Arte e Pesquisa Na Academia Milton Sogabe-1
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Mestrado em Artes Visuais - UFPel Disciplina: Pesquisa em Arte
Profas: Adriane Hernandez e Angela Pohlmann 2013
ARTE E PESQUISA NA ACADEMIA "
Milton Sogabe1 """A pesquisa em arte pode ser vista em vários contextos. Todo artista pode
considerar que realiza uma pesquisa no processo de produção de uma obra,
pois segue um processo sistemático de experimentos e procedimentos com os
materiais e com a linguagem que utiliza.
Neste texto, o contexto é o da pesquisa em arte na academia, a partir de 1974,
quando se inicia a pós-graduação em artes no Brasil.
Antes de entrarmos no contexto da pós-graduação, pensemos numa etapa
anterior que está totalmente relacionada, que é a formação do artista, mais
especificamente em artes visuais. Se pensarmos nos artistas contemporâneos
mais conhecidos, veremos que as suas formações são as mais diversas
possíveis. Existe o autodidata, o discípulo, aquele que frequenta um curso livre
ou uma graduação em artes, além daqueles que tem formação em cursos
como arquitetura, design gráfico e outros cursos similares. Com a consolidação
dos cursos de graduação em artes, a academia tornou-se um dos caminhos
mais procurados para quem quer aprender arte, entre as opções existentes,
embora isso não assegure que o egresso vai atuar como artista no mercado de
obras de arte.
"""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""!"Doutor em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP. Docente do Instituto de Artes da Universidade Estadual Paulista – UNESP. Pesquisador PQ - CNPq."
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Fazer um curso de arte numa universidade para se tornar um artista parece ser algo óbvio, porém, na prática não é o que acontece, uma vez que nem todos, ou pouquíssimos egressos tornam-se artistas. Por outro lado, conhecemos vários artistas consagrados que nunca frequentaram uma escola e não possuem nenhum diploma em artes. Os caminhos para a formação do artista não parecem ser preestabelecidos, mas também não podemos descartar que a graduação em artes não seja um dos caminhos possíveis. (SOGABE, 2010, 30)
Os cursos de artes não se resumem à formação de artistas para o mercado de
arte, pois a licenciatura forma professores para o ensino fundamental e médio e
junto com o bacharelado possibilita a carreira acadêmica, como pesquisador e
docente no ensino superior. Os egressos também atuam na área cultural, na
área do design e em outras atividades específicas que não temos um
levantamento sistematizado realizado.
Não se trata, portanto, diante da realidade que se coloca, no Brasil e no mundo, de conjeturar se o artista deve ou não cursar a universidade: o jovem artista está inserido nesse contexto desde que busque um aprofundamento de seus estudos anteriores, e também se encontrará no contexto universitário caso opte por seguir uma carreira paralela, como a de professor e pesquisador. (REY, 2010, 23)
Já conhecemos a história do processo de busca e luta na área da educação e
da arte, para o reconhecimento da arte como área de conhecimento. Este fato,
juntamente com as transformações conceituais da arte no século XX, construiu
uma nova concepção de arte.
Em 1960, quando raras eram as universidades que mantinham entre seus institutos ou faculdades cursos de arte, Duchamp escreveu um artigo defendendo o fazer do artista ‘como profissão que havia conquistado um lugar na sociedade, comparável à dos profissionais liberais’, portanto, argumenta, ‘para sentir-se em situação de igualdade com os advogados ou médicos, o artista deveria receber uma formação universitária. (REY, 2010, 19)
Com a formação do artista dentro da academia, surge o compromisso da
pesquisa na arte nesse contexto. Embora a pesquisa e a academia sejam
elementos que dialogam desde o início, no campo da arte é uma relação
recente, quando comparada com outras áreas do conhecimento,
principalmente no contexto da pós-graduação, onde a pesquisa é o foco.
No Brasil, a pós-graduação em artes teve início em 1974, na ECA-USP.
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Em 1968, o Departamento de História implantou o primeiro curso de História da Arte em nível de pós-graduação no país. Como consequência da reforma universitária, o Departamento de História perdeu a disciplina (1970), transferida para os organogramas da ECA. Em compensação, a História da Arte ganhou desenvoltura na escola recém-fundada, onde se criou o curso de Educação Artística em 1972, sendo de relevar que o mestrado, inaugurado no Departamento de História, foi por sua vez herdado pela ECA nesse ano. Mais adiante, em 1980, surgiria na mesma unidade o doutorado (ainda hoje único na universidade brasileira). O Departamento de Artes Plásticas tornou-se a célula de outros cursos de pós-graduação em arte no Brasil. (ZANINI, 1994, 488)
A partir dessa etapa constatamos um processo de transformação e surgimento
de um tipo de artista mais compromissado com o sistema da pesquisa na
academia. A entrada das artes para o mundo da pesquisa na pós-graduação
passou da transformação de um artista-professor dos anos 70, para um
pesquisador-artista nos anos 80. A existência de artistas experientes, sem
diploma atuando nos cursos de graduação foi um momento necessário na
implantação dos primeiros cursos, pela falta de artistas com diploma de
graduação na área, mas que deixou de existir na nova fase. Não só nas artes
plásticas aconteceu este fato, mas também no teatro, com artistas vindos de
várias formações, como do direito e das letras, mas que atuavam no teatro. Na
música, a maioria dos docentes vinha de formações nos conservatórios.
A exigência para ser docente foi de ter um diploma de graduação em artes o
que se tornou um pré-requisito, e logo em seguida aumentaram as exigências
com o mestrado e atualmente, só docentes com título de doutor conseguem
atuar nos cursos de graduação.
Para a arte ser reconhecida na academia como área de conhecimento teve de
assumir os mesmos compromissos das outras áreas de cohecimento.
O perfil do professor dos cursos de arte no ensino superior transformou-se logo após os anos setenta. Hoje, no lugar do artista/docente, encontramos o pesquisador/artista, que vem de uma formação e carreira acadêmica, que ganhou novas responsabilidades, diminuiu seu tempo no ateliê para assumir atividades relacionadas à pesquisa, extensão e gestão, além do ensino em si. Esta nova situação aconteceu em função da transformação da arte como parte de uma área de conhecimento e teve de se enquadrar no contexto da pesquisa acadêmica, para conquistar o respeito almejado. (SOGABE, 2010, 35)
O artista na academia, principalmente nas instituições públicas de ensino
superior, além de ter o título de doutor, precisa assumir atividades de ensino,
pesquisa, extensão e gestão. Para o docente que atua na pós-graduação, as
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atividades se ampliam, pois o sistema da pesquisa exige ainda mais, embora
não haja diferença salarial para quem atue ou não na pós-graduação. Por outro
lado, quem não atua na pós-graduação não consegue promoção no plano de
carreira, pelas exigências de orientação de mestrados e outras atividades
existentes apenas na pós-graduação.
Ser pesquisador consiste em atuar em um sistema que permita a produção, a
troca, a parceria, a discussão e a disseminação do conhecimento produzido.
Não há como pensar um “Projeto Genoma Humano”, fora de um sistema
complexo, envolvendo pesquisadores do mundo todo, durante anos, e trocando
informações para a realização do mapeamento do código genético humano.
A cultura da produção individual e solitária do artista plástico teve de se
transformar para uma cultura do coletivo e da troca, no contexto da pesquisa.
Nesse sentido, ser pesquisador no contexto da pós-graduação não se resume
a ministrar aulas e orientar alunos. Fazer parte do sistema da pesquisa envolve
ensinar na graduação, orientar iniciação científica, participar na pós-graduação,
orientar mestrado e doutorado, participar em bancas de avaliação, fazer parte
de associações de pesquisadores da área, participar de eventos científicos,
constituir grupo de pesquisa para a discussão de projetos com alunos da
graduação, pós-graduação e outros pesquisadores, publicar as pesquisas,
realizar intercâmbios com pesquisadores de outros países, obter financiamento
em agências de fomento à pesquisa e produzir obras de arte. Tudo isso além
de outras atividades de gestão, como coordenar curso de graduação,
coordenar curso de pós-graduação, e atuar como chefe de departamento,
coordenador de comissões, diretor, vice-diretor, assessor, vice-reitor ou reitor,
entre outras atividades dentro e fora da instituição.
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Esquema 1- Atividades do pesquisador
Atualmente a vida acadêmica exige muitas atividades dos seus docentes, e
embora não sejam obrigados a participar da pós-graduação, em muitas
instituições públicas, se não participam não conseguem progressão na carreira
e melhora no salário. Por outro lado, é difícil pensar hoje, na qualidade de um
docente da graduação que não faça pesquisa e não esteja acompanhando o
que os pesquisadores da sua área estão discutindo. Porém, nem todos os
docentes querem ou possuem características de pesquisador, preferindo atuar
na extensão, apenas na graduação, e outros preferem a gestão. Mas os
contratos são únicos, o que torna a situação mais complexa.
As associações de pesquisadores em arte também começaram com o
surgimento da pós-graduação. Elas realizam encontros anuais, com o objetivo
de apresentar as pesquisas produzidas no ano, construindo um mapeamento
dos assuntos pesquisados e permitindo o acompanhamento das pesquisas na
área, a troca de informações, contatos e vivência de novos pesquisadores com
os mais antigos, além da manutenção de uma integração entre todos os
pesquisadores.
O CBHA (Comitê Brasileiro de História da Arte) surge em 1972, a ANPAP
(Associação Nacional de Pesquisadores em Artes Plásticas) em 1987, e a
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FAEB (Federação de Arte Educadores do Brasil) em 1987. Na área de música
temos a ANPPOM (Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em
Música) que surge em 1988, nas artes cênicas a ABRACE (Associação
Brasileira de Pesquisa e Pós-graduação em Artes Cênicas) em 1998 e a ANDA
(Associação Nacional de Pesquisadores em Dança) em 2008.
Na pesquisa em arte ainda existe uma grande polemica sobre o que é
pesquisar sobre a própria produção artística, o que também causa estranheza
nos pesquisadores de outras áreas. Este aspecto muito específico da arte no
contexto da pós-graduação, na qual o artista realiza uma pesquisa tendo como
objeto a sua própria obra, tem origem na própria história da pós-graduação em
artes e que é tema para muitas pesquisas.
Essa especificidade é pesquisada por Silvio Zamboni no seu doutorado (1993)
e apresentada no livro “A pesquisa em arte: um paralelo entre arte e ciência”
conforme relata Prado.
Silvio Zamboni, como parte de seu trabalho de doutorado posteriormente publicado, coletou dados de todas as dissertações de mestrado e teses de doutorado defendidas por artistas na ECA-USP disponíveis na biblioteca da Escola em abril de 1990. Zamboni comenta, em sua análise, que as teses de artistas que não realizaram um trabalho de essência prática não foram examinadas, por que fugiam aos interesses da análise proposta. (PRADO, 2009, 93)
Quando a Pós-Graduação em Artes se iniciou no Brasil em 1974, na ECA-USP,
o curso era ministrado por docentes da área teórica, principalmente da história
da arte. Os artistas-professores das graduações em artes viram-se numa nova
situação, primeiro como exigência da universidade para que seus docentes
tivessem titulação, e segundo com a necessidade de ingressarem na pós-
graduação para fazerem parte do corpo docente e orientarem outros artistas.
Muito embora a FAU-USP já contasse com algumas teses defendidas por artistas, os cursos de pós-graduação da ECA-USP foram de forma efetiva os primeiros a serem implantados especificamente no país na área de artes. [...] Isso significa, em termos de coleta de material empírico, que a ECA é a única instituição de ensino nacional que possui um acervo significativo de teses já defendidas em linguagens visuais, ou seja, trabalhos práticos realizados por artistas acompanhados de textos sobre a obra. (ZAMBONI, 1998, 77)
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Regina Silveira, docente da graduação e também uma das primeiras artistas a
defender o mestrado no curso de Pós-Graduação em Artes da ECA, no ano de
1980, declara:
Acho que o Marcello Tassara foi um dos primeiros a defender a dissertação, em 1978, com apresentação de uma produção artística, no caso no campo do cinema. A Renina Katz apresentou sua produção plástica no mestrado em arquitetura na FAU-USP, onde era professora, assim como o fez Claudio Tozzi também. Na ECA, artistas-docentes como eu, Carlos Evandro Jardim e Carmela Gross cursaram a pós-graduação com o compromisso de obtermos o título de doutor para compormos o corpo docente da pós-graduação em artes e desenvolvermos pesquisa com produção artística. A pesquisa que apresentei, sob o título de “Anamorfas” consistia em uma produção artística e um “texto descritivo”, que fazia referências a minha produção anterior e à história da arte, através de aspectos conceituais relacionados com a obra, a partir de uma bibliografia. Denominávamos de “trabalho equivalente”, no sentido de equivaler as pesquisas em artes com as pesquisas desenvolvidas nas outras áreas do conhecimento. O meu orientador foi o prof. Wolfgang Pfeiffer, mas tive também um incentivo do prof. Litto, que ministrava metodologia da pesquisa, sugerindo que eu desenvolvesse uma produção artística para a dissertação. A ideia de que uma pós-graduação em artes deveria contar com uma produção artística já predominava no início da formulação do curso. Em 1980, apresentei os trabalhos numa exposição no MAC-Ibirapuera, onde aconteceu a defesa também. (SILVEIRA, 2012)
Os programas de pós-graduação em artes, onde existiam disciplinas de artes
visuais, artes cênicas e música foram se separando em programas específicos
de música, cênicas, artes visuais, dança e organizando suas linhas de
pesquisa.
Os programas de pós-graduação se formam a partir das pesquisas dos
docentes, que satisfazem os pré-requisitos. Elas são organizadas de acordo
com suas proximidades temáticas formando as linhas de pesquisa, que
possuem suas características próprias. Nesse contexto toda produção precisa
ter uma coerência relacionada à pesquisa do docente para que esta encontre
diálogo, ampliação e divulgação. Esta coerência está relacionada com as
disciplinas que ministra, com as pesquisas que orienta na graduação e pós-
graduação, com outros projetos de pesquisa, com o(s) grupo(s) de pesquisa
que participa, com a sua produção bibliográfica e com a produção artística.
Com certeza o docente possui produções não relacionadas diretamente com
sua pesquisa, mas essas não serão declaradas e nem avaliadas no contexto
da pós-graduação.
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Esquema 2- coerência nas atividades de pesquisa
A linha de poéticas visuais e linguagens foram criadas com o objetivo de
oficializar e consolidar a produção de uma obra artística na pesquisa. A maioria
dos programas de pós-graduação em artes e artes visuais costuma ter
predominantemente 3 linhas básicas, sem ser uma norma:
1- Abordagem teórica – envolvendo história, teoria e crítica de arte.
2- Arte e educação – relacionada com o ensino e aprendizagem de arte.
3- Poéticas visuais – envolvendo produção de obra com reflexão sobre
esta.
As duas primeiras, mais teóricas não encontram muitas dificuldades em suas
metodologias, pois podem basear-se na pesquisa em história, filosofia e
educação, mas a linha das poéticas não possui um referencial para uma
metodologia específica.
Costumamos encontrar dois tipos de pesquisas nessa linha:
a- O pesquisador pode ter como objeto de estudo a sua própria obra. O
pesquisador reflete sobre uma obra sua já realizada ou a realizar. O objetivo
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torna-se uma contextualização da sua produção dentro do contexto
contemporâneo. O pesquisador-artista adquire um aprofundamento teórico
relacionado com sua obra, sob diversos pontos de vista e caracterizando-se
como uma pesquisa prático-téorica. O artista pesquisa sobre as referências
teóricas relacionadas à sua obra, os conceitos envolvidos, os artistas próximos
ao tema, com o objetivo de contextualizar sua produção, de forma consciente e
sistematizada. O título de doutor encontra mais significado no contexto do
docente, do que no contexto do artista, pois após passar por todo esse
processo da pesquisa, o título de doutor concede a capacidade de orientar
futuros pesquisadores. Embora para o artista, mesmo que não atue na
docência, tem um ganho de qualidade na reflexão sobre sua obra e sobre arte
em geral. Também há vários incentivos fora da academia para o artista
produzir suas obras, embora a concorrência seja grande.
Para que um jovem artista possa hoje “existir”, deve saber onde se situa, isto é, saber localizar sua produção em relação à de seus contemporâneos; saber circunscrever suas referências e trabalhar em nível consciente certos diálogos e tensões que seu trabalho estabelece com manifestações contemporâneas e paradigmáticas. (REY, 2010, 25)
b- Pode ter como objeto de estudo um conceito, o que poderia ser
desenvolvido também na linha de abordagem teórica, mas com a apresentação
de uma obra do próprio pesquisador. Neste caso a obra não é o objeto de
estudo, mas se apresenta como um tipo de índice, presença na obra do
conceito pesquisado e se caracteriza como uma pesquisa teórico-prática.
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Esquema 3- tipos de pesquisas
Consideramos que a pós-graduação acadêmica é um espaço de reflexão
teórica, que neste caso específico pode incorporar uma produção prática, como
acontece também em outras áreas, mas com o objetivo de desenvolver uma
reflexão sobre essa produção, situando-a no contexto contemporâneo, nas
relações com a história da arte ou com os conceitos da arte. A pesquisa só
com a produção de uma obra, embora tenha sido um tema muito debatido, não
encontrou um consenso na área.
Já o mestrado profissional tem objetivo um pouco diferenciado, uma vez que o
produto final não precisa ser uma dissertação e sim um produto prático,
predominando no caso de artes a obra e não uma reflexão teórica mais
sistematizada, embora não seja totalmente descartada, pois o mestrado
profissional dará o direito de ingressar no doutorado. Embora já tenhamos (em
2012) 405 mestrados profissionais em todas as áreas, em artes é uma
discussão que se inicia agora, mas que aponta para mais uma opção para os
profissionais da área.
Fontes de referência:
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-PRADO, Gilbertto. Breve relato da Pós-Graduação em Artes Visuais da ECA-
USP. ARS (São Paulo) vol.7 no.13 São Paulo Jan./June 2009
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1678-
53202009000100006&script=sci_arttext (acesso 30/04/2012)
-REY, Sandra. O que significa, hoje, ser artista e o que se espera da formação
do artista? In MARCELINA. Revista do Mestrado em Artes Visuais da
Faculdade Santa Marcelina. São Paulo, FASM, 2010. Pp. 16/28
-SILVEIRA, Regina. Depoimento em 30/04/2012.
-SOGABE, Milton. O ensino de artes e a formação do artista na academia. In
MARCELINA. Revista do Mestrado em Artes Visuais da Faculdade Santa
Marcelina. São Paulo, FASM, 2010. Pp. 29/38
-ZAMBONI, Silvio. A pesquisa em arte: um paralelo entre arte e ciência.
Campinas: Autores Associados, 1998.
-ZANINI, Walter. Arte e história da arte. Estudos Avançados, São Paulo, n° 22,
p. 487-489, set./dez. 1994.
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-
40141994000300070&script=sci_arttext (acesso 30/04/2012)