Artigo Engenharia de Materiais

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  • 7/26/2019 Artigo Engenharia de Materiais

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    O s P P I SD C I N C I D O S

    M T E R I I S E D E N G E N H R I

    P R

    U M S O C I E D D E S U S T E N T V E L

    S O O K P H H N

    Universidade deStanford, PaloAlto,EUA

    N

    ossa civilizaoentrouem umanovaera demateriais.Comoest

    fartamentedocumentado emvrios relatrios governamentais e

    acadmicos, as sociedades avanadasemtodo o mundo rapidamente

    adquirem habilidades

    sem

    precedentes

    no

    sentido

    de

    criar materiais pro-

    jetados para satisfazer necessidades humanas. Emtodo

    pas,

    a qualidade

    de

    vida

    e

    segurana econmica

    e

    militar dependem cada

    vez

    mais

    da

    capacidade

    de

    sintetizar

    e

    processar materiais,

    de

    descobrir novos

    e de

    integr-los em

    tecnologias

    demanufatura economicamente eficientese

    ecologicamente seguras.Naverdade,sem osnovos materiaise suapro-

    duo eficiente,

    no

    existiria

    o

    nosso mundo

    de

    equipamentos moder-

    nos, mquinas, computadores, automveis, aeronaves, aparelhos

    de co-

    municaoe

    produtos

    estruturais. Cientistaseengenheirosdemateriais

    continuaro

    a

    estar

    na

    dianteira dessas

    e de

    outras

    reas de

    cincia

    e

    engenhariaaserviodasociedade,medidaqueconquistem novos n-

    veis

    deentendimento econtrole sobreosblocos bsicosque compem

    osmateriais:tomos,molculas, cristaisearranjosno-cristalinos.

    Nesta

    apresentao, descreverei alguns requisitos da pesquisa e

    desenvolvimento de materiais para cinco reasde interesse nacionais,

    cujo

    objetivo

    atingir

    uma

    sociedade sustentvel

    com

    alta qualidade

    de

    vida: informao/comunicao, transportes, energia, sadee desenvol-

    vimento.

    Informao/comunicao

    Avanos naeletrnicae na

    fotnica

    esto mudando a forma

    como

    vivemos

    e

    trabalhamos

    e a

    maneira como interagimos,

    seja

    entre

    ns,

    sejacomferramentasemquinasou comnossomeio-ambiente.

    Osavanos dependemdecinciaeengenhariademateriais, parti-

    cularmente

    de

    sntese

    e

    processamento

    e sua

    relao

    com o

    desempenho.

    Osmateriais maiscrticosrelacionadosaprocessamento deinformao

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    e hardware de armazenagem so os materiais semicondutores usados

    paradesempenhar as funes lgicas e de memria de alta velocidade e

    tambm os materiais magnticos e

    pticos

    utilizados para transmisso e

    comunicao de informao a

    longo

    prazo e baixo custo de armazena-

    mento.Mas, acimadetudo,ocampo est sofrendoumdesvio:depro-

    duzirevender

    chips

    semicondutores eoutros componentes como pro-

    dutofinal,

    passa

    a

    vender mdulos

    funcionais.

    Tais mdulos

    so

    usados

    em sistemas que tm impacto sobre toda nossa sociedade, economia e

    capacidadede defesa, taiscomoautomveis e aeroespao, eletrnica pa-

    raconsumo e para defesa, automao de manufa tu ra ,sensoriamento e

    controle

    ambiental

    e a biblioteca

    do

    futuro. O

    desenvolvimento

    e a ma-

    nufa turade

    mdulos

    cadavezmaisteis coloca

    nfase

    nacontnua pes-

    quisavoltadaminiaturizaoe nosobrigaaconsiderar interconexese

    tecnologias modulares juntamente com desempenho e projetos integra-

    dos dos equipamentos. Assim, avanos nas tecnologias de informao

    esto relacionados a avanos em materiais semicondutores, fotnicos,

    magnticos, fibraspticas, isolantes, supercondutores, condutores, bar-

    reiras

    trmicas e empacotamento e em sua integrao, interao, manu-

    fatura

    eminiaturizao.

    Aprincipalfora de impacto social e penetrao de mercado de

    circuitos integrados tem sido a contnua melhoria de projeto e processa-

    mento,permitindo

    que o

    nmero

    de

    dispositivos

    em um chip

    dobre

    a

    cada

    dois anos. Dobrar

    o

    nmero

    de

    dispositivos

    sem

    dobrar

    a

    rea

    do

    chip requer

    tanto

    reduo no tamanhodos dispositivoscomodarea

    ocupada pelas interconexes. No passado, a diminuioda escalada

    geometria mnima

    dos

    dispositivos pavimentou

    o

    caminho

    da

    densidade

    funcional.

    Extrapolando, antecipa-se

    que a

    geometria mnima

    de

    circui-

    tos integrados chegar a 0,25 micrmetros a partir de meados e at o

    finaldadcada de 90. Redues maiores, usando os materiaishojeco-

    nhecidos, resultariam

    em

    degradao inaceitvel

    a

    temperatura ambien-

    te. A

    concluso

    que

    precisam

    ser

    desenvolvidos enfoquesmaisrevolu-

    cionrios

    em

    tecnologia

    de IC.

    Maior miniaturizao requer grande esforo de pesquisa de mate-

    riais

    para uso em dispositivos eletrnicos de circuito integrado, visando

    a

    superar

    os

    limites

    deescala,

    isto

    ,

    criando dispositivos pequenos

    e com

    elementos ativose interconexes maisdensos.Para isso, novos princ-

    pios fsicos sero necessrios, tanto em nvel de projeto quanto de pro-

    cessamento. Alm

    disso,

    devero ser implementadas configuraes al-

    ternativas

    e fenmenos de transporte desses dispositivos.

    Duas vias de pesquisa devem serseguidas:as que retm os mate-

    riaissemicondutores,

    embora fazendo deles uso revolucionrio; e enfo-

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    ques

    no-semicondutores, tais como

    fotnica

    esupercondutividade,O

    primeiro enfoque

    usa a

    experincia acumulada

    emm anufatura e vai

    pro-

    vavelmentemigrar para processamento

    a

    baixas

    temperaturas,

    nos

    quais

    transies

    qumicas so controladas em nvel atmico e onde hetero-

    estruturase

    novos fenmenos fsicos podem

    ser

    invocados para superar

    as

    limitaes

    de

    escala

    das

    estruturas atuais.

    No final, a

    superao

    das

    limitaesde escala e o aumento de

    fun cionalidade iro

    exigir uma ex-

    tenso da tecnologia, da presente, em duas dimenses, para trs dimen-

    ses.

    Odesenvolvimento dearquiteturasde

    microchip

    em 3-Dapresenta

    enormes desafios e exigir novas tecnologias de materiais, processos de

    manufaturamais sofisticados, novas estratgias

    para

    crescimentode ma-

    teriais,

    novas arquiteturas para

    as

    interconexes

    e

    novos enfoques quan-

    to ao gerenciamento trmico. Alm disso, conforme aumenta a

    funcio-

    nalidade do chip, aumentam tambm substancialmenteasdemandasso-

    bre

    o

    empacotamento

    do

    sistema

    e

    suas interconexes.

    O

    empacotamen-

    to convencionale atecnologia de interconexo esto no limite. Para

    satisfazer demandapor densidades mais elevadasnos chips, sero ne-

    cessriasnovas tecnologias de empacotamento e interconexo e a inte-

    grao destas com toda a tecnologia microeletrnica.

    Transportes

    Aeronutica,e

    aeroespacial

    Nos

    ltimos

    50

    anos,

    os

    materiais usados

    em

    aeronutica

    e

    aero-

    espacial

    tm

    sido

    os da

    variedadehi-tech,

    a

    exemplo

    das

    ligas

    de

    alum-

    nio

    altamenteresistentes,tais

    como

    a7075e as

    ligas

    Al-Li, as

    ligas

    de

    Ti de

    alta temperatura, mais leves

    e

    fortes,

    as

    superligas

    de

    cristais ni-

    cosenovoscompostos,tanto metlicos como polimricos.Acapacidade

    de antecipar, sintetizar, processaremanufaturar estruturas e

    motores

    paraaeronutica e aeroespacial, tanto militar como comercial, continua

    aexigirasmais imaginativaserequintadas aplicaesdefsica,metalur-

    gia

    deprocessoe

    princpios sobre materiais.

    Por

    exemplo,

    o

    sofisticado

    casamento

    entre

    desenvolvimento deligaemodelagemdesolidificao

    levou a umnovotipo de tecnologia de

    fundio

    e m anufaturae proces-

    samento bem-sucedidos de lminas de turbina constitudas por superli-

    gas baseadas em nquel e formadas por grandes complexos de cristal

    nicodirecionalmentesolidificados.Hoje,so esses os materiais preferi-

    dos nos

    sistemas

    de

    propulso

    em

    todo

    o

    mundo.

    Enfoquessemelhantes sero necessrios para compreender, desen-

    volver e

    usar economicamente

    a

    nova gerao

    de

    materiais,

    como

    os

    polmeros

    e os

    compsitos

    intermetlicos

    e

    cermicos.

    O

    sucesso desses

    projetos-piloto

    multidisciplinares exigiraintegrao bem-sucedida de

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    novos projetos

    demotores,

    novas

    configuraesde

    componentes estru-

    turaise

    novas tecnologias

    de

    processamento

    em anufaturade

    materiais

    metlicos,intermetlicos cermicos

    e

    polimricos

    que

    sejamoperacio-

    nais a alta temperatura, resistentes e benignos para o meio-ambiente.

    Sucesso nessas reas tecnolgicas de base, se conseguido, pode ser pron-

    tamente estendido para

    o

    desenvolvimento

    de

    sistemas

    de

    ligas estrutu-

    rais

    desta e de prxima gerao, que requerem operaes a altas tempe-

    raturas e

    estruturas muito mais leves, fortes

    e

    mais facilmenteprocess-

    veis

    quando

    de suaproduo.

    Indstria

    automot iva

    Acredita-se que asaplicaes nesse setor dependam largamentede

    materiais

    convencionais

    e,

    assim,

    no

    sujeitos

    a

    pesquisa

    e

    desenvolvi-

    mento srios.

    Uma

    avaliaomaisacurada mostra

    que o

    automvel

    um dos

    produtos

    mais complexos e sofisticados j desenvolvidos. Suas

    dez mil partes e componentes associados, sistemas e subsistemas forne-

    cem

    o verdadeiro testepara automao eprodutividade. Alm disso,

    pode servirdeparadigma idealparaintegrarosmateriaisjexistentese

    os avanados com processamento e

    m anufatura

    de ponta, tudo dentro

    de limites de confiabilidade ecustoaceitveis. Talvez, a forma mais efe-

    tiva

    de ilustrar o tipo e magnitude dos problemas que hoje cercam os

    materiais usados na indstria automotiva seja catalogar osprincipais

    sistemas de

    materiais

    e as

    tendncias tecnolgicas genricas.

    As

    descri-

    es seguintes servem como indicadores dramticos da amplitude das

    necessidades estruturais primrias

    em

    termos

    de

    materiais.

    Os

    automveis

    de

    hoje

    e do

    futurosero feitos

    de

    folhas

    de

    ao,

    aos especializados, compsitos plsticos estruturais e no-estruturais,

    elastmeros, tintas, metais no-ferrosos, peas moldadas, materiais de

    servio epintura e

    compsitos

    dematriz metlica. Alm disso, sero

    partesdo

    automvel

    modernomateriais magnticos,fibraspticas,no-

    vos vidrosemateriais sensitivos. Esses deverosersintetizadoseproces-

    sados segundo altos padreseento integradosemprojetos inovadores

    deprocessamentoe

    m anufatura.

    Essa tendncia dever dominarasagen-

    dasde pesquisa em projetos e desenvolvimento. Considerando os ga-

    nhos paraopase odesafio intelectual representado pela integraode

    cinciados

    materiais, engenharia

    em anufatura,o

    ataque

    a

    esses proble-

    masdeve

    ser

    prioritrio

    em

    qualquer agenda

    de

    pesquisa

    em

    materiais,

    ainda

    mais que o conhecimento adquirido poder ser prontamente

    transferido

    para

    outros

    usurios de materiais estruturais.

    Materiais

    estruturais

    e

    outros sistem as

    de

    transporte

    Aque

    novas oportunidades

    e

    benefcios econmicos podem levar

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    os novos campos deprocessamento emanufatura denovos materiais?

    Exemplo muito citado o dos supercondutores de alta temperatura,

    aplicveis,

    talvez,

    a

    sistemas

    de

    transporte sobre trilhos, especialmente

    o

    Maglev. Sucesso exigiro bom processamento noapenasdemateriais

    de alta Tc, m as tam bm dos m ateriais estruturais j existentes, seja para

    carros

    ou

    caminhes, materiais sensitivos avanados etc.

    Outros

    exem-

    plosdenecessidadepormateriais para infra-estruturadetransporte refe-

    rem-seacimentoem ateriais baseadosemconcreto, ligas metlicas resis-

    tentesacorrosoe aefetiva integrao dessesnasmetodologiasdecons-

    truo.Todas essas aplicaes requerem persistnciaembuscar formas

    de prever as propriedades de m ateriais estruturais avanados.

    Energia

    Energia

    e sociedade

    A energia desempenha papel singular

    nas

    sociedades

    do

    planeta.

    De um

    lado,

    o

    sangue

    da

    vida econmica,

    que

    fornece

    os

    servios

    e

    infra-estrutura essenciais para a civilizao, tais como transpo rte, com u-

    nicaes, alimento,

    produtos

    industriais e recreao. De outro, sua

    abundncia

    oucarncia determinamasegurana nacional,acom petitivi-

    dade industrial, o meio-ambiente,aeconomiae a estrutura social. Em

    1989, os EUA consumiram 81 quads (81 x 1015 unidades trmicas

    britnicas deenergia.Issoeqivaleenergiaque

    pode

    serfornecidapor

    40

    milhes

    de

    barris

    de

    petrleo

    por dia em um

    ano.

    Significa

    um

    gasto

    de US 400

    bilhes,

    semconsiderar oscustosdemanutenoda segu-

    rana

    do

    fornecimento. Algum fornecimento

    de

    energia

    crucial para

    manter a segurana nacional.

    O

    objetivo

    de uma

    estratgia energtica nacional slida

    fornecer

    fontes

    de energia, converso deenergiae tecnologias deutilizaoque

    satisfaam

    s

    necessidades nacionais

    de

    man eira economicamente

    efici-

    ente

    e

    segura para

    o

    meio-ambiente.

    No

    existem fontes energticas

    perfeitas.

    O

    petrleo

    tem

    disponibilidade limitada.

    Todos

    os

    combust-

    veis fsseis causam danos ambientais. Asopes pela energia nuclear

    despertam preocupao com seguranaedestino derejeitos.A energia

    solar relativamente carae, emm uitas reas, pouco prtica.Emesmoa

    conservao exige larga participao social. O desafio lanado cincia

    o de

    melhorar

    nossas

    tcnicas

    de

    aproveitamento

    de

    energia

    e

    atingir

    conquistas

    que nos

    dem novas

    opes.

    Aimportncia

    para

    aenergiadac incia

    e

    engenharia

    dos m ateria is

    A

    cinciaeengenhariademateriaistm umpapelbasilaremtodo

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    ociclodetecnologia energtica, desdeamelhoriadasfontes primarias

    (petrleo,carvo,gsnatural, energia nuclear, hidreltricaetc.),at no-

    vossistemas para transmissoeconservaoenovos produtoseservios

    para

    o consumidor. Melhorias evolutivasemmateriais continuamente

    contribuem para aumentar a eficincia, confiabilidade e desempenho

    dos

    produtos

    finais;

    e o

    desenvolvimento

    de

    novos materiais

    e

    sistemas

    de

    materiais

    necessrio para novas

    opesde

    energia.

    A

    importncia

    de cincia e engenharia de materiais pode ser melhor visualizada se

    con-

    siderarmosademandapornovos materiaisnasseguintes reas relaciona-

    das

    aenergia: conversoeconservao; opes nucleares; utilizao el-

    trica;eopes futuras, tais como energia solar.

    Sade

    O papel de materiais no campo da sade depende das aplicaes.

    Essas

    incluem cuidado mdico, produtosdesuporteedestinoderejeitos

    mdicos. Produtosvolumosos e descartveis dirigem a pesquisa para

    alternativas materiais economicamente competitivas e ecologicamente

    seguras.Odesenvolvimentodenovos materiais tambmdirigidopor

    produtos

    que possam aumentar e/ou manter a qualidade de vida ao mes-

    mo

    tempo

    que

    reduzam

    o

    custo

    do

    atendimento mdico, atravs

    da

    reduodecomplicaes, reduodanecessidadederevisesereduo

    do

    perodo

    deestadia hospitalar, mantendo ainda assim alto desempe-

    nho.

    Os

    gastos atuais

    com

    servio

    de

    sade,

    nos

    EUA, esto

    na

    casa

    dos

    US 600 bilhes por ano (11% do PIB), comprojeode US 1,6

    trilhes (16% doPIB) parao ano2000. Esses custos incluem tratamen-

    to derejeitos,bemcomo cuidado mdico.evidenteque sedeve conti-

    nuar

    com os

    programas

    de

    pesquisa

    em

    materiais objetivando

    o

    campo

    dasade.

    Meio-ambiente

    O

    meio-ambiente est emergindo como assunto crtico

    no

    apenas

    devido a seu impacto direto

    sobre

    a qualidade de vida, mas tambm por

    seu impactonosprocessos eprodutos industriaisemeiosdetransporte.

    De fato, os aspectos ambientais da qualidade de vida, competitividade e

    utilizao

    de

    energia, incluindo transportes,

    beneficiar-se-iamde um es-

    foroestratgico coordenado

    de

    P&D,

    no

    qualP&D

    em

    materiais seria

    um apea-chave.

    O

    meio-ambiente coloca vrios desafios

    que a

    comunidade

    de en-

    genheiros e cientistas de materiais pode ajudara resolver. Os desafios

    in lu m

    limpeza, reduo

    de

    lixo, armazenamento

    de

    txicos

    e

    melhor

    uso deprodutosnaturais. A comunidade que estuda materiais pode aju-

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    dar asociedadeaalcanarum

    futuro

    noqualtodoso sprodutos tenham

    ciclos de vida projetados de

    forma

    a haver umencadeamentode ciclos

    que no

    produza lixo (por

    lixo,

    entenda-se

    produto

    secundrio

    intil .

    As

    maneirasde se darvaloraenergiaemateriais sero muito diferentes:

    cadaproduto ser visto como ingredientedoproduto posterior.Todo

    processo que produza produtos secundrios

    inteis

    ou de pouco valor

    serseveramente desvalorizado. Para conseguir controle sobre

    o

    ciclo

    de

    vidados materiais, ser necessrio: uso/reaproveitamento de materiais

    comerciais; projeto de novos materiais que possam ser indefinidamente

    reciclados; e processos para fazernovos materiais que no impliquem

    rejeitosde

    produtos danosos

    paraomeio-ambiente.

    A

    INDSTRIA AEROESPACIAL:

    QUESTES

    ECONMICAS,

    TECNOLGICAS ESOCIAIS

    GIORGIO

    E.O. GIACAGLIA

    Escola Politcnica,

    da

    USP,

    So

    Paulo,Brasil)

    O

    principal propsito desta palestra o deanalisaropapelque as

    atividades aeroespaciais tiveram

    e tm no

    desenvolvimento

    de

    uma

    sociedade melhor atravs da tecnologia. Nossa principal pre-

    ocupao nos concentrar na questo bsicade quantoeondeuma

    nao deve investir

    em

    tecnologia,tecnologia aeroespacial

    em

    particular,

    e quais devem ser as bases para tais decises. A explorao do

    espao,

    como qualquer outra exploraofeitapela humanidade, deu sociedade

    umanova perspectiva

    de si

    prpria

    e do

    Universo.Expandimosnosso

    conhecimentoat asfronteirasdoSistema Solarealm delas. Quais

    so

    os benefcios dos investimentos feitos no sentido de atingir esses objeti-

    vos?Qual

    o

    retornomen survel?Quais

    os

    melhores investimentos

    que

    podemos

    imaginar para suprir nossas necessidades sociais

    e

    ampliar nos-

    sa

    compreenso acercadaprpria

    vida?