As Orfãs da Rainha

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Importância do tema Fato histórico pouco conhecido e raro no audiovisual brasileiro, a Inquisição é um tema original e instigante, capaz de nos transportar para a época da aurora brasileira. As narrativas dos processos escolhidos vão compor um retrato vivo da história do Brasil.

De 1579, quando se nomeou o primeiro comissário do Santo Ofício no Brasil, até 1821, quando a nefanda instituição foi extinta em Portugal, foram realizados 500 aprocessos contra brasileiros e aqui residentes. Dentre os réus estavam cristãos-novos, bígamos, blasfemos, praticantes de bruxaria e de condutas sexuais contrárias aos cânones da Igreja Católica. Os depoimentos eram registrados nos livros das Confissões e Denunciações do Santo Ofício. O conjunto do material até hoje não veio à luz na íntegra.

A partir da relação entre história e ficção, a atuação do braço inquisito-rial português na colônia brasileira será tratada através da trajetória de três irmãs cristãs-novas. No século XVI, a Rainha de Portugal enviou órfãs para a colônia com a finalidade de povoar o novo continente. Como dote, as moças levavam para os futuros maridos a promessa de um cargo público na admi-nistração colonial portuguesa ou a oportunidade de bons contratos comercias.

As órfãs da rainha é uma denominação dada a essas primeiras mulheres que vieram de Portugal para se casar na colônia portuguesa. Elas deram origem às famílias que foram progressivamente ocupando outras regiões brasileiras.

Da Bahia, a Inquisição se estendeu para Pernambuco, Paraíba e Rio de Janeiro. Após a descoberta do ouro no final do século XVII, o Santo Ofício se direcionou ao território mineiro.

A presença da Inquisição causava profunda modificação nas relações familiares, comerciais e afetivas. O mais cruel era o sucesso das inquirições em minar as solidariedades, arruinando lealdades familiares, desfazendo amizades, rompendo laços de vizinhanças, afetos, paixões. Além de despertar rancores, reavivar velhas inimizades e atiçar velhas desavenças. Em síntese, “As Órfãs da Rainha” é uma história sobre a intolerância. Questão que, infelizmente, tem atravessado séculos.

Confissões e denunciações surgem do passado para nos alertar sobre as formas de discriminação do presente. Por outro lado, é possível obser-var vestígios de solidariedade e de compaixão que sempre contrastaram os momentos impiedosos do comportamento humano.

Filme de longa metragem e Série para televisão“As Órfãs da Rainha” é um filme de longa metragem que aborda a chegada da Inquisição no Brasil, no século XVI. A história de amor e intolerância será também exibida no GNT, canal de televisão da GLOBOSAT, como série de cinco episódios, garantindo uma visibilidade ainda mais ampla do produto.

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Resultados sócio-educacionais do projetoPor se tratar de um produto histórico baseado em uma cuidadosa pesquisa, o projeto terá ainda como consequência positiva sua utilização em ambientes sócio-educacionais, com ênfase na formação do cidadão brasileiro e valorização da memória cultural do Brasil.

Os professores, principalmente os que atuam em escolas públicas, se ressentem de materiais atraentes e consistentes sobre a história do Brasil. O produto resultante deste projeto poderá ser utilizado como instrumento pedagógico e material didático.

Gênero históricoO gênero histórico – incomum no audiovisual brasileiro – pode significar fonte de fruição cultural e entretenimento de qualidade. Por conter tais características, o conteúdo audio-visual histórico tem atraído cada vez mais público em âmbito nacional e internacional. Pode-se mesmo detectar a existência de uma tendência mundial. No caso americano, o drama histórico é um gênero muito valorizado e reconhecido, não somente pelos resulta-dos financeiros, como também pelo seu papel no fortalecimento da sociedade americana. As televisões americanas têm dramatizado fatos históricos importantes com enorme sucesso. O canal History produziu a minissérie “Hatfield & McCoys” – maior audiência da rede até hoje. Mas, nesse gênero, é a Inglaterra que se sobressai pela competência de reconstituição de época e sensibilidade artística. A título de exemplo, o canal BBC, de Londres, acabou de lançar a série “Da Vinci›s Demons” com grande repercussão.

No Brasil, torna-se imprescindível citar o filme “Carlota Joaquina”, de Carla Camurati, marco da cinematografia brasileira. Seria ainda útil lembrar o estrondoso sucesso dos livros “1808” e “1822”, do jornalista Laurentino Gomes – exemplo extraído do campo editorial, mas que demonstra largamente o interesse do brasileiro pela sua própria história. Trata-se de uma sinalização clara sobre um nicho muito significativo de mercado, ainda pouco explorado.

SinopseLeonor, Brites e Mécia são criadas como católicas, sob a proteção da Rainha de Portugal, após a morte dos pais na fogueira da Inquisição. No final do século XVI, a Rainha envia as três irmãs para a colônia brasileira com a ordem de se casarem.

Elas tentam se adaptar à diversidade e precariedade do Novo Mundo, ignorando a própria origem cristã-nova. Leonor pede a intervenção da Rainha, mas a ajuda não chega. Nesse processo, a princípio tão desolador, elas acabam desenvolvendo relações amorosas inesperadas e profundas. Leonor se apaixona por Escobar e com ele tem filhos, Brites tenta conquistar o marido violento e Mécia, que permanece solteira devido a uma deficiência física, se encanta com um índio.

O frágil equilíbrio é rompido quando o Inquisidor chega ao Brasil espalhando terror e desconfiança entre os habitantes da colônia. As três irmãs são denunciadas por seus hábitos domésticos, impregnados de indícios da religião judaica. Elas acabam sendo julgadas junto com outros acusados de heresia, homossexualidade, feitiçaria, bigamia e blasfêmia. Leonor, Brites e Mécia permanecem unidas diante de traições entre familiares, vizinhos, amigos. Mas o senti-mento de fraternidade é colocado à prova diante da ameaça de punições severas. Afonso Lobo se excede nas suas funções inquisitoriais.

Diante da ameaça do Santo Ofício e da descoberta da origem judaica cada uma das irmãs reage de forma diferente, mas igualmente dramática.

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Nota da DiretoraA questão da intolerância permanece ainda, infelizmente, um tema atual. Buscar suas origens a partir da chegada da Inquisição ao Brasil: eis o grande desafio do projeto “As Órfãs da Rainha”.

Desde o meu início como diretora, com o filme “Vinho de Rosas”, tenho me inspira-do na memória feminina para propor ao espectador uma viagem pelo tempo. Em minha opinião este convite só é aceito quando a obra, mesmo propondo um tema histórico, consegue atingir o espectador atual. O audiovisual é um meio de grande alcance. Aliar à sua capacidade de entretenimento a possibilidade de conhecimento da história brasileira é muito instigante.

O impacto causado pelo Brasil primitivo a três jovens portuguesas, criadas na corte sob a proteção da Rainha, em Portugal, representa o sentimento de todos aqueles que são confrontados com a alteridade, com a diferença. O filme buscará no seu início explorar o olhar do estrangeiro sobre o Novo Mundo. Olhar carregado pelo imaginário português sobre a colônia selvagem e inóspita. Neste momento, a fotografia vai acompanhar este olhar de forma crua e dura. À medida que as três irmãs vão se integrando na vida da colônia, as cores tropicais vão sendo ressaltadas com movimentos de câmera mais har-moniosos. Certa paz – a paz possível – vai se instalando. Mais eis que chega a Inquisição em terras brasileiras e esta suavidade sutil vai dar lugar à agilidade da câmera e ao uso da grande angular. Assim toda a desarmonia estará no centro dos sentimentos. À medida que o filme avança cada uma das jovens tomará seu próprio caminho. Câmera e cores irão acompanhar de forma diferenciada cada trajetória.

Por formação e paixão, tenho proximidade com a pesquisa. A preparação da série incluiu um profundo estudo temático, artístico e de locação (no Brasil, Espanha e Portu-gal) assim como a realização do documentário “A Santa Visitação” e do curta-metragem de ficção “Ouro Branco”. O documentário trouxe uma maior proximidade com o real, au-tenticidade na condução da reconstituição histórica e embasamento para o trabalho com os atores. A ficção trouxe uma maior leveza no tratamento das imagens e permitiu uma criativa experimentação de efeitos especiais.

Nesse sentido, a linguagem que pretendo adotar  vai transitar entre o real e o imaginário, de forma a captar um olhar mais lírico e menos formal sobre uma realidade histórica reconstituída/inventada. Uma linguagem impregnada pela delicadeza feminina.

Elza Cataldo

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ValorProjeto aprovado pela ANCINE – Agência Nacional do Cinema (Salic 13-0153).

Valor total do projeto autorizado para captação: R$ 5.821.009,57. Valor aprovado no artigo 1º-A da Lei nº. 8.685/93: R$ 4.000.000,00. Valor aprovado no artigo 3º da Lei nº. 8.685/93: R$ R$ 1.529.959,09.

O valor total pode ser dividido em cotas, sendo que a cota de R$2.000.000,00 dará direito à abertura de tela, ou seja, a primeira tela dos créditos iniciais.

Participação através de impostos A Lei n º 8685/93 permite que os projetos aprovados pela ANCINE recebam INVESTIMENTOS

de Empresas e Pessoas, que poderão abater os benefícios concedidos do Imposto de Renda devido.A dedução do investimento é limitada a 4º do IR devido, podendo ser abatido do valor do IR a

pagar os 100% do Patrocínio.O valor do patrocínio, realizado de acordo com o Art. 1º A, será contabilizado na Despesa

Operacional. As Pessoas Jurídicas devem, no entanto, ADICIONAR ao lucro líquido, na parte “A” do Livro de Apuração do Lucro Real (LALUR), o valor total deste, no período de apuração do desembol-so efetivo (§ 3º do Art. 9º da Lei 11.437 de 28/12/2006).

Ganhos reais de marketing Mesmo investindo através de incentivo fiscal, a empresa patrocinadora se beneficiará, sem custos, de várias ações de marketing. A seguir, alguns desses benefícios, que poderão ser adequados às carac-terísticas da atuação da empresa patrocinadora, bem como incorporar outras demandas específicas. • Inserção da logomarca em espaços, tais como: créditos, convites enviados para uma lista selecio-

nada, material gráfico, material enviado para a imprensa escrita e eletrônica, cópias em DVD e site na Internet.

• Realização de pré-estreias e sessões comentadas.

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Equipe TécnicaELZA CATALDO (diretora e roteirista)Formação em Cinematografia pela Universidade de Nanterre e Doutora pela Sorbonne, França. Professora e pesquisadora da UFMG. Exibidora em Belo Horizonte. Diretora, produtora e roteirista do filme de longa-metragem “Vinho de Rosas” (Prêmio de Melhor Diretora Estreante no Festival Internacional de Batumi – Geórgia 2006 e Prêmios de Melhor Figurino, Melhor Cenografia e Melhor Som Direto no Festival de Maringá 2006); do filme de curta-metragem “O Crime da Atriz” (Prêmio de Melhor Curta Brasileiro do Júri e do Público e Prêmio TeleImage na Mostra Internacional de São Paulo 2007 e Menção Hon-rosa: Comédia no Festival Internacional de Curtas de Belo Horizonte 2008); do documentário “A Santa Visitação” e dos curtas “O Ouro Branco”, “Lunarium” e “A Má Notícia”. Coprodutora dos filmes de longa-metragem “A Luneta do Tempo”, de Alceu Valença, e “Meu Pé de Laranja Lima”, de Marcos Bernstein. Coordenadora do Laboratório CINEPORT de Roteiros. Consultora da revista “Arte e Conhecimento”. Diretora da produtora Persona Filmes. Mais informa-ções no site www.personafilmes.com.br

“A maior qualidade do filme Vinho de Rosas está na sua linguagem visu-al, na sua dimensão não-verbal. E aqui se faz sentir a feminina sensibilidade da direção”.

Hans- Joachim Schlegel (Crítico de Cinema)

“Fazer um filme com as pessoas ocultas e ocultadas pela vida já é uma temeridade, fazer com que elas saiam conosco do cinema já acomodadas num canto de nossa memória é realmente um feito notável. Uma obra tão sincera e tão bela. E acima de tudo, tão delicada!”

Elvira Souza Lima (Educadora)

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ISABEL GOUVÊA (produtora artística)Isabel Soares de Gouvêa, iniciou sua carreira no cinema através do curso “Realizando um video clipe”, com Tizuka Yamasaki na CAL em 1988, atuando desde então em produções audiovisuais como produtora de cenografia e coordenadora do Departamento de Arte.

Entre os longas nacionais de maior destaque, “Gaijin Ama-me Como Sou” de Tizuka Yamasaki, “ Lavoura Arcaica” de Luis Fernando Carvalho”, “Cidade de Deus” de Fernando Meirelles, “ Acquária “ de Flávia Morais” e“ O Maior Amor do Mundo” de Cacá Diegues”.

Na televisão, participou de produções das séries “A Pedra do Reino”, “Os Maias”, “Hilda Furacão” na TV Globo; “Capitães de Areia” na TV Bandeirantes, e “Haru e Natsu as cartas que nunca chegaram” para a TV japonesa NHK, além da novela “O Rei do Gado” também da TV Globo.

FABRÍCIO MARTINS COIMBRA (produtor executivo)

CINEMAFlores de Pilões – Documentário - 2011- Produção ExecutivaSilencio das Inocentes - Documentário - 2010 - Produção Executiva Com a Palavra, as Mulheres - Documentário - 2009 - Produtor Executivo Surfando na Selva - Documentário - 2009 - Produtor Executivo Ilha de Marajó - A Revolta da Ave Caruana - 2008/2009 - Produtor Executivo Odique - 2007 - Diretor de Produção Santos Dumont - 2006 – Produtor/produção Executivo Gaijin Ama-me Como Sou - 2005 - Coordenador de Produção50 anos Vale - Brasil/Japão - Documentário - 2005 - Diretor de Produção O cupido trapalhão - 2003 - Administração de ProduçãoUma onda no ar - 2002 – Controle Financeiro.

PROGRAMAS DE TELEVISÃOGlobo Ciência (TV) - 2000 2005 - Produtor Executivo Afinando a Língua (TV) - 2005/2006 - Produtor Sem frescura - 2005 - Produtor Executivo Tarja Preta - 2005 - Produtor Executivo Rolo extra - 2005 - Produtor Executivo Escândalo - 2005 - Produtor Executivo Brasil cult - 2005/2006 - Produtor Executivo Conesul- 2005/2006 - Produtor Executivo Escola do Radio - 2001 - Produtor Executivo.

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PEDRO FARKAS (diretor de fotografia)CINEMADeserto Azul (Eder Santos) - longa-metragem - 2010 Il Trovatore (Bia Lessa) – Opera, Teatro Municipal Rio Janeiro - 2010 O Menino da Porteira (Jere Moreira) - longa metragem - 2008 Sol do Meio Dia (Eliane Caffe) - longa metragem - 2006 Não Por Acaso (Phellipe Barcinski) - longa metragem - 2006 Zuzu Angel (Sergio Rezende) - longa metragem - 2005 Desafinados (Walter Lima Jr.) - longa metragem - 2004 Passageiro (Flavio Tambellini) - longa metragem - 2003 Vida de Menina (Helena Solberg) - longa metragem - 2002 Desmundo (Alain Fresnot) - longa metragem - 2000 A Ostra e o Vento (Walter Lima Jr.) - longa metragem - 1996

PRÊMIOSAssociação Paulista de Críticos de Arte, Festival de Cinema de Natal, Festival de Cinema de Pernambuco, Festival de Cinema de Florianópolis, Festival de Cinema Latino de Gramado, Festival de Cinema de Brasília.

TIAGO MARQUES (diretor de arte)CINEMA“O mato sem cachorro” (em finalização), Direção Pedro Amorim“O lobo atrás da porta”, direção Fernando Coimbra“Faroeste Caboclo”, direção René Sampaio“Tropa de Elite 2, «o inimigo agora é outro», direção José Padilha «Blindness», direção Fernando Meirelles

PROGRAMAS DE TELEVISÃO«Som e Fúria», direção Fernando Meirelles, TV Globo.“Fora de Controle”, Direção de Daniel Rezende e Jonhy Araujo, TV Record.«Papai Noel existe» direção Estevão Ciabatta, TV Globo.“Floribella”, TV Bandeirantes“Brava Gente”, direção de Roberto Faria, TV Globo.

DAVID TYGEL (diretor musical)David é músico, intérprete vocal, instrumentista, compositor e arranjador. Fundou os Grupos Momento4uatro (com o qual interpretou junto a Edu Lobo a canção Ponteio no famoso festival de TV Record de 1967), e Boca Livre, com o qual continua atuando até hoje, depois de mais de trinta anos. O Boca está lançando seu mais novo CD, Amizade. Como compositor, musicou inúmeras peças teatrais e mais de trinta e cinco filmes de longa metragem, com os quais recebeu entre outros, cinco troféus Kikito do Festival de Cinema de Grama-do. Acaba de finalizar dois trabalhos, Mão na Luva, com direção de Roberto Bomtempo e Casa da Mãe Joana 2, com direção de Hugo Carvana. Como professor, palestrante e realizador de oficinas, tem percorrido o Brasil e Amé-ricas Latina e Central dando aulas na PUC Rio, a ECTV (Cuba), o M_EIA (Cabo Verde), e palestras na Cidade do México, La Paz, Santiago do Chile. É professor do curso de Cinema e TV do Conservatório Brasileiro de Música. Cursou Musi-coterapia e Licenciatura em Música no Conservatório Brasileiro de Música.

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Referências Visuais

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Elenco Pretendido

Anabela TeixeiraJuliana CarneiroGilray Coutinho

Carla BolitoNicolau Breyner

Irandhir Santos

Ana MoreiraTeuda Bara

Gabriel BragaInês Peixoto

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Produção

IT MIX PRODUÇÕES ARTÍSTICAS [email protected] (21) 2249-1005 / (21) 9988-2922

PERSONA [email protected] (21) 9930-6233 / (31) 9970-6150

ARTE EM MOVIMENTO [email protected] (21) 9797-3617

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