Arquivo de desenhos técnicos: "massa acumulada" do setor rede de engenharia do grupo Santander...

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Adriano Mendes de OLIVEIRA Fabio MARTINS Héber Terra FERREIRA Thalita Manca PINTO Valdir Assis CASIMIRO

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Trabalho apresentado no ano de 2009 para a disciplina "Arquivística" ministrada pela Profª Rachel Ferreira Bueno. A disciplina faz parte do curso de graduação em Biblioteconomia e Ciência da Informação da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo - FESPSP.

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Adriano Mendes de OLIVEIRA Fabio MARTINS

Héber Terra FERREIRA Thalita Manca PINTO

Valdir Assis CASIMIRO

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Adriano Mendes de OLIVEIRA Fabio MARTINS

Héber Terra FERREIRA Thalita Manca PINTO

Valdir Assis CASIMIRO

ARQUIVO DE DESENHOS TÉCNICOS "Massa acumulada" do setor Rede de Engenharia do Grupo Santander Brasil

Trabalho apresentado à disciplina de Arquivística (5º Semestre)

do Curso de Biblioteconomia e Ciência da Informação da FESPSP

Orientadora Profª. Rachel F. Bueno

SÃO PAULO 2009

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Oliveira, Adriano Mendes Arquivo de desenhos técnicos: “massa acumulada” do setor Rede de Engenharia do Grupo Santander Brasil [monografia] / Adriano Mendes de Oliveira, Fábio Martins, Héber Terra Ferreira, Thalita Manca Pinto, Valdir Assis Casimiro – 2009. xi, 45 f. : il. ; 30cm. Orientadora: Profª. Rachel Ferreira Bueno Trabalho apresentado à disciplina de Arquivística (5º semestre) do Curso de Biblioteconomia – Faculdade de Biblioteconomia e Ciência da Informação da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo. Referências: f. 55 Anexos: f. 56-57 1. Armazenamento de desenhos técnicos. 2. Arquivo de engenharia. 3. Gestão de arquivo. 4. Massa acumulada. 5. Nomenclatura de desenhos técnicos. 6. Organização de desenhos técnicos. 7. Título – Monografia. I. Bueno, Rachel Ferreira. II. Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo, Faculdade de Biblioteconomia e Ciência da Informação, Arquivística. III. Casimiro, Valdir Assis. IV. Ferreira, Héber Terra. V. Martins, Fabio VI. Pinto, Thalita Manca. CDD 025.173

M45a

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AGRADECIMENTOS

À Professora Rachel Ferreira Bueno, com sua presteza e competência no

assunto dedicou parte de seu precioso tempo em nos orientar, tanto em sala de aula

como através de e-mail e, com muita generosidade nos forneceu subsídios

relevantes para a realização deste trabalho.

Ao Ronaldo Silva do Departamento de Segurança do Edifício Altino Arantes,

por liberar a nossa visita ao acervo de desenhos do Santander.

Ao Paulo Chagas do Deparatamento de Bens De Uso (BDU), por nos fornecer

dados necessários referentes ao imóvel onde está situado o acervo de desenhos.

Ao Aguinaldo Carneiro, responsável pelo acervo, por nos ter dado as

informações básicas sobre a disposição dos desenhos.

À Ines Caliari, gestora do Departapento de Desenvolvimento de Produtos

pelos dados fornecidos referentes ao processo de execução de um Ponto de venda

(Agência).

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“Que vossa eminência ordene em todas e em cada uma das províncias que se reserve um prédio público no qual o magistrado (defensor)

guarde os documentos, escolhendo alguém que os mantenha sob custódia, de forma que não sejam adulterados

rapidamente por quem os solicite; que entre eles haja arquivos e seja corrigido tudo que foi

negligenciado nas cidades”

Imperador Justiniano*

_____________ * Apud Bonifácio,Aldassare. De Archivis (1632), reproduzido em Born, 1941:237, e Schellenberg 2006:23

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RESUMO

O cenário atual, marcado pela busca constante da qualidade, produtividade, atendimento às expectativas dos clientes e diminuição de desperdícios, o domínio da gestão de processos relativos à organização, armazenagem e manutenção de arquivos, têm fundamental importância até mesmo para a sobrevivência das empresas envolvidas. Nesse sentido, o projeto de edificações de Pontos de Venda (Agências do Grupo Santander Brasil) e sua forma de armazenagem são estudados por um grupo de alunos da Disciplina de Arquivística do Curso de Biblioteconomia e Ciência da Informação, da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo. Fez-se um levantamento de dados em visita ao local (Rua João Brícola, 24 - Edifício Altino Arantes, 14º andar), onde se encontra o arquivo de desenhos técnicos da Rede de Engenharia do Grupo Santander Brasil, com o objetivo de realizar melhorias na estruturação orgânica de armazenamento e manutenção da “massa acumulada”. Desta maneira foi possível relacionar custos/benefícios da proposição para adequação a um método padronizado com base nos orientativos publicados pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura (AsBEA) e Norma Brasileira de Descrição Arquivística (NOBRADE). Palavras-chave: Armazenamento de desenhos técnicos; Arquivo de engenharia; Gestão de arquivo; Massa acumulada; Nomenclatura de desenhos técnicos; Organização de desenhos técnicos.

ABSTRACT

The current scenario, marked by the constant search of quality, productivity, service expectations of customers and reduction of waste, the area of process management for the organization, storage and maintenance of files, are crucial even for the survival of companies involved . Accordingly, the design of buildings of outlets (agencies of the Grupo Santander Brazil) and its form of storage is studied by a group of students in the Discipline of Archival Course of Librarianship and Information Science, the Foundation School of Policy and Sociology of São Paulo. There was a survey of data on site visit (Brícola João Street, 24 - Edifício Altino Arantes, 14th floor), where the archive of technical drawings of the Network Engineering Group Santander Brazil, aiming to achieve improvements in organizational structure for storage and maintenance of the aggregate mass. " Thus it was possible to relate costs and benefits of the proposition to fitness for a standardized method based on orientative published by the Brazilian Association of Technical Standards (ABNT), Brazilian Association of the Office of Architecture (AsBEA) and Brazilian standard description of archival (NOBRADE).

Key words: Storage projects; torage of technical drawings; Archive engineering; Management file; Aggregate mass; Nomenclature of technical drawings; Organization of technical drawings.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Ciudad Financiera - A sede do Santander 15

Figura 2 – Organograma da Diretoria de Recursos Corporativos 17

Figura 3 – Módulos de arquivos (vertical) 26

Figura 4 – Módulos de arquivos (vertical) 26

Figura 5 – Módulos de arquivos (vertical) 26

Figura 6 – Desenhos sobre o módulo vertical 26

Figura 7 – Módulos de arquivos (horizontal) 26

Figura 8 – Detalhe da gaveta do módulo de arquivo horizontal 26

Figura 9 – Capa do catálogo (v.1) 27

Figura 10 – Folha do catálogo (v.1) com relação de desenhos 27

Figura 11 – Capa do catálogo (v.2) 27

Figura 12 – Folha do catálogo (v.2) com relação de desenhos 27

Figura 13 – Capa do catálogo (v.3) 28

Figura 14 – Folha do catálogo (v.3) com relação de desenhos 28

Figura 15 – Capa do catálogo (v.4) 28

Figura 16 – Folha do catálogo (v.4) com relação de desenhos 28

Figura 17 – Capa do catálogo (v.5) 29

Figura 18 – Folha do catálogo (v.5) com relação de desenhos 29

Figura 19 – Capa do catálogo (v.6) 29

Figura 20 – Folha do catálogo (v.6) com relação de desenhos 29

Figura 21 – Folha do catálogo com instrução de pesquisa. 30

Figura 22 – Folha do catálogo com instrução de pesquisa (zoom da folha) 30

Figura 23 – Vista dos desenhos no módulo de arquivo vertical 30

Figura 24 – Detalhe: numeração dos desenhos 30

Figura 25 – Detalhe: numeração dos desenhos 30

Figura 26 – Detalhe: numeração numeração dos desenhos 30

Figura 27 – Vista dos desenhos no módulo de arquivo horizontal. 31

Figura 28 – Detalhe: numeração dos desenhos 31

Figura 29 – Carimbo do desenho 31

Figura 30 – Detalhe: numeração dos desenhos 31

Figura 31 – Desenhos no módulo de arquivo vertical 31

Figura 32 – Desemhos no módulo de arquivo vertical 31

Figura 33 – Identificação do módulo de arquivo vertical 32

Figura 34 – Identificação do módulo de arquivo vertical 32

Figura 35 – Identificação do módulo de arquivo vertical 32

Figura 36 – Identificação do módulo de arquivo vertical 32

Figura 37 – Identificação do módulo de arquivo vertical 32

Figura 38 – Identificação do módulo de arquivo vertical 32

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LISTA DE FIGURAS (continuação)

Figura 39 – Identificação do módulo de arquivo vertical 33

Figura 40 – Identificação do módulo de arquivo vertical 33

Figura 41 – Identificação do módulo de arquivo horizontal 33

Figura 42 – Identificação do módulo de arquivo horizontal 33

Figura 43 – Caixas com conteúdo diverso 33

Figura 44 – Caixas com conteúdo diverso 33

Figura 45 – Conteúdo da caixa 34

Figura 46 – Etiqueta de identificação da caixa 34

Figura 47 – Módulos de aço para arquivamento de pastas suspensas 34

Figura 48 – Identificação dos módulos de aço para arquivamento de pastas suspensas 34

Figura 49 – Conteúdo existente nos gaveteiros 35

Figura 50 – Conteúdo existente nos gaveteiros 35

Figura 51 – Conteúdo existente nos gaveteiros 35

Figura 52 – Conteúdo existente nos gaveteiros 35

Figura 53 – Desenhos em forma de canudo, sobre a mesa 35

Figura 54 – Malotes lacrados / conteúdo não identificado 35

Figura 55 – Arquivo de madeira, com conteúdo diverso 36

Figura 56 – Arquivo de madeira, com conteúdo diverso 36

Figura 57 – Arquivo de madeira, com conteúdo diverso 36

Figura 58 – Arquivo de madeira, com conteúdo diverso 36

Figura 59 – Arquivo de madeira, com conteúdo diverso 37

Figura 60 – Arquivo de madeira, com conteúdo diverso 37

Figura 61 – Plotters danificadas (sucata) 37

Figura 62 – Plotters danificadas (sucata) 37

Figura 63 – Sintaxe da nomenclatura 44

Figura 64 – Estante colméia, para armazenagem de canudos 51

Figura 65 – Árvore (servidor / diretório / pasta / subpasta / arquivo) 52

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Temporalidade dos documentos 38

Tabela 2 – Descrição/ identificação de tipos de documentos 45-46

Tabela 3 – Descrição/ identificação de disciplina de documentos 47-48

Tabela 4 – Descrição/ identificação de modificador de documentos 48-49

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 – Fluxo do processo para execução de um Ponto de venda 18

Quadro 2 – Estrutura da “massa acumulada” 19

Quadro 3 – Elementos e características de documentos 24

Quadro 4 – Corte esquemático do edifício onde se localiza a mapoteca. 42

Quadro 5 – Estimativa de custo para guarda dos desenhos técnicos. 50

Quadro 6 – Carimbo para identificação/descrição do desenho 53

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LISTA DE SIGLAS

AAB Associação dos Arquivistas Brasileiros

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas

ASBEA Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura

CREA Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia

BDU Bens De Uso

BNDU Bens Não De Uso

CONARQ Conselho Nacional de Arquivo

NOBRADE Norma Brasileira de Descrição Arquivística

AGE Agência (Ponto de venda de uma instituição financeira)

PAB Posto de Atendimento ao Público (instituição financeira)

PAE Posto de Atendimento Eletrônico (instituição financeira)

SENAI Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial

SINDUSCON-GO Sindicato da Indústria da Construção - Goiás

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................................................12

2 OBJETIVOS ........................................................................................................................................13

2.1 Objetivo Geral ..................................................................................................................................13

2.2 Objetivo Específico...........................................................................................................................13

3 METODOLOGIA..................................................................................................................................14

4 HISTÓRICO SANTANDER .................................................................................................................15

5 ESTRUTURA DA DIRETORIA DE RECURSOS CORPORATIVOS ..................................................17

5.1 Fluxograma do processo para execução de um Ponto de venda....................................................18

6 ESTRUTURA DA “MASSA ACUMULADA”.........................................................................................19

7 ACUMULAÇÃO ...................................................................................................................................20

8 CORRENTE / INTERMEDIÁRIO / PERMANENTE ............................................................................21

9 CENTRAL / SETORIAL.......................................................................................................................22

10 CONTROLES DO ACERVO .............................................................................................................23

11 COMPOSIÇÃO DO ACERVO...........................................................................................................24

12 ORGANIZAÇÃO................................................................................................................................25

12.1 Imagens do acervo de desenhos técnicos do Santander ..............................................................26

13 PLANO DE CLASSIFICAÇÃO E TABELA DE TEMPORALIDADE..................................................38

14 ACESSO............................................................................................................................................39

15 RECURSOS HUMANOS...................................................................................................................40

16 INSTALAÇÕES E RECURSOS FÍSICOS.........................................................................................41

16.1 Instalações do acervo no Edifício Altino Arantes ...........................................................................41

16.2 Recursos físicos .............................................................................................................................43

17 NORMAS E PROCEDIMENTOS ......................................................................................................44

17.1 Esquema proposto para nomenclatura (físico e digital/eletrônico) ................................................44

17.1.1 Caracteres para descrição/identificação (tipos de documentos) ................................................45

17.1.2 Caracteres para descrição/identificação (disciplinas de documentos) .......................................47

17.1.3 Caracteres para descrição/identificação (modificadores de documentos) .................................48

17.2 Estimativa de custo para armazenagem em empresa terceirizada...............................................50

17.2.1 Identificação para o conteúdo em canudos de PVC...................................................................51

17.2.2 Identificação para o conteúdo digital/eletrônico ..........................................................................52

17.2.3 Identificação/descrição do desenho............................................................................................53

CONCLUSÃO.........................................................................................................................................54

REFERÊNCIAS......................................................................................................................................55

ANEXOS.................................................................................................................................................56

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1 INTRODUÇÃO

As grandes mudanças comportamentais foram propiciadas pela disseminação

de informações e recursos trazidos com a globalização nas últimas décadas. Nesse

sentido, qualidade, maior produtividade e redução de desperdícios passaram a ser

os requisitos mínimos de competitividade e sobrevivência no atual cenário mundial.

Os reflexos desse novo padrão de exigências podem ser observados com o

surgimento de aplicações de sistemas de gestão da informação em diversas

empresas, e a inserção de processos produtivos mais racionalizados e cada vez

mais informatizados.

Uma maior preocupação com a gestão do processo de projeto tem sido

verificada nos últimos anos. Diversas pesquisas, dissertações de mestrado ou teses

de doutorado, workshops e outros estudos sobre o tema estão sendo realizados.

Observa-se também o despertar das empresas para a importância da gestão de

fundos, tendo em vista um novo modelo de coordenação que passou a ser adotado

por escritórios de arquitetura, construtoras e por consultorias especializadas, no qual

o trabalho em equipes multidisciplinares é de extrema necessidade.

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2 OBJETIVOS

2.1 Objetivo Geral

O objetivo geral deste trabalho é propor a adequação necessária para

melhorias significativas na organização, armazenamento e manutenção do arquivo

de desenhos do setor Rede de Engenharia do Grupo Santander Brasil.

2.2 Objetivo Específico

O objetivo específico visa a elaboração de nomenclatura padronizada para os

desenhos e documentos técnicos, concernente aos Pontos de vendas (Agências),

de acordo com as suas modalidades.

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3 METODOLOGIA

A metodologia adotada para a elaboração deste trabalho é composta por

levantamento de dados pertinentes à instituição (Grupo Santander Brasil), visita ao

local onde os desenhos técnicos do Santander estão armazenados, para se obter

conhecimento do conteúdo e familiarização com a “massa acumulada” dos Pontos

de vendas (Agências). Obteve-se junto ao setor Rede de Engenharia informações

quanto aos procedimentos de arquivamento, trâmite dos processos e custo para

acomodação (guarda do conteúdo) em empresa terceirizada; o setor BDU (Bens De

Uso) forneceu os dados referentes aos custos de ocupação, do imóvel, onde o

acervo de desenhos está localizado atualmente. Posteriormente foi efetuada a

pesquisa de literaturas que tratasse de Gestão de Arquivos. Após a aquisição de

tais informações deu-se início ao planejamento de reestruturação orgânica com base

nas normas técnicas, objetivando a adequação que pudesse atender às

necessidades da instituição.

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4 HISTÓRICO SANTANDER

As informações que seguem, no histórico da instituição, foram obtidas em

páginas do site do Grupo Santander Brasil.

Figura 1 - Ciudad Financiera - A sede do Santander, na região metropolitana de Madri, é o maior campus empresarial do mundo. Tem 13 edifícios, 100 mil metros quadrados de escritórios e até um campo de golfe.

“Grupo Santander no mundo - O Santander (SAN.MC, STD.N) é o primeiro da Europa do Euro por capitalização em bolsa e o quinto do mundo em lucro. Fundado em 1857, tem R$ 913 bilhões em ativos, administra mais de R$1 trilhão em fundos, tem cerca de 65 milhões de clientes, mais de 11 mil Agências e está presente em 40 países. É o principal grupo financeiro da Espanha e da América Latina e desenvolve uma importante atividade de negócios na Europa, região em que alcançou uma presença destacada no Reino Unido, por meio do Abbey National, assim como em Portugal. É líder em financiamento ao consumo na Europa, por meio do Santander Consumer, com presença em 12 países do continente e nos Estados Unidos. Em 2007, registrou lucro líquido de R$ 9,06 bilhões, 19% a mais do que o registrado no ano anterior.

Na América Latina - O Grupo Santander é instituição financeira líder, administrando volumes de negócio de aproximadamente US$ 300 bilhões (créditos, depósitos e fundos de investimento e de patrimônio) por meio de 4,4 mil Agências. Em 2007, o Santander teve lucro líquido de US$ 3,6 bilhões na região, volume 27% superior ao apresentado em 2006.

No Brasil - Desde sua chegada, em 1957, por meio de um acordo operacional, o Santander sempre se pautou por passos firmes e sólidos para progredir. Em 1982, abriu as portas ao público com a inauguração da primeira Agência. A seqüência de aquisições de vários e tradicionais bancos brasileiros, a partir dos anos 1990, também foi estrategicamente ponderada e planejada para levar o Santander a uma posição de destaque. Esses acontecimentos e outros levaram o Santander a se tornar uma das principais instituições financeiras do mercado nacional.

Missão do Santander no Brasil - O Santander tem como missão desenvolver e consolidar uma franquia financeira líder nas regiões Sul e Sudeste do Brasil, com a criação de valor para os acionistas, clientes,

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funcionários e comunidades onde opera. Assim, além de oferecer rentabilidade crescente aos seus acionistas e atender as necessidades financeiras de seus clientes, o Banco procura adotar uma postura transformadora nas comunidades em que atua. Por isso, o apoio ao desenvolvimento da comunidade é um dos aspectos importantes relacionados à missão do Banco. Com longa tradição no trabalho junto à comunidade, o Santander apóia projetos sociais em todo o país.

Valores - A atuação do Santander está apoiada em valores como: liderança; dinamismo; inovação; força; ética profissional; orientação ao cliente. Esses valores seguem os princípios da ética, da gestão responsável e do comprometimento com a sociedade.

Visão - Para um Banco global o Santander quer consolidar-se como um grande Grupo financeiro internacional, que aporta uma rentabilidade crescente a seus acionistas e satisfaz todas as necessidades financeiras de seus clientes. Para isso, conta com uma forte presença em mercados locais, a qual é combinada com políticas corporativas e com capacidades globais.

Modelo de negócios - A estratégia do Santander contempla uma bem-definida segmentação da base de clientes, com modelos diferenciados de atendimento, em quatro grandes áreas de negócios: Varejo, Empresas, Santander Global Banking & Markets e Gestão de Recurso de Terceiros.”

Fonte: SANTANDER, mar. 2009.

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5 ESTRUTURA DA DIRETORIA DE RECURSOS CORPORATIVOS

Conforme o organograma estrutural, abaixo, a “massa acumulada” de projetos

de engenharia e arquitetura dos Pontos de Vendas (Agências) e Edifícios do antigo

Banespa (Banco do estado de são Paulo), agora Banco Santander, pertence à

Divisão de Patrimônio da Diretoria de Recursos Corporativos.

Figura 2 – Organograma da Diretoria de Recursos Corporativos

Fonte: Santander (setor Rede de Engenharia)

Diretoria de Recursos Corporativos

Patrimônio Facilities Segurança Corporativa

Gestão de Gastos

e Compras Planejamento de Gastos e Ativo Fixo

Gestão de Gastos

Compras AQUANIMA

SAP

Plantão 24H

Ocorrências

Seg. Bancária

Seg. Predial

Setor Engenharia

de Rede

Eng Prédios

Full Service

BNDU Bens Não De

Uso

BDU Bens de Uso

Serviço a Funcionários

Serviços a Operação

TBD Desenvolv./

Fornecedores

Seg. Executiva

Planej. e Controle

Projetos e Obras Rede (Agências)

Projetos e Obras

Especiais

Desenvolv. Produtos e

Padrões

Rede - A

Rede - B

Rede - C

Padrões Técnicos

Gestão Fornecedores

Acessibilidade

Roll Out

Postos de Atendimento

Filiais

Orçamentos Referenciais

Elaboração Projetos

Informações Gerenciais

Gestão Financeira

Digital e Eletrônico

Físico

Massa Acumulada

Acervo Técnico

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5.1 Fluxograma do processo para execução de um Pont o de venda

Para execução de um Ponto de venda (Agência) há o envolvimento de

múltiplas áreas, cada uma na sua função desenvolve as atividades de acordo com a

responsabilidade que lhe é atribuída. Há certa interdependência entre essas áreas,

porque cada etapa do processo discorre dentro de um prazo preestabelecido e de

acordo com o “passo-a-passo”: escolha do ponto, avaliação estudo de viabilidade,

entre outras.

A ilustração abaixo, esboça o fluxo para a execução de um Ponto de venda.

Dentre as áreas envolvidas o setor Rede de Engenharia é o responsável pelo

processo de execução das obras dos Pontos de vendas e consequentemente pela

guarda dos desenhos técnicos.

Quadro 1 – Fluxo do processo para ececução de um Ponto de venda Fonte: Santander (setor Rede de Engenharia)

Diretoria Comercial BDU – Bens De Uso Rede de Engenharia

- Escolhe Ponto de venda estratégico. - Solicita avaliação do imóvel.

- Elabora dossiê (avaliação do imóvel).

- Encaminha para Rede de Engenharia.

- Efetua estudo de viabilidade técnica. - Elabora orçamento de custos. - Encaminha para Diretoria Comercial.

- Encaminha a aprovação para Bens. De Uso e Rede de Engenharia.

- Trata do processo de Documentação Legal.

- Solicita para a empresa projetista a confecção dos desenhos.

- Efetua a licitação para execução da obra.

- Convoca empresas contratadas: construtora e gerenciadora para execução da obra.

- O setor Rede de Engenharia mantém a guarda dos documentos gerados no processo de execução da obra: - Budget; - Business Case; - Histórico financeiro. - ART; - Desenhos técnicos; - Relatórios técnicos da obra.

Desenvolvimento de Padrões e Produtos

(Acervo Técnico)

Planejamento e Controle (Acervo Documental)

- Mantém a guarda dos documentos gerados no processo de legalização.

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6 ESTRUTURA DA “MASSA ACUMULADA”

Numa empresa a estrutura do arquivo deve atender à administração direta em

suas diversas atividades, servindo de suporte à pesquisa técnica, administrativa e

financeira produzindo, recolhendo, selecionando e arquivando documentos gerados

de maneira organizada, estando sempre preparados para o atendimento a consultas

internas e externas de maneira rápida e precisa.

A partir de Schellenberg, os manuais têm orientado a organização dos documentos de uso corrente em uma estrutura que espelhe o desenvolvimento das funções, atividades e tarefas que geram documentos. Em entidades coletivas, identifica-se, de maneira geral, uma série de funções que são realizadas através de certo número de atividades as quais se concretizam na execução de um conjunto de tarefas. Sendo assim, o plano de classificação dos documentos é estruturado em uma cadeia hierárquica de modo que os níveis superiores reflitam as funções (RODRIGUES, 2006 p.113).

O quadro abaixo é o orientativo existente no catálogo para pesquisa dos

desenhos no arquivo.

Quadro 2 – Estrutura da “massa acumulada” Fonte: Santander (setor Rede de Engenharia)

Número da folha do desenho Disciplina do desenho Número do módulo do arquivo

.01. Levantamento Planialtimétrico

.02. Sondagens

.03. Anteprojeto

.04. Prefeitura

.05. Consultoria de Fundações

.06. Arquitetura (Impermeabilização, Implantação, Paisag ismo, etc.)

.07. Estrutura / Concreto / Fundação

.08. Elétrica / On -line

.09. Ar Condicionado / Ventilação

.10. Hidráulica

.11. Incêndio – projeto para aprovação

.12. Telefonia – projeto para aprovação

.13. Alarme – projeto para aprovação

.14. Caixa Eletrônico / Quiosque

01.06.020

.15. Normas de segurança

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7 ACUMULAÇÃO

Os documentos representam o fluxo de atividades em determinado tempo,

decorrente das funções ou ações que lhes deu origem.

Enquanto os demais conjuntos documentais são coleções de itens selecionados, escolhidos previamente, o conjunto de documentos que forma o arquivo se faz num processo natural de acumulação, a partir do fluxo da sua produção/recepção por um único sujeito, seja uma entidade coletiva ou uma pessoa. Os documentos são acumulados à medida que são produzidos em decorrência de atividades que são necessárias para a realização da missão do seu produtor (RODRIGUES, 2006 p.109).

Conforme a Norma Brasileira de Descrição Arquivística (2006) dentre os 28

elementos de descrição disponíveis, sete são obrigatórios, a saber:

- código de referência; - título; - data(s); - nível de descrição; - dimensão e suporte; - nome(s) do(s) produtor(es); - condições de acesso. (NOBRADE, 2006 p.19).

A acumulação das plantas, conforme já demonstrado (Quadro 2 – Estrutura

da “massa acumulada”), não possibilita o fácil acesso a esses documentos. A não

conformidade e a falta de elementos descritivos são fatores que desnudam a

situação crítica em que se encontra o acervo de desenhos técnicos do Santander.

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8 CORRENTE / INTERMEDIÁRIO / PERMANENTE

Teoria das Três Idades – Teoria baseada no ciclo vital dos documentos,

segundo a qual os arquivos podem ser correntes, intermediários e permanentes. É

fundamental a identificação dos valores dos documentos para a definição de prazo

da sua guarda.

1ª. idade ARQUIVO CORRENTE: documentos vigentes, frequentemente consultados. 2ª. idade ARQUIVO INTERMEDIÁRIO e/ou CENTRAL: final de vigência; documentos que aguardam prazos longos de prescrição ou precaução; raramente consultados; aguardam a destinação final: eliminação ou guarda permanente. 3ª. idade ARQUIVO PERMANENTE documentos que perderam a vigência administrativa, porém são providos de valor secundário ou histórico-cultural. A gestão pressupõe, portanto, uma intervenção no ciclo de vida dos documentos desde sua produção até serem eliminados ou recolhidos para guarda definitiva. Nesse sentido, um programa geral de gestão compreende todas as atividades inerentes às idades corrente e intermediária de arquivamento, o que garante um efetivo controle da produção documental nos arquivos correntes (valor administrativo/ vigência), das transferências aos arquivos centrais/intermediários (local onde os documentos geralmente aguardam longos prazos precaucionais), do processamento das eliminações e recolhimentos ao arquivo permanente - valor histórico-cultural (BERNARDES, 1998 p.12).

O arquivo de desenhos técnicos das instalações dos Pontos de vendas do

Santander é caracterizado como um arquivo intermediário. Os desenhos são

armazenados para eventuais consultas em caso de reforma ou manutenção do

imóvel, que necessite de um estudo de intervenção. A probabilidade de

eliminar/desfazer-se desses desenhos só deve ocorrer em uma das seguintes

hipóteses: se os desenhos mudarem de suporte (para eletrônico ou digital), ou se

encerrar o Ponto de venda e o imóvel for passado para terceiros.

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9 CENTRAL / SETORIAL

Conceito de arquivos de setores:

Os arquivos montados nos setores de trabalho são acervos arquivísticos constituídos de documentos ativos, semi-ativos e inativos, misturados a outros passíveis de eliminação e a documentos não orgânicos, que não são considerados de arquivo e que são produzidos ou recebidos fora do quadro das missões de uma organização (SOUSA, 2003 p.258 apud RODRIGUES, 2006 p.111).

Conforme definição do dicionário Brasileiro de terminologia Arquivística: Arquivo central: Arquivo(2) responsável pela normalização dos procedimentos técnicos aplicados aos arquivos(1) de uma administração, podendo ou não assumir a centralização do armazenamento. Também chamado arquivo geral. Em alguns países, a expressão designa o arquivo nacional (DICIONÁRIO BRASILEIRO DE TERMINOLOGIA ARQUIVÍSTICA, 2005 p. 28). Arquivo setorial: 1 Arquivo(1) de um setor ou serviço de uma administração. 2 Arquivo(2) responsável pelo arquivo setorial(1); existindo um arquivo central, estará a ele tecnicamente subordinado (DICIONÁRIO BRASILEIRO DE TERMINOLOGIA ARQUIVÍSTICA, 2005 p. 36).

O arquivo de desenhos técnicos das edificações da rede de Pontos de vendas

do antigo Banespa, agora Banco Santander, compreende ao arquivo setorial, pois o

seu conteúdo resulta dos processos executados pela administração do setor Rede

de Engenharia.

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10 CONTROLES DO ACERVO

O controle do acervo consiste em identificar e registrar atos normativos,

legislação, regimento e regulamento, tais como função, classificação, atividades

desenvolvidas, fluxo dos documentos produzidos, padrões, procedimentos, práticas

e ferramentas.

O controle sobre a produção documental e a racionalização de seu fluxo, por meio da aplicação de modernas técnicas e recursos tecnológicos, são objetivos de um programa de gestão de documentos, que levará à melhoria dos serviços arquivísticos, resgatando, com isso, a função social que os arquivos devem ter, aumentando-lhes a eficácia [...] (CÓDIGO DE CLASSIFICAÇÃO, 2001 p. 7).

Foi verificado que não existe um sistema de controle do fluxo de documentos

gerados, estes foram sendo acumulados e até mesmo a sua identificação tornou-se

híbrida. A forma de armazenamento dificulta a recuperação de tais documentos para

eventuais consultas. Embora exista catálogo onde consta a relação dos desenhos, o

número do módulo de arquivo, onde os desenhos ficam armazenados, nem sempre

corresponde ao descrito no catálogo. No Capítulo 12 (Organização) será

demonstrado, o que aqui foi mencionado, através das imagens fotográficas do local

onde está depositada a “massa acumulada”.

Page 25: Arquivo de desenhos técnicos: "massa acumulada" do setor rede de engenharia do grupo Santander Brasil

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11 COMPOSIÇÃO DO ACERVO

Teoricamente a composição do acervo compreende os elementos

característicos dos documentos, que são: suporte, forma, formato, gênero, espécie,

tipo, contexto de produção.

Quadro 3 – Elementos e características de documentos Fonte: Dicionário de Terminologia Arquivística.

Elementos Definição técnica Exemplos Suporte Material que serve de base às diferentes

formas de registro da informação. filme, papel, fita magnética, disco etc.

Forma

“Estágio de preparação e de transmissão de documentos.”

original, cópia, minuta, rascunho.

Formato

Conjunto das características físicas de apresentação, das técnicas de registro e da estrutura da informação e conteúdo de um documento.

caderno, cartaz, folha (A0, A1, A2, A3, A4, etc.) livro, mapa, rolo de filme.

Gênero

Reunião de espécies documentais que se assemelham por seus caracteres essenciais, particularmente o suporte e o formato, e que exigem processamento técnico específico e, por vezes, mediação técnica para acesso(1),

documentos audiovisuais, documentos bibliográficos, documentos cartográficos, documentos eletrônicos, documentos filmográficos, documentos iconográficos, documentos micrográficos, documentos textuais.

Espécie

Divisão de gênero documental que reúne tipos documentais por seu formato.

ata, carta, decreto, desenho técnico, folheto, fotografia, memorando, ofício, relatório.

Tipo

Divisão de espécie documental que reúne documentos por suas características comuns no que diz respeito à fórmula diplomática, natureza de conteúdo ou técnica do registro

boletim de ocorrência, boletim de freqüência e rendimento escolar, certidão de nascimento, certidão de casamento, declaração de bens, declaração de imposto de renda, desenhos de arquitetura e engenharia, etc.

O acervo de desenhos pertinentes às edificações de pontos de vendas e

edifícios do antigo Banespa, agora Banco Santander, é composto por desenhos

técnicos de arquitetura, elétrica, estrutura, hidráulica, ventilação/ar condicionado.

Estes desenhos têm como suporte, o papel vegetal; na forma, desenho original à

tinta nanquim; no formato, folha (mais comum é o A0); gênero, iconográfico;

espécie, desenho técnico; tipo, desenhos de arquitetura e engenharia.

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12 ORGANIZAÇÃO

A organização de um arquivo é algo que deve ser planejado e estruturado

com o objetivo de atender aos pré-requisitos das Normas Legais bem como às

necessidades da instituição produtora. É primordial que haja um manual de

diretrizes, de fácil entendimento, e muita disciplina para que todo o conjunto de

documentos mantenha a sua integridade.

A Organicidade é perdida com a fragmentação das unidades documentais. Identifica-se neste relato o desrespeito ao princípio de integridade e também à qualidade de cumulatividade, pois a organização por espécie documental ou por ato de recebimento e expedição, fatalmente, tira os documentos da sua ordem natural. Perde-se a referência que explicita a inter-relação dos documentos, descontextualiza-se o documento ignorando-se a sua dependência dos demais para oferecer significado (RODRIGUES, 2006 p.108).

De alguma forma os documentos seguem uma cerda ordenação de acordo

com a disposição em que são acumulados:

“A Organicidade do arquivo realiza-se através da acumulação dos documentos. Um arquivo sempre tem alguma Organicidade, as próprias atividades acabam por impor alguma ordem aos documentos gerados. Mas a acumulação com base em um Plano de Classificação, de modo correspondente ao fluxo do desenvolvimento das ações, de modo que as inter-relações existentes entre as funções atividades tarefas reflitam-se nos documentos, essa acumulação faz com que o arquivo reflita, no seu todo, a missão realizada. (RODRIGUES, 2006 p.109)”

Conforme descrito pelo Sr. Aguinaldo Carneiro (responsável pelo acervo de

desenhos técnicos de arquitetura e engenharia do Santander), a organização é feita

em módulos de arquivos de aço (horizontal e vertical). Os desenhos estão

arquivados em diversos seguimentos:

- Há regiões que não há catálogo, pois os processos foram transferidos para as regionais e cada regional arquivou de uma maneira diferente. Ao retornar ao acervo central, os desenhos estavam identificados e ordenados, porém, não catalogados. Para catalogar estes desenhos, será necessário reorganizá-los para um mesmo padrão. O tempo necessário para esta ação depende da “estrutura” que será disponibilizada. - Há diversas caixas recebidas recentemente da Airon Montain, contendo projetos do Santander não estão identificados, e necessita ser explorado para identificação e posteriormente catalogação. - Vale ressaltar: os desenhos não são atualizados, geram-se arquivos “DWG” e estes ficam no acervo digital; os desenhos de origem em papel vegetal (elétrica / hidráulica / estrutural / arquitetura / ar condicionado / etc.) continuam no acervo físico (central).

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12.1 Imagens do acervo de desenhos técnicos do Sant ander

As figuras que seguem retratam a situação em que se encontra o acervo de

desenhos técnicos do Santander. Através destas pode-se observar que o acervo de

desenhos não recebe a atenção e os cuidados necessários para a sua integridade e

organicidade.

Figura 3 – Módulos de arquivos (vertical) Figura 4 – Módulos de arquivos (vertical)

Figura 5 – Módulos de arquivos (vertical). Figura 6 – Desenhos sobre os módulos de

arquivos (vertical).

Figura 7 – Módulos de arquivos (horizontal). Figura 8 – Detalhe da gaveta do módulo de

arquivo horizontal.

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Figura 9 – Capa de catálogo (v.1). Figura 10 – Folha do catálogo (v.1) com relação

de desenhos.

Figura 11 – Capa de catálogo (v.2). Figura 12 – Folha do catálogo (v.2) com relação

de desenhos.

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28

Figura 13 – Capa de catálogo (v.3.) Figura 14 – Folha do catálogo (v.3) com relação

de desenhos.

(Folha referente a “Agência” Patriarca, remete para os desenhos do “Edifício Patriarca”, pois se trata de uma Agência instalada em um pavimento do Edifício).

Figura 15 – Capa de catálogo (v.4). Figura 16 – Folha do catálogo (v.4) com relação

de desenhos.

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Figura 17 – Capa de catálogo (v.5) Figura 18 – Folha do catálogo (v.5) com relação

de desenhos.

(Folhas do catálogo em péssimo estado de conservação)

Figura 19 – Capa de catálogo (v.6) Figura 20 – Folha do catálogo (v.6) com relação

de desenhos.

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Figura 21 – Folha do catálogo com instrução de

pesquisa. Figura 22 – Folha do catálogo com instrução de

pesquisa (zoom da folha).

Figura 23 – Vista dos desenhos no módulo de

arquivo vertical. Figura 24 – Detalhe: numeração dos desenhos.

Figura 25 – Detalhe: numeração dos desenhos. Figura 26 – Detalhe: numeração dos desenhos.

(desenhos dentro de um mesmo módulo de arquivo: números com formato diferente. (EV.06.298 / 63.11.300* / EV.08.304.) * Os dois primeiros dígitos representam o número do módulo do arquivo, ou seja, o desenho não está no local indicado no catálogo.

(o desenho 63.11.300 que deveria está aqui, está no arquivo EV 001 a 460.)

63.11.300 ?

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Figura 27 – Vista dos desenhos no módulo de

arquivo horizontal. Figura 28 – Detalhe: numeração dos desenhos.

Figura 29 – Carimbo do desenho. Figura 30 – Detalhe: numeração dos desenhos.

(duas numerações na mesma folha: H.06.003 (esta é a que consta no Catálogo)

35.06.327?).

Figura 31 – Desenhos no módulo de arquivo

vertical. Figura 32 – Desenhos no módulo de arquivo

vertical.

(Agências que não constam no catálogo - estão dispostas por ordem alfabética).

Page 33: Arquivo de desenhos técnicos: "massa acumulada" do setor rede de engenharia do grupo Santander Brasil

32

Figura 33 – Identificação do módulo de arquivo

vertical. Figura 34 – Identificação do módulo de arquivo

vertical.

Figura 35 – Identificação do módulo de arquivo

vertical. Figura 36 – Identificação do módulo de arquivo

vertical.

Figura 37 – Identificação do módulo de arquivo

vertical. Figura 38 – Identificação do módulo de arquivo

vertical.

Page 34: Arquivo de desenhos técnicos: "massa acumulada" do setor rede de engenharia do grupo Santander Brasil

33

Figura 39 – Identificação do módulo de arquivo

vertical. Figura 40 – Identificação do módulo de arquivo

vertical.

Figura 41 – Identificação do módulo de arquivo

horizontal. Figura 42 – Identificação do módulo de arquivo

horizontal.

Figura 43 – Caixas com conteúdos diversos. Figura 44 – Caixas com conteúdos diversos.

Page 35: Arquivo de desenhos técnicos: "massa acumulada" do setor rede de engenharia do grupo Santander Brasil

34

Figura 45 – Conteúdo da caixa. Figura 46 – Etiqueta de identificação da caixa.

(dentro da caixa 168576650 etiquetada como Agência GARIBALDI, há pastas das Agências GRAMADO e GOIÂNIA. Os desenhos são diversos: arquitetura – elétrica – hidráulica – ar condicionado – estrutura – telefonia. Em mais 2 caixas verificadas, há conteúdo de outras

Agências, além da relacionada na etiqueta).

Figura 47 – Módulos de aço para arquivamento

de pastas suspensas. Figura 48 – Identificação dos módulos de aço

para arquivamento de pastas suspensas.

(Conteúdos diversos: cópias de desenhos / fotos / cópias de notas fiscais).

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Figura 49 – Conteúdo existente nos gaveteiros. Figura 50 – Conteúdo existente nos gaveteiros.

Figura 51 – Conteúdo existente nos gaveteiros. Figura 52 – Conteúdo existente nos gaveteiros.

Figura 53 – Desenhos em forma de canudo,

sobre a mesa. Figura 54 – Malotes lacrados / conteúdo não

identificado.

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Figura 55 – Arquivo de madeira, com conteúdo

diverso Figura 56 – Arquivo de madeira, com conteúdo

diverso.

Figura 57 – Arquivo de madeira, com conteúdo

diverso. Figura 58 – Arquivo de madeira, com conteúdo

diverso.

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Figura 59 – Arquivo de madeira, com conteúdo

diverso. Figura 60 – Arquivo de madeira, com conteúdo

diverso.

Figura 61 – Plotters danificadas (sucata). Figura 62 – Plotters danificadas (sucata).

Page 39: Arquivo de desenhos técnicos: "massa acumulada" do setor rede de engenharia do grupo Santander Brasil

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13 PLANO DE CLASSIFICAÇÃO E TABELA DE TEMPORALIDADE

A função do plano de classificação e da tabela de temporalidade como

instrumento arquivístico é primordial para a destinação dos documentos, pela

capacidade de orientar os técnicos na tarefa de seleção dos documentos a serem

eliminados, após cumprirem os prazos de guarda nas fases corrente e intermediária,

ou serem preservados como de guarda permanente.

Em arquivística a função classificação documental é definida essencialmente, como um processo intelectual de identificação e de reagrupamento sistemático de temas semelhantes, segundo suas características comuns, podendo, em seguida, serem diferenciados, desde que a quantidade assim o exija. Essa função consiste em um conjunto de convenções, de métodos e regras de procedimentos logicamente estruturados que permite a classificação dos documentos em grupos ou em categorias, quaisquer que sejam os suportes e a idade desses documentos (COUTURE et al,1999 p. 18 apud FARIA 2006, p. 34). O esforço de organização do conjunto de documentos (arquivo) de uma instituição ou pessoa física por meio da função arquivística de classificação gera, na maioria dos casos, um instrumento de gestão arquivística denominado Plano de Classificação Documental - PCD. Portanto, o plano de classificação é o instrumento desenvolvido por arquivístas para auxiliar na organização das informações para a recuperação futura e para o armazenamento ordenado; ele traduz o conhecimento dos gestores sobre o estoque informacional arquivístico da instituição. [...] que organiza, em um plano intelectual, os tipos documentais produzidos e/ou recebidos, conforme os critérios definidos pela classificação documental adotada e os organizada de forma hierárquica por meio das unidades de classificação (FARIA 2006, p. 35).

Tabela 1 – Temporalidade dos documentos PRAZOS DE GUARDA

ASSUNTO FASE CORRENTE

FASE INTERMEDIÁRIA

DESTINAÇÃO FINAL

OBSERVAÇÕES

Desenhos e documentos técnicos/legais filiados ao mesmo processo.

3 anos 5 anos Guarda permanente

Os documentos podem ser recuperados para consulta em eventuais necessidades.

O acervo de desenhos do Santander não dispõe de tabela de temporalidade;

portanto, não há controle sobre os prazos de guarda. E, também, não tem um plano

de classificação que proporcione a identificação precisa dos documentos.

Page 40: Arquivo de desenhos técnicos: "massa acumulada" do setor rede de engenharia do grupo Santander Brasil

39

14 ACESSO

Um documento arquivístico acessível é aquele que pode ser localizado,

recuperado, apresentado e interpretado. Portanto faz-se necessário promover a

descrição, mediante elaboração de instrumentos de pesquisa que garantam amplo

acesso às informações contidas nos documentos.

A facilidade de acesso aos documentos de arquivos permanentes fica

comprometida pela falta de classificação funcional na sua origem.

Promover o fácil acesso aos conteúdos descontextualizados tem se mostrado como uma meta inatingível. Os manuais para organização de arquivos tratam dos índices, por exemplo, como um recurso para o acesso aos conteúdos dos documentos. Contudo, o volume documental dos arquivos permanentes é sempre de dimensões gigantescas. Promover o seu acesso através do Arranjo, que é a prioridade, é tarefa que tem demandado muito tempo e recursos humanos, pois, normalmente, a documentação que é recolhida às instituições arquivísticas não recebeu, na origem, uma classificação funcional (RODRIGUES, 2006 P. 115).

O acesso ao acervo de desenhos do Santander é restrito aos funcionários do

setor Rede de Engenharia e a manipulação é feita pelo funcionário (único)

encarregado do arquivo.

Page 41: Arquivo de desenhos técnicos: "massa acumulada" do setor rede de engenharia do grupo Santander Brasil

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15 RECURSOS HUMANOS

O acervo de desenhos técnicos do Santander tem apenas um funcionário

(que não fica efetivamente no local onde os desenhos estão armazenados) para

atender às solicitações de consultas. As consultas ocorrem quando há reforma ou

ocorre algum problema técnico nas instalações do Ponto de venda (Agência). Então,

o engenheiro ou arquiteto responsável pela manutenção do Ponto de venda,

requisita para o funcionário do acervo os desenhos que necessita.

A atividade do funcionário consiste em ir até ao acervo selecionar/separar os

desenhos e providenciar as cópias para ser entregue ao solicitante. As cópias são

efetuadas por uma copiadora contratada, que envia o motoboy para retirar os

originais e após a execução do serviço os originais são devolvidos ao acervo

(deixados sobre os módulos para que posteriormente o funcionário do acervo vá até

ao local para guardá-los nos seus respectivos lugares); as cópias são encaminhadas

para o solicitante.

Page 42: Arquivo de desenhos técnicos: "massa acumulada" do setor rede de engenharia do grupo Santander Brasil

41

16 INSTALAÇÕES E RECURSOS FÍSICOS

De acordo com as recomendações do Conselho Nacional de Arquivo (2001),

um arquivo deve oferecer serviços e atividades para o público, possibilitar o trabalho

técnico e administrativo e possuir áreas de depósito reservadas, com condições

climáticas e de segurança especial.

Uma das principais funções dos arquivos é a proteção de seu acervo. A escolha de materiais de construção, de acabamento e de equipamentos deverá obedecer a rigorosas especificações de segurança contra acidentes, agressão ambiental ou biológica, e assegurar boa conservação. Para acondicionar documentos de grandes formatos, como mapas, plantas e cartazes, serão necessários móveis especiais para o acondicionamento horizontal. As gavetas das mapotecas não devem ter muita altura para evitar o acúmulo de documentos, o que acarretaria problemas de conservação. Além de gavetas rasas, devem ser previstas mesas de dimensões compatíveis com o formato desses documentos e dispostas de forma a facilitar a retirada dos documentos das mapotecas, quando necessário (RECOMENDAÇÕES PARA A CONSTUÇÃO DE ARQUIVOS - CONARQ, 2001 p.11).

As condições adequadas de temperatura e de umidade relativa do ar são

elementos vitais para prolongar a sobrevivência dos registros. As recomendações do

CONARQ são:

- A faixa segura de umidade relativa é entre 45% e 55%, com variação diária de +/- 5%.

- A temperatura deve também estar relacionada com a umidade relativa. - A temperatura ideal para documentos é 20º C, com variação diária de +/-

1º C. - A estabilidade da temperatura e da UR é especialmente importante, e as

mudanças bruscas ou constantes são muito danosas (RECOMENDAÇÕES PARA A CONSTUÇÃO DE ARQUIVOS - CONARQ, 2001 p.14).

16.1 Instalações do acervo no Edifício Altino Arant es

O acervo de desenhos está instalado no 14º andar do Edifício Altino Arantes

(Edifício Banespa) na Rua João Brícola, 24, no centro da cidade de São Paulo. Os

desenhos acomodados em módulos de arquivos de aço (vertical/horizontal), como

pôde ser observado nas fotografias (item 12.1). O local não oferece condições

propícias para a guarda desses documentos, tanto pela forma como estão

acumulados como pelo risco de sinistros.

Page 43: Arquivo de desenhos técnicos: "massa acumulada" do setor rede de engenharia do grupo Santander Brasil

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Quadro 4 – Corte esquemático do edifício onde está armazenado o acervo de desenhos.

O imóvel de 36 pavimentos, com 15.845m2 de área construída, está avaliado em R$48.000.000,00 (quarenta e oito milhões de reais). A área do acervo está situada no 14º andar (551m2) equivale à R$1.653.000,00 (um milhão seiscentos e cinquenta e três mil reais). O valor locatício da área ocupada pelo acervo de desenhos está estimado em R$114.000,00 (cento e quatorze mil reais/mês).

Fonte: BDU – Bens De Uso (abr. 2009)

ACERVO DE DESENHOS

RECEPÇÃO

SS01

PV00

PV01

PV02

PV03

PV04

PV05

PV06

PV07

PV08

PV09

PV10

PV11

PV12

PV13

PV14

PV15

PV16

PV17

PV18

PV19

PV20

PV21

PV22

PV23

PV24

PV25

PV26

PV27

PV28

PV29

PV30

PV31

PV32

PV33

PV34

HALL

ÁREA CONSTRUIDA – 551,00m²

TÉRREO

Page 44: Arquivo de desenhos técnicos: "massa acumulada" do setor rede de engenharia do grupo Santander Brasil

43

16.2 Recursos físicos

O recurso físico para guarda do material estimado em 55.000 (cinquenta e

cinco mil) desenhos é composto por:

- 58 módulos de arquivo de aço para armazenagem vertical;

-12 módulos de arquivo de aço para armazenagem horizontal (c/ 5 gavetas cada);

-11 módulos de arquivo de aço para armazenagem de pastas suspensas (c/ 4

gavetas cada).

O sistema de arquivamento é o indireto. A listagem dos desenhos está

relatada em 6 volumes (ver item 12.1, figuras de 9 a 20).

Page 45: Arquivo de desenhos técnicos: "massa acumulada" do setor rede de engenharia do grupo Santander Brasil

44

17 NORMAS E PROCEDIMENTOS

O acervo não possui diretrizes para o arquivamento além do que já foi

exposto no Capítulo 12 (organização). A ausência de um plano de classificação

resulta em dificuldade de mapeamento/localização dos documentos produzidos. A

não conformidade da codificação gera dúvidas e é ineficaz para a recuperação das

informações. A falta de uma tabela de temporalidade transformou o acervo de

desenhos em um depósito de “massa acumulada”.

17.1 Esquema proposto para nomenclatura (físico e d igital/eletrônico)

Para que ocorra melhorias significativas se faz necessário efetuar a

classificação dos desenhos atribuindo-lhes nomenclatura padronizada e a

reordenação para que sejam guardados adequadamente, o que possibilitará controle

organização e fácil acesso.

A figura abaixo representa o formato modelo de nomenclatura elaborado para

a adequação do acervo de desenhos, proporcionando a identificação de sua

proveniência. É composto por: 32 caracteres, incluindo os hífens, EM CAIXA ALTA,

sem acentuação/pontuação (pode ser aplicado para os desenhos físicos bem como

eletrônicos/digitais).

Figura 63 – Sintaxe da nomenclatura

S i n t a x e

ANO

MÊS

TIPO DO DOCUMENTO

MODIFICADOR

NÚMERO DA REVISÃO

CCCCEEE-UU-AAAA MM-TT-DDD-MMMM-R0

DISCIPLINA DO DOCUMENTO

UNIDADE DA FEDERAÇÃO

ESPÉCIE DO LOCAL (PONTO DE VENDA) CÓDIGO DA UNIDADE

Page 46: Arquivo de desenhos técnicos: "massa acumulada" do setor rede de engenharia do grupo Santander Brasil

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17.1.1 Caracteres para descrição/identificação (tip os de documentos)

Tabela 2 - Descrição/ identificação de tipos de documentos

Fonte: Procedimento para codificação de documentos (BUENO, 2009) TIPOS DE DOCUMENTOS TT ANÁLISE CRÍTICA DE DOCUMENTOS CONTRATUAIS AD ANÁLISE CRÍTICA PELA ADMINISTRAÇÃO AC APONTAMENTO DA FOLHA DE PAGAMENTO AH AS BUILT AB ATA AT ATA DE ASSEMBLÉIA GERAL AG ATA DE REUNIÃO AR AUDITORIA DE PROCESSO AP AUTORIZAÇÃO DE FORNECIMENTO AU AUTORIZAÇÃO PARA EXECUÇÃO DE SERVIÇOS FORA DO ESCOPO AV BOLETIM DE MEDIÇÃO BM CADERNOS TÉCNICOS DE LOJISTAS CL CARTÃO CGC - CNPJ CG CATÁLOGO E AMOSTRA CA CERTIDÃO NEGATIVA CN CHECK LIST PARA RECEBIMENTOS LOCAIS CK CONCORRÊNCIA PX CONDIÇÕES CLIMÁTICAS QC CONTRATO CJ CONTRATO SOCIAL CS CONTROLE DE EMISSÃO, CIRCULAÇÃO, FLUXO DE DOCUMENTOS WA CONTROLE DE PENDÊNCIAS DE OBRA PO CONTROLE DE PROJETOS “COMO CONSTRUÍDO” CC CONTROLE DOCUMENTOS TÉCNICOS WT CONTROLE FINANCEIRO WB CONTROLE INTERNO DE CUSTOS CZ CONTROLE PARA UTILIZAÇÃO DA GARAGEM CI CRITERIO DE PROJETO CP CRONOGRAMA CR DETALHES DE SERRALHERIA DS DETALHES PADRÃO DP DIÁRIO DE OBRA DO DOCUMENTOS DC DOCUMENTOS LEGAIS DL DUPLICATA / FATURA DF ENSAIO TECNOLÓGICO EG ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA ET ESPECIFICACOES EE ESTUDO DE VIABILIDADE TECNICA EV ESTUDO OU DESENHO CONCEITUAL EC ESTUDO PRELIMINAR (VIABILIDADE) EP FISCALIZAÇÃO TÉCNICA DE OBRA FO FLUXO FINANCEIRO FF FLUXOGRAMA FX FOLHA DE PAGAMENTO FP GUIA DE RECOLHIMENTO GR GUIA DE REMESSA DE DOCUMENTOS - GRD GD LAYOUT LO LEVANTAMENTO LV LIBERAÇÃO DE PAGAMENTO LP LICITACAO LC

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Tabela 2 - Descrição/ identificação de tipos de documentos Fonte: Procedimento para codificação de documentos (BUENO, 2009)

(continuação)

TIPOS DE DOCUMENTOS TT

LISTA MESTRA LM LISTAGEM DE CÓDIGOS DE EQUIPAMENTOS CE LISTAGEM DE EQUIPAMENTOS LE LIVRO DE FREQÜÊNCIA LQ LIVRO DIÁRIO LD LIVRO RAZÃO LR MANUAL MN MAPA DE ACABAMENTOS MA MAPA DE EQUALIZAÇÃO ME MEMO DE EXCESSAO MX MEMORIAL MM MEMORIAL DE CÁLCULO MC MEMORIAL DESCRITIVO MD MEMORIAL QUANTITATIVO MQ NORMAS INTERNAS NR NOTA FISCAL NF OBRAS OB ORDEM DE SERVIÇO OS PLANILHA PN PLANO DE CONTAS PC POSIÇÃO DE FÉRIAS/ACOMPANHAMENTO PF PRESTAÇÃO DE CONTAS PG PROCEDIMENTO PR PROCURAÇÃO PS PROGRAMAÇÃO/PREVISÃO DE PAGAMENTOS PV PROJETO - LEGAL PL PROJETO - PADRÃO PJ PROJETO EXECUTIVO PE PRONTUÁRIO PT PROPOSTA PP RELATÓRIO RT RELATÓRIO DE ANÁLISE CRÍTICA DE DOCUMENTOS CONTRATUAIS RA RELATÓRIO DE CONSULTA TÉCNICA (RCT) RC RELATÓRIO DE CONTATO RL RELATÓRIO DE DESPESAS RD RELATÓRIO DE ENSAIO TECNOLÓGICO RS RELATÓRIO DE NÃO-CONFORMIDADE (RNC) NC RELATÓRIO DE TREINAMENTO RM ROLL OUT RO SIMULACAO SM SOLICITAÇÃO DE MATERIAL DE ESCRITÓRIO SE SUPRIMENTOS SP TABELA DE CARGA DE EQUIPAMENTOS TE TEMPLATE TP TERMO DE RECEBIMENTO DE SERVIÇOS TS TERMO DE VISTORIA DO LOCAL TV VALORES CONTRATUAIS VC

Page 48: Arquivo de desenhos técnicos: "massa acumulada" do setor rede de engenharia do grupo Santander Brasil

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17.1.2 Caracteres para descrição/identificação (dis ciplinas de documentos)

Tabela 3 - Descrição/ identificação de disciplinas de documentos

Fonte: Procedimento para codificação de documentos (BUENO, 2009) DISCIPLINAS DE DOCUMENTOS DDD ACESSIBILIDADE ACE ANDAMENTO DOS SERVIÇOS ANS ARQUITETURA ARQ AUTOMAÇÃO COMERCIAL ATC AUTOMAÇÃO PREDIAL E SEGURANÇA ATP AVALIAÇÃO DE FORNECEDORES AVF CLIMATIZAÇÃO CLI COMUNICAÇÃO VISUAL EXTERNA CVE COMUNICAÇÃO VISUAL INERNA CVI CONSTRUÇÃO CIVIL (GERAL) CCI CONTROLE AMBIENTAL (VENTILAÇÃO, EXAUSTÃO, AR CONDICIONADO, AQUECIMENTO) CAM CONTROLE DE DESPESAS CRD CONTROLE FINANCEIRO CFN COORDENAÇÃO DE PROJETOS CPJ DECORAÇÃO E INTERIORES DCI DETECTORES DE FUMAÇA DTF ENGENHARIA ENG EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS EQE EQUIPAMENTOS MECÂNICOS EQM ESTRUTURA EST ESTRUTURAS DE CONCRETO ECC ESTRUTURAS/COBERTURAS METÁLICAS ECM EXTINTORES EXT FISCALIZAÇÃO DE OBRAS FSO FUNDAÇÕES FND GERAL GER GERENCIAMENTO (GERAL) GEG GERENCIAMENTO DE OBRAS GOB GESTÃO DA QUALIDADE GQT HIDRANTES HDT IMPERMEABILIZAÇÃO IMP INSTALAÇÕES DE GÁS IGS INSTALACOES ELETRICAS ELE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS (GERAL) IEL INSTALACOES HIDRAULICAS HID INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS HIS INSTALAÇÕES MECÂNICAS (GERAL) INM INSTRUMENTAÇÃO E CONTROLE ISC ISOLAMENTO TÉRMICO E ACÚSTICO ITA LUMINOTÉCNICA LUM MECÂNICA DOS SOLOS MCS MEIO AMBIENTE MEA OBRAS DE ARTE OAT PADRONIZAÇÃO PDZ PAISAGISMO PSG PLANEJAMENTO E CONTROLE FÍSICOS PCF PROCESSOS INDUSTRIAIS PRI PROTEÇÃO E COMBATE A INCÊNDIO PCI REDE VIÁRIA, ARRUAMENTOS, PAVIMENTAÇÃO RVA

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Tabela 3 - Descrição/ identificação de disciplinas de documentos Fonte: Procedimento para codificação de documentos (BUENO, 2009)

(continuação)

DISCIPLINAS DE DOCUMENTOS DDD REDES EXTERNAS DE ENERGIA ELÉTRICA RDE REDES EXTERNAS DE ESGOTO SANITÁRIO RDS REDES EXTERNAS DE GÁS RDG REDES EXTERNAS DE SUPERVISÃO PREDIAL RDP REDES EXTERNAS DE TELECOMUNICAÇÕES RDC REDES EXTERNAS DE TELEFONIA RDT REFRIGERAÇÃO RFG SANEAMENTO SAN SEGURANÇA (GERAL) SEG SERVIÇOS DIVERSOS SVD SPRINKERS SPR TERRAPLENAGEM, MOVIMENTO DE TERRA MTE TOPOGRAFIA TOP TRANSPORTES TRP URBANISMO URB

17.1.3 Caracteres para descrição/identificação (mod ificadores de documentos)

Tabela 4 - Descrição/ identificação de modificadores de documentos

Fonte: Procedimento para codificação de documentos (BUENO, 2009) MODIFICADORES DE DOCUMENTOS MMMM AMPLIAÇÕES AMPL ANOTACAO DE RESPONSABILIDADE TECNICA ART1 APORTE APOR APRESENTACOES APRS APROVACOES APRV ATESTADO ATES AVALIACAO CONSTRUTORA AVCO AVALIACAO GERENCIADORA AVGE AVALIACAO LEVANTAMENTO AVLV AVALIACAO PROJETISTA AVPR BOMBEIRO BOMB BRIEFING BRIF CHECK LIST CLIT CONFERIR CONF CORTES CORT CRONOGRAMA CRON CUSTO CUST ELEVAÇÕES ELEV ENCARGOS ENCG EXTRA EXTR FICHA FICH FLUXOGRAMA FLUX FORMULARIO SOLICITAÇÃO FSOL GERENCIAMENTO DE RESIDUO GRCD GUIA GUIA IMAGEM IMAG IMPLANTAÇÃO IMPL

Page 50: Arquivo de desenhos técnicos: "massa acumulada" do setor rede de engenharia do grupo Santander Brasil

49

Tabela 4 - Descrição/ identificação de modificadores de documentos Fonte: Procedimento para codificação de documentos (BUENO, 2009)

(continuação)

MODIFICADORES DE DOCUMENTOS MMMM INDICE INDC INICIO INIC LISTA ( EX.: LISTA DE DESENHOS ) LIST NUMERACAO FECHADA (0103 = 01/03;... 0303 = 03/03) 0103 NUMERACAO SEQUENCIAL (0001; 0002; 0003...) 0001 ORCAMENTO ORC1 PAISAGISMO PSMO PLANILHA PLAN PLANILHA LEVANTAMENTO PLEV PLANILHA SEMANAL PS01 PLANTA DE COBERTURA COBE PLANTAS BAIXAS PLBA PLANTAS DE FORRO PLFO PLANTAS DE PISO PLPI RELATORIO RELT RELATORIO ANTES E DEPOIS RADP RELATORIO RESTRICOES LEGAIS RTL1 SOLICITAÇÃO DE ATIVIDADES - SHUT DOWN SDWN TECNOLOGIA TELECOM TCOM TERMO ENTREGA DE OBRA TEOB TERMO ENTREGA QUIOSQUE TEQU TERMO INICIO DE OBRA TIOB TERMO INICIO E ENTREGA OBRA TIEO VALIDACAO VALD

Page 51: Arquivo de desenhos técnicos: "massa acumulada" do setor rede de engenharia do grupo Santander Brasil

50

17.2 Estimativa de custo para armazenagem em empres a terceirizada

Segue abaixo a estimativa (grosso modo) de custo para implantação da

guarda permanente do acervo de desenhos técnicos do Santander na empresa

Store.

Quadro 5 – Estimativa de custo para guarda dos desenhos técnicos.

Volume de desenhos técnicos: - 55.000 desenhos Forma de armazenamento - em tubos de PVC (D=150mm; C=1,5m; E=2mm) Quantidade de acumulação por tubo - 30 desenhos p/ tubo (1.850 tubos) Kit armazenamento (tubo) - R$ 5,63. (p/ unidade)

- R$ 10.415,50 (total) Tempo estimado para implantação - 30 desenhos /hora

- 240 desenhos /dia - 4.800 desenhos /mês - 12 meses (período para implantação no novo local)

Recursos Humanos (Store): - 1 digitador com dedicação integral - 3 (Três) pesquisadores com dedicação integral - Supervisão/coordenação do projeto, com dedicação parcial - R$ 11.500,00 (mês) - R$ 138.000,00 (ano)

Valor estimado para implantação: - R$ 10.415,50 (kit armazenamento) - R$ 138.000,00 (RH Store) - R$ 148.415,50 (Total)

Custo mensal da guarda permanente (1.850 tubos):

- R$ 0,55 (p/ unidade) - R$ 1.017,50 /mês

Solicitação-separação do canudo e transporte-entrega até o solicitante:

- R$ 3,10.

Tempo entre a solicitação do canudo e entrega para consulta: - solicitação feita até às 11h, a Store entrega até às 18h do mesmo dia. - após ás 11h até 16h50min a Store entrega no dia seguinte até ás 13h. - após ás 16h50min a Store entrega no dia seguinte até ás 18h.

O custo mensal estimado na gestão atual é de aproximadamente

R$115.000,00 (cento e quinze mil reais); conforme exposto no Quadro 5, numa

empresa terceirizada o custo mensal seria em torno de R$1.070,00 (um mil e setenta

reais). O gasto mensal ficaria em menos de 10% do custo atual.

Page 52: Arquivo de desenhos técnicos: "massa acumulada" do setor rede de engenharia do grupo Santander Brasil

51

17.2.1 Identificação para o conteúdo em canudos de PVC.

Caracteres Descrição

1234AGE – código do Ponto de venda SP – local: São Paulo

200905 – ano: 2009 / mês: 05 PE – Projeto Executivo

ARQ – Arquitetura 0001 – número do tubo

R0 – número da revisão

Figura 64 – Estante colméia, para armazenagem de canudos.

1234AGE- -SP-

-200905- -PE-ARQ- -0001-R0

1234AGE- -SP-

-200905- -PE-ARQ- -0002-R0

1234AGE- -SP-

-200905- -PE-ARQ- -0003-R0

1234AGE- -SP-

-200905- -PE-ARQ- -0004-R0

1234AGE- -SP-

-200905- -PE-ELE- -0001-R0

1234AGE- -SP-

-200905- -PE-ELE- -0002-R0

1234AGE- -SP-

-200905- -PE-ELE- -0003-R0

1234AGE- -SP-

-200905- -PE-ELE- -0004-R0

1234AGE- -SP-

-200905- -PE-HID- -0001-R0

1234AGE- -SP-

-200905- -PE-HID- -0002-R0

1234AGE- -SP-

-200905- -PE-HID- -0003-R0

1234AGE- -SP-

-200905- -PE-HID- -0004-R0

4321PAB- -SP-

-200905- -PE-ARQ- -0001-R0

4321PAB- -SP-

-200905- -PE-ARQ- -0002-R0

4321PAB- -SP-

-200905- -PE-ARQ- -0003-R0

4321PAB- -SP-

-200905- -PE-ARQ- -0004-R0

5678PAE- -SP-

-200905- -PE-ARQ- -0001-R0

5678PAE- -SP-

-200905- -PE-ARQ- -0002-R0

5678PAE- -SP-

-200905- -PE-ARQ- -0003-R0

5678PAE- -SP-

-200905- -PE-ARQ- -0004-R0

C1 C2 C3 C4

L1

L2

L3

L4

L5

Page 53: Arquivo de desenhos técnicos: "massa acumulada" do setor rede de engenharia do grupo Santander Brasil

52

17.2.2 Identificação para o conteúdo digital/eletrô nico

Figura 65 – Árvore (servidor / diretório / pasta / subpasta / arquivo).

1234AGE-SP-200905-DC

0123AGE-SP-200905

2345AGE-RJ

1234AGE-SP-200905-PJ

1234AGE-SP-200905-AB-ARQ-CORT-R0 1234AGE-SP-200905-AB-ARQ-ELEV-R0 1234AGE-SP-200905-AB-ARQ-IMPL-R0 1234AGE-SP-200905-AB-ARQ-PLBA-R0 1234AGE-SP-200905-AB-ARQ-PLFO-R0 1234AGE-SP-200905-AB-ARQ-PLPI-R0 1234AGE-SP-200905-EV-ARQ-CORT-R0 1234AGE-SP-200905-EV-ARQ-ELEV-R0 1234AGE-SP-200905-EV-ARQ-IMPL-R0 1234AGE-SP-200905-EV-ARQ-PLBA-R0 1234AGE-SP-200905-EV-ARQ-PLFO-R0 1234AGE-SP-200905-EV-ARQ-PLPI-R0 1234AGE-SP-200905-LV-ARQ-CORT-R0 1234AGE-SP-200905-LV-ARQ-ELEV-R0 1234AGE-SP-200905-LV-ARQ-IMPL-R0 1234AGE-SP-200905-LV-ARQ-PLBA-R0 1234AGE-SP-200905-LV-ARQ-PLFO-R0 1234AGE-SP-200905-LV-ARQ-PLPI-R0 1234AGE-SP-200905-PE-ARQ-CORT-R0 1234AGE-SP-200905-PE-ARQ-ELEV-R0 1234AGE-SP-200905-PE-ARQ-IMPL-R0 1234AGE-SP-200905-PE-ARQ-PLBA-R0 1234AGE-SP-200905-PE-ARQ-PLFO-R0 1234AGE-SP-200905-PE-ARQ-PLPI-R0

1234AGE-SP-200905-DC-ACE-DECL-R0 1234AGE-SP-200905-DC-ARQ-ATES-R0 1234AGE-SP-200905-DC-ARQ-GUIA-R0 1234AGE-SP-200905-DC-ARQ-PLAN-R0 1234AGE-SP-200905-DC-CRD-APOR-R0 1234AGE-SP-200905-DC-CRD-BDGT-R0 1234AGE-SP-200905-DC-GOB-ATES-R0 1234AGE-SP-200905-DC-GOB-AVCO-R0 1234AGE-SP-200905-DC-GOB-AVGE-R0 1234AGE-SP-200905-DC-GOB-CLIT-R0 1234AGE-SP-200905-DC-GOB-DAT1-R0 1234AGE-SP-200905-DC-GOB-FICH-R0 1234AGE-SP-200905-DC-GOB-GRCD-R0 1234AGE-SP-200905-DC-GOB-INIC-R0 1234AGE-SP-200905-DC-GOB-MED1-R0 1234AGE-SP-200905-DC-GOB-PS01-R0 1234AGE-SP-200905-DC-GOB-PS02-R0 1234AGE-SP-200905-DC-GOB-TEIB-R0 1234AGE-SP-200905-DC-GOB-TEOB-R0 1234AGE-SP-200905-DC-GOB-TEQU-R0 1234AGE-SP-200905-EV-ARQ-AVLV-R0 1234AGE-SP-200905-EV-ARQ-CLIT-R0 1234AGE-SP-200905-EV-ARQ-DOTA-R0 1234AGE-SP-200905-EV-ARQ-FSOL-R0 1234AGE-SP-200905-EV-CRD-APRV-R0 1234AGE-SP-200905-EV-CRD-BRIF-R0 1234AGE-SP-200905-EV-EQE-TCOM-R0 1234AGE-SP-200905-LC-ARQ-ORC1-R0 1234AGE-SP-200905-LV-ARQ-PLAN-R0 1234AGE-SP-200905-MM-ARQ-0001-R0 1234AGE-SP-200905-PE-CRD-CUST-R0 1234AGE-SP-200905-PE-ARQ-AVPR-R0 1234AGE-SP-200905-PJ-ARQ-ART1-R0 1234AGE-SP-200905-RT-ARQ-INIC-R0 1234AGE-SP-200905-RT-ARQ-VALD-R0 1234AGE-SP-200905-RT-ENG-SDWN-R0 1234AGE-SP-200905-RT-GOB-RADP-R0 1234AGE-SP-200905-RT-GOB-RS01-R0 1234AGE-SP-200905-SM-ARQ-IMAG-R0 1234AGE-SP-200905-SP-GOB-CLIT-R0 1234AGE-SP-200905-SP-SUP-REAL-R0 1234AGE-SP-200905-SP-SUP-SANT-R0

GSBRENG-ACERVO

brhohome03$ on 'EMC-SNAS:T5.3.23.300 (brsaod011r169)'

1234AGE-SP-200905-TP

Nív

el-0

Nív

el-1

Nív

el-2

Nív

el-3

Nív

el-4

Page 54: Arquivo de desenhos técnicos: "massa acumulada" do setor rede de engenharia do grupo Santander Brasil

53

A estrutura da árvore de diretórios deve oferecer facilidade de localização do

arquivo digital/eletrônico. Portanto, sendo a linha “nível zero” a posição do servidor,

para se chegar até ao arquivo o caminho percorrido não deve ultrapassar o 5º nível.

17.2.3 Identificação/descrição do desenho

O carimbo deve conter as informações básicas e necessárias para

identificação/descrição dos desenhos pertinentes ao processo de execução do

Ponto de venda. A nomenclatura padronizada para os desenhos físicos e

eletrônicos/digitais é formada pelos caracteres dos campos 8, 9, 10, 11, 12, 13 e 14,

separados por hífens (ex.: 1234AGE-SP-200905-PE-ARQ-0101-R0).

Quadro 6 – Carimbo para identificação/descrição do desenho R1 2009/05/21 Ampliação da área de auto atendimento 1234567890 0123456789 R0 2009/05/01 Emissão inicial 1234567890 0123456789 16-Rev. 17-Data 18-Descrição 19-CREA/Responsável 20-CREA/Desenhista

a-Identificação do Proprietário/fundo 1-Identificação do prestador de serviços

C.N.P.J. 001.002.003/0001-01

Rua das Artes, 0001 – São Bernardo do Campo – SP & Fast Design Tel. (11) 0001-0001 – email: [email protected]

b-Nome do Ponto de venda 2-Título

São Bernardo do Campo Projeto Executivo c-Logradouro 3-Subtítulo

Rua Bernardino Planta-baixa do pavimento térreo d-Nº e-Complemento 4-CREA/Nome do desenhista

1234 Lojas 12 e 13 1234567890 Nome do desenhista f-Cidade 6-CREA/Nome do responsável técnico

São Bernardo do Campo 1234567890 Nome do Responsável Técnico

g-Estado (UF) h-CEP 8-Código 9-UF 10-Ano/mês 11-Fase 12-Disciplina 13-Modificador 14-Revisão 15-Escala

SP 00001-001 1234AGE SP 200905 PE ARQ 0101 R0 1:50

______________________ Nota: No Quadro 6 os dados são representações fictícias, exceto o campo “a” ( identificação do proprietrário/fundo).

Rede de Engenharia

Page 55: Arquivo de desenhos técnicos: "massa acumulada" do setor rede de engenharia do grupo Santander Brasil

54

CONCLUSÃO

Tendo em vista que, o acervo de desenhos do setor Rede de Engenharia do

Grupo Santander Brasil não possui manual de procedimentos e não dispõe de

critérios essenciais para uma gestão eficaz do processo de arquivamento e controle

geral da massa documental, este trabalho visa desferir uma proposição para

melhoria significativa na organização, armazenamento e manutenção do arquivo de

desenhos.

Um dos fatores críticos é a descaracterização da filiação do documento

causada pela falta de organicidade bem como a não conformidade na

identificação/descrição. Conforme disposto no Quadro 2 do Capítulo 6, a

identificação atribuída aos desenhos é composta por 7 dígitos (01.06.020 – onde:

01, corresponde ao módulo do arquivo; 06, representa a disciplina/especialidade do

desenho; 020, refere-se ao número sequencial da folha do desenho). Os Pontos de

vendas (Agências), dispostos nos volumes do catálogo estão em ordem alfabética o

que causa complicação na unicidade do documento devido aos homônimos

(Agências com o mesmo nome).

Assim, o que se deseja propor para a melhoria dos procedimentos de

arquivamento é a padronização de nomenclatura para a identificação dos desenhos

técnicos pertinentes aos Pontos de vendas (Agências), de forma que caracterize o

documento mantendo o vínculo à sua proveniência.

A nomenclatura proposta, apresentada neste trabalho através de ilustrações,

oferece utilidade tanto para o acervo físico quanto para o digital/eletrônico. Foi

elaborada especificamente para atender a necessidade da instituição. Utilizou-se

como objeto de estudo a Códificação de Documentos (BUENO, 2009), o Manual de

Referência para Padronização de Projetos em CAD (SENAI-GO, 2007), a NBR13531

(ABNT,1995) e demais literaturas em referência. A regra é aplicável em conjunto

com as normas especiais instituídas para as atividades de projeto de: arquitetura;

estruturas; instalações hidráulicas; instalações elétricas, instalações mecânicas;

luminoteca; comunicação visual; paisagismo; impermeabilização, entre outras.

Page 56: Arquivo de desenhos técnicos: "massa acumulada" do setor rede de engenharia do grupo Santander Brasil

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REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13531: elaboração de projetos de edificações: atividades técnicas. Rio de Janeiro,1995. 10 p. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS ESCRITÓRIOS DE ARQUITETURA. Manual de Escopo de Projetos e Serviços de Arquitetura e Urbanismo . São Paulo: Pini, 2002. 132 p. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS ESCRITÓRIOS DE ARQUITETURA. Diretrizes gerais para intercambialidade de projetos em CAD . São Paulo: Pini, 2002. 44 p. BERNARDES, Ieda Pimenta. Como avaliar documentos de arquivo . Reedição com correção. São Paulo: AAB, 1998. 89 p. BUENO, Rachel Ferreira. Codificação de documentos: procedimento . São Paulo: 2009. 10 f. CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS (Brasil). Classificação, temporalidade e destinação de documentos de arquivo relativos às atividades-meio da administração pública . Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, c2001. 200 p. ______. Norma brasileira de descrição arquivística . Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 2006. 124p. ______. Recomendações para a construção de arquivos . Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 2000. 21 p. ______. Recomendações para a produção e o armazenamento de documentos de arquivo . Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 2005. 20 p. DICIONÁRIO BRASILEIRO DE TERMINOLOGIA ARQUIVÍSTICA . Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 2005. 232 p. GONÇALVES Janice. Como classificar e ordenar documentos de arquivo . Reedição com correção. - São Paulo: AAB, 1998. 38 p. FARIA, Wadson Silva. A normalização dos instrumentos de gestão arquivíst ica no Brasil: um estudo da influência das resoluções do Conarq na or ganização dos arquivos da Justiça Eleitoral Brasileira . Dissertação (Mestrado em Ciência da Informação) – Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Ciência da Informação e Documentação. Departamento de Ciência da Informação e Documentação da Universidade de Brasília (UnB), Brasília, 2006. MANUAL DE REFERÊNCIA PARA PADRONIZAÇÃO DE PROJETOS EM CAD. Sindicato da Indústria da Construção no Estado de Goiás (SINDUSC ON – GO). Goiânia: SENAI/FATESG, 2007. 51p. RODRIGUES, Ana Márcia Lutterbach. A teoria dos arquivos e a gestão de documentos . Perspect. ciênc. inf. Belo Horizonte, v.11 n.1, p. 102-117, jan./abr. 2006. SANTANDER. Institucional: Santander no mundo . Disponível em: <http://www.santander.com.br/portal/gsb/script/templates/GCMRequest.do?page=3347&entryID=4117> Acessado em: mar. 2009. SCHELLENBERG, T. R. Arquivos modernos: princípios e técnicas . Rio de Janeiro: FGV, 2008. 386 p.

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56

ANEXOS

Anexo I - formulário de levantamento de dados - estrutura e funcionamento dos órgãos da ... FORMULARIO DE LEVANTAMENTO DE DADOS - ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DOS ÓRGÃOS DA ... Unidade Subordinação Atividades Entrevistado

Entrevistador Data

Anexo II - Formulário de levantamento de dados FORMULARIO DE LEVANTAMENTO DE DADOS Atividade Documento Legislação

Documentos anexos

Tramitação Órgão (via / cópias)

Objetivo

Destinação Eliminar ___________________ Preservar ___________________ Conteúdo Entrevistado

Entrevistador Data

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Anexo III – F

ormulário para levantam

ento documental

DESTINO (13)DESTINO (13)DESTINO (13)DESTINO (13)

ORDEM DE ORDEM DE ORDEM DE ORDEM DE

ARQUIVTO ARQUIVTO ARQUIVTO ARQUIVTO . . . .

(12)(12)(12)(12)

VOLUVOLUVOLUVOLUME ME ME ME / / / /

FORMA DE FORMA DE FORMA DE FORMA DE

ARQUIVTO ARQUIVTO ARQUIVTO ARQUIVTO . . . .

(11)(11)(11)(11)

PRAZO PRAZO PRAZO PRAZO

ARQUIVO ARQUIVO ARQUIVO ARQUIVO

INATIVO (10)INATIVO (10)INATIVO (10)INATIVO (10)

PRAZO PRAZO PRAZO PRAZO

ARQUIVO ARQUIVO ARQUIVO ARQUIVO

SETOR (9)SETOR (9)SETOR (9)SETOR (9)

PAPEL / PAPEL / PAPEL / PAPEL /

ELETRONICO ELETRONICO ELETRONICO ELETRONICO

(8)(8)(8)(8)

ORIGINALORIGINALORIGINALORIGINAL ////

CÓPIA (7)CÓPIA (7)CÓPIA (7)CÓPIA (7)

EMITIDO / EMITIDO / EMITIDO / EMITIDO /

RECEBIDO (6)RECEBIDO (6)RECEBIDO (6)RECEBIDO (6)

Nº VIAS / Nº VIAS / Nº VIAS / Nº VIAS /

DDDDISTRIBUIÇÃO ISTRIBUIÇÃO ISTRIBUIÇÃO ISTRIBUIÇÃO

(5)(5)(5)(5)

CÓDIGO CÓDIGO CÓDIGO CÓDIGO

FORMULÁRIO / FORMULÁRIO / FORMULÁRIO / FORMULÁRIO /

RQ (4)RQ (4)RQ (4)RQ (4)

DATA LIMITE DATA LIMITE DATA LIMITE DATA LIMITE

(3)(3)(3)(3)

ITEM ITEM ITEM ITEM

DOCUMENTAL DOCUMENTAL DOCUMENTAL DOCUMENTAL

(2)(2)(2)(2)

SERIE SERIE SERIE SERIE

DOCUMENTAL DOCUMENTAL DOCUMENTAL DOCUMENTAL

x PROCESSO x PROCESSO x PROCESSO x PROCESSO

(1)(1)(1)(1)