Arquitetura – Bienal Filantropia O problema social...Mundo Mack Mackenzie 59 Filantropia em livros...

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Mundo Mack Mundo Mack Mackenzie 59 Filantropia em livros E m sua primeira viagem ao Brasil, onde permaneceu durante dois dias, Paulette Meaehara, director presi- dent - chief executive officer da Association of Fundraising Profissio- nals, esteve no Mackenzie para rápido contato com o diretor-presidente do Instituto Presbiteriano Mackenzie, doutor Custódio Pereira, a fim de ofi- cializar a doação de um kit de 20 livros sobre captação de recursos para a filantropia. Ambos tinham participado do I Encontro de Captação Interna- cional de Recursos para Filantropia – International Fundraising Summit –, no Canadá, em março de 2003. Ao fazer a entrega oficial, Paulette afirmou: “A Associação de Captadores de Recur- sos Profissionais tem grande prazer em doar ao Mackenzie livros de excelente qualidade, focando exatamente a cap- tação de recursos que, tenho certeza, serão muito bem utilizados e darão grande contribuição para os que querem pesquisar e aprender mais sobre o assunto. A doação é apropria- da porque estamos entregando os livros para o Mackenzie, que tem essa tradição. É importante, pois, pelo com- prometimento que o Mackenzie tem com sua comunidade e com o Brasil. Estamos ansiosos, querendo fazer parceria com o Mackenzie no futuro”. À revista Mackenzie, a visitante disse que a filantropia é ingrediente essencial na vida dos países. “Por mais que os governos queiram, nunca poderão fazer tudo o que deverá ser feito pela sociedade”, afirmou. Na sua opinião, o trabalho de filantropia, tanto da entidade que preside quanto de outras do mesmo gênero, pode melho- rar a vida das pessoas, cobrindo a parte que o governo deixa a descober- to. “O Mackenzie tem tradição filan- trópica desde sua gênese”, revelou. E pode ainda evoluir muito, porque vem com esse legado.” Quando está nos Estados Unidos, Paulette diz que fica mais tempo em Alexandria, Virgínia, na matriz da or- ganização que preside. Brinca: “Mas vivo a maior parte do tempo no avião”. Do que mais gostou na primeira visita ao Brasil? A resposta é rápida e curta: “Das pessoas!” D urante quase dois meses, a 5 a Bienal Internacional de Arquitetura e Design mostrou ao público paulistano o que de mais vanguardista está ocorrendo no mundo. Com tema “Metrópole”, em 2003 um dos objetivos da Bienal foi contribuir para a construção de projeto que promova a intervenção criadora, a busca da humanização e da melhora da qualidade de vida do homem nas grandes cidades, a partir da expe- riência e da visão que orienta a ação do arquiteto como agente transformador. O Mackenzie foi re- presentado pelo seu atual plano urbanístico e arquitetônico dos campi São Paulo e Tamboré. Entre as obras de magnitude estão as patrocinadas pelos governos estadual e muni- cipal, como o Parque da Juventude, remaneja- mento do Conjunto Esportivo Vaz Guimarães, revitalização da Estação da Luz, Ação Centro, recuperação do Mercado Central e de edifícios, como a Capela Imperial. Destaca-se o projeto do Plano Diretor dos campi São Paulo e Tamboré do Mackenzie, a cargo dos arquitetos Francisco Spadoni e Lauresto Esher, ambos professores da Faculdade de Arquitetura (FAU). O professor Spadoni conta que os proje- tos já estão sendo executados. No campus São Paulo a idéia é verticalizar, para ampliar a área construída e liberar mais espaço no solo para uso coletivo. “No Tamboré, o projeto respeita a excelência topográfica da área e não há inter- ferência na geografia. Vamos aproveitar a natureza sem usar tratores ou mexer na terra. Uma das maiores responsabilidades dos arquitetos na atualidade é ter a consciência social, acrescenta Nadia Somekh, presidente da Emurb - Empresa Municipal de Urbanização e professora da Pós-Graduação de Arquitetura do Mackenzie. A tônica da Bienal, de grandes projetos urbanos, megacidades, metrópoles, traz de volta a discussão da importância do papel do arquiteto no desenho da cidade. Não só do desenho, do projeto, porém. Aí entra a marca do Mackenzie, de fazer bem-feito o pro- jeto de arquitetura, ter sensibilidade para entender os problemas de desigualdade das grandes metrópoles e desempenhar a nova função: além de desenhar, preocupar-se cada vez mais com a questão social. Esta bienal traz isso”, diz a professora Nadia. O problema social Arquitetura – Bienal Paulette Meaehara, detalhe no alto da página e ao lado do diretor-presidente, Custódio Pereira, visita o campus Mackenzie São Paulo

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Mundo MackMundo Mack

Mackenzie 59

Filantropiaem livrosEm sua primeira viagem ao Brasil,

onde permaneceu durante doisdias, Paulette Meaehara, director presi-dent - chief executive officer daAssociation of Fundraising Profissio-nals, esteve no Mackenzie para rápidocontato com o diretor-presidente doInstituto Presbiteriano Mackenzie,doutor Custódio Pereira, a fim de ofi-cializar a doação de um kit de 20 livrossobre captação de recursos para afilantropia. Ambos tinham participadodo I Encontro de Captação Interna-cional de Recursos para Filantropia –International Fundraising Summit –, noCanadá, em março de 2003. Ao fazer aentrega oficial, Paulette afirmou: “AAssociação de Captadores de Recur-sos Profissionais tem grande prazer emdoar ao Mackenzie livros de excelentequalidade, focando exatamente a cap-tação de recursos que, tenho certeza,serão muito bem utilizados e darãogrande contribuição para os quequerem pesquisar e aprender maissobre o assunto. A doação é apropria-da porque estamos entregando oslivros para o Mackenzie, que tem essa

tradição. É importante, pois, pelo com-prometimento que o Mackenzie temcom sua comunidade e com o Brasil.Estamos ansiosos, querendo fazerparceria com o Mackenzie no futuro”.

À revista Mackenzie, a visitantedisse que a filantropia é ingredienteessencial na vida dos países. “Por maisque os governos queiram, nuncapoderão fazer tudo o que deverá serfeito pela sociedade”, afirmou. Na suaopinião, o trabalho de filantropia, tantoda entidade que preside quanto deoutras do mesmo gênero, pode melho-rar a vida das pessoas, cobrindo aparte que o governo deixa a descober-to. “O Mackenzie tem tradição filan-trópica desde sua gênese”, revelou. Epode ainda evoluir muito, porque vemcom esse legado.”

Quando está nos Estados Unidos,Paulette diz que fica mais tempo emAlexandria, Virgínia, na matriz da or-ganização que preside. Brinca: “Masvivo a maior parte do tempo noavião”. Do que mais gostou naprimeira visita ao Brasil? A resposta érápida e curta: “Das pessoas!”

Durante quase dois meses, a 5a Bienal

Internacional de Arquitetura e Design

mostrou ao público paulistano o que de mais

vanguardista está ocorrendo no mundo. Com

tema “Metrópole”, em 2003 um dos objetivos da

Bienal foi contribuir para a construção de projeto

que promova a intervenção criadora, a busca da

humanização e da melhora da qualidade de vida

do homem nas grandes cidades, a partir da expe-

riência e da visão que orienta a ação do arquiteto

como agente transformador. O Mackenzie foi re-

presentado pelo seu atual plano urbanístico e

arquitetônico dos campi São Paulo e Tamboré.

Entre as obras de magnitude estão as

patrocinadas pelos governos estadual e muni-

cipal, como o Parque da Juventude, remaneja-

mento do Conjunto Esportivo Vaz Guimarães,

revitalização da Estação da Luz, Ação Centro,

recuperação do Mercado Central e de edifícios,

como a Capela Imperial. Destaca-se o projeto

do Plano Diretor dos campi São Paulo e

Tamboré do Mackenzie, a cargo dos arquitetos

Francisco Spadoni e Lauresto Esher, ambos

professores da Faculdade de Arquitetura (FAU).

O professor Spadoni conta que os proje-

tos já estão sendo executados. No campus São

Paulo a idéia é verticalizar, para ampliar a área

construída e liberar mais espaço no solo para

uso coletivo. “No Tamboré, o projeto respeita a

excelência topográfica da área e não há inter-

ferência na geografia. Vamos aproveitar a

natureza sem usar tratores ou mexer na terra.

Uma das maiores responsabilidades dos

arquitetos na atualidade é ter a consciência

social, acrescenta Nadia Somekh, presidente

da Emurb - Empresa Municipal de Urbanização

e professora da Pós-Graduação de Arquitetura

do Mackenzie. A tônica da Bienal, de grandes

projetos urbanos, megacidades, metrópoles,

traz de volta a discussão da importância do

papel do arquiteto no desenho da cidade. Não

só do desenho, do projeto, porém. Aí entra a

marca do Mackenzie, de fazer bem-feito o pro-

jeto de arquitetura, ter sensibilidade para

entender os problemas de desigualdade das

grandes metrópoles e desempenhar a nova

função: além de desenhar, preocupar-se cada

vez mais com a questão social. Esta bienal traz

isso”, diz a professora Nadia.

O problema social

Arquitetura – Bienal

Paulette Meaehara, detalhe no alto da página e ao lado do diretor-presidente,

Custódio Pereira, visita o campus Mackenzie São Paulo

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Todas as letras

Promover a discussão de pesqui-sas em Letras – Língua, Lingüís-

tica, Literatura, Tradução – e sua inter-face com outras áreas foi o objetivoalcançado pelo II Congresso Interna-cional Todas as Letras: Linguagens,realizado pela FFLE – Faculdade deFilosofia, Letras e Educação, daUniversidade Presbiteriana Mackenzie,entre 6 e 9 de outubro de 2003. “Alémde ampla repercussão, o II Congressoconseguiu sensibilizar a comunidadecientífica nacional e internacional”,comemora a professora Maria LuizaAtik, diretora da FFLE. Segundo ela, odebate, mediado por referências eenfoques atuais, permitiu a professorese estudantes refletirem sobre questõesteóricas, metodológicas e pedagógi-cas em suas interfaces com o mundoartístico-cultural e com o mercado detrabalho. “Para que tudo ocorressecomo se planejou, houve árduo traba-lho dos corpos docente e discente.Todos participaram”, afirma.

Aberto a toda a comunidade cientí-fica tanto nacional quanto internacional,destacou-se como espaço privilegiadopara a reflexão e a crítica, com olhar re-trospectivo ou prospectivo sobre osdiversos aspectos do tema. As pre-senças confirmaram a importância doevento. Participaram do II Congresso77 instituições brasileiras e seteestrangeiras – State University de NovaYork e Universidade do Texas (EUA),

Universidade Católica Sede Sapientae,de Lima, Peru, Universidade do Minho,Portugal, Universidade Nacional deCórdoba, Argentina, Universidade deLimoges e Poitiers, França, somando360 representantes internacionais.Houve 1.421 inscrições e 1.020 partici-pações efetivas, com entrega de certifi-cados, 345 trabalhos foram apresenta-dos em mesas temáticas e sessõeslivres e as 100 vagas destinadas à redepública foram rapidamente esgotadas.

Participaram da abertura solene doII Congresso Internacional Todas asLetras: Linguagens as professorasMaria Lucia Vasconcelos, reitora emexercício da UPM, Maria Luiza Atik,diretora da FFLE, Diana Luz de Barros,coordenadora de Pós-Graduação emLetras e presidente da ComissãoCientífica, além de Antônio Dimas –professor do Departamento de LetrasClássicas e Vernáculas da Faculdadede Filosofia, Letras e Ciências Huma-nas da USP – CAPES, professores, fun-cionários e alunos.

Lançamento e organização� Livro – No Espaço João Calvino, em6 de outubro de 2003, houve a perfor-mance dos alunos, que interpretaram,encenaram e declamaram tornandobastante diversificado e concorrido olançamento do livro Língua Literatura eCultura em Debate, organizado pelasprofessoras Maria Luiza Guarnieri Atik e

Helena Bonito Couto Pereira e lançadopela Editora Mackenzie. A obra reúneensaios sobre língua, literatura e cul-tura, apresentados por palestrantesconvidados pela Universidade Pres-biteriana Mackenzie durante o I Con-gresso Internacional Todas as Letras:Língua e Literatura. Aos ensaiossomam-se outros de autoria de profes-sores do Programa de Pós-Graduaçãoem Letras da UPM. � As organizadoras – HelenaBonito Couto Pereira, doutora emLetras pela USP, faz parte do corpodocente do Curso de Letras daFaculdade de Filosofia, Letras eEducação da Universidade Pres-biteriana Mackenzie e do Programade Pós-Graduação em Letras damesma instituição. Publicou inú-meros artigos especializados emLiteratura Brasileira e LiteraturaComparada, em livros e periódicos,no Brasil e no exterior. Maria LuizaGuarnieri Atik é doutora em Letras pe-la USP. Faz parte do corpo docente doPrograma de Pós-Graduação emLetras da Universidade PresbiterianaMackenzie. Foi chefe do Departa-mento de Línguas Estrangeiras daFaculdade de Filosofia, Letras eEducação, onde atualmente exerce afunção de diretora. Tem livros publica-dos no Brasil e no exterior.

Mundo MackMundo Mack

Aberto às comunidades científicas, destacou-se comoespaço para a reflexão e a crítica

Palestra Feira do livro Sarau Coquetel

Show

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Mackenzistas no mundo

Fotografar máquinas voadoras, visi-tar boneyards – local no deserto

norte-americano que serve de pátiopara aviões, por causa da baixa umi-dade –, assistir a shows aéreos e ob-servar Júpiter e Saturno à noite sob 20o

negativos e céu limpo está entre ospassatempos prediletos do engenheiroquímico João Carlos Malerbi, gradua-do pela Escola de Engenharia Macken-zie (1994), que há cinco anos residenos Estados Unidos. Sem muitas pers-pectivas no Brasil e boas chances deascensão nos exterior, Malerbi, que em1992 foi estagiário na DuPont, aceitouo desafio e se transferiu com a esposa,Fabíola, para a unidade norte-ameri-cana da empresa, a fim de trabalhar naárea de produtos para manufatura decircuitos impressos – fenólicos, fibra devidro, poliéster e poliamida. “NosEstados Unidos, continuo trabalhandona manufatura de circuitos, porém ago-ra na dos microcircuitos – 96% e 99%alumina, low temp e high temp”. Pordois anos residiu na Califórnia, mudan-do-se, em 2002, para a pacataWestfield – 9 mil habitantes –, emIndiana, onde nasceu Kathryn, filhaúnica do casal.

No cargo de account manager daempresa em que estagiou, ele acreditanas escolhas que fez: “O Mackenzie foiimportantíssimo. Não somente pela

qualidade do ensino técnico e infor-mação, como principalmente pela for-mação, pelos aspectos intangíveis queos 17 anos de vida dentro do Macktrouxeram ao meu desenvolvimentocomo ser humano”, diz. Aluno apaixo-nado da turma do prédio 19, declara:“Sou mackenzista de coração, desde1978”. Diverte-se com as histórias daépoca de estudante e não se esqueceda cena de Poças Leitão, mackenzistaroxo, descendo a ladeira em frente aoprédio 19 e bradando o grito inconfun-dível: “Isto é Mackenzie!” Saudoso,Malerbi conclui: “O Mackenzie deu-mea bagagem profissional que julgo indis-pensável: capacidade de raciocinar”.

A emoção do arquitetoBoas lembranças animam o

mackenzista Joaquim Brice dosSantos, graduado no Mackenzie pelaFaculdade de Arquitetura e Urbanismo(1987). Menciona com carinho osnomes dos professores Miguel Forte,Tito Frascino e Davison Becato, e dainstituição onde entrou quando tinha17 anos. Casado com a brasileiraSandra Regina, também formada naFAU (1985), o casal em dois filhosluso-brasileiros, de 5 e 9 anos. Foi emlua-de-mel para Portugal e em segui-da para Barcelona estudar Gaudí.Como o dinheiro encurtou, voltaram a

Lisboa. Quando pensavam em regres-sar ao Brasil, receberam convite paratrabalhar na área de planejamento:“Aceitamos o desafio e fomos adiandonosso retorno”, conta Brice, que aindaregressaria ao Brasil (1995) antes deficar definitivamente em Portugal. Hásete anos está no escritório C&S –Cabreza & Sastre, de Lisboa, para oqual desenvolve projetos de empresasgigantes do setor de gestão em shop-ping centers – ocupa o cargo de dire-tor-geral.

Brice nasceu em Luanda, capital deAngola. Foi obrigado a deixar o país deboas praias e bom clima (1975) aos 11anos de idade, por causa da Revoluçãopela Independência de Angola. DeLuanda a família se instalou em SãoPaulo, sob o Elevado Costa e Silva. Eleconta: “Morei em pensão barata, debaixodo Minhocão, sem espaço, sem brinque-do e sem família”. Hoje, com 13 anos dePortugal, sente-se feliz com as lem-branças da época em que se divertiacom o irmão: “Passávamos as tardes ajogar bola e andar de bicicleta no Parquedo Ibirapuera”. E do Mackenzie: “Sintosaudade dos colegas de curso.

Para Sempre Mackenzistas, o engenheiro químico que vêJúpiter e o arquiteto de Luanda, que vive em Portugal

O site Para Sempre Mackenzista, que

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Como ganhar o iBest 2004

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O gol que auxiliaAtletas das faculdades de Letras, Educação Física ePsicologia Mackenzie fazem ação social jogando futebol

Aequipe Mack-Lep foi a vice-campeã da Copa Philips

Expression de Futebol Universi-tário, em jogo realizado no Estádiodo Pacaembu, São Paulo, em 5 deoutubro de 2003. Formada por atle-tas das faculdades de Letras, Edu-cação Física e Psicologia da Uni-versidade Presbiteriana Mackenzie,Mack-Lep fez sua estréia em 13 desetembro goleando a FaculdadeCásper Líbero (5x0). Venceu emseguida a Mack-Engenharia (2x1).

A vitória credenciou-a para o segun-do triunfo, nas quartas-de-final, com aUniFEI (2x1), classificando-a para afinal. Disputaram também a copapelo Mackenzie as equipes Mack-Com (Comunicação e Artes), Mack-Ex (Biologia e Exatas), Mack-Economia e Mack-Direito. O título foidecidido sob intenso sol do meio-dia– calor de 35 graus centígrados –, oque influiu no desempenho dos fina-listas Mack-Lep e Universidade SãoJudas.

A torcida de Raí

ACopa Philips de Futebol Universitário,

iniciada em 6 de setembro de 2003, rece-

beu investimento de R$ 3 milhões para a

segunda edição. Inicialmente distribuiria R$

200 para a Fundação Gol de Letra, de Raí e

Leonardo, tetracampeões mundiais de fute-

bol. A Philips repassou à Fundação o valor

integral do prêmio – R$ 70 mil. “O evento

atendeu às nossas expectativas. A competição

teve excelente nível de disciplina e envolveu

também alunos não atletas, com o objetivo de

trazê-los para assistir e prestigiar os jogos”,

comentou Wagner Gomes, diretor da Sports-

Momentum, agência especializada em mar-

keting esportivo, que organiza o evento desde

a primeira edição. Francine Mendonça,

assessora de imprensa da Perspectiva As-

sessoria de Comunicação, acrescentou que o

objetivo é estimular a prática esportiva entre

universitários e apoiar a ação social.

Padrinho do evento, Raí acredita na boa

repercussão da iniciativa. À revista Macken-zie, disse: “Dá para ver que incentivos como

esse são válidos, porque repercutem também

no esporte universitário de maneira geral”.

Acrescentou: “Como representante da Gol de

Letra, estou feliz por estar recebendo recursos

que vão nos ajudar. Os participantes se diverti-

ram e cooperaram com a ação social”. Ques-

tionado sobre para qual equipe estava torcendo,

visto que na partida final as cores do Mackenzie

eram as que mais se aproximavam das do

Tricolor do Morumbi, que por tantos anos Raí

defendeu, o craque driblou a reportagem com a

habitual elegância: “Aqui sou neutro, por ser o

padrinho...”, ri. “Estava torcendo pelas boas

jogadas”, conclui.

Mesmo perdendo a Copa Philips para a Universidade São Judas, o Mackenzie

venceu ajudando a repassar R$ 70 mil à Fundação Gol de Letra

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Mais uma vezcampeãoAo vencer sete das nove moda-

lidades esportivas disputadas,o Mackenzie, pela sétima vez con-secutiva, foi o principal destaque naInterfau, a semana de integração ejogos entre as faculdades dearquitetura e urbanismo de SãoPaulo. A 25a edição do torneio foirealizada em Limeira, SP, entre 30de agosto e 7 de setembro de 2003.Os mackenzistas da FAU supe-raram várias etapas para chegar aotítulo de campeões, categoriasmasculino e feminino, ganhando o

Anhembi-Morumbi, Católica deSantos, São Judas Tadeu, Faap ePUC-Campinas.

Na Interfau 2003 os participantesficaram alojados no camping Re-canto dos Laranjais, onde acontecer-am os momentos de confraterniza-ção, com festas e churrascos. Paraas disputas, o Mackenzie teve oapoio de força extra: “A animada tor-cida mackenzista, sempre presente,contou com a participação da bateriada Liga Mackenzie, além de estu-dantes de engenharia, administraçãoe comunicação”, disse à revistaMackenzie Carla Bruni Piana, alunado 6º semestre da FAU e diretorasocial da Associação AtléticaAcadêmica de Arquitetura Macken-zie. Mário de Oliveira, analista deeventos esportivos do Mackenzie,acompanhou a jornada esportiva deLimeira.

campeonato geral de 2003.Os atletas do Mackenzie vence-

ram nas categorias masculino e fe-minino as competições de natação,futsal, voleibol, futebol, basquete,handebol (só feminino) e judô (sómasculino). Obtiveram os 2º lugaresno tênis (masculino e feminino), fute-bol e basquete (masculinos), xadrezmisto. No handebol (masculino), o4º lugar foi considerado regular,sobretudo porque existiam fortescompetidores, entre os quais asequipes da USP, Belas Artes,

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Miriam, campeã mundial

de judô“...ensinarprincípios”

Mãe de três mackenzistas, a professora de Educação Física levantou o título em Tóquio

Bastaram 35 segundos de lutapara que a judoca mackenzista

Míriam Zyman Minakawa ficasse como título mundial na categoria até 52quilos, após aplicar um koshi gurumana adversária norte-americana. Oataque, executado com perfeição,projetou a adversária e se configurounum ippon, o chamado golpe per-feito, garantindo a Miriam, professorade judô das turmas do Ensino Básicodo Colégio Presbiteriano Mackenziede São Paulo, a sonhada medalha deouro na quinta edição do Cam-peonato Mundial Master, realizadoentre 23 e 28 de junho de 2003, emTóquio, Japão. As provas disputadasno Instituto Kodokan de Judô ga-rantiram à mackenzista e atleta daseleção brasileira o bicampeonatomundial da categoria. Além de parti-cipar da competição individual, ajudoca mackenzista integrou a equi-pe feminina principal do Brasil, con-quistando o campeonato por equi-pes, contribuindo para que o total demedalhas chegasse a 14.

Para disputar o certame, Miriam

Lançamento da Editora Mackenzie, “Raízes

Cristãs do Mackenzie e Seu Perfil Confessio-

nal é leitura gostosa e apaixonante”. O elogio é do

reverendo Roberto Brasileiro Silva, presidente do

Supremo Concílio da Igreja Presbiteriana do Bra-

sil, que esteve presente à noite de autógrafos rea-

lizada em 16 de outubro de 2003. Ele leu a obra

antes da impressão para prefaciá-la. Sobre o livro,

a professora Maria Lucia Vasconcelos, então rei-

tora da UPM, destacou na abertura: “O doutor

Hack fecha com chave de ouro sua participação

como chanceler da universidade”.

Em Raízes Cristãs do Mackenzie, o reverendo

Hack faz o resgate da história da instituição e do

trabalho dos missionários pioneiros. Identifica,

grosso modo, dois aspectos: a) instituto, universi-

dade e colégio não têm o nome presbiteriano; b)

interesse dos missionários em manter o princípio

de educação religiosa com ética, baseado na

cidadania, na liberdade religiosa, sem precon-

ceitos. “É um aspecto de educação e confessiona-

lidade em que se pode ter uma proposta educa-

cional confessional, sem ser proselitista, sem dizer

que é a única e a melhor. Quis mostrar o que os mis-

sionários deixaram para nós, que se educa sem

fazer propaganda religiosa, mas com princípios.

Acho que esse debate é importante, porque as esco-

las de grupos religiosos são muito fechadas e o

Mackenzie não, porque sempre aceitou qualquer

pessoa, sem distinção religiosa, tanto aluno como

professor. E o que nós queremos é ensinar princí-

pios, dizendo que o princípio cristão é a proposta

válida, que pode ser aceita e que vale a pena.”

Da noite de autógrafos participaram como con-

vidados de honra Richard Lord Waddell, Jr. e a

esposa, Shirley. Pelo IPM estiveram presentes Cus-

tódio Pereira, diretor-presidente da Administração

Geral do IPM, Antonio Bonato, diretor-financeiro,

Gilson Novaes, diretor-administrativo, Jared Toledo

Silva, diretor de Recursos Humanos, Nilson de

Oliveira, diretor Educacional,

Manassés Fonteles, membro

do Conselho Deliberativo. A

professora Maria Lucia Vas-

concelos, então reitora, e

Pedro Ronzelli Júnior, vice-

reitor, representaram a UPM.

teve de vencer várias etapas – princi-palmente a do apoio financeiro: “Senão fosse a ajuda do Mackenzie, nãoteria conseguido viajar”, diz. Contouainda com treinador, espaço e pa-trocínio do Clube Hebraica, e o apoiodo marido, Edson Minakawa, tambémprofessor de judô do Mackenzie.Assim, venceu o Campeonato Brasi-leiro de 2003, disputado em marçodeste ano, e habilitou-se ao torneiojaponês. No Japão, Miriam combateu ajudoca russa que a impressionou: ”Elatem judô muito forte, com pegada deperna, que considero a luta mais difícil”.Em seguida, a inglesa: "Ela veio commuita vontade de chegar à final”, e, nadecisão, a atleta norte-americana. Mi-riam, imbatível, venceu de novo... e porippon! “Quando terminei o combate melembrei da família, do meu marido, doMackenzie, dos alunos e do exemplo deperseverança que estou dando parachegar a uma conquista tão impor-tante.” Os alunos, claro, fizeram festacom a professora campeã, e os filhos –Camila, Guilherme e Mariana, todosjudocas –, além dos mackenzistas.

LivroLançamento Livro

Quadro campeão:

À esquerda, em pé,

a professora Miriam

Zyman, campeã

mundial de judô

(também no alto da

página), com seus

alunos e a colega de

lutas, Vânia Ishi (ao

centro), medalha de

prata no último Pan