Apresentação Febre amarela

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A HISTÓRIA DA FEBRE AMARELA Facilitadora: Mariana Nascimento Freire Enfermeira Curso de Medicina Tropical – 2015.2 Século XV ao XX

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A HISTÓRIA DA FEBRE AMARELA

Facilitadora: Mariana Nascimento FreireEnfermeiraCurso de Medicina Tropical – 2015.2

Século XV ao XX

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É uma doença infecciosa não contagiosa, causada

por um arbovírus do gênero Flavivirus , pertencente à

família Flaviridae.

As manifestações da doença são repentinas: febre

alta, calafrios, cansaço, dor de cabeça, dor muscular,

náuseas e vômitos por cerca de três dias.

FEBRE AMARELA

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Transmissão:

É Transmitida por mosquitos em áreas urbanas ou

silvestres, sua manifestação é idêntica em ambos os

casos de transmissão;

FEBRE AMARELA

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No ciclo silvestre, em áreas florestais, o vetor da febre

amarela é principalmente o mosquito Haemagogus.

Já no meio urbano, a transmissão se dá através do

mosquito Aedes aegypti (o mesmo da dengue).

FEBRE AMARELA

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História da Febre Amarela

Século XV

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Os séculos XV e XVI marcam o começo de um período histórico

chamado Idade Moderna, que se estende até o final do século XVIII.

O primeiro acontecimento significativo da Idade Moderna foram as

Grandes Navegações.

PANORAMA HISTÓRICO

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Em cerca de 2 meses após os espanhóis travarem

guerra contra os indígenas , na batalha de Vega real

ou Santo Serro .

Na ilha espanhola (Haiti), irrompeu uma epidemia de

Febre amarela.

PANORAMA HISTÓRICO1495

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História da Febre Amarela

Século XVII

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O Jesuíta Raymound Bréton foi o primeiro a se

referir á febre amarela com relativa precisão ;

Afirmou que a primeira epidemia ocorreu em 1635

entre os imigrantes franceses na ilha de Guadalupe,

conhecida como ‘’Coup de bare’’.

PANORAMA HISTÓRICO1635

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Em um Manuscrito Maia em Yucatan no México, foi

o primeiro relato de Febre amarela.

PANORAMA HISTÓRICO1648

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A primeira epidemia de Febre amarela no Brasil -

Ocorrência de febre amarela no Brasil – Recife ,

Olinda e outras cidades de PE;

PANORAMA HISTÓRICO1685

Page 12: Apresentação Febre amarela

Epidemia de Febre amarela na Bahia;

Houve relatos de sua presença ali até meados de

1692, período em que cerca de 25 mil pessoas

adoeceram e 900 morreram.

PANORAMA HISTÓRICO1686

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Visando controlar a primeira epidemia de que se tem notícia

em território brasileiro, foi posta em prática a primeira campanha

profilática no Novo Continente, elaborada por João Ferreira da

Rosa.

PANORAMA HISTÓRICO

1691

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Primeira Campanha sanitária, Recomendações para a execução das campanhas:

1)Limpeza das casas, ruas e praias;

2)Dos que morreram da doença dos males;

3)Do que se há de praticar nos navios que entram;

4)Sobre o reconhecimento das escravas e mais mulheres de

ambas estas povoações do Recife e Santo Antônio.

PANORAMA HISTÓRICO1691

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História da Febre Amarela

Século XVIII

Durante mais de um século não se encontram relatos sobre a infecção amarílica no Brasil, o que sugere o seu desaparecimento, pelo menos sob a forma epidêmica

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Nos séculos 17 e 18, houve várias expedições ao interior

do Brasil;

De 1750 a 1777, o Brasil sofreu uma grande

reestruturação promovida pelo Marquês de Pombal;

O final do século 18 foi marcado por movimentos de

independência em Minas Gerais e Bahia.

Revolução Francesa.

PANORAMA HISTÓRICO

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História da Febre Amarela

SÉCULO XIX

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Em setembro de 1849, irrompeu uma epidemia em Salvador,

atribuída à chegada de um navio americano ;

Período da propagação da doença no país: 1849 – 1861-

Invadindo primeiramente os portos marítimos, seguindo, com

raras exceções o caminho da navegação marítima.

PANORAMA HISTÓRICO1849

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Em fevereiro de 1850, a febre amarela se apossara da cidade

e das praias da região do RJ.

Segundo estimativa, atingiu 90.658 habitantes do Rio de

Janeiro, causando 4.160 mortes, de acordo com os dados

oficiais.

PANORAMA HISTÓRICO1850

Page 20: Apresentação Febre amarela

Regulamento Sanitário, o qual estabelecia normas para a

execução da segunda campanha contra a febre amarela

organizada no Brasil.

O êxito alcançado com a campanha motivou o governo a

organizar a defesa sanitária do país. Pela Lei nº 598, de 14 de

setembro de 1850, foi criada uma Comissão de Engenheiros.

PANORAMA HISTÓRICO1850

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História da Febre Amarela

SÉCULO XX

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Chegada da família real portuguesa, que fugia do conflito entre a

frança napoleônica e a inglaterra.

Campanha abolicionista que culmina na lei aúrea.

Fundação do partido republicano nacional após a guerra do

paraguai;

Decadência da monarquia brasileira;

Fim da mão-de-obra escrava e sua substituição por trabalho

assalariado.

PANORAMA HISTÓRICO

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Oswaldo Cruz, médico e sanitarista brasileiro, fundador da medicina

experimental no Brasil, nasceu em São Luís do Paraitinga (SP), em 5

de agosto de 1872. Seu nome completo era Oswaldo Gonçalves Cruz.

Aos 14 anos ingressou na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro.

Durante os seis anos em que freqüentou o curso, não demonstrou

grande interesse pela clínica, mas sentiu-se completamente fascinado

pelo mundo microscópico, que começava a ser revelado pelas

descobertas de Louis Pasteur, Robert Koch e outros investigadores.

Osvaldo Cruz

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Clinicou no Rio de Janeiro até meados de 1896, quando

viajou para a França. Em Paris, estagiou no Instituto Pasteur

e, em seguida, na Alemanha. Regressou ao Brasil em 1899,

quando foi designado para organizar o combate ao surto de

peste bubônica em Santos (SP) e em outras cidades

portuárias. Nomeado em 1902 para dirigir o Instituto

Soroterápico, atual Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Osvaldo Cruz

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Osvaldo Cruz assumiu o cargo de diretor técnico e

administrativo do instituto de Manguinhos.

PANORAMA HISTÓRICO

1902

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Osvaldo Cruz assumiu o cargo de diretor técnico e

administrativo do instituto de Manguinhos.

Foi nomeado Diretor Geral de Saúde Pública, que foi

criado o Serviço de Profilaxia da febre amarela.

No ano seguinte, criou-se o serviço de profilaxia da

Febre Amarela.

PANORAMA HISTÓRICO

1902

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Estrada de Ferro Madeira-Mamoré é uma ferrovia construída que foi

construída neste período para ligar Porto Velho a Guajará-Mirim, no

atual estado de Rondônia.

Ficou conhecida à época como a "Ferrovia do Diabo" devido às

milhares de mortes de trabalhadores ocorridas durante a sua construção

devido às doenças tropicais, como a Febre Amarela e a Malária,

complementar à lenda de que sob cada um de seus dormentes existia

um cadáver.

PANORAMA HISTÓRICO1907 e 1912

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PANORAMA HISTÓRICOEstrada de Ferro Madeira - Mamoré

Page 29: Apresentação Febre amarela

Osvaldo Cruz foi em convite da Companhia Estrada de ferro

Madeira Mamoré e da companhia Port. Of Pará para a região

amazônica, a fim de estudar as condições sanitárias e indicar

as medidas de saneamento necessárias para o saneamento

da região compreendida entre os Rios Madeira e Mamoré.

PANORAMA HISTÓRICO1910

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Ele nasceu na aldeia de Sanjogata e morava em uma fazenda muito

pobre. Quando tinha 2 anos de idade, Hideyo Noguchi sofreu um

acidente onde se queimou gravemente, especialmente seu corpo e

seu braço esquerdo. Em 1897 obteve seu diploma, após passar com

mérito em dois exames na Escola de Medicina de Tóquio. Depois

entrou no Instituto de Doenças Infecciosas, em Tóquio, então dirigido

pelo Professor Kitasato, descobridor dos organismos provocadores do

tétano e da pestilência.Noguchi foi um dos pesquisadores que

descobriram que o antídoto para picadas de cobra poderia ser

produzido a partir do próprio veneno da cobra, o soro antiofídico.

Hideyo Noguchi

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Em 1904, Hideyo Noguchi se mudou para Nova York, onde ganhou

até naturalização americana e concentrou suas pesquisas sobre a

sífilis, uma doença que não era bem compreendida na época.

Em 1927, fez uma grande descoberta onde comprovou que a febre

amarela se tratava de uma doença viral e não bacterial como antes

pensava.

E foi durante suas pesquisas sobre a febre Amarela, que ele acabou

contraindo a doença, que o levou à sua morte em 1928, na África, em

Accra, hoje chamada de Gana. Infelizmente, acabou sendo morto pelo

seu próprio “objeto de estudo”.

Hideyo Noguchi

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Hideyo Negushi identificou em Quaiaquil (Equador) o

Leptospira icteroides e anunciou ser a febre amarela uma

Lepstospirose, semelhante á doença de Weil, embora

transmitida pelo mosquito.

PANORAMA HISTÓRICO1918

Page 33: Apresentação Febre amarela

Já extintas as Comissões Sanitárias Federais, o governo

convidou a Divisão sanitária Internacional da Fundação Rockefeller

para vim estudar o problema da Febre amarela no Brasil,

especialmente no Nordeste.

O contrato foi renovado até dezembro de 1939 e graças á sua

rigorosa execução do combate ao Aedes Aegypti, é que foi possível

o êxito alcançado no combate a doença e a seu vetor humano.

.

PANORAMA HISTÓRICO1923

Page 34: Apresentação Febre amarela

P R O V Á V E L R O T A D A D I S S E M I N A Ç Ã O D A O N D A E P I Z O Ó T I C O -E P I D Ê M I C A D E F E B R E A M A R E L A N O B R A S I L – 1 9 3 2 -

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Médicos da Fundação Rockefeller, trabalhando com macacos,

descobriram que o agente causador da febre amarela é um

vírus.

Após a descoberta do agente infeccioso causal, os

pesquisadores passaram, então, a investir na produção de uma

vacina e, em 1937, a Fundação Rockefeller passou a produzir a

vacina contra febre amarela em larga escala.

PANORAMA HISTÓRICO1927

Page 36: Apresentação Febre amarela

Epidemia de Febre Amarela – no Rio de Janeiro.

Nessa ocasião, o modelo profilático oswaldiano repetiu-se com

sucesso, agora sob o comando de Clementino Fraga, Diretor-

Geral de Saúde Pública.

PANORAMA HISTÓRICO1928- 1929

Page 37: Apresentação Febre amarela

Os estudos preliminares sobre o uso do vírus 17 D na

vacinação humana foram feitos em membros da Fundação

Rockefeller, em Nova York.

PANORAMA HISTÓRICO1936

Page 38: Apresentação Febre amarela

Em janeiro de 1937, Dr. Smith trouxe para o Brasil, o vírus 17 D, para que fossem efetuadas vacinas.

Osvaldo cruz passou a preparar a vacina 17 D, que é a empregada no Brasil. Em junho deste ano, iniciou-se uma vacinação em larga escala em Varginha, com os melhores resultados, o que levou aos dirigentes da Febre amarela a estenderem a vacinação com o vírus 17 D a outros Estados.

PANORAMA HISTÓRICO1937

Page 39: Apresentação Febre amarela

A fundação Rockfeller em cooperação com o serviço Nacional

de febre amarela, escolheu uma região considerada livre de vírus

amarílico e onde pudesse realizar os estudos sobre a duração da

imunidade conferida pela vacina com o vírus 17 D – Pouso

alegre.

E o resultado final das provas revelou-se que 97,1% das

pessoas vacinadas possuíam anticorpos demonstráveis para o

vírus da febre amarela.

PANORAMA HISTÓRICO1940

Page 40: Apresentação Febre amarela

No XIV congresso internacional de história de medicina com

sede em Roma(Itália) ratificou que Carlos J. Finlay, de Cuba, é o

único e somente a ele corresponde o descobrimento do agente

transmissor da febre amarela e a aplicação de sua doutrina e

saneamento do trópico

PANORAMA HISTÓRICO1954

Page 41: Apresentação Febre amarela

Na comissão de peritos em Vacina contra Febre Amarela, a

OMS, reunida em genebra concluiu: Que devido á presença da

Febre amarela entre animais das selvas, o vírus não pode ser

erradicado, e as vacinações repetidas da população serão

necessárias por tempo indeterminado.

PANORAMA HISTÓRICO1957

Page 42: Apresentação Febre amarela

Neste ano outro vetor, o Aedes albopictus, foi identificado no Brasil, atingindo vários estados. Esse mosquito é considerado um vetor potencial da febre amarela silvestre.

PANORAMA HISTÓRICO1986

Page 43: Apresentação Febre amarela

COVER, Over Magazine. Osvaldo Cruz. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/jbpml/v38n2/a01v38n2.pdf>. Acesso em : 04 de setembro de 2015.FOCO, Japão em. História do cientista Hideyo Noguchi. Disponível em: < http://www.japaoemfoco.com/historia-do-cientista-hideyo-noguchi/>. Acesso em : 04 de setembro de 2015.FERREIRA, Karla Vanessa et al. Histórico da febre amarela no Brasil e a importância da vacinação antiamarílica, Arquivos Brasileiros de Ciências da Saúde, v.36, n.1, p. 40-47, Jan./Abr. 2011. Disponível em:<http://files.bvs.br/upload/S/1983- 2451/2011/v36n1/a1923.pdf>. Acesso em : 04 de setembro de 2015.FRANCO, Odair. História da Febre amarela no Brasil. Rio de Janeiro – Brasil, GB, 1969.MANGUINHOS, Bio. Febre amarela: sintomas, transmissão e prevenção. Disponível em: < https://www.bio.fiocruz.br/index.php/febre-amarela-sintomas-transmissao-e-prevencao >. Acesso em : 04 de setembro de 2015.

REFERÊNCIAS

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FERREIRA, Karla Vanessa et al. Histórico da febre amarela no Brasil e a importância da vacinação antiamarílica, Arquivos Brasileiros de Ciências da Saúde, v.36, n.1, p. 40-47, Jan./Abr. 2011. Disponível em:<http://files.bvs.br/upload/S/1983- 2451/2011/v36n1/a1923.pdf>. Acesso em : 04 de setembro de 2015.FRANCO, Odair. História da Febre amarela no Brasil. Rio de Janeiro – Brasil, GB, 1969.NOTÍCIAS, Agencia Fiocruz. Uma breve história da Febre Amarela, 2008. Disponível em: <http://www.agencia.fiocruz.br/uma-breve-hist%C3%B3ria-da-febre-amarela>. Acesso em : 04 de setembro de 2015.SAÚDE, Ministério da. Febre amarela. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/febreamarela/historico.php>. Acesso em : 04 de setembro de 2015.

REFERÊNCIAS

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Ninguém ignora tudo. Ninguém sabe tudo. Todos nós sabemos alguma coisa. Todos nós ignoramos alguma coisa. Por isso aprendemos sempre.

Paulo Freire