Artigo CBA Corrigido

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A RELEVÂNCIA DA EXTENSÃO PARA OS CURSOS DE ENGENHARIA: UM ESTUDO DE CASO DO PROJETO “A ROBÓTICA E A INCLUSÃO DIGITAL: UMA VISÃO EXTENSIONISTA” GABRIELA L. REIS, LUIS F. F. SOUZA, MAURÍCIO V. S. SOUSA, VITOR M. O. ALMEIDA, MÁRCIO F. S. BARROSO, ERIVELTON G. NEPOMUCENO, GLEISON F. V. AMARAL Laboratório de Estudos em Controle e Modelagem, Departamento de Engenharia Elétrica , Universidade federal de São João del-Rei Caixa Postal 110, 36307-352, São João del-Rei, Minas Gerais, Brasil E-mails: [email protected], [email protected], [email protected], [email protected], [email protected], [email protected], [email protected] Abstract This article presents the results of an extension project in three public schools, involving undergraduate students in Electrical Engineering. In this project, these students had the opportunity to develop knowledge of Computational Logic and Robotics, through the use of software such as Matlab ® and LabVIEW ® , as well as broadcast of this knowledge to students in el- ementary and high school. We made a questionnaire for students to assess the contribution of this project to their professional lives. Finally, it was concluded that participation in outreach projects as well as being a motivating factor and allow undergradu- ate students to develop concepts in the classroom, can also contribute to the development of other qualities such as creativity, teamwork and commitment. Keywords Engineering Education, Retention, University Extension, Robotics, LabVIEW ® Resumo Este artigo apresenta os resultados de um projeto de extensão em três escolas da rede pública, envolvendo alunos de graduação em Engenharia Elétrica. Neste projeto, tais alunos tiveram a oportunidade de desenvolver conhecimentos de Lógica Computacional e Robótica, por meio da utilização de softwares como o Matlab ® e o LabVIEW ® , bem como transmitir parte des- ses conhecimentos a alunos de ensino fundamental e médio. Foi feito um questionário para os alunos de graduação a fim de ava- liar a contribuição deste projeto para sua vida profissional. Por fim, foi possível concluir que a participação em projetos de ex- tensão além de ser um fator motivador e permitir que os alunos de graduação desenvolvam os conceitos estudados em sala de au- la, pode contribuir também para o desenvolvimento de outras qualidades como criatividade, trabalho em equipe e comprometi- mento. Palavras-chave Ensino de Engenharia, Retenção, Extensão Universitária, Robótica, LabVIEW ® 1 Introdução Um grave problema que atinge os cursos de gra- duação em engenharia no país é a alta taxa de evasão (Silva et al., 2006). Além disso, nesses cursos consta- tam-se, ano após ano, assustadores percentuais de repetência e retenção, que mostram uma baixa efici- ência quantitativa dos cursos existentes (Pereira Fi- lho, 2001). Estes fatores muitas vezes estão associa- dos à falta de articulação dos conhecimentos frag- mentados por disciplinas, bem como à dificuldade dos estudantes de engenharia em relacionar a teoria com a prática. Segundo Cury (2000), é necessário que o aluno tenha uma compreensão do significado dos conceitos estudados e tenha despertada sua curiosidade para as possibilidades de utilização dos mesmos. Entretanto, as escolas de engenharia, em sua maioria, continuam formando os profissionais com base em currículos cuja organização dificulta a integração entre as diver- sas disciplinas. (Oliveira, 2006). Com isso, as difi- culdades dos alunos transpõem a vida acadêmica e os recém-formados muitas vezes se veem despreparados para lidar com os problemas reais de um engenheiro. Nas áreas de engenharia, além das complexida- des já inerentes ao processo de ensino-aprendizagem, têm-se as deficiências típicas do ensino técnico: abordagens tradicionais baseadas em memorizações, conceituações descontextualizadas com o real e iso- ladas do mundo externo à disciplina, falta de preparo de seus docentes e vulnerabilidade às transformações do mercado, da tecnologia e de seus participantes (Rosário, 2006). Desta forma, uma mudança de postura dentro de sala se faz necessária para conduzir os futuros enge- nheiros a uma nova forma de pensar, em que os pro- blemas não se limitem a uma versão simplificada da realidade, de resoluções esquemáticas e mecânicas, de respostas esperadas (Rosário, 2006). Além desta preocupação com o aprendizado das disciplinas, segundo Ribeiro (2005), os cursos de engenharia devem estar voltados para o desenvolvi- mento da habilidade de tomar decisões informadas. Isso se faz por meio da capacidade de definição do problema, coleta e avaliação de informações relacio- nadas a ele e apresentação de soluções e da habilida- de de trabalhar em uma comunidade global, por in- termédio do desenvolvimento de várias atitudes e disposições tais como flexibilidade e adaptabilidade, aceitação de diversidade, motivação, comportamento ético, criatividade e capacidade de trabalhar em gru- po. Assim, o desafio em termos de qualidade do en- sino de engenharia está baseado em buscar um novo

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A RELEVNCIA DA EXTENSO PARA OS CURSOS DE ENGENHARIA: UM ESTUDO DE CASO DO PROJETO A ROBTICA E A INCLUSO DIGITAL: UMA VISO EXTENSIONISTA GABRIELA L. REIS, LUIS F. F. SOUZA, MAURCIO V. S. SOUSA, VITOR M. O. ALMEIDA, MRCIO F. S. BARROSO, ERIVELTON G. NEPOMUCENO, GLEISON F. V. AMARAL Laboratrio de Estudos em Controle e Modelagem, Departamento de Engenharia Eltrica , Universidade federal de So Joo del-Rei Caixa Postal 110, 36307-352,So Joo del-Rei, Minas Gerais, Brasil E-mails: [email protected], [email protected], [email protected], [email protected], [email protected], [email protected], [email protected] Abstract This article presents the results of an extension project in three public schools, involving undergraduate students in ElectricalEngineering.Inthisproject,thesestudentshadtheopportunitytodevelopknowledgeofComputationalLogicand Robotics, through the use of software such as Matlab and LabVIEW, as well as broadcast of this knowledge to students in el-ementaryandhighschool.Wemadeaquestionnaireforstudentstoassess thecontributionof this projectto their professional lives. Finally, it was concluded that participation in outreach projects as well as being a motivating factor and allow undergradu-atestudentstodevelopconceptsintheclassroom,canalsocontributetothedevelopmentofotherqualitiessuchascreativity, teamwork and commitment. Keywords Engineering Education, Retention, University Extension, Robotics, LabVIEW Resumo Este artigo apresenta os resultados de um projeto de extenso em trs escolas da rede pblica, envolvendo alunos de graduaoem EngenhariaEltrica.Nesteprojeto,taisalunostiveram aoportunidadededesenvolver conhecimentos de Lgica Computacional e Robtica, por meio da utilizao de softwares como o Matlab e o LabVIEW , bem como transmitir parte des-ses conhecimentos a alunos de ensino fundamental e mdio. Foi feito um questionrio para os alunos de graduao a fim de ava-liar a contribuio deste projeto para sua vida profissional. Por fim, foi possvel concluir que a participao em projetos de ex-tenso alm de ser um fator motivador e permitir que os alunos de graduao desenvolvam os conceitos estudados em sala de au-la, pode contribuir tambm para o desenvolvimento de outras qualidades como criatividade, trabalho em equipe e comprometi-mento.Palavras-chave Ensino de Engenharia, Reteno, Extenso Universitria, Robtica, LabVIEW 1Introduo Um grave problema que atinge os cursos de gra-duao em engenharia no pas a alta taxa de evaso (Silva et al., 2006). Alm disso, nesses cursos consta-tam-se,anoapsano,assustadorespercentuaisde repetnciaereteno,quemostramumabaixaefici-nciaquantitativadoscursosexistentes(PereiraFi-lho,2001).Estesfatoresmuitasvezesestoassocia-dosfaltadearticulaodosconhecimentosfrag-mentadospordisciplinas,bemcomodificuldade dosestudantesdeengenhariaemrelacionarateoria com a prtica.SegundoCury(2000),necessrioqueoaluno tenha uma compreenso do significado dos conceitos estudados e tenha despertada sua curiosidade para as possibilidadesdeutilizaodosmesmos.Entretanto, as escolas deengenharia, em sua maioria, continuam formandoosprofissionaiscombaseemcurrculos cuja organizao dificulta a integrao entre as diver-sasdisciplinas.(Oliveira,2006).Comisso,asdifi-culdades dos alunos transpem a vida acadmica e os recm-formados muitas vezes se veem despreparados para lidar com os problemas reais de um engenheiro.Nasreasdeengenharia,almdascomplexida-des j inerentes ao processo de ensino-aprendizagem, tm-seasdeficinciastpicasdoensinotcnico: abordagenstradicionaisbaseadasemmemorizaes, conceituaesdescontextualizadascomorealeiso-ladas do mundo externo disciplina, falta de preparo de seus docentes e vulnerabilidade s transformaes domercado,datecnologiaedeseusparticipantes (Rosrio, 2006).Desta forma, uma mudana de postura dentro de salasefaznecessriaparaconduzirosfuturosenge-nheiros a uma nova forma de pensar, em que os pro-blemasnoselimitemaumaversosimplificadada realidade,deresoluesesquemticasemecnicas, de respostas esperadas (Rosrio, 2006).Almdesta preocupao com o aprendizado das disciplinas,segundoRibeiro(2005),oscursosde engenhariadevemestarvoltadosparaodesenvolvi-mentodahabilidadedetomardecisesinformadas. Issosefazpormeiodacapacidadededefiniodo problema,coletaeavaliao deinformaes relacio-nadas a ele e apresentao de solues e da habilida-dedetrabalharemumacomunidadeglobal,porin-termdiododesenvolvimentodevriasatitudese disposiestaiscomoflexibilidadeeadaptabilidade, aceitaodediversidade,motivao, comportamento tico,criatividadeecapacidadedetrabalharem gru-po.Assim, o desafio em termos de qualidade do en-sinodeengenhariaestbaseadoembuscarumnovo modeloqueincorporeasmudanastecnolgicase sociais e oferea alternativas que valorizem o proces-so de ensino-aprendizagem (Colenci, 2000). Nestecontexto,vriasiniciativasforamdesen-volvidasnosentidodemelhoraraqualidadeedimi-nuironmerodeevaseseretenesnoscursosde engenharia,comopodeservistoem(Nakao,2005), (Marchetti,2001)e(Schnaid,2003)queapresentam propostas de melhorias na metodologia do ensino, do aprimoramentodosconceitos,dacontextualizaoe da ligao entre teoria e prtica. Entretanto, este artigo mostra que o envolvimen-todosalunosdegraduaoemengenhariacoma extensoemprojetoseducacionais,emparticularna robtica,podeserumfatordegrandedestaqueno combateretenoeabandonodocurso.Segundo (Reiset.al2011)ocontatocomarobticaecom diferentessoftwares deprogramao aumentao inte-resse dos alunos por essas reas e a relao com alu-nosdoensinomdioefundamentalpermitequeos estudantesdoensinosuperioraprendamnoatode ensinar.Istopodecaminhartambmemlongoprazo nadireodaformaodeengenheirosprofessores ouprofessoresengenheiros,umagrandelacunano sistema acadmico. Tendoemvistatodosessesaspectos, este traba-lho apresenta um estudo dos resultados do Projeto A RobticaeaInclusoDigital:UmaVisoExtensio-nista, desenvolvido pelo Grupo de Controle e Mode-lagem (GCOM) da Universidade Federal de So Joo Del-Rei(UFSJ)quetemcomoobjetivoagregaras-pectos da robtica e da insero digital como meio de motivaralunosdoensinomdioefundamentalase interessarem pelas reas relacionadas robtica, bem comoaumentarointeressedealunosdoEnsinoSu-perior, bolsistas ou voluntrios, por essas reas.Paraodesenvolvimentodotrabalhoforamusa-dosrobsdotipoLEGOmodeloMindstorm.Oin-teressante neste modelo de rob a sua possibilidade de ser montado segundo a criatividade do aluno. Tais robs so compostos de blocos do tipo LEGO, com unidadesdeprocessamento,partesmveisedeins-trumentaoacoplveisdeacordocomointeressee imaginaodosalunos(Ferrarietal.,2002).Foram utilizadostambm diferentes softwares deprograma-o, cada um em uma etapa do aprendizado, seja para ainiciaolgicacomputacional,sejaparaapro-gramao de robs.Nessesentido,esteprojetovisoulevarcomu-nidade externa UFSJ a oportunidade de desbravar a robtica,tendocomo principalargumento ainsero dosalunosdoensinofundamentalemdiosferra-mentas da lgica computacional e da manipulao de robs autnomos mveis. Experincias com trabalhos anteriores realizados na mesma linha foram utilizadas como base deste projeto (Gomes et al., 2008; Medei-rosFilho2008).Ahiptesecolocadaemcheque,no inciodestainvestigao,queaampliaodeco-nhecimentos e a participao de alunos de graduao em engenharia em projetos de extenso envolvendo a robticapodeaumentarointeressedessesalunos pelocurso,bemcomocontribuirparaamelhorano seu desempenho e a diminuio nos ndices de reten-o. 2Metodologia Os cursosministrados com o apoio dos estudan-tesdeEngenhariaEltricaparticipantesdoprojeto foram direcionados a alunos de escolas pblicas com prioridadeparaaquelascomresultadosnoExame Nacional do Ensino Mdio (ENEM) mais desfavor-veis equeestejam sediadas namicrorregio do cam-podas vertentes. A proposta do projeto consistiu em dividir o curso em cinco mdulos: 2.1 Noes Bsicas de Informtica Introduoinformtica,incluindoousodos principaiscomponentesdeumcomputadoreseus perifricos,aberturaefechamentodeprogramase execuo de tarefas simples. 2.2 Noes Bsicas de Lgica Matemtica e Compu-tacional Aintroduolgicamatemticaecomputaci-onalfoioprimeiropassoparaaprogramaode computadores e sua aplicao automao de robs. Nestemomento,osalunostiveram contato com ope-radores condicionais edelgicaestruturadadecom-putadoresemMatlab.Clculocommatrizes,ex-pressesalgbricas,aritmticas,funesdeprimeiro e segundo graus. 2.3 Introduo Programao de Robs I Aprogramaodasunidadesdeprocessamento dos robs da LEGO Mindstorm nesta etapa do curso foifeitapormeiodosoftwaredisponvelnoprprio kit, sendo que o modelo utilizado foi o NXT 2.0. Este softwarepossuiumainterfacegrficabastanteami-gvel voltada para a robtica educacional.Nestemomentoosalunosaprenderamaprogra-mar robs para realizarem tarefas simples como girar 90emtornodoprprioeixoouemtornodeuma roda,percorrerumadistnciade1metro,andarem crculo, desviar de obstculos, virar e ir de um ponto a outro. 2.4 Introduo Programao de Robs II Tendo os conhecimentos bsicos assimilados du-ranteosprimeiroscursos,osalunosdoensinofun-damental e mdio tiveram a capacidade de desenvol-vermelhoraprogramaodosrobs,pormeiodo software LabVIEW que possibilitou uma programa-omaiscomplexaeinteligenteparaodesenvolvi-mento de tarefas mais difceis. 2.5 Competio de Robs Nestemomentoosalunosforamapresentados OlimpadaBrasileiradeRobtica(OBR), queuma competioapoiadapeloInstitutodeEngenheiros Eletricistas e Eletrnicos da Amrica Latina (IEEE) e quebuscadesenvolverarobticaemescolassecun-daristas.Nestepontoforamapresentadasaosalunos estratgiasdeautomaointeligente,princpiosde modelagem multiagente e inteligncia artificial. Alm destacompetio,osalunosaindaparticiparamda VIII Olimpada de Robs da Universidade Federal de Juiz de Fora, na categoria Lego Sum. Cada mdulo com durao de trinta e duas horas tevecomoobjetivodesenvolverashabilidadesbsi-caseminformticaatatingironveldascompeti-esemrobtica.Asaulasforamtodasdesenvolvi-dasemambienteapropriado,comumalunopor computador,comapostilasprpriaseadequadasaos temas. A partir do mdulo de programao de robs, as aulas foram realizadas no Laboratrio de Controle eModelagem(LECOM),quepossuidozerobs, sendo formadas equipes de at quatro alunos. Emcadaetapa,osalunosdegraduaoselecio-nadosparaparticiparemcomobolsistasdeiniciao cientficaouvoluntrioscontriburamnaelaborao domaterialdidtico,napropostadedesafios elistas de exerccio, dando suporte durante as competies e atuandocomoprofessoresauxiliaresdurantesasau-lasqueforamministradaspordocentesdeEngenha-ria Eltrica da Universidade Federal de So Joo del-Rei responsveis pelo projeto. 3Programao dos Robs Osoftwareutilizadonesteprojetoparaapro-gramaodorobLEGOMindstormfoioLabVI-EW,umalinguagemdeprogramaogrficaorigi-nriadaNationalInstruments muitoutilizadana realizaodemediesenasreasdecontrole eau-tomao.Aprogramaofeitadeacordocomomodelo defluxodedados,oqueofereceaestalinguagem vantagens para a aquisio de dados e para a sua ma-nipulao.Aestruturadeprogramaocomposta por um painel central, que contm a interface, e pelo diagramadeblocos, quecontm o cdigo grfico do programa, como mostram as Figuras 1 e 2. Figura 1. Diagrama de blocos Figura 2. Painel Frontal ComopodeservistonasFiguras1e2, noLab-VIEWforamincorporadososblocosdeprograma-odoNXT2.0,possibilitandoprogramaros senso-res eosatuadores do rob. Tambm possvel utili-zarestruturasCASE(se-seno)ederepetio,alm deportaslgicas,blocosdecomparao eestruturas mais complexas como a mquina de estados.Amquinadeestadosumaestruturaqueper-mite distribuir aes em diferentes estados, como por exemplo, criar um estado para ler a resposta dos sen-sores,outroparafazerorobirparafrenteeainda umestadoparaqueorobpossasecomunicarcom outro.Atransiodeumestadoparaoutro,ouseja, deumaaoparaoutra, deveser definidano cdigo doprograma.Destaforma,amquinadeestados evitaarepetiodeestruturasCASE,tornandoo programa mais rpido. Autilizaodevriosblocosdeprogramao pode tornar o programa extenso. Uma forma de redu-zi-locriarumaSubVIquepermitecondensarum conjuntodeblocosdeprogramaoquetmuma determinada funo em apenas um bloco. A Figura 3 mostra a SubVI do programa mostrado na Figura 1. Figura 3: Demonstrao de uma SubVI 4Resultados 4.1 Atividades desenvolvidas Carrinho de controle remoto Algumassituaesrequeremdimensionamento dasposiesdorob,pormeiodasquaisosalunos podemdesenvolvernoesprticasdegeometria plana.Ocasiesestasemquesonecessrioscertos movimentos do rob, tais como se deslocar mediante certo ngulo e na forma de figuras geomtricas como, porexemplo,retngulos,quadradosecircunfern-cias.Destaforma,afimdeexplorartaissituaeso primeiro desafio proposto aos alunos foi projetar um carrinho de controle remoto, como mostra a Figura 4. Figura 4. Carrinho de controle-remoto Ocontroleremotodefiniaasaesdocarrinho, pormeiodedoissensoresdetoquequeagiamda seguinte forma: Tabela 1. Aes do carrinho de controle-remotoAcionamento do controleReao no carrinho Botes esquerdo e direito pressionados Mover para frente em linha reta Boto esquerdo pressio-nado Mover para frente, vi-rando esquerda Boto direito pressionadoMover para frente, vi-rando direita. Botes esquerdo e direito no pressionados Mover para trs em li-nha reta Tirar latinhas de um quadrado Neste desafio, os alunos tiveram que programar orobpararetiraremummenortempoquatrolatas de refrigerante dispostas aleatoriamente dentro de um quadrado feito com fita isolante preta, como mostra a Figura5.Paratal,osalunosutilizaramumsensor ultrassnicoeumsensordecor.Assim,puderam aprenderosprincpiosdefuncionamentodesses sensores,queenvolvemosconceitosdeondas sonoras, frequncia, velocidade e princpios de tica. Figura 5. Desafio de tirar as latinhas do quadrado Comunicao entre robs OsrobsdomodeloMindstormpodemfazer comunicaoviabluetooth.Nestedesafio,osalunos tiveramqueprogramardoisrobs,definindoum delescomomestreeooutrocomoescravo.Estes robsforamcolocadosemsentidosopostos.Orob mestredeveriaselocomover parafrenteatalcanar orobescravoelogoemseguidaenviarumcdigo paraqueorobescravoandasseparafrenteata posioinicialdomestre.Acondioinicialdeste desafio mostrada na Figura 6. Figura 6. Comunicao entre robs Participao na OBR Umavezdesenvolvidastodasasatividades descritas,osalunosforamapresentadosaosdesafios daOlimpadaBrasileiradeRobticaetapamineira nosnveis1e2,sendoaprimeiracategoriavoltada paraalunosdoensinofundamentaleasegundapara alunosdeensinomdioetcnico.Odesafiodesta competio consiste em construir um rob autnomo quesejacapazdeseguirumcaminhoformadopor linhaspretasfeitascomfitaisolanteedesviarde obstculosqueestejamnapista,comomostraa Figura 7. Durante o percurso as vtimas esto sobre o caminho, sendo no nvel1 formadas por fita isolante verdeoudepapelalumnio,noqualorobdeve identific-lasascendendoumaluz,podendotambm emitirum som ao passar por elas. Por outro lado, no nvel2,avtimaumalataderefrigeranteeorob deve lev-la at o final da pista. Figura 7. Pista de competio da OBR Pararealizartaldesafio,osalunosutilizaram trssensoresdecor,doissensoresultrassnicos, sendoumdelesmvel,quatromotoresedoisrobs conectadosviaBluetooth.Umavezrealizadaa montagemdorob,osalunosdefiniramentoas estratgias de programao para faz-lo seguir a linha preta,aplicandooconceitodeanlisecombinatria comomostraatabelaabaixo. Utilizando o sensor de cornomdulodeintensidadedecorosalunos desenvolveram uma lgica de programao na qual o sensorretornavaovalor1quandoidentificavaacor preta e 0 quando identificava a cor branca. Tabela 2. Estratgia para o rob seguidor de linhaAnlise combinatriaResposta dos atuadores Situaes Sensor Esquerdo Sensor central Sensor direito 000Mover para frente em linha reta Presena de um gap (local sem fita preta). 001Mover para direita Presena de uma curva direita. 010Mover para frente em linha reta Caminho retilneo. 011Mover para direita 90 em torno do seu prprio eixo Presena de uma curva de 90 direita. 100Mover para direita 90 em torno do seu prprio eixo Presena de uma curva de 90 direita. 101Girar em torno o seu eixo at Presena de uma curva com encontrar o caminho inclinao obtusa. 110Mover para esquerda 90 em torno do seu prprio eixo Presena de uma curva de 90 esquerda. 111Girar em torno o seu eixo at encontrar o caminho Presena de uma curva com inclinao obtusa Nestacompetio,asequipesformadaspelos alunos deste projeto ficaram em segundo lugar, tanto nonvel1comononvel2. Aparticipaodelesfoi muitoimportante,nospelaconquistadosegundo lugar, mas principalmente pela integrao com outras equipesepelaformacomoosalunos evoluram ese posicionaramperanteosdesafiosquelhesforam propostos. Participao na VIII Olimpada de Robs ApsaOlimpadaBrasileiradeRobticaetapa mineiraoprximodesafioparaos alunos do projeto foiparticipardaVIIIOlimpadadeRobsdaUFJF namodalidadeLegoSum,competioestadesti-nada apenas a alunos do ensino fundamental. Estacompetiodisputadaporduasequipes, cadaumacompostaporumoumaismembros.Ape-nas um membro de cada equipe pode ficar na rea do ringue, enquanto os demais membros devem assistir a disputa junto com o pblico. Cada equipe compete no Doj (ringue de sum), como mostra a Figura 8, com um rob construdo de acordo com as especificaes previstasnaregraquedelimitamalarguraeocom-primento do rob a 20cm e o peso a 3kg. A partida iniciadaaocomandodojuizprincipal econtinuaat umcompetidorconquistardoispontosdeYuk.O vencedordapartidaaquelequeconseguirtiraro robadversriodoDoj,oucasoissonoacontea emtrsminutosocampeoseraqueledeterminado pelo juiz. Figura 8. Ringue da Competio Lego Sum Medianteasinstruesdojuiz,asduasequipes secumprimentamcomumarevernciaaoladodo ringue,seaproximamdoringueeposicionamoseu robdentrodasuametadedoringue,atrsdalinha Shikiri. Um rob ou parte dele no pode ser posicio-nado alm da borda interna da linha Shikiri. Note que norequeridoqueumrobsejaposicionadodire-tamente atrs dalinha, elepode estar deslocado para o lado, contanto que esteja atrs de uma linha imagi-nria colinear linha Shikiri. Naspartidasentrerobsautnomos,quandoo juizprincipalanunciaroinciodarodada,ummem-brodecadatimeativarosrobseapsumapausa de5segundososrobs podem comear afuncionar. Duranteesses5segundososmembrosdasequipes devemdeixarareadoringue.Apartidatermina quandoanunciadopelojuizprincipal.Entoasduas equipesrecolheroos seus respectivos robs darea do Doj. Destacompetioparticiparam quinze equipes e aequipeformadapelosalunosdesteprojetoficou com a primeira colocao, sendo que a premiao da competio foi um netbook para cada aluno. 4.2 Avaliao dos alunos de graduao Aofinaldoprojeto foi preparado um question-rioparaquatorzealunosdegraduaobolsistase voluntriosquetiveramparticipaonesteeemou-trosprojetosdeextensoafimdeavaliaraopinio dosmesmosquantoaoensinodeengenharia,aotra-balho desenvolvido e a importncia dos conhecimen-tos adquiridos neste projeto na sua vida profissional.Pormeiodasinformaesobtidaspeloquestio-nrio,osresultadosforamagrupadosemgrficos contendoanlisesestatsticasrelacionadasacada grupo deperguntas erespostas,contabilizando todos os aspectos do trabalho de maneira a refletir os resul-tadosobtidos.Primeiramente,osalunosforamques-tionados se em algum momento pensaram em desistir oumudardecurso.Asrespostasdosalunosaesta questo podem ser vistas na Figura 9. Figura 9. Interesse dos alunos em desistir ou mudar de curso PelaFigura9,nota-sequeaproximadamente 43% dos alunos entrevistados j pensaram em desistir decursarEngenhariaEltrica.Quandoquestionados sobreomotivoamaioriarespondeuquedevido faltadeprojetoseatividadesquetornempossveis observar na prtica os conceitos estudados em sala de aula. Alguns ainda citaram que o motivo por estarem desmotivadossedevesdificuldadesdocursoea reprovaes em determinadas disciplinas.Outropontoanalisadonoquestionriofoiseo desempenhodosalunosnauniversidadeeseunvel deconhecimentomelhoraramapsaparticipaono projetodeextenso.Oresultadodestelevantamento pode ser visto na Figura 10. Figura 10. Desenvolvimento dos alunos ao longo do projeto Observando a Figura 10, nota-se que grande par-tedosalunosobservouquehouvemelhoraemseu desempenhonauniversidade,sobretudoaquelesque haviampensadoemdesistirdocurso.Almdisso, todososalunosnotaramumdesenvolvimentoem termos de conhecimento especfico. Paralelo a isso, foi observado por esses alunos o desenvolvimentodeimportantescaractersticas,co-mo criatividade, trabalho em equipe, planejamento e, inclusive,habilidadescomofalarempblico.Desta forma,algunsalunosquetinhamdificuldadesem apresentar trabalhos ou at mesmo questionar profes-sores em sala de aula, melhoraram muito esses aspec-tos. O desenvolvimento da pesquisa e a oportunidade de passar os conhecimentos adquiridos para os alunos dasescolaspblicasforammuitogratificantes.O resultado deste trabalho refletiu diretamente na parti-cipaonascompeties,nospelaboaatuao dos alunos das escolas, mas, sobretudo pelo interesse e pelo prazer que estes alunos das escolas demonstra-ram ao cumprir os desafios que lhes foram propostos. Nestecontexto,aelaboraodomaterialdidtico,a preparao,arealizaodasaulaseosresultados obtidosdestetrabalhodespertaramemalgunsdos alunos o interesseporiniciar o mestrado, e, at mes-mo seguir a rea acadmica. O contato com a robtica, tambm possibilitou o surgimento de novas ideias por parte dos alunos e dos professores,deformaqueforamescritosnovospro-jetos de iniciao cientfica que j esto sendo desen-volvidoscomoapoiodaFundaodeAmparo PesquisadoEstadodeMinasGerais(FAPEMIG). Comoexemplos,podemsercitadosostrabalhos ControlePIDdePosioAplicado aumBraoRo-btico de 4 Graus de Liberdade e Reconhecimento de Ambientes Integrado a Identificao e Otimizao de Possveis Trajetrias. Estes trabalhos esto sendo realizadoscomosrobsLEGO,demaneiraque todooconhecimentoobtidonoprojetodeextenso estsendoaproveitado.Destaforma,mesmocomo fimdoprojeto,osalunoscontinuamtrabalhandoem pesquisasnasreasderobticaetmseinteressado cadavezmaispordisciplinascomoControleePro-gramaodeComputadores,umavezqueestesco-nhecimentos so necessrios parao desenvolvimento destes trabalhos.Alm disso, os alunos participantes do projeto de extensoformaramumaequipeparacompetirna categoriaStandardEducational Kits (SEK) na Com-petioLatino-AmericanadeRobtica(LARC), vol-tada para os robs da LEGO. Atualmente esta equi-peconstitudapornovosmembros,envolvendo alunos das Engenharias Mecnica e Eltrica. Compe-ties como esta so bastante interessantes, pois per-mitemaosestudantesocontatocom profissionais de reas afins e o desenvolvimento de seus conhecimen-tos especficos durante o processo de preparao para que seja realizado o desafio proposto pelos organiza-dores.Abuscaporsoluestambmmotivao aluno a questionar os professores e se interessar mais pelas disciplinas oferecidas na graduao. Osalunostambmforamquestionadossena opiniodelesaparticipaonoprojetodeextenso contribuiu para sua formao acadmica. Como mos-traaFigura11,amaioriados alunos notouaimpor-tncia deste trabalho para sua vida profissional. Figura 11. Opinio dos alunos quanto importncia de sua participao no projeto de extenso para sua formao acadmica Foiobservadopelosalunosqueaparticipao emprojetoscomoeste,almdeampliarosconheci-mentosespecficos,podesermuitointeressanteno sentidodepossibilitarumamelhoradeseuscurrcu-los, podendo ser um diferencial importante num pro-cessoseletivodeestgio,porexemplo.Ademais,o desenvolvimento do aluno e, sobretudo, a melhora de suadesenvolturaajudambastanteematividadesco-modinmicasdegrupoepainisdenegcios,co-muns em seletivas de estgio e trainees. No questionrio havia ainda uma questo discur-siva relacionada ao interesse dos alunos em continuar participandodeprojetosdeextenso.Todososalu-nosresponderamquesim.Alguns,porquegostariam de ampliar seus conhecimentos e outros, pois gostari-amdecontinuaradesenvolvertrabalhosemprolda comunidade. Nestesentido,outrosprojetosdeextensoem robticaestosendoelaborados,afimdeenvolver mais alunos de graduao. Um dos projetos que esto sendoidealizadospelosalunos,como apoio depro-fessores de Engenharia e da Psicologia intitula-se A Robtica e a Incluso Social: Tecnologia e Acessibi-lidade Aplicada ao Ensino. Este projeto alm de dar continuidadeaotrabalhodeextensovoltadoparaa robticaeducacionaljrealizadoincluirtambma participao de crianas com deficincia. Por fim, foi feito um questionrio para os alunos do ensino mdio participantes do projeto para avaliar ointeressedestesalunosemprestarvestibularpara algumaengenharia, e, assim, saber se de alguma for-maesseprojetodespertouointeressedosestudantes deensinomdiopelarea.Arespostadosonzealu-nos entrevistados pode ser vista na Figura 12. Figura 12. Interesse dos alunos do Ensino Mdio em prestar vestibular para alguma Engenharia PormeiodaFigura12,nota-sequeocontato comarobticadespertouointeressedosalunosdo ensinomdiopelareadeEngenharia.Mesmoos dois alunos que responderam que no pretendem con-tinuarseusestudosnestarea,gostarammuitodo curso e acreditam que a participao no projeto pode serimportanteparasuascarreiras,umavezquea robtica e a tecnologia esto cada vez mais presentes no cotidiano das pessoas.5 Concluso Pelas atividades desenvolvidas durante o projeto, nota-sequegrandepartedeconceitosestudadosem salade aula puderam ser vistos na prtica com ouso desensores,atuadoresediferentes softwares depro-gramao. Este fator, sem dvida contribuiu para um melhor entendimento dos princpios de funcionamen-toedaimportnciadestesmecanismosemdiversas aplicaes por parte dos alunos. Alm disso, no s os conhecimentos especficos tiveram destaque durante esse trabalho. Outras quali-dadescomocriatividade,motivao,capacidadede trabalharemgrupo,comprometimentoeadaptabili-dadeforamdesenvolvidasduranteasetapasdeste projeto.Estascaractersticassomuitoimportantes paraacarreiraprofissionaldoaluno,sejanarea acadmica, em empresas ou em ambientes industriais. Otrabalhodeextensoalmdesergratificante pelofatodosalunossatisfazeremasexpectativas propostaspeloprojeto,tambmumaformade aprenderalidarcomquestionamentosporpartedos alunosdeensinomdioefundamentalesituaes inusitadas que tornam as aulas um desafio a cada dia. Outroaspectoimportantequeseporumlado os alunos de graduao so motivados a se interessa-remmaispelocurso,poroutro,osalunosdoensino mdiosesentemmotivadosaingressarnasreasde Engenharia. Neste cenrio, a ligao entre a robtica edisciplinascomoamatemticaeafsicafazcom queessesalunospassemagostardestasdisciplinas, que muitas vezes so cotadas como difceis nas esco-las. Desdeomomentodaaberturadoprojetohouve notvel apoio dos professores das instituies quanto promoodessetrabalho.Aofimdoprojeto,as diretoras das escolas mostraram-se muito agradecidas comrelaoaomesmo.Nessesentido,importante continuarotrabalholevandoemconsideraoas devidasmelhoriasnasuametodologia.Proportal projeto em novas escolas tendo o trabalho promovido como referncia de relativa importncia. Destaforma,osbenefciosresultantesdessetra-balhoassumemdimensesconsiderveis,tendoem vistaopapeldaEngenhariajuntosdificuldades vividaspeloensinofundamentalemdionacional atual,orendimentodosalunosnasdisciplinasea motivao dos estudantes pela rea. Agradecimentos Fundao de Amparo Pesquisa do Estado de MinasGerais(FAPEMIG)peloapoiofinanceiro, Universidade Federal de So Joo del-Rei pelo apoio logstico, infra-estrutura fsica e divulgao, Escola EstadualProfessorIagoPimentel,EscolaEstadual GovernadorMilton Campos eEscolaEstadualC-nego Luiz GiarolaCarlos pela participao, prefei-turadeBarrosoporterdisponibilizadootransporte dos alunos e aos amigos do Grupo de Controle e Mo-delagemGCOMedotimedefutebolderobs- Uaisoccer pelo apoio. Referncias Bibliogrficas Colenci, A. T. (2000). O ensino de engenharia como umaatividadedeservios:Aexignciade atuaoemnovospatamaresdequalidade acadmica.141f.Dissertao(Mestradoem Engenharia de Produo) Universidade de So Paulo, So Carlos, 2000. Cury,H.N.(2000).Estilosdeaprendizagemde alunosdeengenharia.AnaisdoXXVIII CongressoBrasileirodeEnsinodeEngenharia, Ouro Preto. Ferrari, M.;Ferrari, G.;Hempel, R. Building Robots WithLegoMindstorms.SyngressPublishing, 2002, Pages 279-310. Marcheti, A. P. C. (2001). 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