao aparecimento, por exemplo, da ferrugem marrom, ferrugem alaranjada e mancha anelar. É possível fazer o uso dos produtos em variedades suscetí-

Júnior Marconato é engenheiro agrônomo - Filial Dumont

Para mais informações, entre em contato com o seu agrônomo. A

equipe Coplana está pronta para atendê-lo.

veis, ou até mesmo visando às altas taxas de desdobra com uma planta mais sadia, protegida e com maior taxa de fotossíntese. • Importante lembrar também do manejo de pragas, principalmente a broca da cana, cujo monitoramento pode ser feito a partir da instalação de armadilhas. Com a identificação do nível de infestação na área, o produtor tem mais elementos para a tomada de decisão quanto ao controle.• A taxa de multiplicação varia de 1:4 até 1:21. Sua desdobra pode ser manual ou mecânica e deve utili-zar, no mínimo, 8 gemas viáveis por metro.

O plantio da meiosi visa à redu-

ção de custos, ou seja, menos tone-ladas de colmo/ha no plantio e mais toneladas de colmo na indústria, bem como a implantação de um canavial com mudas de qualidade e a possibilidade do uso de varieda-des mais novas.

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Núcleos conhecem de perto o cultivo de MPB

O Núcleo da Mulher da Co-plana promoveu, no dia 23 de novembro, uma visita ao Viveiro de Mudas Spinagro, em Bata-tais. Além do Núcleo da Mulher, participaram integrantes do Li-deragro, do Núcleo Amendoim e colaboradores da Cooperativa. Na visita também estavam pro-dutoras da região de Batatais – mulheres que lideram negócios agrícolas naquela cidade, além de Jaboticabal, Jardinópolis, Nu-poranga e Sales Oliveira. A recep-ção foi feita por Laura Vicentini e Rodrigo Spina, que apresenta-ram a produção de Mudas Pré--Brotadas (MPBs).

O objetivo da visita foi mostrar a tecnologia por trás da produção destas mudas e os benefícios de seu uso, visando à formação de viveiros sadios, multiplicação acelerada de novas variedades, revitalização de canaviais e con-sequente aumento da longevi-dade da cultura. “Além de sanar dúvidas quanto ao plantio, multi-plicação e adoção de MPBs em suas propriedades, abrimos as portas para mostrar aos produ-tores – que já aderiram ou não à essa tecnologia – o campo de extração das gemas, as etapas de produção da muda até o pro-duto finalizado, e como são en-viadas as mudas para o campo”,

explicou Laura Vicentini.Ela lembra que, na empresa, as MPBs cumprem rigorosos pro-

tocolos técnicos, que visam garantir a entrega de uma muda sadia, vigorosa e de alta qualidade, além de estabelecer o mapeamento de todo processo, até seu envio ao produtor. “São desenhados projetos diferenciados para cada demanda do produtor”, afirmou Laura.

O produtor Frank Zanarotti aprovou a iniciativa do Núcleo da Mu-lher ao promover a visita. “É muito importante fornecer aos coopera-dos maior nível de informação para que tenhamos maior rendimento em nossas lavouras. O que me chamou a atenção na visita foi o cui-dado para entregar o material ao produtor com qualidade e sanidade, o que garante a não contaminação dos talhões”, resumiu Frank.

A secretária do Núcleo da Mulher, Simone Cristina de Mello Pena-riol, destacou a visita como uma experiência diferenciada. “Uma coisa é ouvir falar e outra é conferir na prática esta modalidade de plantio, que tem sido adotada e bem sucedida nos últimos cinco anos. Eu, como cooperada, aprovo a iniciativa da Coplana de colocar a mulher a par das inovações tecnológicas e ajudar a romper barreiras”, disse Simone. Ela revelou que ficou impressionada com o uso das mudas para o plantio também em áreas com falhas. “Esta muda pode ser usada em canavial tradicional ou em canavial no qual foram planta-das apenas MPBs”, destacou Simone.

Grupo se surpreende com os cuidados em cada etapa da produção de MPB

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Parceria público-privada reforça a segurança nas áreas urbana e rural

Uma parceria público-privada visando à segurança em Jabo-ticabal, tanto na área urbana como nas propriedades rurais. Esta iniciativa foi formalizada no dia 27 de novembro, com a par-ticipação da Polícia Militar (PM), Coplana, Socicana, Sicoob Coo-pecredi, Associação Comercial, Industrial e Agronegócios de Jaboticabal (Aciaja), Sindicato Rural e Fórum de Entidades de Jaboticabal (FEJA).

As entidades representativas se uniram para entregar, à PM, aparelhos celulares e tablet, o que irá permitir a implantação do projeto denominado V.I.D.A. - Vigilância, Inteligência, Defesa, Ação.

No projeto, já implantado pela Polícia Militar, em Sertãozinho/SP, os policiais utilizam o aplica-tivo V.I.D.A. para o monitoramen-to de réus que estão cumprindo pena em regime aberto, incluin-do os que têm suspenção condi-cional da pena, os sentenciados que cumprem medidas proteti-vas da Lei Maria da Penha e os que estão com medidas cautela-res diversas.

O major Marco Aurélio Los Teles, que junto com o coman-dante da PM local, capitão Van-derlei Corrêa Alves, participou da reunião, explica que pelo apli-

cativo também é possível mo-nitorar réus beneficiados pela saída temporária, como ocorre no período de Natal e Ano Novo. Há suporte para as vítimas de violência doméstica, cadastra-das no sistema, e a PM conse-gue ainda apurar se há envol-vimento dos sentenciados em novos delitos. Teles afirma que, em Sertãozinho, o projeto está sendo bem sucedido e, com a ajuda da iniciativa privada, isto também ocorrerá em Jabotica-bal. “Agradeço à sociedade civil representada aqui porque estas iniciativas facilitam nosso traba-lho”, resumiu.

Maurício Palazzo Barbosa, presidente da Aciaja, falou do desejo das entidades de implan-tar também a ronda rural e a disposição de contribuir com a PM. “Nosso sonho é uma cidade mais segura, não só no períme-tro urbano, mas na zona rural, e a parceria público-privada será cada vez mais reforçada para

alcançarmos este objetivo”, afir-mou.

José Antonio Rossato Junior, presidente da Coplana e mem-bro da Diretoria da Socicana, sa-lientou que a parceria com a PM só trará benefícios. “Há alguns anos, os crimes na zona rural se caracterizavam por furtos de de-fensivos agrícolas durante a ma-drugada. Atualmente, ocorrem roubos de tratores em operação em plena luz do dia. Esta parce-ria da sociedade civil organizada com a Polícia Militar traz mais segurança à cidade e também ao campo”, disse Rossato.

Sérgio de Souza Nakagi, con-selheiro da Coplana e membro da Diretoria da Aciaja, comentou que um documento está sendo encaminhado pelas entidades à Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo, solici-tando mais uma viatura para que seja possível monitorar as estra-das rurais.

União de esforços para benefícios à comunidade

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ARTIGO

Manejo Integrado de Diatraea saccharalis em cana-de-açúcar

A cana-de-açúcar é atacada por inúmeras pragas, destacando-se dentre estas a broca da cana-de-açú-car, D. saccharalis. Trata-se de uma praga extrema-mente nociva a esta cultura, capaz de dizimar cana-viais inteiros se não tomadas as devidas medidas de controle.

O aumento da infestação da praga nos canaviais está ligado a fatores climáticos, grandes áreas de ex-pansão, plantio de variedades susceptíveis, aumento das áreas fertirrigadas e principalmente pela negligên-cia em relação ao Manejo Integrado.

O ciclo de D. saccharalis inicia-se em setembro/outubro normalmente após a emergência de adultos provenientes da geração de inverno na região. Estes adultos geralmente procuram canas novas para efe-tuar suas posturas. A segunda geração verifica-se en-tre dezembro e fevereiro; a terceira entre fevereiro e abril, e em maio e junho inicia-se a quarta geração, que pode se prolongar por 5 a 6 meses.

Os prejuízos diretos e indiretos são consideráveis. Para cada 1% de Índice de Intensidade de Infestação da praga (número de entrenós atacados pelo comple-xo broca/podridão-vermelha), ocorrem prejuízos de 0,42% na produção de açúcar e/ou 0,22% na produção de álcool e mais 1,14 na produção de cana (TCH).A estratégia de controle deve levar em conta a feno-logia da planta, variedades mais suscetíveis ao ata-que, viveiros, áreas irrigadas, entre outros fatores, para o futuro planejamento da tomada de decisão.

• A amostragem deverá ser realizada via armadilhas, que deverão conter, como atrativo sexual, 3 fêmeas virgens emergidas e mais 3 pupas fêmeas do mesmo lote, as quais deverão ser adicionadas dentro da gaiola de contenção “bob”.

• As armadilhas devem ser distribuídas na propor-ção de 1 até 50 hectares e instaladas na cabeceira do

talhão, na parte externa, sendo numeradas e georrefe-renciadas.

• Após a instalação, deixá-las no campo por 3 noites para a captura de machos. Realizar a avaliação após este período, anotando-se na ficha de campo o núme-ro de adultos capturados em cada armadilha. Depois, avaliar todas as armadilhas instaladas. Se 30% delas, dentro da Zona de Manejo, apresentarem o Nível de Controle (6 machos/armadilha), a decisão é pelo con-trole químico e/ou biológico, de acordo com a época do ano.

Durante o período úmido (setembro/outubro a mar-ço/abril), utilizam-se os dois métodos de controle, sen-do que o controle químico deverá ocorrer 6 dias após a constatação do Nível de Controle e 14 dias após a pulverização. Dessa forma, liberam-se 4 copos de 1.500 adultos de C. flavipes por hectare. Fora deste período (abril/maio a agosto/setembro), para o mesmo Nível de Controle, liberam-se 4 copos de C. flavipes por hectare após 20 dias da avaliação destas armadilhas, tomando--se como base a mesma porcentagem (30% das arma-dilhas) para esta tomada de decisão.

É importante realizar a amostragem a cada 15 dias no período de setembro/outubro a março/abril. De abril/maio a agosto/setembro, realiza-se a amostra-gem a cada 30 dias, após a formação de entrenós. O retorno na área pulverizada (época úmida) dependerá do inseticida utilizado.

Os inseticidas usados para o controle químico de D. saccharalis geralmente apresentam eficientes resul-tados. Os melhores resultados têm sido obtidos com aplicação em pulverização foliar. O produto do grupo “Modulador dos Receptores de Rianodina” - Clorantrani-liprole se destaca, atualmente, pela sua eficiência, seu inovador modo de ação, sistematicidade e residual. Ou-

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tros importantes grupos, como exemplo, “Inibidores da Síntese de Quitina” e “Agonista de Ecdisteróides” apre-sentam também eficiência de controle, porém com re-sultados mais tímidos quando comparados ao primeiro grupo. Todos os grupos são compatíveis com o controle biológico.

O departamento de Tecnologia Agrícola e Inovação da Coplana tem acompanhado os estudos e pesquisas rela-

cionadas ao manejo da praga e tem buscado parcerias para fortalecer o portifólio por meio do controle químico e

biológico. Para mais informações, entre em contato com nossa equipe: (16) 3251-9304.

Dr. José Francisco Garcia, Global Cana Soluções Entomológicas Ltda. [email protected]

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ATR

PROV

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SAF

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130,0

0 KG.

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PROV

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SAF

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ATR

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0 = 13

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KG.

SAFR

A 18/

19SA

FRA 1

9/20

ABR

1,54

1,81

2,00

1,90

1,80

1,60

1,40

1,20

1,00

0,80

0,60

0,40

0,20 -

R$/LITRO

MAI

1,57

1,64

JUN

1,63

1,62

JUL

1,46

1,67

AGO

1,46

1,73

SET

1,68

1,71

OUT

1,79

1,80

NOV

1,65

1,91

DEZ

1,66

JAN

1,61

FEV

1,68

MAR

1,78

MESE

S DA S

AFRA

MESE

S DA S

AFRA

SAFR

A 18/

19SA

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9/20

ABR

0,567

10,6

423

0,700

0,600

0,500

0,400

0,300

0,200

0,100 -

R$/KG

MAI

0,566

40,6

313

JUN

0,571

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191

JUL

0,565

80,6

132

AGO

0,559

90,6

141

SET

0,563

80,6

138

OUT

0,566

40,6

153

NOV

0,572

50,6

238

DEZ

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N0,5

756

FEV

0,577

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826

1,81

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1,62

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1,71

1,80

1,91

1,54

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1,63

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1,68

1,66

1,61

1,46

0,642

30,6

313

0,619

10,6

132

0,614

10,6

153

0,623

80,6

138

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10,5

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0,571

80,5

658

0,563

80,5

664

0,572

50,5

748

0,575

60,5

771

0,582

60,5

599

1ª Q A

BR11

2,07

103,1

0SA

FRA 1

8/19

SAFR

A 19/2

0

2ª Q A

BR11

6,60

106,6

8

1ª Q M

AI12

6,74

115,2

7

2ª Q M

AI12

9,82

117,6

7

1ª Q J

UN13

4,37

123,0

8

2ª Q J

UN14

0,16

131,3

8

1ª Q J

UL14

5,65

135,3

4

2ª Q J

UL14

7,19

135,4

4

1ª Q A

GO14

6,54

139,4

0

2ª Q A

GO14

7,01

148,0

8

1ª Q S

ET14

8,76

149,5

2

2ª Q S

ET14

5,01

150,3

0

1ª Q O

UT13

4,39

145,9

5

2ª Q O

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7,74

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8

1ª Q N

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139,8

7

2ª Q N

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8/19

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A 19/2

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6

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AI12

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0

2ª Q M

AI13

0,54

125,7

3

1ª Q J

UN13

6,17

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1

2ª Q J

UN13

8,31

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2

1ª Q J

UL14

3,73

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8

2ª Q J

UL15

1,70

138,4

7

1ª Q A

GO15

0,35

145,3

6

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GO15

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8

1ª Q S

ET15

3,31

150,3

3

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ET14

9,62

153,6

7

1ª Q O

UT14

4,04

149,0

2

2ª Q O

UT13

6,18

147,4

4

1ª Q N

OV12

7,10

141,6

7

2ª Q N

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8,77

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8

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150

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120

110

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130

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100 90

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111,5

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8/19

SAFR

A 19/2

0

2ª Q A

BR12

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116,9

3

1ª Q M

AI12

8,13

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4

2ª Q M

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0,02

129,9

0

1ª Q J

UN13

8,14

128,1

8

2ª Q J

UN14

3,12

129,6

1

1ª Q J

UL14

7,17

128,5

3

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UL15

2,39

134,6

0

1ª Q A

GO15

0,80

142,2

3

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GO15

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5

1ª Q S

ET15

7,14

153,4

1

2ª Q S

ET15

0,71

156,3

3

1ª Q O

UT14

7,66

152,6

4

2ª Q O

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2,24

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5

1ª Q N

OV12

4,76

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1

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59,46

57,02

56,91

57,11

62,22

62,82

53,15

53,63

53,04

56,66

51,90

52,66

58,30

62,15

62,79

61,31

61,80

60,77

MESE

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SAFR

A 18/

19SA

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ABR

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49,90

80,00

70,00

60,00

50,00

40,00

30,00

20,00

10,00

-

R$/SC

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JUL

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46,18

AGO

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48,55

SET

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48,42

OUT

39,05

46,82

NOV

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48,53

DEZ

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JAN

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FEV

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MAR

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49,90

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46,82

48,55

48,42

48,53

50,83

45,10

45,13

45,08

39,05

40,99

45,98

44,97

46,23

44,72

44,10

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120,47

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5

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7,63

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1ª Q J

UN13

3,27

125,8

3

2ª Q J

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9,48

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4

1ª Q J

UL14

6,03

134,7

5

2ª Q J

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0,30

142,6

6

1ª Q A

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4,03

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1

2ª Q A

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5,74

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2

1ª Q S

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5,17

151,2

7

2ª Q S

ET15

1,37

151,6

7

1ª Q O

UT14

1,27

148,6

5

2ª Q O

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7,13

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1ª Q N

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SAFR

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19SA

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9/20

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127,63

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152,92

157,14

150,71

144,04

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127,10

118,77

110,20

116,15

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151,37

151,67

148,65

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