Apresentação ABNT NBR ISO 31000
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ABNT NBR ISO 31000 – Gestão de Riscos –
Princípios e Diretrizes
Norma Técnica
Documento estabelecido por consenso e aprovado por um organismo reconhecido, que fornece, para uso e comum e repe t i t i vo , r eg ras , d i r e t r i zes ou características para atividades ou seus resultados, visando à obtenção de um grau ótimo de ordenação em um dado contexto.
Consenso
Acordo geral, caracterizado pela ausência de oposição fundamentada a aspectos significativos por qualquer parte importante dos interesses envolvidos, através de um processo que busca levar em conta as posições de todas as partes interessadas e a conciliação das opiniões conflitantes.
Fundada em 1940; Organização Privada, sem fins lucrativos; Único Fórum Nacional de Normalização; Membro fundador da ISO, COPANT e AMN; Membro da IEC, Signatária do Código de Boas Práticas em Normalização.
A B N T
Níveis de normalização
ISO ITU IEC
AMN CEN ETSI CENELEC COPANT
PETROBRÁS
ABNT DIN VDE BSI
IEEE ASME NEMA ABTCP
EMPRESARIAL
NACIONAL
REGIONAL
INTERNACIONAL
ASSOCIATIVO
É o fórum mundial onde se busca o consenso na elaboração de normas internacionais, através da conciliação dos interesses dos fornecedores, consumidores, governo, comunidade científica e demais representantes da sociedade civil organizada.
O que é a ISO?
Organização Internacional para Normalização
Quem é a ISO?
• Federação Mundial de Organismos Nacionais de Normalização (ONN)
• Organização privada, sem fins lucrativos, fundada em 1947
• Seus membros são ONN de mais de 150 países
• Um único ONN membro por país (Entidade mais representativa da normalização no país)
www.iso.org
Comissões de Estudo
PRODUTOR
CONSUMIDOR
NEUTRO (Universidades,
Institutos de pesquisas, etc.)
Processo de Elaboração de Normas
PROGRAMA DE NORMALIZAÇÃO
CONSULTA NACIONAL
DEMANDA
ELABORAÇÃO DO PROJETO DE NORMA
ANÁLISE DE VOTOS
OK
NORMA SIM
NÃO
Breve Histórico da Gestão de Riscos
Antecedentes
• conceitos de risco, probabilidade, etc. foram sendo desenvolvidos e aperfeiçoados, desde o séc. XVII ("O medo do dano deveria ser proporcional, não apenas à gravidade do dano, mas também à probabilidade do evento." )
• em 1950 foi usado o termo “Gerente de Risco” (Risk Manager) na Harvard Business Review
Antecedentes O uso da gestão de riscos, avaliação de riscos, análise de riscos surgiu de maneira mais ou menos independente em diversas áreas:
Indústria Nuclear Seguros Indústria do Petróleo Segurança (safety) no Trabalho Segurança (security) Corporativa Sistema Financeiro Segurança (security) da Informação Segurança (safety) dos Produtos e Processos
Breve Histórico da Gestão de Riscos
Antecedentes Fatos passados e recentes deixam a SOCIEDADE cada vez mais preocupada e insegura
Seveso (Itália) – 1976 Bhopal (Índia) – 1984 Chernobyl (Ucrânia) – 1986 Exxon Valdez (EUA) – 1989 Mal da Vaca Louca (Europa) – 1992/1993/.... Baía da Guanabara (Brasil) – 2000 Eron (EUA) – 2001 11/09 (EUA) – 2001 Crise financeira mundial – 2008/.... Terremoto (Chile e Haiti) – 2010
Breve Histórico da Gestão de Riscos
Contexto Economia cada vez mais baseada em recursos tecnológicos. As empresas deixam de ser “salões de produção” para se
tornarem uma espécie de “cassino tecnológico”. Mercados e empresas cada vez mais volúveis e “voláteis”. Tomar decisões sem considerar os riscos envolvidos não é
viável – nem sensato.
Breve Histórico da Gestão de Riscos
“Quando investidores compram ações, cirurgiões realizam operações, engenheiros projetam pontes, empresários abrem seus negócios e políticos concorrem a cargos eletivos, o risco é um parceiro inevitável. Contudo, suas ações revelam que o risco não precisa ser hoje tão temido: administrá-lo tornou-se sinônimo de desafio e oportunidade”. (Bernstein, P.)
Risco
O termo risco é proveniente da palavra risicu ou riscu, em latim, que significa ousar.
Mudança (evolução ??) do Conceito de Risco o Incerteza mensurável – Universidade de Chicago (1921)
o Combinação da probabilidade de ocorrência de um dano e severidade deste dano – ISO/IEC Guide 51:1999
o Combinação da probabilidade de um evento e da sua conseqüência – ABNT NBR ISO Guia 73:2002
o Mudança de alguma coisa que terá impacto nos objetivos – AS/NZS 4360:2004
Risco
RESOLUÇÃO 3.380 (29 de junho de 2006) – Banco Central – Dispõe sobre a implementação de estrutura de gerenciamento do risco operacional.
Determina que as instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar implementem uma estrutura de gerenciamento do risco operacional.
Indica que a estrutura deve ser compatível com a natureza e a complexidade dos produtos, serviços, atividades, processos e sistemas da instituição.
Define como risco operacional a possibilidade de ocorrência de perdas resultantes de falha, deficiência ou inadequação de processos internos, pessoas e sistemas, ou de eventos externos.
Define a necessidade de uma Política de Gerenciamento do Risco Operacional.
Define a estrutura mínima para o gerenciamento do risco operacional.
Gestão de Riscos regulamentada
Lei Sarbanes-Oxley – EUA/2002 (SOX) – seção 404 regular controles internos e garantir a eficácia na gestão dos riscos
corporativos, sejam eles inerentes ou não a atividade fim das empresas.
o AS/NZS4360 95/99/04 – Austrália o FERMA: 2004 – Europa o COSO 2 (ERM): 2004 – Estados Unidos
o JIS Q: 2001 – Japão o CAN/CSAQ850: 1997 – Canadá o ONR 49000: 2008 – Áustria (Alemanha/Suíça) o BS 6079-3 – Reino Unido o BSI PAS 56:2003 – Reino Unido o AIRMIC, ALARM, IRM:2002 – Reino Unido
Breve Histórico da Norma ABNT NBR ISO 31000
Primeiros documentos na ISO/IEC
o ISO/IEC Guide 51 – Safety aspects – Guidelines for their inclusion in standards (1999)
o IEC 62198 Project Risk Management – Application guidelines (2001)
o ISO/IEC Guide 73 Risk management – vocabulary – guidelines for use in standards (2002)
Breve Histórico da Norma ABNT NBR ISO 31000
Junho 2004: solicitação de fast track da norma AS/NZS 4360 – recusada
Março 2005: solicitação da proposta de elaboração da norma – Japão
Junho 2005: aceitação da proposta de elaboração da norma
Setembro 2005: decisão por uma norma de Princípios e Diretrizes
Fevereiro 2006, Setembro 2006, Maio 2007, Dezembro 2007: Elaboração
Abril 2008: Redação DIS e enquete
Dezembro 2008: FDIS e votação da comissão
Outubro 2009: Votação dos membros e publicação
Breve Histórico da Norma ABNT NBR ISO 31000
Características
Princípios e Diretrizes genéricas
NÃO é específica para qualquer indústria ou setor
NÃO pretende promover a uniformidade da gestão de riscos
NÃO é destinada para fins de certificação
Características
ABNT NBR ISO 31000
Harmonizar os processos de gestão de riscos tanto em normas técnicas atuais como em futuras,
fornecendo uma abordagem comum para apoiar normas técnicas que tratem de riscos e/ou setores
específicos, e não substituí-las.
ABNT NBR ISO 31000
Normas “com risco”
Identificar
Analisar
Avaliar
Tratar
Monitorar
Analisar criticamente
Ciclo da Gestão de riscos
Riscos
Benefícios da gestão de riscos
Redução das surpresas
Aumentar a resiliência da organização
Melhoria do planejamento, desempenho e
eficácia
Atender aos documentos normativos
Melhoria das informações para a tomada de decisão
Melhorar a governança corporativa
Economia e eficiência
Melhorar a prevenção de
perdas
Melhoria das relações com as
partes interessadas
Aproveitamento das oportunidades
A norma ABNT NBR ISO 31000
Prefácio Nacional Introdução 1 Escopo 2 Termos e definições 3 Princípios 4 Estrutura 5 Processo Anexo A (infomativo) Atributos de uma gestão de riscos avançada
Princípios, Estrutura e Processo
Termos e Definições (Seção 2)
Termos e Definições
2.1 – 2.2 . . . . . . . . . . . . . . . . 2.28 – 2.29
Princípios
3
Estrutura
4.4.1 4.3.5
4.6
4.3.6
4.3.2 4.2 4.3.1
5.7
4.3.3 4.3.4
4.3.7
4.5
5.6
4.4.2
Processo
5.2 5.3.2 5.3.3 5.3.4 5.3.5 5.4.2 5.4.3 5.4.4 5.5.2 5.5.3
5.2 5.3.2 5.3.3 5.3.4 5.3.5 5.4.2 5.4.3 5.4.4 5.5.2 5.5.3
Princípios, Estrutura e Processo
4.4.1 4.3.5
4.6
4.3.6
4.3.2 4.2 4.3.1
5.7
4.3.3 4.3.4
4.3.7
4.5
5.6
4.4.2
3
2.1 – 2.2 . . . . . . . . . . . . . . . 2.28 – 2.29
Termos e Definições (ABNT NBR ISO 31000:2009)
Avaliação de risco Análise de risco Fonte de risco Critério de risco Perfil de risco Evento Conseqüência Probabilidade
Risco Gestão de riscos Plano de gestão de risco Processo da gestão de riscos Contexto interno Contexto externo Identificação de risco Tratamento de risco
+Termos e Definições (ABNT NBR ISO Guia 73:2009)
Perigo fonte de potencial dano Nota - O perigo pode ser uma fonte de risco
Descrição dos riscos declaração estruturada de riscos, contendo normalmente quatro elementos: fontes, eventos, causas e conseqüências
Exposição grau em que uma organização e/ou parte interessada está sujeita a um evento
++Termos e Definições (ABNT NBR ISO Guia 73:2009)
Freqüência número de eventos ou resultados por unidade de tempo definida NOTA - Freqüência pode ser aplicada a eventos passados ou a potenciais eventos futuros, onde eles podem ser usados como uma medida de probabilidade
Vulnerabilidade propriedades intrínsecas de algo resultando em suscetibilidade a uma fonte de risco que pode levar a um evento com uma conseqüência
Matriz de risco ferramenta para classificar e apresentar riscos definindo faixas para conseqüência e probabilidade
+++Termos e Definições (ISO Guia 51:1999)
Segurança ausência de riscos inaceitáveis
Dano prejuízo físico ou dano à saúde das pessoas, ou dano à propriedade ou dano ao ambiente.
Uso esperado uso de um produto, processo ou serviço de acordo com as informações disponibilizadas pelo fornecedor Uso indevido previsível uso de um produto, processo ou serviço, em desacordo com o fornecedor, porém resultante de um comportamento humano previsível.
Outros Termos e Definições
Responsabilização (do inglês “accountability”) condição de responsabilidade por decisões e atividades e prestação de contas destas decisões e atividades aos órgãos de governança de uma organização e, de modo mais amplo, às partes interessadas da organização (adaptado da ABNT NBR ISO 26000). Aspecto Elemento das atividades ou produtos e serviços de uma organização. (Por exemplo: aspecto ambiental do processo de lavagem de carros; aspecto da responsabilidade social da implantação de uma nova indústria.) Impacto Qualquer modificação, adversa ou benéfica, nas relações, processos, atividades, produtos e serviços de uma organização, resultante de um aspecto.
A gestão de riscos....
Base da Gestão de Riscos
....envolve tanto ameaças quanto oportunidades
....requer uma reflexão aprofundada
....requer olhar para frente
....requer responsabilidade na tomada de decisões
....requer comunicação
....requer um raciocínio equilibrado
Processo de Gestão de Risco
Processo de Gestão de Risco
Parte integrante da gestão
Incorporado na cultura e nas práticas
Adaptado aos processos de negócios
Estrutura para gerenciar riscos
Estrutura para Gestão de Riscos
Estrutura para Gestão de Riscos
Não pretende prescrever um sistema de gestão
Auxiliar a organização a integrar a gestão de
riscos em seu sistema de gestão
Estrutura para Gestão de Riscos
Antes de tudo…..estabelecer o CONTEXTO para entender a organização
Contexto externo
Contexto Externo
ambientes cultural, social, político, legal, regulatório, financeiro, tecnológico, econômico, natural e competitivo, quer seja internacional, nacional, regional ou local
fatores–chave e tendências que tenham impacto sobre os objetivos da organização
relações com partes interessadas externas e suas percepções e valores
Contexto Interno
governança, estrutura organizacional, funções e responsabilidades
políticas, objetivos e estratégias implementadas para atingi-los
capacidades, entendidas em termos de recursos e conhecimento
sistemas de informação, fluxos de informação e processos de tomada de decisão (formais e informais)
etc.
Partes Interessadas
Acionistas Órgãos reguladores Colaboradores Sindicatos Famílias dos colaboradores Usuários Fornecedores Mídia etc.
Mandato e comprometimento
Comprometimento forte e sustentado a ser assumido pela alta administração
definir e aprovar a política de gestão de riscos;
assegurar que a cultura da organização e a política de gestão de riscos estejam alinhadas;
definir indicadores de desempenho para a gestão de riscos que estejam alinhados com os indicadores de desempenho da organização;
alinhar os objetivos da gestão de riscos com os objetivos e estratégias da organização;
Mandato e comprometimento
assegurar a conformidade legal e regulatória;
atribuir responsabilidades nos níveis apropriados dentro da organização;
assegurar que os recursos necessários sejam alocados para a gestão de riscos;
comunicar os benefícios da gestão de riscos a todas as partes interessadas; e
assegurar que a estrutura para gerenciar riscos continue a ser apropriada.
Política de Gestão de Riscos
É importante que a Política fale sobre:
a justificativa da organização para gerenciar riscos as ligações entre os objetivos e políticas da organização
com a política de gestão de riscos as responsabilidades para gerenciar riscos a forma com que são tratados conflitos de interesses o comprometimento de tornar disponíveis os recursos
necessários a forma com que o desempenho da gestão de riscos será
medido e reportado o comprometimento de analisar criticamente e melhorar
periodicamente a política e a estrutura da gestão de riscos em resposta a um evento ou mudança nas circunstâncias
Política de gestão de risco Na Novo Nordisk faremos a gestão do risco de forma a permitir o crescimento contínuo do nosso negócio e a proteger os nossos colaboradores, bens, lucros e reputação contra perdas materiais. Isto significa que iremos: • Identificar e estabelecer os riscos materiais associados ao negócio; • Monitorizar e atenuar os riscos, de forma a maximizar os benefícios de negócio; • Utilizar uma gestão de risco comum, sistemática e integrada, enquanto é mantida uma flexibilidade de negócio.
Exemplos de Políticas (?)
Política de Gestão de Riscos Corporativos Para a RGE, o gerenciamento de riscos é uma responsabilidade de todos os colaboradores, que devem assegurar controles internos adequados para o monitoramento dos riscos dos processos e comunicar, sistemática e formalmente, fatos que possam afetar negativamente os resultados da Empresa.
Exemplos de Políticas (?)
Responsabilização
identificar os proprietários dos riscos que têm a responsabilidade e a autoridade para gerenciar riscos;
identificar os responsáveis pelo desenvolvimento, implementação e manutenção da estrutura para gerenciar riscos;
identificar outras responsabilidades das pessoas, em todos os níveis da organização no processo de gestão de riscos;
estabelecer medição de desempenho e processos de reporte internos ou externos e relação com os devidos escalões; e
assegurar níveis apropriados de reconhecimento.
o gestão de riscos incorporada em todas as práticas e processos da organização
o gestão de riscos parte integrante desses processos organizacionais
Integração nos processos organizacionais
Alocar recursos apropriados para a gestão de riscos:
o pessoas, habilidades, experiências e competências
o recursos necessários para o processo
o processos, métodos e ferramentas o processos e procedimentos documentados
o sistemas de gestão da informação e do conhecimento
o programas de treinamento
Recursos
A comunicação e a consulta devem facilitar a troca de informações
verdadeiras, pertinentes, exatas e compreensíveis, levando em consideração os aspectos de
confidencialidade e integridade das pessoas.
Comunicação e consulta
Comunicação e consulta OBJETIVOS
auxiliar a estabelecer o contexto apropriadamente;
assegurar que os interesses das partes interessadas sejam compreendidos e considerados;
auxiliar a assegurar que os riscos sejam identificados adequadamente;
reunir diferentes áreas de especialização em conjunto para análise dos riscos;
assegurar que diferentes pontos de vista sejam devidamente considerados quando da definição dos critérios de risco e na avaliação dos riscos;
garantir o aval e o apoio para um plano de tratamento;
aprimorar a gestão de mudanças.
Convém que a comunicação e a consulta às partes interessadas internas e externas
aconteçam durante todas as fases do processo de gestão de riscos.
Comunicação e consulta
PLANO DE COMUNICAÇÃO e CONSULTA interno e externo
Plano de Comunicação e Consulta
Elementos essenciais O que? Para quem? Como? Quando?
Monitoramento, análise crítica e melhoria contínua da estrutura
Use indicadores e faça analises críticas periodicamente: o o desempenho o o progresso obtido o os desvios o a política, o plano e a estrutura da gestão de riscos
ainda são apropriados? o a eficácia da estrutura da gestão de riscos o reporte sobre os riscos, sobre o progresso do plano
de gestão de riscos e como a política de gestão de riscos está sendo seguida
Estrutura para gerenciar riscos Fo
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das metas e objetivos das atividades de gestão de riscos;
das responsabilidades pelo processo e dentro da gestão de riscos;
do escopo, bem como da profundidade e da amplitude das atividades da gestão de riscos a serem realizadas, englobando inclusões e exclusões específicas;
da atividade, processo, função, projeto, produto, serviço ou ativo em termos de tempo e localização;
das relações entre um projeto, processo ou atividade específicos e outros projetos, processos ou atividades da organização;
Contexto do Processo de Gestão de Riscos
das metodologias de processo de avaliação de riscos;
da forma como são avaliados o desempenho e a eficácia na gestão dos riscos;
identificação e especificação das decisões que têm que ser tomadas; e
identificação, definição ou elaboração dos estudos necessários, de sua extensão e objetivos, e dos recursos requeridos para tais estudos.
Contexto do Processo de Gestão de Riscos (cont.)
apetite de risco da organização (reflete os valores, objetivos e recursos da organização);
impostos ou derivados dos requisitos legais e regulatórios (por exemplo, Normas Regulamentadoras do MTE);
requisitos contratuais (oriundos de clientes, seguros, etc.)
critérios geralmente aceitos no setor (por exemplo, critérios de segurança para Turismo de Aventura);
Critérios de riscos
Aspectos a serem considerados: a natureza e os tipos de causas e de conseqüências que podem ocorrer e como elas serão medidas;
como a probabilidade será definida;
a evolução no tempo da probabilidade e/ou conseqüência(s);
como o nível de risco deve ser determinado;
os pontos de vista das partes interessadas;
o nível em que o risco se torna aceitável ou tolerável.
Critérios de riscos
Processo de Avaliação de Riscos
Estabelecer contexto
Tratar riscos
Identificar riscos
Analisar riscos
Avaliar riscos
Causas
Identificação de riscos
Eventos Conseqüências
A identificação abrangente é crítica, pois um risco que não é identificado nesta fase não será
incluído em análises posteriores
Além de identificar o que pode acontecer, é necessário considerar possíveis causas e cenários que mostrem quais conseqüências podem ocorrer.
Identificação de riscos
Perguntas a fazer
quais seriam os efeitos nos objetivos? quando, onde, por quê, qual a probabilidade desses riscos ocorrerem? quem/o quê poderia sofrer o impacto? quais os controles existentes para tratar esse risco? o que fazer se o controle não é eficiente?
Identificação de riscos
Após o processo…
qual é a confiabilidade das informações? a lista de riscos é abrangente? há necessidade de pesquisa adicional sobre riscos específicos? os objetivos e o escopo foram abrangidos de forma adequada? a identificação de riscos envolveu as pessoas certas?
Fontes para a Identificação de Riscos
experiência local ou internacional; opinião de um perito. discussões dirigidas em grupo. relatórios pós-eventos. experiência pessoal. resultados de auditorias. registros históricos. dados de incidentes e acidentes. etc.
Análise de riscos
A análise de riscos envolve a apreciação das causas e das fontes de risco, suas
conseqüências positivas e negativas, e a probabilidade de que essas
conseqüências possam ocorrer.
Análise de riscos
Convém que:
os fatores que afetam as conseqüências e a probabilidade sejam identificados.
o risco seja analisado determinando–se as conseqüências e sua probabilidade (um evento pode ter várias conseqüências e pode afetar vários objetivos)
os controles existentes e sua eficácia e eficiência também sejam levados em consideração.
Análise de riscos
A análise de riscos pode ser realizada com diversos graus de detalhe, dependendo do risco, da finalidade da análise e das informações, dados e recursos disponíveis.
A análise pode ser qualitativa, semi-quantitativa ou quantitativa, ou uma combinação destas.
As conseqüências e suas probabilidades podem ser determinadas por modelagem dos resultados de um evento ou conjunto de eventos, ou por extrapolação a partir de estudos experimentais ou a partir dos dados disponíveis.
As conseqüências podem ser expressas em termos de impactos tangíveis e intangíveis.
Análise de riscos
O nível de risco dependerá da adequação e eficácia dos controles existentes.
Questões a serem abordadas o Quais são os controles existentes a um risco particular? o Os controles são capazes de tratar adequadamente o risco para que ele seja controlado a um nível que é tolerável?
o Na prática, os controles funcionam da forma pretendida e suas eficácias podem ser demonstradas quando necessário?
Avaliação dos Controles Existentes
Análise de riscos
O nível de eficácia de um controle particular, ou conjunto de controles relacionados, pode ser qualitativo, quantitativo ou semi-quantitativo. Na maioria dos casos, um elevado nível deexatidão não é garantido. No entanto, definir e registrar uma medida de eficácia do controle de risco para que as decisões possam ser feitas:
É melhor o esforço despendido na manutenção/melhoria de um controle ou em um tratamento de risco?
Avaliação dos Controles Existentes
Levar em consideração todos os controles existentes para tratar as conseqüências.
Considerar as conseqüências imediatas e aquelas que podem surgir depois de um certo tempo.
Considerar as conseqüências secundárias, como a repercussão em outros processos, atividades, sistemas e organizações.
Avaliação das Conseqüências
Análise de riscos
Avaliação de riscos
A avaliação de riscos envolve comparar o nível de risco encontrado durante o processo de análise com os critérios de risco estabelecidos quando o contexto foi considerado. Com base nesta comparação, a necessidade do tratamento pode ser considerada.
Escala qualitativa de conseqüências - risco negativo
Índice Descritor Descrição
1 Insignificante Sem perda financeira.
2 Baixa Pequena perda financeira.
3 Moderada Perda financeira significativa.
4 Alta Grande perda financeira.
5 Catastrófica Perda financeira irreparável.
Critérios para Avaliação de Riscos - exemplo
Escala qualitativa de conseqüências - risco positivo
Índice Descritor Descrição
1 Insignificante Poucos benefícios à imagem da organização
2 Baixa Melhoria pequena na imagem da organização
3 Moderada Alguma melhoria na imagem da organização
4 Alta Melhoria na imagem da organização
5 Excelente Melhoria significativa na imagem da organização
Critérios para Avaliação de Riscos - exemplo
Critérios para Avaliação de Riscos - exemplo
Classificação das Conseqüências
Redução dos Lucros Segurança Meio ambiente Sociocultural Reputação Legal
DESCRITORES
5 > US$ 10M Dano ambiental
muito grave 4 Uma morte
Litígio maior
3 US$ 100.000 – US$ 1M
Possível processo
2 Incapaci-
dade temporá-
ria
Repercus-são na mídia
1
Efeitos menores na biologia do
meio ambiente
Impacto na população
local recuperável
ÍND
ICE
Escala qualitativa de probabilidade
Nível Descrição Exemplo de descrição
1 Quase impossível Poderá ocorrer somente em circunstâncias excepcionais
2 Improvável Poderá ocorrer alguma vez
3 Possível Deverá ocorrer alguma vez
4 Provável Provavelmente ocorrerá na maioria das vezes
5 Quase certo Espera-se que ocorra na maioria das vezes
Critérios para Avaliação de Riscos - exemplo
Critérios para Avaliação de Riscos - exemplo
ÍNDICE DESCRITOR DESCRIÇÃO FREQUÊNCIA INDICATIVA
(expectativa de ocorrência)
A Quase certo O evento ocorrerá anualmente Uma vez ao ano ou mais
B Provável O evento ocorreu diversas vezes Uma vez a cada três anos
C Possível O evento poderá ocorrer uma vez Uma vez a cada dez anos
D Improvável O evento ocorre de vez em quando Uma vez a cada trinta anos
E Raro Sabe-se que algo semelhante ocorreu Uma vez a cada 100 anos
F Muito raro Sua ocorrência é desconhecida Uma em 1.000 anos
G Quase impossível Tecnicamente é possível, mas não se espera que ocorrerá Uma em 10.000 anos
Escala qualitativa de probabilidade
Critérios para Avaliação de Riscos - exemplo
DESCRITOR DESCRIÇÃO DESCRITOR ALTERNATIVO
Provável Espera-se que possa ocorrer durante o projeto Boas chances
Possível Não se espera que ocorra durante o projeto Baixas/médias chances
Improvável Concebível, mas altamente improvável de ocorrer durante o projeto Poucas chances
Escala qualitativa de probabilidade
• 83
Nível do Risco = índice P x índice C
Critérios para Avaliação de Riscos - exemplo
Abordagem comum a) Uma faixa superior na qual os riscos são intoleráveis.
b) Uma faixa intermediária ou “zona cinzenta”.
c) Uma faixa inferior na qual os riscos são “insignificantes”.
• 84
Nível do Risco = índice P x índice C
Nível do Risco Descritor
NR < 6 Baixo
8 < NR < 12 Moderado
NR ≥ 15 Crítico
Critérios para Avaliação de Riscos - exemplo
Prob
abili
dade
5 5 10 15 20 25
4 4 8 12 16 20
3 3 6 9 12 15
2 2 4 6 8 10
1 1 2 3 4 5
índice 1 2 3 4 5
Conseqüência
Critérios para Avaliação de Riscos - exemplo
Fonte: Gere/APQ - Portugal
Critérios para Avaliação de Riscos - exemplo
Critérios para Avaliação de Riscos - exemplo
Probabilidades
Conseqüências
Insignificante Menor Moderada Maior Catastrófica
quase certo A A E E E provável M A A E E possível B M A E E
improvável B B M A E raro B B M A A
Legenda: E: risco extremo; A: risco alto; M: risco moderado; B: risco baixo
Critérios para Avaliação de Riscos - exemplo
Probabilidades Conseqüências
Maior Moderada Menor
provável vermelho vermelho amarelo
possível vermelho amarelo verde
improvável amarelo verde verde
Legenda: Vermelho: ação imediata; Amarelo: ação intensificada; Verde: monitorar somente
Passo 1 – Definir o produto
Martelo de metal com cabo revestido de borracha.
adaptado deTorben Rahbek/EMARS
Processo de Gestão de Riscos
- exemplo -
Passo 2 – Definir o contexto
O produto é normalmente utilizado por adultos.
Mas crianças podem querer imitar os adultos e utilizar o martelo como brinquedo.
adaptado deTorben Rahbek/EMARS
Processo de Gestão de Riscos
- exemplo -
Passo 3 – Critérios
CONSEQÜÊNCIA DESCRIÇÃO
Insignificante Sem lesões
Menor Tratamento com
primeiros socorros
Moderada Tratamento médico
necessário
Maior Graves lesões
Catastrófica Morte
PROBABILIDADE DESCRIÇÃO
P <= 20% raro
20% < P <= 40% improvável
40% < P <= 60% possível
60% < P <= 80% provável
80% < P <= 100% quase certo
Processo de Gestão de Riscos
- exemplo -
Passo 4 – Critérios
Probabilidades
Conseqüências
Insignificante Menor Moderada Maior Catastrófica
quase certo A A E E E provável M A A E E possível B M A E E
improvável B B M A E raro B B M A A
Legenda: E: risco extremo; A: risco alto; M: risco moderado; B: risco baixo
Processo de Gestão de Riscos
- exemplo -
Passo 5 – Identificar os riscos (somente um risco será considerado no exemplo)
O revestimento de borracha se descola quando o usuário atinge freqüentemente uma superfície dura.
adaptado deTorben Rahbek/EMARS
Processo de Avaliação
de Riscos - exemplo
Passo 6 – Possíveis Conseqüências
A parte superior do martelo pode saltar para trás e bater no braço do usuário. Isto pode causar contusões no braço.
adaptado deTorben Rahbek/EMARS
Processo de Avaliação
de Riscos - exemplo
Passo 7 – Conseqüência
CONSEQÜÊNCIA DESCRIÇÃO
Insignificante Sem lesões
Menor Tratamento com primeiros
socorros
Moderada Tratamento médico necessário
Maior Graves lesões
Catastrófica Morte
Contusões superficiais no braço.
Avaliação de Riscos
- exemplo -
Passo 8 – Probabilidade
cabo soltar/descolar (probabilidade estimada em 50%).
a parte superior do martelo acerta o braço (probabilidade estimada em 20%).
Probabilidade = 0,5 x 0,2 = 0,10 = 10%
Avaliação de Riscos
- exemplo -
Passo 9 – Probabilidade
PROBABILIDADE DESCRIÇÃO
P <= 20% raro
20% < P <= 40% improvável
40% < P <= 60% possível
60% < P <= 80% provável
80% < P <= 100% quase certo
Avaliação de Riscos
- exemplo -
Passo 10 – Nível do Risco
Probabilidades
Conseqüências
Insignificante Menor Moderada Maior Catastrófica
quase certo A A E E E
provável M A A E E
possível B M A E E
improvável B B M A E
raro B B M A A
Legenda: E: risco extremo; A: risco alto; M: risco moderado; B: risco baixo
Avaliação de Riscos
- exemplo -
o A avaliação de riscos pode ser realizada em diferentes graus de profundidade e detalhe, com um ou muitos métodos, que vão do simples ao complexo.
o A forma de avaliação e seu resultado devem ser coerentes com os critérios de risco desenvolvidos no âmbito da criação do contexto.
o Em termos gerais, a técnica deve apresentar as seguintes características: deve ser justificável e apropriada para a situação ou organização
em questão; deve fornecer resultados de uma forma que aumenta a
compreensão da natureza do risco e como ela pode ser tratada; deve ser utilizada de uma forma que permita ser rastreável,
repetível e verificável.
Processo de Avaliação de Riscos
A norma ABNT NBR ISO/IEC 31010
Tratamento de riscos
O tratamento de riscos envolve a seleção de uma ou mais opções para modificar os riscos e a implementação dessas opções. Uma vez implementado, o tratamento fornece novos controles ou modifica os existentes.
Ciclo do Tratamento de Riscos
avaliação do tratamento de riscos já
realizado
decisão se os níveis de risco residual são
toleráveis
se não forem toleráveis, a definição e implementação de um novo tratamento para
os riscos
avaliação da eficácia desse tratamento
Tratamento de riscos
ação de evitar o risco ao se decidir não iniciar ou descontinuar a atividade que dá origem ao risco;
tomada ou aumento do risco na tentativa de tirar proveito de uma oportunidade;
remoção da fonte de risco;
alteração da probabilidade;
alteração das consequências;
compartilhamento do risco com outra parte ou partes (incluindo contratos e financiamento do risco); e
retenção do risco por uma decisão consciente e bem embasada.
Seleção das opções
o convém que o plano de tratamento identifique claramente a ordem de prioridade em que cada tratamento deva ser implementado
o convém que a organização considere os valores e as percepções das partes interessadas
o várias opções de tratamento podem ser consideradas e aplicadas individualmente ou combinadas
Tratamento de riscos
Seleção das opções – algumas questões
Tratamento de riscos
A opção será aceita pelas partes interessadas? A opção será de fácil/difícil implementação? A opção será compatível com as demais opções a serem adotadas? Quais serão os impactos sociais e econômicos gerados pela implementação da opção? A opção infringirá algum requisito legal? A opção gerará novos riscos? Quais serão os riscos residuais?
Plano de tratamento de riscos
o as razões para a seleção das opções de tratamento, incluindo os benefícios que se espera obter; o os responsáveis pela aprovação do plano e os responsáveis pela implementação do plano; o ações propostas; o os recursos requeridos, incluindo contingências; o medidas de desempenho e restrições; o requisitos para a apresentação de informações e de monitoramento; o cronograma e programação.
A finalidade dos planos de tratamento de riscos é documentar como as opções de tratamento escolhidas serão implementadas
Tratamento de riscos
Monitoramento e análise crítica
Finalidades o garantir que os controles sejam eficazes e eficientes no projeto e na operação;
o obter informações adicionais para melhorar o processo de avaliação dos riscos;
o analisar os eventos (incluindo os “quase incidentes”), mudanças, tendências, sucessos e fracassos e aprender com eles;
o detectar mudanças no contexto externo e interno, incluindo alterações nos critérios de risco e no próprio risco, as quais podem requerer revisão dos tratamentos dos riscos e suas prioridades;
o identificar os riscos emergentes.
Registros do processo
Convém que as atividades de gestão de riscos sejam rastreáveis. No processo de gestão de riscos, os registros fornecem os fundamentos para a melhoria dos métodos e ferramentas, bem como de todo o processo.
Registros do processo
demonstrar às partes interessadas a adequação do processo; fornecer evidências de uma abordagem sistemática; possibilitar a análise crítica do processo; gerar uma base de dados para a organização; fundamentar a tomada de decisões; gerar uma ferramenta para prestação de contas; compartilhar e comunicar informações; atender a requisitos regulatórios.
Contingência, Crise e Continuidade
NÃO FAZ PARTE DA GESTÃO DE RISCOS PROPRIAMENTE DITA. ações imediatas
plano de emergência plano de contingência gestão de crises
ações subseqüentes plano de continuidade dos negócios
Gestão de Riscos Positivos e Negativos
A tendência do foco no risco negativo
Argumentos de natureza humana • ameaças X oportunidades • perda ocorrida X ganho não aproveitado • medidas mais drásticas com as possibilidades de perdas X ganhos
“O temor da perda freqüentemente é mais poderoso que a esperança da vitória”
Vantagem Competitiva das Nações – Michel Porter
O valor da gestão de riscos positivos Diversas organizações vêm perseguido de forma pouca estruturada as oportunidades, ou seja, grandes investimentos em apostas intuitivas e otimistas.
Tudo depende do foco da organização de como o evento será entendido e abordado.
O “apetite ao risco (negativo)” é substituído pela “indução ao risco (positivo)”.
Gestão de Riscos Positivos e Negativos
FONTE: ELOGROUP
Gestão de Riscos Positivos e Negativos
Obter o apoio total da alta direção (sem isso, o processo será falho e os colaboradores não apoiarão a execução de qualquer coisa).
Incorporar a gestão do risco no desenvolvimento e revisão dos planos corporativos de negócio.
Realizar auditorias e análises críticas é vital para o sucesso contínuo do programa de gestão de risco.
Passar a mensagem de que a gestão de risco não é apenas outro modismo, mas é algo que pode ajudar todos os colaboradores e gestores a serem mais eficazes.
E s t a b e l e c e r u m m é t o d o q u e t o d o s o s colaboradores possam acessar e usar de forma regular.
Fatores Críticos de Sucesso
A fim de gerir o risco, um processo tem que ser realizado, devendo ser incorporado em um sistema estruturado, orientado por princípios de gestão e baseado em um vocabulário comum.
Em resumo...
Para relaxar...
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