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Phyllanthus niruri (QUEBRA PEDRA)
e o tratamento de LITÍASE
Débora Apª Pacheco Gonçalves
Leticia Rafaela Santos Silveira
Marcela Duarte Caetano
Prof. Dr. Joaquim Maurício Duarte
10-12% da população sofrem de litíase urinária.
Formação dos cristais:
• Forças Químicas e Elétricas (processo de agregação);
• Endocitose e morte de células epiteliais (estímulo para o
crescimento de cristais).
INTRODUÇÃO
(BOIM, 2010) Fig.1: INSTITUTOCLINICS
PATOGÊNIA
• Genética;
• Fatores metabólicos;
• Doenças crônicas;
• Ambientais e alimentares.
Todos propiciam a cristalização de sais dentro dos
túbulos renais, mais retenção e crescimento para formar
uma pedra.
(BOIM, 2010)
TRATAMENTO
• Orientações dietéticas;
• Mudanças no estilo de vida;
• Medicamentos específicos.
Tratamentos fitoterápicos, podem complementar as
farmacoterapias:
Com menos gastos e talvez
menos efeitos colaterais.
(PUCCI, 2017; BOIM, 2010) Fig. 2: FARMACIAUNIVERSAL
TRATAMENTO
• Muitos estudos têm mostrado os efeitos benéficos do
P. niruri para inibir a formação de cálculos renais.
“Chá de quebra pedra” é
uma alternativa natural,
barata, fácil de obter e tem
baixa incidência de efeitos
adversos.
Fig. 3: SAUDE
(PUCCI, 2017)
DADOS BOTÂNICOS
• Nome Popular: Quebra Pedra, arrebenta pedra, fura
parede, saúde da mulher;
• Nome Científico: Phyllanthus niruri;
• Família: Euphorbiaceae;
• Farmacogêno: Material fresco ou seco proveniente das
folhas, partes aéreas ou planta inteira.
(BRASIL,2011; BOIM, 2010; MARQUES, 2010)
DESCRIÇÃO MACROSCÓPICAS
• Planta herbácea, glabra, com até 80 cm de altura, com
caules simples ou ramificados;
• Folhas alternas, dísticas, simples, membranáceas,
glabras, elípticas;
Face adaxial de cor verde e face abaxial
verde pálida.
(BRASIL, 2010)
DESCRIÇÃO MICROSCÓPICAS
• Caule: Em desenvolvimento secundário exibe epiderme
uniestratificada, com estômatos;
• Clorênquima: Formado por duas a quatro camadas de
células isodiamétricas e com grãos de amido;
• Floema: Constituído externamente por densos
agrupamentos de fibras de paredes muito espessas;
(BRASIL, 2010)
DESCRIÇÃO MICROSCÓPICAS
• Parênquima medular: Constituído por células isodiamétricas, de grande volume e muitos cristais romboédricos e drusas;
• Parênquima cortical: Mantém as mesmas características encontradas nos caules mais jovens;
• Parênquima paliçádico: Uniestratificado, apresentando idioblastos com cristais romboédricos de oxalato de cálcio;
• Parênquima esponjoso: É constituído por duas a três camadas de células de contornos irregulares;
(BRASIL, 2010)
DESCRIÇÃO MICROSCÓPICAS
• Sistema vascular: É do tipo colateral e formado por três
a seis raios;
• Folha: É hipoestomática. Os estômatos são do tipo
paracítico e, menos frequentemente, anomocítico;
• Epiderme: É uniestratificada em ambas as faces e
possui células fundamentais achatadas.
(BRASIL, 2010)
ILUSTRAÇÃO: (A) FOLHA, (B) CAULE (ESTÍPULA), (C)
FRUTO, (D) SEMENTE, (E) FACE ADAXIAL e
(F) FACE ABAXIAL.
(BRASIL, 2010)
Fig. 4: BRASIL
Phyllanthus niruri
Fig. 5: PLANTAMED
DADOS FITOQUÍMICOS De acordo com a literatura muitos dos componentes ativos aos quais a atividade biológica de P. niruri foi atribuída incluem:
• Alcalóides;
• Flavonóides;
• Lignanas;
• Triterpenos;
• Fenilpropanóides;
• Tanino;
• Polifenóis;
• Cumarinas;
• Saponinas;
• Lípidos;
• Eesteróis. (BAGALKOTKAR,2006; BRASIL,2011; BOIM, 2010; MARQUES, 2010)
DADOS FITOQUÍMICOS
Onde pode-se atribuir:
• Alcalóides
Relaxamento do músculo liso especialmente do trato urinário e biliar;
• Lignanas
Propriedades hepatoprotetoras e antivirais, e aumentam a excreção de ácido úrico;
• Flavonóides (Rutina)
Fortalece os capilares, sendo capaz de ajudar as pessoas que sofrem de arteriosclerose ou pressão alta;
(PUCCI, 2017)
• Terpenos (Limoneno)
Ações anti-carcinogênicas em modelos de tumores
hepáticos;
• Terpenos (Lupeol e derivados)
Inibem a citotoxicidade e a agregação do cristal de
CaC2O4 na urolitíase experimental, facilitando sua
excreção;
DADOS FITOQUÍMICOS
(PUCCI, 2017; BOIM, 2010)
• Efeitos diurético, hipotensivo e hipoglicêmico de P. niruri
foram documentados em um estudo em humanos;
• Atividade analgésica: atividade antinoceptiva potente e
duradoura demonstrada em diversos modelos de dor;
• Dentre as propriedades terapêuticas mais intrigantes
incluem anti-hepatotóxicos, anti-HIV e anti-hepatite B.
DADOS FARMACOLÓGICOS
(BAGALKOTKAR, 2006; MARQUES, 2010; BRASIL, 2011)
DADOS FARMACOLÓGICOS E ainda segundo a literatura P. niruri:
• Inibe a endocitose de CaC2O4, interferindo na formação de cálculos renais;
• Inibe o crescimento e agregação de CaC2O4, facilitando sua eliminação;
• Altera a morfologia e textura dos cálculos renais, facilitando sua eliminação;
• Aumentos nos níveis urinários de potássio e magnésio que alcalinizam a urina e, consequentemente, aumenta o citrato urinário, um potente inibidor da formação de cristais de cálcio.
(MARQUES, 2010)
CONTROLE DE QUALIDADE
OBJETIVO:
• Padronização do produto (fundamental para a eficácia da
terapia);
• Garantia da qualidade;
• Estabilidade das preparações.
(COLOMBO, 2009)
CONTROLE DE QUALIDADE
Controle Botânico;
Controle Físico-Químico.
• Como é feito?
Farmacopéias, RDC anvisa, monografias.
(BRASIL, 2010)
Identificação Botânica:
Analisar as descrições macro e microscópicas;
Características Organolépticas:
Droga inodora; sabor amargo no início da
mastigação, tornando-se suave posteriormente.
CONTROLE DE QUALIDADE
(BRASIL, 2010)
Controle Físico - Químico:
• ENSAIOS DE PUREZA:
Material estranho: Máximo 2,0%, correspondente às raízes.
Água: Máximo 9,5%.
Cinzas totais: Máximo 8,0%.
• PERFIL FITOQUÍMICO:
Reações de caracterização ou triagem fitoquímica, (o perfil fitoquímico varia de acordo com fatores extrínsecos);
CONTROLE DE QUALIDADE
(BRASIL, 2010)
• DOSEAMENTO:
A droga vegetal é constituída pelas partes aéreas
secas contendo, no mínimo, 9,0% de taninos totais e
0,12% de ácido gálico;
• CARACTERIZAÇÃO CROMATOGRAFICA:
A identificação da P. niruri pode ser realizada em
Cromatografia em camada delgada;
CONTROLE DE QUALIDADE
(BRASIL, 2010)
CONTROLE DE QUALIDADE
• EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO:
Em recipientes hermeticamente fechados, ao abrigo
da luz e do calor.
(BRASIL, 2010)
REAÇÕES ADVERSAS
• Nenhum relato na literatura consultada;
• Não há relatos na literatura do efeito tóxico agudo ou
crônico adverso, como efeitos renais, cardíacos,
hepáticos ou neurológicos, com o uso de P. niruri.
(BAGALKOTKAR, 2006; PUCCI, 2017)
• Ao contrário estudos em humanos, relataram a
normalização das enzimas hepáticas quando a planta foi
utilizada em pacientes com doença hepática crônica.
REAÇÕES ADVERSAS
(PUCCI, 2017)
INTERAÇÕES FARMACOLÓGICAS
• Não há relatos na literatura.
ADVERTÊNCIAS
• Não utilizar em gestantes e pessoas com problemas na
tireoide;
Observaram-se aumentos dos hormônios T3 e T4, bem
como alterações morfofisiológicas nos embriões.
(BRASIL, 2011; MARQUES, 2010)
TOXICIDADE
• Não demonstrou efeitos adversos clínicos ou bioquímicos
cardiovasculares, renais, hepáticos ou neurológico mesmo
em altas doses, com excelente tolerabilidade em
voluntários saudáveis;
• Estudos clínicos demonstraram que P. niruri não exibe
sintomas agudos ou crônicos toxicidade;
• Não houve efeitos colaterais ou relatórios de toxicidade de
muitos anos de pesquisa sobre esta erva;
(BAGALKOTKAR, 2006; BOIM, 2010; COLOMBO, 2009; MARQUES, 2010)
RELATO DE CASO Modelo de precipitação in vitro de
CaOx na urina humana
2 - (BOIM; HEILBERG; SCHOR, 2010)
Sem extrato Com extrato
• Formação de cristais de
oxalato de Cálcio.
• Após 24h, os cristais se
agomeraram.
• Formação de cristais de
oxalato de Cálcio,
PORÉM MENORES.
• Após 24h,
permaneceram
dispersos na urina
RELATO DE CASO
FIGURA 1: Microscopia de luz de cristais de CaOx formados imediatamente (0 h) e 24
horas após a adição de solução de oxalato de sódio em urina humana normal e
depois na ausência e presença de Phyllanthus niruri. X100 e X400.
2 - (BOIM; HEILBERG; SCHOR, 2010)
RELATO DE CASO
Os autores concluiu que Phyllanthus niruri não
diminuiu o número de cristais, mas induziu uma redução
acentuada tamanho de partícula e agregação de
cristais. (1,2,7)
1 – (BAGALKOTKAR, 2006)
2 - (BOIM; HEILBERG; SCHOR, 2010)
7 – (MARQUES,2010)
CONCLUSÃO
• O registro de um produto fitoterápico a base de “quebra-
pedra” pode ser considerado potencial nos termos da
legislação em vigor, a RDC 14;
• Phyllanthus niruri pode interferir em muitas etapas da
formação de cálculos, porém mais estudos clínicos de
longo prazo são necessários para definir ´sua eficácia e
segurança.
(BOIM, 2010; MARQUES, 2010)
REFERÊNCIAS
1- BAGALKOTKAR, G. et al. Phytochemicals from Phyllanthus niruri Linn. and their pharmacological properties: a review. Journal Of Pharmacy and Pharmacology, [s.l.], v. 58, n. 12, p.1559-1570, dez. 2006.
2- BOIM, M.A. et al. Phyllanthus niruri as a promising alternative treatment for nephrolithiasis. International Brazilian Journal of Urology, v.36, n.6, p.657-664, dez. 2010.
3- BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Formulário de Fitoterápicos Farmacopeia Brasileira. Brasília – Df: Anvisa, 2011. 126 p.
4- BRASIL. Farmacopeia Brasileira, volume 2 / Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Brasília: Anvisa, 2010. Disponível em: < http://www.anvisa.gov.br/hotsite/cd_farmacopeia/pdf/volume2.pdf > Acesso em: 03 mar. 2019.
5- COLOMBO, R. et al. Validated HPLC method for the standardization of Phyllanthus niruri (herb and commercial extracts) using corilagin as a phytochemical marker. Biomedical Chromatography, [s.l.], v. 23, n. 6, p.573-580, jun. 2009.
6- DUKE, J. A. et al. Handbook of Medicinal Herbs. 2. ed. Florida - N.W: CRC Press Llc, p.1929. 894.
REFERÊNCIAS
7- EBADI, M. PHARMACODYNAMIC BASIS OF HERBAL MEDICINE. 2. ed. Broken Sound Parkway Nw: Taylor & Francis Group, Llc, 2006. 762 p.
8- http://www.plantamed.com.br/plantaservas/especies/Phyllanthus_niruri.htm. Acesso em: 06 mar. 2019.
9- https://institutoclinics.com/litiase-renal-ou-pedra-nos-rins/litiase-renal. Acesso em: 06 mar. 2019.
10- http://www.farmaciauniversal.com.br/dicas/medicamento-fitoterapico. Acesso em: 06 mar. 2019.
REFERÊNCIAS
11- http://www.saude.com/2015/01/cha-para-os-rins.html.
Acesso em: 06 mar. 2019.
12- MARQUES,L.C. Phyllanthus niruri (Quebra-Pedra) no
Tratamento de Urolitíase: Proposta de Documentação para
Registro Simplificado como Fitoterápico. Revista Fitos, v.5,
n.3, set. 2010.
13- PUCCI, N. D. et al. Effect of Phyllanthus niruri on
metabolic parameters of patients with kidney stone: a
perspective for disease prevention. Original article, [s.l.],
v.44, n.4, p. 758-764, jul./ago. 2017.
REFERÊNCIAS