Apresentação Representação nos Sonhos

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OS MEIOS DE REPRESENTAÇÕES NOS SONHOS Introdução: Freud diz que a construção, ou a elaboração de um sonho, destroem as conjunções que ligam as cadeias de idéias formadas no material do pensamento do sonho (conteúdo latente), e a restauração dos vínculos que o trabalho do sonho destruiu, cabem ao processo interpretativo, daí a importância de se entender os meios de representação dos sonhos, que por si só são incapazes de representar as

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OS MEIOS DE REPRESENTAÇÕES NOS SONHOS

Introdução:Freud diz que a construção, ou a elaboração de um

sonho, destroem as conjunções que ligam as cadeias de idéias formadas no material do pensamento do sonho (conteúdo latente), e a restauração dos vínculos que o trabalho do sonho destruiu, cabem ao processo interpretativo, daí a importância de se entender os meios de representação dos sonhos, que por si só são incapazes de representar as relações lógicas de si.

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•Relações casuais ou casualidade: para representar relações causais, os sonhos possuem dois procedimentos que são, em essência, os mesmos, ligados por uma idéia em comum.

Sonho introdutório e sonho principal: quando a idéia oculta que se deseja passar está dividida, porém ligada por esses dois tipos de sonhos, um completando e/ou afirmando a idéia oculta presente no outro.

EX: sonho da pagina 341.

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•Contrariedade: nesse processo Freud afirma que no sonho o “não” não parece existir. O sonho utiliza de um mesmo elemento para simbolizar idéias e sentidos opostos e contrários.

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•Relação de semelhança: conhecida como a relação de “tal como”, essa relação consiste em criar elementos paralelos onde os que já estão presentes não conseguem penetrar de forma clara no sonho em virtude da censura imposta pela resistência. Dentre as maneiras de representação dessa relação estão a identificação e a composição. A identificação é empregada quando se trata de pessoas, já a composição, embora também se aplique a pessoas, é empregada quando as coisas são o material de unificação.

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Identificação: na identificação apenas uma das pessoas ligadas por um elemento comum consegue ser representada no conteúdo manifesto, enquanto a segunda pessoa ou as demais pessoas parecem ser suprimidas dele, logo essa figura encobridora aparece no sonho em todas as relações e situações que se aplicam quer a ela, quer a figuras que ela encobre.

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Composição: quando a composição se estende a pessoas a imagem onírica ocorre da seguinte forma, uma junção de traços das determinadas pessoas, cuja aglutinação forma um novo elemento, uma nova imagem onírica irreconhecível para o sonhador. Mas essas manifestações dessas pessoas nessa nova imagem formada não se limitam a forma visual, mas também a nomes, gestos e comportamentos conhecidos pelo sonhador em estado de vigília. Freud explica que algumas vezes esse tipo de composição é malsucedida e quando isso ocorre a cena no sonho é atribuída a uma das pessoas em causa, e geralmente a pessoa menos importante, enquanto a outra ou as outras pessoas aparecem como coadjuvantes em primeira vista, e são essas ou essa pessoa exatamente a mais importante.

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Identificação e composição no caso de nomes próprios de localidades:nesse aspecto essas representações são mais fáceis de serem identificadas, já que não há interferência por parte do ego. Estes mecanismos se utilizam de imagens compostas entre si que identificam algum elemento “desejante comum” do sonhador. Combinando traços de ambas as imagens em uma nova imagem em um cenário que pode vir a parecer absurdo.

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•“Justamente o Inverso”: confunde-se a principio com a idéia da

contrariedade, mas diferencia-se no sentido de não simbolizar ambigüidade como faz a contrariedade, mas sim de inverter e contorcer um desejo recalcado. Está é muitas das vezes a melhor maneira de expressar a reação de ego a um fragmento desagradável da memória. Alem disso a inversão tem uma utilidade muito especial como auxilio a censura, produzindo uma distorção do material do sonho, quase o tornando incompreensível a interpretação. Identificar a inversão e distorção é um passo significativo para a interpretação do sonho.

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•Intensidade e nitidez dos elementos do sonho:

Freud explica que em um sonho quanto mais inteiro e/ou claro e intenso for um elemento, maior será o numero de cadeias de idéias e maior será a importância daquele elemento, sendo determinante sua representação e interpretação. Mas adverte dizendo que devido a censura do ego, invariavelmente estes elementos nunca são o centro de um conteúdo manifesto.

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ELABORAÇÃO SECUNDÁRIAAntes de discutirmos a respeito da real função da elaboração secundária. Precisamos frisar que, juntamente com todos os elementos citados nos meios de representação nos sonhos, se encontra também as experiências diurnas, que são experiências vividas durantes o dia ou semana que antecederam aquele sonho. Para exemplificar melhor, poderíamos citar o sonho narrado por Freud nas pags. 526 e 527. Perceba que a visão da noiva com aquela barba, era tão somente uma conversa que ele tivera com um amigo no dia anterior ao sonho, logo essa informação foi anexada à estrutura do sonho, que se for vista num todo fica desconexa e sem sentido, porém quando analisadas separadamente fica mais evidente e perceptível mais esse elemento na construção de um sonho. Freud observou que parte do material dos sonhos, são experiências vividas em estado de vigília.

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Mesmo com toda esta estrutura “conhecida como elaboração primária”, montada pelo inconsciente ela fica disforme e desconexa.

Dai a importância da elaboração secundária. Ela tem a função de preencher as lacunas da estrutura montada por esses elementos da elaboração primária, dando assim um sentido mais próximo do aceitável para a censura, então todo o processo fica revisado e se torna o conteúdo manifesto, que é o sonho.

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CONCLUSÃO

Como já relatamos no início, o processo de representação consiste na transformação dos pensamentos oníricos ou, conteúdo latente para imagens do conteúdo manifesto. Por essa atividade, um sonho aproxima duas manifestações de desejos diferentes através de imagens. Para o indivíduo que sonha, essas imagens aparecem de forma confusa, e, ao relatar o sonho, ele não sabe se de fato é essa ou aquela imagem que apareceu. É justamente ai que entra o papel fundamental da elaboração secundária que é a atividade que ordena, dá lógica e coerência ao conteúdo do sonho, de modo a apresentá-lo num todo aceitável e compreensível. Essa atividade escolhe, remodela e acrescenta algo ao conteúdo do sonho, sendo o efeito da censura.