ARTIGO GESTÃO DA INFORMAÇÃO (1).pdf
-
Upload
jasmine-harris -
Category
Documents
-
view
239 -
download
4
Transcript of ARTIGO GESTÃO DA INFORMAÇÃO (1).pdf
-
FACULDADE SANTSSIMO SACRAMENTO
NCLEO DE PESQUISA NUPE PS-GRADUAO EM GESTO DA INFORMAO COM NFASE EM REDES
DE COMPUTADORES E APLICAES WEB
ANDERSON BARBOSA BATISTA
JOAN MARCEL COUTO DE MELO
RACHID CARDOSO
A UTILIZAO DAS TICs NO DESENVOLVIMENTO DO ENSINO APRENDIZAGEM E SEUS EFEITOS
Alagoinhas-Ba
2014
-
ANDERSON BARBOSA BATISTA
JOAN MARCEL COUTO DE MELO
RACHID CARDOSO
A UTILIZAO DAS TICs NO DESENVOLVIMENTO DO ENSINO APRENDIZAGEM E SEUS EFEITOS
Artigo apresentado Faculdade Santssimo Sacramento, como exigncia parcial para a obteno do ttulo de ps-graduado em Gesto da Informao com nfase em Redes de Computadores e Aplicaes WEB sob a orientao do Prof MSc. Fabricio Faro.
Alagoinhas-Ba 2014
-
ANDERSON BARBOSA BATISTA
JOAN MARCEL COUTO DE MELO
RACHID CARDOSO
A UTILIZAO DAS TICs NO DESENVOLVIMENTO DO ENSINO APRENDIZAGEM E SEUS EFEITOS
Este artigo foi apresentado, orientado e aprovado como requisito parcial para a concluso da Ps-Graduao em Gesto da Informao com nfase em Redes de Computadores e Aplicaes WEB da Faculdade Santssimo Sacramento.
Alagoinhas, 31 de outubro de 2014
Prof MSc. Fabricio Faro Coordenador do Curso
Prof MSc. Fabricio Faro Faculdade Santssimo Sacramento
Orientador
-
Dedicamos este trabalho a todas as pessoas que lutam pela educao, acreditando no respeito ao outro, nas diferenas, nos valores, na solidariedade, na tolerncia e no amor, enfim no corao daqueles que se dedicam a arte de educar.
-
A G R A D E C I M E N T O S
Na vida, os caminhos, o tempo, s vezes no como planejamos, foi preciso
conhecer aquelas pessoas no Curso de Gesto da Informao com nfase em Redes
de Computadores e Aplicaes WEB e se fez necessrio, era preciso, e talvez seja a
hora de voltar, para ressignificar, melhorar, entender, reconhecer e integrar essa nova
etapa em nossas vidas.
Bem vindos ao novo tempo, a uma nova experincia.
Agradecimentos especiais a Deus, aos nossos familiares, ao orientador, aos
professores e mestres, aos colegas e amigos pelo dom da vida, apoio, reflexes,
dedicao, companheirismo e pela cumplicidade e momentos compartilhados.
-
Sabemos que o conhecimento no uma condio inata do ser humano, nem algo pronto e externo a si prprio. Tampouco nos contentamos em consider-lo como uma construo ordenada e linear. Entendemos o conhecimento como o resultado de uma rede de relaes sociais, culturais, fsicas e simblicas; em que diferentes influncias e fatores constituem os objetos de conhecimento e os sujeitos cognoscentes. Assim, o homem criador e criatura da sociedade; produto de suas prprias produes e de suas instituies. E o conhecimento acontece em uma rede, com muitos fios e diferentes tramas. (p.01). Leite (2000)
-
A UTILIZAO DAS TICs NO DESENVOLVIMENTO DO ENSINO/APRENDIZAGEM E SEUS EFEITOS
Joan Marcel Couto de Melo* Rachid Cardoso**
Anderson Barbosa Batista***
RESUMO As Tecnologias da Informao e da Comunicao precisam estar inseridas na escola contempornea como um projeto de reflexo e ao, utilizando-as de forma significativa, tendo uma viso ampliada do contexto atual, bem como realizando um trabalho de incentivo s mais diversas experincias, pois as diversidades de situaes pedaggicas permitem a reelaborao e a reconstruo do processo ensino/aprendizagem. A busca de novos desafios deve ser uma prioridade e objetivo do educador, pois exige um planejamento didtico que requer organizao aberta e flexvel, o que torna fundamental a formao a cerca das novas tecnologias educacionais, pois quando estas so utilizadas de maneira astuta, produz democratizao do conhecimento. evidente que o uso das tecnologias pode aproximar educador e educando, alm de ser favorvel na explorao de contedos de forma interativa. Neste momento, o educando para de ser mero receptor que s observa e muitas vezes no compreende, e passa a ser ativo e participativo. Porm, notria a ausncia de formao de qualidade para os educadores quanto ao uso das tecnologias.
Palavras-Chave: Tecnologias, Informao, Comunicao, Ensino, Aprendizagem.
-
ABSTRACT
Information Technology and Communication needs to be inserted in contemporary school as a project of reflection and action, using them in a meaningful way, taking a broader view of the current context, as well as doing work to encourage more diverse experiences, because diversity of teaching situations and allow to reformulate the reconstruction of the teaching / learning process. Search for new challenges should be a priority and goal of the educator by requiring a teaching schedule that requires open and flexible organization, which makes fundamental training about the new technologies, because when they are used astutely, produces democratization of knowledge. Clearly, the use of technology can approach the educator and student as well as being supportive in exploring content interactively. At this time, the student merely to be receiver only observes and often do not understand, and becomes active and participatory. However, there is a notorious lack of quality training for educators in the use of technology. Key words: Technology, Information, Communication, Education, Learning.
-
SUMRIO
1 INTRODUO.............................................................................................. 10
1,1 Objetivo geral.................................................................................. 13
1.2 Objetivos especficos...................................................................... 13
1.3 Justificativa..................................................................................... 13
2 FUNDAMENTAO TERICA...................................................................
2.1 Tecnologia Educacional: Histria e Propostas...............................
2.2 Como utilizar as Tics na Educao ..............................................
2.3 Como utilizar a Internet na Educao ..........................................
14
14
15
17
3 METODOLOGIA........................................................................................ 19
4 CONSIDERAES FINAIS....................................................................... 20
5 REFERNCIAS............................................................................................. 21
-
11
1 INTRODUO
Pensar num trabalho pedaggico em que o professor reflita sobre sua ao
escolar e efetivamente elabore e operacionalize projetos educacionais com a
insero das tecnologias da informao e da comunicao (TICs) no processo
educacional, buscando integr-las ao pedaggica na comunidade intra e
extraescolar bem como os diferentes atores individuais e institucionais que
participam do processo educativo, tais como: estudantes, professores, pais,
coordenao pedaggica. Assim, relevante explicit-los claramente nas
propostas educativas da escola para um projeto de educao de qualidade para
todos, no contexto histrico, poltico, econmico e cultural da educao
brasileira.
Hoje, ser educador exige muito mais do que ter somente conhecimento
sobre sua rea especfica, muito mais do que um transmissor de
conhecimentos, preciso ser um estimulador do prazer em construir esse
conhecimento. O educador tem que motivar seus alunos a pensarem, a
descobrirem, a desenvolverem suas competncias e habilidades.
O professor do sculo XXI um estimulador, mediador no desenvolvimento
dessas habilidades e potencialidades para que essas competncias nos alunos
sejam despertadas. Mas para isto, ele tem que quebrar os velhos paradigmas da
escola tradicional, deixando de ser a pea principal, detentor de conhecimentos.
Segundo Bronzatti (2010), a prpria sociedade exige que profissionais das
diversas reas saibam e se organizem para atuarem com conhecimentos
tecnolgicos, pois o desenvolvimento do mundo moderno o conhecimento
virtual.
Conforme declara Pozo (2001), no cabe mais a educao proporcionar
aos alunos conhecimentos como se fossem verdades nicas.
O bom trabalho educativo feito por professores que sabem atuar nas
circunstncias que encontram mesmo sem contar com recursos necessrios a
qualquer escola e nem sempre disponveis. Lembrando que educar tambm
uma arte do possvel, portanto, esta deve ser apreciada em seu contexto escolar.
Como nossos alunos tm acesso informao, precisamos torn-la til para o
desenvolvimento cognitivo dos mesmos. Ento, se o professor no se atualizar
-
12
para acompanhar essas mudanas que esto acontecendo em nossa sociedade,
grande parte do fazer pedaggico ficar comprometida.
Pode parecer distante o dia em que as aulas sero dadas com imagens
em 3D e os alunos trabalharo conectados internet1 aos colegas, usando todos
os recursos disponveis no computador para solucionar situaes problema e,
sobretudo, apresentando o que hardwares e softwares podem fazer para ajudar
no ensino e na potencializao da aprendizagem.
Assim, pareceria possvel visibilizar a capacidade que a tecnologia tem de
promover a interatividade, colocando a produo intelectual e cultural ao alcance
de todos, promovendo, desta forma, a incluso.
No Brasil, nas ltimas dcadas, registram-se avanos em termos de acesso
e cobertura, sobretudo, quando se fala em educao. Tal processo carece,
contudo, de melhoria no tocante a uma aprendizagem mais efetiva. Portanto, a
educao, perpassada pelos limites e possibilidades da dinmica pedaggica
de uma dada sociedade e que para tal necessrio um estudo voltado para uma
pesquisa tecnolgica mais avanada como suporte para a mesma.
Conforme a situao se configura, trata-se de uma experincia que deve
fazer parte do processo educativo bem como um todo, uma vez que estas se
envolvem tambm com questes concernentes anlise de sistemas, bem como
ao processo de organizao do trabalho escolar, dinmica curricular, formao
e profissionalizao docente.
de extrema relevncia a evoluo do ensino moderno um projeto na
perspectiva da anlise das novas tecnologias na rea da comunicao, pois
pode fomentar transformao na vida educacional de alunos que, muitas vezes,
ainda no tiveram contato ou treinamento para lidar com as ferramentas de um
mundo informatizado.
Ressaltar que, neste contexto, inovar parece uma tarefa quase impossvel
devido realidade que muitas escolas se encontram, sem profissionais
capacitados, com salas de informtica aqum do que admissvel, quando se
trata dos recursos pblicos destinados educao.
1 O nome internet vem de internerworking, o termo se refere a todo o processo de interconexo entre redes, de igual ou diferente estrutura. A internet um conjunto de meios fsicos (linhas digitais de alta capacidade, computadores, roteadores) e programas usados para o transporte de informao.Lvy (1999, p.225).
-
13
A ideia de participao promovida pelas redes sociais , justamente,
descentralizar a emisso, oportunizando que mais vozes tenham vez no espao
pblico. Valoriza-se desta forma, uma caracterstica da rede, que a
possibilidade de uma interatividade efetiva. (LINDEMAN, 2006. p.154). Um dos
pioneiros nessa forma de produo de notcias foi o site Slashdot
(www.slashdot.org), criado em 1997, pelo programador americano Rob Malda.
O site, especializado em temas de informtica e tecnologia, era alimentado com
matrias enviadas pelos internautas, na sua maioria, informatas ou estudantes
de informtica.
Segundo Bawden (2001), alm das competncias bsicas de saber contar,
ler e escrever requer-se que os indivduos desenvolvam diferentes formas de
capacidades informacionais e tecnolgicas. Os fluxos globais de dados, servios
e pessoas, que caracterizam a economia mundial do conhecimento, so
sustentados pelas tecnologias da informao e da comunicao. Do comrcio
eletrnico (e-commerce) ao aprendizado eletrnico (e-learning), as TICs, como
a internet e outros sistemas de telecomunicaes mundiais, so os principais
canais atravs dos quais a sociedade contempornea encenada.
Pode-se refletir que h muito que se problematizar, construir, refletir,
experimentar e sistematizar para que as TICs concretizem, na escola, as
promessas que anunciam. O responsvel pelas polticas pblicas educativas nos
diversos espaos vem fazendo em maior e / ou menores escala; investimentos
de infraestrutura, capacitao docente e produo de contedos digitais
educativos, assim como ampliando a compreenso de sua importncia no
desenvolvimento humano e social das futuras geraes.
Por isto, no podemos ser absorvidos pela tecnologia e nem descart-la,
visto que a tecnologia tem que ser uma ferramenta til que traga benefcios para
a aprendizagem, e desperte no aluno o interesse em aprender.
1.1 Objetivo geral
-
14
Discutir as dimenses da TICs intra e extraescolares e as suas
articulaes na efetivao de uma poltica educacional instrumentalizada
direcionada ao ensino, de acordo com as necessidades profissionais da
sociedade contempornea.
1.2 Objetivos especficos
Propor a utilizao das TICs como forma de acelerao do
desenvolvimento da educao para todos;
Verificar a relao entre ampla cobertura e excelncia na educao;
Diferenciar universalidade e especificidade local do conhecimento;
Refletir sobre o uso das novas tecnologias e a sua aplicao na vida
profissional e cotidiana.
1.3 Justificativa
O sistema educacional incorpora as TICs (Tecnologias da Informao e
da Comunicao), afetando diretamente a diminuio da excluso digital
existente no pas e, desta forma, melhorando a competncia dos profissionais
ao utilizar essas tecnologias de comunicao e informao na educao.
preciso integrar o contedo tecnologia, s estratgias de
aprendizagem e s de ensino. Tudo isso precisa ser relacionado e analisado pelo
professor. Mas preciso cuidar da gesto desses programas de formao e
principalmente da mediao pedaggica que ocorre nessa formao.
Nesse sentido, o uso das TICs pode auxiliar muito porque, quando
desenvolvido um currculo mediatizado, feito o registro dos processos e com
essa base possvel identificar qual foi o avano do aluno, quais as suas
dificuldades e como intervir para ajud-lo.
2 FUNDAMENTAO TERICA
-
15
2.1TECNOLOGIA EDUCACIONAL: HISTRIA E PROPOSTAS
Uma das finalidades das tecnologias educacionais poder proporcionar ao aluno
uma atitude reflexiva e questionadora sobre os contedos a serem utilizados,
associando os fatos que ocorrem no seu dia a dia com o que acontece no mundo.
A partir das tecnologias e a necessidade das instituies escolares
utilizarem esses procedimentos enquanto produtora de conhecimento requer um
novo e urgente desafio no processo de ensino e aprendizagem, buscando
nessas novas tecnologias uma forma de enriquecer, diversificar e inovar a
experincia educacional, oportunizando o desenvolvimento da capacidade
cognitiva e criativa do educando tornando-o capaz de lidar com as
transformaes futuras.
O termo tecnologia difundiu-se na Europa depois da segunda Guerra
Mundial para instituir um conjunto de tcnicas modernas e de cunho cientifico,
em oposio s prticas realizadas pelos artesos. Segundo Gama (1987), o
conceito apareceu justamente no Brasil depois da Segunda Guerra mundial para
substituir a palavra tcnica.
A tecnologia, como disciplina, surge na segunda metade do sculo XIX,
distinguindo-se do estudo das tcnicas e da engenharia, sempre o estudo
relacionado tcnica. Para Gama, (1986) a tecnologia o saber das tcnicas,
sendo sua essncia encontrada no saber das cientifico moderno para a soluo
de problemas da tcnica. Para ele, a tecnologia seria um conjunto de atividades
humanas associadas a um sistema de smbolos, instrumentos e maquinas
visando construo de obras e a fabricao de produtos, segundo teorias,
mtodos processos da cincia moderna.
Hoje a grande novidade audiovisual em educao e treinamento a
possibilidade de integrar um conjunto de ferramentas informticas e telemticas
complementares como o correio eletrnico, as conexes de redes, bancos de
dados, vdeo texto, vdeo conferncia, conexes via satlite, em grandes redes
eletrnicas, atravs da internet.
-
16
certo que a escola uma instituio que h cinco mil anos se baseia no falar/ditar do mestre, na escrita manuscrita do aluno e, h quatro sculos, em um uso moderado da impresso. Uma verdadeira integrao da informtica (como do audiovisual) supe, portanto o abandono de um hbito antropolgico mais que milenar o que no pode ser feito em alguns anos. (LVY 1998, p.8)
Na dcada de 1960, as redes de computador estavam se iniciando. As
poucas que existiam baseavam-se em padres de hardware e software
proprietrios desenvolvidos por vrios fabricantes de computador. Interconectar
essas redes usando tecnologia existente era virtualmente impossvel.
A Devenc Advanced Projects agency(Darpa) empresa norte-americana em
1969 patrocinou um projeto para desenvolver uma tecnologia de rede que
permitisse a pesquisadores em vrias localizaes no pas compartilhar
informaes e que fosse tambm resistente falha.
O resultado desse projeto, a ARPANET, foi lanado conectando
computadores em quatro localizaes, nos anos seguintes, o nmero de
computadores conectados cresceu rapidamente e, em 1972, foi introduzida
capacidade de e-mail, tornando-se rapidamente a maior aplicao da rede.
Diferentemente de outros meios de comunicao, voltados principalmente
para o lazer e o entretenimento (a televiso), os computadores integram-se
facilmente ao universo da pesquisa e conhecimento (Costa, 2001). No Brasil, os
computadores comearam a fazer parte do cotidiano do professor no comeo da
dcada dos anos 80, nas escolas particulares. Atualmente, essa tecnologia
uma ferramenta incorporada ao cotidiano de muitas instituies inclusive da rede
pblica.
2.2COMO UTILIZAR AS TICS NA EDUCAO
A internet na sala de aula surge como novo desafio para o professor, j que
exige dele gerenciar vrios espaos e a integr-los de forma aberta, equilibrada
e inovadora, evitando simultaneamente utiliz-la apenas para ilustrar o contedo.
Alguns professores ainda recorrem, em geral, aos vdeos e filmes, para
ilustrar o contedo, como complemento. Segundo Moran (2004, p.245). Eles no
alteravam substancialmente o ensinar e o aprender, dava um verniz de novidade,
de mudana, mas era mais na embalagem.
As grandes repercusses da internet trouxeram novos paradigmas
cientficos que certamente refletem no modelo pedaggico educacional, na
-
17
noo de educao, na relao entre educador e educando, nos contedos e
nas metodologias. As mudanas promovidas pelas tecnologias das
comunicaes e da informao so muito marcantes, e seus efeitos acabam por
todos os campos do saber e da vida humana.
Se a informtica e a telemtica substituram em certa medida o trabalho
humano, como j acontece em grandes indstrias, difcil imaginar que
substituir o intelecto. Portanto, cabe ao professor permanecer como agente de
informao indispensvel experincia educativa do aluno e no ser apenas um
transmissor de informaes e habilidades necessrias a essas aquisies.
Conforme Freire (2003, p.30):
Ensinar no apenas transferir conhecimentos, pois quando entro em uma sala de aula devo estar sendo aberto de indagaes, curiosidade, s perguntas dos alunos, as suas inibies, criarem possibilidades para que o aluno produza e construa o seu conhecimento. Freire (2003, p.30)
No se deve apenas conhecer o computador ou aprender lidar com ele,
necessrio saber e saber fazer dessa tecnologia, uma ferramenta capaz de
melhorar a qualidade de vida sem se submeter a uma abordagem mecanicista e
tcnica.
Segundo o PCNs (1998 p.153), a incorporao das inovaes tecnolgicas
s tem sentido se contribuir para melhoria da qualidade do ensino. A simples
presena de novas tecnologias na escola no garantia, por si s, de maior
qualidade na educao, pois a aparente modernidade pode esconder um ensino
tradicional baseado na recepo e na memorizao de informaes.
O educador deve utilizar o mximo possvel essas novas tecnologias para
melhorar a sua formao e criar condies para que ele aprenda com as
experincias, adquira hbitos de acessar, organizar dados , participar de fruns,
chats, etc. Conforme a afirmao de Bettega (2005 ,p.17):
[...] o uso de tecnologia no ensino no deve se reduzir apenas aplicao de tcnicas por meio de mquinas ou apertando teclas e digitando textos, embora possa limitar-se a isso, caso no haja reflexo sobre a finalidade da utilizao de recursos tecnolgicos nas atividades de ensino. Bettega (2005 p.17).
-
18
A apropriao das novas tecnologias na prtica educativa deve acontecer
de forma livre e segura como o lembra Moran, (2004 p.44) quando afirma que:
o primeiro passo procurar de todas as formas viveis, o acesso freqente e
personalizado de professores e alunos a novas tecnologias.
Essa abordagem se tornar assim um auxlio para o desenvolvimento da
aprendizagem fundamentada em progressos de reflexo na ao e reflexo
sobre a ao. Ela contar com os recursos informticos gerando assim novos
ambientes de aprendizagem, envolvendo mentes humanas, redes de
armazenamento, transformaes de informao e conhecimento.
Independentemente das condies nas quais efetuou a formao inicial e da situao da escola em que leciona, o professor precisa ter continuidade nos estudos, no apenas para ficar atualizado em sua rea, mas pela prpria natureza do fazer pedaggico. Barilli, (1998 p.43)
A formao contnua do professor significativa, pois visa corrigir as
incoerncias da sua formao inicial, e contribuir para uma reflexo acerca de
mudanas educacionais que estejam ocorrendo.
2.3COMO UTILIZAR A INTERNET NA EDUCAO
Utilizando a internet, os alunos tm oportunidade de se comunicar com
outros alunos para trocar informaes, alm de colaborar ao aperfeioamento
mtuo da escrita. Os computadores por meio da internet permitem a busca e o
intercmbio de informaes nas mais diversas reas. Para Moran (2005, p.17):
Ensinar com a internet atinge resultados significativos quando ela est integrada em um contexto estrutural de mudana do ensino-aprendizagem, onde professores e alunos vivenciam processos de comunicao abertos, de participao interpessoal e grupal efetivos. Caso contrrio, a internet ser uma tecnologia a mais que reforar as formas tradicionais de ensino. Moran (2005, p.17).
A internet no mudar sozinha a didtica, a mudana depende da atitude
bsica pessoal diante da vida, do mundo, de si mesmo e do outro, assim como
a das instituies escolares. A internet uma ferramenta capaz de abrir novos
caminhos, para inmeras formas de contato com o mundo.
-
19
Mas essa potencialidade s se expressar se na prtica as pessoas esto
atentas, preparadas, motivadas para querer saber, aprofundar, avanar na
pesquisa e na compreenso do mundo.
Pensar em educao hoje pensar tambm nos desafios do educador do
sculo XXI, questionar sua prpria prtica de ensino, ser desafiado a todo
instante pelos avanos tecnolgicos, atuar no ensino, na pesquisa e na
extenso como profissional reflexivo, crtico e competente no mbito de sua
disciplina.
Sendo assim a Didtica do professor, tem um papel essencial em sala de
aula, pois a mesma vai nortear o trabalho do educador, possibilitando
desenvolver um trabalho significativo e eficaz.
A Didtica pode contribuir para transformar uma prtica pedaggica da
escola ou da universidade medida que tem uma articulao entre seu contedo
de ensino e a prtica social.
A formao do professor, ao que se refere aos conhecimentos cientficos
de seu campo e do campo da Educao, da Pedagogia e da Didtica, requer
investimentos acadmicos. Nela se exigir um ensino que permita ao docente
os anexos com o campo e o contexto de produo dos conhecimentos na histria
e na sociedade. (PIMENTA, 2011). Investir na formao do docente
fundamental.
Uma formao que tome o campo social da prtica educativa e de ensinar
como objeto de anlise, de compreenso, de crtica, de proposio, que
desenvolva no professor a atitude de pesquisar, como forma de aprender. Ele
requer tambm que se invista em sua formao continua nas instituies, nas
quais instaure prticas democrticas e participativas de anlise, de
compreenso, de crtica, de proposio de novas prticas institucionais que
visem tornar o ensino numa conquista para todos os alunos.
Ressalta-se, contudo, a importncia do professor em ter domnio dos
procedimentos necessrios ao manuseio do computador, da TV, pendrive, data
show e outros recursos tecnolgicos em sala de aula e a ntida compreenso do
fim a que se destina a utilizao deste instrumento no processo de ensino /
aprendizagem de modo que tal empreendimento seja bem planejado e
executado.
-
20
Cabe ao educador permanecer como agente de formao indispensvel
experincia educativa do educando e no ser apenas um transmissor de
informaes e habilidades necessrias a essas aquisies.
3 METODOLOGIA
Trata-se de uma pesquisa bibliografia de carter descritivo e exploratrio,
sendo considerados trabalhos cientficos (artigos, manuais, peridicos,
monografias, teses, livros, entre outros).
A pesquisa descritiva observa, registra, analisa e correlaciona fatos ou
fenmenos (variveis), sem manipul-los. Por vezes, realizada
independentemente, percorrendo passos formais do trabalho cientfico. Procura
descobrir, com a preciso possvel, a frequncia com que um fenmeno ocorre,
sua relao e conexo na vida social, poltica, econmica e demais aspectos
tanto do indivduo isoladamente, grupos ou comunidades mais complexas
(CERVO, 2002).
J a pesquisa exploratria tem como objetivo proporcionar maior
familiaridade com o problema, com vistas a torn-lo mais explcito ou constituir
hipteses. Pode-se dizer que essas pesquisas tm como objetivo principal o
aprimoramento de ideias ou a descoberta de intuies (GIL, 2002, p. 41).
A abordagem adotada nesta pesquisa foi a qualitativa que segundo
Minayo (1999) aquela que no pode pretender o alcance da verdade, com o
que certo ou errado; deve ter como preocupao primeira a compreenso da
lgica que permeia a prtica que se d na realidade, alm de trabalhar com o
universo de significados, motivos, aspiraes, crenas, valores e atitudes, ou
seja, corresponde a um espao mais profundo das relaes, dos processos e
dos fenmenos que no podem ser reduzidos operacionalizao de variveis.
Foi realizada uma pesquisa bibliogrfica respondendo a questo que foi
abordada no decorrer do presente estudo para poder proporcionar ao leitor uma
viso mais detalhada sobre a tecnologia.
-
21
4 CONSIDERAES FINAIS
Com base no trabalho desenvolvido pode-se concluir que o mundo est
passando por um momento de transio tecnolgica, onde a sociedade anseia
por conhecimento, tornou-se quase impossvel ensinar sem a mediao
tecnolgica.
A educao no pode ficar alheia s transformaes tecnolgicas em que
a sociedade vem passando. Vencer paradigmas educacionais um dever do
educador que pode modificar a maneira de se aprender com o objetivo de formar
cidados crticos e preparados para a sociedade do conhecimento. A educao
deve acompanhar os avanos tecnolgicos de forma que promova a formao
para a cidadania e a preparao para a vida.
O uso efetivo da tecnologia nas escolas, nomeadamente nas salas de aula
e no desenvolvimento de ambientes virtuais de aprendizagem, ainda um
privilgio de alguns docentes e alunos. As variveis que parecem ter mais
influncia neste processo so mltiplas, como vimos, mas penso que uma slida
formao tcnica e pedaggica dos professores bem como o seu
empenhamento so determinantes. Ser ainda preciso pensar as tecnologias
no como apndices das restantes atividades curriculares, um prmio que se
d aos alunos bem comportados, mas como um domnio to ou mais importante
que os restantes que existem nas escolas. S assim se conseguir generalizar
o uso das tecnologias no ensino, at porque, como refere Arendt (2005) a
novidade e deve ser trazida pelas novas geraes. este o luxo e destino
natural e cultural da humanidade.
Neste contexto, a escola est comprometida com a educao, como
instituio responsvel em promover uma interao entre alunos e professores.
A partir da nfase na construo, aperfeioamento, captura e disseminao de
experincias, saberes, informaes e conhecimentos, inerentes s diversas
coletividades que integram a rede e das potencialidades inseridas nas TICs,
espera-se que, sirva como um canal dinmico de comunicao e
institucionalizao de novas inteligibilidades subsidiando a incluso social e
digital.
-
22
5 REFERNCIAS
____. Adquisicin de conocimiento: cuando la carne se hace verbo. Madrid:
Morata, 2003.
____. Aprendizes e mestres: a nova cultura da aprendizagem. Porto Alegre:
Artmed, 2002.
____________.Comrcio Eletrnico: modelos, aspectos e contribuies de
sua aplicao. So Paulo, Atlas, 2000. 3a Ed.
_______________________. Sociedade da informao ou da comunicao?
So Paulo: Cidade Nova, 1996.
ALBERTIN, A. L. Desafios gerenciais para o Sculo XXI. So Paulo, Pioneira,
1999.
ARENDT, A. (2005 [1961]). Entre o passado e o futuro. Traduzido por J. M.
Silva. Lisboa: Relgio dgua Editores.
BAWDEN, D. Information and digital literacies: a review of con-cepts.
Journal of Documentation, v. 57, n. 2, p. 218-259, 2001.
BETTEGA, Maria Helena Silva. A educao continuada na era digital. So
Paulo: Cortez, 2005.
BRONZATTI,R.aplicandoasticsnaformacaocontinu.blogspot.com/.../justificati
va.
CERVO, A. L. Metodologia cientfica. 5 ed. So Paulo: Prentice Hall, 2002, 232
DEMO, Pedro. Educao hoje: Novas tecnologias, presses e
oportunidades / Pedro Demo. So Paulo: Atlas, 2009.
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. So Paulo: Atlas, 2002.
175 p.
http://novaescola.abril.com.br/index.htm? ed/170_mar04/html/faca. Revista
Nova Escola - Ano XVIII n 164 - Agosto de 2003
LINHARES, Clia... [et.al]; Nilda Alves (organizadora): Formao de professores:
Pensar e fazer 10 ed. So Paulo, Cortez, 2008; - (Coleo Questes da Nossa
poca: v.1)
MINAYO, M. C. S. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em sade.
So Paulo; Rio de Janeiro: Hucitec/Abrasco, 1999.
-
23
PIMENTA, Selma Garrido. Docncia no ensino superior / Selma Garrido
Pimenta, La das Graas Camargo Anastasiou. 5. ed. So Paulo: Cortez,
2011. (Coleo Docncia em Formao).
POZO, J.I.Humana mente: el mundo, la conciencia y la carne. Madrid:
Morata, 2001.
PRESTES, Maria Luci de Mesquita. A pesquisa e a construo do
conhecimento cientfico: do planejamento aos textos, da escola academia /
Maria Luci de Mesquita Prestes. 3 ed., 1 reimp. So Paulo: Rspel, 2008.
260p; 30 cm.
ROSSETTI, Fernando. Projetos de Educao, Comunicao & Participao
e Perspectivas para Polticas Pblicas, (http://rossetti.sites.uol.com.br)
SKINNER, B. F. (974). About behaviorism. New York: Alfred A. Knopf
SOARES, Ismar de Oliveira. Comunicao/Educao, a emergncia de um
novo campo e o perfil de seus profissionais. In: Contato, Braslia, Ano 1, N
1, jan/mar.
SOARES, Ismar de Oliveira. Gesto da Comunicao no espao educativo:
possibilidades e limites de um novo campo profissional. In: BACCEGA, M.
Ap. Gesto de Processos Comunicacionais, SP, Atlas, 2002.