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ARMÊNIO MARQUES RIBEIRO

POLUIÇÃO DO SOLO AGRÍCOLA E FONTES HÍDRICAS PELO USO

INCORRETO DE AGROTÓXICOS E FERTILIZANTES

PARANAVAÍ 2016

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEED SUPERINTENDENCIA DA EDUCAÇÃO – SUED

DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS – DPPE PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE

UNESPAR – UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARANÁ CAMPUS DE PARANAVAÍ

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ARMÊNIO MARQUES RIBEIRO

POLUIÇÃO DO SOLO AGRÍCOLA E FONTES HÍDRICAS PELO USO

INCORRETO DE AGROTÓXICOS E FERTILIZANTES

Produção didático-pedagógica na escola,

apresentada à Coordenação do Programa

de Desenvolvimento Educacional – PDE, da

Secretaria de Estado da Educação do

Paraná, em convênio com a Universidade

Estadual do Paraná, Campus de Paranavaí,

como requisito para o desenvolvimento das

atividades propostas para o período de

2016/2017.

Linha de Estudo: Fundamentos e

encaminhamentos metodológicos para o

ensino de Ciências.

Orientadora: Profª. Me. Caroline Silvano.

PARANAVAÍ 2016

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FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO

PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA

Título: Poluição do Solo Agrícola e Fontes Hídricas Pelo Uso Incorreto de

Agrotóxicos e Fertilizantes

Autor: Armênio Marques Ribeiro

Disciplina/Área: Ciências

Escola de Implementação do

Projeto e sua localização:

Escola Estadual do Campo Santa Esmeralda

EF. Localizado na Avenida Paraná, 600.

Município da escola: Santa Cruz de Monte Castelo

Núcleo Regional de Educação: Loanda

Professor-Orientador: Prof.ª Drª Caroline Silvano

Instituição de Ensino Superior: Universidade Estadual do Paraná – Campus

de Paranavaí (UNESPAR).

Relação Interdisciplinar: _____________________

Resumo: O objetivo da produção Didático-Pedagógico,é

ampliar e conscientizar sobre os efeitos do

uso incorreto de insumos agrícolas,

agrotóxicos e fertilizantes, sobre a qualidade

do solo, da água e à saúde humana, além de

apresentar técnicas agropecuárias como

alternativas mais sustentáveis. Os conteúdos

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serão desenvolvidos com os alunos de Escola

Estadual do Campo Santa Esmeralda, Ensino

Fundamental na turma do 6ºano, fazendo

parte do conteúdo específico solo, a

implantação se dará em 32 horas na

instituição de Ensino (professores e alunos).

Serão utilizados diferentes recursos

metodológicos, e vários instrumentos, tais

como: projeção de imagem em multimídia,

apresentação de vídeos curtos, e materiais

diversos e algumas demonstrações práticas.

Palavras-chave: Degradação do Solo; Qualidade do Solo;

Insumos Agrícolas; Cultivo Sustentável.

Formato do Material Didático: Unidade didática

Público: Alunos 6º ano.

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APRESENTAÇÃO

Esse material didático pedagógico será desenvolvido na Escola Estadual do

Campo Santa Esmeralda EF, situada no Distrito de Santa Esmeralda, município de

Santa Cruz de Monte Castelo, pertencente a região do Arenito Caiuá, cuja

população local é, na maioria, agrícola.

Durante a década de 1970, e 1980, com a decadência dos cafezais novas

culturas surgiram na economia local. Neste contexto, surgiu a necessidade por uma

produtividade agrícola cada vez maior, com isso resultou o uso incorreto e

excessivos de fertilizantes e agrotóxicos (produtos químicos para controlar pragas,

doenças e plantas invasoras).

Entretanto, a comunidade escolar e os alunos da instituição de ensino da

Escola Estadual do Campo Santa Esmeralda, não possui um projeto sobre o solo, e

conhece muito pouco sobre os efeitos da utilização em excesso desses insumos

agrícolas, sobre a qualidade do solo, água e a saúde humana.

Portanto, pretende-se ampliar o conhecimento e a conscientização dos

educandos e consequentemente seus familiares sobre os efeitos do uso incorreto

desses produtos, apresentar aos mesmos, técnicas agropecuárias como alternativas

mais sustentáveis, contribuindo na qualidade do solo, água e saúde humana, enfim,

para o meio ambiente como um todo.

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UNIDADE DIDÁTICA

Poluição do Solo Agrícola e Fontes Hídricas Pelo uso Incorreto de Agrotóxicos

e Fertilizantes

1. INTRODUÇÃO

A maior preocupação para agricultura e a pecuária nesse século XXI é

promover o aumento da produção agrícola, com menor impacto ambiental, pois não

é possível pensar em agropecuária sustentável sem que adotem práticas rurais que

melhorem a saúde do solo. Apesar de sua importância, o espaço dedicado ao solo,

no ensino fundamental e médio, é frequentemente nulo ou relegado a um plano

menor, e muitas vezes estão em desacordo com os Parâmetros Curriculares

Nacionais (PCNs) (BRASIL, 1998).

Diante desse exposto, o projeto tem como objetivo levar aos alunos da Escola

Estadual do Campo Santa Esmeralda EF, e toda a comunidade escolar uma saúde

humana, pelo uso incorreto de insumos agrícolas (agrotóxicos e fertilizantes),

propondo alternativas atuais para um cultivo mais sustentáveis.

Portanto, esse material não pretende esgotar esse assunto tão amplo e

frequente nas escolas do campo, mas sim, a melhoria da qualidade de ensino do

conteúdo solo e consequentemente do meio ambiente.

A unidade didática está dividida em 8 etapas de 4 horas, onde serão

utilizados diferentes recursos metodológicos para apresentação, onde serão

desenvolvidas através de trecho de vídeos, materiais impressos diversos e

demonstrações práticas.

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ETAPA 01 DURAÇÃO: 4 HORAS AULAS

2.DIAGNÓSTICO

OBJETIVO:

Verificar o conhecimento prévio dos alunos e familiares sobre o tema poluição

do solo agrícola por agrotóxicos e fertilizantes, por meio de aplicação de

questionário.

Observar solo nas proximidades da escola.

ESTRATÉGIA DE AÇÃO/METODOLOGIA

Nesta atividade, será trabalhado um questionário (anexo1) com os alunos e

seus familiares para verificar o conhecimento prévio sobre o conteúdo solo. Após as

devidas apresentações sobre o desenvolvimento do projeto, os alunos irão observar

uma vala aberta nas proximidades do colégio, onde se observa um perfil de solo

típico da região. Após o retorno da atividade de observação de solo, os alunos serão

orientados a relatarem no caderno quais foram as principais caraterísticas

observadas no perfil do solo (estrutura, cor, textura, entre outros).

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ETAPA 02 DURAÇÃO: 4 HORAS AULAS

3. SOLO

OBJETIVO:

Conceituar o que é solo.

Demostrar a formação do solo.

Conceituar o perfil do solo.

Apresentar os principais solos do estado Paraná.

ESTRATÉGIA DE AÇÃO/METODOLOGIA

O conceito solo será proposto após apresentação de imagens de solo e do

vídeo “Conhecendo o solo – nova versão” (CONHECENDO O SOLO – NOVA

VERSÃO, 2016), produzido pela TV Paulo Freire em colaboração com o “Programa

Solo na Escola da Universidade Federal do Paraná”, e recomendado no site desse

programa – no item “videoteca” (PROGRAMA SOLO NA ESCOLA DA

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ, 2016). As imagens e o vídeo serão

expostos com projetor multimídia. A construção do conceito solo será fundamentada

no conhecimento prévio dos alunos, com a mediação do professor. Após a

finalização do conceito, serão discutidas as funções do solo, a importância desse

recurso, tema que também é abordado no vídeo “ Conhecendo o solo – nova

versão”. A cartilha “Conhecendo o solo” (SERRAT et al., 2002), disponibilizada para

download gratuito no site do “Programa Solo na Escola da Universidade Federal do

Paraná” (PROGRAMA SOLO NA ESCOLA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO

PARANÁ, 2016), será utilizada como referência para essa atividade inicial e será

apresentada como leitura recomendada.

Em seguida será distribuído um texto (anexo 2) com uma descrição detalhada

sobre o assunto

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Para reforçar o conceito de solo como um “corpo tridimensional” e o conceito

de “perfil de solo”, será aplicada uma atividade em que os alunos montarão um

modelo de perfil de solo (modelo tridimensional com papel). As instruções para essa

atividade seguirão aquelas expostas no vídeo: “Montagem de um modelo de perfil de

solo (UFSM/MSRS)” (MONTAGEM DE UM MODELO DE PERFIL DE SOLO -

UFSM/MSRS, 2016), cujo acesso é recomendado pelo “Programa Solo na Escola da

Universidade Federal do Paraná” (PROGRAMA SOLO NA ESCOLA DA

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ, 2016).

Os principais tipos de solo da região serão apresentados aos alunos através

de monólitos (em vidros transparentes), previamente preparados com amostras de

solos da região. Também será apresentado brevemente o “Mapa Simplificado de

Solos do Estado do Paraná” (MAPA SIMPLIFICADO DE SOLOS DO ESTADO DO

PARANÁ, 2016), para mostrar a diversidade de solos no nosso estado. Distribuição

de materiais onde constam conteúdos de fixação e apropriação pelos educandos,

em forma de atividades para ser recolhido na próxima aula, tais como, conceituar

solo, as funções e os principais tipo de solo da região até na sua casa, os alunos

levaram para casa folhas com um perfil de solo e os seus respectivos horizontes e

camadas para destacar e colorir. Para finalizar a aula e concluir o assunto, os alunos

serão encaminhados até um barranco nas proximidades da escola, para a

visualização dos conceitos apresentados na aula

Para melhorar a assimilação e também como forma de avaliação dos

assuntos expostos, será distribuído um material (Monte o seu modelo de perfil de

solo” - Anexo 3) com uma ilustração de um perfil de solo, em preto e branco, para

que os educandos pintem. Essa ilustração permite ainda que o aluno recorte e cole

nos espaços indicados, para montar um perfil de solo. Essa atividade será

desenvolvida em sala de aula.

Após os alunos finalizarem a atividade para pintar o perfil do solo, eles

receberão um questionário impresso (anexo 4), como forma de avaliação desse

conteúdo.

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ETAPA 03 DURAÇÃO: 4 HORAS AULAS

4. DEGRADAÇÃO DO SOLO

OBJETIVOS:

Apresentar as principais consequências da degradação do solo.

ESTRATÉGIA DE AÇÃO/METODOLOGIA

Como recurso natural é dinâmico, o solo é passível de ser degradado em

função do uso inadequado por excesso defensivos agrícolas e fertilizantes pelo ser

humano.

Nesta etapa será feita uma apresentação, através de imagens projetadas no

multimídia, da importância dos insumos agrícolas para o aumento da produtividade

agrícola. Em seguida, alguns assuntos serão apresentados através de texto

impresso (anexo 5), como: erosão, desmatamentos, queimadas, salinização e

contaminação química do solo, pelo uso incorreto de agrotóxicos e fertilizantes.

Essa etapa será finalizada com um experimento de erosão hídrica no solo

(descrição do experimento no anexo 6), enfatizando a importância da cobertura

vegetal, e a ação da água levando sedimentos e agrotóxicos e fertilizantes para os

rios, córregos e lagos.

Antes de começar o experimento, os alunos serão questionados com perguntas

verbais para formular hipóteses do que irá acontecer. Essas hipóteses serão

comparadas aos resultados obtidos no final do experimento, com um novo

questionário (anexo 7)..

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ETAPA 4 4 HORAS DURAÇÃO

5. AGROTÓXICOS E FERTILIZANTES

OBJETIVOS:

Conceituar agrotóxicos.

Apresentar consequências da degradação do solo por uso incorreto em

excesso por agrotóxicos e fertilizantes.

Justificar sobre as cores nos frascos de agrotóxicos.

Informar sobre contaminação de frutas, raízes, legumes por agrotóxicos.

ESTRATÉGIA DE AÇÃO/METODOLOGIA

Será feita uma exposição, verbalmente, sobre os principais problemas do uso

incorreto (principalmente o uso excessivo) de insumos agrícolas ao solo, à água e à

saúde humana. Para retratar a contaminação de frutas, legumes e raízes por

agrotóxicos, será apresentado o vídeo “Agrotóxicos no Brasil (1/4) - Caminhos da

Reportagem” (TVBRASIL, 2011). O vídeo também ajudará na exposição da

classificação dos principais agrotóxicos aplicados na agricultura e pecuária

(classificação quanto à ação e ingredientes ativos) e para justificar a indicação das

cores nos frascos dos agrotóxicos, serão apresentados frascos de produtos

agrotóxicos, popularmente conhecidos como “venenos”, destacando as faixas de

cores. Também será apresentado uma figura com a classificação toxicológica dos

agrotóxicos, de acordo com as faixas de cores (anexo 8). Logo após, será feita uma

breve informação sobre o modo correto de descartar os frascos de agrotóxicos e

embalagens de fertilizantes vazias.

Para apresentar as consequências da degradação do solo por uso incorreto,

em excesso, por fertilizantes, será distribuído um texto informativo sobre o tema

(anexo 9).

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ETAPA 5 4 HORAS DURAÇÃO

6. CONTAMINAÇÃO QUÍMICA / USO DE EPIs

OBJETIVOS:

Apresentação de EPIs Individual e o modo de uso desses equipamentos.

Informar o modo correto de descartar e armazenar embalagens de

agrotóxicos e fertilizantes.

ESTRATÉGIA DE AÇÃO/METODOLOGIA

Neste momento, em que os alunos já conheceram um pouco mais sobre os

agrotóxicos, será aprofundado sobre a contaminação humana por agrotóxicos,

assunto que será apresentado no vídeo: “Vídeo O Uso Correto dos EPIs na

Aplicação de Agrotóxicos” (MONTEIRO, 2013), para que eles conheçam os EPIs, e

que possam utilizá-los em seu cotidiano.

Para informar sobre o modo correto de descartar e armazenar embalagens de

agrotóxicos e fertilizantes, será passado um trecho do filme: “Uso Correto e Seguro

de Defensivos Agrícolas - Disseminando as Boas Práticas Agrícolas”

(VIDEOSANDEF, 2011).

Para finalizar essa etapa, serão demonstrados aos alunos os principais

equipamentos necessários para a segurança durante a aplicação de defensivos

agrícolas (e seus respectivos modo de uso).

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ETAPA 6 4 HORAS DURAÇÃO

7.0 ALTERNATIVAS DE CONSERVAÇÃO DO SOLO E ÁGUA

OBJETIVOS:

Apresentar técnicas agrícolas alternativas e atuais para diminuir o uso

excessivo de agrotóxicos e fertilizantes no campo.

ESTRATÉGIA DE AÇÃO/METODOLOGIA

Nesta etapa, serão apresentadas as alternativas atuais para diminuir o uso

excessivo de agrotóxicos e fertilizantes no campo. Serão apresentadas algumas

técnicas de conservação do solo e água, por meio do texto: “10 práticas sustentáveis

na agricultura para preservação e conservação do solo” (Anexo 10), mostrando seus

benefícios para o solo e para a qualidade da água, principalmente porque podem

contribuir para reduzir o uso de agrotóxicos e fertilizantes. Essas apresentações

serão feitas verbalmente e com auxílio de textos.

As técnicas de conservação do tipo rotação de culturas e terraceamento

serão explanadas com o auxílio dos vídeos: “Técnico rural fala sobre a rotação de

culturas” (GRUPORICPARANÁ, 2012) e ”Embrapa mostra como realizar um

terraceamento, curva em nível” (EMBRAPA, 2016), respectivamente.

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ETAPA 7 4 HORAS DURAÇÃO

8.0 CONTROLE BIOLÓGICO DE PRAGAS

OBJETIVOS:

Apresentar técnicas agrícolas alternativas e atuais para diminuir o uso

excessivo de agrotóxicos e fertilizantes no campo.

ESTRATÉGIA DE AÇÃO/METODOLOGIA

Nessa etapa será apresentado um produto alternativo para controle biológico

de pragas: o baculovírus, utilizado por produtores de mandioca para combater a

principal praga da cultura (lagarta ou mandarová). Os alunos vão aprender a como

produzir o baculovírus, conforme as instruções de um texto (anexo 11)..

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ETAPA 8 4 HORAS DURAÇÃO

7.1 CONTROLE BIOLÓGICO COM FORMIGAS CORTADEIRAS

OBJETIVOS:

Apresentar técnicas agrícolas alternativas e atuais para diminuir o uso

excessivo de agrotóxicos e fertilizantes no campo.

ESTRATÉGIA DE AÇÃO/METODOLOGIA

Nessa etapa, serão preparados produtos alternativos e naturais para o

controle biológico das formigas cortadeiras, pragas muito comuns no cotidiano dos

alunos e até mesmo no ambiente externo da escola.

Serão prepradas duas receitas: uma a base de sementes de gergelim (anexo

12) para fazer polvilhamento em olheiro de formigueiros; e outra a base de esterco

fresco e açúcar mascavo (anexo 13). Ambos os produtos naturais preparados pelos

alunos serão aplicados nas proximidades da escola. Haverá um monitoramento dos

alunos para verificar a eficácia dos produtos no combate às pragas.

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REFERÊNCIAS:

BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs). Ensino Fundamental.

Brasília: MEC/SEF, 1998.

CONHECENDO O SOLO – NOVA VERSÃO. Produção: TV Paulo Freire em

colaboração com o Projeto Solo na Escola/UFPR. 8’11’’. Disponível em:

<https://vimeo.com/54306301>. Acesso em 16 de julho de 2016.

EMBRAPA. Embrapa mostra como realizar um terraceamento, curva em nível.

2016. Disponível em:

<https://www.youtube.com/watch?v=tPJzm39kmoQ&list=PLrHWTbxihg7_Mmou__XJ

GMWjFwUq_F7JP> Acesso em 12 de dezembro de 2016.

GRUPORICPARANÁ. Técnico rural fala sobre a rotação de culturas. 2012.

Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=Z9lI3qSQ_0w> Acesso em 12

de dezembro de 2016.

MAPA SIMPLIFICADO DE SOLOS DO ESTADO DO PARANÁ. Disponível em:

<http://www.sbcs-nepar.org.br/images/nepar/publicacoes/mapa-solo-pr.pdf>. Acesso

em 16 de julho de 2016.

MONTAGEM DE UM MODELO DE PERFIL DE SOLO (UFSM/MSRS). Produção:

João Henrique Quoos. 1’00’’. Disponível em:

<https://www.youtube.com/watch?v=ihNdE0YTUdU&feature=related>. Acesso em 16

de julho de 2016.

MONTEIRO, L. Vídeo O Uso Correto dos EPIs na Aplicação de Agrotóxicos.

2013. Dispónivel em: <https://www.youtube.com/watch?v=V5g3i2BwIL4> Acesso

em 10 de dezembro de 2016.

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PROGRAMA SOLO NA ESCOLA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ.

Disponível em: <http://www.escola.agrarias.ufpr.br/index.htm >. Acesso em 16 de

julho de 2016.

SERRAT, B.M. et al. Conhecendo o solo. Curitiba: Departamento de Solos e

Engenharia Agrícola, 2002. 27 p. Disponível em:

<http://www.escola.agrarias.ufpr.br/arquivospdf/conhecendosolo.pdf>. Acesso em 16

de julho de 2016.

TVBRASIL. Agrotóxicos no Brasil (1/4) - Caminhos da Reportagem. 2011.

Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=cG8BzwTqB7Q> Acesso em 09

de dezembro de 2016.

UFPR. UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ. DEPARTAMENTO DE SOLOS E

ENGENHARIA AGRÍCOLA. O solo no meio ambiente: abordagem para

professores do ensino fundamental e médio e alunos do ensino médio. Curitiba:

Departamento de Solos e Engenharia Agrícola, 2007.

VIDEOSANDEF. Uso Correto e Seguro de Defensivos Agrícolas - Disseminando

as Boas Práticas Agrícolas. 2011. Disponível em:

https://www.youtube.com/watch?v=kW64JiwdVTk Acesso em 12 de dezembro de

2016.

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ANEXO 1 - QUESTIONÁRIO

1) Qual a constituição do solo?

( ) somente minerais (como os presentes na areia e argila)

( ) minerais e matéria orgânica (principalmente restos de vegetais mortos ao

longo dos anos)

( ) minerais, matéria orgânica (principalmente restos de vegetais mortos ao

longo dos anos), seres vivos como minhocas, fungos e bactérias, além de

água e ar.

2) Você ou seus familiares fazem uso de agrotóxico (veneno)?

( ) sempre

( ) as vezes

( ) raramente

( ) nunca

3) Caso a sua resposta seja sim, em que lugar ?

( )agricultura ( ) casa ( )no quintal

4) Você ou alguém da família faz aplicação de agrotóxico ou fertilizante (adubo) na

agricultura no seu dia a dia?

( ) sempre

( ) as vezes

( ) raramente

( ) nunca

5) Se você ou alguém da família faz aplicação de agrotóxico, usam os EPI’s

(Equipamentos de proteção individuais)?

( ) sempre

( ) as vezes

( ) raramente

( ) nunca

( ) não utilizam agrotóxicos

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6) Será que o uso de agrotóxicos e fertilizantes em excesso na agricultura causa

poluição no:

Solo ( ) sim ( ) não

Água ( ) sim ( ) não

7) A poluição do solo por resíduos de agrotóxicos em excesso da agricultura ,

causam efeitos maléficos ao meio ambiente? E ao homem?

( )sim

( )não

8) Quando faz uso de aplicação de venenos todos tem receituário agrícola

indicado por um agrônomo?

( ) Sim

( ) não

9) Conhece alguma alternativa para diminuir o excesso de agrotóxicos e

fertilizantes na agricultura?

________________________________________________________________

________________________________________________________________

________________________________________________________________

________________________________________________________________

10) Conhece alguma receita de veneno caseiro que serve para diminuir pragas

como as formigas? Se conhece, descreva resumidamente a receita.

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

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ANEXO 2 - TEXTO

SOLO:

Pode-se dizer que o solo é a superfície da Terra (a parte mais superficial da

crosta terrestre) bem como o local onde se plantam as sementes para as

atividades agrícolas.

É do solo que tiramos mais de 90% de tudo que usamos para a nossa

sobrevivência;

Todo o processo de formação do solo começa com a desagregação e a

decomposição de rochas. Dizemos em outras palavras, que as rochas

sofrem intemperismos físicos e químicos ;

A rocha que dá origem ao solo é chamada de rocha matriz;

FORMAÇÃO DO SOLO:

A camada de rochas na superfície da Terra está, há milhões de anos, exposta

a mudanças de temperatura e à ação da chuva, do vento, da água dos rios e das

ondas do mar. Tudo isso vai, aos poucos, fragmentando as rochas e provocando

transformações químicas. Foi assim, pela ação do intemperismo, que, lentamente, o

solo se formou. E é dessa mesma maneira que está continuamente se remodelando.

Os seres vivos também contribuem para esse processo de transformação das

rochas em solo. Acompanhe o esquema abaixo (Figura 1):

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Figura 1. Esquema de formação do solo. Fonte: Sobiologia (2016)

A chuva e o vento desintegram as rochas.

Pedaços de liquens ou sementes são levados pelo vento para uma região sem

vida. A instalação e a reprodução desses organismos vão aos poucos

modificando o local. Os liquens, por exemplo, produzem ácidos que ajudam a

desagregar as rochas. As raízes de plantas que crescem nas fendas das

rochas irão contribuir para isso.

A medida que morrem, esses organismos enriquecem o solo em formação

com matéria orgânica e, quando ela se decompõe, o solo se torna mais rico

em sais minerais. Outras plantas, que necessitam de mais nutrientes para

crescer, podem então se instalar no local. Começa a ocorrer o que se chama

de sucessão ecológica: uma série de organismos se instala até que a

vegetação típica do solo e do clima da região esteja formada.

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PERFIL DO SOLO

Perfil de solo (fonte: Embrapa, 2016)

Nem sempre o solo mostra um perfil completo e quanto mais distante da

rocha-mãe estiver um horizonte, mais intensa ou mais antiga foi a ação da

pedogênese.

A figura ao lado mostra um perfil de solo, com seus diferentes horizontes descritos a

seguir:

Horizonte O – horizonte formado pela matéria orgânica em vias de decomposição,

razão de sua cor escura.

Horizonte A – zona com mistura de matéria orgânica e substâncias minerais, com

bastante influência do clima e alta atividade biológica.

Horizonte B – horizonte caracterizado pela cor forte e pela acumulação de argilas

procedentes dos horizontes superiores e também de óxidos e hidróxidos de ferro e

alumínio.

Horizonte C – mistura de solo pouco denso com rocha-matriz pouco alterada.

Horizonte D – rocha matriz sem alteração (não representada na figura).

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REFERÊNCIAS:

EMBRAPA. Perfil de solo. Disponível em:

http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/Repositorio/Soil_profileID-AgPF8fVjpV.jpg>

Acesso em 11 de dezembro de 2016.

SOBIOLOGIA. O ciclo das rochas. Disponível em:

<http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Solo/Solo7.php> Acesso em 10 de

dezembro de 2016.

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ANEXO 3 - MONTE O SEU MODELO DE PÉRFIL DE SOLO

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Fonte: FIGSHARE (2016)

REFERÊNCIA:

FIGSHARE . Monte o seu perfil de solo. Disponível em:

<https://figshare.com/articles/Solos/1491435> Acesso em 10 de dezembro de 2016.

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ANEXO 4 - QUESTIONÁRIO

O que é solo?

Quais são as funções do solo para o ser humano?

Sobre o perfil de solo apresentado é correto afirmar que:

Fonte: CONCEITO (2016)

REFERÊNCIA:

CONCEITO. Conceito de solo. Disponível em:

< http://conceito.de/solo#ixzz4S5oZKq6> Acesso em 10 de dezembro de 2016.

a) O horizonte (ou camada) O corresponde ao acúmulo de material orgânico que é gradualmente decomposto e incorporado aos horizontes inferiores, acumulando-se nos horizontes B e C.

b) O horizonte A apresenta muitos minerais não alterados da rocha que deu origem ao solo, sendo normalmente o horizonte menos fértil do perfil.

c) O horizonte C corresponde à transição entre solo e rocha, apresentando, normalmente, em seu interior, fragmentos da rocha não alterada.

d) O horizonte B apresenta baixo desenvolvimento do solo, sendo um dos primeiros horizontes a se formar e o horizonte com a menor fertilidade em relação aos outros horizontes

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ANEXO 5 - TEXTO

O processo de degradação do solo pode ocorrer de várias maneiras

diferentes, geralmente resultantes de seu mau uso e conservação por parte das

atividades humanas. A ocorrência dessas situações pode estar associada ao

esgotamento de nutrientes ou à remoção da vegetação, entre outros inúmeros

fatores.

As principais formas de degradação do solo, isto é, os tipos com que esse problema

se apresenta, são:

1. Desertificação

A desertificação consiste no processo de degradação e esgotamento dos

solos que ocorre em regiões de clima árido, semiárido e subúmido, onde a

pluviosidade não é maior do que 1400mm anuais e, portanto, a evaporação é maior

do que a infiltração. A desertificação recebe esse nome porque provoca uma

mudança da paisagem para algo próximo à paisagem de um deserto, embora não

necessariamente a área formada possa ser considerada como tal.

Embora esse problema apresente algumas causas naturais, como o clima e a

predisposição para a sua ocorrência, os seus principais determinantes estão

associados às práticas antrópicas, tais como o desmatamento, as queimadas, o uso

intensivo do solo pela agropecuária, mineração, irrigação incorreta, entre outros.

2. Arenização

A arenização é, muitas vezes, confundida com a desertificação, mas se trata

de fenômenos diferentes. A arenização consiste na formação de bancos de areia em

solos já de consistência arenosa em regiões que, diferentemente das áreas que se

desertificam, apresentam climas mais úmidos e com maiores volumes de chuva,

onde a infiltração e o escoamento da água são superiores aos índices de

evaporação.

As causas para o processo de arenização estão, sobretudo, relacionadas com

a remoção da vegetação, que protege e firma os solos. Assim, as chuvas vão

gradativamente lavando o terreno e removendo os seus nutrientes em um processo

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que pode ser ainda mais intensificado pela prática exaustiva da agricultura ou da

pecuária. No Brasil, esse processo é bastante comum na região Sul.

3. Processos erosivos

A erosão é um dos mais conhecidos tipos de degradação do solos. Trata-se

de um processo natural que pode ser intensificado pelas práticas humanas e que

consiste no desgaste dos solos e das rochas com posterior transporte e deposição

do material sedimentar que é produzido.

Os processos erosivos, além de alterarem a forma do relevo formando

crateras que podem ocupar grandes áreas, também são responsáveis pela retirada

de nutrientes dos solos. Em alguns casos, a lavagem excessiva da camada

superficial pela água das chuvas – processo chamado de lixiviação ou erosão

laminar – torna os solos mais ácidos ou improdutivos. Além disso, as erosões

também estão associadas a problemas de movimentação de massas e

desabamento de encostas.

4. Salinização

A salinização consiste no processo de aumento dos sais minerais existentes,

a ponto de afetar a produtividade dos solos de uma determinada região. Esses sais

minerais apresentam-se na forma de íons, tais como o Na+ e o Cl-, sendo mais

comuns em áreas de clima árido e semiárido, onde as taxas de evaporação são

muito acentuadas.

Resumidamente, a ocorrência da salinização está relacionada com a prática

da irrigação que se utiliza de água com elevado teor de sais (lembrando que os sais

minerais estão sempre presentes na água, a exemplo do potássio e muitos outros).

Assim, com a evaporação da água, os sais acumulam-se no solo e aumentam a sua

salinidade. Outras causas possíveis para a salinização são a elevação acentuada do

nível freático e a evaporação de águas salgadas ou salobras acumuladas de mares,

lagos e oceanos.

5. Laterização

A laterização consiste no acúmulo de hidróxidos de ferro e alumínio, alterando

a composição e a aparência dos solos. Esse processo é resultante, principalmente,

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da alteração da camada superficial pelo intemperismo químico associado à sua

lavagem exaustiva pela lixiviação.

O processo de laterização é mais comum em áreas úmidas e quentes de

climas tropicais e pode ser intensificado por queimadas e desmatamentos, pois a

vegetação ajuda a proteger os solos do elevado desgaste proporcionado pela água

das chuvas. Apesar de ser importante para a formação dos latossolos, a laterização

pode ser considerado um problema de degradação ambiental, pois dificulta a

penetração de raízes e diminui a fertilidade.

6. Poluição direta e contaminação

A poluição direta ou contaminação consiste na alteração química da

composição dos solos, tornando-os, muitas vezes, inférteis. Trata-se de um

problema eminentemente antrópico e causado pelo uso excessivo de agrotóxicos,

defensivos e fertilizantes na agricultura e também pela infiltração de materiais

orgânicos poluentes em áreas de lixões, aterros sanitários e até em cemitérios, onde

há uma elevada taxa de formação de chorume.

Além de tornar os solos improdutivos e afetar a qualidade de vida da

população que vive sobre eles, esse tipo de contaminação pode afetar o lençol

freático, a vegetação de uma determinada localidade e até a fauna, prejudicando

funcionamento dos ecossistemas. Para isso, é preciso haver uma maior

conscientização social e a adoção de medidas de diminuição da poluição dos solos

e de seus recursos naturais.

REFERÊNCIA:

PENA, R. F. A. Formas de degradação do solo. Brasil Escola. Disponível em

<http://brasilescola.uol.com.br/geografia/formas-degradacao-solo.htm>. Acesso em

06 de dezembro de 2016.

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ANEXO 6 - EXPERIMENTO

EROSÃO HIDRICA

MATERIAIS:

3 garrafas plásticas (PET) de água de 5 L; *

3 garrafas plásticas (PET) de 2 L;

Aproximadamente 4 kg de solo destorroado;

Touceira de grama do tamanho da garrafa PET de 5 L, que pode ser cortada

com o auxílio de uma pá cortadeira (pá reta) em um jardim;

Restos de plantas para ser utilizado como palhada morta (folhas, raízes,

caules em decomposição). Podem ser usadas folhas varridas do jardim,

restos de grama cortada ou de poda de árvores;

Tesoura com ponta (somente o professor deve manusear a mesma);

Pedaço de madeira com aproximadamente 90 cm de comprimento, 10 cm de

largura e 5 cm de altura;

Regador.

PROCEDIMENTO:

Cortar um retângulo na parte superior das três garrafas plásticas de água 5 L

com o auxílio da tesoura com ponta;

Cortar as 3 garrafas PET 2 L no meio, preservando a parte inferior (Figura 2).

Sugere-se ao professor cortar as garrafas antes da aula para evitar que os

alunos manuseiem materiais cortantes;

Na primeira garrafas plásticas de água 5 L, coloca-se uma touceira de grama

com solo. Procure colocar com cuidado a grama, procurando conservar ao

máximo a touceira, e sem destorroar a mesma, para não afetar o resultado

do experimento;

Na segunda garrafa colocar 2 kg de solo em cada garrafa plástica de 5 L, até

aproximadamente na altura da tampa da garrafa e, em seguida colocar os

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restos de plantas nas superfície até cobrir completamente o solo, ficando

uma boa camada de resíduos;

Na terceira garrafa apenas colocar cerca de 2 kg de solo destorroado, e

manter somente o solo sem nenhuma cobertura;

Apoiar as 3 garrafas plásticas de 5 L com o pedaço de madeira, para criar

uma inclinação, que fará com que a água escorra através da boca da garrafa;

Adicionar água, com um regador, através da abertura retangular feita na

parte superior de cada garrafa plástica de 5 L, simulando a chuva (Figura 7).

Procure adicionar quantidade semelhante de água nas três garrafas de 5 L

para começar a escorrer pela boca das garrafas;

Como se verifica na foto abaixo:

Foto: Bruna Ohana da Silva. Fonte: SOLO NA ESCOLA (2016)

REFERÊNCIA:

SOLO NA ESCOLA. Experimentos – erosão hídrica. Disponível em:

http://solonaescola.blogspot.com.br/2011/11/experimentos-6.html Acesso em 10 de

dezembro de 2016.

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ANEXO 7 - QUESTIONÁRIO

QUESTIONÁRIO DE AVALIAÇÃO

a) Qual a diferença entre a cobertura do solo nas garrafas de 5 L apresentadas?

b) Quando simular a chuva em cada uma das garrafas de 5 L, o que irá

acontecer?

c) Qual garrafa de 5 L irá perder mais solo?

d) O que se observou em cada garrafa?

e) Em qual garrafa houve maior perda de solo? E menor?

f) Por que em uma das garrafas houve menor perda de solo?

g) Onde vai parar o solo que é perdido pela erosão?

h) Quais são as consequências da erosão hídrica?

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ANEXO 8 - FIGURA

FIGURA: Classe toxicológica e cor da faixa no rótulo de produto agrotóxico. Fonte:

Monografias (2016)

REFERÊNCIA:

MONOGRAFIAS. Disponível em: <http://br.monografias.com/trabalhos3/atuacao-

enfermeiro-uso-indiscriminado-insecticida/image002.jpg> Acesso em 10 de

dezembro de 2016.

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ANEXO 9 - TEXTO INFORMATIVO

FERTILIZANTES E AGROTÓXICOS

No início da história da humanidade, as pessoas eram nômades, mudavam-

se constantemente em busca de alimentos. No entanto, quando o homem percebeu

que se fosse realizado um tratamento especial da terra, os seus recursos não se

esgotariam tão facilmente como antes, e ele poderia permanecer por mais tempo no

mesmo lugar.

Surgiu então a agricultura, com suas técnicas e instrumentos de trabalho,

que em grande parte depende dos estudos químicos para progredirem. E esse

progresso é importante tendo em vista o crescente aumento populacional e a

consequente necessidade de maior produção de alimentos.

Hoje em dia a produção agrícola é um investimento de grande rentabilidade e

as empresas e os financeiros fazem de tudo para aumentar a sua produção. Para

tanto, alguns recursos que os auxiliam são, por exemplo, enriquecer a terra com

fertilizantes químicos, pois isso contribui para melhorar o rendimento das terras

cultivadas ou recuperar os solos empobrecidos pela constante utilização; e usam

também agrotóxicos, que permitem controlar diversas pragas, facilitando o cultivo de

monoculturas.

No entanto, essas técnicas empregadas, como o uso de agrotóxicos e

fertilizantes, podem trazer grandes estragos ambientais, principalmente quanto à

poluição das águas.

O uso indiscriminado de agrotóxicos pode comprometer a qualidade da água

para abastecimento, o solo, os alimentos e a manutenção da vida aquática

selvagem. Isso ocorre porque eles alcançam os recursos hídricos ao serem

aplicados sobre superfícies inclinadas, pois, quando chove, as águas arrastam as

partículas dos compostos dos agrotóxicos contidos nos solos tratados, poluindo rios,

lagos e mares.

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O cultivo da monocultura favorece apenas um tipo de espécie em detrimento

de outras, e isso causa um desequilíbrio ambiental entre as populações de plantas e

insetos. Algumas espécies desaparecem e surgem pragas mais fortes, pois com o

uso prolongado de agrotóxicos, os insetos criam resistência, o que exige que se

apliquem doses cada vez maiores de agrotóxicos.

Um fator agravante é que esses compostos são bioacumulativos, isto

é, acumulam-se progressivamente na cadeia alimentar e não são eliminados ou

dissolvidos com o tempo. Eles não são biodegradáveis, isto é, são resistentes à

degradação biológica, além de serem também resistentes à degradação química e

fotolítica, que é a degradação feita pela luz. Em razão disso, mesmo em pequenas

concentrações afetam bastante o equilíbrio do ecossistema.

Os fertilizantes também podem, quando usados de forma excessiva e mal

planejada, levar à poluição das águas superficiais de rios, lagos e represas,

causando prejuízo para o ecossistema. Isso ocorre porque, em geral, esses

compostos são solúveis na água e possuem alguns íons como o nitrato (NO31-),

nitrito (NO21-), amônio (NH4

1+), fosfato monoácido (HPO42-) e fosfato diácido (H2PO4

1-

), que são nutrientes para as algas que constituem o fitoplancto. Com as enxurradas

arrastando esses fertilizantes para os rios, lagos e represas, as algas se proliferam

rapidamente, em uma proporção acima do normal. Isso dificulta a entrada de luz e a

oxigenação da água. Essa situação se torna pior quando essas algas morrem, pois

elas liberam um número muito grande de detritos que são decompostos por

microrganismos aeróbios, ou seja, microrganismos que utilizam o restante de

oxigênio da água, causando a morte de vários peixes e plantas aquáticas. Esse

fenômeno é denominado de eutrifização.

Isso deve nos levar a cobrar uma pronta ação das autoridades, para que a

agricultura seja de forma sustentável, levando em consideração não somente os

interesses econômicos, mas também sociais e ambientais, como o respeito à

qualidade de vida e aos recursos hídricos.

REFERÊNCIA:

FOGAÇA, J. R. V. Poluição das águas por rejeitos da agricultura. Brasil Escola.

Disponível em <http://brasilescola.uol.com.br/quimica/poluicao-das-aguas-por-

rejeitos-agricultura.htm>. Acesso em 09/12/2016.

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ANEXO 10 - TEXTO

10 PRÁTICAS SUSTENTÁVEIS NA AGRICULTURA PAR A PRESERVAÇÃO E

CONSERVAÇÃO DO SOLO

.

1-INTEGRAÇÃO LAVOURA-PECUÁRIA-FLORESTA

É um sistema que combina o cultivo de espécies arbóreas comerciais, grãos,

forrageiras com a criação de animais em uma mesma área, de forma simultânea ou

sequencial, com o uso sustentável dos solos. Essa tecnologia proporciona a máxima

produção de alimentos, fibras e energia por unidade de área.

Segundo o especialista Ronaldo Trecenti, da Campo Consultoria e

Agronegócios, de Brasília (DF), a introdução da ILPF em propriedades rurais traz

vantagens como: recuperação de pastagens degradadas, maior infiltração de água

das chuvas no solo, maior retenção de água no solo, ciclagem de nutrientes, maior

produção de forragem na entressafra, conforto térmico, que proporciona bem-estar

animal, diversificação de atividades na propriedade, redução dos riscos climáticos e

de mercado, melhoria de renda do produtor, redução da emissão de gases de efeito

estufa e sequestro de carbono.

2-DESCARTE CORRETO DE EMBALAGENS

É a correta destinação final às embalagens vazias dos agrotóxicos utilizados

na agricultura. O agricultor deve lavar (tríplice lavagem ou lavagem de alta pressão),

inutilizar as embalagens e entregar a uma unidade de recebimento indicada pelo

revendedor na nota fiscal. As indústrias devem retirar as embalagens nas unidades

de recebimento e dar correta finalização (incineração ou reciclagem).

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3- CONTROLE DAS QUEIMADAS

Apesar da facilidade da utilização das queimadas para limpeza de áreas

recém desbravadas, seu uso deve ser condenado, pois acarreta muitos prejuízos,

como a queima da matéria orgânica e volatilização do nitrogênio, o que diminui a

fertilidade do solo. As áreas submetidas a queimadas sucessivas tornam-se cada

vez mais pobres, o que causa a consequente degradação do solo.

4- ADUBAÇÃO VERDE, QUÍMICA, ORGÂNICA E CALAGEM

A Adubação verde, consiste na incorporação de plantas especialmente

cultivadas para este fim ou restos de plantas forrageiras e ervas daninhas ao solo,

sendo esta uma das formas mais baratas e acessíveis de se repor a matéria

orgânica no solo, melhorando suas características físicas e estimulando os

processos 6 Práticas de Conservação de Solo e Água químicos e biológicos. A

adoção da adubação verde proporciona aumento na infiltração e retenção de água

no solo, o que é importante do ponto de vista conservacionista, além de ocasionar

melhoria na fertilidade do solo. Para este tipo de prática geralmente são cultivadas

plantas forrageiras – que podem ser aproveitadas pelos animais e leguminosas , que

são responsáveis também pela fixação de nitrogênio no solo. As principais culturas

utilizadas nessa prática são milheto, sorgo, mucuna-preta, feijão-caupi, leucena,

entre outras.

Já a adubação química, orgânica e calagem, são necessárias para repor

regularmente os nutrientes retirados pelas culturas, de forma a manter um nível

adequado desses elementos, uma vez que solo quimicamente pobre ocasiona a

queda de rendimento das culturas e consequentemente redução no nível de

proteção do solo. O uso de esterco ainda auxilia na melhoria das características

físicas do solo. O uso de calcário deve ser feito sempre que o pH do solo estiver

muito baixo, pois a acidez excessiva prejudica a absorção de muitos elementos

essenciais para o desenvolvimento das plantas.

5- FLORESTAMENTO E REFLORESTAMENTO

Solos com baixa fertilidade e alta susceptibilidade à erosão devem ser

ocupados com vegetação densa e permanente, como é o caso das florestas. As

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florestas são recomendadas também para a recuperação de solos degradados ou

erodidos, bem como para a proteção de mananciais e cursos d’água.

A cobertura florestal constitui ótimo empreendimento econômico na utilização

de solos com restrições para cultivos de culturas anuais, uma vez que pode ser

utilizada racionalmente para produção de madeira, celulose, lenha, carvão, etc.

Como regra geral, devem ser reflorestadas, para fins de conservação, as áreas sem

aptidão agrícola ou pecuária e as áreas definidas pela legislação (Código Florestal).

6- RECUPERAÇÃO DE PASTAGENS

As pastagens fornecem boa proteção ao solo contra a erosão quando estas

são bem manejadas, porém, quando mal manejadas, o pisoteio excessivo e a alta

taxa de lotação podem torná-la escassa e, dessa forma, gerar um sério problema do

ponto de vista conservacionista. Uma alternativa para evitar esse problema é utilizar

o sistema de pastoreio rotativo, com uso de piquetes, além de fazer a ressemeadura

e adubações periódicas da pastagem, garantindo, assim, a manutenção da

pastagem com densidade de cobertura capaz de assegurar suporte razoável ao

gado e boa proteção ao solo contra a erosão.

Uma alternativa que vem sendo utilizada atualmente é a integração lavoura-

pecuária, que consiste em conciliar a pecuária com a produção de grãos em uma

mesma área. Com isso, a área da propriedade é utilizada de maneira mais intensiva,

reduzindo os custos de produção e aumentando o lucro.

7- MANEJO INTEGRADO DE PRAGAS (MIP)

O manejo abaixo do Implantado no país há 40 anos, o MIP é uma técnica

que consiste em manter as pragas nível em que causam danos econômicos para as

lavouras. O controle é feito por diversas formas: por meio de insetos, uso de

feromônios, retirada e queima da parte do vegetal afetada, adubação por estercos e

podas e raleio.

O manejo é uma alternativa proposta pela comunidade científica para diminuir

o uso de agrotóxicos, que torna os insetos mais resistentes e causam contaminação

dos alimentos e do lençol freático quando aplicados indiscriminadamente.

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8- CORDÕES DE VEGETAÇÃO PERMANENTE, BARREIRAS VIVAS

OU FAIXAS DE RETENÇÃO

São constituídas por fileiras de plantas perenes dispostas em contorno, com o

intuito de dividir o comprimento da rampa, formando pequenos diques naturais com

o acúmulo de sedimentos ao longo do tempo. Para isso, utilizam-se plantas com

grande densidade foliar e radicular, sendo recomendada principalmente para regiões

com solos rasos. As faixas de rotação devem ser estreitas, de modo a não diminuir

muito a área a ser plantada, sendo que o espaçamento entre os cordões de

contorno depende do tipo de solo, da cultura a ser implantada e das chuvas da

região. Na prática, quanto menor a profundidade do solo e maior a declividade do

terreno e a intensidade de precipitação, menor deve ser o espaçamento entre os

cordões de vegetação. Algumas espécies recomendadas são: a cana-de-açúcar.

9- ROTAÇÃO DE CULTURAS

É a alternância de culturas numa dada área agrícola. Procura-se com esta

prática o melhor aproveitamento da fertilidade do solo pelo aprofundamento

diferenciado das raízes, a melhoria da drenagem, a diversidade biológica e o

controle de pragas e doenças. Ao escolher as culturas que entrarão no sistema de

rotação, é preciso levar em conta vários fatores: condições do solo, topografia,

clima, mão de obra, implementos agrícolas disponíveis, características das culturas

e mercado consumidor disponível.

10 – SISTEMA PLANTIO DIRETO

Neste sistema o plantio é realizado sem que haja aração ou gradagem prévia

do solo, sendo a semente colocada no solo não revolvido e o plantio realizado por

plantadeiras que abrem um pequeno sulco de profundidade e largura suficientes

para garantir boa cobertura e contato da semente com o solo, permitindo a

germinação da mesma. Nesse tipo de sistema, as plantas daninhas são controladas

com uso de herbicidas, uma vez que as capinas mecânicas são dispensadas para

não revolver o solo.

O plantio direto consiste basicamente em três etapas: colheita e distribuição

dos restos da cultura antecessora para formação da palhada; aplicação de

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herbicidas e plantio. É um sistema muito eficiente no controle da erosão, pois

mantém os resíduos vegetais sobre o solo e promove a mobilização mínima do solo.

O solo é um recurso natural que deve ser utilizado de maneira sustentável. É um dos

componentes vitais do meio ambiente e constitui o substrato natural para o

desenvolvimento das plantas. Preservar o meio ambiente, e aumentar a

produtividade nas mesmas áreas plantadas.

REFERÊNCIA:

INQUIMA. 10 práticas sustentáveis na agricultura para preservação e

conservação do solo e do meio ambiente. Disponível em:

<https://www.inquima.com.br/10-praticas-sustentaveis-na-agricultura-para-

preservacao-e-conservacao-do-solo-e-do-meio-ambiente> Acesso em 10 de

dezembro de 2016.

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ANEXO 11 - TEXTO

Inseticida biológico do mandorová-da-mandioca

PROCEDIMENTOS:

Passo 1 - Conheça o Ciclo da Praga Na natureza todos os seres vivos têm

um ciclo de vida, ou seja, nascem, crescem, reproduzem e morrem. Diferente de

outros seres vivos, o mandarová, por ser um inseto, apresenta algumas

transformações durante o seu desenvolvimento. As mariposas machos e fêmeas se

cruzam e a fêmea coloca seus ovos sobre folhas de mandioca. Dos ovos saem as

lagartas que se alimentam das folhas da mandioca. Elas passam por cinco fases e

conforme vão ficando maiores engrossam e diminuem uma estrutura que parece um

“espinho” no final do corpo.

Na última fase, chegam a comer mais de 70% de todo o alimento de sua vida.

Quando chegam à fase adulta, não causam danos à cultura da mandioca, por se

alimentarem de néctar de flores. É importante saber reconhecer em que fase a

lagarta se encontra, pois até a terceira fase o seu controle é mais fácil. A partir da

quarta e quinta fase as lagartas tornam-se resistentes.

Passo 2 - Não Tenha Medo do Mandarová As lagartas do mandarová, apesar

de seu aspecto nada agradável, não oferecem perigo aos seres humanos e outros

animais. Elas somente trazem prejuízos ao roçado e, portanto, não há razão para ter

medo delas. As lagartas do mandarová não apresentam pêlos no corpo e por isso é

possível pegá-las com as mãos, sem nenhuma proteção. Muitas vezes isso é

necessário para que se possa esmagá-las ou cortá-las ao meio, a fim de realizar o

controle dessa praga.

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Fonte: FAZOLIN et al. (2007)

Passo 3 - Saiba Reconhecer as Lagartas Atacadas pelo Vírus Como todo ser

vivo as lagartas também adoecem. Uma dessas doenças naturais é causada por um

vírus chamado Baculovirus. Ele só ataca o mandarová e nenhum outro inseto,

animal ou ser humano. Por isso, pode-se usar esta doença como inseticida.

Quando as lagartas são contaminadas pelo Baculovirus morrem penduradas

pelas pernas de trás . Quando o surto acontece, muitas vezes podem-se encontrar

lagartas contaminadas naturalmente pelo Baculovirus. Caso não ocorra a morte das

lagartas por causa do Baculovirus, o produtor terá que recorrer à pulverização do

roçado com o extrato do vírus que poderá ser armazenado no congelador da

geladeira, conforme será explicado adiante. 3. Lagarta do mandarová contaminada

pelo vírus.

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Fonte: FAZOLIN et al. (2007)

Passo 4 - Como Fazer o Inseticida com as Lagartas Doentes Para combater

as lagartas do mandarová é produzido um extrato das lagartas que são encontradas

doentes pelo Baculovirus.

Veja como é feito:

Pegue de 2 a 6 lagartas mortas e coloque-as em uma vasilha limpa com

aproximadamente 5 ml de água pura .

Esmague as lagartas até que virem uma massa

Coe o líquido em gaze ou pano bem fino para não entupir o bico do

pulverizador.

Utilize 2 colheres de sopa desse líquido para pulverizar 1 ha de roçado, onde

se gasta aproximadamente 200 L de água quando o pulverizador é do tipo

costal manual. Procure espalhar muito bem o produto nas plantas de

mandioca.

O resto do líquido que não for utilizado deve ser colocado em um saco

plástico, amarrado e guardado no congelador da geladeira. Esse extrato pode

ser usado em novas pulverizações por até 5 anos.

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Fonte: FAZOLIN et al. (2007)

Passo 5 - Defina qual o Melhor Momento para Pulverizar a partir do mês de

janeiro o produtor deve realizar visitas semanais ao roçado, pois é nessa época

que o mandarová aparece, e verificar a existência de ovos nas folhas. Se for

observada grande quantidade de ovos, isso significa que mandarová vai começar

a atacar de 3 a 5 dias, que é o prazo que o produtor tem para se preparar para o

combate. Caso não tenha extrato de lagarta doente armazenado, o produtor deve

procurar a Embrapa, para obter uma dose do produto e pulverizar seu roçado.

Por meio das lagartas doentes será possível produzir o próprio inseticida.

Produção do inseticida à base de vírus a partir de lagartas contaminadas:

a) lagartas recém-mortas pelo vírus;

b) esmagamento das lagartas;

c) líquido obtido coado em gaze;

d) líquido viscoso pronto para uso.

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As pulverizações devem ser realizadas nas horas em que o calor é menor, ou

seja, de manhãzinha ou no final da tarde.

Passo 6 - Tenha Paciência para Esperar a Morte do Mandarová Geralmente,

o produtor acostumado a aplicar inseticida de lavoura ou “veneno” acredita

que o produto bom é aquele que ocasiona a morte do mandarová na mesma

hora da aplicação, no entanto isso não é verdade. As lagartas do mandarová,

que se alimentam de folhas contaminadas com o Baculovirus, param de se

alimentar e de se mover em 3 ou 4 dias e com 6 dias morrem penduradas.

Não é tóxico ao homem nem aos animais e não contamina o meio ambiente.

Pode ser produzido pelo produtor e não precisa ser comprado.

Com a aplicação de uma dose é possível fazer mais produto para quando for

necessário controlar o mandarová.

Quando usado corretamente, controla o mandarová com grande eficiência.

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Fonte: FAZOLIN et al. (2007)

Passo 7 - Conheça e Preserve os Inimigos Naturais do Mandarová O

mandarová, assim como outros insetos que são pragas de lavoura, possui

inimigos naturais.

Um dos mais importantes são as vespas, chamadas de cabas. As cabas

atacam as lagartas do mandarová, retirando pedaços de seu corpo para

alimentar seus filhotes no ninho, auxiliando desta forma no controle da praga.

Devem ser preservados ninhos próximos às lavouras, mesmo que para isso

seja necessário perder alguns pés de macaxeira. As cabas são importantes

aliadas dos produtores de mandioca no combate ao mandarová, por isso seu

ninho não deve ser derrubado ou queimado.

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Fonte: FAZOLIN et al. (2007)

REFERÊNCIAS:

FAZOLIN, M.; ESTRELA, J. L. V.; CAMPOS FILHO, M. D.; SANTIAGO, A. C. C.;

FROTA, F. de S. Sete passos para controlar o mandarová da mandioca.

Documentos 108, Embrapa, 2007.

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ANEXO 12 - RECEITA A BASE DE SEMENTES DE GERGELIM:

Sesamina 10 g/m2 (farinha de sementes de gergelim 10%)

Sesamina 10 g/m2 (farinha de sementes de gergelim 20%) e

Sesamina 10 g/m2 (farinha de sementes de gergelim 30%).

As concentrações das iscas à base de gergelim serão confeccionadas levando-se

em consideração o peso do material vegetal seco ao ar em relação ao peso do

material inerte e atrativo, no caso argila e bagaço de laranja.

REFERÊNCIA:

PERES FILHO , O.; DORVAL, A. Efeito de formulações granuladas de diferentes

produtos químicos e à base de folhas e de sementes de gergelim, Sesamum

indicum, no controle de formigueiros de Atta sexdens rubropilosa Forel, 1908

(Hymenoptera: formicidae). Ciência Florestal, v. 13, n. 2, p. 67-70, 2003.

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ANEXO 13 - RECEITA A BASE DE ESTERCO FRESCO E AÇÚCAR MASCAVO

Formicida natural: 50 litros de água, 10 kg de esterco fresco, 1 kg de melado ou

açúcar mascavo. Misturar bem os produtos, deixando fermentar por uma semana.

Coar com um pano e aplicar dentro do formigueiro na proporção de 1 litro para 10

litros de água, até inundar o formigueiro.

REFERÊNCIA:

PENTEADO, S.R. Controle natural de saúvas e formigas cortadeiras. 2008.

Disponível em: <http://viver-sustentavel.blogspot.com.br/2008/11/controle-natural-de-

savas-e-formigas.html> Acesso em 13 de dezembro de 2016.