Arte oriental

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Arte Oriental Grupo: Ana Beatriz, Giovanna, Vitória, Eloisa e Tayná.

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Arte OrientalGrupo: Ana Beatriz, Giovanna, Vitória, Eloisa e Tayná.

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Arte Oriental A arte do Extremo Oriente, rica e variada em suas

manifestações, revela, na China e no Japão, estreito relacionamento com a religião, sendo ao mesmo tempo eco das numerosas dinastias chinesas e dos guardiães da cultura (bonzos) japoneses. O vínculo permanente entre ambos os países determinou a influência do primeiro sobre o segundo, desde os séculos V e VI até o XIX, em todas as disciplinas artísticas, embora com o tempo os artistas japoneses tenham forjado sua imagem própria, naturalista e distanciada do simbolismo chinês.

Um dos fatores que determinaram essa estreita relação cultural foi a religião, mais precisamente o budismo. Os chineses, a princípio taoístas e confucionistas, começaram a absorver as crenças budistas, depois da expansão do império gupta (indiano) no século IV, sendo definitiva a instauração dessa religião durante a dinastia T'ang (século VI). O Japão recebeu o budismo das mãos dos chineses durante o período Nara (645-784). Difundiram-se assim os primeiros templos chineses, os pagodes, inspirados nos stupas hindus.

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A escultura chinesa também adotou as ousadas e elegantes formas da Índia, que transpôs para o Japão nas estátuas colossais de Buda. A cerâmica e a porcelana ocorreram com igual profusão em ambas as culturas, embora os motivos tenham nascido da iconografia chinesa. Os melhores expoentes pertencem às dinastias Ming e Ts'ing. A pintura de paisagens atingiu o auge na China a partir do século XII, mas então o Japão desenvolveu um estilo próprio, de costumes e narrativo, carente do lirismo e da intelectualidade dos chineses.

Tanto a arquitetura chinesa quanto a japonesa tiveram e continuam tendo um caráter eminentemente funcional, não apenas no que se refere à habitabilidade, mas também ao conceito de integração ao cosmo ou harmonização com a natureza. Para os chineses, a arquitetura deveria ser uma réplica do universo. As formas quadradas, que representam a terra, e as arredondadas, que simbolizam o céu, combinam-se de tal maneira que tanto templos quanto pagodes exibem aparência semelhante em atenção a essas normas.

ARQUITETURA NA ARTE CHINESA E JAPONESA

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No geral, as construções chinesas que mais receberam atenção foram os templos, localizados sobre um terraço com orientação específica, tendo em vista as estações do ano. O exemplo mais interessante é o da Cidade Proibida, construída para o imperador no início do século XV. Ali se pode observar a disposição do templo e dos diferentes palácios, com um imenso jardim central, que se estende por pequenos pátios internos em cada um dos diferentes edifícios.

Os telhados típicos de terracota, com suas pontas para cima, além de serem uma realização complexa, simbolizam na China a união entre o celestial e o terrestre. No Japão, persistiu-se na tradição arquitetônica chinesa para os templos budistas, o que não ocorreu com a arquitetura profana. Uma das construções mais típicas é o rikyu, criado por Kobori Ensnu, para a realização da cerimônia do chá. Trata-se de uma vivenda onde o volume e a simplicidade de formas são os personagens principais.

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Os materiais utilizados são os que o entorno natural oferece, no geral madeira e argila, e em algum casos também cobre e junco, principalmente nos telhados. Com o tempo, os rikyu passaram a servir de modelopara habitações particulares pela capacidade de transformação do espaço que suas leves divisórias corrediças ofereciam. Construído em meio a um jardim de plantas perenes, pedras e água, que convidam à meditação, o rikyu continua sendo hoje em dia uma das construções de maior influência na arquitetura contemporânea ocidental.

As primeiras esculturas chinesas eram figuras zoomórficas monumentais da época da dinastia Han, tanto em pedra como em bronze. Sob o governo da dinastia T'ang proliferaram as figuras em madeira pintada e folheadas a ouro, típicas da plástica indiana. Pode-se dizer que esses modelos se conservaram ao longo de toda a história da arte chinesa quase sem variações estilísticas, com exceção das famosas estátuas monumentais do príncipe Buda, pertencentes à dinastia Ming (século XIV).

ESCULTURA NA ARTE CHINESA E JAPONESA

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Os escultores japoneses adotaram os modelos búdicos austeros da dinastia chinesa T'ang, combinando-os com os preceitos históricos do xintoísmo. Não satisfeitos com a idealização chinesa, tentaram dotar sua estatuária de grande expressividade, o que os levou a colorir rostos e intensificar as feições. Esse expressionismo foi transferido depois para as máscaras de teatro do século XV. Ousados e inconformados, os artistas japoneses não temeram cair num certo maneirismo próximo do grotesco.

Os trabalhos em jade, bronze, cerâmica e porcelana de caráter suntuoso, nos quais tanto os chineses quanto os japoneses demonstraram um refinamento singular e uma grande exigência de qualidade, obscureceram a escultura. As jóias e os objetos decorativos em jade, pedra extremamente difícil de se esculpir, e os espelhos decorados eram muito cobiçados pelos aristocráticos mecenas japoneses. A porcelana faz parte da tradição: a mais representativa continua sendo a azul cobalto e branca (Arte Ming).

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A extensa história da pintura chinesa começou com um quadro sobre seda encontrado recentemente e que pertenceu à dinastia Shou (206 a.C.). A ele seguem-se os afrescos dos tempos da dinastia Han e mais tarde os da T'ang, muito bem-conservados e de uma elegância e refinamento característicos das cortes imperiais. Os motivos eram tanto religiosos quanto profanos. Existia o pequeno formato de álbuns, combinando as ilustrações com letras desenhadas. No século XI aparecem os primeiros quadros de paisagem.

O paisagismo foi considerado na China o gênero pictórico mais relevante e atingiu o apogeu durante a dinastia Song (IX-XIII). As paisagens ostentavam formas puras e simbólicas, as composições eram em geral assimétricas e obtinha-se uma ilusão de perspectiva sem paralelo na pintura universal. A partir de então, a pintura chinesa se limitou à imitação dos modelos antigos, e surgiram a pintura sobre seda e as gravuras, que tão imitadas seriam na Europa rococó (Chinoiserie).

Pintura na Arte chinesa e japonesa

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A pintura japonesa, no essencial, não se afastou do modelo chinês. A princípio também se produziu grande quantidade de afrescos, que decoravam as paredes dos templos. De caráter naturalista, eram semelhantes às primeiras pinturas budistas dos pagodes chineses. Já em plena Idade Média, os pintores japoneses abandonaram definitivamente os temas religiosos e optaram por ilustrar o refinamento e os luxos da corte. Adquiriu então importância a técnica da aquarela sobre papel ou seda, sempre segundo cânones estéticos chineses.

A partir do século XIV, a pintura sobre seda se transformou no gênero mais valorizado, e manifestou-se uma renovada religiosidade nos temas. Também foi o apogeu dos gêneros paisagista e de costumes, com os conhecidos quadros da cerimônia do chá. O grande ressurgimento da pintura não chegou senão no século XVIII, com os quadros de costumes conhecidos como ukiyo e obras de Utamaro e Hokusai, que tanta influência exerceram sobre a pintura dos séculos XIX e XX, principalmente a dos impressionistas e modernistas.