Arquivo base 2016 - repositorio.ufrn.br

90

Transcript of Arquivo base 2016 - repositorio.ufrn.br

ReitoRaÂngela Maria Paiva Cruz

Vice-ReitoRJosé Daniel Diniz Melo

DiRetoRia aDministRativa Da eDUFRnLuis Passeggi (Diretor)

Wilson Fernandes (Diretor Adjunto)Bruno Francisco Xavier (Secretário)

Conselho eDitoRialLuis Álvaro Sgadari Passeggi (Presidente)

Judithe da Costa Leite Albuquerque (Secretária)Alexandre Reche e SilvaAmanda Duarte Gondim

Ana Karla Pessoa Peixoto BezerraAnna Cecília Queiroz de Medeiros

Anna Emanuella Nelson dos Santos Cavalcanti da RochaArrilton Araujo de Souza

Cândida de SouzaCarolina Todesco

Christianne Medeiros CavalcanteDaniel Nelson Maciel

Eduardo Jose Sande e Oliveira dos Santos SouzaEuzébia Maria de Pontes Targino Muniz

Francisco Dutra de Macedo FilhoFrancisco Welson Lima da SilvaFrancisco Wildson Confessor

Gilberto CorsoGlória Regina de Góis Monteiro

Heather Dea JenningsIzabel Augusta Hazin Pires

Jorge Tarcísio da Rocha FalcãoJulliane Tamara Araújo de Melo

Katia Aily Franco de CamargoLuciene da Silva Santos

Magnólia Fernandes FlorêncioMárcia Maria de Cruz Castro

Márcio Zikan CardosoMarcos Aurelio Felipe

Maria de Jesus GoncalvesMaria Jalila Vieira de Figueiredo Leite

Marta Maria de AraújoMauricio Roberto C. de Macedo

Paulo Ricardo Porfírio do NascimentoPaulo Roberto Medeiros de Azevedo

Richardson Naves LeãoRoberval Edson Pinheiro de Lima

Samuel Anderson de Oliveira LimaSebastião Faustino Pereira Filho

Sérgio Ricardo Fernandes de AraújoSibele Berenice Castella Pergher

Tarciso André Ferreira VelhoTercia Maria Souza de Moura Marques

Tiago Rocha PintoWilson Fernandes de Araújo Filho

eDitoRaçãoKamyla Álvares (Editora)

Isabelly Araújo (Colaboradora)Suewellyn Cassimiro (Colaboradora)

RevisãoWildson Confessor (Coordenador de Revisão)

Irlane Lira (Colaboradora)Vitória Belo (Colaboradora)

Design eDitoRialMichele Holanda (Projeto gráfico)

Natal, 2018

Música para piano [recurso eletrônico] / organizador: Marcus Varela. – Natal, RN :EDUFRN, 2018.88 p. : PDF ; 10 MB. – (Série Compositores da UFRN; v.2)

Modo de acesso: http://repositorio.ufrn.brISBN 978-85-425-0820-8

1. Música. 2. Piano. I. Varela, Marcus. II. Título. III. Série.

CDD 780RN/UF/BCZM 2018/37 CDU 785

Coordenadoria de Processos técnicos Catalogação da Publicação na Fonte. UFRn / Biblioteca Central Zila mamede

Todos os direitos desta edição reservados à EDUFRN – Editora da UFRNAv. Senador Salgado Filho, 3000 | Campus Universitário

Lagoa Nova | 59.078-970 | Natal/RN, Brasile-mail: [email protected] | www.editora.ufrn.br

Telefone: 84 3342 2221

Elaborado por Márcia Valéria Alves – CRB-15/509

A p r e s e n t A ç ã o

BrAVo

O BRAVO é o grupo de compositores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, criado em 2011. Atualmente conta com cinco membros, conciliando propostas composicio-nais diferenciadas. Promove reuniões regulares e tem como metas a pesquisa e a reflexão sobre a composição musical no âmbito institucional, através de palestras e concertos e da participação em eventos e fóruns na área, estimulando ainda a formação de jovens compositores.

Grupo BrAVo

Da esquerda para a direita:

Marcus Varela,

Alexandre Reche e Silva,

Heather Dea Jennings,

Danilo Guanais,

Gabriel Gagliano.

Foto: rAFAel lunA

p r e f á c i o

É com orgulho que apresentamos o Volume 2 da Série Compositores da UFRN, dando continuidade ao projeto, que contou com obras de música de câmara para clarineta em seu primeiro volume. Desta vez, a série contempla obras para o piano, e conta com a inclusão de uma presença feminina no rol de compositores, a qual, com sua vibrante energia criativa, muito contribui para o fortalecimento desta proposta coletiva.

Apresentamos cinco composições, sendo três para piano solo e duas para piano a quatro mãos, que demonstram uma considerável variedade de proposições estéticas, bem como de materiais e procedimentos criativos, refletindo objetos de pesquisas desenvolvidas no âmbito da instituição.

A escolha do piano como tema para esta publicação está alinhada com a forte demanda de novas peças para este importante instrumento, cuja literatura encontra-se em permanente expansão, motivada pela abrangência e versatilidade de seu idioma.

MArcus VArelAorgAnizAdor

s u M á r i o

toccat aAlexandre reche e silva

Baião de doisdanilo guanais

par tículasgabriel gagliano

fantasia for pianoHeather dea Jennings

ter r i tor ial idadeMarcus Varela

11

21

39

5 1

7 1

11

T o c c a T a ( 1 9 9 7 )

Toccata (para piano) pode ser descrita brevemente através da aplicação de um modelo de acompanhamento para o processo composicional, por nós elaborado durante o doutorado em Música (o modelo está organizado nas instâncias: Ideias, Princípios, Metas, Técnicas e Materiais, que são conectadas pela instância dos Resultados).

Quanto às Ideias, o título da obra foi escolhido em seu sentido barroco, i. e., uma composição para ser tocada a um instrumento (em oposição a uma que fosse cantada, ou seja, uma Cantata).

Quanto aos Princípios, a elaboração foi norteada pelo emprego de variação motivo-temática. Subjacente a isso jaz o critério de “unidade na diversidade”: emprego do máximo de meios com um mínimo de recursos.

Quanto às Metas, dividimo-las em Propósitos e Medidas.

No tocante aos Propósitos, ela foi composta ao piano, em conformidade com minhas possibilidades técnicas, à época. Trata-se de uma obra de 1997. Ela se remete ao início de minha carreira como compositor, bacharelando (o desafio de se elaborar algo a ser executado pelo próprio compositor cerca-se de intrigantes desafios a serem superados através de negociações constantes).

No tocante às Medidas, a obra foi planejada em três movimentos (mais a reprise do primeiro, repetido Da capo ao Fim). O primeiro é intitulado Ânimo, especulando musicalmente o ímpeto de meus 25 anos. O segundo é intitulado Outro Caminho para as Índias, confabulando sobre uma suposta conexão Brasil/Índia; índios e indianos; ou ainda, Índias oriental e ocidental. O terceiro é intitulado Vir a Ser, inspirando ares de mudanças (permanentes em certas trajetórias humanas).

Alexandre Reche e Silva

12

Quanto à instância dos Materiais, foram utilizados metros distintos para cada movimento: 7/8, 11/8 e 4/4 (o primeiro e o segundo movimentos também possuem metros auxiliares: 7/4 no primeiro e 9/8 e 12/8 no segundo). Em relação às alturas, optamos pelo modo nordestino, também conhecido por Escala Overtone. Esta escala traz em seu bojo subconjuntos que podem remeter a várias sonoridades. Uma delas é a própria possibilidade sonora orientada à música nordestina. Ademais, tem-se o subconjunto {Sib, Lá, Sol, Fa#} – inclinado a um “colorido” oriental – e o {Sib, Dó, Ré, Mi, Fa#} da exótica Tons Inteiros. Em suma, intentou-se sinalizar uma pluralidade de etnias sonoras, latentes no bojo dessa escala. O emprego de harmonizações obedeceu à sobreposição de quintas e quartas ou o emprego de tensões (como utilizado em Jazz e Bossa Nova).

Quanto à instância das Técnicas, foram utilizados dispositivos contrapon-tísticos (como inversão, aumentação, diminuição e retrogradação) e ostinatos (rítmico-melódicos).

Os Resultados podem ir dos esboços, passando pela partitura e interpretações, até gravações, apreciações e análises da obra.

toccata (1997)

13

AlexAndre reche e SilVA

Alexandre Reche e Silva é Bacharel em Música (habilitação em Composição e Regência) pela UNESP (1998), Mestre (2002) e Doutor (2007) em Música (área de concentração, Composição) pela UFBA. Professor da UFRN desde 2009 (área de concurso, Composição, Música & Tecnologia). Coordenador dos cursos de graduação em Música (11/2011 a 02/2014). Membro fundador do PPGMUS da UFRN (2013), orientando mestrandos na Linha 2: Processos e Dimensões da Produção Artística. Membro fundador do BRAVO – Grupo de Compositores da UFRN, o qual também coordenou entre 2011 e 2015. No ano acadêmico de 2016, realizou estágio pós-doutoral no Departamento de Música da UCSD, nos EUA, desenvolvendo uma interpretação computacional do Sistema Schillinger de Composição Musical.

14

Toccata

AlexandreRecheeSilva

1997

9

5

13

Piano

7878

7474

(=136)I-Ânimo

toccataalexandre Reche e Silva

1997

toccata (1997)

15

15

16

17

18

21

7474

7878

2

Alexandre Reche e Silva

16

25

29

34

38

41

9898

98

98

3434

3434

[Fine]3

(=69)

(=140)

pocorit.

pocorit.

decresc.

decresc.

II-OutroCaminhoparaasÍndias

2.

1.

3

toccata (1997)

17

45

48

52

55

58

128

128

128128

118

118

118

118

128128

118118

(=158)

(=148)

accel.------------------------------------------------------------

m.d. nonlegato

m.e.

(nonlegato)

4

Alexandre Reche e Silva

18

61

64

67

70

74

118118

4444

4444

(=144)

(=94)III-ViraSer

5

toccata (1997)

19

78

82

85

88

92

2424

24

24

4444

44

44

2424

3

3 3

3

3

6

Alexandre Reche e Silva

20

96

100

104

107

2424

4444

2424

4444

24

24

3 3

3

rall.

D.C.alFine

7

21

B A i ã o d e d o i s ( 1 9 9 4 )

O título desta pequena peça para piano a quatro mãos é um jogo de palavras que faz referência a um prato comum na culinária do nordeste do Brasil, o baião de dois, feito com arroz e feijão, ao mesmo tempo que remete ao gênero baião, cuja célula rítmica característica perfaz todo o discurso da obra. O título também diz respeito ao fato de serem dois os executantes. A parte grave responde por esta célula característica:

Baião de Dois é construído em duas seções modais interligadas, a primeira no modo menor e a segunda em um dos modos nordestinos. Toda a primeira seção é construída com base em duas ideias fundamentais:

Danilo Guanais

22

Apesar de os dois executantes permanecerem em regiões definidas do piano (grave e aguda), em vários momentos, a peça promove um diálogo, em que não há protagonista, papel geralmente desempenhado pela parte aguda em obras desta natureza. A base para a escrita da segunda seção é um dos modos nordestinos, transposto para a nota Mi:

O tema utilizado na construção desta seção final, em que as ideias iniciais retornam, transformadas pelo novo modo, é o seguinte:

Baião de Dois, composto em 1994, foi dedicado ao Duo Jarbas Borges e Vera Arruda, ambos professores da Escola de Música da UFRN.

Baião de Dois (1994)

23

dAnilo GuAnAiS

Danilo Guanais (São Paulo, 1965), iniciou seus estudos de Música na Escola de Música da UFRN. Atuando, a princípio, como instrumentista, logo descobre a vocação para a composição. Em 1996, gravou a sua Missa de Alcaçus, publicada como livro/partitura em 2013, e, em 2002, estreou em Natal sua Sinfonia no 1. Mestre em Artes pela Unicamp/UFRN desde 2002, concluiu, em 2013, o Doutorado em Composição pela UNIRIO/UFRN com A Paixão segundo Alcaçus, sobre temas do folclore norte-rio-grandense. É autor de numerosas obras para grupos de câmara e orquestra, sendo sua obra executada frequentemente no país e no exterior. Dedica-se tam-bém ao trabalho de composição de trilhas sonoras de espetáculos ao ar livre, como o Chuva de Bala no País de Mossoró e Um Presente de Natal. Ganhador do Prêmio Hangar de Melhor Compositor Erudito no Nordeste em 2004, leciona atualmente, na Escola de Música da UFRN, a disciplina de Linguagem e Estruturação Musical.

24

{

{

{

{

{

Natal, dezembro de 1994

Piano

PARTE II

mf

q = 100 q = 100

mf

6

11

15

20

2

4

2

4

?

> > > > > > > > > > > > > > >

Danilo Guanais

Composição 1994

Revisão: 2016

PARTE II

Baião de dois

?

?

> > >

?

∑ ∑

œ

œ

œ

œ

?

> > > > > > > > > > > >

?

?

?

∑ ∑

œ

œ

œ

œ

?

>

&

>>

?

œœœœ œœœœ œœœœ œœœœ œœœœ œœœœ œœœœ œœœœ œœœœ œœœœ

Ϫ

œ œ

œ

Ϫ

œ œ

œ

Ϫ

œ œ

œ

Ϫ

œ œ

œ

Ϫ

œ œ

œ

œ œ œ œ œ œ œ œ œ

œœ#œœ

œ

œœ

œn œ#œœœœœ

œ

œ

œœ#œœ

œ

œœ

œn œ#œœœœœ

œ

Ϫ

œ œ

œ

Ϫ

œ

Ϫ

œ

œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ

Ϫ

œ œ

œ

Ϫ

œ œ

œ

Ϫ

œ œ

œ

Ϫ

œ œ

œ

œ

œœ#œœ

œ

œœ

œn œ#œœœœœ

œ

œ

œœ#œœ

œ

œœ

œn œ#œœœœœ

œœb œ

œ# œ

œ œ

œ œ

Ϫ

œ

Ϫ

œ

œbœ#

œ

œ

œbœ#

œ

œ

œb œœ œ

œ œ

œ œ

œœ

œ™™™ œœ

œ

œœ

œ

œœ

œ

œœœœ

œ

œœ

œ

œœ

œ

œœ

œb œœ# œ

œ œ

œ œ

œb œœ œ

œ œ

œ œ

œb œœ œ

œ œ

œ œ

œ

œ

œ

œ

œ

œ

œ

œ

œ

œ

œ

œ

œ

œ

œ

œ

œbœ#

œ

œ

œbœ#

œ

œ

œb œœ œ

œ œ

œ œ

Baião de Dois

Parte II

Danilo Guanais1994

ano de revisão: 2016

25

{

{

{

{

{

Piano

PARTE I

f

mf

6

11

15

20

&

∑ ∑

PARTE I

Baião de dois

Danilo Guanais

Composição 1994

Revisão: 2016

&

∑ ∑

&

&

&

&

&

--

--

&

&

- -

-

-

--

--

--

-

-

&

∑ ∑ ∑

œ

œ

J

œ

œ œ

œ

œ

œœ

œ#

œbœ

œ

œ œ

œ

œ

œ

œ

J

œ

œ œ

œ

œn

œ

œ

œœ

œœ

œ

œœ œ#

œ

œœ

œ

œœ

œ

œ

œœ

œnœ

œ

œœn

œ

œ#

œbœ

œ

œ œ

œ

œ

‰™

œ

œ

œ

n

R

œ

œ

œ

œ

œ ™

™ œ

œœ

™™

™ œ

œ

œ

œ

œ

œ

œ

œ

œ ‰™

œ

œ

œ

R

œ

œ

œ

œ

œ ™

™ œ

œœ

™™

™ œ

œ

œ

œ

œ

œ

œ

œ

œ

œ#œ

œœ

œ

œœ

œ

‰™

œ

œ

r

œ

œ

Ϫ

Ϫ

œ œœ

‰™

œ

œ

r

œ

œ

Ϫ

Ϫ

œ œœ

œ

œ

J

œ

œ œ

œ

œ

œœ

œ#

œbœ

œ

œ œ

œ

œ

œ

œ

J

œ

œ œ

œ

œn

œœ

œ#

œbœ

œ

œ œ

œ

œ

œ

œœ

œœ

œ

œœ œ#

œ

œœ

œ

œœ

œ

œ

œœ

œnœ

œ

œœn œ#

œ

œœ

œ

œœ

œ

‰™

œ

œ

œ

n

R

œ

œ

œ

œ

œ ™

™ œ

œœ

™™

™ œ

œ

œ

œ

œ

œ

œ

œ

œ ‰™

œ

œ

œ

R

œ

œ

œ

œ

œ ™

™ œ

œœ

™™

™ œ

œ

œ

œ

œ

œ

œ

œ

œ

œbœ

œœ

‰™

œ

œ

r

œ

œ

Ϫ

Ϫ

œ œœ

‰™

œ

œ

r

œ

œ

Ϫ

Ϫ

œ œœ

œœ

œ#

œbœ œ

œn œ

œ œ

œ œœ œ œ

œ œ œ

œ œ œbœ

œœb

œœ

œ#

œb

œ œœ œ

œ œ

œ œœ œ œ

œ œ œ

œ œ

Baião de Dois

Parte I

Danilo Guanais1994

ano de revisão: 2016

Danilo Guanais

26

Baião de Dois (1994)

27

Danilo Guanais

28

Baião de Dois (1994)

29

Danilo Guanais

30

Baião de Dois (1994)

31

Danilo Guanais

32

Baião de Dois (1994)

33

Danilo Guanais

34

Baião de Dois (1994)

35

Danilo Guanais

36

Baião de Dois (1994)

37

38

39

P a r T í c u l a s ( 2 0 1 3 )

A obra Partículas desenvolve-se a partir de um único fragmento temático; este motivo gerador simples, que emerge em seu estado primário logo na primeira intervenção da voz soprano, sofre grande número de variações rítmicas e melódi-cas, buscando uma possível síntese que se mostra, em certa medida, inalcançável. Embora curto, este elemento orienta toda a peça, onde mesmo a melodia em forma de arpejos, com que articula contraponto, guarda, com ele, relações formais.

Notadamente, esta partícula temática, posto que singela, apresenta-se incan-savelmente sucedida por reproduções de si mesma, efeito realçado pela elisão de seus extremos, obstinada assim em seu desespero por uma conclusão final que, contudo, desvela-se utópica e idealista.

A obra é escrita em harmonia de quintas justas, onde os acordes, então sem terças, são compostos a partir da sobreposição das quintas encadeadas nos níveis consecutivos do Ciclo de Quintas. Este artefato, antes característico do Tonalismo, é propositalmente abordado nesta obra como parâmetro de referência harmônica e poética. Entretanto, enquanto a peça confia na navegação pelo Ciclo de Quintas como base semântica para a sua linguagem, imediatamente se inscreve como sucessora do pensamento ideológico tonal, pelo qual o conflito humano tão marcante neste a ela retorna, pela herança ontológica que jaz na presença do Ciclo, porém renovado pela omissão de inflexões ao esquema de justaposição de terças.

A certa distância, podemos entender a peça como uma nova sonoridade para um velho paradigma, porque repousa nos contrafortes do Ciclo de Quintas uma poética clássica de denúncia da perene dicotomia social e da luta por melhorias. A obra atravessa muitos momentos, cada qual com caráter próprio, extraídos da

Gabriel Gagliano

40

fornalha de suas transmutações, lançando-se com bravura na direção daquilo onírico que deseja fazer-se real. A pertinácia de sua luta pungente pela conclusão final, pela eliminação das antíteses que carrega em seu bojo, pelo apaziguamento do contraditório social humano e pelo descerramento de um futuro rutilante e nobre carrega, em seu percurso, um ar de frustração e nostalgia. Talvez este seja o lirismo de sua jornada, ou o propósito da mesma.

Todavia, assim como as sociedades estão sempre em conflito, tal como o mundo sempre seja desigual, sói às partículas a solidão e amargura de nunca formarem um todo uno. Porque o Homem só existe enquanto partes. Porque o mundo só se constrói pela impermanência. Porque a vida é a dinâmica dos opostos, quer do sujeito com a sociedade, quer de uma classe com a outra, quer do homem para consigo mesmo. No entanto, como um rio que adoça o mar, a possibilidade da vitória sempre adoça a luta, e as partículas vão continuar seu fluxo eterno, pois percebem que, entre o sublime e o impertinente, existem muitas conquistas possíveis.

Esta obra foi, inicialmente, encomendada como trilha sonora para um jogo didático, feito para uma aula de ensino a distância, a respeito dos astros do Sistema Solar. Não obstante, a versão final foi pensada como uma reflexão filosófico-social para Piano Solo.

Partículas (2013)

41

GABriel GAGliAno

Gabriel Gagliano possui Bacharelado e Mestrado em Clarineta e Doutorado em Ciências Sociais. Atualmente, é professor da Escola de Música da UFRN. Desde 2009, tem utilizado as ferramen-tas do campo da Composição e da Memória Social para ampliar a compreensão das escolas de Práticas Interpretativas no Brasil. Trabalhando nesta área, durante o biênio de 2013-2014, teve um projeto contemplado pelo Programa PROEXT do Governo Federal Brasileiro (SISU/MEC), para a recuperação da memória musical e acervo iconográfico univer-sitário do estado do Rio Grande do Norte. Como compositor, produz obras de câmara, sinfônicas e eletrônicas. Em 2010, recebeu a encomenda da SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência) para produzir a obra sinfônica dramático-musical “Naiá Catarineta”. Tem suas obras executadas no Brasil e exterior, já tendo sido gravadas pela Rádio MEC (Brasil), selecionadas pelo Programa SESC Partituras e executadas em eventos internacionais, como o recente ARTECH 2015, em Óbidos, Portugal.

42

Partículaspara Angelinha

Gabriel Gagliano2013

Partículas (2013)

43

Gabriel Gagliano

44

Partículas (2013)

45

Gabriel Gagliano

46

Partículas (2013)

47

Gabriel Gagliano

48

Partículas (2013)

49

Gabriel Gagliano

50

51

f A n t A s i A f o r p i A n o

( 2 0 1 4 )

Fantasia for Piano é uma peça em que um tema advindo de um sonho é usado como inspiração para o restante da música. Começando com uma nota repetida que logo abre cromaticamente em arpejo, a ideia é seguida pela música que originalmente surgiu num sonho da compositora. A peça é organizada em aproximadamente quatro partes. É propositalmente mantida em fluxo, refletindo o estado do sonho. A fantasia é um mecanismo estrutural útil, permitindo maior liberdade para o compositor, livrando-se de estruturas mais restritivas. É uma peça de contrastes entre o calmo e o dramático, o regular e o irregular, o alto e o baixo etc. A peça termina com uma vaga citação da peça do compositor Philip Glass, Metamorphosis (primeiro e quinto movimentos) e a citação da abertura em retrógrado.

Fantasia for Piano explora a justaposição entre o quieto e o pensativo por um lado e por outro lado, um estado tempestuoso e, por vezes, confuso.

Tecnicamente, há uma tendência para evitar regularidade. A maioria das frases repetidas ou voltam com um novo acompanhamento, ou são encurtadas, elaboradas, alongadas etc. Regularidade aparece duas vezes, refletindo momentos em que nos lembramos nossos sonhos enquanto acordados.

Há uma frase ascendente e descendente tranquila, representando momentos de transição entre um sonho e o próximo. Às vezes, é tocada no teclado do piano, outras vezes, dedilhada nas cordas no interior do corpo do piano.

Após a abertura virtuosa no primeiro movimento, o motivo musical se movi-menta de forma simples e lenta, ponderoso em natureza, intercalado com a música da transição do sonho. O motivo termina da mesma forma em que começou, com notas longas e prolongadas.

Heather Dea Jennings

52

O segundo movimento procede com um ar mais convencional, parecendo estar em compasso quaternário, mas rapidamente se desvia da norma e, de forma consistente, começa alternar em compassos 7/8 e 8/8. Ele é brincalhão, mas confuso, como num estado de sonho. O acompanhamento vem na mão direita, mais uma vez rompendo com a norma, e a melodia na mão esquerda é sincopada e polirrítmica, contra a acentuação do acompanhamento. Ele é seguido por um floreio virtuoso de 11 compassos, que é respondido com a música entre os sonhos. A melodia retorna, ainda com a mão esquerda, mas com um novo acompanhamento, com novas variações de compassos.

No terceiro movimento, o clima novamente se torna sombrio. O motivo tem um pulso quase regular, mas que constantemente evita acentuação uniforme. É em quaternário, mas esconde esse fato constantemente serpenteando o seu caminho em torno dos tempos fortes e fracos, de maneira semelhante aos snake-time do compositor de Moondog (snake-time é algo como ritmo de cobra, isto é, sem um pulso altamente regular. Há uma famosa citação dele dizendo “Não quero morrer em quaternário”). A estrutura melódica evita reconhecimento de harmonia tradicional, criando uma sensação em que música não se define, aproximando-se do reconhecível e mesmo quase tonal, mas intencionalmente não tendo sucesso. Ela tece o seu caminho em torno de cromatismo e leve regularidade rítmica. Até parece atingir a normalidade, mas nunca a alcança. O movimento conclui com uma síntese de dois compassos da segunda metade do primeiro movimento.

O quarto movimento é o único com uma sequência regular, começando em 8/8 (lembrando o quaternário) depois se repetindo em 9/8, com uma citação aumentada, na verdade, somente uma impressão de Metamorphosis de Philip Glass. A peça termina com o tema do começo da peça, em retrógrado.

Fantasia for Piano (2014)

53

heAther deA JenninGS

Professora de Contraponto e Música e Computação da Escola de Música da UFRN. Formada em Produção e Design de Música Eletrônica pela Berklee College of Music em Boston, MA, EUA, e em Composição Musical pela Wesleyan University em Middletown, CT, EUA. Recebeu vários prêmios e bolsas de estudo, como o Teaching Assistantship na Wesleyan, Graduate Assistantship pelo California Institute of the Arts, Wendy Carlos Sound Design Award na Berklee, entre outros. Estudou composi-ção com Alvin Lucier, David Rosenboom e Richard Boulanger, e Improvisação com Wadada Leo Smith, Anthony Braxton e Warren Senders. Tem atuado como compositora e performer no Brasil e no exterior.

54

&

?

c

c -̇ -̇

Lento

F

-̇ œ- œ- œ

°

œ œ œ

*

œ œ3 3

accel.

&

?

4

œ œ œ œ œ

°

œ œ œ œ œ œ œ œ

*

œ œ œ œ œ œ œ œ œ

°

œ œ œ œ œ œ œ#

*

œn œ# œ

&

?

5

œ œ œ œ œ œ œ

°

œ œ# œ œb œ œ œ œ œ

*

œ# œ œb œ œ œ œ œ œ# œ œb œ œ

°

œ œ œ

Fantasia for PianoHeather Dea Jennings

©2014

as told in a dreamfor Angie Natal, Brazil 2014

Fantasia for Pianoas told in a dream

for Angie

Heather Dea Jennings2014

Fantasia for Piano (2014)

55

&

?

6

œœ

œœ

œœ

œœ

œœ

œœ

œœ

œœ

*

œœ œ

œ œœ

Œœ

œœf

œœ

.

.˙˙

U

œ.U̇

°F

Œ.. œb Œ œb

ϡ*

Œ œb Œ

Andante

~~~~~

~~~~ ~~~~

~~~~~

~~~~

&

?

10

Œ œ Œ œ

œb Œœ

Œ

Œ œ Œœ

œb Œ ˙b

œU Œ ˙

œU

Œ

*˙b

˙Jœ

˙°

jœb*

œb œ œ œ œn

œ œ œ°

œ œb*

&

?

15 ˙b œ œ

˙°

œ*

œ

˙ œ œ œ

˙°

œb*

œn œb

˙ œb œ œ

˙°

œ*

œb œ

œb œ œ ˙

œb œb œ ˙°

œ œb U̇

œ*

œ ˙U

°

rit.

&

?

..

..

..

..

20 œœœœ## œœ œ œ œ œ œ œ œ œ

www#°

*

a tempo(2Xp) œœœœ## œ œ œ œ œ ˙

www#* °

œœœœ## œ œ œ œ œ œ œ œn œ œn

www#* °

œœœœ## œ œ œ œ œ ˙

*

www#* °

~~~~~ ~~~~

~~~~

~~~~

~~~~~~~~~~~~

~~~~

~~~~~~~~

2 Fantasia for Piano

Heather Dea Jennings

56

&

?

√24

œ#

°

œ# œ œ# œ œ œ œn œ# œ œ œ œ œ œ œn œ# œ œ œ œ œ œ œn œ# œ œ œ œ œ œ œn

rubato

π

una corda

Allegro

&

?

(√)25

œ# œ# œ œ# œ œ œ œn œ# œ œ œ œ œ œ œn œ# œ œ œ œ œ œ œn œ# œ œ œ œ œ œ œn

&

?

(√)26

œ# œ# œ œ# œ œ œ œn œ# œ œ œ œ œ œ œn œ# œ œ œ œ œ œ œn œ# œ œ œ œ œ œ œn

&

?

(√)27

œ# œ# œ œ# œ œ œ œn œ# œ œ œ œ œ œ œn œ# œ œ œ œ œ œ œn œ# œ œ œ œ œ œ œn

3Fantasia for Piano

Fantasia for Piano (2014)

57

&

?

28

œ œ œ œf

To be played freely with back of nail, directly on strings, beginning on middle C and gradually extending up and down the string board, compensating for the dividers inside the piano. The notes are guides, and do not need to be followed precisely.

œ œ

œœ

œ œ

œ œ

œ œ

*

œ œ

~~~ ~~~ ~~~

~~~~~~

~~~~ ~~~~~~~~~~~~~~ ~~~

~~~~~~

~~~~~~

~~~~~~~~~~~~~~~~~ ~~~~~~

~~~~~~

~~~~~~

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

~~~~~~

~~~~~~

~~

~~~~~~

~~~~~~

~~~~~~

~~~

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~ ~~~~~~

~~~~~~

~~~~~~

~~~~~~

~~

~~~~~~~~~~~

&

?

32

˙

"

˙b

˙°

˙b°*

tre cordeAndante

p.˙b œ œ#

.˙°*

œ*

œb

˙ œb œ

˙b°

œb*

œ œ

˙

˙° *

&

?

36

œ œ

œ œf

œ œ

œ œ

œ œ

œœ

œ œ œ œ~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~ ~~~

~~~~~~

~~~~~~

~~~~~~

~~~

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~ ~~~~~~

~~~~~~

~~~~~~

~~

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~ ~~~~~~

~~~~~~

~~~~~~

~ ~~~~~~~~~~~~~~~~~~~ ~~~~~~

~~~~~~

~~~~ ~~~~~~~~~~~~~~~~~ ~~~

~~~~~~

~~~~ ~~~~~~~~~~~ ~~~

~~~~~~

~~~~ ~~~ ~~~

&

?

40

œ# œ# œ œ# œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œπ

una cordaAllegro

4 Fantasia for Piano

Heather Dea Jennings

58

&

?

41

œ# œ# œ œ# œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ

&

?

42

œ# œ# œ œ# œ œ œ œ œ# œ œ# œ œ# œ# œ œ#

&

?

43

Œ œ

œ Œ

Andantetre corde

Œ œb Œ œn

œ Œ œb Œ

˙ Ó

˙*

jœœœ

œœbb œœn

˙˙

b

°

,˙̇

°

,

*

wwbbU

°°* * *

&

?

88

88

87

87

√49

‰ œ œ# .œb œ œ œn

˙#*

˙

wbU

wU

° ° *

œœ# œœ œœ# œœ œœ œœ# œœœœ##

Moderato

F

5Fantasia for Piano

Fantasia for Piano (2014)

59

&

?

87

87

88

88

87

87

(√)53 œœ# œœ œœ# œœ œœ œœ# jœœ##

œ# œ œ œ œ œ# œ œ œ œ œ# œ œ œ œ# œ#

&

?

87

87

88

88

87

87

√55

œ# œ œ œ œ œ# œ œ œ œ œ# œœ# œ#

œ# œ œ œ œ œ# œ œ œ œ œ# œ œ œ œ# œ#

‰ œ#Jœ# jœ# Jœ Jœ#

&

?

87

87

88

88

87

87

(√)57

œ# œ œ œ œ œ# œ# œ œ œ œ œœ# œ#

Jœ# œ# Jœ> jœ jœ Jœ

>

œ# œ œ œ œ œ# œ# œ œ œ œ œ œ œ œ# œ#

œ# Œ œ œ# œ Jœ# Jœ Jœ.

&

?

87

87

88

88

87

87

√59

œ# œ œ œ œ œ# œ# œ œ œ œ œ œ œ#

jœ# Jœ# Jœ Jœ. ‰ œ

> œ# œ œ>

œ# œ œ œ œ œ œ œ œ# œ# œ œ œ œ œ# œ#

œ# œ œ#>

œn œ œ>

œn œ# œ> œn œ œ

> œ# œ œ>

œ

6 Fantasia for Piano

Heather Dea Jennings

60

&

?

87

87

88

88

82

82

(√)61

œ# œ œ œ œ œ# œ œ œ œ œ# œœ# œ#

jœ# œ> œ# œ œ> œ œ œ> œ œ œb> œ œ

œœ# œœ œœ# œœ œœ œœ# œœœœ##

œ> œ œ# œ> œ œ œn > œ œ# œ> œ œn œ# > œn œ# œn

&

?

82

82

87

87

88

88

√63

œœ# œœ œœ# œœ œœ œœ# jœœ##

œ#Jœ# jœ# Jœ Jœ#

œœ# œœ œœ# œœ œœ œœ# jœœ## . Jœœ.

Jœ# œ# Jœ>

œ. Œ

&

?

66

œ# œ œ œ# œ œ œ œ# œ œ# œn œ œ œ# œ œ œ œ œ# œ œ œ# œ œ

6 6 6 6

œ# œ œ œ# œ œ œ œ# œ œ# œn œ œ œ# œ œ œ œ œ# œ œ œ# œ œ66

6 6

f

&

?

√67

œ# œn œ# œ œ# œ œ# œn œ œ œ# œ œ# œ# œ œn œ# œ œ# œ# œ œn œ# œ

6 6 6 6

œ# œn œ# œ# œ œ œ œn œ œ œ œ œ œ# œ œn œ œ œ œ# œ œn œ œ6 6 6 6

7Fantasia for Piano

Fantasia for Piano (2014)

61

&

?

68

œ# œ œnœ œ# œ

œ# œœ œ# œn

‰ œ œbœb

Ó

°

‰ ≈ RœN

Rœb ≈ ‰

œ œ œ# œ œb œn œbœb œ

œr

œb≈ ‰ ≈ ≈

Ó ‰ ≈ rœb œ œb œ œ#

&

?

70

Œ ‰ œb œœ œb

œ œb œn œ œ# œ

œ œ œb œœ œb ‰ Œ ‰ ‰

œb œn œb œnœ œb

œb œnœ œb

Œ ‰

Ó ‰ œb œnœ œb œ œb

&

?

72

Ó ‰ œb œœ œb

œb œ

œ œ# œn œ œb œœb œ

œ œb Œ ‰

œ œb œn œ œ# œ œb œn œb œn œœ œ

œ œœ

&

?

c

c

74

œœ r

œ≈ ‰ ≈ ≈ Œ ‰ ≈ ≈

‰ ≈ rœ œ

œ œ œb œ œb œ œ# œn œ œb œ

jœb

j

œ .˙*

"∑

wwwwwnbbn

U

°

U

*

allow sound to fade with sustain pedal still pressed

F

8 Fantasia for Piano

Heather Dea Jennings

62

&

?

c

c

78

‰œ œb .œb œ œb œn

Ÿ

˙b ˙

Ÿ

wbU

w

U

° °* *

œœ

°

œœ œœ œœF

œœ œœ

œœ œœ

œœ œœ

œœ œœ

~~ ~~~~ ~~~~~~ ~~~~~~~~~~~~~~~~ ~~~

~~~~

~~~~~~

~~

~~~~~~~~~~~~~~~~ ~~~

~~~~

~~~~~~

~~

~~~~~~~~~~~~~~~~~~ ~~~

~~~~~

~~~~~~

~~ ~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~ ~~~

~~~~~~

~~~~

~~~~~~

~~~~~

&

?

83 œœ œœ

œœ œœ

œb œ∫ œb œb œ œ œ œb œ œ œ œ œ œ œ œ

π

una cordaAllegro

~~~ ~~~~~~

~~~~~

~~~~~~

~~~~

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~ ~~~

~~~~~~

~~~~~

~~~~~~

~~

&

?

85

œb œ∫ œb œb œ œ œ œb œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ

&

?

43

43

87

87

86

œb œ∫ œb œb œ œ œ œb œ∫ œ œb œb œ∫ œb œb œ∫

*

Œ œb

œ Œ

rit.

œœ œœ# œœn œœ# œœœ# œœ

‰ œJœ œ œ

Moderato

F

tre corde

&

?

87

87

85

85

87

87

43

43

90

œ œœ# œ œœ œ œœJœ

Jœ Jœ Jœ œ Jœ>

œœ œœ# œœn œœ#Jœœ

Jœ Jœ> œ œ œ œ

œ œœ œ œœ# œ œœJœ

Jœ Jœ# Jœ Jœ Jœ Jœ Jœ

9Fantasia for Piano

Fantasia for Piano (2014)

63

&

?

43

43

88

88

93

œ œœ# œœn œœ# œœ# œœ

Œ œ> œ œ œ# >

œ œ œ>

œ#

œ œœ œ œœ# œ œœ œ œœ

œ œ> œ# œn œ#

> œ# œ œ>

œn œ# œ>œ Jœ

œ# > œn

&

?

42

42

87

87

95 œœ œœ# œœn œœ# œœ# œ œœ œ

œ# œ#> œ œ œn > œ# œ œ> œ œ œ> œ œn œ> œ œ

œ œœ#

œ# > œn œ œ> œ œ# œ> œ

&

?

87

87

85

85

42

42

97

œ œœ# œ œœ œ œœJœ

œ œ#

°

œn œ œ# œn œ# œn œ# œn œ œ# œn œ#*

œœ œœ# œœn œœ#Jœœ

œ

°

œ# œn œ œ# œn œ# œn œ œ#

&

?

42

42

c

c

42

42

99

œ œœ#

œ œ# œn œ# œn œ œ# œn

Jœ..œœ œ œœ# œ œœ

œ# œn œ œ# œn œ# œn œ# œn œ œ# œn œ# œn œ œ#*

10 Fantasia for Piano

Heather Dea Jennings

64

&

?

42

42

43

43

87

87

89

89

101 œœ œœ

˙

œœ œœ# œœn œœ# œœœ# œœ

œ œœ# œ œœ œ œœJœ

&

?

89

89

88

88

86

86

104

œ

°

œ œ œ# œ œn œ œ# œ œ œ œ œ œ œ# œ œ œn

*∑

Presto œ œ œ œœ# œœn œœ# œœ# œœ

Moderato

&

?

86

86

87

87

85

85

42

42

106

œ

°

œ œ œ œ# œ œ œn œ œ œ# œ

*∑

Presto œœ œœ# œœn œœ# œœ# œJœœ

Moderato

Jœœœ# œœ

œ

°

œ# œ# œ œ œ œ œ

Presto

&

?

c

c

110

œ œ# œ œ œ œ œ œ

œ œ œ# œ œn œ œ# œ

*∑

œ œœ œ œœ#

Moderatoœœ œœU

11Fantasia for Piano

Fantasia for Piano (2014)

65

&

?

c

c

115

œœ œb œn œb > œb œ> œœ

° °

Andante

F

rubato

p

ww

œœbb

* °

œ œ

*

œ œ œ

p

œ œ

°

œb œb œb

* °

œb œn œœ~~~~&

?

119w

œœ*

œb .˙°f

Fw

˙̇b

°*

œœ œn

*

œb œb

w

œœ œ# œ œb ˙°

w

..œœ Jœ*

Jœ> .œb

°

w

œœ œb

*

˙̇b

°

~~~~~~~~~~~~~ ~~~~~~~~~~~~~~~~~ ~~~~~~~~~~~~~~~~ ~~~~~~~~~~~~~ ~~~~~~~~~~~

&

?

124

w

.

.œœ Jœœb

° °*

˙̇

w

œœ ˙̇b

°*

œœb°

w

˙̇ ˙̇

°*

˙̇

*

rKœ

˙b

°

˙̇ rKœb ˙

*

w

˙̇b°

˙̇b

°*

F~ ~ ~~~~~~~~~~~~~ ~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

&

?

130w

˙̇b°*

˙̇bn°*

w

œœ ˙̇nb°*

œœbb°*

w

œœ*

˙̇b

°

œœnn°*

w

œœ œœb

*Jœœ ..œœnb

°

œœ*

˙˙ Jœœ

rKœœ

b Jœn

~~~~~~~~~~~ ~~~~~~~~~~~~~ ~~~~~~~~~~~~~~~~

12 Fantasia for Piano

Heather Dea Jennings

66

&

?

135

.

.œœ J

œœ# ..œœrK

œbJœn

w

œœb ˙̇nb°

œœ œœ#°*

Fw

ww°* *

w

œœ œ

° °

˙

*

w

œ

*

..˙˙#° °*

~~~~~~~~~~~~~~~~~~ ~~~~~~~~~~ ~~~~~~~~~~~~ ~~~~~~~~~~

&

?

140w

˙˙ ˙

°*

w

..œœ#*

rKœb

Jœn

° °

˙

w

˙̇b

* *Œ œœ

˙̇˙

N

° Jœœœ*

rKœ Jœb œ

˙̇

° *

rKœ œb œœœb

~~~ ~~~~~~~~~~~ ~~~~~~~~~~~~~~~~

&

?

145

Jœœœ

..œœb ˙̇

°

œœœbb ..

Jœœ*

≈rK

œ Jœ œœ Jœœ

Moderato

œ# œ œb jœb œn jœ

‰ Jœœb - œœœb

- œœ- œœœ- œœ- œœœ

-F

Jœb œ Jœ œ>- œ œ œ œ œb

‰ Jœœb - œœœb

- œœœb- œœœ

- œœœ- œœœ

-~~~

&

?

149

œb œb œ œb œ œ#

œœœb - œœœb- œœ- œœœ

- œœœ- œœœb

- œœœ-

œ œ œb œb Œ

œœœbb

-œœœb

-œœœ-

œœ-

œœ-

œ-

œ-

˙b

Ó œ œb œ

jœ œb jœjœ œ

jœ‰ Œ Jœb œ Œ

œ œb œ .œ. œjœ œb jœ ˙.œb ‰ Ó

13Fantasia for Piano

Fantasia for Piano (2014)

67

&

?

153

œ œU Ó

.œjœb ˙̇

U

Ó Œ œb œU

p

rit.

‰ œ œ# .œ# œ œ œ

˙# ˙

Andante w#U

wU

° °* *

&

?

√158

œ#

°

œ# œ œ# œ œ œ œn œ# œ œ œ œ œ œ œn œ# œ œ œ œ œ œ œn œ# œ œ œ œ œ œ œn

rubato

π

una corda

Allegro

~

&

?

(√)159

œ# œ# œ œ# œ œ œ œn œ# œ œ œ œ œ œ œn œ# œ œ œ œ œ œ œn œ# œ œ œ œ œ œ œn

&

?

(√)160

œb œ∫ œb œb œ œ œ œb œ œ œ œ œ œ œ œ œb œ∫ œb œb œ œ œ œb œ œ œ œ œ œ œ œ

14 Fantasia for Piano

Heather Dea Jennings

68

&

?

(√)162

œ# œ# œ œ# œ œ œ œ œ# œ œ# œ œ# œ# œ œ# œŒ

Œ œU

rit.

&

?

89

89

165

œ*

œœb œb œ œœn œbp

Adagio

œ œœb œb œjœœn .œ

œ œœb œb œjœœn .œb

œ œ œœb œb œ œœn .œb œb œn

&

?

169

œ œ œœb œb œ œœn .œb œb œn

œ œ œœb œb œ œœn .œb œb œn

˙˙ ˙

˙ Jœœ

œ œ œœb œb œ œœn .œb œb œn

(lightly)

&

?

172 ˙˙ J

œœ ˙

˙

œ œ œœb œb œ œœn .œb œb œn

˙˙b

b ˙˙ J

œœ

œ œ œœb œb œ œœn .œb œb œn

˙˙

jœœ

˙˙

œ œ œœb œb œ œœn .œb œb œn

15Fantasia for Piano

Fantasia for Piano (2014)

69

&

?

c

c

175

˙˙

˙˙b

b jœœ

œ œ œœb œb œ œœn .œb œb œn

ww

‰U

œ œ œœb œb œ œœn .œU

œb œn

&

?

c

c

178 ..

˙˙ œ

œ

.˙œ

Vivace

F

œœ

œœ

œœ

ϡ

œœ

œœ

œœ

œœ

œœ

œœ*

œœ

œœ

œœ

œ œ œ œ

°

&

?

181

œ

°œb œ œ# œ œn œ œn œ œb œ œ# œ

*œn œ œn œ œb œ œ# œ œn

°œ œn œ œ œ œ œ œ# œ œ#

*

&

?

44

44

183

œ œ œ œ œ œ œ°

œ œ œ œ œ œ œ œ œ*

œ œ œ œ œ œ œ œ

°

&

?

44

44

184

œ œ œ*

œ œ œ3 3

Lento

ϡ

œ- œ-*

œ-p

rit.

-̇ -̇ w- ww

allow sound to fade with sustain pedal still pressed

π

ww

U

F

16 Fantasia for Piano

70

71

t e r r i t o r i A l i d A d e ( 2 0 1 2 )

Criada para piano a quatro mãos, a peça é inteiramente baseada em uma oposição estabelecida entre os dois pianistas, de modo que ambos nunca toquem ao mesmo tempo. A ressonância dos sons produzidos pode se sobrepor, mas os momentos de ataque das teclas entre o pianista 1 e o pianista 2 não coincidem em momento algum na obra. A oposição é construída criando-se territórios temporais de propriedade exclusiva de cada pianista, advindo desta analogia com a espacialidade o título da peça.

Os territórios privativos que preenchem o tempo da obra não são extensos; pelo contrário: há poucos compassos em que ambos os pianistas não estejam em ação. Isso significa que a alternância de ataques é muito frequente entre os dois registros. Esta alternância ou justaposição é explorada de vários modos no decorrer da composição, motivando a criação de seções que apresentam diferentes atmosferas de caráter: solene, lúdico, ritualístico, automático, excêntrico e místico.

A organização das alturas é rigidamente vinculada a uma versão da escala octatônica [Dó, Dó#, Ré#, Mi, Fá#, Sol, Lá, Sib], à exceção da seção de caráter místico, que abrange toda a gama cromática.

A oposição mutuamente exclusiva perpassa toda a obra, manifestando-se em intervalos de tempo de duração variável, de acordo com os gestos e personagens. Apesar da rigorosa imposição da não simultaneidade, os ataques opostos atuam em conjunto para a criação de todos os aspectos significativos da peça.

O desafio interpretativo desta composição não reside em dificuldades técnicas individuais, mas na coordenação conjunta dos ataques entre os dois pianistas, de modo a imprimir musicalidade aos personagens sonoros, criados através das múltiplas territorialidades temporais.

Marcus Varela

72

MArcuS VArelA

Marcus André Varela Vasconcelos, nascido em 1969, é natural do Rio de Janeiro e reside em Natal desde 1981, onde iniciou seus estudos de música. Bacharel em violão pela UFRN (2000), dedicou a esse instrumento suas primeiras composições. Mestre pela UNICAMP em 2002, desenvolveu pesquisa abordando a utilização de afinações alternativas (scordaturas) na criação de peças para violão solo. Idealizador e apresentador do programa temático Música Viva da rádio FM Universitária de Natal e Professor da Escola de Música da UFRN desde 1997, onde atua nas áreas de teoria e análise musi-cal. Concluiu Doutorado em Composição pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UNIRIO (2013) –, com pesquisa sobre a utilização de propriedades opositivas da Antonímia, como base para a criação musical. Como compositor, possui obras para instrumento solo, formações camerísticas e orquestra sinfônica, com apresentações crescentes em âmbito nacional e internacional.

73

&

&?

?

44

44

44

44

‰ Jœœœœ#b ....˙̇̇̇

‰ jœœœœ#b ....˙̇̇̇

www

ww

q = 100

ƒ

ƒ

wwww˙̇̇ ”

‰ Jœœœœbb ....˙̇̇̇

‰ jœœœœbb ....˙̇̇̇

wwwb

www###

F

F

∑˙̇̇ ”

www

&

&?

?

5 ∑

∑5 ∑

jœb‰œ œb ‰ jœ ‰ jœb

p

jœ ‰ œ# œ‰ Jœb ‰ jœ

” Jœœœb> ‰ Œ

‰ jœŒjœb ‰ jœn ‰

P

P

Œ Jœœœb > ‰ ‰ J

œb‰Jœ

jœb ‰ Œ ”

‰ jœ ‰ jœb Jœ ‰ Jœ ‰

∑F

PJœ ‰ Jœ# ‰ œ œb ‰ Jœ

œ# œ Œ ”

Œ ‰ jœœœœ##>Œ jœ# ‰F

F‰ Jœb Jœn ‰ ”

” œ# œŒ

Œ ‰ Jœœœbb > Œ J

œœœn ‰jœ ‰ ‰

jœœbb Œ œ# œb

Territorialidade

Marcus Varela2012

para piano a 4 mãos

Solene

a Guilherme Rodrigues e Igara Cabral

Lúdico

territorialidadepara piano a 4 mãos

a Guilherme Rodrigues e Igara Cabral

Marcus Varela2012

Marcus Varela

74

&

&?

?

10 Œ ‰J

œœœœ## >”

.œ# Jœb ‰ œ œb Œ10 ∑

‰ jœ# jœ ‰ jœ ‰ œ# œ

F

œœœœb# > œœœœ## Œ œ œ ‰ jœ ‰

Œ ‰ Jœb œ œn Œ

Œ jœb‰ Œ ‰ jœœœb> f

Jœœœœ## > ‰ ‰ J

œœœœ> ‰ Jœœœ# ‰ jœœœ#

Œ jœœœb>‰ ”

f F

&

&?

?

13 Œ ˙̇̇̇## > Œ

‰ jœ Œ ”13 ” ‰ Jœ ‰ Jœ#

jœœœb>‰ Œ jœ# ‰ jœ

f

F

f

Œ jœœœ# ‰ œ œb Œ

Jœ ‰ Œ Œ Jœb ‰

‰ jœb ‰ jœ# Œ ‰ jœ#

F

Œ Jœ

‰œ# œ Œ

Œ ‰ jœœœœ## >”

œ œb Œ Œ œ

FŒ ‰ œœœœ# > ‰ œ œb

œb œ Œ ”

Œ jœ ‰ œ# œ Œ

&

&?

?

43

43

43

43

44

44

44

44

17 ” ‰ Jœœœœ#b>

Jœœœœ ‰

jœ ‰ œ œ# ‰ jœ jœ ‰17 ∑

‰ jœb

Œ jœ‰

œb œ

Œ œ# œ Œ

œ jœ# ‰ Œ

‰ Jœœœbb > ‰ ‰

Jœœœn ‰

‰jœœbb>

‰ ‰ œ# œbf

f

F

fŒ ‰

J

œœœœ## >”

.œ# Jœb ‰ œ œb Œ

‰ jœ# jœ ‰ jœ ‰ œ# œ

f

territorialidade (2012)

75

&

&?

?

42

42

42

42

44

44

44

44

20 ∑

œœœœb# œœœœ## Œ œ œ ‰ jœ ‰20 Œ ‰ Jœb œ œn Œ

Œ jœb‰ Œ ‰ jœœœb>f

Jœœœœ## > ‰ ‰ J

œœœœ>

Œ jœœœb>‰

f

‰ Jœœœœ## > Œ ˙̇̇̇>

‰ jœœ# Œ œœ ‰ œ œb

Jœœœœb > ‰ ‰ J

œœœœ> ”

jœœ‰ ‰ jœœ

F

&

&?

?

23 ” Œ ‰ œ# œ

jœb ‰ jœ ‰ jœ# ‰ œb œ œb23 ∑

‰ jœ# ‰ jœ ‰ jœb Œ

Jœ ‰ Œ ‰ œœ# œœ## Jœœb ‰

Jœ ‰ Œ Œ ‰ œb œnŒ œb œn œ ”

‰ jœ# œ# œn œ jœb ‰ Œ

f

F

f

” ‰ œ œ# Jœ ‰

‰ jœ# ‰ jœ ‰ œ œ# Jœb ‰

Jœœœœ#b ‰ Œ ”

jœ# ‰ jœ ‰ jœb ‰ ‰ jœ

&

&?

?

26 ∑

jœ ‰ Jœ ‰ œ œ ‰ jœb26 ‰ J

œœœœ#b> Œ Œ œ œ ‰

‰ jœ ‰ jœ Œ jœb‰

Œ ‰ œ œ# Jœ ‰ Œ

‰ Jœb ‰ œ œ# jœ ‰ Œ

jœ# ‰ jœ ‰ ‰ jœ œ œ# œb

f

P

Jœ# ‰ œ# œ ‰ Jœ ‰ Jœ#

‰ Jœœœb> ” .

‰jœ

Œ jœ# ‰ jœn ‰

F

F

Jœn ‰ Œ ‰ Jœ‰ Jœb

Œ jœœœœ#b >‰ ”

‰ jœ ‰ Jœb Jœ ‰ Jœb ‰

P

F

rub. a tempo

Marcus Varela

76

&

&?

?

30 Jœ ‰ Œ ”

Œ jœ# ‰ œ œb ‰ jœ#30 œ œb Œ ”

Œ ‰ jœœœœ##>Œ jœ# ‰

f

” œ# œ Œ

‰ jœ jœ# ‰ ”

Œ ‰ Jœœœbn > Œ œœœn#

jœ ‰ ‰jœœbb>

Œ œ# œbf

Œ ‰J

œœœœ## >”

.œ# Jœb ‰ œ œb Œ

‰ jœ# jœ ‰ jœ ‰ œ# œ

f

&

&?

?

42

42

42

42

44

44

44

44

83

83

83

83

44

44

44

44

33 ∑

œœœœb# œœœœ## Œ œ œ ‰ jœ ‰33 Œ ‰ Jœb œ œn Œ

Œ jœb‰ Œ ‰ jœœœb>f

Jœœœœ## > ‰ ‰ J

œœœœ>

Œ jœœœb>‰

f

‰ Jœœœœ## > Œ ˙̇̇̇>

‰ jœœ# Œ ˙̇

Jœœœœb > ‰ ‰ J

œœœœ> ”

jœœ‰ ‰ jœœ

”ƒ

ķ

œœœ# ‰ œœœ#

F

&

&?

?

44

44

44

44

37 ∑

∑37 ‰ J

œœœbb ‰ Jœœœ ‰ J

œœœ ‰ Jœœœ

jœœœ# ‰ jœœœb ‰ Œ jœœœ ‰f

‰ Jœœœ# ‰ jœœœ# Œ Œ

Œ Œ ‰ Jœœœbb ‰ J

œœœjœœœb ‰ jœœœ ‰ jœœœ ‰ Œ

f

‰ . Rœœœ# œœœ ‰ œœœ# Rœœœ ‰ . Œ

‰ Jœœœbb ‰ J

œœœ ‰ Jœœœ ‰ J

œœœ

jœœœ# ‰ jœœœb ‰ jœœœ ‰ Œ

f

Ritualístico

sempre

sempre

territorialidade (2012)

77

&

&?

?

40 ∑

∑40 ‰ J

œœœb ‰ Jœœœ ‰ J

œœœb ‰ Jœœœ

jœœœb ‰ jœœœ ‰ Œ jœœœ ‰

Jœœœ# ‰ jœœœ# ‰ ”

‰ Jœœœnb ‰ J

œœœ ‰ Jœœœbb ‰ Jœœœ

” jœœœb ‰ jœœœ ‰

Œ ‰ Jœœœœ### J

œœœœ ‰ Œ

Jœœœ# ‰ Œ Œ œœœœ#

‰ Jœœœnb Œ Jœœœbb ‰ Œ

Œ jœœœb ‰ ‰ jœœœ ‰‰

Œ ‰ Jœœœœ## J

œœœœ ‰ Œjœœœ## ‰ Œ Œ œœœœ#nb

‰ Jœœœbb Œ Jœœœb ‰ Œ

Œ jœœœb ‰ ‰ jœœœ ‰‰

&

&?

?

44 ∑

Jœœœ# ‰ Œ ”

44 ‰ Jœœœb ‰ J

œœœ ‰ Jœœœb ‰ J

œœœ

Œ jœœœb ‰ Œ jœœœ ‰

” Jœœœ#

‰œœœn# œœœ##

Jœœœb ‰ œœœ# œœœ## ”

” ‰ Jœœœbb œœœ

‰ jœœœœb Œ ‰ jœœœœ œœœœ

˙̇̇”

∑www

wwww

&

&?

?

47 ‰ Jœœœœbb ....˙̇̇̇

‰ jœœœœbb ....˙̇̇̇47 wwwb

www###

f

f

∑˙̇̇ ”

www F

‰ Jœœœœ#b ....˙̇̇̇

‰ jœœœœ#b ....˙̇̇̇

www

ww

F

wwww∑

˙̇ ”

‰ Jœœœœ## ....˙̇̇̇

‰ jœœœœ## ....˙̇̇̇

wwwb

wwbb

wwww

wwwwwww

ww

wwww

wwww∑

Solene

Marcus Varela

78

&

&?

?

54 ∑

jœ. ‰ jœ# .‰ jœ. ‰ œ# . œb .

54 ∑

‰ jœ# . ‰ jœ. ‰ jœb .Œ

P

P

‰ jœ. ‰ Jœ. ‰ jœ.jœ. ‰

jœ.‰ jœ. ‰ jœn .

‰ ‰ jœb .

jœb . ‰ Jœb . ‰ œ# . œ.≈œn

œ# .

‰ jœ# . ‰ jœ.‰ ‰ jœ.

F

F&

&?

?

57

≈œ#

œ.≈œ

œ# . œb

œ#≈œb

œn .≈œn

57 ∑

jœ. ‰ jœb .‰ ‰ jœ.

‰ jœ.

œ.≈œ

œ. œ.

œ≈œ

œb .

≈œb

œb .∑

‰ jœn .Œ jœb .

‰ jœ# . ‰

≈œb

œ# . œ

œ#≈.œ

œ# .≈œ#

œ≈œ

jœ.‰ ‰ jœ.

≈œ#

œ.

≈œ

œb .

&

&?

?

60

œ# . œb .

œ#≈œb

œn .

≈œn

œ.≈œ

œ.60

≈ Rœb‰

œ.

≈ œ

œ.

≈ œ

œn .

≈ œn

œ

œ≈ œ

œb .

≈ œb

œb .

≈ œb

œ# . œ

œ#

‰jœb .

≈œb

œ# .

≈œ#

œ.

≈ Rœ‰

≈œ

≈œ ≈ œ#

≈œ≈œ#

≈ œ# ≈œ

≈ œ#

œ.

œ. œb .

œ# . œ.

œ# . œ.

œ# .

Automático

territorialidade (2012)

79

&

&?

?◊

63 ≈ Jœ≈‰ . Rœ œ ‰ œb œ ‰ œ

œ œ œb œ œ#63 Œ ≈ Jœ# ≈ ≈Jœ ≈ ≈ Jœb ≈

‰ jœ# ‰ jœ ‰ jœb Œ

f

F

F

F

œ œ# ≈ ≈Jœ≈ ≈ Jœ# ≈ ≈ œb œn

œ œ œ œb œ œb œn

‰ ≈ rœ œ ‰ œ œ ‰ œn Rœ ≈‰

jœ ‰ jœ ‰ jœn ‰ ‰ jœb

œ ‰ œ# œ ‰ œ# œ ‰ œ œ œb œ>

œ# œ# œ œb œ ‰

≈ jœb ≈ ≈ Jœ# ≈ ≈ jœ ≈ ‰ . Rœb>

‰ jœ# ‰ jœ Œ jœ ‰

&

&?

?

66 ‰ . Rœ œ ‰ œ# œ ‰ œ# œ ‰ œ

∑66 œb> œb œ# œ œb

≈ jœœbb>≈ Œ ”

f

Fœ œb œ# œ

œ# ≈≈ Jœ# ≈≈ œb œn

∑œ œ# œ œ œ œ œn

Œ jœœ##‰ Œ ‰ jœœnn

œ ‰ œb œ ‰œ œ ‰ œ œ œ œ

∑œ# œb œ# œ .œ

œ

&

&?

?

69 ‰ . Rœ œ ‰ œb œ ‰ œb œ ‰ œ#

∑69 œ œb œb œ# œ

≈ .jœb ‰ jœ ‰ jœ# ŒF

P

Pœ œ ≈ ≈ œ

œ œœb ≈ ≈ œ# œn

œ œ œ ‰ jœ# œn

œn ‰ œb œ œ‰ ‰ œ

œ ‰ œ# œ ‰ œb œ ‰ œ œ œb œb

œ# œb œ œb ‰ œ

‰ jœ ‰ jœ# Œ jœ ‰F

F

Excêntrico

Marcus Varela

80

&

&?

?

√72 ≈ Rœ ‰ ≈ Rœ# ‰ ≈ Rœ ‰ Œ

≈ Rœ ‰ ≈ Rœb ‰ ≈ Rœ# ‰ Œ72 œb .

œ.

œb .

œb .

œ# .

œ# .

œ. œ# .

F

F

f

≈ Rœb ‰ ≈ Rœ# ‰ ≈ Rœ# ‰ ≈ œb ≈ œn

≈ Rœ ‰ ≈ Rœb ‰ ≈ Rœn ‰ ≈ œ ≈ œ

œ.

œ# .

œb .

œ.

œn .

œ. œn .

œ.

‰ . Rœb ‰ . Rœ ‰ . Rœ ≈ Rœ ‰

‰ ≈ Rœ# ‰ ≈ Rœ ‰ ≈ Rœn ≈ Rœb ‰œ# .

œ# .

œb .

œ.

œ# . œ.

œn .

œ

œ#

&

&?

?

75 ‰ . Rœœ# ‰ . R

œœb ‰ . Rœœb Œ

∑75 œ>

œb‰œb

œ‰œb

œ#‰œ#>

œ

œ>

œ#

≈ Rœœ ‰ ≈ R

œœ ‰ ≈ Rœœb ‰ ≈ R

œœ# ‰

‰œ

œb‰

œb

œ

œ#˘ œn>

œn‰œ#

œ

≈ Rœœ#b ‰ ≈ R

œœb ‰ ‰ ≈ Rœœb ‰ ≈ R

œœ#

‰œb

œ#‰œ

œœ#

œb

œœ

‰œ

œ‰

&

&?

?

78 ‰ ≈ Rœœ# ‰ ≈ R

œœb ‰ ‰ ≈ Rœœ# ‰

∑78 œb

œ

œ̆ œb>

œ

‰œb>

œb

œ#>

œ#

‰œ

œ#

≈ Rœœb# ‰ Œ ≈ œœb

œb jœn‰

‰œb

œ≈œb

œœ#b >

œn

œœn˘

≈œ#Œ

Œ ≈œœ#b

œ# . œ.

≈œœb‰œ

œœ#

≈œ

œœb>

œn

œœbn ˘

≈œn≈œ

œ̆ œ#>

œ‰

3 3 3

territorialidade (2012)

81

&

&?

?

42

42

42

42

44

44

44

44

√81 J

œœ ‰ ≈œœn ≈ œœb ≈

œœn ≈ œœb ≈œ œ# œ œ œ œ œ œ œ

3 3 3

œb . œb . œ# . œ. œœ# . œ. œœ. œ# œn œ# œn œ# œn œ# œn œ#3 3 3

81 ‰ ≈ Rœœb..˙̇

≈ œ# ≈ œœ ..˙̇ƒ

f

œŒ

œ Œ˙̇

˙̇

&

&?

?

44

44

44

44

42

42

42

42

44

44

44

44

42

42

42

42

83 Œ ....˙̇̇̇#n#

Œ ....˙̇̇̇#n#83 wwb

wwf

f

wwww

wwwwww

ww

˙̇̇̇ ”

ww

œ œb œb œ‰ œ#

œ œ# Jœ

ww

q = 70

p

p

˙˙

*˙̇

œ œb œb œn

‰ œœ œœ# œœ## Jœœ

∑F

F

&

&?

?

42

42

42

42

44

44

44

44

42

42

42

42

44

44

44

44

89 ∑

˙89 ˙̇

œ œb œ œ#

‰ œœ œœ# œœ## jœœœn#∑

f

f

w

www∑

wwn

‰ Jœœ ..˙̇

‰ jœœ ..˙̇

wwwbb

wwwbb

‰ Jœœ# ..˙̇

‰ jœœ ..˙̇

ƒ

ƒ

˙̇̇

˙̇̇

˙̇

˙̇

Místico

rall. a tempo

Marcus Varela

82

&

&?

?

44

44

44

44

95 ..œœ# œœbn œœb ‰œœn# œœ œ#

Œ œ# œ œ œb œ œ œb ˙

95 ww

ww

F

wwwnb

wwwnb

‰ Jœb .˙

‰ jœœbb ..˙̇

f

f

œ œ œb œœ# ˙̇ngg U

3

.˙ ŒU

..˙̇∞

Œ*

U

P

&

&?

?

98œœœ# œœœ œœœ ˙̇̇nb#

U

3

‰∞

œœœbb œœœ Jœœœ ˙̇̇U

*3

98 ∑

Fœb œ œb ˙

3

‰∞

œ# œ# Jœ ˙*3

Pœb œ œb ˙n

3

‰∞

œœ# œœ#bjœœb ˙̇

*

3

Fœ œb œb œ

‰ œœb œœ# ..œœ##∑

w

ww∑

&

&?

?

103 ∑

ww#103 Œ ..˙̇

Œ ..˙̇

P

P

wwwb

wwwb

‰ Jœœ ..˙̇

‰ jœœbb ..˙̇

F

F

wwww#

wwww#

‰ Jœœ ..˙̇

‰ jœœ ..˙̇

f

f

∑wwww##

Œ ..˙̇

P

P

” Œ œ# œ# œ œœ œb

3 3

ww∞

rub.

rub.a tempo

a tempo

rall. a tempo

territorialidade (2012)

83

&

&?

?

42

42

42

42

44

44

44

44

√108 ” ‰

..œœgggg” ‰ ..œœgggg

108 ..œœb œb œ œ œ œ Œ

ww

F

˙̇

˙̇

˙̇*

jœb‰ œ œb ‰ jœ ‰ jœb

q = 100

P

Jœ# ‰ œ# œ ‰ Jœ ‰ Jœ#

”Jœœœb> ‰ Œ

‰ jœŒ jœ# ‰ jœn ‰

P

3 3

&

&?

?

112

Jœn ‰ Œ ‰ Jœ‰ Jœb

Œ jœœœœ#b >‰ ”

112 ‰ jœ ‰ Jœb Jœ ‰ Jœb ‰

∑F

F

Jœ ‰ Œ ”

Œ jœ# ‰ œ œb ‰ jœ#œ œb Œ ”

Œ ‰ jœœœœ##>Œ jœ# ‰

F

F

” œ# œ ‰

‰ jœ jœ# ‰ ”

Œ ‰Jœœœbn > Œ œœœn#

jœ ‰ ‰ jœœbb>Œ œ# œb

Œ ‰J

œœœœ## >”

.œ# Jœb ‰ œ œb Œ

‰ jœ# jœ ‰ jœ ‰ œ# œ

f

&

&?

?

116 ∑

œœœœb# œœœœ## Œ œ œ ‰ jœ ‰116 Œ ‰ Jœb œ œn Œ

Œ jœb‰ Œ ‰ jœœœb>f

Jœœœœ## > ‰ ‰ J

œœœœ> ‰ Jœœœ# ‰ jœœœ#

Œ jœœœb>‰ ”

Pf

Œ ˙̇̇̇## > Œ

‰ jœ Œ ”

” ‰ Jœ ‰ Jœ#

jœœœb>‰ Œ jœ# ‰ jœ

f

f

F

Œ jœœœ# ‰ œ œb Œ

Jœ ‰ Œ Œ Jœb ‰

‰ jœb ‰ jœ# Œ ‰ jœ#

F

Lúdico

Marcus Varela

84

&

&?

?

43

43

43

43

44

44

44

44

120 Œ Jœ

‰œ# œ Œ

Œ ‰ jœœœœ## >”

120 œ œb Œ Œ œ

Œ ‰ œœœœ# > ‰ œ œb

œb œ Œ ”

Œ jœ ‰ œ# œ Œ

” ‰ Jœœœœ#b> J

œœœœ ‰

œ ‰ œ œ# ‰ jœ jœ ‰

‰ jœbŒ

œ ‰ œb œ

Œ œ# œ Œ

œ jœ# ‰ Œ

‰ Jœœœbb > ‰ ‰ J

œœœn ‰

‰ jœœbb>‰ ‰ œ# œb

f

F

f

&

&?

?

44

44

44

44

42

42

42

42

44

44

44

44

124 Œ ‰J

œœœœ## >”

.œ# Jœb ‰ œ œb Œ124 ∑

‰ jœ# jœ ‰ jœ ‰ œ# œ

f

F

œœœœb# œœœœ## Œ œ œ ‰ jœ ‰

Œ ‰ Jœb œ œn Œ

Œ jœb‰ Œ ‰ jœœœb>f

Jœœœœ## > ‰ ‰ J

œœœœ>

Œ jœœœb>‰

f

&

&?

?

44

44

44

44

83

83

83

83

44

44

44

44

127 ‰ Jœœœœ## > Œ ˙̇̇̇>

‰ jœœ# Œ ˙̇127

Jœœœœb > ‰ ‰ J

œœœœ> ”

jœœ‰ ‰ jœœ

ƒ

ƒ

œœœ# ‰ œœœ#

F

‰ Jœœœbb ‰ J

œœœ ‰ Jœœœ ‰ J

œœœ

jœœœ# ‰ jœœœb ‰ Œ jœœœ ‰f

‰ Jœœœ# ‰ jœœœ# Œ Œ

Œ Œ ‰ Jœœœbb ‰ J

œœœjœœœb ‰ jœœœ ‰ jœœœ ‰ Œ

f

Ritualístico

sempre

sempre

territorialidade (2012)

85

&

&?

?

43

43

43

43

44

44

44

44

131 ‰ . Rœœœ# œœœ ‰ œœœ# Rœœœ ‰ . Œ

‰ . Rœœœ# œœœ ‰ œœœ#

rœœœ ‰ . Œ131 ‰ J

œœœbb ‰ Jœœœ ‰ J

œœœ ‰ Jœœœ

jœœœ# ‰ jœœœb ‰ jœœœ ‰ Œ

‰ Jœœœb ‰ J

œœœ Jœœœb Œ Jœœœb

jœœœb ‰ jœœœ ‰ Œ jœœœ ‰

Jœœœ# ‰ Jœœœ# ‰ ”

Jœœœ# ‰ jœœœ# ‰ ”

‰ Jœœœnb ‰ J

œœœb ‰ Jœœœb

” jœœœb ‰

&

&?

?

44

44

44

44

134 Œ ‰ Jœœœœ### J

œœœœ ‰ Œ

Jœœœ# ‰ Œ Œ œœœœ# >

134 ‰ Jœœœnb Œ Jœœœbb ‰ Œ

Œ jœœœb ‰ ‰ jœœœ ‰ ‰

Œ ‰ Jœœœœ## J

œœœœ ‰ Œjœœœ## ‰ Œ Œ œœœœ#nb >

‰ Jœœœbb Œ Jœœœb ‰ Œ

Œ jœœœb ‰ ‰ jœœœ ‰ ‰

” Œœœœ# >

Jœœœ# ‰ Œ Œ œœœ## >

‰ Jœœœb ‰ J

œœœ Jœœœb ‰ Œ

Œ jœœœb ‰ ‰ jœœœ Œ

&

&?

?

137 Jœœœ## ‰ Œ Œ œœœ>

jœœœ## ‰ Œ Œ œœœ>?

137 ‰ Jœœœnb ‰ J

œœœ Jœœœb ‰ Œ &

Œ jœœœb ‰ ‰ jœœœ ‰ jœœnn

Œ jœœœnnb ‰ ‰ jœœœ Œ &

Jœœœnnn ‰ Œ J

œœœ ‰ Œ ?

˙̇ ”

Jœœœb ‰ ‰ J

œœœ# Œ Jœœœ## ‰

‰ jœœœ# Œ ˙̇̇b

Marcus Varela

86

&

&?

?

45

45

45

45

140 ”œœœb

Œ

Jœœœnn# ‰ J

œœœb ‰ Œ ‰ Jœœœnn

140 ” ‰ Jœœœbb Œ

‰ jœœœ# Œ ‰ jœœœb Œ

”œœœœb

Œ

” Œ ‰ Jœœœ#

˙̇̇b ‰ Jœœœb Œ

˙̇bb‰ jœœœœb Œ

‰ Jœœœb# ˙̇̇ Œ

‰ jœœœb# ˙̇̇ ‰ œb œn˙̇b ”

˙̇ ”

&

&?

?

45

45

45

45

44

44

44

44

143 ” ‰ œ œ# Jœ ‰ Œ

‰ jœ# ‰ jœ ‰ œ œ# Jœb ‰ Œ143

Jœœœœ#b> ‰ Œ ” Œ

jœ# ‰ jœ ‰ jœb ‰ ”

F

F

f∑

jœ ‰ Jœ ‰ œ œ ‰ œb‰ Jœœœœ#b> Œ Œ œ œ ‰

‰ jœ ‰ jœ Œ jœb‰

Œ ‰ œ œ# Jœ ‰ Œ

‰ Jœb ‰ œ œ# jœ ‰ Œ

jœ# ‰ jœ ‰ Œœ œ# œb

&

&?

?

146 ∑

jœ. ‰ jœ# .‰ jœ. ‰ œ# . œb .

146 ∑

‰ jœ# . ‰jœ. ‰ jœb .

Œ

P

P

‰ jœ. ‰ Jœ. ‰ jœ.

jœ. ‰

jœ.‰ jœ. ‰ jœn .

‰ ‰ jœb .

jœb . ‰ Jœb. ‰ œ# . œ.

≈œn

œ# .

‰ jœ# . ‰ jœ.‰ ‰ jœ.

F

F

≈œ#

œ.≈œ

œ# . œb

œ#≈œb

œn .≈œn

jœ. ‰ jœb .‰ ‰ jœ.

‰ jœ.

Lúdico

Automático

territorialidade (2012)

87

&

&?

?

150

œ.

≈ œ

œ. œ.

œ≈œ

œb .

≈œb

œb .150 ∑

‰ jœn .Œ jœb .

‰ jœ# . ‰

≈ œb

œ# . œ

œ# ≈. œ

œ# .

≈ œ#

œ

≈ œ

jœ.‰ ‰ jœ.

≈œ#

œ.

≈œ

œb .F

œ# . œb .

œ#≈œb

œn .

≈ œn

œ.

≈œ

œ.

≈ Rœb‰

œ.

≈ œ

œ.

≈ œ

œn .

≈ œn

&

&?

?

153

œ

œ≈œ

œb .

≈ œb

œb .

≈ œb

œ# . œ

œ#

153

‰jœb .

≈œb

œ# .

≈œ#

œ.

≈Rœ‰

≈œ

œ# .

≈ œ#

œ.

≈œ

œ# . œb .

œ# ≈ œb

œ.

≈ œ#

œ# .

≈ œ

œ.

≈ œb ‰jœ.

œ.

≈ œn

œ.

≈ œ

œ. œ

œ.≈œ

œb .

≈œ

œ.

≈œ

œ# .

≈ Rœn‰

œ.

≈ œb

&

&?

?

156

≈œb

œb .≈œb

œ# . œ.

œ# ≈œ

œ# .

≈ œ#

156

œ# .

≈ œ#

œ.

≈ œ‰

jœ# .

≈œ

œ# .

accel.

œ.

≈œ

œ# . œb .

œ#≈œ

œ.

≈œ#

œn .

≈œ

œ.

≈ Rœb‰

œ.

≈ œ

œ.

≈ œ

≈œ

œ. œ

œ≈ œ#

œb .

≈ œ

œb .

≈ œ

œ# .

≈ œn

‰ jœ.

≈œb

œ# .

≈œ#

œ.

Marcus Varela

88

&

&?

?

159

œ# . œ

œ#≈œ

œ# .

≈œ#

œ.≈œ

œ.159

≈ Rœ‰

œ# .

≈ œ#

œ.

≈ œ

œb .

≈ œb

accel.

œb .

œ# ≈ œb

œ.

≈ œ

œ.

≈ œ

œ. œ.

œ

‰jœ.

≈œ

œ.

≈œ

œ.

≈ Rœn‰

&

&?

?

42

42

42

42

44

44

44

44

161

≈œ

œb .≈œb

œb .≈œb

œ# . œ.

œ# ≈ œ

161

œb .

≈ œb

œ# .

≈ œ#

œ.

≈ œ‰

jœ.

Œ ≈ œ ≈ œ# Œ ≈œ# ≈ œ

≈ œ ≈ œ# Œ ≈ œ# ≈ œ Œœ. œb . Œ œ# . œ. Œ

Œ œ# . œ.Œ œ# . œ.

&

&?

?

44

44

44

44

164 Œ ≈œb ≈ œn

Œ ≈œ ≈ œb

≈ œb ≈ œn Œ ≈ œ ≈ œb Œ164 œb . œb . Œ œ. œb . Œ

Œœ. œb .

Œ œ. œb .F

FΠJ

œœœ# .‰ ”

” Œ Jœœœ# . ‰

Œ ≈ ...Jœœœbb ”

” Œ ≈ ..jœœ

f

f

œœŒ ”

a tempo

a tempo

Più mosso

Este livro foi projetado pela equipe da EDUFRN - Editora da Universidade

Federal do Rio Grande do Norte.

Agosto de 2018