Artigo Marcelo

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO A INFLUENCIA DO CLIMA ORGANIZACIONAL NA GESTÃO DE UMA ESCOLA DO ENSINO MÉDIO”: ORGANIZAÇÃO E CULTURA INSTITUCIONAL: 1

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO

A INFLUENCIA DO CLIMA ORGANIZACIONAL NA GESTÃO DE UMA

ESCOLA DO ENSINO MÉDIO”: ORGANIZAÇÃO E CULTURA INSTITUCIONAL:

BACABAL,MA.

2015

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MARCELO M0NTEIRO DOS SANTOS SALES

VANDEILSON SILVA MARINHO

JOSÉ PINHEIRO DE MOURA

A INFLUENCIA DO CLIMA ORGANIZACIONAL NA GESTÃO DE UMA

ESCOLA DO ENSINO FUNDAMENTAL”: ORGANIZAÇÃO E CULTURA INSTITUCIONALA

Artigo Cientifico da Pós- graduação em Gestão na Educação apresentado

ao Cetep, como requisito parcial para a obtenção de nota na disciplina

ministrado pelo Prof.º Jermeson.

BACABAL,MA.

2015

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A INFLUENCIA DO CLIMA ORGANIZACIONAL NA GESTÃO DE UMA

ESCOLA DO ENSINO FUNDAMENTAL”. ORGANIZAÇÃO E CULTURA INSTITUCIONAL

Resumo

O Clima e a Cultura organizacional fazem parte do contexto de qualquer organização

escolar, sendo afetados pelo tipo de gestão realizada. O presente Artigo objetiva analisar as

implicações da gestão democrática para o clima e a cultura organizacional no contexto da escola do

ensino Médio. Especificamente, intenciona: verificar as possibilidades de construção da gestão

democrática no contexto da escola pública; analisar a relação entre clima, cultura organizacional e

gestão democrática; identificar o papel da comunidade escolar na construção da gestão democrática.

O Projeto Político Pedagógico (P.P.P.). E resultados de uma gestão democrática favorece melhorias

no Clima e Cultura Organizacional e, consequentemente, a sua influência nas organizações;

valorizando a relação cultura x clima e possíveis impactos positivos e negativos no desempenho das

atividades organizacionais. Também, como objetivos específicos: conceituar cultura e clima dentro

do contexto organizacional; analisar o impacto das relações: cultura de valores e clima

organizacional, postura do líder e equipe, os aspectos do empowerment e os possíveis resultados nas

empresas; demonstrar que a cultura influencia e é influenciada pelo clima em uma empresa, bem

como a forma como os colaboradores agem e os resultados que a empresa pode obter. Como

resultado da análise teórica, reflexões que permitem ou no mínimo sugerem e indicam situações

atuais e projetadas, decorrentes da empregabilidade.

Palavras-chaves: Cultura organizacional. Clima organizacional. Escola, Gestão, Projeto Político

Pedagógico

Os conceitos de cultura e clima organizacional, às vezes, são confundidos e, por este motivo,

é pertinente definir a conceituação de clima organizacional, conforme indicado a seguir: “É uma

qualidade relativamente permanente do ambiente interno da organização que: a) é percebido pelos

seus membros; b) influencia seu comportamento; e c) pode ser descrito em termos de valores de um

conjunto de características (ou atributos) da organização”; ou “É um conjunto de propriedades

mensuráveis do ambiente de trabalho, percebidas direta ou indiretamente, pelos indivíduos que

vivem e trabalham neste ambiente e que influencia a motivação e o comportamento dessas 3

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pessoas”.

Dessa forma, clima organizacional pode ser definido, operacionalmente, como a soma das

percepções dos indivíduos que trabalham na organização.

Uma definição clássica sobre o clima organizacional é de Coda (1998), em que o autor afirma:

“O clima organizacional diz respeito ao que as pessoas acham que existe e que está

acontecendo no ambiente da organização em determinado momento, sendo, portanto, a

caracterização da imagem que essas pessoas têm dos principais aspectos ou traços vigentes

na organização. Em resumo, clima organizacional é a percepção que os empregados têm

sobre o grau de satisfação em relação a determinadas características do ambiente de

trabalho da organização onde atuam” (CODA, 1998, p. 6).

O termo “clima” é usado popularmente no ambiente de trabalho para expressar o sentimento

de bem ou mal-estar que os indivíduos vivenciam no cotidiano. As pessoas, de uma forma geral,

usam este termo intuitivamente. De uma forma bastante simples, o clima pode ser entendido como o

conceito que o indivíduo tem do seu ambiente de trabalho, em função das exigências da organização

e de seus valores pessoais. Dessa forma, o clima organizacional é representado pelo resumo das

percepções compartilhadas pelos funcionários a respeito de vários aspectos organizacionais.

Possibilidades e limites que impõem o clima e cultural organizacional no desenvolvimento

do planejamento na educação e na construção de uma educação de qualidade. A preocupação com a

melhoria da qualidade da Educação levantou a necessidade de descentralização, da democratização

da gestão escolar e, consequentemente, sua participação tornou-se um conceito nuclear. É no ato de

planejar que relacionamos o Projeto Político Pedagógico (PPP) da escola, a sua Proposta

Pedagógica Curricular (PPC) e o Plano de Trabalho Docente. Todo projeto supõe ruptura com o

presente e promessas para o futuro. Projetar significa tentar quebrar um estado confortável para

arriscar-se, atravessar um período de instabilidade e buscar uma estabilidade em função de

promessa que cada projeto contém de estado melhor do que o presente. Um projeto educativo pode

ser tomado como promessa frente a determinadas rupturas. As promessas tornam visíveis os campos

de ação possível, comprometendo seus atores e autores.

O ato de planejar faz parte da história do ser humano, pois o desejo de transformar sonhos

em realidade objetiva é uma preocupação marcante de toda pessoa. Em nosso dia-a-dia, sempre

estamos enfrentando situações que necessitam de planejamento, mas nem sempre as nossas

atividades diárias são delineadas em etapas concretas da ação, uma vez que já pertencem ao 4

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contexto de nossa rotina. Para a realização de atividades que não estão inseridas em nosso

cotidiano, usamos os processos racionais para alcançar o que desejamos. Para oferecer um ensino

adequado às necessidades de seus alunos, a escola precisa saber o que quer, envolvendo a equipe

pedagógica e a comunidade na definição das metas, por esse motivo, dentro de uma instituição de

ensino há os documentos que organizam o processo de ensino e aprendizagem. Toda escola tem

objetivos que deseja alcançar, metas a cumprir e sonhos a realizar. O conjunto dessas aspirações,

bem como os meios para concretizá-las, é o que dá forma e vida ao chamado Projeto Político

Pedagógico (PPP). Como parte integrante do PPP, temos a Proposta Pedagógica Curricular (PPC),

que define os conteúdos básicos a serem trabalhados em cada disciplina conforme a legislação

vigente.

Outro aspecto a ser destacado é a efetivação do Conselho de Classe como órgão de caráter

consultivo e deliberativo, sendo uma instância de reflexão, discussão, decisão, ação e revisão da

prática educativa. Suas finalidades são analisar dados referentes ao desenvolvimento ensino-

aprendizagem, da relação professor-aluno, deve sugerir medidas pedagógicas a serem adotadas,

visando superar as dificuldades detectadas e também deliberara a respeito da promoção final dos

alunos. Sua finalidade é intervir em tempo hábil no processo ensino aprendizagem e indicar

alternativas que busquem sanar as dificuldades e garantir aprendizagem dos alunos. A coleta e

organização dos dados a serem analisados durante a reunião do colegiado são de responsabilidade

da equipe pedagógica.

Possibilidades de melhoria do clima e cultural organizacional através de práticas de

planejamento participativo na educação. O trabalho coletivo é o melhor meio de atualização e

reflexão sobre a ação educativa de seus profissionais. Trabalhar coletivamente não significa,

necessariamente, todos trabalharem junto o tempo todo. Dependendo dos objetivos comuns, é

possível dividir responsabilidades e executar atividades com subgrupos ou mesmo individualmente,

desde que se garanta a troca constante de informações e a continuidade do trabalho na direção dos

objetivos estabelecidos de comum acordo.

O Gestor da escola, como um líder, é peça fundamental no processo de trabalho coletivo,

pois caberá a ele promover o clima de fraternidade, de respeito, de diálogo e de responsabilidade

entre os educadores e, este mesmo clima, deverá ser extensivo aos alunos. Estabelecer o permanente

diálogo entre a direção e todos os segmentos da escola é fundamental, pois neles repousa a

possibilidade de viabilizar um ensino de qualidade.

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Considerando os princípios de uma gestão democrática, anseia-se que o Diretor atue de

forma efetiva, garantindo o acesso e a permanência das crianças e dos jovens em uma educação

básica de qualidade. Para tal, o trabalho coletivo com o envolvimento de toda equipe torna-se

fundamental para a construção de estratégias de ação que favoreça a atuação em grupo, de forma a

diagnosticar a situação do estabelecimento, propondo encaminhamentos para melhoria do processo

de ensino e aprendizagem, otimizando as tarefas administrativas e, sobretudo, acompanhando e

supervisionando este processo, o objetivo principal do gestor é dirigir um projeto educativo,

politicamente comprometido com a transformação social da escola e da comunidade, visando:

propiciar condições para a prática docente e discente; possibilitar ao aluno compreender o mundo

onde vive e apropriar-se de informações, estudar, pensar, refletir e dirigir suas ações segundo as

necessidades que são postas historicamente aos homens; assegurar uma organização interna da

escola em que os processos de gestão, administração e os de participação democrática de todos os

elementos envolvidos na vida escolar estejam voltados para o atendimento da função básica da

escola que é o ensino/aprendizagem.

As contribuições da mudança do clima e cultural organizacional nas instituições escolares e

a sua repercussão na construção do conhecimento dos alunos. A cultura e clima permite utilizar os

estudos de clima da organização como indicadores da adequação ou inadequação da cultura

organizacional num momento determinado da história da organização (TAMAYO, 1999). É

importante considerar a cultura organizacional nas organizações como forma de beneficiar o

resultado do trabalho através da mudança e melhorias de comportamentos das pessoas, como:

aprendizagem, percepção, conflito, identidade, personalidade, desempenho, motivação etc. Já certos

tipos de clima podem influenciar o funcionamento organizacional, incluindo a eficácia ou

ineficácia. É importante fazer uma distinção entre o clima e a cultura.

A cultura escolar deve ter características exclusivas de uma escola, para que seus

administradores criem formas de fazer uma escola única. No Brasil, as escolas passam por uma

avaliação na qual se mede a qualidade de cada escola e de cada rede de ensino, trata-se do IDEB

(Índice de Desenvolvimento da Educação Básica). O índice é medido a cada dois anos com o intuito

do país, a partir do alcance das metas municipais e estaduais, obtenha a nota 6 em 2022, o que

corresponde à qualidade do ensino em países desenvolvidos. Considerando que a escola a ser

estudada atingiu o índice 5,2, o presente trabalho tem como objetivo analisar como a relação entre a

cultura e o clima organizacional influencia a gestão em uma escola de ensino fundamental.

As contribuições da mudança do clima e cultural organizacional nas instituições escolares de

ensino e a sua repercussão no planejamento participativo e no compromisso político dos professores

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com vistas a uma educação de qualidade. O estudo da gestão escolar envolve a compreensão de

elementos de ordem social e cultural que estão presentes na configuração da escola. Nesse sentido,

a cultura da escola, expressa por meio de crenças e valores partilhados na interação dos sujeitos em

seu cotidiano de trabalho, pode revelar as formas de conceber e pôr em prática os procedimentos de

gestão desenvolvidos em uma dada instituição escolar. Com efeito, as normas estabelecidas pelos

sistemas de ensino estão sujeitas à interpretação dos atores que compõem o cotidiano das escolas.

Por isso, é possível afirmar que existe certa margem de autonomia no desenvolvimento das ações

dos atores, de modo que cada instituição de ensino é caracterizada de uma maneira particular tem

como eixo principal investigar em que sentido os indicadores de desempenho educacional das

escolas são influenciados pelas especificidades das práticas da gestão manifestadas na cultura da

escola. Após o período de expansão do acesso à Educação Básica no Brasil, sobretudo na década de

1990, as instituições escolares públicas se depararam com o desafio da melhoria do rendimento

escolar.

As políticas públicas educacionais vêm valorizando a gestão escolar como um meio que

pode contribuir de forma significativa para a melhoria dos resultados da aprendizagem dos alunos.

Autores como paro (2007) têm afirmado que a gestão representa um dos condicionantes da

qualidade do ensino. Segundo Libâneo (2008, p. 10), “o modo como a escola funciona suas práticas

de organização e gestão faz diferença em relação aos resultados escolares”. Com respeito a estas

práticas na gestão escolar, pode-se citar a capacidade de liderança dos dirigentes, sobretudo do

diretor, a gestão participativa, o clima de trabalho, a organização do ambiente, as relações entre os

sujeitos escolares e outros. É importante considerar que a forma como a escola se organiza em sua

estrutura administrativa e política envolve uma gama de fatores importantes que determinam os

rumos dos resultados.

Contribuições do planejamento estratégico na melhoria da educação, do clima e da cultura

organizacional. Podemos entender planejamento estratégico como sendo a idealização e

operacionalização de ações estratégicas coordenadas, decorrentes de normas e valores da

organização, de modo a se atingir objetivos previamente estabelecidos através de premissas

estruturais e cenários propostos de curto, médio e longo prazo. A utilização do clima organizacional

como estratégia na obtenção de resultados é uma estratégia dominante, é a melhor ação a ser

adotado, qualquer que seja a escolha do outro jogador. Se você tiver uma estratégia dominante, use-

a”, ou seja, o foco em clima organizacional pode trazer melhorias e vantagens para todos os

envolvidos no processo e para as partes interessadas, tornando esta estratégia conforme a definição,

dominante.

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A formação de professores e as contribuições na melhoria do planejamento, do clima e da

cultura organizacional das instituições escolares. O dinamismo das mudanças, a sofisticação da

tecnologia e a velocidade da comunicação em termos globais exigem de qualquer gestor um perfil

aberto a novas ideias e de valorização aos saberes de cada membro da equipe para contar com a

participação de todos e construir uma gestão, fundamental na formação dos cidadãos. O gestor

educacional é o principal responsável pela escola, por isso deve ter visão de conjunto, articular e

integrar setores, vislumbrar resultados para a instituição educacional, que podem ser obtidos se

embasados em um bom planejamento, alinhado com comportamento otimista e de autoconfiança,

com propósito macro bem definido, além de uma comunicação realmente eficaz.

Segundo Libâneo (2004, p.217): Muitos dirigentes escolares foram alvos de críticas por

práticas excessivamente burocráticas, conservadoras, autoritárias, centralizadoras. Embora aqui e ali

continuem existindo profissionais com esse perfil, hoje estão disseminadas práticas de gestão

participativa, liderança participativa, atitudes flexíveis e compromisso com as necessárias mudanças

na educação. Como mostra o autor, algo considerado de extrema importância para o gestor

educacional é a necessidade de administrar suas próprias ações, respeitando as diferenças,

pesquisando, analisando, dialogando, cedendo, ouvindo e acima de tudo aceitando opiniões

divergentes.

Consideramos que o gestor educacional pode promover uma gestão participativa e

democrática, participar do convívio cotidiano, compartilhar acertos e desacertos. Valores como

respeito, confiança, sinceridade, fortalece muito a equipe pedagógica de uma instituição,

construindo dessa maneira relações interpessoais saudáveis e solidárias e um ambiente de formação

e aprimoramento de conhecimentos dos profissionais. Com a evolução da tecnologia e o avanço da

ciência vêm-se exigindo cada vez mais da instituição escolar, e esses são os novos desafios a serem

enfrentados por todos que dela fazem parte. Consequentemente, a maneira como são enfrentados os

desafios trazem resultados marcados pelo desempenho de cada um e de todos na instituição,

voltados por um único foco: o processo de ensino e aprendizagem e o sucesso dos alunos.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Rio de Janeiro: Campus, 2001.

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1992.

FREITAS, Maria Ester de. Cultura organizacional: formação, tipologias e impactos. São Paulo:

Makron Books, 1991.

HAMPTON, David R. Administração: comportamento organizacional. São Paulo: McGraw-Hill,

1990.

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MARINS, Luiz. Desmistificando a motivação: no trabalho e na vida. São Paulo: Harbra, 2007.

MAXWELL, John C. Líder 360º: desenvolvendo sua influência de qualquer posição em sua

organização. Rio de Janeiro: Thomas Nelson Brasil, 2007.

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