Arcos

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A estudarmos a história da arquitetura, percebemos que a madeira e a pedra foram os primeiros materiais acessíveis ao Homem. Apesar das limita- ções da época, cada material apresentava seus benecios e suas restrições. A madeira, por exemplo, um material estecamente apreciado porém, de pouca resistência e durabilidade. As pedras, por sua vez, apresentavam a dificuldade de remoção e trabalho porém, de resistência e durabilidade apreciadas. Mesmo com restrições sicas e de recursos, o Homem passou a desen- volver técnicas para o melhor aproveitamento das caracteríscas apreciadas em cada material, principalmente da pedra. Esse aproveitamento foi iniciado com os etruscos a parr da confecção de arcos visando alcançar vãos maiores do que se conseguia com vigas retas. Essa técnica foi aperfeiçoada pelos romanos e são muito usados na constru- ção de pontes e viadutos. Os arcos podem vencer vãos de cerca de 300 me- tros e se forem metálicos podem chegar a 550 metros. Arcos Fig. 01: Arco ferradura carac- terísco da arquitetura de Sid Bou Said – Tunísia. TIPOS DE ARCOS NA ARQUITETURA Os arcos góco e ogival foram muito em- pregados nas aberturas das catedrais gó- cas (portas e janelas). Os arcos tudor, oto- mano, mourisco e ferradura foram uliza- dos nos vãos da arquitetura mourisca (sarracena). O arco ferradura é caracterís- co da arquitetura árabe na Espanha. Exis- tem muitos outros arcos como: arco angu- lar, truncado, poligonal, zig-zag, redondo, escarzano, elípco, peraltado, apontado, carpanel, deprimido côncavo, deprimido convexo, georgiano, ogival quebrado, agu- do, tudor espanhol, tudor inglês, flamígero, mullobado, angelado e florenno. ARCO ABATIDO Também chamado de arco asa de cesto, arco asa de balaio e arco sarapanel. ARCO AVIAJADO Também chamado de arco botante, arco botaréu e arcoesconso; é um arco que não tem os seus extremos ou pontos de nas- cença sobre a mesma linha horizontal. ARCO CAPAZ É o lugar geométrico dos pontos do plano do qual, um segmento é visto sob um mes- mo ângulo. Profª Me. Andressa Maria Cruz

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Page 1: Arcos

A estudarmos a história da arquitetura, percebemos que a madeira e a

pedra foram os primeiros materiais acessíveis ao Homem. Apesar das limita-

ções da época, cada material apresentava seus benefícios e suas restrições. A

madeira, por exemplo, um material esteticamente apreciado porém, de pouca

resistência e durabilidade. As pedras, por sua vez, apresentavam a dificuldade

de remoção e trabalho porém, de resistência e durabilidade apreciadas.

Mesmo com restrições físicas e de recursos, o Homem passou a desen-

volver técnicas para o melhor aproveitamento das características apreciadas

em cada material, principalmente da pedra.

Esse aproveitamento foi iniciado com os etruscos a partir da confecção

de arcos visando alcançar vãos maiores do que se conseguia com vigas retas.

Essa técnica foi aperfeiçoada pelos romanos e são muito usados na constru-

ção de pontes e viadutos. Os arcos podem vencer vãos de cerca de 300 me-

tros e se forem metálicos podem chegar a 550 metros.

Arcos

Fig. 01: Arco ferradura carac-

terístico da arquitetura de Sid

Bou Said – Tunísia.

TIPOS DE ARCOS NA ARQUITETURA

Os arcos gótico e ogival foram muito em-

pregados nas aberturas das catedrais góti-

cas (portas e janelas). Os arcos tudor, oto-

mano, mourisco e ferradura foram utiliza-

dos nos vãos da arquitetura mourisca

(sarracena). O arco ferradura é característi-

co da arquitetura árabe na Espanha. Exis-

tem muitos outros arcos como: arco angu-

lar, truncado, poligonal, zig-zag, redondo,

escarzano, elíptico, peraltado, apontado,

carpanel, deprimido côncavo, deprimido

convexo, georgiano, ogival quebrado, agu-

do, tudor espanhol, tudor inglês, flamígero,

multilobado, angelado e

florentino.

ARCO ABATIDO

Também chamado de arco asa de cesto,

arco asa de balaio e arco sarapanel.

ARCO AVIAJADO

Também chamado de arco botante, arco

botaréu e arcoesconso; é um arco que não

tem os seus extremos ou pontos de nas-

cença sobre a mesma linha horizontal.

ARCO CAPAZ

É o lugar geométrico dos pontos do plano

do qual, um segmento é visto sob um mes-

mo ângulo.

Profª Me. Andressa Maria Cruz

Page 2: Arcos

ARCO GÓTICO

Também chamado de Talão, pela

semelhança da moldura deste nome.

É um arco ogival constituído pela

concordância de quatro arcos de cir-

cunferência, portanto possui quatro

centros.

ARCO MOURISCO

Também chamado de arco árabe e

arco ferradura; é o arco cuja altura é

maior do que a metade do vão ou

abertura.

ARCO PARABÓLICO

É o arco que se parece com a pará-

bola ou com a catenária.

ARCO PLENO-CINTRO

Também chamado de arco romano;

é o arco em que a altura, flecha ou

raio é igual a metade do vão ou diâ-

metro.

ARCO TUDOR

Também chamado de arco gótico in-

glês. Originou-se no reinado de Henri-

que VII (1485 - 1509), o primeiro rei

da dinastia dos tudor. É um arco ogi-

val constituído pela concordância de

quatro arcos de circunferência: por-

tanto possui quatro centros.

ARCOS GEMINADOS

Arcos reunidos dois a dois por um

outro arco maior ou por coluna, ten-

do um capitel comum.

ARCO TRILOBADO

3 arcos compostos por circunferên-

cias secantes.

ARCO FERRADURA

Composto por dois arcos de círculo.

Para ver exemplo do arco, ver figura 01

na página anterior.

BIBLIOGRAFIA

BRAGA, Theodoro. Desenho Linear Geomé-

trico. São Paulo : Ícone. 13° ed. 230 p.

MELLO E CUNHA, G. N. de. Curso de Dese-

nho Geométrico e Elementar. São Paulo:

Livraria Francisco Alves, 460p, 1951.

RIVERA, Félix ; NEVES, Juarenze; GONÇAL-

VES, Dinei (1986). Traçados em Desenho

Geométrico. Rio Grande: editora da

É de fundamental importância que o aluno perceba o uso do Desenho

Geométrico e Descritivo na construção dos elementos arquitetônicos.

Page 3: Arcos

CONCORDÂNCIA

1° PRINCÍPIO: ARCO + RETA

Para concordar arco e uma reta é necessário que o centro e o raio do arco es-

tejam numa perpendicular a reta passando pelo seu ponto de concordância.

No exemplo abaixo considere o ponto C o ponto de concordância.

Exemplos:

1. Concorde um arco de circunferência com a semirreta Ax no ponto A, de

tal forma que ele contenha um ponto B qualquer não pertencente a se-

mirreta.

2. Concordar um arco de circunferência re raio dado r = 1,5 cm, com duas re-

tas que se cruzam a 120°.

3. Trace uma reta concordando com o arco de circunferência dado, no ponto T.

A x

B

O

T

Page 4: Arcos

CONCORDÂNCIA

2° PRINCÍPIO: ARCO + ARCO

Para concordar dois ou mais arcos, os centros, os raios e os pontos de concor-

dância devem estar sobre uma mesma reta.

No exemplo abaixo considere o ponto C o ponto de concordância.

Exemplos:

1. Concordar duas semirretas paralelas entre si de origens diferentes e

sentidos contrários, por meio de dois arcos iguais. Sabendo-se que os

pontos de concordância entre as semirretas e os arcos não se encon-

tram no mesmo alinhamento.

2. Concordar dois segmentos paralelos de medidas diferentes por meio de

duas curvas concordantes e de mesmo sentido. (também conhecido como

arco aviajado)

3. Concordar duas retas convergentes/divergentes por meio de dois arcos de cir-

cunferência concordantes entre si e de mesmo sentido. Dados r1 = 7mm; pontos

de concordância: A sobre a reta x e B sobre a reta y.

A x

B x

x

y

A

B