ARTIGO PDE 2010: ATIVIDADES AUXILIARES NA … · erros ortográficos, as frases e os textos que...

20

Transcript of ARTIGO PDE 2010: ATIVIDADES AUXILIARES NA … · erros ortográficos, as frases e os textos que...

1

ARTIGO PDE 2010: ATIVIDADES AUXILIARES NA APRENDIZAGEM DE INGLÊS

POR ALUNOS COM INDICADORES DE RISCO DE DISLEXIA

Autora: Clarisse Kovalczuk Carreira1

Orientador: Tacel Coutinho Leal2

Resumo

Sob a lógica da inclusão escolar, objetivamos propor atividades para o aprendizado de inglês por parte de alunos com dificuldades de aprendizagem. Dentre os mais comuns encontrados no espaço da escola, optamos pela dislexia por ser um dos distúrbios diagnosticados no ambiente escolar. Este projeto buscou proporcionar ao aluno condições através da simples manipulação de materiais, estimular a aprendizagem, bem como construir por si os conceitos de forma significativa e, assim, criar oportunidades de desenvolver o seu próprio conhecimento. Propõe estratégias e atividades diferenciadas para que o professor tenha condições de atender as necessidades de alunos com indicadores de risco de dislexia. As atividades e estratégias aqui investigadas poderão contribuir para um melhor desenvolvimento do aluno com dislexia, no que diz respeito as suas dificuldades, assim como inseri-lo em um grupo, melhorar sua auto- estima e sua capacidade cognitiva.

Palavras-chaves: dislexia; aprendizagem; inglês

Introdução

Segundo as Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Paraná DCEB-

PR (PARANÁ,2008), o trabalho com a Língua Estrangeira nas escolas parte do

1 Pós-graduada em Leitura em Língua Inglesa, Graduada em Letras, atua no Colégio Estadual Talita Bresolin,

Califórnia/Pr. 2 Doutor em Letras-Inglês e Literatura Correspondente, Mestre em Literatura Inglesa e Literatura

Correspondente – Universidade Federal de Santa Catarina. Professor Adjunto na UEL.

2

entendimento da função das línguas nas sociedades como não sendo somente

meros instrumentos de acesso à informação. A apropriação das línguas estrangeiras

dá oportunidades de conhecer, expressar e mudar a maneira de entender o mundo e

de construir significados. O ensino de Língua Estrangeira Moderna (LEM) deve

considerar as relações que podem ser estabelecidas entre a língua estudada e a

inclusão, objetivando o desenvolvimento dos alunos indistintamente.

Uma vez que, segundo as DCEB-PR, a escola deve incentivar a prática

pedagógica com diferentes metodologias, as aulas de LEM devem proporcionar

condições para que se desenvolvam atividades significativas, as quais explorem

diferentes recursos e fontes, com a finalidade de estimular o aluno para que vincule

o que é estudado com o que o cerca, preparando-os para o convívio social.

Partindo deste pressuposto, investigamos as diferentes atividades

presentes na dinâmica escolar como parte do processo de aprendizagem de alunos

com distúrbios de aprendizagem. Dentre os mais comuns encontrados no espaço da

escola, optamos pela dislexia por ser um dos distúrbios que ora se apresenta nas

salas de aula e pela deficiência de materiais que possam auxiliar o professor em sua

prática pedagógica.

Segundo a ABD (Associação Brasileira de Dislexia), cerca de 17% da

população mundial é disléxica, ou seja, 2 em cada 10 estudantes sofrem com este

transtorno. Os portadores de dislexia geralmente sofrem de baixa auto-estima, são

excluídos do grupo na escola e até mesmo em casa por causa da desinformação.

Assim, as atividades e estratégias que foram aqui investigadas poderão contribuir

para um melhor desenvolvimento do aluno com dislexia, no que diz respeito a suas

dificuldades, assim como inseri-lo em um grupo, melhorar sua auto- estima e sua

capacidade cognitiva.

A dislexia, como dificuldade de aprendizagem observada na educação

escolar, é um distúrbio de leitura e de escrita. Para Huston (apud LUCZYNSKI 2002,

p.134), dislexia vai além da dificuldade em lectoescrita, é uma disfunção no uso de

palavras. O prefixo “dys”, do grego, significa imperfeito, com disfunção; “lexia”, do

grego, refere-se ao uso de palavras, não somente em leitura.

Em geral, a criança disléxica tem dificuldade em aprender a ler e escrever

mesmo apresentando uma eficiência intelectual normal ou superior. Fazem leitura

3

bastante lenta, com muitos erros e trocas de letras e sílabas, e apresentam

dificuldades em compreender a informação lida. A sua escrita surge com diversos

erros ortográficos, as frases e os textos que escrevem são confusos, com pouco

vocabulário, e com letra irregular e disforme, como também falhas na estruturação,

com idéias desordenadas. O aluno com dificuldade nesta área apresenta lacunas

em seu aprendizado, o que pode provocar um desinteresse nas atividades escolares

e uma diminuição da sua auto-estima e motivação.

De acordo com Kappes e colaboradoes (2011)

“A criança disléxica, é geralmente triste e deprimida, pelo repetido fracasso em seus esforços, para superar suas dificuldades, outras vezes, mostra-se agressiva e angustiada. Estes intensos sentimentos de inferioridade provocam frustrações, como a reprovação e a evasão, que são ocorrências comuns na vida escolar do disléxico. Existem, também, conseqüências mais profundas, no nível emocional, como diminuição do auto-conceito, reações rebeldes e delinqüências. “

Trabalhar com alunos diagnosticados ou que possuem indicadores de riscos

de dislexia em salas regulares do ensino fundamental, tornou-se um desafio para os

professores diante de salas numerosas. De acordo com o Parecer CNE/CEB Nº

17/2001, não basta o aluno com necessidades educacionais especiais estar em sala

de aula, junto com os demais, a inclusão requer atitudes que possam desenvolver

ao máximo o potencial desses alunos respeitando suas diferenças de modo a

atender suas necessidades.

Segundo o artigo 5º da Resolução CNE/CEB Nº 2, 2001

“Consideram-se educandos com necessidades educacionais especiais os que, durante o processo educacional, apresentarem: I – dificuldades acentuadas de aprendizagem ou limitações no processo de desenvolvimento que dificultem o acompanhamento das atividades curriculares, compreendidas em dois grupos:

a) Aquelas não vinculadas a uma causa orgânica específica; b) Aquelas relacionadas a condições, disfunções, limitações ou deficiências;”

4

A conscientização da turma na qual esse aluno está inserido também é de

grande relevância para que não haja qualquer tipo de atitude discriminatória com

relação a eles. Contudo, se o professor está consciente de seu papel em sala de

aula, é possível realizar esse trabalho de forma satisfatória, sem que acarrete em

prejuízo aos demais. De acordo com Gabor (2011), tudo o que em termos

pedagógicos é bom para um aluno disléxico, também será bom para os outros

alunos.

Sendo assim, este tema é de grande relevância dentro do contexto escolar,

especialmente no ensino de LEM. Este projeto busca propor estratégias e atividades

diferenciadas para que o professor tenha condições de ultrapassar barreiras,

inspirado numa concepção de educação que vai além da instrução, proporcionando

uma nova postura no ensino-aprendizagem de inglês.

Fundamentação Teórica/Revisão Bibliográfica:

Ao receber em sala de aula alunos diagnosticados com dislexia, nos

deparamos com algo desafiador que remete a reflexão de que “cada ser humano é

único, cheio de sutilezas e tem uma intrincada e singular forma de observar e

interagir com o mundo” (Nova Escola, 2008, p.68). Esse pensamento fez muito

sentido quando, ao realizar qualquer atividade com os alunos disléxicos nas aulas

de língua inglesa, os resultados nunca eram satisfatórios e os alunos também não se

sentiam felizes ou motivados a aprender outra língua. Isso ocorreu devido às

dificuldades que eles apresentam com a relação leitura-escrita e também pelo fato

de nós, professores, não possuirmos conhecimento suficiente sobre esse assunto

para utilizar metodologias diferenciadas e assim, melhor atender às necessidades

dos alunos com essa disfunção. Os alunos de uma sala não são homogêneos, cada

aluno tem sua especificidade, aprendem de forma diferente e em momentos

diferentes, sendo assim, alguns demonstram mais dificuldades em aprender e

necessitam de estímulos singulares para enfrentar suas limitações.

Para Amorim (2008)

5

Para auxiliar o aluno disléxico em suas dificuldades, a escola deve dar encorajamento, atender e respeitar as capacidades e os limites da criança, estar informada, para amparar a criança em sua dificuldade, manter o professor da classe familiarizado e sensibilizado com a dislexia, para compreender e apoiar a criança, na sala de aula, reconhecer a necessidade de ajuda extra e desenvolver um clima de paciência, para que as crianças possam ter tempo suficiente para cumprir suas tarefas e, até mesmo, repeti-las várias vezes para retê-las.

Dentro deste contexto, cabe ao professor como mediador da aprendizagem,

reorganizar suas atividades para que o aluno aprenda de uma forma mais atraente.

Ensinar e aprender línguas é também ensinar e aprender percepções de

mundo e maneiras de atribuir sentidos, é formar subjetividades, é permitir que se

reconheça no uso da língua os diferentes propósitos comunicativos,

independentemente do grau de proficiência atingido (PARANÁ, 2008, p. 55).

Aprender/conhecer língua inglesa na contemporaneidade é necessário, pois com a

globalização e com o avanço da informatização que se utiliza de letramento em

inglês, não podemos conceber o aluno, mesmo que disléxico, fora deste processo.

De acordo com Gómez e Terán (2009, p. 154) aprender a ler não envolve

apenas a associação de letras e sons, palavras e significados, mas sim aprender a

decodificar de modo diferente do empregado na linguagem oral. Para isso é

necessário: receber, reconhecer, elaborar, e interpretar símbolos.

Cooreman (2005) salienta que os alunos disléxicos têm mais dificuldades em

aprender uma língua estrangeira do que os seus colegas não disléxicos. Contudo,

argumenta que ao proporcionarmos aos disléxicos uma estrutura, tempo e prática

suficientes para adquirirem as bases em todos os domínios (leitura, escrita,

pronúncia e compreensão), eles podem avançar. Outro fato importante é o de que,

ao aprender uma segunda língua ou uma língua estrangeira, os alunos disléxicos

são capazes de compreender melhor as regras da língua materna.

Segundo a Federação Mundial de Neurologia, a dislexia é uma desordem

que se apresenta pela dificuldade que algumas pessoas têm, em aprender a ler,

sem que, necessariamente, esteja relacionada com instrução convencional,

adequação intelectual e oportunidades sócio-culturais. Uma criança é considerada

6

disléxica quando esta encontra obstáculos na apropriação da leitura, mesmo tendo

um desenvolvimento intelectual adequado nesta etapa de desenvolvimento.

De acordo com a Associação Brasileira de Dislexia (ABD):

Tabela 1

Haverá sempre Haverá muitas vezes Haverá às vezes

-dificuldades com a

linguagem e escrita;

-dificuldades em escrever;

-dificuldades com a

ortografia;

-lentidão na aprendizagem

da leitura;

-dificuldades com a

memória de curto prazo e

com a organização;

-dificuldades em seguir

indicações de caminhos e

em executar seqüências

de tarefas complexas;

-dificuldades para

compreender textos

escritos;

-dificuldades em aprender

uma segunda língua.

-dificuldades com a

linguagem falada;

-dificuldade com a

percepção espacial;

confusão entre direita e

esquerda.

-disgrafia (letra feia);

-discalculia, dificuldade

com a matemática,

sobretudo na

assimilação de símbolos e

de decorar tabuada.

Podemos ainda identificar algumas habilidades específicas citadas por

Mousinho (2004 p.26-27). Boa performance em outras áreas que não dependem de

leitura, tais como: computação, artes, biologia; excelente compreensão para

histórias contadas; habilidade para gravar por imagens; criatividade; imaginação; e

facilidade com raciocínio.

Baseando-se em seu significado intrínseco, a palavra dislexia refere-se a

dificuldades de aprendizado com relação à linguagem. Contudo, saber escrever

extrapola a mera apropriação da ortografia correta. Na capacidade de uso da escrita,

são relevantes também outros aspectos, como os textuais, a coerência, a utilização

e manipulação de referências e a construção lógica de pensamentos. Com relação à

aprendizagem, deve-se respeitar a individualidade de cada aluno, pois cada um tem

uma maneira singular de interagir e observar o mundo, desenvolvendo formas

diferenciadas de compreensão com relação às diferentes linguagens.

7

Dislexia não tem relação direta com sua capacidade intelectual. Temos

exemplos de disléxicos brilhantes, grandes gênios das artes, das ciências, dos

esportes, o que contesta a idéia de que esta disfunção está ligada ao rebaixamento

de inteligência ou talento. Essas pessoas, muitas vezes, acabam se frustrando

diante dos obstáculos escolares e sociais. Como conseqüência surge transtornos

psicológicos, pois elas, como seres inteligentes que são, tem consciência de suas

dificuldades, e, se não são entendidos e apoiados no ambiente escolar e em casa.

Surgem desajustes de integração, que muitas vezes desencadeiam problemas

comportamentais e sociais.

Essas conseqüências podem ser dissolvidas, através do enfrentamento

desta dificuldade, tanto na escola como em casa e principalmente, pelo próprio

disléxico quando é informado acerca de suas capacidades, incapacidades e

talentos, fazendo-o perceber que é capaz de aprender, mas de forma diferenciada.

Conforme M. Levine (apud LUCZYNSKI, 2002, p. 178) “Essas crianças podem ser

extremamente brilhantes, capazes de excelentes idéias, porém completamente

incapazes de passar para o papel o potencial de suas cabeças”.

Sendo assim, o professor tem papel fundamental dentro da sala de aula, é

ele o responsável em dar assistência ao disléxico, diante do enfrentamento da

conquista ou reconquista e manutenção do respeito próprio e diante da sociedade.

Pois quando o disléxico não vê resultados eficientes, vai contestar a sociedade e

também a escola, e quando é conformado, acaba se fechando em si mesmo, se

destruindo psicologicamente, desesperançoso da vida em sociedade. Para amenizar

esta dificuldade, a escola tem o dever de colaborar, incentivando a prática

pedagógica, fundamentada em variadas metodologias. Rocha e Pedroso (2006)

lembram que, de acordo com a International Dyslexia Society, a dislexia “deve ser

sempre observado que as diferenças são pessoais, o diagnóstico é clínico, o

entendimento é científico e o tratamento é educacional.”

Segundo Nijakowska (2010), leitura e escrita integram muitas experiências,

tais como: perceber os sons da língua e pronunciá-los corretamente, recordar todos

os fonemas de uma palavra na ordem correta, identificar as letras do alfabeto,

lembrar a ordem correta das letras de uma palavra, bem como conhecer os sons

que eles representam. Mesmo que a maioria das palavras seja regular, a linguagem

escrita nem sempre tem correspondência direta. Assim, é importante para o disléxico

8

compreender as diferenças entre as formas escrita e falada de uma língua e de ser

ensinado como aplicar as regras que regem o sistema de escrita. E, o que é de

grande importância, a leitura e a escrita estão relacionadas com a recepção e

transmissão de significado. É por isso que o ensino não diz respeito apenas a

habilidades fônicas, mas também ao desenvolvimento da fluência que é a utilização

automática e sem esforço da língua ensinada, e a capacidade de entender seu

significado, que é fundamental para a comunicação.

A autora recomenda o ensino multissensorial, que é baseado no uso

constante e simultâneo do visual (olhos), auditivo (ouvidos), cinestésico e tátil

(mãos), considerados canais no ensino da leitura, escrita e redação. Um aluno

aprende a forma de uma letra, uma palavra ou uma frase, utilizando-se das

habilidades de percepção visual, para que aprenda o seu som. As habilidades

perceptivas auditivas são necessárias, na escrita a mão sente quando produz a letra

ou palavra e, para isso, as habilidades motoras são utilizadas. Na visão de Teles

A leitura e a escrita são atividades multissensoriais. As crianças têm que olhar para as letras impressas, dizer, ou subvocalizar, os sons, fazer os movimentos necessários à escrita e usar os conhecimentos linguísticos para aceder ao sentido das palavras. São utilizadas em simultâneo as diferentes vias de acesso ao cérebro; os neurônios estabelecem interligações entre si facilitando a aprendizagem e a memorização.(TELES, 2008)

A aprendizagem pode ser uma experiência agradável e significativa, desde

que o professor seja criativo (NIJAKOWSKA, 2010). No contexto de ensino de língua

estrangeira a disléxicos contemplam-se também os jogos didáticos como um fator

extremamente imprescindível, que vai além de mero passatempo, sendo de grande

importância no processo de ensino-aprendizagem. Ao utilizar o jogo dentro do

ambiente educativo, motivam-se os alunos ao aprendizado de forma prazerosa e

agradável. E, ainda, o jogo passa a ser um grande aliado para o ensino-

aprendizagem uma vez que ao entrar em contato com esse tipo de atividade o aluno

não só se aproxima de conteúdos culturais, mas também desenvolve novas

estruturas cognitivas. (NUNES, 2009)

9

De acordo com as DCEB-PR entende-se que um projeto na área

educacional tem como primazia o atendimento dos sujeitos indiscriminadamente

seja qual for sua condição econômica e social, etnia, cultura ou necessidades

especiais de aprendizagem. Sejam quais forem as dificuldades ou características,

devem ser encaradas como potencialidades para propiciar a apreensão dos

conhecimentos que é papel da escola ofertar, e, para todos.

Metodologia

Este projeto teve como público alvo os alunos com indicadores de risco ou

diagnosticados com dislexia do Colégio Estadual Talita Bresolin, Ensino

Fundamental e Médio. Após a identificação desses alunos, os pais ou responsáveis

dos mesmos foram informados sobre a aplicação deste projeto, tendo em vista que a

participação da família é de suma importância para o bom desenvolvimento dos

educandos. A partir disto, iniciamos a elaboração do material didático-pedagógico

baseado no trabalho com atividades variadas para a aquisição da Língua Inglesa.

Dentro desta lógica pretendeu-se através desse projeto, planejar e

implementar um caderno pedagógico com sugestões de atividades para alunos

disléxicos, o qual foi dividido em 07 (sete) unidades de acordo com as dificuldades

apresentadas pelos alunos com dislexia, baseando-se nas recomendações do livro

Dificuldades de Aprendizagem – Detecção e Estratégias de Ajuda (p.369)3. Todas as

palavras que foram utilizadas, são sugestões e o professor poderá adaptar as

atividades de acordo com o vocábulo ou item gramatical que deseja ensinar. As

aulas foram ministradas em horário contrário ao que os alunos estão matriculados,

sendo divididas em dois encontros semanais com duração de uma hora cada,

perfazendo um total de vinte horas para a aplicação das atividades e doze horas

para análise e elaboração de relatórios de como ocorreram o desenvolvimento das

atividades.

3 GOMEZ, A. M. S.; TERÁN, N. E. Dificuldades de Aprendizagem – Detecção e estratégias de ajuda. Trad. A.

A. NAVARRO. São Paulo: Grupo Cultural, 2009. 448 p.

10

Durante toda a aplicação do projeto buscou-se elevar a auto-estima desses

alunos, uma vez que se tem conhecimento que para eles as atividades escolares

são, em sua maioria, desestímulos à aprendizagem. Uma das estratégias utilizadas

foi a realização de um questionário, para ressaltar quais as atividades eles seriam

capazes de fazer. As atividades sugeridas foram de ordem tanto educacional, quanto

da vida cotidiana. Após a análise das respostas, verificou-se que a maioria delas

foram positivas e, através de uma conversa com os alunos, destacamos suas

habilidades procurando assim, melhorar um pouco a auto-estima dos alunos.

Para a realização das demais unidades, seguimos o método multissensorial,

no qual o aluno se utiliza das habilidades auditiva, realizada através da utilização de

CD ou leitura com repetição simultânea por parte dos alunos; visual, na qual o aluno

visualizou a letra ou palavra estudada; tátil, onde o aluno utilizou letras do alfabeto

para formar as palavras e, cartões com figuras e palavras utilizadas em jogos de

memória ou quebra-cabeças; cinestésica, habilidade na qual o movimento das mãos

foi observado para a escrita das letras ou palavras. Ressaltamos que para a

realização de todas as atividades, a oralidade teve prioridade.

Ao término da aplicação do projeto, foi realizado um teste com os temas

estudados, a fim de verificar a eficácia das atividades propostas. Pudemos constatar

que os resultados foram satisfatórios. Para a realização do teste com os alunos,

seguimos as orientações recomendadas para aplicação de avaliação a alunos com

dislexia. A ABD recomenda uma avaliação diferenciada, realizada em ambiente

tranqüilo e, se for preciso, deverá ser feita oralmente ou o professor poderá ler parte

ou toda a prova, se solicitado pelo aluno. Recomenda-se também, utilizar frases

curtas ao passar instruções, sempre que possível, desenhos, figuras, gráficos, pois

estes ilustram, trazem lembranças, substituindo palavras e alcançando os mesmos

objetivos.

11

O Material Didático

Sob a lógica da inclusão escolar, nesta proposta aplicamos atividades para

o aprendizado de inglês por parte de alunos com dificuldades de aprendizagem.

Optamos pela dislexia por ser um dos desafios diagnosticados no ambiente escolar

e pela deficiência de materiais que possam auxiliar o professor em sua prática

pedagógica. Uma criança é considerada disléxica quando esta encontra obstáculos

na apropriação da leitura, mesmo tendo um desenvolvimento intelectual adequado

nesta etapa de desenvolvimento. Este projeto buscou propor estratégias e atividades

diferenciadas para que o professor tenha condições de atender as necessidades de

alunos com indicadores de risco de dislexia.

De um modo geral, a criança disléxica tem dificuldade em aprender a ler e

escrever mesmo apresentando uma eficiência intelectual normal ou superior. Fazem

leitura bastante lenta, com muitos erros e trocas de letras e sílabas, e apresentam

dificuldades em compreender a informação lida. A sua escrita surge com diversos

erros ortográficos, as frases e os textos que escrevem são confusos, com pouco

vocabulário, e com letra irregular e disforme, como também lacunas na estruturação,

com idéias desordenadas.4

Para Kappes e colaboradores (2011, online)

“O disléxico precisa olhar e ouvir atentamente, observar os movimentos da mão quando escrever e prestar atenção aos movimentos da boca quando fala. Desta maneira, a criança disléxica associará a forma escrita de uma letra tanto com seu som como com os movimentos, pois falar, ouvir, ler e escrever, são atividades da linguagem”.

Ao pensarmos na elaboração do material a ser utilizado, procuramos

priorizar todas as características de uma criança com tal dificuldade. O primeiro

4 http://www.espacodislexia.blogspot.com.br

12

passo a ser realizado foi obter mais informações a respeito de quais atividades

poderiam ser aplicadas, para que a aprendizagem pudesse ocorrer. Baseamos

nosso trabalho em informações obtidas para a prática de ensino a alunos com

dislexia, porém, a maioria delas era dirigida para o ensino em língua materna. Desta

forma, tivemos que adaptá-las para o ensino de língua inglesa.

Sendo assim, ao realizar as atividades propostas, utilizamos jogos de letras

em EVA, fichas de palavras, cartazes, rádio e CD, além do quadro de giz quando

necessário. A cada aula os alunos receberam as atividades de forma impressa

facilitando assim, o rendimento da mesma, uma vez que se sabe que os alunos com

dislexia copiam tarefas do quadro lentamente e com isso, podem sentir-se

desmotivados a participar. Na elaboração das atividades, procuramos utilizar letras

no formato Arial 12 e frases curtas, objetivas para facilitar a compreensão do que

estava sendo pedido em cada tarefa. Em todas as atividades foram utilizadas figuras

para ilustrar as palavras estudadas e que fossem relevantes para a compreensão

das frases ou dos textos apresentados. Nas atividades que exigiram repetição e

leitura, deixamos os alunos livres para decidirem se realmente gostariam de fazê-lo,

respeitando a individualidade de cada um, pois sabemos que leitura em voz alta é

uma barreira a ser vencida por esses alunos.

Análise da Implementação

Ao realizarmos a primeira atividade, pudemos estabelecer um contato maior

com os alunos. Através da realização de um simples questionário, no qual os alunos

responderam em quais tarefas possuem mais habilidade ou não, pudemos perceber

que há mais pontos positivos do que negativos. Procuramos neste momento,

resgatar a autoconfiança dos alunos estabelecendo um diálogo franco e aberto onde

eles relataram um pouco mais sobre suas dificuldades e experiências escolares.

Percebemos o quanto foi importante essa análise pessoal, mostrando-lhes o que

tem de melhor e como poderá ajudá-los na aprendizagem.

13

As atividades das unidades de reconhecimento e identificação das letras e

de palavras de uso freqüente foram de fácil realização. Pretendeu-se trabalhar o

reconhecimento e identificação de letras, tanto das letras isoladas como dentro de

uma palavra. A cada atividade realizada reforçamos a aprendizagem de cada uma

das letras através da repetição do som de cada uma delas com o auxílio de CD de

áudio. Com relação às palavras de uso freqüente, definidas como sendo palavras

que o leitor reconhece imediatamente quando as vê, cada aluno organizou um

pictionary5 utilizando figuras ou desenhos para ilustrar as palavras estudadas. Em

todos os encontros esse material foi utilizado. Esta atividade os auxiliou na

memorização das palavras e, sempre que necessário, recorriam a ele para recordá-

las.

Além disso, a atividade de quebra-cabeça “From A to Z”, na qual o aluno

relaciona a figura/letra/palavra utilizando todas as letras do alfabeto, foi estimulante

para os participantes. Despertou o interesse em conhecer a grafia de algumas

palavras novas e outras já conhecidas; os alunos perceberam que algumas eles já

conheciam e, dessa forma, a associação figura/letra/palavra se tornou fácil. As

palavras selecionadas para a realização dessa tarefa foram as que seriam

estudadas nas atividades e/ou textos posteriores, possibilitando desta forma, que o

aluno tivesse maior entendimento no momento da execução das mesmas. Em todas

as atividades realizadas a leitura de letras e palavras são objetos de grande

relevância no processo de memorização.

Outra tarefa dessa unidade foi a de separar algumas palavras em ordem

alfabética. Conforme observação notou-se a grande dificuldade por parte dos alunos

em ordená-las corretamente sem que estivessem com o alfabeto ao lado ou que

pudessem pedir auxílio. O tempo de realização desta tarefa ultrapassou o esperado

devido às suas dificuldades.

Na realização da atividade que contempla os dias da semana, houve maior

dificuldade de aprendizagem, decorrência do fato de que o aluno disléxico esbarra

na dificuldade relacionada à localização temporal. Em geral, os alunos com dislexia

apresentam dificuldades em se situar com relação aos dias da semana ou meses do

ano. Na atividade proposta, os alunos deveriam procurar cada dia da semana na

ordem correta. Estes estavam dispostos em parágrafos de quatro ou cinco linhas 5 Dicionário ilustrado

14

sem manter a sequência. Foi necessária a utilização de uma régua para cobrir as

linhas debaixo para que não misturassem as letras durante a realização da atividade

e todos os alunos recorreram ao quadro com os dias da semana na ordem correta

para auxiliá-los. Quanto à grafia, seria preciso um tempo maior para a memorização.

Havia ainda uma tarefa para ordenar as palavras yesterday/today/tomorrow. Apesar

de parecer uma atividade de fácil realização, os alunos não conseguiram completá-

la, sendo necessária intervenção.

A unidade de discriminação auditiva tem por objetivo exercitar e melhorar a

habilidade de diferenciar sons, ou seja, a forma fonológica das palavras. Todas as

atividades dessa unidade foram trabalhadas oralmente e por esse motivo, realizadas

com maior facilidade; ocorreram algumas trocas de letras apenas. Do mesmo modo,

na unidade de percepção visual, procuramos priorizar a oralidade. Além de ser

trabalhado o aspecto visual, por ser aula de língua inglesa, também foram estudadas

palavras novas ou reforçando algo já apresentado ou de conhecimento dos alunos.

Comprovamos-se neste momento da aplicação do projeto que, ao trabalharmos de

forma oral, os alunos correspondem melhor ao que está sendo estudado,

participando com mais entusiasmo das tarefas e desta forma obtendo resultados

positivos.

A unidade análise fonética, refere-se ao uso dos elementos fonéticos de

uma palavra para determinar sua pronúncia e significado. Para a realização dessas

atividades, foram necessárias várias intervenções. O uso de palavras novas

dificultou o desenvolvimento das tarefas então, fez-se necessário a leitura das

palavras uma a uma. Anotamos os seus significados em português e com o auxílio

das figuras completamos as atividades. Algumas delas, foram acrescentadas ao

pictionary.

Na continuidade, aplicamos a unidade de análise semântica, que se refere a

uma técnica de identificação de palavras na qual o leitor deduz o significado de

palavras desconhecidas por meio do contexto. Após a entrega dos textos para os

alunos, realizamos a leitura do mesmo para que todos pudessem acompanhar.

Percebemos com esta atividade que as figuras facilitaram muito o entendimento da

tarefa. Tivemos que recordar ou reforçar o que são as estações do ano. Novamente,

percebemos a dificuldade com relação a localização temporal, ao realizarmos as

tarefas que envolviam os dias da semana e os meses do ano. Entretanto, estes

15

puderam ser rapidamente organizados, devido a sua grafia ser semelhante à língua

materna. Sempre que necessário foi consultado o quadro de apoio, e todos tiveram

que fazê-lo para que pudessem escrevê-los corretamente.

A compreensão leitora é um processo muito complexo que consiste

basicamente em compreender e reconstruir um significado de um texto escrito.

Envolve a interação entre os conhecimentos prévios de uma pessoa com o novo

material que lê. Portanto, para a realização desta unidade, trouxemos um texto de

conhecimento dos alunos, a fábula da formiga e da cigarra, o que ajudou na

realização das atividades e compreensão do texto. Contudo, fizemos algumas

adaptações ao texto, inserindo figuras para ilustrar as personagens e suas falas. As

atividades foram realizadas após a leitura do texto. A realização de algumas delas

foram um pouco complicadas para os alunos, desta forma, foi preciso interferir mais

vezes para auxiliá-los na realização da tarefa ou até mesmo ajudar com as

respostas, mas sempre fazendo a leitura e explicando o conteúdo em questão. A

atividade de completar o quadro com os verbos de terminação –ing despertou

interesse. Entretanto, para que completassem as primeiras palavras, os alunos

necessitaram de auxílio, mas depois eles conseguiram fazer sozinhos e, com isso,

evidenciou-se que a repetição, nesse caso, surte um efeito positivo para o aluno, ele

sente-se capaz de realizar o que lhe foi pedido, podendo desta forma, tentar superar

suas dificuldades sem o auxílio de outras pessoas.

A avaliação a respeito da eficácia das atividades foi feita através de

observação diária, durante o desenvolvimento das tarefas realizadas em sala de

aula. Notamos grande interesse dos alunos em aprender uma língua nova. Todos

nos relataram que gostariam de falar um pouco mais em inglês, obviamente pela

facilidade com que eles aprendem através da oralidade. A estratégia no

desenvolvimento deste projeto parte do princípio que, através da oralidade podemos

conseguir alcançar bons resultados também na escrita. A aplicação de um teste

final, contemplando as estratégias utilizadas neste projeto e o vocabulário estudado,

nos proporcionou uma reflexão mais profunda do que os alunos absorveram nesse

processo. Os testes foram elaborados utilizando figuras do vocabulário estudado e

frases curtas para as instruções das tarefas. A leitura do teste colaborou para os

resultados obtidos, os quais foram satisfatórios. Os alunos também deram sua

contribuição relatando de forma simples sobre o que aprenderam. Todos afirmaram

16

que a utilização de figuras muito os auxiliou na menorização e aprendizagem de

novas palavras.

Considerações Finais

Ao assumir uma sala de aula o professor se depara com muitas barreiras,

como por exemplo, a de trabalhar com alunos com dificuldades de aprendizagem, a

escassez de material didático e preparo por parte dos professores. Conhecer a

dificuldade que o aluno apresenta e possuir o conhecimento necessário para adaptar

as estratégias em sala de aula, são requisitos fundamentais para que a educação se

torne de qualidade e para todos.

Pretendeu-se, com este projeto, estudar algumas estratégias que pudessem

auxiliar aos professores com relação ao ensino-aprendizagem de LEM para os

alunos com dislexia. As atividades realizadas podem ser aplicadas em turmas

regulares, sem que interfira na aprendizagem de forma negativa. Pois, o formato

utilizado para sua aplicação traz bons resultados, também, aos demais alunos. A

integração dos alunos disléxicos com os demais minimiza suas dificuldades e

aumenta sua auto-estima com relação à aprendizagem de uma língua estrangeira.

Dos cinco alunos convidados a participar do projeto, apenas dois não

demonstraram interesse. Um deles devido ao fato de sua auto-estima apresentar um

nível muito baixo, totalmente desinteressado pela escola e o outro aluno,

compareceu no primeiro dia de aula do projeto, mas mesmo assim, não quis

continuar. Os demais compareceram regularmente e entusiasmados. Pois,

perceberam que com dedicação e força de vontade, podem superar suas

dificuldades e assim, adquirir novos conhecimentos, mesmo sendo em língua

estrangeira.

Desta forma, podemos afirmar que a pesquisa realizada para a elaboração

deste material didático auxiliou e abriu novos horizontes para temas que

anteriormente não tínhamos conhecimento. Aprendemos que o mais importante é

saber que essa dificuldade de aprendizagem pode ser superada através de

17

estratégias corretas de aplicação dos conteúdos, mesmo em língua estrangeira.

Utilizando a oralidade e a relação figura-palavra, alcançamos bons resultados. Ao

relacionar uma figura com o que está sendo estudado facilita a aprendizagem e a

retenção de vocabulário, tornando o estudo algo prazeroso. Assim, o aluno percebe

que está evoluindo, deixando de lado velhos conceitos como “não consigo”, “não

adianta”, “ não vou aprender”, e começa a entender que é possível alcançar o

resultado esperado, usando estratégias simples, mas sempre compatíveis à sua

dificuldade. Desta forma, cabe ao professor decidir qual a forma adequada para

atender às necessidades de seu aluno, adequando sua prática pedagógica a cada

um deles e a cada situação.

Percebemos a importância da parceria com a equipe pedagógica da escola

e também das famílias, para que a aprendizagem ocorra em sua totalidade. Essa

interação escola/família é relevante para o bom desenvolvimento de nossos alunos.

E, também, a importância de nós professores estarmos em constante aprendizado.

Buscar uma orientação adequada, conhecer as dificuldades apresentadas e

aprimorar nossos conhecimentos em relação a elas, são fatores que podem

colaborar para melhorar o desempenho dos educandos.

Podemos afirmar que nosso objetivo foi alcançado, pois mesmo diante de

suas dificuldades, os alunos sentiram-se capazes de realizar tais tarefas e com

entusiasmo. A presença constante deles nas aulas, durante a aplicação do projeto,

nos fez refletir o quanto foi importante para eles essa participação, e o quanto nós

professores, muitas vezes deixamos de atender aos alunos com dificuldades por

mero desconhecimento. Tarefas simples, porém bem direcionadas, podem auxiliar

no desenvolvimento educacional dos alunos com dificuldades de aprendizagem,

sejam elas quais forem. O mais importante é que tenhamos sensibilidade para

perceber de qual maneira este aluno consegue aprender melhor e, novamente,

ressaltamos a necessidade de que o trabalho seja realizado em conjunto, ou seja,

escola/família/aluno.

18

Referências

ALMEIDA, Giselia Souza dos Santos de. Dislexia: o grande desafio em sala de aula. Disponível em: http://www.faculdadedondomenico.edu.br/revista_don/artigo5_ed2.pdf. acesso em 03/06/2012

AMORIM, E. R. Jogos, brinquedos e brincadeiras no desenvolvimento da criança disléxica. São Paulo: Centro de Referência em Distúrbios de Aprendizagem-CRDA, Curso de Pós Graduação Lato Sensu em Distúrbios de Aprendizagem, 2008. Arquivo disponível em www.crda.com.br/tccdoc/17.pdf Acesso em 22/11/2010

ARNS, Flávio. LDB Lei de Diretrizes e Bases da Educação, Resolução nº2/2001-CNE/CEB, Parecer nº17/2001-CNE/CEB. Brasília: Senado Federal, 2007. 103p.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE DISLEXIA - www.dislexia.org.br Acesso em 21/02/2011

COOREMAN, A.G.M.P. Bilingüismo e Dislexia – o ponto de vista da prática. In: Guia para Disléxicos. Arquivo disponível em < www.ditt-online.org > Acesso em 18 de dezembro de 2005.

GABOR, Gyorgyi. Teaching English to Dyslexics. Disponível em http://www.diszlexia.hu/Teaching.html. Acesso em 10/03/2011

GOMEZ, A. M. S.; TERÁN, N. E. Dificuldades de Aprendizagem – Detecção e estratégias de ajuda. Trad. A. A. NAVARRO. São Paulo: Grupo Cultural, 2009. 448 p.

KAPPES, D.; FRANZEN, G.; TEIXEIRA, G.; GUIMARÃES, V. Dislexia. Disponível em: http://www.psicopedagogiabrasil.com.br/artigos.htm Acesso em 21/02/2011

LUCZYNSKI, Zeneida Bittencourt. Dislexia: Você sabe o que é? Curitiba: Ed.do

Autor, 2002.

19

NIJAKOWSKA, Joanna.Teaching English as a Foreign Language to a Polish Dyslexic Child. Disponível em www.bdainternationalconference.org/2001/presentations Acesso em 10/12/2010

NUNES, A.R.S.C.A. O lúdico na aquisição da segunda língua. Disponível em http://www.linguaestrangeira.pro.br/artigos_papers/ludico_linguas.htm Acesso em 25/09/2009

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Educação Básica.

Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Paraná: Língua Estrangeira

Moderna, Curitiba: SEED, 2008.

PINTO, Deca. Mitos da Dislexia. Revista Nova Escola. Ed. Abril, São Paulo, p.66-

69, n.209 jan./fev.2008.

ROTTA, N. T. ; PEDROSO, Fleming Salvador . Transtornos da linguagem escrita -

dislexia. In: Newra Tellechea Rotta; Lygia Ohlweiler; Rudimar dos Santos Riesgo.

(Org.). Transtornos da aprendizagem- abordagem neurobiológica e multidisciplinar. 1

ed. Porto Alegre: Artmed, 2006, v. 1, p. 151-164. ]

http://www.espacoaprendizagem.info/dislexia-2/ O QUE É A DISLEXIA? acesso em

19/08/2010.

http://www.espacodislexia.blogspot.com/o_que_e_a_dislexia, acesso em 09/09/2010