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Edson Castelo Branco Feitosa Júnior
Amarildo Menezes Gonzaga
Know Yourself in Biographical Letters
Proposta metodológica Methodological Proposal
Proposta metodológica Methodological Proposal
Know Yourself in Biographical Letters
CRÉDITOS
Autoria
Amarildo Menezes Gonzaga Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/2786554010520173
Edson Castelo Branco Feitosa Júnior Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/3790147803815015
Orientação
Amarildo Menezes Gonzaga
Diagramação e finalização
Luís Gabriel Leite Teixeira
Revisão
Edson Castelo Branco Feitosa Júnior
A reprodução deste material, na íntegra ou em parte, através de
quaisquer meios (digital, fotocópia, web, e outros), é expressamente
proibida sem permissão dos autores.
Manaus
2019
Edson Castelo Branco Feitosa Júnior
Amarildo Menezes Gonzaga
Proposta metodológica Methodological Proposal
Know Yourself in Biographical Letters
Este produto é originado a partir da dissertação intitulada “CARTAS BIOGRÁFICAS
EM PROCESSOS FORMATIVOS DE PROFESSORES: UMA PROPOSTA
METODOLÓGICA”, desenvolvido no Mestrado Profissional em Ensino Tecnológico
do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amazonas
DESCRIÇÃO TÉCNICA DO PRODUTO
Manaus-AM
Brasil, 2019.
Português Idioma
Nível de ensino a que
se destina o produto
Ensino Superior
Área de conhecimento Ensino
Público-alvo Professores em formação inicial e
continuada
Categoria deste produto Formação inicial e continuada de professores
Registro de produto Biblioteca Paulo Sarmento, IFAM, Campus
Manaus Centro.
Disponibilidade Irrestrita, mantendo-se o respeito à autoria
do produto, não sendo permitido o uso
comercial por terceiros.
Divulgação Impressa / digital (disponível em
www.Mpet.Ifam.Edu.Br)
Colaborar com a formação inicial e
continuada de professores
Finalidade
Instituição Financiadora Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado
do Amazonas (FAPEAM)
PREFÁCIO
Escrever tem sido um hábito corriqueiro no meio acadêmico, no
entanto ainda vemos a falta de uma escrita que permita conhecer mais de
si. Podemos até conhecermos tudo, mas tudo não seria possível se não
conhecermos a si mesmos. Estamos em constante processo de
aprendizado e sabermos de nós mesmos nunca será suficiente, portanto
nunca saberemos tudo. Mas tudo o que nos passa deixa marcas e
modifica-nos como pessoa e como profissional. Por este motivo a escrita
de cartas, como subsídio para o autoconhecimento, faz-se necessária
para nos direcionarmos e nos posicionarmos quanto àquilo que são as
nossas ações e atitudes frente aos problemas da vida, faz-nos
compreender o porque fazemos e porque somos. Dessa forma, a escrita
de cartas foi pensada e mesmo que se pense que as cartas estão distantes
do nosso cotidiano, elas estão mais presentes em nossas vidas o quanto
se queira. São nas cartas que nos expressamos nos experienciamos, nos
conhecemos. Não há uma carta no mundo que não seja vulnerável a
sentimentos e que não esteja imune a confidências, segredos, mistérios.
Pode não parecer, mas ainda continuamos nos comunicando escrevendo
cartas, através de nossos e-mails, nossas mensagens de WhatsApp,
Twitter e outros, mesmo que não sejam à moda antiga, mas não perdem
a essência de comunicar a si e aos outros. Enfim, continuamos
escrevendo cartas, mesmo se não nos dermos conta, continuamos
assumindo a condição de remetente, e os demais de destinatário, ou
vice-versa. Tudo porque existe a mensagem. Aquela que não deixa que
matemos nossos sentimentos e pensamentos.
PROLOGUE
Writing has been a common habit in academia, however we still see the
lack of a writing that allows us to know more about each other. We may even
know everything, but everything would not be possible if we did not know
ourselves. We are constantly learning and knowing ourselves will never be
enough, so we will never know everything. But everything that passes us
leaves marks and modifies us as a person and as a professional. For this
reason, the writing of letters as a subsidy for self-knowledge is necessary in
order to direct ourselves and position ourselves as to what our actions and
attitudes are toward the problems of life, it makes us understand why we do
and why we are. In this way, letter writing was thought and even if one thinks
that letters are far from our daily life, they are more present in our lives as
much as one wants. It is in the letters that we express ourselves in the
experiences, we know ourselves. There is no letter in the world that is not
vulnerable to feelings and is not immune to secrets, secrets, mysteries. It may
not seem like it, but we still keep on communicating by writing letters,
through our emails, our WhatsApp, Twitter, and other messages, even if they
are not the old fashioned way, but they do not lose the essence of
communicating to you and others. Anyway, we continue to write letters, even
if we do not realize it, we continue to assume the status of sender, and the
others as recipient, or vice versa. All because the message exists. The one
that does not let us kill our feelings and thoughts.
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO
A PROPOSTA METODOLÓGICA
AS ORIGENS DA PROPOSTA
CONHECER DE SI EM CARTAS BIOGRÁFICAS: ESTRUTURA
UM PLANEJAMENTO PARA A PROPOSTA
MOMENTO 1
MOMENTO 2
MOMENTO 3
MOMENTO 4
OS AUTORES
10
11
12
16
18
20
22
24
26
28
APRESENTAÇÃO
10
Este produto é fruto de um estudo que tem por objetivo motivar
professores em formação a conhecerem mais de si por meio de cartas
autobiográficas. Pensamos nesse produto como a possibilidade de
refletirmos sobre o contar-se de si, para o outro, um exercício de
atrevimento e dedicação pouco explorado e pouco valorizado nos
ambientes de formação. Julgamos relevante por permitir que os
professores busquem autenticidade ao olharem para dentro de si
mesmos, a fim de saberem quem são e socializarem com afins e outros,
no intuito de conhecerem ainda mais sobre quem são, a partir do que
dizem de que são.
As cartas são o pretexto para contarem de si, seja para si mesmos,
seja para os outros, como um mecanismo capaz de gerar
empoderamento e a capacidade de ampliar as suas zonas de conforto,
para que assim possam sentirem-se autônomos e enxergarem-se como
verdadeiros autores e protagonistas de suas próprias histórias. Nesse
sentido, propomos como alternativa metodológica a proposta Conhecer
de Si em Cartas Biográficas que foi vivenciada e avaliada por licenciandos
durante seu processo de formação inicial.
O principal objetivo da proposta Conhecer de Si em Cartas
Biográficas é contribuir com subsídios teórico-metodológicos referentes à
auto formação, tomando como referência a autobiografia, através do uso
de cartas, a fim de que professores exercitem o sentimento de
pertencimento quanto ao ser professor, considerando as dimensões
paradigmáticas básicas em um processo formativo, ou seja: dimensão
ontológica, epistemológica e metodológica. Essa proposta é estruturada
para a carga horária de 40 horas e seu público-alvo abrange professores
em efetivo exercício na docência.
A PROPOSTA METODOLÓGICA
11
Conhecer de Si em Cartas Biográficas trata-se de uma proposta
alternativa para processos formativos de professores em uma perspectiva
contínua. Tem como princípio a eficácia das vivências decorrentes de
troca de mensagens entre os participantes de um processo formativo
quando a relação remetente-destinatário é percebida e valorizada através
de cartas autobiográficas, cujo o conteúdo evidenciam as experiências
que foram adquiridas durante as vivências.
O ponto central da proposta incide em um Eixo Temático, que ganha
legitimidade através de uma Questão Central, a qual é delineada por
problematizações, que estão relacionadas a cada um dos momentos ou
sentidos diferenciados a ser dados aos desdobramentos no processo de
desconstrução e reconstrução das cartas, conforme a dinâmica
caracterizadora do processo. Para tanto, conhecimentos específicos são
eleitos para fundamentar as respostas para as problematizações, que
também terão contribuição de técnicas e estratégias de aplicação.
Ressaltando-se que todo o processo não foge de um padrão avaliativo
contínuo. Dessa forma pensamos na divisão dessa proposta metodológica
em quatro momentos, que correspondem às diferentes perspectivas do
autoconhecimento:
Primeiro Momento:
Elaboração de cartas conotativas, onde os
professores, na condição de remetentes,
expõem suas opiniões a respeito de uma
determinada questão.
Terceiro Momento:
Elaboração de texto mediador decorrente
do comparativo entre as cartas denotativas
dos autores destinatários com produções
de outros autores remetentes.
Quarto Momento:
Elaboração de cartas de intenções,
propondo possibilidades dialógicas
com futuros destinatários.
Segundo Momento:
Elaboração de cartas denotativas, em
que os professores assumem a
condição de autores-destinatários.
AS ORIGENS DA PROPOSTA
12
Partimos do princípio de que essa proposta formativa tem seu cunho
paradigmático, e ao falarmos de paradigma, nos remetemos a Esteban
(2010), que introduz este conceito no campo da pesquisa educacional que
abarca duas tendências de pesquisa: quantitativa e qualitativa. Sugere ser
um termo multifacetado de vaga definição. No exercício da escrita da
carta de cunho conotativo, os participantes na condição de remetentes
evidenciarão os seus paradigmas que comtemplarão os seus pontos de
vista ou modos de ver, analisar e interpretar, ao exporem suas
necessidades e expectativas a respeito da condição de professores
pesquisadores em formação. A respeito do aspecto científico do
paradigma, “um paradigma representa uma determinada maneira de
conceber e interpretar a realidade” além de que o paradigma “constitui
uma visão do mundo compartilhada por um grupo de pessoas e,
portanto, tem um caráter socializador” (ESTEBAN, 2010, p.28).
Para sustentar o sentido dessa proposta formativa, consideramos
partir da ideia de que o espaço da sala de aula é o lugar para descobertas
e um lugar fértil para criar, inovar e se reinventar como professor. Sendo
assim, contribui para que se busque alternativas para encarar a perspectiva
da racionalidade técnica, ainda muito presente naquele lugar, admitindo
outras possibilidades investigativas para estreitar os limites da realidade
que se pretende conhecer e que não é estática, mas sim dinâmica.
Ao se pensar em uma proposta formativa para professores a partir de
cartas autobiográficas, buscamos uma perspectiva da “Pesquisa em Sala
de Aula” por meio de cartas. Não deixa de ser um processo formativo
porque o professor passará a utilizá-la no seu contexto de trabalho,
contemplando a sua realidade, que é única, ao vivenciar o ato de ensinar.
Além disso, quanto à singularidade, nessa proposta formativa, está a
sua capacidade de estimular para a valorização e legitimação da
autonomia daquele que escreve, ampliando a sua zona de conforto, visto
que não agirá passivamente às teorias pré-estabelecidas, das quais muitas
vezes tornamo-nos reféns. Pelo contrário, essa natureza de proposta
formativa tende a evidenciar o protagonismo daquele que escreve e
revelando o assumir-se, na condição de autor, na sua própria autoria
13
Além disso, contribui para que um dos desdobramentos do exercício
da autoria é a escrita que é efetivada através dos registros que
possibilitarão o conhecer-se como professor em seus próprios textos a
partir do reconhecimento do seu estilo enquanto quem escreve. Dentre
outras possibilidades, a escrita tem o potencial formativo, visto que as
implicações da autoria revelam um redirecionamento para as questões do
ser professor que reflete a respeito de si próprio.
Outro detalhe interessante é que além do desvelamento do autor
que existe dentro de cada professor, essa proposta formativa contribui
também para que aquele se reconheça como um contador de histórias,
que assume a condição de remetente e que se preocupa com o outro,
para quem escreve, como destinatário, em uma condição singular.
Quando o professor escreve, percebe o outro, o seu destinatário,
atribuindo uma atenção diferenciada, pois escreve para ele mesmo, como
pretexto para atingir ao outro.
Nessa proposta formativa, as cartas são o mecanismo para atingir o
outro. Quem escreve, conta de si através de seus registros. Quando conto
a respeito de mim, não me prendo a uma bula, tratado metodológico
pré-definido, os procedimentos fluem, e o que registra vai se tornando
um oportunista, num bom sentido. Aquele que registra não se atém à
adjetivações do conhecimento que produz numa perspectiva científica.
Escrever é um exercício desafiador, pois lhe damos com o estranhamento
a desconfiança e a condição de errância contínuos e constantes para
quem escreve de si. A escrita de si faz com que o eu se descubra e
busque possibilidades de avanços. Quando avançamos, damos
oportunidades para que o outro se encoraje e avance. Ambos, o que
escreve e o que recebe a carta, se empoderam. Em suma, no registro de
si, aquele que conta exercita não somente o ato de pesquisar, mas a
atitude de investigar.
Quanto à base teórica da proposta, pode ser sustentada pelo fato
de a sala de aula ser o espaço onde o professor busca problematizar tudo
aquilo que demanda reflexão e ressignificação, minimizando as
dificuldades que o impedem de ser autônomo naquilo que se pretende
com suas aulas e resgatando a sua autoformação, visto que podemos
estruturar a formação, de acordo com as pesquisas acerca da pesquisa
educacional.
14
Para isso nos valemos de Esteban (2010), que afirma ser tantas as
verdades preestabelecidas, que qualquer mudança pode acarretar muita
resistência, desconfortos, questionamentos favoráveis e desfavoráveis à
inserção da proposta no currículo da disciplina. Para a autora, o
significado das coisas não emerge como uma descoberta, mas sim como
uma construção. É a partir das cartas que faremos essa construção do
conhecimento numa relação mútua de troca de experiências.
Considerando que a pesquisa em sala de aula compreende a
investigação de uma problemática, neste caso, com as cartas
autobiográficas, começamos a investigação a partir de nós mesmos.
Quanto a isso, nos deparamos com fatos antes nem percebidos e que
vem à tona num processo reflexivo e passa por um processo de
ressignificação para só assim concebermos como conhecimento.
Nesse sentido, o conhecimento de algo [...] é contingente a práticas
humanas, constrói-se a partir de interação entre os seres humanos e o
mundo, e se desenvolve e é transmitido [grifo da autora] em contextos
essencialmente sociais. O conhecimento se constrói por seres humanos
quando interagem com o mundo que interpretam (SANDIN ESTEBAN,
2010, p. 51).
Quanto ao fazer ciência, essa é a forma que defendemos, visto que
quando produzimos conhecimento, explicitamos uma teoria do
conhecimento e uma filosofia sem nos preocuparmos em fazer juízo de
algo, generalizar e estabelecer verdades, uma vez que, [...] há que se
pensar em outras formas de estabelecimento de critérios de validade da
ciência: não mais a experimentação empírica nem apenas o raciocínio
lógico; é preciso caminhar para formas mais coerentes, ampliadas,
adequadas à epistemologia da ciência contemporânea (GHEDIN;
FRANCO, 2008, p. 50).
15
[No entanto] o caráter de validade precisa estar presente,
oferecendo suporte de certeza máxima [grifo dos autores] do
conhecimento de acordo com as condições dadas e garantindo sua
universalidade subjetiva (GHEDIN; FRANCO, 2008, p. 50).
Nessa proposta formativa, que tem seu cunho investigativo,
acreditamos que o que emerge, para nós, pesquisadores, são fenômenos,
os quais devemos ser capazes de perceber, por meio de nossos sentidos,
no momento em que acontece, aguçando as nossas percepções. Portanto
a ciência a qual nos submetemos é a ciência dos sentidos. Não diferente
das investigações de perspectiva positivista a qual se utiliza formas de
relacionar o sujeito e o objeto para fins de enunciar uma visão de mundo.
Esta iniciativa formativa é um “adubo” em terreno fértil, de potencial
revelador, à medida que os participantes passam a se enxergarem parte
desse processo. Faz perceber que o conhecimento se constrói em
conjunto, na troca de experiências com os diversos paradigmas
estabelecidos por cada um. Traz a possibilidade de contestar um
conhecimento que se pensava ser finalizado. Permite conhecer e
reconhecer-se em meio a um mundo complexo e plural.
Isto posto, podemos considerar que vivenciamos um processo de
construção e desconstrução, até chegarmos à proposta formativa a
seguir, estruturada por um conjunto de procedimentos, a ser utilizada em
sala de aula, podendo ser adequada a qualquer disciplina, visto que a sua
estrutura, por ser flexível, abre essa possibilidade.
CONHECER DE SI EM CARTAS BIOGRÁFICAS: ESTRUTURA
16
A proposta se inicia com uma Questão Central que se apresenta
como o que inquieta aquele(s) que estão envolvidos no processo
investigativo, mesmo se forem consideradas as particularidades do que
advém do imaginário de todos, tende a ganhar uma unidade, conforme a
circunstância do que é vivenciado. Sendo assim, tratando-se de um
momento formativo, o fenômeno a ser problematizado e que tende a
gerar dialogicidade entre os diferentes, que se predispõem a buscar uma
unidade no processo de construção do conhecimento os que se
apresentam como diferentes, acaba levando a um processo de
sistematização que, por sua vez, ganha características possíveis de ser
percebidas e alcançadas por todos os envolvidos, dada a sua amplitude e
centralidade.
Nesse sentido surge a ideia de uma questão central, ou seja, uma
problematização cuja a problemática possa advir de um processo
coletivo, no qual todos possam assumir o protagonismo, nos diferentes
estágios e avanços durante a construção. A sugestão é de que seja
planejada, pelos organizadores, uma estratégia que possa facilitar a
elaboração da Questão Central.
Os Momentos correspondem às diferentes etapas de execução da
proposta metodológica. Dada a sua especificidade, cada um dos
momentos tende a encerrar-se em seu propósito, sendo um todo,
mesmo não deixando de ser uma das partes de um todo maior. Quatro
momentos dão evidência à estratégia:
Primeiro Momento:
Elaboração de cartas conotativas, onde os professores, na condição de
remetentes, expõem suas opiniões a respeito de uma determinada questão.
Terceiro Momento:
Elaboração de texto mediador decorrente do comparativo entre as cartas
denotativas dos autores destinatários com produções de outros autores
remetentes.
Quarto Momento:
Elaboração de cartas de intenções, propondo possibilidades dialógicas com
futuros destinatários.
Segundo Momento:
Elaboração de cartas denotativas, em que os professores assumem a
condição de autores-destinatários.
17
A Problematização dos momentos servirá de pretexto para a
legitimação do propósito de cada um dos momentos. A ideia é de que
cada problematização seja uma construção que atenda tanto a uma
especificidade da Questão Central, quanto à natureza/propósito do
momento.
De modo a promover sentido e para legitimar cada uma das
problematizações, Conhecimentos específicos serão necessários para
subsidiar a problematização dos momentos e devem ser
retroalimentadas, advindos de autores que discutem a respeito.
Serão utilizadas Técnicas durante a problematização de cada
momento, conforme sua respectiva problematização e objetivando-se a
eficácia na execução da proposta metodológica, serão eleitas e aplicadas
técnicas, que definirão com propriedade o “como fazer”. Cada técnica,
eleita pelo grupo, tende a ser descrita nos mínimos detalhes, para efeito
de esclarecimento quanto à sua execução.
Os Produtos Educacionais obtidos a partir das técnicas aplicadas
centrar-se-á em um processo de sistematização, conforme a escolha de
cada participante, podendo desde ser um paper, ou um vídeo educativo,
ou de um portifólio, ou de um webfólio, ou de um paper. Sendo assim,
tudo será possível de ser registrado, como pretexto para se justificar a
necessidade de se utilizar diferentes tipos de recursos para os registros,
dos mais simples ao mais complexo, conforme o interesse de cada
participante.
Os procedimentos para a legitimação do Processo Avaliativo
acontecerá continuamente, à medida que os diferentes estágios de
socialização de cada atividade forem sendo socializados.
Questão
central
Momentos Problematização Conhecimentos
específicos
Técnicas Produtos
educacionais
Processo
Avaliativo
UM PLANEJAMENTO PARA A PROPOSTA
18
19
Em um processo de formação inicial de professores, na execução
do Plano de Ensino da disciplina Pesquisa e Prática Pedagógica I,
que tipo de tratamento os licenciandos dão a reflexões sobre
situações de pesquisa em sala de aula, em uma estratégia
interventivo-investigativa alternativa?
A QUESTÃO CENTRAL
20
O primeiro momento consiste na elaboração de cartas de cunho
conotativo, através das quais os participantes, na condição de remetentes,
expõem suas necessidades e expectativas a respeito da condição de
professores pesquisadores em formação. Sugestão de 5 horas de
atividades que podem ser distribuídas ao longo da semana de execução
do momento 1.
PRIMEIRO MOMENTO
Que tipo de tratamento os participantes, na condição de
remetentes, dão as suas necessidades e expectativas quanto a condição
de professores pesquisadores em formação?
PROBLEMATIZAÇÃO
DESCRIÇÃO INICIAL
AVELAR, Alexandre de Sá; SCHMIDT, Benito Bisso (Orgs.). O que pode a
biografia. São Paulo (SP): Letra e Voz, 2018.
- Para além de uma ilusão: indivíduo, tempo e narrativa biográfica
- Autobiografia, gênero e escrita de si: nos bastidores da pesquisa
- A arte de contar histórias de vida sem biografia
MARTINS, Marília Frade. MAGNO, Cleide Maria Velasco. Investigando o
pensamento narrativo: uma experiência com cartas autobiográficas. VII
Congresso Internacional de Pesquisa (Auto) Biográfica. UFMT: Cuiabá, 17
a 20/07/2016, Anais VII CIPA – ISSN 2178-0676.
CONHECIMENTO
21
• Aula expositiva: através da qual os participantes terão a oportunidade
de conhecer os desdobramentos da dinâmica que será adotada em toda
sequência pedagógica.
• Roda de conversa: tem como finalidade fazer com que os temas
norteadores desse momento sejam esclarecidos, em suas diferentes
possibilidades.
• Mesa redonda: pretende esclarecer o sentido das cartas no processo
de reconhecimento da importância do sentimento de pertencimento da
autoria através de metodologias alternativas: a dinâmica das cartas.
• Oficina de elaboração das cartas conotativas: para a sistematização de
informações a respeito dos sentimentos, necessidades e expectativas a
respeito da condição de professores pesquisadores em formação. Ao
final da atividade será feita a plenária de socialização das cartas
conotativas.
Possibilidades de Recursos Investigativos:
• Diários de campo: através do qual deverão ser feitas as anotações das
situações vivenciadas no processo, das mais simples as mais inusitadas,
conforme o interesse participante.
• Câmeras fotográficas e smartphones: para registros de situações que
não foram capazes de ser captadas através das anotações feitas nos
diários de campo, a interesse e critérios preestabelecidos.
• Programas/aplicativos: utilizados para dar um tratamento quantitativo
e ou qualitativo às informações que foram registradas durante o percurso.
Assim como para incrementar os registros nos seus mínimos detalhes.
• Vídeos, filmes e demais recursos com animação: utilizados para dar
ainda mais consistência aos registros, com o intuito de gerar um grau
maior de confiabilidade a todos os leitores que consultarem os relatórios,
decorrentes dos registros feitos.
TÉCNICAS
ESTRATÉGIAS
22
Consiste na elaboração de cartas denotativas, em que os
participantes, antes autores remetentes, assumem a condição de autores-
destinatários. Este momento exige um tempo maior para execução, já que
os alunos passam a condição de autores-destinatários. Sugere-se para
este momento 10 horas que podem ser distribuídas ao longo da semana
de atividades disponibilizadas para a execução do momento 2.
SEGUNDO MOMENTO
Que cartas denotativas surgem dos participantes, ao assumirem a
condição de DESTINATÁRIOS, quando se posicionam a respeito de suas
produções, decorrentes de um momento em que assumiram a condição
de REMETENTES de textos?
PROBLEMATIZAÇÃO
DESCRIÇÃO INICIAL
OLIVEIRA, Bruna Ferreira. De licenciando a professor pesquisador: um ato
de observar e transformar. No prelo, 2018.
CORREA, Miria Carliane Imbiriba. A relação pesquisa e ensino na
formação de professores, No prelo, 2018.
SILVA, Luis Fhernando Mendonça da. Trajetória acadêmica de um
discente de Licenciatura, No prelo, 2018.
LOBO,Wyvirlany Valente. As contribuições da disciplina Pesquisa e Prática
Pedagógica I para a formação do professor pesquisador, no prelo, 2018.
SILVA, Jayana de Oliveira. A importância da postura de professor
pesquisador durante toda a carreira docente, no prelo, 2018.
CONHECIMENTO
• Estudo em pequenos grupos: apresentação dos autores das
produções. Socialização das produções dos autores. Formação de
pequenos grupos. Eleição de uma produção para cada grupo. Estudo das
produções, nos pequenos grupos. Socialização das sínteses das
produções estudadas.
• Oficina de Elaboração de cartas denotativas: para a sistematização de
informações a respeito do que os participantes, na condição de autores
remetentes, expõem o que pensam a respeito de suas produções,
decorrentes de um momento em que assumiram a condição de
REMETENTES de textos. Ao final da atividade será feita a plenária de
socialização das cartas denotativas.
TÉCNICAS
Possibilidades de Recursos Investigativos:
• Relato de experiência em formato de paper, sistematizado no formato
de um paper, demonstrando clareza, coerência e concisão no que tange
aos registros referentes a todo o processo.
• Portfólio, que funcionará como um suporte físico, em geral um dossiê,
onde serão inseridos trabalhos realizados no âmbito da disciplina. Deverá
refletir sobre o percurso ao longo do tempo, demonstrando uma
construção contínua, progressiva e dinâmica. Deixando evidente o
conteúdo que pode ser: melhorado; alterado; aumentado sempre que se
desejar.
• Webfólio: que pode funcionar como instrumento de avaliação, porque
oferece condições para o aluno revelar suas habilidades e competências
que não são facilmente observáveis através de outros meios de avaliação.
Também, através dele, fica evidente sua condição de recurso oferecido
pela tecnologia para o professor na observação de percursos em
constante revisão e avaliação do aluno no processo de aprendizagem.
Oferece várias formas de avaliação e proporciona uma visão geral das
atividades efetuadas pelos aluno.
• Vídeo educativo: deverá ser um material audiovisual, tudo aquilo que é
exibido em forma de documentário. É necessário ter em mente que o
vídeo educativo é uma ferramenta no processo educacional e, como
outra qualquer ferramenta, necessita que alguém a manuseie para que
consiga atingir seu objetivo.
ESTRATÉGIAS
23
24
Elaboração de texto mediador decorrente do comparativo entre as
cartas denotativas dos autores-destinatários com produções de outros
autores remetentes. Este momento exige um diálogo com outros autores.
Dessa forma, é sugerido 15 horas a serem distribuídas ao longo da semana
de realização do momento 3
TERCEIRO MOMENTO
Que similaridades e divergências são possíveis de ser encontradas
quando se estabelece um contraponto entre as cartas denotativas dos
autores-destinatários com produções de outros autores remetentes?
PROBLEMATIZAÇÃO
DESCRIÇÃO INICIAL
MORAES, Roque. LIMA, Valderez Marina do Rosário. Pesquisa em Sala de
Aula: tendências para a Educação em Novos Tempos. 3 ed. – Porto
Alegre: EDIPUCRS, 2012.
-O professor pesquisador
-Pesquisa em Sala de Aula: fundamentos e pressupostos
-Questionamento sistemático: alicerce na reconstrução do conhecimento
-Teoria e Fundamentação Teórica na Pesquisa em Sala de Aula
-Produção em Sala de Aula com Pesquisa
-Seguindo Pressupostos da Pesquisa na Aula Expositiva.
CONHECIMENTO
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• Estudo em pequenos grupos: apresentação dos autores das
produções. Socialização das produções dos autores. Formação de
pequenos grupos. Eleição de uma produção para cada grupo. Estudo das
produções, nos pequenos grupos. Socialização das sínteses das
produções estudadas.
• Oficina de Elaboração de cartas denotativas: para a sistematização de
informações a respeito do que os participantes, na condição de autores
remetentes, expõem o que pensam a respeito de suas produções,
decorrentes de um momento em que assumiram a condição de
REMETENTES de textos. Ao final da atividade será feita a plenária de
socialização das cartas denotativas.
Possibilidades de Recursos Investigativos:
• Diários de campo: através do qual deverão ser feitas as anotações das
situações vivenciadas no processo, das mais simples as mais inusitadas,
conforme o interesse participante.
• Câmeras fotográficas e smartphones: para registros de situações que
não foram capazes de ser captadas através das anotações feitas nos
diários de campo, a interesse e critérios preestabelecidos.
• Programas/aplicativos: utilizados para dar um tratamento quantitativo
e ou qualitativo às informações que foram registradas durante o percurso.
Assim como para incrementar os registros nos seus mínimos detalhes.
• Vídeos, filmes e demais recursos com animação: utilizados para dar
ainda mais consistência aos registros, com o intuito de garar um grau
maior de confiabilidade a todos os leitores que consultarem os relatórios,
decorrentes dos registros feitos.
TÉCNICAS
ESTRATÉGIAS
26
Elaboração de cartas de intenções, propondo possibilidades
dialógicas com futuros destinatários. Para este momento, é sugerido 10
horas, podendo ser distribuídas ao longo da semana de execução do
momento 4.
QUARTO MOMENTO
Como elaborar uma carta de intenções, para diálogos com futuros
destinatários, de forma que os remetentes sintam-se efetivamente
envolvidos pelo sentimento de pertencimento a sua condição de autores
de suas produções?
PROBLEMATIZAÇÃO
DESCRIÇÃO INICIAL
AVELAR, Alexandre de Sá; SCHMIDT, Benito Bisso (Orgs.). O que pode a
biografia. São Paulo (SP): Letra e Voz, 2018.
‐ O tratamento dado à narrativa na formação do professor pesquisador
‐ Biografia, biografados: uma janela para a história.
‐ Novos diálogos a partir da tríade carta de cunho conotativo – texto
medidador – carta de cunho denotativo.
CONHECIMENTO
• Oficina de elaboração de cartas de intenção.
• Os participantes fazem diferentes leituras sobre os temas abordados e
sintetizam seus posicionamentos a respeito. Apresentam as sínteses de
seus posicionamentos, na busca de similaridades e divergências a
respeito. Refazem as suas sínteses, conforme o que foi problematizado
durante a socialização.
• Após refazerem as suas sínteses, tomam posse de todas as cartas
elaboradas nos momentos anteriores e fazem uma releitura, pontuando
todos os aspectos significativos, principalmente os avanços quanto aos
processos de autoria identificados.
• De posse das reflexões feitas, e reconhecendo seus estilos e seu
próprio processo de autoria, os participantes elaboram sua carta de
intenções, para novos diálogos com futuros destinatários.
TÉCNICAS
Possibilidades de Recursos Investigativos:
• Seminário de socialização dos produtos educativos: os participantes,
em um momento coletivo, terão a oportunidade de apresentar os
resultados das suas produções aos demais, em um local de fácil acesso.
Esse evento deverá ser planejado coletivamente, com a contribuição e
participação de todos.
ESTRATÉGIAS
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Edson Castelo Branco Feitosa Júnior
Possui graduação em licenciatura em
Matemática pelo Centro Universitário Do
Norte (2015), graduando do curso de
Licenciatura em Física pelo Instituto
Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia do Amazonas, Pós graduado
no Ensino de Matemática e Física pela
FACIBRA - Faculdade de Ciências de
Wenceslau Braz (2016). Atualmente é
estudante do curso de Mestrado
Profissional em Ensino Tecnológico pelo
Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia do Amazonas - IFAM.
OS AUTORES
Amarildo Menezes Gonzaga
Doutor em Educação: Desenvolvimento
Curricular (Universidad de Valladolid,2002),
Mestre em Ciências Humanas (Universidade
Federal do Amazonas,1998), Especialista em
Metodologia do Ensino Superior
(Universidade Federal do Amazonas, 1995),
Licenciado em Letras (Universidade Federal
do Amazonas, 1990). Curso Adicional em
Estudos Sociais: Habilitação para 5ª e 6ª
séries no Colégio Batista de Parintins (1984).
Curso Técnico: Habilitação para o
Magistério 1ª a 4ª série do primeiro grau no
Colégio Nossa Senhora do Carmo -
Parintins (1980-1983). MInistrou aulas nas
Séries Iniciais, no Ensino Fundamental e no
Ensino Médio. Atualmente ministra aulas
em Cursos de Graduação,
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