artigo_ROBOTICA[1]
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Fundamentos de Robótica (Outubro 2010)
CAMARGO, Dayana
SILVA, Mario
Resumo: Neste artigo será apresentado o
estudo sobre os robôs de forma geral,
relatando a historia da robótica, suas
características e particularidades, suas
diversas linguagens de programação,
assim como suas aplicações na indústria
e na sociedade. E o impacto que trazem
na vida social influenciando
economicamente e socialmente, e por
fim as grandes conquistas já realizadas e
a sua evolução.
Palavras chaves: Robôs, características,
aplicações, linguagens de programação,
impacto social.
I. INTRODUÇÃO
Sabe-se que hoje a robótica tem evoluído
de forma bem peculiares, principalmente
na indústria manipuladores robóticos são
bem utilizados, onde eles são capazes de
realizar funções com bastante precisão. A
grande questão se reflete no fato de que os
robôs podem sim fazer muitas coisas com
grau de precisão e repetibilidade incrível,
mas nem tudo é necessário a utilização de
um robô, depende de sua aplicabilidade.
Segundo Saeed Niku, 2001 um robô
sozinho é inútil, este vem acompanhado
com acessórios que pode ser dispositivos
periféricos, algum tipo de sistema,
maquinas de fabricação entre outros. O
fator determinante de um dispositivo ser
considerado um robô ou não é pelo simples
fato de saber como é o seu controlado. Um
exemplo disso é se compararmos um
manipulador robótico e um guindaste
convencional. No guindaste o controle é
feito manualmente. Já um robô o seu
controle é feito por um computador
executando algum tipo de programa. É
importante ver que cada Pais define o que
vem a ser um robô. “Pelo os padrões
americanos, um dispositivo deve ser
facilmente reprogramáveis para ser um
robô” (NIKU, 2001).
II. CLASSIFICAÇÃO DOS
ROBÔS
Observa-se que existe diferentes classes
que definem a robotica, será apresentado
dua normas que são a JIPA (Japanese
Industrial Robot Association), RIA
( Instituto de Robotica da America) e a
AFR ( Association Française de
Robotique).
A JIPA define as classes tais como:
Classe 1: Dipositivo com movimentação
manual (varios graus de liberdade);
Classe 2: Dipositivo que opera sucessivas
tarefas de acordo com um metodo adotado,
não é variavel
Classe 3: Tem a mesma definição da classe
2 com a diferença que é variavel o seu
metodo;
Classe 4: O dipositivo, no caso o robô
repete o mesmo movimento de acordo com
as informações programadas;
Classe 5: Ocorre um controle numerico do
robô, ao inves de ser manualmente;
Classe 6: Robô inteligente, que consegue
tomar suas proprias decisões, analiza o
ambiente, sendo flexiveis a possiveis
mudanças.
Na norma RIA, considera apenas as classes
3, 4, 5 e 6.
Já na norma AFR temos:
Tipo A: Dispositivos de manipulação com
controle manual;
Tipo B: Dispositivos de manuseamento
automático com ciclos pré-determinados.
Tipo C: Programável, servo robôs
controlados com contínua ou ponto – á
ponto;
Tipo D: Igual a do tipo C, mas com
capacidade de adquirir a partir do seu
ambiente.
III. HISTÓRIA DA ROBÓTICA
Observa-se uma relação de forma
abrangente envolvendo a historia da
robotica e a industria, começando no
cenario de 1922 onde Karel Capek
introduziu a palavra “rabota” que significa
trabalhador, logo após em 1946 George
Devol desenvolveu um tratamento
magnetico, onde eckert e Mauchley a partir
disso construiu o computador ENIAC que
possibilitou mais tarde em 1954 George
desenvolver o primeiro robô programavel.
Em 1962 GM instala o primeiro robô
indutrial Unimation. Já em 1968
construido o robô inteligente Shakey. Em
1972 IBM desenvolveu um robô de
coordenadas retângulares para uso interno
e possivelmente vendas. O modelo T3 da
Cincinnati Milacron tornou-se popular no
ambiente industrial isso em 1973. Sendo
que em 1978 o primeiro robô PUMA foi
enviado para GM, que em 1982 tanto a
GM e a Fanuc assinaram um acordo para
construção de robôs GMFanuc.
Westinghouse comprou Unimation, que
posteriormente foi vendido para Staubli da
Suíça. E apartir de então o tema robótica
tornou-se bem popular e cada dia mais vem
evoluindo e sua fronteiras sendo alargadas.
IV. VANTAGENS E
DESVANTAGENS
As vantagens que os robôs trazem são
amplas como qualidade, produtividade,
segurança, flexibilidade, eficiência entre
outras, a questão aqui retratada é a
comparação com o ser humano que tem
limitações e necessidades que um robô não
apresenta. Um ponto forte do robô é o grau
de precisão que possui. ``robôs faltam a
capacidade para responder em situações de
emergência, a menos que a situação é
prevista (NIKU,2001).
As limitações do robô se encaixam
segundo Niku, 2001 em graus de liberdade,
destreza, sensores e tempo real de resposta.
Umas das desvantagens é o custo inicial
tanto de equipamentos e instalacao,
necessidades em programacao.
V. COMPONENTES
ROBÓTICOS
Um robô é construido por um manipulador
- articulacoes, ligacoes e outros elementos
estruturais, efetuador final – é a ultima
junta do manipulador que conecta em
outros dipositivos, atuadores – são
dipositivo que faz a acao, podenso ser
motores, cilindros pneumaticos ou
hidraulicos, sensores – que é a
comunicacao do robo para o ambiente,
controlador – que controla movimentos, os
sensores e atuadores, processador -
Controla todo o sistema, funciona como
um cerebro, software - os tres grupos
existentes sao sistema operacional que
opera o computador, software de robotica
que faz calculos de articulacoes e o
conjunto de rotinas, programas de
realizacao de tarefas especificas.
Os graus de liberdade de um robo define
quantas posicoes podera se mover no
espaco, no plano cartesiano x,y e z
determina a localizacao de um ponto,
sendo necessaria para movimentacao.
Existe diferentes tipos de conjuntos de
robos, tais como lineares, rotativos e
esfericos, a determinação desses conjuntos
esta relacionada aos graus de liberdade de
um robo, que quanto mais graus de
liberdade maior é a complexidade de
controle.
As coordenadas de um robo são definidas
assim: Juntas prismaticas é indicada pela a
letra P, juntas rotativas pela a letra R e
juntas esfericas pela a letra S. Dentre esses
tipos de coordenadas a definição do
posionamneto da mão de um robo é
importante, onde podemos classificar em:
Cartesiano , Retangular, Portico: Tem 3
articulações o efetuador final com posição
linear seguido de juntas rotativas que serve
de orientação ao efetuador final;
Cilindrica (R2P): Duas juntas prismaticas,
juntas rotacionais de orientação com
coordenadas cilindricas;
Esferico (2RP): Coordenadas esfericas,
com juntas prismaticas e duas juntas
rotacionais para posionamento e
orientação;
Articulado (3R): São mais populares na
industria, e possuindo caracteristicas de um
braço humano;
SCARA (Selective Compliance Assembly
Robot Arm): Duas juntas rotacionais de
movimentação horizontal e conjuntos
prismáticos de movimentação vertical.
VI. PRINCIPAIS
CARACTERÍSTICAS
Um robô tem quatro definições que
abrange suas principais características,
quando nos referimos a carga útil seria o
peso que suporta dentro de uma
especificação, que em relação ao próprio
peso do robô é relativamente pequena. O
alcance outra característica importante
define a distância máxima que um robô
alcança na sua dimensão especificada. A
precisão é a comparação da posição que
este robô se encontra com a posição que
deseja chegar. Um dado interessante é que
os robôs industriais tem uma precisão de
0,001 polegadas. E por ultimo a
repetibilidade “é a precisão com que a
mesma posição pode ser alcançada se o
movimento for repetido muitas vezes”
(NIKU, 2001).
O espaço de trabalho de um robô está
diretamente associado ás suas
características, ditas anteriormente. Ao
conhecer suas limitações, articulações e
ligações definem de forma
matematicamente o espaço de trabalho,
para assim garantir maior precisão,
repetibilidade, alcance e carga útil para
cada aplicação do robô.
VII. LINGUAGENS DE
PROGRAMAÇÃO
Antes de especificar o tipo de linguagem
de programação de um robô é interessante
mencionar os modos de programação que
depende exclusivamente do grau de
sofisticação do robô. Ao se falar em
instalação física, neste modo o operador
configura chaves de difícil controle,
normalmente é usado outros dispositivos
acoplados como, por exemplo, o CLP
(Controlador Lógico Programável). No
modo de ensinar as articulações do robô
são movidas por instruções a localização e
orientação é inserido no controlador, que
segue exatamente as instruções, percebe-se
que neste modo a seqüência de operação é
de ponto a ponto. Outro modo de
programação é o modo continuo, onde
todas as articulações são movidas ao
mesmo tempo sendo isso amostrado e
registrado continuamente pelo o
controlador, os movimentos são gravados e
executa-o no tempo exato. Esses
movimentos são ensinados aos operadores
através de modelos, por exemplo, robôs de
pintura são programados por pintores
qualificados através de módulos. E o
ultimo modo é o modo de software o
controlador, controla os movimentos e o
programa é feito em off-line ou on-line,
seria o mais sofisticado e versátil de todos
os modos tratados anteriormente, alem de
ter informações adicionais de
sensoriamento e instruções condicionais.
Hoje existem tantas linguagens de
programação, assim como existem tantos
robôs. É interessante vermos que cada
fabricante faz o uso de sua própria
linguagem acoplada ao seu equipamento,
podemos citar a titulo inicial linguagens
como Basic, C e Forthan, que são baseadas
em linguagens comuns. Linguagens de alto
nível como Java, Pascal , C entre outras
são baseadas em interprete e executa o
programa linha por linha, de cada vez, já as
linguagens de baixo nível como assembly
são baseadas no compilador utilizando
linguagem de maquina, criando um código
objeto antes de executar o programa.
Exemplos:
Microcomputador (Linguagem de
máquina): os programas são escritos em
linguagem de máquina, é o nivel mais
básico e eficiente, mas complexo e exige
um especialista;
Ponto a ponto de Nível: as coordenadas
dos pontos são inseridos seqüencialmente,
é um tipo muito primitivo e simples mas é
fácil de usar, depende exclusivamente das
informações sensoriais e instruções
condicionais;
Nível Motion Primitive: Desenvolve
programas mais sofisticados, tais como
sensoriamneto, ramificações e instruções
condicionais;
Nível de programação estruturada: é uma
linguagem mais sofisticada de alto nível,
portanto grau de complexibilidade maior,
exigindo especialistas;
Tarefa - Nível Orientado: Atualmente, não
existem línguas reais deste nível de
existência. O que ocorre nesta linguagem é
que o usuário fazia menção da tarefa,
enquanto o controlador criaria a seqüência
necessária. Era basicamente dizer ao robo
o que fazer em cada tarefa, ou seja, ser
reprogramado.
VIII. APLICAÇÕES ROBÓTICAS
A idéia principal da criação de um robô é
pela a adaptabilidade que possuem em
ambientes agressivos aos seres humanos.
Sendo mais precisos e não necessitam de
fatores biológicos que nós precisamos,
alem das características já mencionadas
neste artigo. Citaremos algumas aplicações
da robótica de forma geral na sociedade e
sua importância:
Carregamento da máquina: Ocorre um
fornecimento de peças, ferramentas ou
remoção de partes de dispositivos, o robô
neste caso apenas manipula peças dentro
de um conjunto de operações e não as
altera.
Local e Operações: Recolocação de peças,
exemplos, cartuchos, montagens simples,
colocar peças em dispositivos entre outros
exemplos, a função básica do robô é
simplesmente colocar peças em diferentes
lugares;
Soldagem e Usinagem: O robô tem a
função de soldagem e usinagem, são
robustos, trabalhando de forma uniforme e
preciso. Esta aplicação é a mais popular na
industria automotiva;
Pintura: É bem popular na indústria
automotiva, trabalha de forma precisa e
continua, como a pintura tem um odor bem
caracteristico, traz beneficios ao ser
humano para á não inalação de tal produto;
Inspeção: Inspeção de peças, placas de
circuitos, e outros produtos similares,
sistema de visão de raio-X dentre outos
equipamentos. As funções assumidas pelo
robô que pode ser acoplado por exemplo,
com o CAD, que permite a simulação,
detalhes adicionais e vistas de
equipamentos, estruturas e processos, ou
seja, existem programas onde se pode
verificar, calcular e obter um resultado
mais proximo da realidade baseado na
inspeção;
Montagem: Na robótica a montagem é uma
das tarefas mais complicadas, porque
envolve mais de uma peça e
conseqüentemente muitas operações, as
peças, por exemplo são identificadas e
localizadas em uma determinada ordem
para assim serem instaladas e bem
ajustadas no conjunto. Montagem envolve
empurrar, dobrar, girar equilibrar. Um
outro fator importante é o
dimensionamento das peças, onde qualquer
variação pode danificar todo o conjunto;
Manufatura: Seriam as diversas operações
que um robô faz, dentre elas temos:
montagem, remoção de materiais,
perfuração, inserção de peças, tais
componentes eletrônicos em placas de
circuito, a instalação de placas em
aparelhos eletrônicos e outras operações
similares.
Vigilância: a vigilância tem sido
largamente utilizada na indústria, um
exemplo seria no controle de tráfego, ou
câmeras de vigilância para detectar as
placas dos carros, com alta velocidade
Medicina: Um exemplo usado na medicina
é o Robodoc que foi projetado para ajudar
nas operações de um cirurgião o
substituindo. Algumas funções por ele
executada é por exemplo, furação do
crânio com a dimensão e precisão exata,
além disso, a orientação e a forma do osso
pode ser determinada por Tomografia
Computadorizada e transferidos para o
controlador do robô, que direciona os
movimentos para melhor ajuste. “O robô
chamado da Vinci Surgical Robot, que é
aprovado pelos EUA Food and Drug
Administration (FDA), foi utilizado para
realizar a cirurgia abdominal” (NIKU,
2001).
Pessoas com deficiência: Segundo Saeed
Niku, 2001 um estudo foi realizado com
um pequeno robô de mesa para se
comunicar com pessoas deficientes e
executar tarefas como colocar comida no
micrrondas e entregar para a pessoa comer,
entre outras funções.
Ambientes perigosos: Os robos são criados
e adaptados para sobreviverem em
ambientes grosseiros, onde mesmo a vida
humana não suportaria. Por exemplo em
ambientes com elevados niveis de
temperatura, radiação, como os robos não
se tem uma preocupação que se teria com o
ser humano;
Localizações, espaço e distância: Robôs
são usados para exploração de lugares,
planetas e ate explorações
subaquáticas e veículos submergíveis entre
outras aplicações, um telerobô é utilizado
na microcirurgia, com o intuito de repetir
os movimentos do cirurgão.
Outros tipos de robôs com aplicabilidade
diferentes dests comentados anteriormente,
podemos citar: robôs que imitam insetos,
com aparencia humana, robôs utilizados
em operações médicas, ou para
entretenimento. Outra área que é algo
relacionado com a robótica e as suas
aplicações está Micro - Electro - Mecânica
- System (MEMS). Estes são os
dispositivos micronível que são projetados
para desempenhar funções dentro de um
sistema, que pode incluir tarefas médicas,
mecânica, elétrica e física. Por exemplo,
um dispositivo robótico micronível podem
ser enviadas através das veias principais do
coração para as funções de exploração ou
cirúrgicas.
IX. IMPACTO SOCIAL
A grande questão da robotica, na
sociedade, é que se precisa considerar
problemas sociais e econômicos que
surgem como cada vez mais trabalhadores
desempregados. Segundo Saeed Niku,
2001 umas das negociações dos fabricantes
de automoveis e da United Auto Workers
(UAW) é a quantidade de postos de
trabalho para homens e a taxa de robôs
utilizados. Mas esta questão está sendo
estudada e analizada. Mas em termos de
Brasil, apesar da robotica está avançando,
mesmo devagar, este impacto tem se
estendido e mais tecnologias tem chegado
e melhorando os processos.
X. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Conclui-se neste artigo, que apresentamos
os fundamentos da robótica, que nos
permitiu compreender melhor as situações
em que os robôs são utilizados, vimos as
variedades de linguagens de programação
utilizadas, assim como também as
aplicações que abrange toda a robótica.
Portanto o termo robótica é algo bem
extenso e ao mesmo tempo fascinaste que
vem crescendo a cada dia, claro que se
compararmos o Brasil com países
desenvolvidos, a diferença é ainda grande,
mas passos têm sido dados na busca da
qualidade, do melhor produto, do menor
custo e do sucesso.
XI. REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
NIKU, B. S. Introduction to robotics:
Analysis, systems, aplications. New
Jersey: Prentice Hall, 2001.