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MANUAL DE FORMAÇÃO DO BOMBEIRO CIVIL DO ESTADO DE GOIÁS DE ACORDO COM A NBR 14.608/2007

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MANUAL DE FORMAÇÃO DO BOMBEIRO CIVIL DO

ESTADO DE GOIÁS

DE ACORDO COM A NBR 14.608/2007

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Introdução

Os altos índices de violência, a imprudência, e muitos outros fatores sociais, vêm expondo os cidadãos

a perigos cada vez maiores onde o simples fato de atravessar uma rua poderá representar um ato

potencialmente perigoso.

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DEDICATÓRIA

Dedico este manual de formação dos Bombeiros Civis do Estado de Goiás, em

primeiro ao Nosso Deus criador dos céus e da Terra e a minha Família: Lilia

Rodrigues Silva Santos (esposa) Maria Eduarda Magno Rodrigues Silva Santos

(filha) e Pedro Henrique Magno Rodrigues Silva Santos (filho) que sempre

acreditaram no meu sonho e na minha luta pessoal em tornar esta categoria

reconhecida em todo o Estado de Goiás , este manual de formação é apenas o

começo de uma longa jornada para todos os Bombeiros Civis do Estado de Goiás,

para que possam buscar mais conhecimentos nesta profissão que acaba de ser criada,

depois de 17 anos de espera, no dia 12 de Janeiro de 2009 a Lei 11.901 foi

sancionada pelo Presidente da República o Exmº Sr. Luiz Inácio Lula da Silva, e esta

lei reconhece este profissional como exclusivo na área de prevenção e combate a

incêndio.

SEJAM BEM VINDOS A ESTE SELETO GRUPO

"Se você é capaz de tremer de indignação a cada vez que se comete uma injustiça no mundo, então somos companheiros."

( Che Guevara )

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LEGISLAÇÃO DO BOMBEIRO CIVIL

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Tipos de Bombeiro no Brasil

Bombeiros Voluntários:

A mais de 120 anos desde 1892 no sul do Brasil na cidade de Joinville no estado de Santa Catarina, existe o Corpo de Bombeiros Voluntários

( o primeiro da América do Sul), como a região tem muitos imigrantes europeus, estes trouxeram essa tradição que é muito difundida ainda hoje

em toda Europa em especial Alemanha e Portugal e mundo a fora como Japão hope com mais de 5.000 bombeiros voluntários só na capital Tókio.

Voltando ao Brasil, hoje em no Estado de Santa Catarina existem mais de 4.300 Bombeiros Voluntários atendendo mais de 70 municípios, em

resumo o Bombeiro Voluntário surge de um grupo de pessoas em uma cidade onde não existe serviço público de atendimento e criam uma

associação para esse fim, essa associação cria e leva um projeto para reunião com a prefeitura, associações de moradores, juntas do comercial,

industrias e representantes da região, após aprovação do projeto a prefeitura cede local para ser a base e a junta comercial e demais entidades

sustentam os custos da base e fornecem por doações os equipamentos necessários. Este formato de bombeiro pode variar para o Bombeiro

Municipal, ocorre de forma semelhante ao voluntário, porém, este é contratado e recebe salário passando a ser um funcionário da prefeitura,

realidade em vários municípios do Estado de São Paulo.

Atuação: Área de atuação, resgate de rua, atendimento de todo tipo de emergência incluindo salvamento e combate a incêndio, podem ser classificados

como um serviço de utilidade pública, mesmo que mantidos por uma organização.

Formação: Esse Bombeiro tem formação por cursos ministrados por entidades contratadas ou apadrinhados por outros serviços voluntários mais antigos,

a grade e tempo de curso variam muito, em média são 6 meses de curso e desenvolvem experiência constante durante os plantões e atendimentos.

São de enorme aceitação e apareço por parte da comunidades onde atuam em especial pela maioria do efetivo ser voluntário, dependendo da receita

que a entidade tenha pode fornecer auxilio de custo a seus voluntários e até ter alguns contratados fixos principalmente na área administrativa. A

administração se da através de presidência e diretoria da associação responsável que costuma ter membros da sociedade, prefeitura e empresas da

região em seus conselhos. Detalhe, pela legislação uma pessoa só pode ser voluntária se estiver prestando esse serviço a uma entidade para esse

fim.

Bombeiro Militar:

Em 1856 o então imperador D. Pedro II decretou a formação do Corpo de Bombeiros da Corte na então capital do Brasil o Rio de Janeiro, esse

sistema evoluiu com as décadas para o que conhecemos hoje, em verdade os Bombeiros Militares são Policiais em função da segurança pública a

serviço do Estado.

Via de regra são muito bem treinados se exercitando e treinando constantemente, legalmente são os responsáveis pelo socorro e atendimento de

emergência.

Infelizmente estão presentes em uma parcela muito pequena das cidades do país, o que abriu espaço para os serviços voluntários e municipais.

Além das muitas atribuições que vão desde corte de arvores a salvamentos o corpo de bombeiros foi o único responsável pelo atendimento pré

hospitalar desde os anos 80, a tendência é que o Corpo de Bombeiros fique focado em atendimento a emergências, resgate e salvamento e que toda

parte de atendimento médico de urgência saia do Resgate do Corpo de Bombeiros e fique a cargo do SAMU-Serviço Atendimento Móvel de

Urgência do Ministério da Saúde. Seguindo o formato de outros países onde cada equipe é responsável por uma parte do atendimento ambas

trabalhando em conjunto e complementação.

Atuação: Toda e qualquer tipo de emergência que envolva risco a vida, meio ambiente ou patrimônio.

Por ser o serviço estadual oficial só o Corpo de Bombeiros pode fazer vistoria e emitir laudos técnicos sobre a segurança da edificação quanto a

incêndio.

Formação: O Bombeiro Militar antes de mais nada é um policial militar, é uma pessoa aprovada em concurso público e depois mais de 14 meses de

formação básica de soldado segue para o curso específico de Bombeiro, mais um ano, adquire enorme experiência durante o tempo de serviço em

muitos atendimentos diários. È indiscutível que são os mais bem preparados, quase dois anos e meio de intenso treinamento e atuação moldam o

profissional.

A administração se da por cadeia de comando militar onde o mais alto é o governador do Estado.

Bombeiro Municipal:

Similar ao sistema de Bombeiro Voluntário, a grande diferença é que a prefeitura é responsável direta pelo pessoal e serviço prestado, os

Bombeiros Municipais são civis contratados para tal e pagos pela prefeitura normalmente com auxilio da junta comercial do município.

Atuação:

Todo e qualquer tipo de emergência que surgir na região, são o serviço de emergência oficial do município.

Formação: A direção do serviço já contrata pessoal com formação e experiência, ou seleciona novos profissionais e os encaminha por convênio com

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centros de formação privados os de órgãos públicos para treinamento especializado.

A administração se dá pela própria prefeitura.

Corpo de Bombeiros Misto

Variação de Corpo de Bombeiros Municipal e Militar: Existe o Bombeiro Misto, realidade em alguns municípios do Estado de São Paulo, é um caso onde a Policia Militar ou a Prefeitura implanta

uma base com um pequeno numero de Bombeiros Militares e um numero maior de Bombeiros Civis, todos atuam em conjunto, nesse caso os

responsáveis diretos são os Militares.

Bombeiro Civil:

Conhecido também como Bombeiro Industrial, surgiu desde os anos 60 pela necessidade das empresas em terem um profissional que fosse

Bombeiro para garantir tanto prevenção quanto combate a Incêndios, o militar não poderia prestar esse serviço por ser um funcionário público,

então empresas como a extinta SEARS traziam peritos internacionais para treinarem equipes de profissionais contratados como Bombeiros.

Hoje o mercado de trabalho do Bombeiro Civil está muito além de industrias e comércio, a cada dia novos decretos, leis e instruções técnicas

recomendam o profissional, além da própria necessidade das empresas em garantir seu patrimônio tanto quanto seu pessoal.

Existem cada vez mais profissionais em todo país principalmente na região sudeste, sindicatos, associações e demais entidades através de

articulação política procuram melhores soluções para profissão que até hoje não tem regulamentação própria, mesmo bem aceita e difundida no

mercado, não é um militar nem tão pouco autoridade pública, é alguém contratado ou que presta serviço a uma empresa.

Atuação: Muito diferente dos casos acima o Bombeiros Civil é empregado de uma empresa e só nesta presta serviços, só faz atendimento público em

casos específicos como os de shopping e eventos por exemplo.

O leque de atuação do Bombeiro Civil é imenso e variado, desde equipe de prevenção e combate a incêndio em uma grande refinaria,

atendimento de urgência em shows em eventos de grande porte, atua ainda em shopping, condomínios, entidades de ensino e outros

estabelecimentos de grandes proporções ou fluxo de pessoas e até em serviços de Bombeiro Municipal.

A principal atividade é verificação de equipamento relacionado a incêndio, treino e exercícios para estar em condições caso seja necessário

um combate ao fogo e prestar primeiros socorros até chegada de serviço médico especializado.

Após formado esse profissional empregado começa a se especializar na área de atuação.

Formação: O Bombeiro Civil é uma pessoa que faz um curso profissionalizante, esse curso tem 210 horas de acordo com a NBR 14608 (Bombeiro

Profissional Civil) , mesmo existindo uma norma regulamentadora sobre a grade do curso nem todos os centros de formação a respeitam, por isso é

importante pesquisar muito a entidade, após formado o profissional anualmente precisa atualizar seus conhecimentos.

Brigadista:

Mencionarei o Brigadista pois é muito comum que o leigo confunda este com o Bombeiro Civil.

O Brigadista é hoje um dos maiores equívocos que uma empresa pode ter quanto a um profissional, existem empresas que contratam

Brigadistas em vez de Bombeiros Civis acreditando estarem seguras e outros absurdos que fogem desse artigo.

Esclarecendo, não se contrata um Brigadista, se treina um empregado da empresa para ser Brigadista, este passa a ser alguém importante no plano

de emergência e uma força auxiliar a equipe de Bombeiros no caso de emergência .

O profissional adequado que a empresa precisa contratar e manter é o Bombeiro Civil.

O brigadista precisa ser visto tanto na limitação de seu breve treinamento quanto na sua importância e competência em situação de

emergência, ou seja se a empresa tem uma equipe de brigada é no mínimo de bom senso que tenha uma equipe de bombeiros para efetivamente

prestar a prevenção e no caso de incêndio estar a frente da brigada com muito mais chances de sucesso.

Atuação: Atuar no plano de emergência, auxiliar a equipe de bombeiros em caso de situação de combate a incêndio, em locais onde lamentavelmente

não existam bombeiros os brigadistas fazem, ou deveriam fazer, o combate inicial ao fogo e até primeiros socorros muito básicos.

Formação: Curso de 4 a 16 horas, dependendo do nível de risco na edificação.

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COLOCAR A LEI 15.802

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Lei Federal nº 11.901, 12/01/09

Profissão de Bombeiro Civil

Comentada pelo Prof Ivan Campos

ICBP - Instituto Brasileiro de Pesquisas

em Emergências Prof Ivan Campos

São Paulo-SP

2009

ICBP Instituto Brasileiro de Pesquisas Prof Ivan Campos 2009 www.ivancampos.com.br – www.icbp.com.br

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Lei Federal nº 11.901, 12/01/09 Profissão de Bombeiro Civil - Comentada

Apresentação do ICBP

O ICBP – Instituto Brasileiro de Pesquisas em Emergência Prof Ivan Campos é um entidade

independente de utilidade pública, sem fins lucrativos com atuação em todo Território Nacional.

Nosso objetivo é a pesquisa e divulgação de informações seguras e confiáveis nas áreas e para

pessoal de emergência, sejam estudantes ou profissionais novatos ou veteranos, independentemente de sua

formação ou atuação profissional, de forma clara, imparcial e acessível.

Introdução:

A Profissão de Bombeiro Civil existe no País desde os anos 60, difundido pelas grandes empresas

internacionais que trouxeram este conceito, os Bombeiros Voluntário já existem desde o início do País.

Constantes conflitos de identidade nos próprios profissionais, no mercado em si e até com

Bombeiros Militares, desinformação e outras complicações marcam a historia da profissão, desde 1991 um

projeto de Lei Federal para regulamentar a profissão ficou engavetado nos tramites do congresso por mais de

17 anos, sendo aprovada agora em janeiro de 2009.

Nesse tempo associações, sindicatos entidades e heróis solitários surgiram em prol da profissão,

normas foram publicadas e evoluiu-se muito desde os anos 80 e 90 quando se fazia o curso de Bombeiro

Civil em um final de semana, depois em uma semana e hoje em média de 3 meses.

Na história da profissão surgiram pessoas de má fé também, oferecendo para pessoas e empresas

desinformadas coisas que não existiam, explorando estudantes e profissionais de forma absurda, causando

prejuízos e desgastes a profissão. O meio ainda é fértil para este tipo de malfeitor, mas aos poucos o mercado

começa a percebe-los, e com uma Lei Federal as coisa tendem a melhorar muito.

A Lei Federal, mesmo bastante incompleta e vaga em alguns pontos, garante ao profissional alguns

pontos importantes que sempre geraram polemica e precisavam de melhor definição. A própria profissão de

Bombeiro Civil, era vista por alguns como clandestina, mesmo constando na Classificação Brasileira de

Ocupações do Ministério do Trabalho e Emprego desde os anos 90, e ser tão bem assimilada pelo mercado.

Hoje os principais documentos da profissão de Bombeiro Civil são:

· A Lei Federal nº 11.901, de 12 de Janeiro de 2009, comentada nas próximas páginas.

· O CBO Classificação Brasileira de Ocupações do Ministério do Trabalho e Emprego, fam.5.171

· A ABNT-NBR 14.608 Bombeiro Profissional Civil – Requisitos, hoje na 2º edição out.2007.

· As Diretrizes e Resoluções ICBP, sobre o assunto.

· Os benefícios assegurados em conquistas dos sindicatos.

Existem fóruns de discussão, de acesso publico, e muitas publicações sobre estes e outros temas no

site do ICBP, aceite nosso convite para participar no www.icbp.com.br para onde migra todo conteúdo do

www.ivancampos.com.br.

Espero que este trabalho colaborare com o entendimento da Lei Federal nº 11.901, 12 janeiro 2009.

O texto da Lei está em “preto” a os comentários estão em “vermelho”

Atenciosamente:

Prof Ivan Campos

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Lei nº 11.901, de 12 de Janeiro de 2009

Dispõe sobre a profissão de Bombeiro Civil e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA

Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º O exercício da profissão de Bombeiro Civil reger-seá pelo disposto nesta Lei.

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Art. 2º Considera-se Bombeiro Civil aquele que, habilitado nos termos desta Lei, exerça, em caráter

habitual, função remunerada e exclusiva de prevenção e combate a incêndio, como empregado contratado

diretamente por empresas privadas ou públicas, sociedades de economia mista, ou empresas especializadas

em prestação de serviços de prevenção e combate a incêndio.

A lei considera Bombeiro Civil, aquele que exerce a atividade remunera, ou seja alguem contratado

de forma direta ou indireta para FUNÇÂO EXCLUSIVA de prevenção e combate a incêndio.

Entendo que esteja implícito na Prevenção e Combate à Incêndio toda ação de prevenção e socorro em

emergências e riscos que possam ocorrer no local onde este profissional trabalhe.

Este texto da Lei, bem como o explicito na NBR 14608 Bombeiro Profissional Civil Requisitos da

ABNT, e nas Diretrizes e Resoluções do ICBP, define o profissional como exclusivo para esta função, de

forma alguma o Bombeiro Civil deve exercer atividades de vigilância ou segurança patrimonial, de portaria,

manutenção ou outras fora do contexto de sua atividade explicita.

As empresas que tenham contratados “Vigilante Brigadista” exercendo a função de Bombeiro Civil

podem ser consideradas fora da legalidade, e completamente fora de Normas Técnicas Nacionais.

A prestação e primeiros socorros, mesmo não estando explicita no texto da lei, é implícita na

profissão, em especial o Suporte Básico á Vida e o primeiro atendimento, até chegada de Suporte Avançado

e ou pessoal especializado da área da saúde.

A segunda parte do segundo item, deixa ampla a possibilidade de emprego deste profissional.

§ 1º ( VETADO)

§ 2º No atendimento a sinistros em que atuem, em conjunto, os Bombeiros Civis e o Corpo de Bombeiros

Militar, a coordenação e a direção das ações caberão, com exclusividade e em qualquer hipótese, à

corporação militar.

Esta foi a primeira emenda que a lei ainda quando projeto em 1991 recebeu, acredito que se deu pela

responsabilidade do Estado em prestar segurança ao cidadão. Desta forma mesmo que empresas tenham

equipes de Bombeiro atuando em um sinistro, o Estado e o Município ainda são legalmente os responsáveis

de que não de mal aconteça, e a Policia Militar é representante do Estado.

Por maiores controvérsias e polemicas que o tema possa gerar, o texto é claro, no caso de Bombeiros

Voluntários ou Comunitários que atendam municípios sem forças estaduais será necessário um bom

entendimento entre as partes nos sinistros em que precisem atuar em conjunto.

Art. 3º ( VETADO)

Art. 4º As funções de Bombeiro Civil são assim classificadas:

I - Bombeiro Civil, nível básico, combatente direto ou não do fogo;

II - Bombeiro Civil Líder, o formado como técnico em prevenção e combate a incêndio, em nível de

ensino médio, comandante de guarnição em seu horário de trabalho;

III - Bombeiro Civil Mestre, o formado em engenharia com especialização em prevenção e combate a

incêndio, responsável pelo Departamento de Prevenção e Combate a Incêndio.

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Podemos entender que O Bombeiro Civil Básico, é o profissional que fez o curso de formação de

bombeiro nos moldes das Diretrizes 2009 para Curso de Bombeiro Civil do ICBP e da ABNT-NBR 14608

Bombeiro Profissional Civil - Requisitos, pelo menos até aconteçam novas publicações e um programa de

curso oficial vindo do Governo. O Bombeiro Civil Básico, é o profissional de base que compões as equipes,

estas equipes formam os turnos.

O Bombeiro Civil Líder, além da formação de Bombeiro Civil, a partir desta lei precisa ter curso

Técnico, o curso exigindo, Técnico em Prevenção e Combate a Incêndio, ainda não existe, e quando existir

não será um curso livre, devera seguir grade oficial e outros trâmites governamentais de cursos técnicos.

Entendemos que nesse tempo o Bombeiro Civil que tenha a função de Líder, dever ter o curso de

Técnico de Segurança do Trabalho e dependendo dos riscos da empresa em que trabalhe Técnico em

Química ou similar ao risco. A formação em Técnico de Segurança do Trabalho é a melhor opção ao

Bombeiro Civil Líder, até novidades governamentais, O Bombeiro Civil Líder é o responsável pela equipe,

cada turno tem seu Líder que é responsável nesse turno, prestando serviço no horário e junto a sua equipe.

Já o Bombeiro Civil Mestre, é um profissional que, além de recomendado a formação básica de

Bombeiro Civil, tenha curso superior de Engenharia, com especialização, entendemos que enquanto o

curso de especialização em Prevenção e Combate à Incêndio não pouco difundido, o Engenheiro com

especialização em Saúde e Segurança do Trabalho seja o profissional indicado para ser o responsável por

todas as equipes em todos os turnos, mesmo a distância e fora de seu turno de trabalho.

O Departamento de Prevenção e Combate a Incêndio, foi uma preocupação desde o início da Lei em

associar o Bombeiro Civil a suas atividades, ao departamento de Saúde e Segurança do Trabalho. O termo

hoje seria Departamento de Segurança Contra Incêndio e Emergências. É claro que a gerencia e

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supervisão dos serviços de Bombeiro Civil deve ser própria e associada ao Departamento de Segurança do

Trabalho e de forma alguma a segurança patrimonial (vigilância) como acontece em algumas empresas.

Art. 5º A jornada do Bombeiro Civil é de 12 (doze) horas de trabalho por 36 (trinta e seis) horas de

descanso, num total de 36 (trinta e seis) horas semanais.

Esse excelente artigo cria as condições de trabalho para o profissional que passa a ter tempo para

recuperar-se do turno, descansar, viver, estudar, se aprimorar de forma física e intelectual para melhor

desempenho de suas atividades.

Empresas prestadoras de serviço que vendiam Bombeiros Civis como se fossem vigilantes em

escalas de 12 horas diárias em plantões de 4x1, 5x2, e outros absurdos, a partir desta lei precisarão adequar

tanto os turnos quanto a jornada semanal, o texto é claro 12x36 e 36 horas totais por semana.

Empresas de evento que exigiam, inescrupulosamente, do profissional virar mais de 20 horas em um

evento NÃO PODEM MAIS FAZE-LO. Já houve caso de morte em São Paulo de um profissional que virou

24 horas num evento e dormiu na direção ao voltar do trabalho. Mesmo em eventos o turno do Profissional

agora é de 12x36.

Art. 6º É assegurado ao Bombeiro Civil:

I - uniforme especial a expensas do empregador;

Vamos entender o uniforme operacional aquele de uso no dia a dia e os EPI e EPC próprios para

situação de combate a incêndio, socorro e salvamento relacionados a atividade. Entendemos que mesmo

prestadoras de serviço em eventos também são responsáveis por fornecer uniforme e equipamentos aos seus

profissionais durante a prestação do serviço, empresas de evento não estão acima da Lei.

II - seguro de vida em grupo, estipulado pelo empregador;

Não será descontado do profissional, como é estipulado pelo empregador este é responsável por ele.

III - adicional de periculosidade de 30% (trinta por cento) do salário mensal sem os acréscimos resultantes

de gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa;

Agora está bem explicito na Lei, este adicional é sobre sobre o salario que o profissional recebe.

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IV - o direito à reciclagem periódica.

A empresa a qual o profissional está contratado é obrigada a arcar com os custos da reciclagem.

Art. 7º ( VETADO)

Infelizmente foi vetado o artigo que estipulava o piso de 3 salários mínimos ao profissional, ficando

esta tarefa a cargo dos sindicatos regionais.

Art. 8º As empresas especializadas e os cursos de formação de Bombeiro Civil, bem como os cursos

técnicos de segundo grau de prevenção e combate a incêndio que infringirem as disposições desta Lei,

ficarão sujeitos às seguintes penalidades:

I - advertência;

II – (VETADO)

III - proibição temporária de funcionamento;

IV - cancelamento da autorização e registro para funcionar.

Entendemos que órgãos do Ministério Público serão responsáveis pela fiscalização em suas

instâncias, mas de forma alguma a Policia Militar através dos Corpos de Bombeiro Miliar deve responder

por habilitação ou registro destas entidades, experiências assim no Rio de Janeiro e agora no Espirito Santo

são desastrosas, arruinando a profissão nestes estados.

Entendemos que assim que os Órgãos Governamentais pertinentes estipularem os cursos o

profissional tenha um registro junto ao Ministério do trabalho como hoje acontece ao Técnico de Segurança

do Trabalho, continuamos na espectativa de mudanças. Existe trâmite para um Conselho da classe que deve

aflorar ainda este ano de 2009, enquanto isso os sindicatos regionais são a melhor opção para assegurar os

direitos e desenvolver a profissão, é altamente recomendado que se filiem, e caso não exista criem um.

Art. 9º As empresas e demais entidades que se utilizem do serviço de Bombeiro Civil poderão firmar

convênios com os Corpos de Bombeiros Militares dos Estados, dos Territórios e do Distrito Federal, para

assistência técnica a seus profissionais.

Vamos esclarecer bem este item. O convênio que se propõe este ponto é relacionado a apoio técnico

as serviço, de forma alguma autoriza militares a prestarem serviço de Bombeiro Civil, é proibido ao Policial

Militar fazer “bicos”, o serviço de Bombeiro Civil é de responsabilidade da entidade onde atuam.

Há uma enorme diferença nas atividades do Bombeiro Civil e do Bombeiro Militar, é tolo dizer que

um é melhor que o outro, ambos são excelentes em sua área de atuação, e ambos estariam deslocados em

outra área, é prudente considerar estas diferenças, um é policial e outro é um cidadão a serviço da empresa,

mudam ainda os meios de ação e situações para o qual estão preparados.

Pela Lei, uma escola ou empresa que preste serviço pode solicitar junto ao Corpo de Bombeiros

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Militar da Região uma visita técnica, parecer sobre alguma questão ou similar a fim de melhorar a qualidade

do serviço prestado pelos Bombeiros Civis, o oposto também é benéfico e merece ser considerado.

Art. 10. (VETADO)

Art. 11. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Ou seja, já é valida em todo Território Nacional.

Brasília, 12 de janeiro de 2009; 188º da Independência e 121º da República.

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA

Tarso Genro

, Carlos Lupi

, João Bernardo de Azevedo Bringel

, José Antonio Dias Toffoli

Publicação: Diário Oficial da União - Seção 1 - 13/01/2009 , Página 1

Fim do texto, participe dos fóruns de discussão no site www.icbp.com.br.

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A Lei Federal nº 11.901, 12/01/09 Profissão de Bombeiro Civil – Comentada,

é uma publicação de:

ICBP – Instituto Brasileiro de Pesquisas

em Emergências Prof Ivan Campos

São Paulo – SP

www.icbp.com.br

www.ivancampos.com.br

Com apoio de:

Suporte à Vida, Treinamentos e Equipamentos para pessoal de emergências.

Especializados em DEA- Desfibrilador e Suporte Básico à Vida.

www.suporteavida.com.br

Risco Rural, Saúde, Meio Ambiente e Segurança no Trabalho Rural,

Sucro-Alcooleira, Agricultura, Pecuária, Silvicultura, Exploração Florestal e Aqüicultura

www.riscorural.com.br

Sugestões para novas publicações, ao melhora desta, intenção de apoio entre em contato:

email [email protected] ou pelos sites www.ivancampos.com.br e www.icbp.com.br

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P.C.I

PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIO

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ASPECTOS PSICOLÓGICOS DAS OPERAÇÕES DE

SALVAMENTO

Introdução

A ocorrência de situações adversas geralmente ocasiona o acionamento de socorros

governamentais que ao chegarem ao local do evento passarão a compor um quadro a ser

completo pela existência de vítimas e público. A seguir são apresentadas algumas considerações

sobre este trinômio que vão influenciar diretamente no desenvolvimento das operações de

salvamento. Elementos integrantes da área de operações: Vítima – Socorrista – Público

_ Vítima _ Aquela que é envolvida no evento. Recebe toda a carga decorrente da situação,

podendo ser: fatal ou não-fatal.

_ Socorrista _ É o elemento que, isoladamente ou em conjunto, propõe-se a solucionar o

evento, sendo inerente à sua atuação o chamado processo de iniciativa, originado

fisiologicamente pela descarga de adrenalina no organismo. Pode ser: governamental ou

não-governamental.

_ Público _ Presente em todo e qualquer evento, em maior ou menor número, pode ser

classificado em: tenso (direto e indireto), crítico, ajudante e observador.

Bases do Socorrista:

Da mais simples a mais complexa, a operação de salvamento estará apoiada sobre o seu mentor

que é o homem. Este, por sua vez, para que possa realmente sustentar o seu trabalho, precisará

estar alicerçado sobre o trinômio composto dos seguintes aspectos: Preparo Psicológico –

Preparo Físico – Preparo Técnico

Atuação do Socorrista

Para que sejam bem desencadeadas todas operações de salvamento, os elementos

componentes de uma guarnição devem ter conhecimento do desenvolvimento ordenado da

atuação do socorrista, cuja seqüência de etapas pode ser expressa pelo seguinte fluxograma:

aviso _ saída _ chegada ao local _ isolamento _ método _ desfecho

ESCAPE

Uma das reações instintivas de qualquer pessoa, que se encontra num incêndio ou em qualquer

outra situação fora de seu domínio, é fugir do ambiente hostil. Este instinto de conservação,

primitivo em sua origem, se vê, às vezes, neutralizado pelo valor material de bens pessoais.

Como a fuga é instintiva, a via de escape de qualquer ponto de um edifício , deve ser, a mais

curta possível, de fácil acesso e suficientemente ampla para acomodar a todos que tentarem

escapar, e deve estar livre de gases e de fumaça.

Como em todos os problemas relacionados com o fogo, a fuga depende do tempo. Desta forma,

o tempo de escape não pode ser o mesmo para todos os edifícios, pois é função basicamente do

número de ocupantes dos mesmos.

A segurança humana é uma das principais finalidade de escape nos incêndios. Na decisão do

percurso de evacuação a ser adotado devem-se considerar cinco variáveis . Destas três são

previsíveis e duas aleatórias:

Variáveis Previsíveis :

_ Características dos ocupantes - a característica principal que deve ser levada em

consideração é a mobilidade dos ocupantes de um local sinistrado. A mobilidade determina a

capacidade de uma pessoa escapar. Os problemas de evacuação são muito piores em locais

onde as concentrações de doentes, idosos e crianças sejam maiores.

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_ Planta do edifício - a característica arquitetônica de uma edificação deve se considerada

de grande importância devido a distancia que uma pessoa terá que se deslocar até um ponto

seguro. Em geral, a segurança está relacionada com a altura de um edifício, mas a distância

pode ter igual importância em edifícios de um único piso.

_ Os sistemas de escape existentes - sabemos que os locais onde os sistema de segurança

são existentes, o trabalho de evacuação se tornará mais fácil .

Variáveis Aleatórias:

_ Locais que poderão ser atingidos pelo incêndio – através de conhecimento do local onde

se concentra o sinistro, podem-se traçar algumas projeções dos locais mais susceptíveis a

incêndio. Através desta análise, podem ser definidas as vias de escape mais rápidas e

seguras.

_ Localização de uma pessoa em um edifício sinistrado - em alguns edifícios podemos

prever os locais onde se encontram os seus ocupantes, e o numero provável de pessoas que

ali normalmente estejam. Nos centros comerciais onde a população é flutuante, tal previsão

torna-se impossível.

As operações de evacuação a serem realizadas pelas equipes de salvamento devem ser

realizadas através de determinadas técnicas e conceitos teóricos.

Técnicas de Escape:

_ Escape Imediato - retirada dos ocupantes do edifício e executado por uma via de escape

direta.

_ Escape por Fases - ocupantes de um edifício são conduzidos a locais intermediários, de

forma que a saída definitiva seja efetuada de maneira ordenada.

_ Escape para um Refúgio - ocupantes são transferidos para uma área protegida, dentro de

uma estrutura, até que a situação seja minimizada e, em seguida, são resgatados.

Conceitos Básicos:

_ O trabalho de evacuação de um local sinistrado deve ser executado obedecendo a

conceitos básicos, a fim de que a situação dos ocupantes do mesmo seja totalmente

minimizada. Sendo assim, a evacuação deve estar baseada nos seguintes princípios:

objetividade, precisão, disciplina e segurança.

_ É importante considerar que pessoas envolvidas por um sinistro, são tomadas pelo pânico,

apresentando reações próprias, tremores pelo corpo, choro convulsivo, ou simplesmente

permanecem estáticas, alheias a tudo que se passa. Cabe, portanto, ao homem que vai

efetuar o salvamento (evacuação), usar de sua criatividade, a fim de que esse quadro seja

revertido.

_ O primeiro objetivo a ser atingido é o aterramento do setor ou dos andares envolvidos,

através do seu sistema de emergência; logo a seguir, os andares diretamente envolvidos, com

os seguintes procedimentos:

- Realizar a abertura de todas as portas, inspecionar o interior dos ambientes, em

especial: banheiros, armários, sob camas e outros móveis que, porventura existam,

não esquecendo as escadas e janelas;

- Fazer a demarcação dos ambientes inspecionados;

- Conduzir as vítimas para as escadas de incêndio, deixando um bombeiro

encarregado de dar a orientação necessária para as vítimas, evitando a subida das

mesmas; mantendo a distância entre uma vítima e outra; mantendo-as de um lado

da escada, destinando o outro lado ao trânsito das equipes de salvamento; evitando

correrias e aglomerações desnecessárias;

- Concentrar as vítimas a fim de efetuar uma chamada e verificar se há falta de

pessoas;

- Solicitar o auxílio de pessoas que conheçam a estrutura do edifício.

PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA

É regra primordial que ninguém, no combate a incêndio, entre em ambiente saturado de gases,

fumaça e temperatura elevada, sem estar com equipamento de proteção respiratória. O fato de

deixar este tipo de material de lado nestas operações pode acarretar não só no fracasso do

socorro como também em conseqüências sérias, inclusive a morte. Isto porque o sistema

respiratório humano é mais vulnerável às agressões ambientais do que qualquer outra área do

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corpo.

Podemos falar também da necessidade de usamos um equipamento de respiração autônoma nos

locais de diferentes índices de pressões atmosféricas (poços, túneis, cavernas) e no mergulho,

atividade existente no CBMERJ (GBS, Gmar ).

É muito importante salientarmos que nos incêndios encontramos quatro tipos distintos de riscos

no tocante a respiração: falta de oxigênio, temperatura elevada, fumaça e gases tóxicos.

PORCENTAGEM DE OXIGÊNIO NO AR

SINTOMAS

EQUIPAMENTO DE RESPIRAÇÃO AUTÔNOMA

Existem dois meios de se equipar:

_ Método de colocação por sobre a cabeça:

1) verificar a pressão no manômetro do cilindro;

2) o equipamento deve ser colocado no solo, com o cinto aberto, as alças de transporte

alargadas e colocadas para o lado de fora do suporte, para não atrapalhar o BM no

momento da colocação;

3) agachar ou ajoelhar-se na extremidade oposto ao registro do cilindro;

4) segurar o cilindro com as mãos, deixando as alças de transporte para o lado de fora;

5) levantar-se, erguendo o cilindro por sobre a cabeça e deixando que as alças de transporte

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passem dos cotovelos;

6) inclinar-se levemente para frente, permitindo ao cilindro ficar nas costas, deixando as alças

caírem naturalmente sobre os ombros;

7) puxar os tirantes de ajuste, certificando-se que as alças não estejam torcidas;

8) ergue o corpo, fechar e ajustar o cinto e peitoral de forma que o equipamento acomode-se

confortavelmente; e

9) lembrar que a falta de ajuste da alça e do cinto provoca ma distribuição de peso.

a. Método de vestir:

1) verificar a pressão no manômetro do cilindro

2) vestir o equipamento, passando um braço por vez através da alças. Colocando-lo no solo,

com as alças alargadas e o cinto aberto;

3) agachar-se próximo à extremidade do registro do cilindro;

4) com a mão direita, segurar a alça que será colocada sobre o ombro direito ( ou, com, a

esquerda, a que será colocada sobre o ombro esquerdo );

5) levantar-se, colocando a correia no ombro, Durante este movimento, o cotovelo deve

passar por dentro da alça; e

6) ajustar as alças eo cinto como descrito no método anterior.

Colocação da peça facial:

1) alargar ao máximo os tirantes da máscara;

2) colocar a peça facial, introduzindo primeiramente o queixo dentro desta e, com as duas

mãos, colocar os tirantes por sobre a cabeça;

3) puxar simultaneamente e na mesma seqüência, os tirantes laterais interiores, o tirante

único superior e os dois temporais, para trás, ajustando-os com cuidado para não danificalos;

4) verificar a vedação da peça facial inspirando e tampando a entrada de ar. “Não pode

ocorrer entrada de ar“;

5) certificar-se de que a válvula de demanda de ar está fechada;

6) abrir o registro do cilindro;

7) efetuar a conexão da válvula de demanda da máscara; e

8) deve-se observar o funcionamento da válvula de exalação. Para tanto inspirar e expirar.

Com as costas das mãos sentir o ar sair pela válvula de exalação. Caso não ocorra a

saída do ar, expirar com força isto deverá liberar a válvula.

Principais cuidados

Observar:

1) conexão do cilindro ao redutor de pressão;

2) cinta que liga o cilindro ao suporte;

3) alças de transporte, cinto tirante peitoral ( confeccionados em NOMEX, para aumentar

a resistência ao calor );

4) placa de suporte;

5) conexão das mangueiras;

6) tirantes e peças facial;

7) pressão do cilindro;

8) vedação a alta pressão; e

9) alarme sonoro.

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SALVAMENTO EM INCÊNDIO

Para melhor realizar operações de salvamento em locais de incêndio o BM tem que levar em

consideração primordialmente fatores como segurança, agilidade, controle, interação e

coordenação. Logo, não se pode esquecer de utilizar equipamento de proteção individual

adequado, assim como rádios portáteis, cabo guia, escadas enclausuradas (isoladas dos

pavimentos por portas corta-fogo, provendo saídas suficientes para todos os integrantes da

edificação), entre outros que serão comentados a seguir.

A finalidade das edificações também deve ser levada em consideração para se montar o estilo de

trabalho a ser utilizado pelas guarnições que realizará o salvamento, porque ocorrem sérias

complicações em locais de incêndio onde há concentração de público, como teatros, cinemas

estádios, salões de festas, mercados. Se as saídas normais ficarem bloqueadas, a situação

através de saídas pelas quais os ocupantes não estão familiarizados. O fator de existir fogo numa

edificação pode resultar em pânico e prejudicar a operação A organização para evacuar um local

de concentração de público é fundamental.

Locais como sanatórios, asilos e nosocômios apresentam circunstâncias especiais: alguns de

seus ocupantes podem estar incapacitados de se locomover. Aqueles que executam trabalhos de

salvamento nesses locais, têm que estar preparados paras remover as vítimas para local seguro

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sem agravar, ainda mais, a situação destes. O sucesso da operação nesses locais depende

sempre de estudos e treinamentos prévios. Não se deve em hipótese usar o elevador e as

pessoas envolvidas devem ser levadas sempre para pavimentos inferiores (de saída ).

PROCEDIMENTOS PARA RETIRADA DE VÍTIMAS EM LOCAIS DE INCÊDIOS:

1) Usar sempre equipamentos de proteção respiratória. Lembrar que grande parte das vítimas

em situações de incêndios perde a vida ou sofre lesões em conseqüência da intoxicação por

monóxido de carbono (CO).

2) Se o local for desconhecido, com pouca visibilidade e perigoso, deve-se usar o cabo-guia, não

só para a comunicação entre os BC, mas também para maior segurança nos trabalhos, uma vez

que o caminho de volta ficará marcado. O melhor meio de se prender o cabo ao BC é através do

nó de penetração com soltura rápida.

3) O trabalho deve ser efetuado sempre em duplas.

4) Na parte externa do prédio devemos procurar observar todos os meios de fuga visíveis.

5) Antes de começar o trabalho, procurar saber se já existem outros BC no sinistro.

6) Se dentro da edificação a visibilidade for ruim, e o BC não puder ver seus pés, deve dar

continuidade à busca “engatinhando”.

7) Começar a busca, sempre que possível, pela parede que dá para o exterior. Isso permitirá ao

BM ventilar o ambiente ao abrir as janelas tão logo seja oportuno

8) Usar todos meios de sinalização possíveis para evento.

9) Usar lanternas.

10) Utilizar qualquer tipo de material para reter as portas com dispositivos de fechamento

automático. Pois isto manterá ventilação e caminho, pelo qual o BC entrou livre.

11) Procurar sustentar a posição de confiança ao demonstrar calma, segurança e racionalidade

nas ordens dadas às vítimas.

12) Manter na mediada do possível, todos os integrantes da guarnição cientes de tudo que se

passa.

13) Se o cômodo estiver muito quente para entrar, procurar somente nas proximidades da porta,

pois a possibilidade de se encontrar vítimas neste local é muito grande.

14) As buscas devem ser planejadas para se evitar o desgaste desnecessário, assim como, a

maior eficiência nos trabalhos.

15) Procurar estabelecer pontos de referência dentro da edificação (Ex.: direção da luz, da

ventilação e meios secundários de fuga ).

16) Lembrar sempre que a localização de uma vítima pode ocorrer desde a parte externa da

edificação.

17) Procurar em todos os compartimentos da edificação, principalmente armários e boxes dos

banheiros.

18) Para localizar vítimas sob as camas, colocar a perna ou utilizar uma ferramenta longa que

possibilite a vistoria.

19) Quando existir muita fumaça e conseqüentemente pouca visibilidade, descer e subir escadas

apoiando-se sobre as mãos e os joelhos. Mantendo a cabeça elevada.

20) Não existe um tempo preestabelecido para que os trabalhos sejam paralisados e portanto se

possa ouvir pedidos de socorro. Tosse, gemidos, choro ou outro sinal que indique a existência de

vítimas nas proximidades. Ao se confirmar algum destes sons, dirigir-se imediatamente até a

vítima estabelecendo troca de informações com a mesma, quando possível.

21) Sempre que encerrar as buscas num cômodo, deixar marcas visíveis de que todo o local já

foi vasculhado. Gavetas em cima da cama, colchões enrolados e portas de armários são bons

indicativos de que este tipo de trabalho já foi efetuado.

22) Ao terminar as buscas num pavimento, deixar uma marca visível na entrada do mesmo para

informar que a procura por vítimas ali estão encerradas.

23) Assim que retirar uma vítima da edificação, deixá-la sob cuidados de alguém. Evitando assim,

que a mesma venha a retornar para o sinistro, seja qual for o motivo.

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EQUIPAMENTOS DE SALVAMENTO TERRESTRE

NÓS E AMARRAÇÕES

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No salvamento terrestre são trabalhadas várias técnicas e equipamentos, como os de proteção respiratória, sistemas de força, aparelhos de poços, desencarceradores, alavancas, picaretas, machados, alavancas , pás e enxadas para o emprego nas mais diversas ocorrências Veja abaixo algumas fotos de equipamentos usados em salvamentos terrestre:

AUTOCORTE – EXPANSOR

O conjunto de salvamento “lukas” é um equipamento dotado de capacidades e dispositivos, que

torna adequado para serviços desta natureza.

Seus componentes foram desenvolvidos em laboratório, com o auxílio do computador, o que lhe

garante apesar de seu reduzido peso, o desenvolvimento de forças extremamente altas, aliado à

facilidade de operação em resgates ligeiros.

Devido a sua versatilidade, pode ser utilizado em acidentes envolvendo veículos, desabamentos,

ou até mesmo em trabalhos submersos, dentro do limite de 40 m de profundidade.

O autocorte-expansor cada vez mais é utilizado em todos os Corpos de Bombeiros pela sua

capacidade de soltar as vítimas com rapidez diminuindo o tempo de socorro neste tipo de

acidente. Com isso a longa espera que era causada pela falta de equipamentos específicos, para

salvamentos dessa natureza foi resolvida nos atendimentos hospitalares mais rápidos diminuindo

consideravelmente o número de óbitos.

O sistema consiste em um motor elétrico ou a gasolina que move uma bomba hidráulica, sendo

esta comum a todos os modelos. Ela se caracteriza por um aro que contém em seu interior quatro

pistões radiais permanentemente comprimidos por molas. No centro deste conjunto, há um

excêntrico movido pelo eixo do motor, que devido ao seu movimento irregular, ao passar por cada

um dos pistões provoca um movimento nos mesmos, impulsionando o fluído para dentro do aro

que é oco. No aro, há apenas uma saída, por onde escoa todo o fluído em direção à válvula.

Todo este conjunto permanece imerso no reservatório de óleo, tendo sob o aro, quatro tubos

pescadores que alimentam cada um dos pistões. No bloco da válvula, há ainda um pequeno tubo

encarregado de despejar o óleo que retorna das ferramentas hidráulicas.

Componentes:

O conjunto de salvamento é composto por: bomba hidráulica acionada por um motor a gasolina,

mangueiras com sistemas de engate rápido e várias ferramentas hidráulicas que podem ser

utilizadas para afastamento, tração e corte.

Componentes da moto-bomba:

- 1: Bocal de abastecimento da gasolina;

- 2: Tela de proteção;

- 3: Manopla de acionamento;

- 4: Bocal de abastecimento de óleo do motor;

- 5: Silencioso com escudo protetor;

- 6: Comando de partida, aceleração e parada ( Sistema Choke-a-Mantic );

- 7: Filtro de ar;

- 8: Carburador;

- 9: Cabeçote;

- 10: Vela;

- 11: Identificação do motor;

- 12: Bocal de abastecimento do fluído hidráulico;

- 13: Visor de nível do fluído hidráulico;

- 14: Bujão de dreno;

- 15: Identificação do modelo de bomba;

- 16: Reservatório do fluído hidráulico;

- 17: Alavanca de pressurização;

- 18: Bloco da válvula .

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Pinça hidráulica (LKS 35)

- 1: Braços antideslizantes de aço;

- 2: Eixo central de fixação;

- 3: Manga de proteção;

- 4: Alça;

- 5: Disco anatômico para abertura e fechamento;

- 6: Punho;

- 7: Plug de engate rápido.

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MOTOSSERRA

As motosserras constituem-se de um motor a explosão de dois tempos e um sabre com corrente,

sendo utilizadas para corte de madeira, especialmente troncos de árvores.

Atualmente, encontramos os modelos 08 S e 051 AV, da marca STIHL, sendo utilizados com

maior freqüência na Corporação. Existem técnicas especiais para o desenvolvimento dos cortes

de árvore, que veremos a seguir.

1 – Sabre

2 – Corrente

3 – Punho

4 – Filtro de ar

5 – Acelerador

6 – Trava do acelerador

7 – Afogador

8 –Protetor do punho

9 – Retém do acelerador

10 – Vela de ignição

11 – Tampa do cárter

12 – Garra

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MOTOCORTADOR

Equipamentos de corte, movido a motor a explosão de dois tempos. Atualmente, encontramos o

modelo TS 08, da marca STIHL, sendo utilizado com maior freqüência na Corporação.

Os motocortadores possuem discos que podem ser acoplados ao aparelho. Estes discos podem

ser de vários tipos, de acordo com o material a ser cortado. Na corporação, utiliza-se o disco para

corte de ferro, aço ou concreto, de uso freqüente para a retirada de vítimas presas às ferragens

de veículos, arrombamentos de portas de aço (lojas) ou mesmo outros tipos e outras situações

onde caibam sua utilização, como, por exemplo, o corte de vergalhões em desabamentos.

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NÓS E AMARRAÇÕES

a) De extremidade:

_ Nó Simples

É o mais simples de todos os nós, sendo mais conhecido por “Nó Cego”. Será utilizado como

base para o Nó de Fita. Pode ser usado também para melhorar a pegada numa corda quando

esta é utilizada como apoio para a escalada a determinado ponto (“LEPAR”). Para tanto, um dos

métodos de confecção dos nós na corda é pelo processo de “fradear a corda”.

_ Nó em Oito

Também conhecido por “Alemão”. Será usado como base para a Azelha em Oito pela Ponta ou

para confecção da Azelha Dupla em Oito.

_ Nó de Frade

Utilizado basicamente para “falcaçar” as pontas das cordas. Também serve como base para o

Assento Americano quando passamos o cabo solteiro em volta da cintura e damos as duas voltas

com a corda, que nada mais é do que o nó em questão.

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b) De emenda ou junção:

_ Nó Direito

Utilizado para unir cordas de mesmo diâmetro. Deve obrigatoriamente ser arrematado, pois

quando “frouxo” desfaz-se com relativa facilidade. Será utilizado como finalização do Assento Americano.

_ Nó de Escota Simples

Seu uso destina-se a união de cordas de mesmo diâmetro ou de diâmetros diferentes.

Normalmente o utilizamos quando precisamos içar uma corda até determinado ponto através do

uso de uma retinida que é lançada até o chão.

_ Nó de Escota Dupla

Tem a mesma finalidade do Nó de Escota Simples, com a única e principal diferença de

aumentar a segurança evitando-se que o nó se desfaça. Em cordas molhadas é o ideal.

_ Nó de Fita

Também conhecido como “Nó Duplo”, é utilizado na maioria das vezes para unir as pontas de

fitas tubulares e/ou planas, formando anéis de fitas. Serve também para unir cordas, mas é pouco

utilizado para esse fim. Em nosso caso específico utilizaremos tal nó para unir pedaços de fitas

formando anéis que serão utilizados como “estropos” que poderão ser usados nas ancoragens.

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_ Nó Pescador Simples

É confeccionado basicamente fazendo-se um nó simples sobre outra corda e vice-versa. Utilizado

para unir cordas de mesmo diâmetro e nos arremates quando não for possível realizar o nó

Pescador Duplo devido ao comprimento insuficiente do chicote.

c) Alceados

_ Nó Azelha Simples

Nada mais é do que um Nó Simples realizado com o seio de uma corda. Destina-se a ancorar a

corda em determinado objeto pontiagudo ou na confecção de estribos. Seu inconveniente é o fato

de que, após submetido a tensão, fica difícil de desfazer-se. Pode ser feito pelo seio ou pela

ponta (“induzido”).

_ Nó Azelha em Oito

Confeccionado como o Nó em Oito (ou Alemão), só que pelo seio de uma corda. Sua vantagem

em relação ao Nó de Azelha Simples é que possui fácil soltura depois de submetido à tensão.

Pode ser feito pelo seio ou pela ponta (“induzido”). É um dos nós mais utilizados nos

“encordoamentos” às cadeirinhas (baudrier) por ser um dos mais seguros. Alguns o citam como

sendo Azelha Dupla, o que parece incorreto, pois após confecção tem-se apenas uma alça.

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_ Nó Azelha Dupla

A doutrina de um modo geral não apresenta uma definição exata do que seja uma Azelha Dupla.

Assim sendo, iremos considerar tal nó como sendo aquele que proporciona duas alças para

serem empregadas em trabalhos diversos.

_ Nó Lais de Guia Simples

Trata-se de um dos nós mais antigos utilizados por escaladores os quais, antes do invento das

cadeirinhas, o atavam ao peito para se “protegerem” em caso de queda (ficavam pendurados

pelo peito numa posição bem incômoda e que impunha um risco de vida caso não fossem

resgatados rapidamente). Não sendo arrematado torna-se um nó perigoso sendo apontado como

o “culpado” por alguns acidentes em altura.

_ Nó Lais de Guia Duplo

Muito utilizado nos encordoamentos, pois mesmo após ser submetido à tensão possui fácil

soltura. Por isso deve ser obrigatoriamente arrematado, preferencialmente com o Nó de Pescador

Duplo. Quando feito pelo seio é conhecido entre os bombeiros como Balso pelo Seio de Duas

Alças.

d) De arremate

_ Nó de Pescador Simples

Ver confecção e características na subunidade referente a nós de junção ou emenda. Uma

observação a se fazer é que quando se utiliza apenas uma das partes do nó como arremate,

pode ser denominado de “Meio Pescador Duplo”.

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_ Cote

Nada mais é do que um Nó Fiel confeccionado com o chicote da corda que sobra do nó principal

feito na outra corda. Detalhe: quando o desenho do nó assemelha-se ao Nó Boca de Lobo, o nó

não deve ser considerado como Cote.

e) De ancoragem

_ Nó Boca de Lobo

Quando feito pela ponta deve ser arrematado sob pena de desfazer-se quando submetido à

tensão. Seu uso mais comum é pelo seio da corda ou fita. É utilizado para fixação dos anéis de

fita à cadeirinha. Seu ponto negativo é que, ao ser submetido à tensão, realiza um “efeito

guilhotina” sobre si mesmo, reduzindo em muito a resistência da corda (cerca de55%).

_ Nó Fiel

Trata-se do nó mais conhecido no CBMERJ e a prova de adestramento no tocante a confecção

de nós reside justamente no fato do bombeiro conseguir confeccioná-lo em condições mais

adversas possíveis, como de olhos vendados, na perna, etc. É um nó muito utilizado no

montanhismo, porém alguns profissionais o contra indicam sob a alegação de que depois de

confeccionado e sob tensão, as cordas se sobrepõem fazendo um “efeito guilhotina” (mordendo).

Não obstante isso é um nó extremamente confiável e de fácil confecção, podendo inclusive ser

feito num mosquetão com apenas uma das mãos, caso a outra esteja ocupada. Sendo

confeccionado e tencionado sobre uma superfície lisa e cilíndrica, pode correr com carga

aproximada de 400 kgf. Daí a importância do arremate quando o nó for feito pela ponta.

_ Nó Lais de Guia Duplo

Seu principal inconveniente em ocorrências reais é a demora na confecção. Nos treinamentos,

quando houver tempo para preparar o local de instrução, é o nó mais indicado para as

ancoragens, pois é fácil de desfazer-se após ser submetido à tensão. É o preferido por

escaladores por ser fácil de desfazer-se depois de submetido à tensão, no encordoamento da

cadeirinha.

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f) Autoblocantes

_ Nó Prusik

Erroneamente chamado de Nó Prússico, é o nó autoblocante mais antigo que existe e seu nome

foi emprestado de seu inventor, um “músico” chamado Karl Prusik. Trata-se de um nó muito Sua

vantagem reside no fato de que pode ser confeccionado até mesmo com uma só mão e que se

trava em qualquer direção que for puxado. utilizado em “auto-resgates”. Alguns autores

recomendam apenas duas voltas em sua confecção. Por questões de segurança,

padronizaremos, no mínimo, três voltas.

_ Nó Machard

Também muito fácil de ser confeccionado, substitui à altura o Nó Prusik. Embora fique travado

em ambas as direções, é classificado como nó unidirecional (deve ser tracionado no sentido

oposto à alça).

_ Nó French Prusik

Também conhecido como Blocante Clássico, Machard pelo Seio ou Machard Bidirecional. É um

nó muito fácil de ser confeccionado e de ser afrouxado após receber carga. Sua característica

principal é a de aumentar em 200% a carga de ruptura do cordelete, uma vez que este é utilizado

de forma que fique dobrado, ou seja, o mosquetão é introduzido nas duas alças. Com isso, um

cordelete que tenha CR de750 kgf, p.ex., passa a suportar carga de 1500 kgf, desde que o nó

seja confeccionado com um número de voltas suficiente.

g) De segurança

_ Nó UIAA

De tão confiável, recebeu o nome da União Internacional das Associações de Alpinismo. Aliás, é

o único “dispositivo de frenagem” (freio) homologado pela referida entidade.Também conhecido

por Nó Dinâmico, serve como freio durante a segurança na escalada ou durante um rapel de

mergência. Seu inconveniente é que o princípio de funcionamento baseia-se no atrito gerado pela

fricção de duas partes da mesma corda numa peça metálica. Com isso, num uso constante, a

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corda poderia vir a se romper (isso no caso específico do rapel). Lembre-se que ele é para uma

emergência.

h) De tracionamento

_ Nó Paulista

Nó bastante conhecido dos caminhoneiros por facilitar o arranjo da carga na carroceria do

caminhão. Como o atrito de corda com corda não é recomendável, deve-se confeccionar o nó

utilizando mosquetão ou o freio em oito.

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PRIMEIROS SOCORROS

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A ÉTICA E A HUMANIZAÇÃO NA REALIZAÇÃO

DOS PRIMEIROS SOCORROS

Toda pessoa possui uma consciência moral que a faz distinguir entre o certo e o errado, entre o bem e o

mal, ou seja, é capaz de nortear suas atitudes pela ética a qual pode-se dizer: é um conjunto de valores, que

se tornam deveres em determinadas culturas ou grupos, sendo expressos em ações. A ética é, normalmente,

uma norma de cunho moral que obriga a conduta de uma determinada pessoa, sob pena de sanção

específica, mas pode também regulamentar o comportamento de um grupo particular de pessoas, como, por

exemplo, enfermeiros, médicos, etc. A ética profissional, mais conhecida como deontologia, caracteriza-se

como conjunto de normas ou princípios que têm por fim orientar as relações profissionais entre pares,

destes com os cidadãos, com as instituições a que servem, entre outros. como, por exemplo, o Código de

Ética da Enfermagem, Código de Ética Médica, etc. Assim como a atividade do médico e do enfermeiro está

norteada pelo Código de Ética, o socorrista também deve ter sua conduta orientada em um Código que o

obriga a prestar seu serviço de atendimento pré-hospitalar calçado em valores e deveres morais e

humanísticos, não menos importantes, que o dos códigos dos profissionais de saúde.

Ao longo do Curso, serão preconizados protocolos internacionais que conduzirão o socorrista a atingir

resultados de modo a que possam prestar socorro de forma adequada, contribuindo com os órgãos

competentes e à sociedade. Entretanto, a técnica não deve desvincular-se dos preceitos que regem a ética

que minimizam o sofrimento da vítima e humanizam a prestação de socorro, eis que a ruptura deste

equilíbrio afetará a eficácia do atendimento.

Para um atendimento pré-hospitalar de qualidade o socorrista deverá possuir além do equilíbrio

emocional e da competência técnico-científica, uma competência ética alicerçada nos valores humanísticos,

pois, humanizar o atendimento não é apenas chamar a vítima pelo nome, nem ter um sorriso nos lábios

constantemente, mas também compreender seus medos, angústias, insegurança e desconfiança, prestando-

lhe apoio e atenção permanente, dando-lhe a certeza de que não será abandonado (a) em nenhum momento

e que seus direitos serão respeitados.

O socorrista humanizado é aquele cujas ações tornam o atendimento a um traumatizado mais digno e

complacente com o seu sofrimento.

Um atendimento perfeito ocorre quando, mesmo com o sucesso do emprego de todas as técnicas dominadas

pelo socorrista, atende-se a dignidade da pessoa humana, angariando o respeito e a admiração da vítima e

de todos os envolvidos, pelo elevado grau de profissionalismo e respeito à dignidade humana.

1 Não focalizar somente o objeto traumático, para não limitar-se apenas às questões físicas, mas

também aos aspectos emocionais cujos danos podem tornar-se irremediáveis;

2 Manter sempre contato com a vitima, buscando uma empatia por parte da mesma cujos frutos serão

a confiança uma boa comunicação;

3 Prestar atenção nas queixas, tentando sempre que possível aliviar a dor da vítima;

4 Manter a vitima, sempre que possível, informada quanto aos procedimentos a serem adotados;

5 Respeitar o modo de vida do traumatizado;

6 Respeitar a privacidade e o pudor, evitando expor a vítima sem necessidade;

7 Não julgar a conduta social da vítima. O atendimento deverá ser imparcial; Ter atenção especial

com crianças e idosos.

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Atendimento pré-hospitalar-APH

Atendimento pré hospitalar (APH) é o atendimento emergencial em ambiente extra-hospitalar (fora do

hospital). É um dos elos da cadeia de atendimento a vítimas sendo também conhecida como primeiros socorros ou

resgate.

É destinado às vítimas de trauma (acidentes de trânsito, acidentes industriais, acidentes aéreos etc), violência

urbana (baleado, esfaquado etc), mal súbito (emergências cardiológicas, neurológicas etc) e distúrbios

psiquiátricos visando a sua estabilização clínica e remoção para uma unidade hospitalar adequada.

APH é realizado por profissionais especialmente treinados, (auxiliares e técnicos de enfermagem, enfermeiros

e médicos), no Brasil estes serviços de APH são na maioria realizados pelo SAMU e pelo Corpo de Bombeiros,

equipes altamente treinadas prontas a darem o suporte básico de vida aos traumatizados. Estes são subdivididos em

Equipe de Salvamento, Equipe de Suporte Básico à Vida (SBV) e Equipe de Suporte Avançado à Vida (SAV).

Com o surgimento do Bombeiro Profissional Civil, esta atividade também passou a ser exercida pelos

mesmos dentro de unidades privadas ( shopping’s, eventos, etc...), uma vez que recebem treinamento

especializado para esta prática, iniciando-se assim o atendimento básico de primeiros- socorros e o acionamento

das equipes de resgate (SAMU, bombeiros).

Primeiros socorros

Primeiros socorros são uma série de procedimentos simples com o intuito de manter vidas em situações de

emergência, feitos por pessoas comuns com esses conhecimentos, até a chegada de atendimento médico

especializado.

O melhor é obter treino em primeiros socorros antes de se precisar usar os procedimentos em quaisquer situações

de emergência.

Diversas situações podem precisar de primeiros socorros. As situações mais comuns são para atender vítimas de

acidentes automobilísticos, atropelamentos, incêndios, tumultos, afogamentos, catástrofes naturais, acidentes

industriais, tiroteios ou para atender pessoas que passem mal: apoplexia (ataque cardíaco), ataques epilépticos,

convulsões, etc.

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1 Princípios Básicos dos Primeiros Socorros 2 Salvar Vida ;

3 Evitar o agravamento das lesões;

4 Alivia a dor;

5 Estabilizar a vitima (manter o sinais vitais);

6 Realizar o Transporte adequado.

Conceitos Importantes :

Emergência: Situação em que a vida de uma pessoa encontra-se ameaçada naquele exato momento, requer

atenção imediata. Ex: Parada Cardio-respiratória

Urgência: Situação que embora mereça atenção, não coloca a vida da vitima em risco iminente. Ex: Entorse

Trauma: Energia vulnerante capaz de produzir lesão.

Sinal: É a informação obtida a partir da observação da vítima.

Sintoma: É a informação a partir de um relato da vítima.

Socorrista

É a pessoa técnicamente capacitada e habilitada para, com segurança avaliar e identificar problemas que

comprometem a vida. Cabe ao socorrista prestar o adequado socorro pré-hospitalar e o transporte da vítima sem

agravar as lesões já existentes.

Socorrista > decisões corretas > bons resultados > depende de uma base de conhecimentos sólidos.

Características básicas de um socorrista

1 Ter espírito de liderança

2 Ter bom senso, compreensão, tolerância e paciência;

3 Saber planejar e executar suas ações;

4 Saber promover e improvisar com segurança;

5 Ter iniciativas e atitudes firmes;

6 Ter, acima de tudo, o espírito de solidariedade humana, o “Amor ao Próximo”

7 Reconhecer suas limitações

8 Criatividade

Aspectos legais dos primeiros socorros

• Art. 135 – constitui crime deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à criança

abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou em grave e iminente perigo; ou não

pedir, nesses casos, o socorro da autoridade pública.

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Pela lei, um indivíduo pode ser enquadrado em lesão corporal ou homicídio culposo quando incorre em um

ou mais dos seguintes elementos:

Negligência: Não tomar as devidas precauções.

Ex:. Dirigir com criança pequena no banco da frente.Se houver um acidente com vítimas, pode ser configurado

um homicídio culposo por negligência.

Imprudência: Agir de forma arriscada.

Ex:. Brincar com armas de fogo, atravessar farol vermelho etc...

Imperícia: Falta de técnica ou devido conhecimento. Geralmente aplicável a profissionais como médico,

bombeiro civil, o operário, etc..

Ex.: o socorrista que utilizar o reanimador manual (Ambu), sem executar corretamente, por ausência de prática, as

técnicas de abertura das vias aéreas, durante a reanimação.

Direitos da vítima

Recusa do atendimento

•Não discuta com a vítima.

• Não questione suas razões, principalmente se elas forem baseadas em crenças religiosas.

• Não toque na vítima, isto poderá ser considerado como violação dos seus direitos.

• Converse com a vítima, informe a ela que você possui treinamento em primeiros socorros, que irá respeitar o

direito dela de recusar o atendimento, mas que está pronto para auxiliá-la no que for necessário.

crianças,

A recusa do atendimento pode ser feita pelo pai, pela mãe ou pelo responsável legal. Se a criança é retirada do

local do acidente antes da chegada do socorro especializado, o prestador de socorro deverá, se possível, arrolar

testemunhas que comprovem o fato.

O consentimento pode ser

• formal, quando a vítima verbaliza ou sinaliza que concorda com o atendimento,

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• implícito, quando a vítima esteja inconsciente, confusa ou gravemente ferida a ponto de não poder verbalizar ou

sinalizar consentindo com o atendimento.

Cada acidente é diferente de outro e, por isso, só se pode falar na melhor forma de socorro quando se sabe

quais as suas características.

Um veículo que está se incendiando, um local perigoso (uma curva, uma ponte estreita), vítimas presas nas

ferragens, a presença de cargas perigosas, etc, tudo isso interfere na forma do socorro.

Estas ações também vão ser diferentes caso haja outras pessoas iniciando os socorros, ou mesmo se você estiver

ferido.

Função do socorrista

1 Mantenha a calma;

2 Afaste os curiosos;

3 Evitar 2º trauma

4 Faça uma barreira com seu carro, protegendo você e a vítima de um novo trauma;

5 Chame uma ambulância;

6 Evite movimentos desnecessários da vítima, para não causar maiores e/ou novas lesões, ex. lesões na

coluna cervical , hemorragias ,etc;

7 Utilize luvas, para evitar contato direto com sangue ou outras secreções.(luvas descartáveis).

O importante é ter sempre em mente a seqüência dessas ações. E também saber que uma ação pode ser

iniciada sem que outra tenha sido terminada. Como, por exemplo, começar a garantir a segurança, sinalizando o

local, parar para pedir socorro e voltar depois a completar a segurança do local, controlando ainda toda a situação.

Com calma e bom senso, os primeiros socorros podem evitar que as conseqüências do acidente sejam ampliadas

(ABRAMET, 2005).

Avaliação da cena

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O socorrista deverá avaliar o local da ocorrência, observando principalmente os seguintes aspectos (3 S):

1 Situação ( o que realmente aconteceu?, mecanismo de trauma e nª de vítimas);

2 Segurança ( potencial de risco, EPI’s);

3 Sinalização.

Figura: sinalização de cena de colisão moto x poste.

O socorrista deve avaliar minuciosamente o local do acidente;

Avaliar o mecanismo do trauma (cinemática do trauma);

Condições de segurança do cenário (a cena é segura?);

Solicitar auxílio (SAMU ou Bombeiros);

Isolar a área;

Sinalizar a área;

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1 EM UM ACIDENTE COM VÍTIMAS, QUANDO POSSÍVEL, DEVEMOS MANTER O

TRÁFEGO FLUINDO POR VÁRIOS MOTIVOS. PARA A VÍTIMA O MAIS IMPORTANTE É:

2 A VIATURA DO RESGATE CHEGAR ATÉ ELA.

1 PARA EMPREGAR UMA PESSOA NA SINALIZAÇÃO DO ACIDENTE É NECESSÁRIO QUE:

1 ESTA FIQUE NA LATERAL DA PISTA SEMPRE DE FRENTE PARA O FLUXO DOS

VEÍCULOS.

Manter a Calma

Manter a calma é a primeira atitude que você deve tomar no caso de um acidente.

Cada pessoa reage de forma diferente, e é claro que é muito difícil ter atitudes racionais e coerentes na

situação: o susto, as perdas materiais, a raiva pelo ocorrido, o pânico no caso de vítimas, etc.

Tudo colabora para que as nossas reações sejam intempestivas, mal-pensadas. Deve-se ter cuidado, pois

ações desesperadas normalmente acabam agravando a situação.

Por isso, antes de agir, é fundamental recobrar rapidamente a lucidez, reorganizar os pensamentos e se

manter calmo.

Segundo a ABRAMET (2005), para ficar calmo após um acidente é imprescindível seguir o seguinte roteiro:

1) Parar e pensar! Não fazer nada por instinto ou por impulso;

2) Respirar profundamente, algumas vezes;

3) Ver se você sofreu ferimentos, caso seja um dos envolvidos;

4) Avaliar a gravidade geral do acidente;

5) Confortar os ocupantes do seu veículo;

6) Manter a calma. Você precisa dela para controlar a situação e agir.

2 Como Garantir a Segurança de Todos

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As diversas ações num acidente de trânsito podem ser feitas por mais de uma pessoa, ao mesmo tempo.

Enquanto uma pessoa telefona, outra sinaliza o local e assim por diante. Assim, ganha-se tempo para o

atendimento, fazer a sinalização e garantir a segurança no local.

Os acidentes acontecem nas ruas e estradas, impedindo ou dificultando a passagem normal dos outros

veículos. Por isso, esteja certo de que situações de perigo vão ocorrer (novos acidentes ou atropelamentos), se

você demorar muito ou não sinalizar o local de forma adequada. Segundo a ABRAMET (2005), algumas regras

são fundamentais para você fazer a sinalização do acidente:

a) Iniciar a sinalização em um ponto em que os motoristas ainda não possam ver o acidente;

Não adianta ver o acidente quando já não há tempo suficiente para parar ou diminuir a velocidade. No caso

de vias de fluxo rápido, com veículos ou obstáculos na pista, é preciso alertar os motoristas antes que eles

percebam o acidente. Assim, vai dar tempo para reduzir a velocidade, concentrar a atenção e desviar. Então, não

se esqueça que a sinalização deve começar antes do local do acidente ser visível.

Nem é preciso dizer que a sinalização deverá ser feita antes da visualização nos dois sentidos (ida e volta),

nos casos em que o acidente interferir no tráfego das duas mãos de direção.

b) Demarcar todo o desvio do tráfego até o acidente;

Não é só a sinalização que deve se iniciar bem antes do acidente. É necessário que todo o trecho, do início da

sinalização até o acidente, seja demarcado, indicando quando houver desvio de direção. Se isso não puder ser

feito de forma completa, faça o melhor que puder, aguardando as equipes de socorro, que deverão completar a

sinalização e os desvios.

c) Manter o tráfego fluindo;

Outro objetivo importante na sinalização é manter a fluidez do tráfego, isto é, apesar do afunilamento

provocado pelo acidente, deve sempre ser mantida uma via segura para os veículos passarem.

Faça isso por duas razões: se ocorrer uma parada no tráfego, o congestionamento, ao surgir repentinamente,

pode provocar novas colisões. Além disso, não se esqueça que, com o trânsito parado, as viaturas de socorro vão

demorar mais a chegar.

Para manter o tráfego fluindo, tome as seguintes providências:

• Manter, dentro do possível, as vias livres para o tráfego fluir;

• Colocar pessoas ao longo do trecho sinalizado para cuidarem da fluidez;

• Não permitir que curiosos parem na via destinada ao tráfego.

d) Sinalizar o local do acidente;

Ao passar por um acidente, todos ficam curiosos e querem ver o que ocorreu, diminuindo a marcha ou até

parando. Para evitar isso, alguém deverá ficar sinalizando no local do acidente, para manter o tráfego fluindo e

garantir a segurança.

Existem muitos materiais fabricados especialmente para sinalização, mas na hora do acidente,

provavelmente, você terá apenas o triângulo de segurança à mão, já que ele é um dos itens obrigatórios de todos

os veículos. Use o seu triângulo e os dos motoristas que estejam no local. Não se preocupe, pois com a chegada

das viaturas de socorro, eles já poderão ser substituídos por equipamentos mais adequados e devolvidos aos seus

donos.

Outros itens que forem encontrados nas imediações também podem ser usados, como: galhos de árvore,

cavaletes de obra, latas, pedaços de madeira, pedaços de tecidos, plásticos etc.

À noite ou com neblina, a sinalização deve ser feita com materiais luminosos. Lanternas, pisca-alerta e faróis dos

veículos devem sempre ser utilizados.

O importante é lembrar que tudo o que for usado para sinalização deve ser de fácil visualização e não pode

oferecer risco, transformando-se em verdadeiras armadilhas para os passantes e outros motoristas.

O emprego de pessoas sinalizando é bastante eficiente, porém é sempre arriscado. Ao se colocar pessoas na

sinalização, é necessário tomar alguns cuidados:

• Suas roupas devem ser coloridas e contrastar com o terreno;

• As pessoas devem ficar na lateral da pista sempre de frente para o fluxo dos veículos;

• Devem ficar o tempo todo agitando um pano colorido para alertar os motoristas;

• Prestar muita atenção e estar sempre preparado para o caso de surgir algum veículo desgovernado.

As pessoas nunca devem ficar logo depois de uma curva ou em outro local perigoso. Elas têm que ser vistas, de

longe, pelos motoristas.

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A sinalização deve ser iniciada, para ser visível pelos motoristas de outros veículos, antes que eles vejam o

acidente.

Não adianta falar em metros, é melhor falar em passos, que podem ser medidos em qualquer situação. Cada

passo bem longo (ou largo) de um adulto corresponde a aproximadamente um metro.

As distâncias para o início da sinalização são calculadas com base no espaço necessário para o veículo parar

após iniciar a frenagem, mais o tempo de reação do motorista. Assim, quanto maior a velocidade, maior deverá ser

à distância para iniciar a sinalização. Na prática, a recomendação é seguir a tabela abaixo, onde o número de

passos longos corresponde à velocidade máxima permitida no local.

Tipo da via Velocidade

máxima

permitida

Distância para início

da sinalização (pista

seca)

Distância para início da sinalização

(chuva, neblina, fumaça, à noite)

Vias locais 40 km/h 40 passos longos 80 passos longos

Avenidas 60 km/h 60 passos longos 120 passos longos

Vias de fluxo rápido 80 km/h 80 passos longos 160 passos longos

Rodovias 100 km/h 100 passos longos 200 passos longos

Não se esqueça que os passos devem ser longos e dados por um adulto. Se não puder, peça a outra pessoa

para medir a distância.

Como se vê na tabela, existem casos onde as distâncias deverão ser dobradas, como à noite, com chuva,

neblina, fumaça.

À noite, além de aumentar a distância, a sinalização deverá ser feita com materiais luminosos.

Existem ainda outros casos que comprometem a visibilidade do acidente, como curvas e lombadas. Veja

como proceder nestes casos:

Quando você estiver contando os passos e encontrar uma curva, pare a contagem. Caminhe até o final da

curva e então recomece a contar a partir do zero. Faça a mesma coisa quando o acidente ocorrer no topo de uma

elevação, sem visibilidade para os veículos que estão subindo.

e) Como identificar riscos para garantir mais segurança;

O maior objetivo deste manual é dar orientações para que, numa situação de acidente, você possa tomar

providências a fim de:

1. Evitar o agravamento do acidente, com novas colisões, atropelamentos ou incêndios;

2. Garantir que as vítimas não terão suas lesões agravadas por uma demora no socorro ou uma remoção mal feita.

Segundo a ABRAMET (2005), além das providências como acionar o socorro, sinalizar o acidente e assumir

o controle da situação, se deve também observar os itens complementares de segurança, tendo em mente as

seguintes questões:

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• Eu estou seguro?

• Minha família e os passageiros de meu veículo estão seguros?

• As vítimas estão seguras?

• Outras pessoas podem se ferir?

• O acidente pode tomar maiores proporções?

Para isso, é preciso evitar os riscos que surgem em cada acidente, agindo rapidamente para evitá-los.

f) Os riscos mais comuns e quais os cuidados iniciais;

É só acontecer um acidente que podem ocorrer várias situações de risco. De acordo com a ABRAMET

(2005), as principais são:

Novas Colisões

Ao sinalizar adequadamente o local do acidente, seguindo as instruções anteriormente mencionadas, fica

bem reduzida a possibilidade de novas colisões. Porém, imprevistos acontecem. Por isso, nunca é

demais usar simultaneamente mais de um procedimento, aumentando ainda mais a segurança.

Atropelamentos

Adotar as mesmas providências empregadas para evitar novas colisões. Mantendo o fluxo de veículos na

pista livre. Orientando para que curiosos não parem na área de fluxo e que pedestres não fiquem caminhando pela

via.

Isolar o local do acidente e evitar a presença de curiosos. Fazer isso, sempre solicitando auxílio e

distribuindo tarefas entre as pessoas que querem ajudar, mesmo que estas precisem ser orientadas.

Incêndio

Sempre existe o risco de incêndio. E ele aumenta bastante quando ocorre vazamento de combustível. Nesses

casos é importante adotar os seguintes procedimentos:

• Afastar os curiosos;

• Se for fácil e seguro, desligar o motor do veículo acidentado;

• Orientar para que não fumem no local;

• Pegar o extintor de seu veículo e deixe-o, pronto para uso, a uma distância segura do local de risco;

• Se houver risco elevado de incêndio e, principalmente, com vítimas presas nas ferragens, pedir a outros

motoristas que façam o mesmo com seus extintores, até a chegada do socorro.

Há dois tipos de extintor para uso em veículo: o do tipo BC, destinado a apagar fogo em combustível e em

sistemas elétricos, e o do tipo ABC, que também apaga o fogo em componentes de tapeçaria, painéis, bancos e

carroçaria. O extintor tipo BC deverá ser substituído pelo tipo ABC, a partir de 2005, assim que expirar a validade

do cilindro (Resolução n.º 157 CONTRAN). Verifique o tipo do extintor e a validade do cilindro. Saiba sempre

onde ele está em seu veículo.

Normalmente, seu lugar é próximo ao motorista para facilitar a utilização. Dependendo do veículo, ele pode

estar fixado:

• no banco sob as pernas do motorista;

• na lateral próximo aos pedais;

• na lateral do banco do motorista;

• sob o painel do lado do passageiro.

É importante verificar também, como é que se faz para tirá-lo de sua posição. Não deixe para ver isso numa

emergência.

Nunca um extintor deve ser guardado no porta-malas ou em outro lugar de difícil acesso. O extintor

deve ser mantido sempre carregado e com a pressão adequada. A sua carga deve ser trocada conforme a

regulamentação de trânsito e, também, sempre que o ponteiro do medidor de pressão estiver na área vermelha.

Para usar o extintor, deve-se seguir as seguintes instruções:

• Manter o extintor em pé, na posição vertical;

• Quebrar o lacre e acionar o gatilho;

• Dirigir o jato para a base das chamas e não para o meio do fogo;

• Fazer movimentos em forma de leque, cobrindo toda a área em chamas;

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• Não jogar o conteúdo aos poucos. Para um melhor resultado, empregar grandes quantidades de produto, se

possível com o uso de vários extintores ao mesmo tempo.

Explosão

Se o acidente envolver algum caminhão de combustível, gás ou outro material inflamável que esteja vazando

ou já em chamas, a via deve ser totalmente interditada, conforme as distâncias recomendadas e todo o local

evacuado.

Cabos de eletricidade

Nas colisões com postes é muito comum que cabos elétricos se rompam e fiquem energizados, na pista ou

mesmo sobre os veículos. Alguns desses cabos são de alta voltagem e podem causar mortes. Jamais tenha contato

com esses cabos, mesmo que ache que eles não estão energizados.

No interior dos veículos as pessoas estão seguras, desde que os pneus estejam intactos e não haja nenhum contato

com o chão. Se o cabo estiver sobre o veículo, elas podem ser eletrocutadas ao tocar o solo. Isso já não ocorre se

permanecerem no seu interior, pois o mesmo está isolado pelos pneus.

Outro risco é do cabo chicotear próximo a um vazamento de combustível, pois a faísca produzida poderá

causar um incêndio.

Mesmo não havendo esses riscos, não se deve mexer nos cabos, apenas isolar o local e afastar os curiosos.

Caso exista qualquer dos riscos citados ou alguém eletrocutado, recomenda-se usar um cano longo de

plástico ou uma madeira seca e, num movimento brusco, afastar o cabo. Não se pode fazer isso com bambu, metal

ou madeira molhada. Nem nunca imaginar que o cabo já esteja desligado.

Óleo e obstáculos na pista

Os fragmentos dos veículos acidentados devem ser removidos da pista onde há trânsito de veículos e, se

possível, jogar terra ou areia sobre o óleo derramado.

Normalmente, isso é feito depois pelas equipes de socorro, mas se houver segurança para adiantar esta ação,

pode-se evitar mais riscos no local.

Vazamento de produtos perigosos

Interditar totalmente a pista e evacuar a área, quando veículos que transportam produtos perigosos estiverem

envolvidos no acidente e existir algum vazamento. Fazer a sinalização como já foi descrito.

Doenças infecto-contagiosas

Hoje, as doenças infecto-contagiosas são uma realidade. É necessário evitar qualquer contato com o sangue

ou secreções das vítimas nos acidentes. Por isso, tenha sempre em seu veículo um par de luvas de borracha para

tais situações. Podem ser luvas de procedimentos usadas pelos profissionais ou simples luvas de borracha para

uso doméstico.

Limpeza da pista

Encerrado o atendimento e não havendo equipes especializadas no local, deve-se retirar da pista a

sinalização de advertência do acidente e outros objetos que possam representar riscos ao trânsito de veículos.

Como Controlar a Situação

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É necessário observar se alguém já tomou a iniciativa e está à frente das ações, caso já tenha ocorrido

ofereça-se para ajudar.

Se ninguém ainda tomou a frente, verifique se entre as pessoas presentes há algum médico, bombeiro,

policial militar ou qualquer profissional acostumado a lidar com este tipo de emergência.

Se não houver ninguém mais capacitado, assuma o controle e comece as ações. Com calma você vai

identificar o que é preciso fazer primeiro, mas tenha sempre em sua cabeça que:

• A ação inicial define todo o desenvolvimento do atendimento;

• Você precisa identificar os riscos para definir as ações.

Nem todo mundo está preparado para assumir a liderança após um acidente. Este pode ser o seu caso, mas

numa emergência você poderá ter que tomar a frente.

Siga as recomendações adiante, para que todos trabalhem de forma organizada e eficiente, diminuindo o

impacto do acidente:

• Mostre decisão e firmeza nas suas ações;

• Peça ajuda aos outros envolvidos no acidente e aos que estiverem próximos;

• Distribua tarefas às pessoas, ou

• Forme equipes para executar as tarefas;

• Não perca tempo discutindo;

• Passe as tarefas mais simples, nos locais mais afastados do acidente, às pessoas que estejam mais

desequilibradas ou contestadoras;

• Trabalhe muito, não fique só dando ordens;

• Motive a todos, elogiando e agradecendo cada ação realizada (ABRAMET, 2005).

4 Como Pedir o Socorro

Solicite um socorro profissional o mais rápido possível, pois quanto mais cedo ele chegar, melhor para as

vítimas do acidente.

Atualmente, no Brasil contamos com diversos serviços de atendimento às emergências. As Unidades de

Resgate, pertencentes aos Corpos de Bombeiros, os SAMUs, os atendimentos das próprias rodovias ou outros

tipos de socorro, recebem chamados por telefone, fazem uma triagem prévia e enviam equipes treinadas em

ambulâncias equipadas. No próprio local, após uma primeira avaliação, os feridos são atendidos

emergencialmente para que, em seguida, possam ser transferidos aos hospitais.

São serviços gratuitos, que têm, em muitos casos, números de telefone padronizados em todo o Brasil. Use o

seu celular, o de outra pessoa, os telefones dos acostamentos das rodovias, os telefones públicos ou peça para

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alguém que esteja passando pelo local que vá até um telefone ou um posto rodoviário e acione rapidamente o

Socorro.

Os telefones de emergência mais comuns

Serviços e telefones de emergência Quando acionar

Resgate do Corpo de Bombeiros - 193 • Vítimas presas em ferragens;

• Qualquer situação de risco envolvendo fogo

fumaça, faísca, vazamento de substâncias,

gases, líquidos, combustíveis, locais instáveis

como ribanceiras, valas, muros abalados, etc.

SAMU - Serviço de Atendimento Móvel de Urgência –

192

• Emergências clínicas;

• Mal súbito em via pública;

* Emergências traumáticas.

Iniciando o socorro às vítimas

Infelizmente, vão existir algumas situações que o socorro, mesmo chegando rapidamente e com equipamentos

e profissionais treinados, pouco poderá fazer pela vítima. Mesmo nestas situações difíceis, não se espera que

alguém não habilitado faça algo para o qual não esteja preparado ou treinado.

Segundo a ABRAMET (2005) são quatro os procedimentos que podem agravar a situação das vítimas:

• movimentar uma vítima

• retirar capacetes de motociclistas

• aplicar torniquetes para estancar hemorragias (cautela)

• dar alguma coisa para a vítima tomar

Atendimento Inicial

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Exame Primário

CHECAR A RESPOSTA DA VÍTIMA · Ajoelhe-se ao lado da vítima ao nível de seus ombros.

· Estimule a vítima verbalmente e balançando levemente os ombros para avaliar o nível de consciência - Você está

me ouvindo?

· Uma resposta verbal da vítima indica a ausência da necessidade de RCP - Vítima viva.

Automatismo

- prioridades

- lesões com risco de morte

(falta de oxigenação adequada aos

tecidos choque)

Figura: vítima sendo avaliada

Caso a vítima esteja com o ventre para baixo, ela só deve ser movida se não responder a seus estímulos - vítima

inconsciente - e se não houver certeza da presença de respiração.

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· Cuidado com a coluna cervical em casos de trauma (cheque a resposta da vítima olhando-a nos olhos, para

evitar que se vire).

NO CASO DE AUSÊNCIA NA RESPOSTA - ATIVE O SISTEMA SEM (LIGUE 192 ou 193) E INICIE O

ABC

A avaliação da vítima segue a seqüência alfabética (A, B, C, D e E) que aborda procedimentos para avaliar

rapidamente o acidentado, identificando e tratando os traumas que põem em risco sua vida.

Impressão geral (15 a 30s)

Estados:

- respiratório

- circulatório

- neurológico

A Liberar as vias aéreas

• Elevação do queixo

• Tração da mandíbula

Imobilizar coluna

cervical

• Colar cervical

B Verificar a respiração

(ver, ouvir e sentir)

• Caso haja ausência dos

movimentos respiratórios,

iniciar respiração

artificial.

C Verificar circulação

• Pulsação (se ausente

aplicar a RCP)

• Perfusão capilar

periférica

• Hemorragia

• Estado de Choque

D Avaliar nível de

consciência

• A – alerta

• C – confuso

• D – dor

• N – nenhum

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E Exposição da vítima

• Vitima consciente

• Exame da cabeça aos pés

A -Desobstrução das vias aéreas e imobilização da coluna cervical

Consiste na liberação das vias aéreas da vítima, para que a mesma não fique impossibilitada de respirar.

Caso não ocorra a desobstrução, a vítima poderá morrer ou ter danos irreversíveis no cérebro.

A obstrução das vias aéreas superiores é a causa mais comum da parada respiratória.

· A queda da língua sobre a faringe é a causa mais comum de obstrução de vias aéreas superiores. Os corpos

estranhos são menos comuns.

· A desobstrução tem prioridade em pacientes que não respondem.

Manobras de abertura de vias aéreas:

Figura: abertura de via aérea com elevação do queixo.

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Figura: tração da mandíbula.

* Patência das vias aéreas

• Perigo de obstrução

• Suspeita de lesão medular - alinhamento e imobilização de todo o corpo do paciente (colar cervical e prancha

rígida).

1 OBJETOS OU ALIMENTOS TAMBÉM PODEM CAUSAR OBSTRUÇÃO DAS VIAS AÉREA S

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Nesses casos pode-se utilizar a

Manobra de Heimlich:

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1º passo:

2 coloque a pessoa em pé, abrace-a pelas costas apertando com seus braços a região epigástrica (“boca”

do estômago) da pessoa.

2º passo:

Manobra de Heimlich em adulto inconsciente:

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Compressões abdominais, varredura digital, verificar ausência de respiração, iniciar respiração artificial

(se necessário)

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Manobra de Heimlich em crianças:

Utilizar menos força nas compressões, associar tapotagem (crianças pequenas)

Manobra de Heimlich em Bebês:

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Não utilizar compressões abdominais! Combinar tapotagem (5) com compressões torácicas (5), varredura

digital (dedo mínimo) + respiração artificial (bebê inconsciente)

Manobra de Heimlich em você mesmo:

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Cânula de Guedel:

Figura: medindo a numeração da cânula-da rima da boca ao lóbulo da orelha.

Figura: introduza invertida e gire-a.

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Figura: posição final

Colocando o colar cervical:

Figura: imobilização de coluna cervical com colar cervical.

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B- Respiração (ventilação)

1 Veja os movimentos respiratórios. Observe a simetria da expansão e contração do tórax e a ausência de

esforço para executar esses movimentos;

2 Ouça o ar entrando e saindo do nariz e da boca. Os sons devem ser como os que normalmente ouvimos na

respiração ( sem roncos, não estar ofegante);

3 Sinta o ar, entrando e saindo do nariz e da boca.

Administração de Oxigênio

• Freqüência ventilatória

- Apnéia (parada respiratória);

- Lenta

- Normal

- Rápida

-Muito rápida

=> Observar profundidade e freqüência

ventilatórias

Figura: ver, ouvir e sentir.

Figura: respiração boca-a-boca.

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VENTILAÇÃO - BOCA - a - BOCA - Como fazer? 1

o - Obstrução do Nariz: obstrua o nariz com os dedos polegar e indicador com a mesma mão que inclina a cabeça.

2o - Ventilação (soprar o Ar): Adapte a sua boca à do paciente de forma que não haja vazamentos, e sopre o ar pela

boca da vítima.

· A cada ventilação o tórax deve se elevar, fato que confirma um boca-a-boca eficaz.

· Após a primeira ventilação você deve virar a sua cabeça lateralmente observando o tórax e aguardar os pulmões

se esvaziarem para fazer a segunda respiração artificial - total de 2 ventilações.

· Mantenha as vias aéreas desobstruídas na inspiração e expiração.

· O volume de ar insuflado deve ser o suficiente para elevar o tórax. No Lactente geralmente o ar contido na boca é

o volume suficiente para ventilar.

· Se o tórax não se elevar após a primeira ventilação - repita a hiperextensão do pescoço e tente novamente o boca-

a-boca - Se não resolver - pense em obstrução por corpo estranho e execute a manobra de Heimlich (ver adiante).

· As próteses dentárias só devem ser retiradas se estiverem fora do lugar.

· O socorrista sela sua boca sobre a boca da vítima e efetua duas ventilações completas com intervalo de 3 a 5

segundos entre cada uma.

· O tempo de insuflação de cada ventilação deve ser de 1 a 2 segundos. Ventilações mais rápidas causam distensão

gástrica e vômitos freqüentes. Em lactentes, inclua também o nariz na boca do socorrista (Boca-a-Boca/Nariz).

· O importante durante a ventilação boca-a-boca é a observação da elevação e abaixamento do tórax, o que

significa o bom resultado da sua manobra.

Freqüência respiratória:

1 Homem: 13 – 18 ipm ( insuflações por minuto);

2 Mulher: 15 – 20 ipm;

3 Recém-nascido: 30 – 50 ipm;

4 Prematuros: 30 – 110 ipm.

Figura: Ambu- reanimador manual

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Figura: máscara Pocket Masc.

Tenha a certeza de desobstruir as vias aéreas para fazer este diagnóstico.

· Se não houver movimentação do tórax e fluxo de ar pela boca - parada respiratória (apnéia).

· Estas manobras de reconhecimento devem durar 5 segundos.

· A desobstrução das vias aéreas (A) e a avaliação da respiração (B) devem ser completadas em 10 a 15 segundos.

C- Circulação e sangramento

DETERMINAR O PULSO ARTERIAL NA ARTÉRIA CARÓTIDA · Ausência do pulso arterial da carótida - parada cardíaca.

· Em lactentes a verificação é feita no pulso braquial.

· A manobra de verificação do pulso deve levar de 5 a 10 segundos.

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Figura: palpação de pulso carotídeo

COMPRESSÃO CARDÍACA EXTERNA

· Aplicação de pressão sobre o tórax da vítima fazendo o sangue circular por todo o corpo.

· Só deve ser iniciada se não houver pulso arterial ou sinais de circulação - Parada Cardíaca.

10 - Tenha certeza de que não há pulso arterial ou sinais de circulação - parada cardíaca.

20 - Localize o ponto ideal utilizando os dedos indicador e médio através do abdome, de baixo para

cima até localizar o encontro das duas últimas costelas. Neste ponto você encontrará um osso pontiagudo

chamado apêndice xifóide. O ponto ideal será dois dedos acima.

30 - Coloque uma mão sobre o dorso da outra, com os dedos entrelaçados em flexão dorsal, e com os punhos em

extensão palmar.

40 - Com os cotovelos estendidos em angulo reto, debruçado sobre a vítima e usando o seu próprio peso, faça

pressão sobre o osso esterno de forma perpendicular sem apoiar-se sobre as costelas.

50 - Na compressão você deve fazer uma depressão aproximada de 3 a 5 cm no adulto. Em crianças a região de

compressão cardíaca é a mesma do adulto, porém utiliza-se menor força, e somente uma mão. No lactente

coloque o dedo indicador na linha imaginária entre os dois mamilos e suspenda o dedo indicador mantendo os

dedos anelar e médio- dois dedos - realizando a compressão de 1 a 3 cm.

60 - Faça a compressão cardíaca sem retirar a mão do local marcado permitindo ao tórax retornar ao normal. O

tempo de compressão e descompressão devem ser o mesmo. A velocidade de compressões é de 100 vezes por

minuto para adultos e crianças. Em lactentes devemos fazer 120 compressões cardíaca por minuto.

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1 Para cada 30 compressões cardíacas 2 movimentos respiratórios. Seguir a seqüência até a chegada

do socorro médico ou até o recuperação dos movimentos cardíacos e respiratórios espontâneas.

QUANDO INICIAR AS MANOBRAS?

Confirmada a PCR, a RCP deve ser iniciada em todos os pacientes, exceto em 3 situações:

Rigor mortis (enrigecimento cadavérico).

Livores (mancha violácea em dorso).

Decomposição corporal (falta parte do corpo, putrefação ou outros).

QUANDO PARAR AS MANOBRAS?

Uma vez iniciada a RCP só pare quando:

Houver resposta e forem restabelecidas as funções respiratória e os batimentos cardíaco.

Houver exaustão do socorrista.

A chegada de uma equipe médica (Suporte Avançado de Vida).

· Existem casos de sucesso na reanimação em afogamento após 2 horas de RCP.

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COMPLICAÇÕES DA RCP

· Siga as técnicas correta de RCP para minimizar as complicações.

· Mesmo seguindo as técnicas corretas podem ocorrer: fraturas de costelas e esterno, pneumotórax (ar em tórax),

hemotórax (sangue em tórax), trauma pulmonar, lacerações do fígado e/ou baço, e embolia gordurosa.

PROGNÓSTICO APÓS RCP

· O melhor resultado da RCP ocorre quando o Suporte Básico de Vida é iniciado em até 4 minutos, seguido pelo

Suporte Avançado de Vida em até 8 minutos.

· As melhores respostas a RCP ocorrem em: Infarto agudo do miocárdio, casos de fibrilação ventricular,

hipotermia, "overdose", obstrução de vias aéreas, parada respiratória primária e afogamento.

· Existem casos de afogamento atendidos por nosso grupo, que foram reanimados com mais de 15 minutos de

submersão, sem seqüelas, o que justifica todo empenho realizado nestes casos.

RISCO DE TRANSMISSÃO DE DOENÇAS DURANTE A RCP

· A maioria das RCP feita pelos guarda-vidas é realizada em vítimas não conhecidas.

· Em qualquer situação de emergência existe a exposição a alguns líquidos corpóreos com risco de transmissão de

doenças para o guarda-vidas e para a vítima.

· Embora algumas doenças possam ser potencialmente transmissíveis entre duas pessoas que se expõem, a

preocupação maior é com as doenças mais graves como a hepatite B e a AIDS. Ambas raramente são

transmissíveis durante a RCP, e os casos relatados até hoje foram decorrentes da

contaminação por sangue ou pela penetração inadvertida da pele por instrumentos cirúrgicos.

· A transmissão de Hepatite B e AIDS jamais foi documentada até hoje em casos de ventilação Boca-a-Boca.

· Recomenda-se a vacinação para hepatite tipo B em todos os socorristas.

Figura: RCP em crianças

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Figura: RCP em bebês

Posicionar a vítima adequadamente após reanimação

Figura: posição de recuperação

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Erros mais comuns nas manobras de Reanimação Cardiopulmonar

Extensão da cabeça (muito brusca ou incorreta)

Não apertar o nariz

Não soprar com pressão suficiente

Não contar durante a manobra

Comprimir o peito no local incorreto

Flexionar os joelhos durante as compressões

Flexionar os braços durante as compressões.

D

E

A

Salvando vidas com a desfibrilação automática externa

Com a recente introdução dos desfibriladores automáticos externos (DAE), foi estabelecido mais um elo entre o leigo e

as equipes de emergência: a desfibrilação precoce, com aumento significativo da taxa de sobrevivência. Os desfibriladores

permitem que o pessoal de emergência (policiais, bombeiros, enfermeiros), que não possuem treinamento avançado e nem

habilidades para o diagnóstico de arritmias, salvem vidas.

Atualmente recomenda-se que os desfibriladores automáticos externos estejam disponíveis em locais onde exista uma

grande concentração de pessoas, como por exemplo, estádios desportivos, centros comerciais, industriais e militares,

auditórios ou centros de conferência, aeroportos, navios e aviões. Recomenda-se, ainda, que um número cada vez maior de

pessoas seja treinada em seus protocolos e procedimentos de uso. Em Londrina, PR, o uso de desfibriladores é obrigatório

há cerca de dois anos em locais públicos que concentrem mais de mil pessoas.

Existem diferentes modelos de aparelhos e diferentes protocolos para a utilização dos desfibriladores automáticos

externos e o objetivo deste artigo é apenas oferecer uma visão geral desses aparelhos. Para a sua utilização, faz-se necessário

treinamento adequado e supervisão médica.

O que é a desfibrilação automática externa?

A desfibrilação cardíaca é um procedimento de atendimento pré-hospitalar que, nos países desenvolvidos, tem salvado

inúmeras vidas de pessoas vítimas de parada cardiorrespiratória.

A desfibrilação pode ser definida como o uso terapêutico do choque elétrico de corrente contínua, com grande

amplitude e curta duração, aplicado no tórax ou diretamente sobre o miocárdio. Durante uma atividade elétrica cardíaca

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irregular, a desfibrilação despolariza todas as células cardíacas, permitindo o reinício do ciclo cardíaco normal, de forma

organizada em todo o miocárdio.

A importância da desfibrilação

Nos casos de parada cardíaca súbita, o ritmo mais freqüentemente observado é a fibrilação ventricular, onde o único

tratamento realmente eficaz é a desfibrilação elétrica. É importante lembrar que a probabilidade de sucesso na desfibrilação

decai rapidamente com o passar do tempo e a fibrilação ventricular tende a se transformar em assistolia em poucos minutos.

Estas considerações justificam que, em caso de parada cardíaca, a desfibrilação deva ser realizada o mais

precocemente possível. Além disso, é importante saber que, em caso de fibrilação ventricular, muitos adultos podem

sobreviver neurologicamente bem, mesmo se os desfibriladores forem usados tardiamente, após 6 a 10 minutos.

A RCP, realizada enquanto se espera pela desfibrilação, prolonga a fibrilação ventricular e conserva o miocárdio e o

cérebro. Isoladamente, no entanto, dificilmente converte uma fibrilação ventricular em ritmo regular.

Obviamente o sucesso da desfibrilação depende das condições metabólicas do miocárdio. Quanto maior a duração da

fibrilação ventricular, maior a deterioração metabólica e, conseqüentemente, menor a chance do choque elétrico convertê-la

a ritmo regular. Porém, se a mesma é de curta duração, como nos casos de parada cardíaca rapidamente atendida por pessoal

treinado em suporte básico, quase sempre a resposta ao choque é positiva. Isto justifica cada vez mais o treinamento de

leigos em emergência médica nos casos de parada cardíaca.

Fora do ambiente hospitalar, saber como proceder pode fazer a diferença. O uso dos desfibriladores automáticos

externos por leigos tem sido cada vez mais difundido e comprovadamente esse procedimento tem reduzindo o tempo entre o

colapso e a desfibrilação.

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Como funciona?

Podemos dizer que o desfibrilador automático externo é um equipamento eletrônico que permite aplicar choques no

coração da vítima. Sabemos que o objetivo desses choques é o de restabelecer o ritmo cardíaco normal. Tais equipamentos

possuem pás adesivas que conectam-se com o tórax da vítima, transmitindo o sinal elétrico que vem do coração para análise

do ritmo cardíaco e, se for necessário, determinando automaticamente o choque a ser aplicado. O aparelho também possui

um gravador que registra o eletrocardiograma e as informações sobre o choque emitido.

A American Heart Association (AHA) reconheceu a importância da desfibrilação precoce como fator crítico,

comprovando que tal procedimento aumenta significativamente as chances de se restabelecer os batimentos cardíacos após

uma parada. Assim sendo, a AHA desenvolveu a idéia da Corrente da Vida, formada pelos seguintes elos e que devem estar

fortemente ligados:

1. Avaliação da vítima;

2. RCP precoce;

3. Desfibrilação precoce;

4. Suporte cardíaco avançado.

Quando usar o DEA?

Sempre que o coração torna-se arrítmico, ou seja, quando ele perde a possibilidade de bater de forma ordenada, o

sangue deixa de ser bombeado e conseqüentemente o oxigênio e nutrientes não chegam aos órgãos, iniciando um processo

degenerativo conhecido como morte biológica.

Sabemos que a fibrilação ventricular (FV) é a arritmia mais comum encontrada nos casos de parada cardiorrespiratória

em adultos.

A taquicardia ventricular (TV) é a segunda forma de arritmia mais comum e que também compromete a eficiência

cardíaca.

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A maioria das pessoas que sofre morte súbita fora do hospital, encontra-se inicialmente em FV, antes de entrar em

assistolia; nos casos documentados em que há a monitorização cardíaca contínua, observa-se que mais de 60% dos casos

apresentam TV por curto espaço de tempo antes de entrar em FV.

Está bem estabelecido que o tratamento mais eficiente da FV é a desfibrilação elétrica, e que o fator mais importante

para a sobrevivência é a rapidez com que se aplica o tratamento.

Por isso, o DEA só deve ser utilizado se forem encontradas as seguintes circunstâncias:

1. Vítima inconsciente;

2. Sem respiração;

3. Sem pulso carotídeo.

Os três primeiros choques são dados numa seqüência de 200-300-360 joules ou 200-200-360 joules. Todos os choques

dados além desta seqüência serão de 360 joules. A equipe médica determinará o protocolo a ser seguido a partir da

desfibrilação e, se for preciso, a remoção da vítima.

Caso a vítima volte a apresentar pulso, será necessário suporte avançado de vida, segundo os protocolos do Advanced

Cardiac Life Support (ACLS).

A seguir algumas considerações importantes quanto ao uso do DEA:

1. Não é indicado para crianças menores de 8 anos ou com menos de 40 quilos;

2. Vítimas de trauma requerem transporte imediato e o mesmo não deverá ser retardado pela desfibrilação;

3. Medicamentos sob a forma de adesivos devem ser removidos antes de se iniciar a desfibrilação;

4. Pacientes hipotérmicos podem não responder bem à desfibrilação. Existem diferentes protocolos locais para tais

situações;

5. Marca-passos podem alterar a eficiência do DEA;

6. Uma vez iniciada a remoção, a desfibrilação deverá ser interrompida.

Precauções, segurança e manutenção dos desfibriladores

O pessoal encarregado do uso do desfibrilador deve seguir as normas para a segurança do paciente, bem como dos

membros da equipe presentes durante a descarga de energia.

É necessário manter um protocolo de prova e manutenção do equipamento.

Antes do início de um procedimento, deve-se ter à disposição um desfibrilador previamente testado.

Uma das precauções importantes é evitar proceder às descargas elétricas quando não há indicação clínica para tal.

Lembre-se que ondulações irregulares no monitor podem ser produzidas por artefatos como, por exemplo, quando o

paciente treme ou por uma interferência elétrica.

É essencial verificar se há presença ou ausência do pulso arterial antes de se proceder à desfibrilação.

É importante, depois de cada uso, limpar os eletrodos e os fios do desfibrilador, bem como todo o restante da

unidade, utilizando um pano úmido com água e detergente líquido.

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Se a unidade não tiver sido utilizada, é necessário limpar sua superfície, periodicamente, com um pano umedecido

c

o

m

á

g

ua.

Protocolo para desfibrilação automática externa (segundo a SBC*)

Primeiro reanimador

1. Certificar-se de que o paciente está inconsciente. Pedir ajuda.

2. Abrir a via respiratória. Verificar a respiração. Proceder a duas ventilações.

3. Verificar o pulso. Se não houver pulso solicitar imediatamente o desfibrilador.

4. Começar com as compressões torácicas externas.

Segundo reanimador

1. Colocar o desfibrilador automático próximo ao paciente.

2. Ligar a unidade.

3. Conectar os eletrodos ao cabo.

4. Colocar o eletrodo branco debaixo da clavícula direita na parte paraesternal direita. Colocar

o eletrodo vermelho no lado esquerdo do tórax, dois centímetros abaixo do mamilo.

5. Ordenar a interrupção da RCR e afastar-se do paciente.

6. Ativar o analisador.

7. A unidade mostra que o choque está “indicado” e ordena “afaste-se”.

8. A unidade procede à 1ª desfibrilação de 200 joules. Em unidade semi-automática, o 2º

reanimador ativa manualmente o choque.

9. Repetir a seqüência indicada pelo analisador e, se houver ordem de choque, proceder à 2ª

descarga com 300 joules. Repetir o mesmo para a 3ª análise e choque; o 3º choque está

programado para 360 joules. Não proceder a RCR entre as 3 descargas.

10. Se o paciente continuar em FV (sem pulso) depois de 3 descargas consecutivas, continuar

com a RCR por 1 minuto e recomeçar com outras 3 desfibrilações se forem necessárias.

11. Quando a unidade emitir a mensagem “choque não indicado”, o reanimador deverá

verificar o pulso: se presente, manter os eletrodos no tórax e monitorar; se ausente, indicar

dissociação eletromecânica ou assistolia, continuando com a RCR.

Protocolo para um só reanimador com desfibrilador automático externo

(segundo a SBC*)

1. Verificar a inconsciência.

2. Abrir a via respiratória.

3. Verificar a respiração.

4. Dar duas ventilações.

5. Verificar pulso carotídeo.

6. Na ausência de pulso, ligar o desfibrilador automático externo.

7. Conectar os cabos aos eletrodos.

8. Colocar os eletrodos na posição adequada no tórax.

9. Ativar o analisador.

10. Se o choque estiver “indicado”, dar ordem de “afastar-se”. Choques de 200-300-360 joules,

ativando o analisador entre os choques.

11. Verificar o pulso e, se ausente, proceder RCR por 1 minuto.

12. Repetir a série de 3 desfibrilações, se houver indicação.

13. Se depois de qualquer desfibrilação, a unidade registrar que o choque não está “indicado”,

verificar o pulso: se presente, parar a RCR e desfibrilações; se ausente, continuar a RCR.

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*Para saber mais acesse o site da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) em www.cardiol.br.

Conheça o programa do curso de primeiros socorros e RCP da PDIC.

Avaliação do comprometimento ou da falência do sistema circulatório:

• Tipos de hemorragia externa

- Sangramento capilar

- Sangramento venoso

- Sangramento arterial

Controle da hemorragia

- Pressão direta

- Elevação

- Pontos de pressão

- Torniquete

Figura: compressão direta em corte e elevação do membro

Figura: torniquete (usado com cautela em casos extremos)

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• Suspeita de hemorragia interna

exposição do abdome

exposição do abdome

sinais de lesão

fratura pélvica

Perfusão

- Pulso

- Pele

* cor

* temperatura

* umidade

* tempo de enchimento capilar

D -Incapacidade (avaliação neurológica)

• Nível de consciência = medida

indireta da oxigenação cerebral

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• Doente agressivo, combativo ou que não coopera hipóxia

• Histórico

• Diminuição de nível de consciência

- Oxigenação cerebral diminuída

- Lesão do SNC

- Intoxicação por drogas ou álcool

- Distúrbio metabólico

• Escala de Coma de Glasgow

– Abertura ocular

–Melhor resposta verbal

–Melhor resposta motora

* <8 : lesão grave

* 9 a 12 : lesão moderada

* 13 a 15 : lesão mínima

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• Pupilas

Figura: anisocoria (pupilas desiguais), sinal de comprometimento neurológico.

• AVDI

A – Alerta

V – Responde a estímulo verbal

D – Responde a estímulo doloroso

I – Inconsciente

E - Exposição e proteção do ambiente

• Tirar as roupas do paciente

• “A parte do corpo que não está exposta pode ser a parte mais gravemente afetada”

• Acúmulo de sangue e absorção

• Conservação do calor corporal

Figura: a exposição do corpo da vítima permite expor lesões escondidas pelas roupas

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Exame secundário

• Avaliação da cabeça aos pés

• Região por região, concluindo com exame neurológico detalhado

• Identificar lesões que não foram encontradas no exame primário

• Doente traumatizado grave

• História AMPLA

A – alergias

M –medicações

P – passado médico e antecedente cirúrgico

L – líquidos e alimentos ingeridos

A – ambiente e eventos que levaram ao trauma

• Relatório de Atendimento Pré-Hospitalar (RAPH)

- Registro legal- “Se não estiver no relatório, não foifeito”

Rinorragia Anisocoria

Exame físico: Pescoço Abdome

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Tórax: ausculta e expansão pulmonar

Genitais

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Membros Pelve

Exame do dorso

1 Rolamento de 90º

2 Exame do pescoço

3 Reg. Dorsal

4 Reg. glútea

Figura: exame do dorso. Observar que no rolamento lateral se deve manter o alinhamento da coluna vertebral.

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TRANSPORTE DE FERIDOS

REMOÇÃO E TRANSPORTE DE VÍTIMAS

_ O conhecimento das várias técnicas de resgate é muito importante para iniciarmos o socorro.

_ O emprego de uma técnica errada pela equipe de resgate é arriscado para a vítima, que pode desenvolver o 2º

trauma, e arriscado para o próprio socorrista que pode desenvolver lesões musculares ou lesões na coluna.

_ A escolha da técnica utilizada no transporte das vítimas varia com a situação, com o risco no local , número

de socorristas e estabilidade do paciente.

EXTRICAÇÃO

Conjunto de manobras que tem como objetivo retirar o individuo de um local de onde ele não pode ou não

deve sair por seus próprios meios.

DESENCARCERAMENTO

É um tipo de extricação, porém o objetivo é retirar as ferragens e os escombros de cima da vítima.

ENCARCERAMENTO

É quando a vitima se encontra presa através de obstáculos físicos que podem ocorrer em situações de colisões

ou desabamentos

INDICAÇÕES DE EXTRICAÇÃO

1- Obstáculos físicos

2- Inconsciência

3- Risco de lesões secundárias

4- Combinação destes fatores

TÉCNICAS DE EXTRICAÇÃO

Existem duas técnicas de Extricação: A nossa escolha será feita de acordo com as condições do local e a gravidade do

paciente.

1- PADRÃO

Serve para cenas seguras e vitimas estáveis, ela emprega equipamentos de imobilização e deve ser a técnica

preferida.

2- RÁPIDA

Quando o paciente está instável ou quando há risco no local utilizando pouco ou nenhum equipamento.

Chave de Rauteck :Manobra desenvolvida para retirar, sem equipamento, rapidamente a vitima de um

acidente automobilístico, não encarcerada, e movimentando o mínimo possível a sua

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coluna. É indicado quando existe risco iminente de vida para a vitima.

CONCEITO

Remoção da vítima de um local perigoso para um seguro e deve ser feito por pessoas treinadas e em algumas situações

com equipamentos especiais.

INDICAÇÕES:

Vítimas inconscientes.

Vítimas com queimaduras grandes.

Hemorrágicos.

Envenenados .

Chocados.

Vítimas sob suspeita de fraturas, luxações e entorses .

CUIDADOS:

Tem que verificar o que é mais grave no momento;

Observar os sinais vitais;

Controlar hemorragia;

Imobilizar (se houver suspeita de fratura);

Evitar ou controlar estado de choque;

Manter o corpo da vítima em linha reta;

Cada parte do corpo deve ser apoiada;

Em caso de suspeita de envenenamento , não deixar a vítima andar;

TIPOS DE TRANSPORTE

De apoio:

Auxiliar na locomoção, pode ser realizado com um ou dois socorristas. Para longas distâncias. Indicado para casos de

luxações, entorses, fraturas de membros inferiores (sem hemorragia). Não é indicado para envenenados.

-

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Lua-de-mel:

Faz-se carregando a vítima, como noivos. Para longas distâncias. Indicado para transporte de pessoas inconscientes

sem suspeita de lesão da coluna.

Pegada de Bombeiro:

Indicado para remoção de vítimas com dificuldade de movimentação ou inconscientes. Contra indicado para suspeita

de lesão de colunas. Deve ser realizado por pessoas treinadas, pois pode machucar a vítima.

1.Segure a vítima, como na figura 1.

2.Levante-a, como na figura 2.

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3.Apóie-a de pé, como na figura 3.

4.Ajoelhe-se e erga-a, como na figura 4.

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Pegada pelas extremidades:

É o transporte utilizado com dois socorristas.

O socorrista que apoiará o tórax da vítima passa os seus braços por baixo da mesma e cruza-o sobre o peito da vítima.

As costas da vítima deve estar em contato com o peito do socorrista. O outro socorrista irá ajoelhar-se, colocar as pernas da

vítima sobre as suas, abraçar as pernas da vítimas e se levantar.

De arrasto:

Para curtas distâncias. Há várias formas de transporte de arrasto como usando lençol ou pelos braços. Indicado para

vítimas com suspeita de lesão colunar. Deve-se manter a cabeça da vítima imóvel durante o transporte.

De cadeira:

Faz-se com a vítima sentada na cadeira. Deve ser realizado por duas pessoas. Retirada de vítimas de locais onde seja

inviável o transporte de arrasto, dentre outros.

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Figura: padiola feita com camisetas e madeira

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Anatomia Humana

Estuda grandes estruturas e sistemas do corpo humano.

O corpo sempre foi objeto de curiosidade por ser uma engrenagem misteriosa. Esse fato levou com que cada

área do conhecimento humano apresentasse possíveis definições para o corpo como seu objeto de estudo.

Planos que delimitam o corpo

Ventral ou anterior

Dorsal ou posterior

Cranial ou superior

Inferior ou podálico(de podos = pé)

Lateral esquerdo e direito

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Figura: divisão do abdome em 4 quadrantes.

Anatomia e fisiologia do sistema esquelético:

A estrutura de suporte do corpo é uma armação de ossos articulados chamada Esqueleto.

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Ele permite ao homem manter-se ereto e realizar feitos extraordinários de beleza artística, esforço atlético e resistência

física.

Ao contrário do que aparentam , os ossos do esqueleto de um indivíduo são na realidade tecidos vivos.

Funções

• Suporte de tecidos circunjacentes

• Proteção dos órgãos vitais

• Auxiliar no movimento do corpo

• Produz células sanguíneas ( hematopoiese )

• Armazenamento sais minerais especialmente ( fósforo e cálcio )

Organização do Sistema Esquelético

Existem 206 ossos no esqueleto

Esqueleto Axial

1 Ossos do crânio e da face

2 Coluna Vertebral

3 Esterno

4 Costelas

Esqueleto Apendicular

Cintura Escapular ( Clávicula e Escápula )

1 Ossos do Membro Superior

1 Cintura Pélvica ( Sacro e Ilíaco e Cóccix )

1 Ossos do Membro Inferior

Classificação dos Ossos

1 Ossos Longos ( ex.: úmero e tíbia)

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1 Curtos ( ex: carpo e tarso)

1 Planos ( ex costelas, escápula, ossos parietais e coxais)

1 Irregulares ( ex: vértebras, ossículos da orelha)

1 Sesamoiedes ( ex: Patela )

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Coluna vertebral

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Fraturas

Figura: fratura exposta em vários locais em perna D

1. Uma quebra no osso ou na cartilagem é denominado fratura

2. Uma fratura pode ser simples ou composta

1. Pode ser Completa ou Incompleta, dependendo da fratura se estender parcial ou totalmente através do osso

2. A fratura quanto a direção é classificada em : Transversa, Oblíqua, longitudinal ou espiral.

1. Numa fratura cominutiva o osso se divide em mais de 2 segmentos.

1 Sinais e Sintomas:

– Dor

– Impotência funcional

– Deformidade

– Aumento de volume

– Crepitação

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1. Classificação

– Fratura fechada -pele íntegra

– Fratura aberta - comunica-se com o meio externo

Figura: fratura fechada com deformidade e após fratura aberta de tíbia e fíbula.

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Atendimento:

2

– ABCDE

– Acionar serviço pré-hospitalar se existir

– Não mover a vítima até imobilizar a fratura

– Deixar as talas firmes

– Imobilizar incluindo articulação proximal e distal, uma acima e outra abaixo da fratura

– Conter hemorragias - proteja o ferimento com gaze ou pano limpo antes de qualquer procedimento.

– Evitar hipotermia

– Conduzir a vítima ate local de atendimento definitivo

1 Atendimento - Imobilizações

– Ossos longos - tração suave e alinhamento

– Articulações - Imobilizar na posição que se encontra

– Imobilizar do distal para o proximal, ou seja dos dedos para o tronco

– Não apertar as ataduras até garrotear o membro

– Deixar as extremidades á vista para se verificar a perfusão tecidual (enchimento capilar)

– Fraturas abertas - Controlar sangramento e curativo, alinhamento mínimo para imobilização

– Se houver exposição óssea -NÃO TENTAR COLOCAR O OSSO NO LUGAR

Figura: paciente com fratura em perna D imobilizada com talas de papelão improvisadas.

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Figura: imobilização de perna com tala moldável e atadura.

Figura: imobilização de MSE

Figura: tipóia imobilizando MSD

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O atendimento correto evita o agravamento das lesões reduzindo a dor e o sangramento

1 Coluna

– ABCDE

– Não manipular

– Imobilização

– Acionar serviço Pré-hospitalar

– Remoção adequada

Figura: prancha rígida e colar cervical para imobilização de coluna vertebral

1 Fêmur

– ABCDE

– Manter vítima deitada e aquecida

– Fazer leve tração mantendo o membro em posição normal

– Imobilizar

– Acionar o serviço pré-hospitalar

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Figura: fratura exposta de perna E com fragmentação óssea

Figura: fraturas expostas de fêmur com perda óssea.

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Figura: paciente imobilizado por equipe de resgate

LUXAÇÕES

Perda da congruência ( relação normal) entre duas superfícies ósseas

1 ARTICULAÇÕES MAIS COMUNS (ombro ,cotovelo e quadril)

2 TRAUMA DIRETO OU INDIRETO – QUEDAS

3 CONTRAÇÕES MUSCULARES INTENSAS

SINAIS E SINTOMAS

1 DOR

2 DEFORMIDADE LOCAL

3 IMPOTÊNCIA FUNCIONAL

4 PALIDEZ LOCALIZADA

5 EDEMA

6 ENCURTAMENTO OU ALONGAMENTO

7

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Tratamento :

Imobilização e condução a serviço médico

TORÇÕES E OU ENTORSES

1 É a torção forçada de uma articulação, que estira , ou rompe, seus ligamentos mas não desloca os ossos. Os

ligamentos são estendidos além de suas capacidades.

2 Comuns nos membros inferiores (principalmente nos joelhos e tornozelos)

3 È a separação momentânea das superfícies ósseas ao nível da articulação.

Sinais e Sintomas

1 Dor intensa à movimentação

2 Considerável inchação – decorrente da ruptura dos vasos sangüíneos

3 Equimose no local – Extravasamento de líquidos (sangue) levando aos hematomas.

4 Dor local imediata

5 Aumento da temperatura

6 Dificuldade para movimentar ou apoiar o membro acometido

Conduta

1 Evite movimentar a região atingida

2 Aplique compressas geladas ou saco de gelo nas primeiras 48 horas.

3 Imobilize a região, como no caso da fratura fechada.

4 Coloque o acidentado em repouso

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CONTUSÕES

1 É causada por uma batida em partes moles, sem fratura. Geralmente as partes lesadas constituem músculos,

fáscias e ligamentos.

Sinais e Sintomas

1 Na região surge uma hiperemia (vermelhidão)

2 Se houver rompimento de algum vaso (veia), ficará um hematoma (roxo).

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Sistema muscular

É o conjunto de órgãos (músculos) que lhes permite moverem-se, tanto externa, como internamente.

Os músculos estriados são controlados pela vontade do homem, e por serem ligados aos ossos permitem a

movimentação do corpo. Os músculos lisos são involuntários e trabalham para movimentar os órgãos internos

(exemplo: movimentos do esôfago). O músculo cardíaco é um músculo estriado, que move o coração.

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Sistema cardiovascular

Figura: coração

O sistema circulatório é constituído por: coração, vasos sanguíneos (artérias, veias e capilares). É o

responsável, através do transporte do sangue, pela condução, distribuição e remoção das mais diversas substâncias

dos e para os tecidos do corpo. Também, é essencial à comunicação entre vários tecidos.

A circulação sistêmica ou grande circulação inicia-se na aorta, seguindo pelos seus ramos arteriais e na

seqüência pelas arteríolas sistêmicas, capilares sistêmicos, vênulas sistêmicas e veias sistêmicas, estas se unindo

em dois grandes troncos, a veia cava inferior e a veia cava superior. Ambas desaguam no átrio direito do coração.

Sua primeira porção transporta sangue arterial. Nos capilares sistêmicos o sangue perde oxigênio para os tecidos e

aumenta seu teor de gás carbônico, passando a ser sangue venoso.

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Funções

É responsável por conduzir elementos essenciais para todos os tecidos do corpo: oxigênio para as células,

hormônios (que são liberados pelas glândulas endócrinas) para os tecidos, condução de dióxido de carbono para

sua eliminação nos pulmões, coleta de excreções metabólicas e celulares, entrega de excreções nos órgãos

excretores, como os rins, transporte de hormônios, tem importante papel no sistema imunológico na defesa contra

infecções, termo-regulação: calor, vasodilatação periférica; frio, vasoconstrição periférica. Transporte de

nutrientes desde os locais de absorção até às células dos diferentes órgãos.

Figura: sistema circulatório: grande e pequena circulação.

O coração é um órgão muscular oco que bombeia o sangue de forma que circule no corpo.

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Nos seres humanos o percurso do sangue bombeado pelo coração através de todo o organismo é feito em

aproximadamente 50 segundos em repouso.

Neste tempo o órgão bombeia sangue suficiente a uma pressão razoável, para percorrer todo o corpo nos

sentidos de ida e volta, transportando assim, oxigênio e nutrientes necessários às células que sustentam as

atividades orgânicas.O coração se localiza na caixa torácica, entre os pulmões. É um órgão muscular,pode se

contrair e se relaxar.

Utiliza-se a palavra pulso para designar o ritmo da pulsação arterial, que se pode medir, por exemplo,

apoiando um dedo sobre a artéria radial, na parte inferior do punho, perto da base do polegar.

Pulsos palpáveis:

1 Carotídeo

2 Radial

3 Femoral

4 Poplíteo

5 Temporal

Classificação

Hemorragia Externa Hemorragia Interna

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Figura: corte em orelha E. Figura: hemopericárdio (trauma torácico)

FONTES DE SANGRAMENTO

ARTÉRIAS

– Cor: vermelho-viva;

– Velocidade: rápida, pulsando.

� VEIAS

– Cor: vermelho escura;

– Velocidade: fluxo estável.

� CAPILARES

– Cor: vermelho

– Velocidade: lenta, gotejamento estável

GRAVIDADE DEPENDE

� Rapidez com que o sangue flui;

� Tamanho do vaso;

� Se é artéria ou veia;

� Sangue flui pra cavidade ou livremente;

� Origem do sangramento;

� Idade e peso da vítima;

� Condição física geral da vítima e;

� Se o sangramento ameaça a respiração.

PREVINA-SE

� Coloque uma barreira entre você e a vítima (EPI):

– luvas de látex;

– filme plástico;

– papel alumínio;

– compressas de gaze;

– pano limpo e grosso, dobrado;

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– a própria mão da vítima.

� Evite tocar seus lábios, nariz ou olhos durante o

atendimento;

� Ao final, lave cuidadosamente as mãos com água quente e

sabão ou agente anti-séptico, use escova para as unhas.

� Lave todos os itens que tiveram sangue da vítima.

HEMORRAGIA X HEMOSTASIA

1 Hemostasia: Tentativa de cessar o sangramento ocorrido em um vaso seccionado;

1 Trombo: Coágulo propriamente dita.

PRESSÃO DIRETA

Figura: compressão direta + elevação do membro.

Coloque um curativo estéril sobre o ferimento (material mais limpo

disponível);

� Pressione firme utilizando os dedos ou parte posterior da mão,

mantendo a pressão constante por 10 min;

� Eleve a região do sangramento de modo que fique acima do coração;

� Compressa fria pode ser usada;

� Verifique o curativo em intervalos curtos. Se estiver ensopado não

remova, apenas aplique outro curativo sobre o primeiro e aplique

pressão.

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Cubra o ferimento com curativo grosso em todo o

ferimento;

� Segurando o curativo, passe a bandagem de

pressão ao redor do curativo com firmeza para

exercer pressão moderada;

� Verifique os pulsos distais, pele e unhas, se

apresentar alterações, diminua a pressão.

Figura: curativo compressivo

PRESSÃO INDIRETA

Se a pressão direta e a elevação não forem

suficientes, o sangramento pode ser controlado

comprimindo um ponto de pressão.

Figura: compressão indireta

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Regiões recomendadas para compressão das artérias. (Pontos de Pressão)

O TORNIQUETE SÓ DEVE SER FEITO SE A TÉCNICA DE COMPRESSÃO DIRETA E ELEVAÇÃO DO

MEMBRO FERIDO NÃO SURTIR EFEITO.

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Figura: como fazer um torniquete

� Usado somente como último recurso;

� Uso restrito aos membros;

� Considere o uso quando:

– Rompimento de grande artéria;

– Membro parcial ou totalmente decepado;

– Sangramento incontrolável.

� Material com ao menos 8 cm de largura;

� Segure o ponto de pressão, posicione o torniquete entre coração e o ferimento com 5 cm de pele integra entre ferimento e

o torniquete;

� Coloque compressa grossa sobre o tecido a ser comprimido

Passe o material do torniquete 2 vezes, apertando bem prenda-o com meio-nó na porção superior do membro;

� Insira um bastão sobre o meio-nó e em seguida faça um nó

direito;

� Torça o bastão até o sangramento parar.

� Prenda o bastão no local com as extremidades do

torniquete e deixe-o descoberto;

� Anote a posição do torniquete, a hora, e os sinais vitais, do

momento da aplicação; pregue o papel na roupa da vítima;

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em seguida escreva TK na testa da vítima e a hora em que

foi aplicado.

Cuidados com o membro amputado:

1 Deve-se envolver o membro amputado em compressa estéril ou pano limpo umedecido com soro fisiológico

ou água limpa, coloca-lo dentro de um saco plástico e guarda-lo dentro de um recipiente com gelo, para ser

transportado junto com a vítima ao hospital. Nunca deve-se colocar o membro em contato direto com o gelo.

Empalamento

1 Objeto transfixado em partes do corpo, podendo atingir órgãos internos, causando

hemorragias, perda do órgão e morte.

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Figura: criança com barra de ferro transfixada em seu tórax e homem transfixado por tora de madeira.

Figura: empalado ao pular cerca

Conduta:

1 No caso de tentativa de homicídio chame a Polícia-190 para fazer a segurança da cena, pois o agressor pode

estar por perto

2 Nunca retire objetos transfixados, porque isso poderá aumentar a lesão e a hemorragia.

3 Chame o serviço de emergência (Samu-192/bombeiros-193)

4 ABCDE

5 Faça curativo compressivo em torno do ferimento, sem mexer no objeto e estabilize-o, de forma que não

movimente quando a vítima for transportada.

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HEMORRAGIA INTERNA

� Resultante de trauma fechado ou certas fraturas

(pélvica), não visível, podendo ocasionar a morte.

� Sinais e sintomas: inquietação, ansiedade, pele fria e

úmida, pulso rápido e fraco, respiração rápida e queda

de PA.

� Pode não causar sinais e sintomas.

CAUSAS COMUNS

� TRAUMA FECHADO:

� Hematoma; dor, sensibilidade, inchaço ou descoloração

no local da lesão;

� Na cabeça, sangramento da boca e sangue ou fluido

sanguinolento no nariz e ouvidos;

� No abdome, sangramento do reto ou sangramento nãomenstrual

da vagina.

� COSTELA OU ESTERNO FRATURADO:

� Tosse com sangue vermelho - vivo, espumoso;

respiração rápida e superficial.

� SANGRAMENTO DE ÚLCERA OU INGESTÃO

DE OBJETO PONTIAGUDO:

� Vômito tendo sangue vermelho – vivo

DOENÇA INTESTINAL, PARASITAS, TRAUMA FECHADO NO ABDOME:

� Fezes escuras; rigidez no abdome; espasmos dos músculos

abdominais.

� BLOQUEIO DA URETRA OU FRATURA PELVICA:

� Sangue na urina ou urina escura.

ATENDIMENTO

� Chame o serviço de resgate (192/193);

� Mantenha vias aéreas desobstruídas e monitore a coluna

vertebral, a respiração, a circulação e as incapacidades;

� Verifique se há fraturas – imobilize;

� Mantenha a vítima imóvel. Posicione a vítima: eleve os

pés 20 cm, mantenha aquecida. (se não houver fraturas);

� Coloque a vítima de lado (posição lateral de segurança),

com a face para baixo em casos de vômitos;

� Monitore os sinais vitais a cada 5 minutos até a chegada

do resgate.

SANGRAMENTO NASAL (epistaxe)

� Relativamente comum, podendo resultar de lesão,

doença, atividade, temperatura externas entre outras

causas.

� Se suspeitar que o sangramento resulta de fratura

do crânio, não interrompa o fluxo sanguíneo

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(aumento da pressão intracraniana);

� Cubra o orifício nasal com gaze para absorver o

sangue e acione o resgate.

ATENDIMENTO

� Mantenha a vítima sentada, imóvel e inclinada para

frente (evitando aspirações);

� Se não houver fratura, aplique compressão nas narinas ou

coloque gaze entre o lábio superior e as gengivas e

pressione;

� Aplique compressas frias no nariz e face;

� Insira uma gaze pequena e limpa na narina e aplique

pressão;

� Aplique pressão sob a narina, acima do lábio superior;

� Ative o serviço de resgate.

Estado de Choque

É o quadro clínico que resulta da incapacidade do sistema cardiovascular em prover circulação sanguínea suficiente

para os órgãos. Vários fatores podem levar uma pessoa ao estado de choque, como por exemplo: hemorragias internas e

externas, emoções fortes, choques elétricos, queimaduras graves, envenenamento, ataques cardíacos, fraturas, infecções,

reações alérgicas, etc.

• Sinais apresentados por uma vítima em estado de choque:

1 Pele pálida, úmida e fria;

2 Pulso fraco e rápido;

3 Pressão arterial baixa;

4 Pupilas dilatadas e opacas;

5 Perfusão capilar lenta ou nula;

6 Lábios cianóticos ou pálidos;

7 Náuseas e vômitos;

8 Tremores de frio, pele arrepiada;

9 Tontura e desmaio;

10 Sede, tremor e agitação;

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11 Rosto e peito vermelhos, coçando, queimando e inchaços; dor de cabeça e no peito; lábios e face inchados são sinais

de choque anafilático.

• Procedimentos:

1 Manter as vias aéreas desobstruídas;

2 Posicionar a vítima deitada com as extremidades inferiores elevadas cerca de 30 cm;

3 Controlar hemorragias;

4 Não administrar líquidos ou medicamentos;

5 Afrouxar as vestes;

6 Posicionar a vítima de acordo com a causa do choque;

7 Cobrir a vítima para manter a temperatura e/ou aquecê-la;

8 Tranqüilizar o paciente;

9 O transporte rápido é fundamental para aumentar as chances de sobrevivência.

Sistema tegumentar(pele)

A pele é o maior órgão do corpo humano, chegando a medir 2 m2 e pesar 4 Kg em um adulto. É constituída

por duas camadas distintas, firmemente unidas entre si - a epiderme (mais externa, formada por tecido epitelial) e

a derme (mais interna, formada por tecido conjuntivo).

Uma vez que toda a superfície cutânea é provida de terminações nervosas capazes de captar estímulos

térmicos, mecânicos ou dolorosos, a pele também é o maior órgão sensorial que possuímos, sendo

suficientemente sensível para discriminar um ponto em relevo com apenas 0,006 mm de altura e 0,04 mm de

largura quando tateado com a ponta do dedo. Essas terminações nervosas ou receptores cutâneos são

especializados na recepção de estímulos específicos. Não obstante, alguns podem captar estímulos de natureza

distinta. Cada receptor tem um axônio e, com exceção das terminações nervosas livres, todos eles estão

associados a tecidos não-neurais.

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QUEIMADURAS

1 Lesões freqüentes

2 Atingem todas as idades principalmente crianças

3 Grande sofrimento físico

4 Causadas por:

Agentes térmicos

Agentes químicos

Eletricidade

Radiação

Classificação

1 Quanto a profundidade

Primeiro grau - Superficial - Epiderme

Pele avermelhada e quente

Dor leve a moderada(ardência)

Queimadura solar

Segundo grau - Epiderme e derme

Pele avermelhada e com bolhas

Dor severa

Se beneficiam de curativo adequado

Terceiro grau - Toda pele até subcutâneo, músculos, nervos óssos

Lesões esbranquiçadas, acizentadas ou pretas (carbonizadas)

Não dolorosas (terminações nervosas destruídas)

Se queimaduras de segundo grau, nos bordos a dor é intensa

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Figura: queimadura por choque elétrico Figura: queimadura por químico

Figura: seqüela de queimadura de 3º grau

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Regra dos nove:

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1 Atendimento

Garantir a segurança da equipe

Precaver contra chamas, gazes tóxicos e fumaça.

Não coloque sua segurança em risco

Apagar o fogo com água, cobertor ou rolando a vítima

ABCDE

Adotar cuidados locais

Proteger área com curativo limpo

Queimaduras superficiais e pequenas - compressas estéreis ou pano limpo umedecidos com

soro fisiológico ou água.

Não perfurar bolhas

Atenção especial para vias aéreas em vítimas de queimaduras de face, pescoço e tórax.

Acionar serviço pré-hospitalar ( SAMU-192) ou remova para hospital

Remover roupas queimadas, exceto as aderidas a pele

Atenção para vias aéreas: cuidado com inalação de fumaça

Queimadura química - remover roupa e lavar com água abundante

Choque Elétrico

Os traumas por choque elétrico resultam dos efeitos diretos da corrente sobre as membranas celulares e o

músculo liso vascular e da conversão de energia elétrica em calórica, causando

queimaduras. Os fatores que determinam a gravidade do choque são: a magnitude da descarga, a resistência ao

fluxo da corrente, a duração, o tipo e o percurso da corrente.

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Figura: queimadura por choque elétrico

Os ossos e a pele são os tecidos de maior resistência. E a pele constitui a barreira mais importante para o fluxo da

corrente.

O contato com uma fonte pode produzir contrações tetânicas, impedindo a vítima se libere.

O percurso mão-mão (transitório) é mais fatal que o mão-pé ou que o pé-pé (corrente vertical).

A parada cardiorespiratória é a causa primária de morte imediata provocada por trauma elétrico.

Mecanismos: corrente elétrica no bulbo, contração tetânica do diafragma, paralisia prolongada dos músculos respiratórios.

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2 Atendimento

Garantir a segurança da equipe

Precaver contra fios energizados.

Não toque na pessoa para não colocar sua segurança em risco

Adotar cuidados locais

Acionar serviço local de eletricidade (CELG)

Interromper o processo de choque desligando a chave da casa.

Se for tentar retirar fios energizados do contato com a vítima, deve-se usar um pedaço de

madeira seca e estar com calçados com solas de borrachas e luvas emborrachadas:

ABCDE

Chamar o serviço de emegência local ( Samu 192).

Ao carregar a vítima, tome muito cuidado para não complicar eventuais lesões,

principalmente na coluna vertebral. Imobilize-a com colar cervical e prancha rígida.

INSOLAÇÃO (QUEIMADURA RADIOATIVA)

Ocorre devido à exposição prolongada aos raios solares.

Figura: queimadura por exposição ao sol por muitas horas

SINAIS E SINTOMAS:

Temperatura do corpo elevada;

Pele quente, avermelhada e seca;

Diferentes níveis de consciência;

Falta de ar;

Desidratação;

Dor de cabeça, náuseas e tontura.

INTERMAÇÃO

Ocorre devido à ação do calor em lugares fechados e não arejados (fundições, padarias, caldeiras etc.) e intenso

trabalho muscular.

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SINAIS E SINTOMAS

Temperatura do corpo elevada;

Pele quente, avermelhada e seca;

Diferentes níveis de consciência;

Falta de ar;

Desidratação;

Dor de cabeça, náuseas e tontura;

Insuficiência respiratória.

PRIMEIROS SOCORROS

(Insolação e intermação)

Remover a vítima para lugar fresco e arejado;

Baixar a temperatura do corpo de modo progressivo, envolvendo-a com toalhas umedecidas;

Oferecer líquidos em pequenas quantidades e de forma freqüente;

Mantê-la deitada;

Avaliar nível de consciência, pulso e respiração;

Providenciar transporte adequado;

Encaminhar para atendimento hospitalar.

A exposição da pele e/ou mucosas à produtos químicos (ácidos e álcalis) pode causar queimaduras graves.

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PRIMEIROS SOCORROS NAS QUEIMADURAS QUÍMICAS:

Despir a vítima (apenas o necessário);

Remover a substância diluindo-a com água corrente em abundância;

Evite que a água misturada ao produto se espalhe afetando outras áreas do corpo da vítima;

Utilize EPI e fique atento, pois, dependendo do mecanismo de ação da substância as luvas de

borracha podem ser corroídas;

Quando possível, fornecer ao médico o rótulo do produto ou informações do mesmo;

Conduzir ao hospital ou aguardar a USA.

Sistema respiratório

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O conjunto de órgãos que se responsabiliza pela entrada, filtração, aquecimento, umidificação e saída do ar

constitui o sistema respiratório.

A respiração, função básica do sistema respiratório, garante as trocas gasosas com o meio. É um processo

fisiológico que ocorre por meio da inspiração, onde a contração da musculatura do diafragma e dos músculos

intercostais favorece a entrada de ar nos pulmões; e da expiração ocorrida pelo relaxamento da musculatura do

diafragma e dos músculos intercostais, que proporciona a saída do ar.

Os pulmões localizam-se na cavidade torácica, são envolvidos por uma membrana denominada pleura,

possuem 25 cm de comprimento.

É o principal órgão do aparelho respiratório, responsável pelas trocas gasosas.

As fossas nasais são duas cavidades que iniciam nas narinas e terminam na faringe; suas funções são filtrar,

umedecer e aquecer o ar.

O ar inspirado passa pela faringe antes de chegar à laringe, cavidade que corresponde à boca e as fossas

nasais.

A laringe possui forma de tubo e é constituída de cartilagem e músculos, por onde o ar passa a caminho dos

pulmões.

A traquéia se constitui por anéis de cartilagem, sua subdivisão dá origem aos dois brônquios que penetram

no pulmão.

O diafragma é um órgão músculo-membranoso que divide o tórax do abdômen. Durante a respiração, faz um

movimento para baixo, aumentado a área dos pulmões na inspiração.

TRAUMA TORÁCICO

Morte imediata (dentro de segundos a minutos)

1 Lesões cardíacas e de grandes vasos

Morte precoce ( dentro de minutos a horas)

Obstrucão das vias aéreas

Pneumotórax hipertensivo

Contusão pulmonar

Tamponamento cardíaco

Morte tardia ( dentro de dias a semanas)

1 Complicacões pulmonares

2 Sepsis

3 Lesões não diagnósticadas

Sinais e sintomas:

Dispnéia (dificuldade para respirar)

Dor intense no tórax

Respiração paradoxal ( fratura de costelas )

Expansão de um só pulmão

Respiração agônica

Desvio da traquéia

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Sistema nervoso

Figura: meninges e medula espinhal Função O sistema nervoso é responsável pelo ajustamento do organismo ao ambiente. Sua função é perceber e identificar as condições ambientais externas, bem como as condições reinantes dentro do próprio corpo e elaborar respostas que adaptem a essas condições. A unidade básica do sistema nervoso é a célula nervosa, denominada neurônio, que é uma célula extremamente estimulável; é capaz de perceber as mínimas variações que ocorrem em torno de si, reagindo com uma alteração elétrica que percorre sua membrana. Essa alteração elétrica é o impulso nervoso. As células nervosas estabelecem conexões entre si de tal maneira que um neurônio pode transmitir a outros os estímulos recebidos do ambiente, gerando uma reação em cadeia.

Figura: funções desempenhadas por área

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TRAUMATISMO CRANIOENCEFÁLICO TCE

DEFINIÇÃO:

– Define-se como TCE toda e qualquer lesão que envolva anatomicamente desde o couro cabeludo até o parênquima

encefálico.

Mecanismo do TCE:

_ As forças de impacto e inercial, quando aplicadas ao crânio, podem gerar deformações (compressão, tensão e/ou

cisalhamento).

_ As forças de impacto são responsáveis por efeitos locais na superfície. Ex.: laceração do couro cabeludo, fratura do

crânio, hematoma epidural, etc.

_ As forças inercial determina efeitos difusos. Ex.: contusões, hematoma subdural e

CLASSIFICAÇÃO DAS LESÕES:

– Lesões focais: lesões do escalpo, fraturas de crânio, contusões cerebrais, hematomas intracranianos, etc.

– Lesões difusas: LAD, lesão cerebral hipóxica, inchaço cerebral difuso e hemorragias petequiais múltiplas cerebrais..olva

anatomicamente desde o couro cabeludo até o parênquima encefálico.

- Aberto: há exposição (rompimento) da Dura Máter ou parênquima.

– Fechado: outras entidades.

– Grave: escore de Coma de Glasgow (ECG) for igual ou menor que 8.

– Moderado: ECG acima de 9.

– Leve: quando não altera a ECG.

Figura: fratura de crânio

PRINCIPAIS LESÕES:

– Lesão do couro cabeludo:

1 _ Escoriações

2 _ Contusão

3 _ Equimose

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4 _ Laceração

– Fraturas de crânio:

1 _ Fratura linear

2 _ Fratura de convexidade ou de base posterior

3 _ Fratura de base média

4 _ Fratura de base anterior

– Fratura em afundamento:

1 _ Fechado

2 _ Aberto

- Contusão Cerebral

– Hemorragias:

1 _ Hematoma epidural

2 _ Hematoma subdural

3 _ Hematoma subaracnóide

4 _ Hematoma intracerebral

- Concussão Cerebral

– Lesão Axonal Difusa (LAD)

– Lesão Cerebral Hipóxica (LCH)

– Edema Cerebral

– TCE por agentes penetrantes

Sinais e sintomas:

SINAIS E SINTOMAS gerais:

Perda de sangue pelas narinas ou ouvidos;

Inconsciência ou não;

Náuseas ou vômito;

Tontura ou desmaio;

Cefaléia;

Lapso de memória;

Deformidade anatômica;

Rinoliquorragia;

Otoliquorragia;

Sangramento e edema decorrente trauma facial.

Figura: anisocoria- pode significar aumento da pressão intra-craniana

Concussão Cerebral: há alterações na função neurológica, a mais comum é a perda de consciência, sem lesão

intracraniana ao realizar TC. Pode haver também déficit de memória: amnésia anterógrada e retrógrada.

– Fraturas: rinorréia, otoliquorréia, equimose periorbital (olhos de guaxinim) e equimose na região retroauricular sob o

mastóide ( sinal de Batlle).

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Figura: olhos de guaxinim sugere fratura de base de crânio

– Hematomas:

1 _ Epidural: curto período de perda de consciência, recobra a consciência e, em seguida, rápido rebaixamento do

nível de consciência.

2 _ Subdural: cefaléia, distúrbios visuais, alteração da personalidade, disartria, hemiparesia ou hemiplegia.

3 _ Intracerebral: convulsões e aumentos importantes da PIC.

Sinais e sintomas que sugerem hipertensão craniana:

1 Cefaléia, diminuição do nível de consciência, vômitos, hipertensão arterial, bradicardia, diâmetro pupilar e

fotorreação

PRIMEIROS SOCORROS:

ABCDE

Localizar e avaliar a lesão;

Observar se na lesão há fratura de crânio ou corpo estranho;

Page 206: apostilanova.doc1

Nunca retirar fragmentos ósseos;

Observar se há perda de LCR;

Conter o sangramento através de compressão;

Observar respiração e caso necessário realizar RCP

Verificar o mecanismo do trauma;

Se a vítima estiver consciente, perguntar se está com dor de cabeça tontura e/ou vontade de

vomitar;

Questionar testemunhas se a vítima desmaiou e/ou vomitou (procurar indícios no local);

Verificar se houve perda de consciência e amnésia;

Promover a permeabilidade da via respiratória;

Palpar a cabeça procurando indícios de trauma;

Realizar hemostasia;

Verificar estado neurológico através da Escala de Coma; Posicionar vítima em decúbito dorsal com o

pescoço estabilizado.

Toda vítima de TCE necessita de cuidados médicos imediatos, portanto, a equipe de Resgate deverá

ser informada da situação.

LESÃO DE COLUNA-trauma raquimedular

Page 207: apostilanova.doc1

O trauma raquimedular é uma agressão à medula espinhal que pode ocasionar danos neurológicos, tais como

alteração das funções motora, sensitiva e autônoma.

A medula espinhal é a principal via de comunicação entre o cérebro e o restante do organismo, é protegida pelos

ossos da coluna vertebral (vértebras). A parte anterior da medula espinhal contém os nervos motores, os quais

transmitem informações aos músculos e estimulam o movimento. A parte posterior e as partes laterais contêm os

nervos sensitivos, os quais transmitem informações ao cérebro sobre o tato, a posição, o calor e o frio.

Quando a medula espinhal é lesada em um acidente, a sua função pode ser total ou parcialmente destruída em

qualquer parte do corpo abaixo do nível da lesão. Os danos à medula espinhal variam de uma concussão transitória

até uma transecção completa da mesma, tornando a vítima paralisada abaixo do nível da lesão traumática.

SINAIS E SINTOMAS

Dor local intensa;

Diminuição da sensibilidade, formigamento ou dormência em membros inferiores e/ou superiores;

Paralisia dos segmentos do corpo, abaixo da lesão;

Perda do controle esfincteriano.

Todas as vitimas inconscientes deverão ser consideradas e tratadas como portadoras de lesões na

coluna.

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Atendimento:

1 ABCDE

2 Manter a vítima agasalhada e imóvel

3 Não mexer nem deixar ninguém tocar na vítima até a chegada de socorro

4 Deite a vitima em decúbito dorsal (barriga para cima), com ajuda de mais duas pessoas, para se fazer o

rolamento em bloco, alinhando com cuidado a coluna sobre a prancha rígida.

5 O rolamento e o transporte realizado de forma imprópria poderão agravar as lesões causando seqüelas

irreversíveis à vítima.

Page 209: apostilanova.doc1

Figura: rolamento lateral em bloco

6 Transportar o paciente em prancha rígida e com colar cervical

7 Evitar abalos no transporte, para não agravar as lesões

8 Observar a respiração e estar pronto para iniciar a Reanimação cardio-pulmonar.

INTOXICAÇÕES E ENVENENAMENTOS POR INGESTÃO

Medicamentos, plantas, alimentos estragados, a primeira medida é provocar vômito oferecendo bastante

líquido;

Não provoque o vômito, se a pessoa estiver desmaiada ou em convulsões nem se a intoxicação foi

provocada por produtos derivados de petróleo, por pesticidas ou substâncias cáusticas ou corrosivas (ácido

muriático, soda cáustica, etc.);

Guarde a embalagem do produto, restos da substância ou o material vomitado, para facilitar a

identificação pelo médico;

Page 210: apostilanova.doc1

No caso de remédios, tente descobrir quantos comprimidos foram engolidos e, quando ocorreu a

ingestão;

Nunca dê bebida alcoólica para um intoxicado, remova imediatamente ao hospital.

Primeiros socorros

Pele

Retirar a roupa impregnada;

Lavar a região atingida com água em abundância;

Substâncias sólidas devem ser retiradas antes de lavar com água;

Agasalhar a vítima;

Encaminhar para atendimento hospitalar.

Aspiração

Proporcionar boa ventilação;

Abrir as vias áreas respiratórias;

Encaminhar para atendimento hospitalar.

ANIMAIS PEÇONHENTOS OU VENENOSOS?

Animais peçonhentos – Possuem glândula de veneno que se comunicam com dentes ocos, ferrões ou aguilhões

inoculadores do veneno;

Animais venenosos – Possuem o veneno, todavia, não tem um aparelho inoculador (dentes, ferrões).

Provocam envenenamento por contato (lagartas), por compressão (sapo) ou por ingestão (peixe-baiacu).

No mundo existem cerca 3 mil espécies de cobras. no Brasil, existem 250 dentre as quais, pelo menos 70

são venenosas, dessas, apenas 04 espécies são peçonhentas.

PICADAS E FERROADAS DE ANIMAIS PEÇONHENTOS

Uma vez injetado no corpo humano, o veneno poderá causar reações orgânicas que são classificadas em quatro

grupos:

1. Anticoagulante;

2. Hemolítica;

3. Neurotóxica;

4. Proteolítica.

MECANISMO DE AÇÃO DO VENENO

1. Anticoagulante – O veneno atua destruindo o fibrinogênio, fazendo com que o sangue não coagule, podendo

levar o indivíduo ao óbito por hemorragia.

2. Hemolítica – Ao atingir a corrente sanguínea, esse tipo de veneno age destruindo as hemácias do sangue

provocando uma anemia hemolítica aguda, e levará o indivíduo ao óbito, por asfixia celular.

3. Neurotóxica – O veneno age sobre o SNC causando mudanças no equilíbrio, consciência, distúrbios na

visão e demais sentidos, ptose palpebral, dormência no local da picada ou mordedura, podendo levar o indivíduo ao

estado de choque, a IRA e consequentemente ao óbito.

4. Proteolítica - Após injetado, o veneno desencadeia um processo de decomposição das proteínas, causando

a necrose do tecido, caso não seja tratado em tempo hábil, poderá causar por conseguinte a perda do membro

afetado, e até o óbito.

Sinais e sintomas Marcas da picada;

Dor, edema;

Page 211: apostilanova.doc1

Manchas roxas, hemorragia;

Febre, náuseas;

Sudorese, urina escura;

Calafrios, perturbações visuais;

Eritema, cefaléia;

Distúrbios visuais;

Queda das pálpebras;

Convulsões;

Dispnéia.

PRIMEIROS SOCORROS COBRAS:

Havendo possibilidade, capturar o animal agressor;

Manter a vítima deitada em repouso absoluto;

Se a picada for na perna ou braço, mantenha-os em posição mais elevada que o coração;

Lavar a picada com água e sabão;

Colocar gelo ou água fria sobre o local;

Remover anéis, relógios, prevenindo assim complicações decorrentes do inchaço;

Encaminhar a vítima imediatamente ao serviço de saúde mais próximo, para que possa receber o

soro em tempo;

Não fazer garroteamento ou torniquete;

Não aspirar (chupar) o local na tentativa de retirar o veneno;

Não cortar ou perfurar o local da picada nem usar quaisquer produtos.

IDENTIFICAÇÃO DAS SERPENTES PEÇONHENTAS:

Page 212: apostilanova.doc1

Anéis coloridos;

Guizo;

Fosseta loreal.

QUESTIONÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO

Em caso de acidente, ainda que não seja uma cobra venenosa, é importante ministrar os primeiros socorros

adequados, e levar a vítima a um posto de saúde. Mesmo sem injetar veneno, a cobra poderá transmitir uma

infecção. Não mate as cobras, elas possuem um papel fundamental no ecossistema, e matanças poderão desequilibrar

o meio ambiente. Lembre-se: Na mata você é o estranho, enquanto a cobra é parte dela.

Sim

É cascavel.

Não

É jararaca

Sim

É surucucu

Não

A calda é ouriçada?

A serpente possui guizo?

Sim

É peçonhenta.

Não

Não é peçonhenta

Não

Possui fosseta loreal?

Sim

Cobra coral

A serpente possui anéis coloridos?

Page 213: apostilanova.doc1

CASCAVEL JARARACA

jararacuçu, caiçara, urutu,

etc.

SURUCUCU CORAL

AÇÃO DO

VENENO

HEMOLÍTICO

NEUROTÓXICO

PROTEOLÍTICA

COAGULANTE

PROTEOLÍTICA

COAGULANTE

NEUROTÓXICA

SORO ANTICROTÁLICO ANTIBOTRÓPICO ANTILAQUÉTICO ANTIELAPÍDICO

Picadas e ferroadas de animais peçonhentos

Medidas preventivas

Usar botas de cano longo e perneiras;

Proteger as mãos com luvas;

Combater os ratos;

Preservar os predadores;

Cuidado ao calçar o coturno, bota ou qualquer calçado;

Conservar o meio ambiente.

Sinais e sintomas - Escorpiões/Aranhas

Dor;

Eritema;

Inchaço;

Febre;

Dor de cabeça.

Primeiros socorros

Os mesmos utilizados nas picadas de cobras;

Encaminhar a vítima imediatamente ao serviço de saúde mais próximo, para avaliar a necessidade de

soro específico.

PICADAS E FERROADAS DE INSETOS

Há pessoas alérgicas que sofrem reações graves ou generalizadas, devido a picadas de insetos (abelhas e

formigas).

Page 214: apostilanova.doc1

Sinais e sintomas

Eritema local que pode se estender pelo corpo todo;

Prurido;

Dificuldade respiratória (Edema de glote).

Primeiros socorros

Retirar os ferrões introduzidos pelo inseto sem espremer;

Aplicar gelo ou lavar o local da picada com água corrente;

Encaminhar a vítima imediatamente ao serviço de saúde mais próximo, para avaliar a necessidade de

soro específico.

ACIDENTES COM MÚLTIPLAS VITÍMAS:

São aqueles eventos súbitos, que produzem um número de vítimas que levam um desequilibro entre os recursos

disponíveis e as necessidades, onde se consegue manter um padrão de atendimento adequado com os recursos locais.

Ministério da Saúde

DESASTRE:

Situação que resulta em um número de vítimas que excede a capacidade de atendimento do serviço

Ministério da Saúde

CATÁSTROFE:

Implica em uma ocorrência maior, com envolvimento do meio ambiente e prejuízo do abastecimento, da

comunicação, dos transportes e do acesso ao local

Ministério da Saúde

Várias Vítimas de Desastre no Pré-hospitalar

TRIAGEM

Processo utilizado em situações onde a emergência ultrapassa a capacidade de resposta da equipe de socorro. Utilizado

para alocar recursos e hierarquizar o atendimento de vítimas de acordo com um sistema de prioridades, de forma a

possibilitar o atendimento e o transporte rápido do maior número possível de vítimas.A Triagem no local é uma das mais

importantes etapas do atendimento. Busca racionalizar o atendimento e salvar o maior número possível de vítimas. O

critério de classificação deve ser conhecido por todos os envolvidos no atendimento.

Page 215: apostilanova.doc1

O primeiro socorrista que chega numa cena da emergência com múltiplas vítimas enfrenta um grande problema. A

situação é diferente e seus métodos usuais de resposta e operação não são aplicáveis. Este profissional deve modificar sua

forma rotineira de trabalho buscando um novo método de atuação que lhe permita responder adequadamente a situação.

Como poderão então esses socorristas prestar um socorro adequado? Obviamente, se eles voltarem sua atenção para a

reanimação de uma ou mais vítimas, as outras potencialmente recuperáveis poderão morrer.

Portanto, logo que chegam na cena, esses primeiros socorristas devem avaliá-la, pedir reforços adicionais e

providenciar a segurança do local para, só então, dedicarem-se a seleção das vítimas enquanto as novas unidades de socorro

deslocam-se para o local da emergência.

Esses socorristas aproveitam assim o seu tempo da melhor maneira iniciando um processo de triagem. Este é o

primeiro passo para a organização dos melhores recursos na cena da emergência.

Triagem – Termo dado ao reconhecimento da situação e seleção das vítimas por prioridades na cena da emergência.

Palavra de origem francesa que significa “pegar, selecionar ou escolher”.

Podemos conceituar a triagem como sendo um processo utilizado em situações onde a emergência ultrapassa a

capacidade de resposta da equipe de socorro. Utilizado para alocar recursos e hierarquizar vítimas de acordo com um

sistema de prioridades, de forma a possibilitar o atendimento e o transporte rápido do maior número possível de vítimas.

É de responsabilidade do socorrista que primeiro chegar ao local do acidente múltiplo, montar um esquema e separar as

peças de um desastre de forma a propiciar o melhor cuidado possível a cada pessoa envolvida, solicitando recursos

adicionais e reforço para atender adequadamente a ocorrência.

Em resumo, o processo de triagem é usado quando a demanda de atenção supera nossa capacidade de resposta e,

portanto, devemos direcionar nossos esforços para salvar o maior número de vítimas possível, escolhendo aquelas que

apresentam maiores possibilidades de sobrevivência. O primeiro a chegar na cena deve dedicar-se à seleção das vítimas,

enquanto chegam as unidades de apoio.

Obs.: Se a ocorrência supera a capacidade de resposta da guarnição que primeiro chegar ao local, deveremos iniciar um

processo de triagem para avaliar e tratar a maior quantidade possível de vítimas com potencial de recuperação. Se a

guarnição se detém no atendimento de uma única vítima, todos os demais poderão não receber auxílio.

Atualmente é o modelo adotado pela Associação de Chefes de Bombeiros do Estado da Califórnia nos EUA. START é

a abreviatura de Simple Triage And Rapid Treatment (Triagem Simples e Tratamento Rápido) .

· Sistema de triagem simples.

· Permite triar uma vítima em menos de um minuto.

Esse método foi desenvolvido para o atendimento de ocorrências com múltiplas vítimas, pois permite a rápida

identificação daquelas vítimas que estão em grande risco de vida, seu pronto atendimento e a prioridade de transporte dos

envolvidos mais gravemente feridos.

CÓDIGO DE CORES NO PROCESSO DE TRIAGEM

Cor Vermelha

Significa primeira prioridade:

São as vítimas que apresentam sinais e sintomas

que demonstram um estado crítico e necessitam

tratamento e transporte imediato.

Cor Amarela

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Significa segunda prioridade:

São as vítimas que apresentam sinais e sintomas que

permitem adiar a atenção e podem aguardar pelo

transporte.

Cor Verde

Significa terceira prioridade:

São as vítimas que apresentam lesões menores ou

sinais e sintomas que não requerem atenção imediata.

Cor Preta

Significa sem prioridade (morte clínica):

São as vítimas que apresentam lesões obviamente

mortais ou para identificação de cadáveres.

•S.T.A.R.T.:- SIMPLE TRIAGE AND RAPID TREATAMENT

•C.R.A.M.P.:- CIRCULAÇÃO, RESPIRAÇÃO, ABDOME, MOTILIDADE, PALAVRA

•ABCD TRAUMA:- VIAS AÉREAS. OXIGENAÇÃO/VENTILAÇÃO, CIRCULAÇÃO, NEUROLÓGICO

START

Page 217: apostilanova.doc1

Figura: ficha de identificação de vítimas

Page 218: apostilanova.doc1
Page 219: apostilanova.doc1

O MÉTODO S.T.A.R.T. É UTILIZADO NA TRIAGEM INICIAL, OU SEJA, NA ZONA QUENTE;

ENQUANTO QUE OS MÉTODOS C.R.A.M.P. E ABCD TRAUMA SÃO MAIS UTILIZADOS NO P.M.A. E NO

INTRAHOSPITALAR. CONTUDO, CADA SERVIÇO ADOTA O MÉTODO QUE MELHOR SE ENCAIXA

EM SUA REALIDADE DE ATENDIMENTO, INCLUSIVE A MISCELÂNIA DELES.

TRIAGEM

S.T.A.R.T.:

TEM POR OBJETIVO CLASSIFICAR AS VÍTIMAS POR CRITÉRIOS DE GRAVIDADE COM 04 CORES.

PODE SER REALIZADO POR LEIGOS, BOMBEIROS, SAMU, DESDE QUE TREINADOS.

Page 220: apostilanova.doc1

C.R.A.M.P.:

MAIS COMPLEXO; DEVE SER REALIZADO POR PROFISSIONAIS DE SAÚDE. SÃO ATRIBUÍDOS

ESCORES DE 0 A 2 PARA CADA ITEM E A SOMATÓRIA DEFINE A GRAVIDADE.

Page 221: apostilanova.doc1

ABCD TRAUMA:

É UTILIZADO TANTO POR LEIGOS COMO POR PROFISSIONAIS DE SAÚDE. AVALIAÇÃO QUE NÃO

SOMA PONTOS; DETERMINA A GRAVIDADE PELOS ACHADOS TRAUMÁTICOS QUE AMEAÇAM A

VIDA. PODE SER CLASSIFICADO COM CORES, USANDO O SISTEMA DE CARTÕES.

Emergências Clínicas

Emergencias clínicas seriam aquelas que não tiveram nenhum fator externo que levasse a ela, por ex:

doenças infecciosas graves, infartos, embolias pulmonares, AVC, hipertensão, insuficiencias de orgãos de

origem não traumáticas, ou seja não sofreu injúria, não machucou ...

1 Se uma vítima sente-se mal ou apresenta sinais vitais atípicos, assuma que isto configura uma emergência clínica.

2 Uma emergência traumática pode produzir uma emergência clínica.

Ex.: o estresse de um acidente automobilístico poderá produzir um IAM ou AVC.

DESMAIO

É a perda súbita e temporária da consciência e da força muscular, geralmente devido à diminuição de oxigênio

no cérebro, tendo como causas: hipoglicemia, fator emocional, dor extrema, ambiente confinado, etc.

Conduta:

Colocar a vítima em local arejado e afastar curiosos;

Deitar a vítima na posição

anti-choque;

Afrouxar as roupas;

Encaminhar para atendimento hospitalar

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Pode ser:

1 Emoções fortes (medo, angústia, surpresa)

2 Hipoglicemia

3 Calor excessivo

4 Anemia ou sangramento volumoso

5 Mudança brusca de posição

CONVULSÃO

Perda súbita da consciência acompanhada de contrações musculares bruscas e involuntárias, conhecida

popularmente como “epilepsia”. Causas variadas: epilepsia, febre alta, traumatismo craniano, etc.

Conduta:

Proteger a cabeça e o corpo de lesões;

Afastar objetos existentes ao redor da vitima;

Lateralizar a cabeça em caso de vômitos;

Afrouxar as roupas e deixar a vítima debater-se livremente;

Nas convulsões por febre alta diminuir a temperatura do corpo, envolvendo-o com pano embebido

Por água.

Page 223: apostilanova.doc1

Causas

Epilepsia, é a causa principal;

Lesões na cabeça;

Infecções no cérebro

Parada respiratória;

1 Febres altas.

2 Overdose (dose excessiva de cocaina )

Estado pós-convulsivo

1 A pessoa pode ficar “perdida” confusa

2 Colocar a vítima em posição de recuperação

3 Palavras sem nexo

4 Sair caminhando sem direção

AVC – ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL

Conhecido como derrame cerebral, pode ser de dois tipos:

1 Acidente vascular isquêmico – falta de circulação numa área do cérebro provocada por obstrução de uma ou

mais artérias por ateromas, trombose ou embolia. Ocorre, em geral, em pessoas mais velhas, com diabetes, colesterol

elevado, hipertensão arterial, problemas vasculares e fumantes;

1 Acidente vascular hemorrágico – sangramento cerebral provocado pelo rompimento de uma artéria ou vaso

sangüíneo, em virtude de hipertensão arterial, problemas na coagulação do sangue, traumatismos. Pode ocorrer em

pessoas mais jovens e a evolução é mais grave.

Page 224: apostilanova.doc1

3)

1 AVC é uma emergência médica. O paciente deve ser posto em repouso absoluto e encaminhado

imediatamente para o hospital.

SINAIS E SINTOMAS:

Acidente vascular isquêmico

1 Perda repentina da força muscular e/ou da visão;

2 Dificuldades da fala;

3 Tonturas;

4 Formigamento num dos lados do corpo;

5 Alterações da memória.

Algumas vezes, esses sintomas podem ser transitórios Ataque Isquêmico Transitório (AIT). Nem por isso deixam de

exigir cuidados médicos imediatos.

Acidente vascular hemorrágico

1 Cefaléia;

2 Edema cerebral;

3 Aumento da pressão intracraniana;

4 Náuseas e vômitos;

5 Déficits neurológicos semelhantes aos provocados pelo acidente vascular isquêmico

De maneira geral, a principal característica é a rapidez com que aparece as alterações; em questão de segundos

a horas (de maneira abrupta ou rapidamente progressiva). Podemos chamar a atenção para aquelas mais comuns:

2 Fraqueza ou adormecimento de um membro ou de um lado do corpo, com dificuldade para se movimentar;

3 Alteração da linguagem, passando a falar "enrolado" ou sem conseguir se expressar, ou ainda sem conseguir

entender o que lhe é dito;

perda de visão de um olho, ou parte do campo visual de ambos os olhos;

5 dor de cabeça súbita, semelhante a uma "paulada, sem causa aparente, seguida de vômitos, sonolência ou

coma; perda de memória, confusão mental e dificuldades para executar tarefas habituais (de início rápido).

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Figura: paralisia de um lado da face no AVC

Atendimento:

1 ABCDE 2 Evite medicar sem orientação médica, por melhor que seja a sua intenção. Como exemplo,

muitas vezes a pressão arterial está elevada e, na ansiedade de querer baixá-la, corre-se o risco

de exagerar. Neste caso, a pressão baixa dificultará a chegada do sangue ao cérebro,

complicando o quadro.

3 Não ofereça nada para a pessoa beber ou comer, pois ela pode engasgar

4 Chame o Samu-192

Hipertensão Arterial Severa-HAS

1 Pressão Arterial: O coração bombeia o sangue para os demais órgãos do corpo por meio de tubos chamados

artérias. Quando o sangue é bombeado, ele é "empurrado” contra a parede dos vasos sangüíneos. Esta tensão gerada na

parede das artérias é denominada pressão arterial.

HAS: A hipertensão arterial ou “pressão alta” é a elevação da pressão arterial para números iguais ou maiores que

140/90 mm/Hg. Esta elevação anormal pode causar lesões em diferentes órgãos do corpo humano, tais como cérebro,

coração, olhos e rins.

1 A pressão arterial varia durante o dia dependendo da sua atividade.

Aumenta quando: você se exercita, quando está excitado ou nervoso e em dias muito frios;

Diminui quando: você está relaxado, quando você dorme e em dias muito quentes.

Até mesmo a postura – sentado ou em pé – influencia a pressão arterial.

O único meio de saber é a verificação de sua pressão arterial por um profissional da área de saúde.

Sinais e sintomas:

1 Cefaléia (dor de cabeça)

2 Náuseas

3 Ansiedade

4 Zumbido nos ouvidos

5 Dor na nuca

6 Alteração visual

7 Tontura

8 Hemorragia nasal

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9 Formigamento na face e extremidades

Atendimento pré-hospitalar:

1 Mantenha a via aérea permeável

2 Identifique sinais de AVC

3 Coloque o paciente em posição de repouso

4 Promova o suporte emocional

5 Oriente para que tome a medicação habitual

6 Transporte o paciente até um CAIS ou chame o Samu

DIABETE MELLITUS

1 O pâncreas não produz insulina suficiente e o açúcar fica circulando no sangue sem ser absorvido.

2 O nível de glicose no sangue aumenta (Hiperglicemia), excreção de glicose na urina à medida que a

hiperglicemia aumenta.

Tipos de diabete melito

Tipo I – Diabete dependente de insulina- Diabete juvenil:

1 Ocorre abruptamente deficiência de insulina, a administração periódica de insulina. Desencadeada em

pessoas com menos de 20 anos.

Tipo II – Diabete Melito não- insulina – dependente

É muito mais comum que o tipo I, mais de 90% de todos os casos. Ocorre em pessoas superior a 35 anos e com

excesso de peso. As células alvos ficaram menos sensíveis a insulina.Os altos níveis de glicose no sangue pode ser

controlado:

1 Por dieta

2 Exercício

3 Redução de peso

Sinais e Sintomas

Os mais evidentes são:

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1 sede intensa

2 aumento de apetite

3 a eliminação de urina também cresce consideravelmente

4 cansaço

5 perda de peso

Complicações diabéticas

Hipoglicemia: Glicose em quantidade insuficiente

No Diabético também pode ocorrer hipoglicemia quando a pessoa recebe uma dose de insulina ou de

medicamentos para o controle do Diabetes maior que o necessário ou quando consome bebida alcoólica em excesso.

A hipoglicemia pode ocorrer em qualquer hora do dia ou da noite, mas em geral acontece antes das refeições.

Os sinais e sintomas de hipoglicemia são: cansaço, suor frio, pele fria, pálida e úmida, tremor, coração

disparado, nervosismo, visão turva ou dupla, dor de cabeça, dormência nos lábios e língua, irritação, desorientação,

convulsões, tontura e sonolência.

Se a glicemia estiver abaixo de 50 a 60 mg/dl ou a pessoa estiver sentindo os sintomas referidos

acima ofereça-a bala ou meio copo de água com duas colheres de sopa de açúcar.

1 Hiperglicemia: O tecido recebe Glicose em excesso

Coma diabético

Alta concentração de glicose (açúcar) no sangue (hiperglicemia)

1 Baixas concentrações de insulina

Sinais e Sintomas

1 Sede excessiva

2 Boca seca

3 Dores de cabeça

4 Dor abdominal

5 Pele seca, vermelha e quente

6 Pulso rápido e fraco

7 Respiração profunda

8 Micção excessiva

9 Possível vômito

Conduta

1 Procure assistência médica de emergência

2 Examine o ABCDE e faça a respiração artificial ou RCP, se necessário

3 Deite o paciente inconsciente de lado para permitir a saída de líquidos ou de vômitos pela boca

Abdome Agudo

Page 228: apostilanova.doc1

Afecção não traumática, localizada em estrutura na cavidade abdominal de manifestação súbita.

Com 6 horas de duração.

Causas de abdome agudo

Aparelho gastrointestinal

1 Apendicite aguda;

2 Obstrução do delgado;

3 Hérnia encarcerada;

4 Ulcera péptica perfurada;

5 Diverticulite de cólon;

6 Obstrução de cólon por neoplasia;

7 Adenite mesentérica;

8 Diverticulite de Meckel;

9 Colecistite aguda;

10 Pancreatite aguda;

11 Abscesso hepático;

12 Rotura de TU hepático;

13 Rotura de cisto hidático;

Figura: afecções que causam abdome agudo

Aparelho Urinário

1 Cólica nefrética ou ureteral;

Page 229: apostilanova.doc1

2 Pielonefrite aguda;

Aparelho Ginecológico

1 Doença inflamatória pélvica;

2 Gravidez ectópica rota;

3 Cisto de ovário torcido ou roto;

Aparelho Vascular

1 Trombose mesentérica;

2 Colite isquêmica aguda;

3 Rotura de aneurisma e aorta;

Afecções do peritônio e omento

1 Abscesso intraperitoneal;

2 Peritonite primária;

3 Torção de omento;

Dor

1 É a chave para o diagnóstico;

2 Subjetiva;

3 Caracterização da dor;

Sintomas associados

1 Anorexia;

2 Náuseas;

3 Vômitos;

4 Parada de eliminação de gases e fezes;

5 Sensação de febre;

6 Sensação de fraqueza;

7 Perda de consciência;

Atendimento pré-hospitalar:

2 Não ofereça nada para a pessoa beber ou comer

3 Mantenha as vias aéreas e prepare-se para a ocorrência de vômito

4 Mantenha o paciente em repouso na posição em que melhor se adapte

5 Promova suporte emocional

6 Acione o Samu

DOENÇAS CARDÍACAS

A maioria dos problemas cardíacos resulta de circulação coronária deficiente.

Angina ou Dor no peito

Causas

1 Estresse

2 Trabalho físico excessivo após uma refeição pesada

3 Estreitamento das artérias coronárias

4 Pressão alta

5 Febre

Sintomas

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1 Dor no tórax, aperto ou pressão

2 Dificuldade de respirar

3 Fraqueza, tontura e transpiração

Infarto Agudo do Miocárdio-IAM

Infarto é a morte de uma área de tecido pela interrupção de suprimento de sangue. Pode resultar de um coágulo

em uma das artérias coronárias.

Sinais e Sintomas

Desconforto torácico semelhante a angina. A dor as vezes se irradia para braços (principalmente esquerdo

ou pescoço)

Dor epigástriga

Vômitos

Sudorese

Ansiedade

Inquietação

falta de ar.

Parada cardíaca

Conduta

1 Realizar a avaliação primária ( ABCDE ) e estar preparado para iniciar RCP

2 Manter a vítima em repouso absoluto

3 Tranqüilizar pacientes lúcidos

4 Perguntar sobre outros episódios de dor e uso de medicação

5 Chamar socorro-Samu-192

6 Não deixe a pessoa sozinha

Insuficiência cardíaca congestiva-ICC

Page 231: apostilanova.doc1

A doença cardiovascular é a principal causa de morbidade e mortalidade entre os idosos. Dentre elas, a

insuficiência cardíaca congestiva (ICC) destaca-se pelo pior prognóstico pelo grande número de internações e por

altas taxas de mortalidade hospitalar. A Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC) representa o conjunto de sinais e sintomas decorrentes do mal

funcionamento do coração, quando este não está sendo capaz de bombear o sangue em direção aos tecidos e suprir a

necessidade de oxigênio e nutrientes do organismo.

O processo que resulta na ICC é gradativo e os eventos têm a seguinte seqüência:

1. O bombeamento insuficiente do coração leva a uma congestão de sangue no interior das veias que chegam ao coração,

2. O acúmulo de sangue nas veias, associado à retenção de líquidos pelos rins, levam ao inchaço (edema) dos tecidos do

corpo.

3. O inchaço inicialmente afeta as pernas, mas pode subir e também atingir os pulmões (causando dificuldades para respirar)

e em outros tecidos e órgãos (levando à “barriga d’água, dores abdominais, pouca urina, etc).

4. O cansaço leva à falta de ar, à fraqueza muscular, à diminuição da atividade física e conseqüente invalidez.

A insuficiência cardíaca congestiva é freqüentemente a fase final de outra doença do coração como:

1. Doença Coronariana (levando à angina e ao Infarto agudo do coração);

2. Hipertensão arterial (que pode se complicar com os derrames cerebrais);

3. Doença Valvular do Coração (incluindo a doença reumática do coração);

4. Síndromes Congênitas ("de nascença") do Coração;

5. Miocardiopatias (doença do músculo do coração);

6. Infarto Agudo do Miocárdio (ataque cardíaco);

7. Arritmias Cardíacas (problemas onde o coração bate sem controle – mais rápido, mais devagar ou sem ritmo),

8. Exposições Tóxicas, incluindo o uso abusivo de álcool.

9. Hipertireoidismo, Diabetes e Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (Bronquite) também são fatores de risco para a

ICC. Todas estas desordens podem conduzir à insuficiência cardíaca congestiva debilitando o músculo do coração.

Conduta

7 Realizar a avaliação primária ( ABCDE ) e estar preparado para iniciar RCP

8 Manter a vítima em repouso absoluto

9 Tranqüilizar pacientes lúcidos

10 Perguntar sobre outros episódios de dor e uso de medicação

11 Chamar socorro-Samu-192

12 Não deixe a pessoa sozinha

Page 232: apostilanova.doc1

PRODUTOS PERIGOSOS

Acidentes com produtos químicos

Page 233: apostilanova.doc1

Cenários acidentais

Com o aumento da industrialização e da população, observa-se um aumento crescente na geração de resíduos

sólidos industriais, especialmente nos grandes centros industriais. Esse fato tem acarretado em mais uma fonte

potencialmente poluidora do meio ambiente, o que inclui a contaminação do solo, subsolo, águas superficiais,

subterrâneas e do ar.

Os acidentes ambientais envolvendo descarte de resíduos químicos ou de produtos químicos em vias

públicas, disposição indevida sob o solo, bem como o armazenamento inadequado de produtos químicos em

indústrias, galpões de armazenamento, massas falidas, terrenos baldios e instituições de ensino colocam em risco

a saúde pública e ao meio ambiente.

-

Armazena

mento em

galpões Di

sposição

de

resíduos

em terreno

baldio Ar

mazename

nto de

reagentes

químicos

em

Page 234: apostilanova.doc1

laboratório

São inúmeros os casos atendidos por entidades públicas como Corpo de Bombeiros, Defesa Civil e órgãos

ambientais envolvendo o abandono de tambores, bombonas, sacos plásticos e outras embalagens em margens de

rodovias e seus acessos marginais, contendo resíduos químicos perigosos. Essas ocorrências são em geral

comunicadas pela população local, porém sem a identificação de seus responsáveis ou da placa dos veículo que

realizou o transporte clandestino. Isso dificulta o trabalho das autoridades, na medida em que não há quem

responsabilizar pelos danos acarretados e por sua remoção do local e recuperação da área impactada.

-

Descarte

de

tambores

com

resíduos

químicos

em

terreno

baldio De

scarte de

bombona

s com

resíduos

químicos

em área

Page 235: apostilanova.doc1

rural Des

carte de

resíduos

químicos

em

sacaria

Os resíduos químicos perigosos, tanto líquidos como sólidos ou produtos químicos descartados muitas vezes

em função de roubo de carga, apresentam como principais riscos, a corrosividade, inflamabilidade, liberação de

COV - compostos orgânicos voláteis, reatividade com água podendo provocar explosão, desprendimento de

chamas ou de calor, formação de compostos, misturas, vapores ou gases perigosos.

Esses resíduos, normalmente dispostos diretamente sobre o solo e em margens de córregos e represas, podem

infiltrar-se no solo provocando a contaminação do meio incluindo em determinadas situações, o lençol freático.

Essa situação torna-se mais grave quando os resíduos são enterrados em terrenos baldios em áreas periféricas dos

grandes centros, e que somente são descobertos mediante denúncias da população ou quando são percebidos

apenas os seus efeitos, como por exemplo a redução da qualidade da água, os danos sofridos pela vegetação, ou

em casos mais graves, o surgimento de doenças ou mesmo a contaminação em pessoas e animais.

Dependendo da sua natureza química, os resíduos envolvidos causam a contaminação do ar provocando

incômodos às populações circunvizinhas. Essa situação se agrava quando alguns resíduos são queimados, o que

torna mais difícil a extinção do fogo por parte do corpo de bombeiros. Nesses casos há que se investigar o destino

das águas utilizadas no combate ao incêndio.

Incêndio em armazenamento contendo resíduos

químicos

As chuvas são agravantes em situações de emergência, por contribuírem no transporte dos poluentes para as

camadas mais profundas do subsolo, dependendo de sua natureza, como também para as águas subterrâneas e

superficiais.

As embalagens metálicas utilizadas para acondicionar resíduos químicos que são deliberadamente

descartados em vias públicas, encontram-se normalmente em avançado estado de corrosão, as sacarias em más

condições e as demais embalagens como latas, frascaria de laboratório, entre outras, em estado precário de

acondicionamento. Os responsáveis por esses atos ilícitos, têm o devido cuidado na maioria das situações de

retirar os rótulos das embalagens evitando assim o comprometimento da imagem da empresa procurando assim

isentar-se de suas responsabilidades.

Os resíduos químicos podem também serem dispostos de forma inadequada por meio de carga transportada

sem qualquer embalagem, contida apenas pela unidade de transporte, seja ela um tanque, vaso, caçamba ou

container-tanque.

São comuns situações em que instituições de ensino e de pesquisa, laboratórios de análises bioquímicas e

físico químicas estocam quantidades indesejáveis de produtos químicos, tornando problemático o tratamento e a

destinação final deste estoque, não apenas no aspecto técnico mas também do ponto de vista econômico. São

também comuns nesses casos a perda das informações contidas nos rótulos das embalagens como seu nome e

Page 236: apostilanova.doc1

fabricante. Isso passa a ser um problema, uma vez, que torna-se necessário sua caracterização para posterior

destinação final.

-

Armazena

mento

inadequad

o de

reagentes

químicos

em

laboratóri

o

identificaç

ão Perda

parcial de

identificão

em rótulos

de

reagentes

químicos

Nesse contexto destacam-se também algumas massas falidas, via de regra áreas industriais fechadas ou

abandonadas nas quais no passado foram usadas substâncias nocivas e que ao encerrarem suas atividades

deixaram para trás resíduos químicos perigosos armazenados de forma inadequada, muitas vezes lançados

diretamente sobre o solo ou em condições precárias de armazenamento e muitas vezes com a ocupação humana

nesses locais.

-

Page 237: apostilanova.doc1

Empresa

abandonada

contendo

resíduos

químicos

Outro agravante à saúde pública refere-se a tambores, bombonas e outros tipos de embalagens utilizados

para armazenar produtos químicos perigosos e resíduos químicos que quando descartados em terrenos baldios,

matagais e nas proximidades de aterros sanitários e lixões, fazem parte de uma espécie de economia informal dos

moradores de favelas da periferia dos grandes centros industriais como São Paulo.

Recolher tambores usados é fonte de renda para vários catadores de lixo. A contaminação pode ocorrer pelo

simples contato com essas embalagens ou em situação mais grave quando utiliza-se desse recipientes para

armazenar água em suas residências.

Dentre os diversos tipos de resíduos químicos usualmente descartados, destacam-se as borras de tintas e

solventes, areia de fundição, borra de alumínio, solventes a base de acrilato, resíduos fenólicos, efluentes de

banhos de galvanização, reagentes químicos para laboratório, óleo de transformador entre outros.

-

Page 238: apostilanova.doc1

Re

síd

uo

qu

ím

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De

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e

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bo

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al

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ni

o

Abandono de

transformadores

contendo ascarel

Perigos associados às substâncias químicas

Incidentes envolvendo produtos químicos requerem sempre cuidados e medidas específicas a serem

desencadeadas para o controle das diferentes situações que podem ocorrer, razão pela qual a intervenção de

pessoas devidamente capacitadas e equipadas é fundamental para o sucesso destas operações.

Um fator de extrema importância para um atendimento emergencial adequado é o conhecimento dos perigos

intrínsecos às substâncias químicas. Os principais classes de riscos são:

Page 239: apostilanova.doc1

- Substâncias explosivas;

- Gases (inflamáveis, não inflamáveis ou tóxicos);

- Liquido inflamáveis;

- Sólidos inflamáveis ou reativos;

- Oxidantes e peróxidos orgânicos;

- Substâncias tóxicas;

- Substâncias corrosivas.

Acidente químico

• Acidente químico ou emergência química é um acontecimento ou situação perigosa, envolvendo a liberação

de uma substância química, que afeta a saúde humana e/ou o ambiente, a curto ou longo prazo

• OECD. Health aspects of chemical accidents.1994

Incidente químico

• Incidente químico é uma liberação inesperada e incontrolada de uma substância química do seu container

• Um incidente químico para a saúde pública é aquele onde dois ou mais membros do público estão expostos

(ou ameaçados de estar expostos) a uma substância química

– IPCS. Public health and chemical incidents. 1999

1. Incluem:

• incêndios

• explosões

• fugas ou liberações de substâncias tóxicas

2. Podem provocar

• enfermidade

• lesão

• invalidez ou morte

Classificação dos acidentes químicos

• Segundo:

– substância química

– fonte de liberação

– extensão da área contaminada

– número de pessoas expostas

– vias de exposição

– conseqüências para a saúde

Substância química

O termo substância química (no inglês: chemical) é muito geral, e é usado para designar os

compostos básicos de toda a matéria viva ou não, que constitui o universo.

Freudenthal,R.I.; Freudenthal,S.L. What you need to know to live with chemicals. Hill and

Garnett Publishing, 1989.)

Page 240: apostilanova.doc1

Produto químico é uma substancia química, seja só ou em mistura ou preparação, fabricada

ou obtida da natureza.

(Decisão 14/27 do Conselho de Administração do PNUMA, de 17 junho 1987- Diretrizes de

Londres...)

Perguntas no local do acidente envolvendo substâncias químicas

• Quais são as propriedades químicas da substância?

• Que ocorre quando a substância é aquecida?

• Os vapores são tóxicos?

• Ocorre reação violenta com outro material, outra substância química ou quando está misturado?

• Qual é o tipo de embalagem ?

• Qual é o tipo de extintor ?

• Quais são os efeitos da explosão a curto prazo e a longo prazo? (Isman & Carlson, 1980)

Toxicologia

• É a ciência que estuda os efeitos nocivos produzidos pelas substâncias químicas sobre os organismos vivos

Por que são necessários conhecimentos básicos de toxicologia?

• Para atender os objetivos da avaliação para a saúde das emergências químicas, em relação a:

– confirmar a existência de uma emergência química;

– identificar as características das substâncias químicas,

– identificar a fonte de liberação

– estimar o tipo, tamanho, localização e distribuição da fonte de liberação

– determinar a população para a qual a emergência química representa um risco e o impacto na saúde,

e

– avaliar a capacidade de resposta dos serviços locais de saúde

• (Rapid health assessment protocols for emergencies. WHO, 1999. Cap. 9

Classificação das substâncias químicas segundo:

• Uso

• Origem

• Composição química

• Órgão em que o efeito é produzido

• Mecanismo de ação

Estado físico das substâncias químicas

• Sólido

– cianeto de sódio,

• Líquido

– ácido sulfúrico, benzeno, clorofórmio

• Gasoso

– cloro, amoníaco

Classificação das substâncias perigosas segundo a ONU:

Nº ONU

• 1. Explosivas

Dose

Agente químico

Toxodinâmica: Interação do

agente químico-receptor,

no órgão

Exposição Ingresso

no organismo

Toxocinética: Absorção

Distribuição Biotranformaçao

Eliminação

Efeito

Page 241: apostilanova.doc1

• 2. Gases comprimidos

• 3. Líquidos inflamáveis

• 4. Sólidos inflamáveis, substâncias combustíveis espontaneamente e as que reagem com a água

• 5. Oxidantes, incluindo peróxidos

• 6. Tóxicas, classe A e B, irritantes e que causam enfermidades

• 7. Radiativas

• 8. Ácidas, alcalinas e alguns líquidos e sólidos corrosivos

• 9. Outras não consideradas nas classes anteriores

Paracelso, 1493 - 1541

• Toda substância é tóxica,

não tem nenhuma que não seja tóxica,

é a dose que faz a diferença entre

uma substância tóxica e um medicamento

Toxicidade

• Capacidade inerente a uma substância química de produzir efeito adverso ou nocivo sobre um organismo

vivo

Exposição

• É uma medida do contato entre o agente químico e o organismo;

é função da concentração e do tempo

Fogo e substâncias químicas

• Nos incêndios se liberam, no ar, substâncias químicas

• Emissões de depósitos e fabricas,

– as pessoas que moram na vizinhança estão expostas as emissões

– fumaça acarreta substâncias químicas da combustão ou da pirólise

– inalação da fumaça causa mais mortes que o contato com a chama

Exposição de curta duração

• Uma ou várias exposições,

• num período de 24 horas ou menor;

• o agente químico é rápidamente absorvido e

• produz efeito agudo, intoxicação.

Exposição a longo prazo

• Exposição a quantidades pequenas,

• durante períodos longos,

• os efeitos podem aparecer de imediato, depois de cada exposição ou produzir efeitos crônicos

Page 242: apostilanova.doc1

Absorção

• A absorção implica que a substância química atravessa membranas biológicas

• Vias

– respiratória

– digestiva

– dérmica

Distribuição

• As substâncias químicas transportadas pelo sangue se distribuem nos órgãos e sistemas

• Depende das características da substância química e das propriedades físicas

– barreiras: placenta e cérebro

Acumulação

• Ossos: chumbo, estrôncio, fluoreto

Homem. Ingresso de agentes químicos

Ar Água

Alimentos

Medicamentos (via oral,ip,iv)

Exposição ocupacional

(oral,dérmica, respiratória)

Exposição ocasional

(acidentes, uso de cosméticos)

Page 243: apostilanova.doc1

• Gordura: DDT, PCBs

– Emagrecimento

Classificação das substâncias químicas segundo o efeito nocivo

• Irritante

• Asfixiante

• Anestésica

• Substâncias que prejudicam o pulmão

• Tóxicos sistêmicos

Intoxicação

• Diagnóstico

– clínico

– análises toxicológicas

Intoxicação aguda

• Se caracteriza por exposições de curta duração, absorção rápida do agente químico, uma dose única ou

várias doses, em um período não maior que 24 horas.

Os efeitos aparecem, em geral, rapidamente e a morte ou a cura são o resultado imediato.

Efeitos nocivos

• Sistema respiratório

– dano nas células do trato respiratório

– enfisema

– irritação

– constrição dos brônquios

– dispnéia

– alergia

• Trato gastrintestinal

– alteração das membranas celulares (NaOH)

• Pele

– vermelhidão

– inchaso

– coceira

– alergia

• Fígado

– acumulação excessiva de lipídeos

– necrose

– colestasis

• Rim

– efeitos sobre o tubo renal (Hg, Cd, Cr)

– morte das células

– alteração da função renal

• Sistema nervoso

– falta de oxigênio no cérebro (CO)

– perda de mielina (hexaclorobenceno)

– efeitos nos neuronas periféricas (Hg)

• Sistema reprodutivo

– redução na produção de esperma (DBCP)

– redução da fertilidade

– toxicidade reprodutiva

• Teratogênico

– efeitos na descendência que não se herdam (talidomida)

• Carcinogênico

– tumor maligno, câncer

Exemplo de produto químico e intervenções:

Ficha de Informação de Produto Químico e site que pode ser encontrados:

Page 244: apostilanova.doc1

www.cetesb.sp.gov.br

Número e nome do produto Rótulo de risco1830ÁCIDO SULFÚRICO

Número de risco

80Classe / Subclasse

8Sinônimos

ÁCIDO PARA BATERIA ; ÓLEO DE VITRÍOLO ; ÁCIDO FERTILIZANTE ; SULFATO DE

HIDROGÊNIO.Aparência

LÍQUIDO OLEOSO ; SEM COLORAÇÃO ; SEM ODOR ; AFUNDA E MISTURA,

VIOLENTAMENTE, COM ÁGUA ; PRODUZ NÉVOA IRRITANTE.Fórmula molecular

H2 S O4 Família química

ÁCIDO INORGÂNICO.Fabricantes

Para informações atualizadas recomenda-se a consulta às seguintes instituições ou referências:

ABIQUIM - Associação Brasileira da Indústria Química: Fone 0800-118270

ANDEF - Associação Nacional de Defesa Vegetal: Fone (11) 3081-5033

Revista Química e Derivados - Guia geral de produtos químicos, Editora QD: Fone (11) 3826-6899

Programa Agrofit - Ministério da Agricultura

Medidas preventivas imediatas

EVITAR CONTATO COM O LÍQUIDO. MANTER AS PESSOAS AFASTADAS. PARAR O

VAZAMENTO, SE POSSÍVEL. ISOLAR E REMOVER O MATERIAL DERRAMADO. Equipamentos de

Proteção Individual (EPI)

USAR ROUPA DE ENCAPSULAMENTO, DE PVC OU POLIETILENO CLORADO, E MÁSCARA DE

RESPIRAÇÃO AUTÔNOMA.

Ações a serem tomadas quando o produto entra em combustão

NÃO É INFLAMÁVEL. PODE CAUSAR FOGO, EM CONTATO COM COMBUSTÍVEIS.

EXTINGUIR COM PÓ QUÍMICO SECO OU DIÓXIDO DE CARBONO.

Comportamento do produto no

fogo

NÃO É INFLAMÁVEL. Produtos perigosos da reação de combustão

NÃO PERTINENTE. Agentes de extinção que não podem ser usados

A ÁGUA USADA EM FOGO ADJACENTE DEVE SER CUIDADOSAMENTE MANUSEADA.

Limites de inflamabilidade no ar

Limite Superior: NÃO É INFLAMÁVEL

Limite Inferior: NÃO É INFLAMÁVEL Ponto de fulgor

NÃO É INFLAMÁVEL Temperatura de ignição

NÃO É INFLAMÁVEL Taxa de queima

NÃO É INFLAMÁVEL Taxa de evaporação (éter=1)

DADO NÃO DISPONÍVELNFPA (National Fire Protection Association)

Perigo de Saúde (Azul): 3

Inflamabilidade (Vermelho): 0

Reatividade (Amarelo): 2

Observação: (VER OBS,)

NFPA: (OBS.1)

Peso molecular

98,08 Ponto de ebulição (°C)

340 Ponto de fusão (°C)

10,49 Temperatura crítica (°C)

NÃO PERTINENTE Pressão crítica (atm)

NÃO PERTINENTE Densidade relativa do vapor

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NÃO PERTINENTE Densidade relativa do líquido (ou sólido)

1,84 A 20 °C (LÍQ.) Pressão de vapor

NÃO PERTINENTE Calor latente de vaporização (cal/g)

NÃO PERTINENTE Calor de combustão (cal/g)

NÃO PERTINENTE Viscosidade (cP)

40(110%);19(100%);25(60%) Solubilidade na água

MISCÍVEL pH

< 7 Reatividade química com água

REAGE VIOLENTAMENTE, COM LIBERAÇÃO DE CALOR. OCORREM RESPINGOS, QUANDO A

ÁGUA É ADICIONADA AO COMPOSTO. Reatividade química com materiais comuns

EXTREMAMENTE PERIGOSO EM CONTATO COM MUITOS MATERIAIS, PARTICULARMENTE

METAIS E COMBUSTÍVEIS. O ÁCIDO DILUÍDO REAGE COM A MAIORIA DOS METAIS,

LIBERANDO HIDROGÊNIO, QUE PODE FORMAR MISTURA EXPLOSIVA COM O AR EM ÁREAS

CONFINADAS. Polimerização

NÃO OCORRE. Reatividade química com outros materiais

INCOMPATÍVEL COM PRODUTOS ORGÂNICOS, CLORATOS, CARBETOS, FULMINATOS, PICRATOS

E METAIS. Degradabilidade

PRODUTO INORGÂNICO. Potencial de concentração na cadeia alimentar

NENHUM. Demanda bioquímica de oxigênio (DBO)

NENHUMA. Neutralização e disposição final

PARA PEQUENAS QUANTIDADES: ADICIONAR O PRODUTO CAUTELOSAMENTE, EXCESSO DE

ÁGUA, SOB VIGOROSA AGITAÇÃO. AJUSTAR O pH PARA NEUTRO. SEPARAR QUAISQUER

SÓLIDOS OU LÍQUIDOS INSOLÚVEIS E ACONDICIONA-LOS PARA DISPOSIÇÃO COMO RESÍDUO

PERIGOSO. DRENAR A SOLUÇÃO AQUOSA PARA O ESGOTO, COM MUITA ÁGUA. AS REAÇÕES DE

HIDRÓLISE E NEUTRALIZAÇÃO DEVEM PRODUZIR CALOR E FUMOS, OS QUAIS PODEM SER

CONTROLADOS PELA VELOCIDADE DE ADIÇÃO, OU: ADICIONAR, LENTAMENTE, EM GRANDE

QUANTIDADE DE SOLUÇÃO DE CARBONATO DE SÓDIO E HIDRÓXIDO DE CÁLCIO, SOB

AGITAÇÃO. DRENAR A SOLUÇÃO PARA O ESGOTO COM MUITA ÁGUA. RECOMENDA-SE O

ACOMPANHAMENTO POR UM ESPECIALISTA DO ÓRGÃO AMBIENTAL. INFORMAÇÕES

Toxicidade - limites e padrões

L.P.O.: MAIOR QUE 1 mg/m³

P.P.: NÃO ESTABELECIDO

IDLH: 15 mg/m³

LT: Brasil - Valor Médio 48h: DADO NÃO DISPONÍVEL

LT: Brasil - Valor Teto: DADO NÃO DISPONÍVEL

LT: EUA - TWA: 1 mg/m³

LT: EUA - STEL: 3 mg/m³Toxicidade ao homem e animais superiores (vertebrados)

M.D.T.: DADO NÃO DISPONÍVEL

M.C.T.: (OBS.2) Toxicidade: Espécie: RATO

Via Respiração (CL50): LCLo (7h) = 178 ppm

Via Oral (DL 50): 2.140 mg/kg Toxicidade: Espécie: CAMUNDONGO

Via Respiração (CL50): LCLo (21 min) = 140 ppm Toxicidade: Espécie: OUTROS

Via Respiração (CL50): COBAIA: 18 mg/m³; COBAIA: LCLo (1h) = 48 ppm Via Cutânea (DL 50): COELHO:

IRRITAÇÃO SEVERA AOS OLHOS = 1.380 ug Toxicidade aos organismos aquáticos: PEIXES : Espécie

LEPOMIS MACROCHIRUS: LETAL A 24,5 ppm, EM 24 h - ÁGUA CONTINENTAL Toxicidade aos

organismos aquáticos: CRUSTÁCEOS : Espécie

CAMARÃO PITU: CL50 (48h) = 42,5 ppm - ÁGUA MARINHA

Toxicidade aos organismos aquáticos: ALGAS : Espécie

Toxicidade a outros organismos: BACTÉRIAS

Toxicidade a outros organismos: MUTAGENICIDADE

Toxicidade a outros organismos: OUTROS

Informações sobre intoxicação humana

EVITAR CONTATO COM O LÍQUIDO. MANTER AS PESSOAS AFASTADAS. PARAR O

VAZAMENTO, SE POSSÍVEL. ISOLAR E REMOVER O MATERIAL DERRAMADO.

Tipo de contato

Page 246: apostilanova.doc1

NÉVOA

Síndrome tóxica

IRRITANTE PARA O NARIZ E A GARGANTA. IRRITANTE PARA OS OLHOS. SE INALADO,

CAUSARÁ TOSSE, DIFICULDADE RESPIRATÓRIA OU PERDA DA CONSCIÊNCIA.

Tratamento

MOVER PARA O AR FRESCO. MANTER AS PÁLPEBRAS ABERTAS E ENXAGUAR COM MUITA

ÁGUA. SE A RESPIRAÇÃO FOR DIFICULTADA OU PARAR, DAR OXIGÊNIO OU FAZER

RESPIRAÇÃO ARTIFICIAL.

Tipo de contato

LÍQUIDO

Síndrome tóxica

QUEIMARÁ A PELE. QUEIMARÁ OS OLHOS. PREJUDICIAL, SE INGERIDO.

Tratamento

REMOVER ROUPAS E SAPATOS CONTAMINADOS E ENXAGUAR COM MUITA ÁGUA.

MANTER AS PÁLPEBRAS ABERTAS E ENXAGUAR COM MUITA ÁGUA. NÃO PROVOCAR O

VÔMITO.

Temperatura e armazenamento

AMBIENTE.

Ventilação para transporte

ABERTA.

Estabilidade durante o transporte

ESTÁVEL. Usos

FABRICAÇÃO DE FERTILIZANTES, PRODUTOS QUÍMICOS DIVERSOS,PIGMENTOS

INORGÂNICOS, REFINO DE PETRÓLEO, BANHOS DE ELETRODEPOSIÇÃO (COMO

DECAPANTE DE FERRO E AÇO), FABRICAÇÃO DE RAYON E FILMES, REAGENTE DE

LABORATÓRIO, METALURGIA DOS NÃO FERROSOS. (OBS.3) Grau de pureza

TÉCNICO (33% a 98%).Radioatividade

NÃO TEM. Método de coleta

DADO NÃO DISPONÍVEL.

Código NAS (National Academy of Sciences)

FOGO

Fogo: 0 SAÚDE

Vapor Irritante: 2

Líquido/Sólido Irritante: 4

Venenos: 2 POLUIÇÃO DAS ÁGUAS

Toxicidade humana: 2

Toxicidade aquática: 3

Efeito estético: 2 REATIVIDADE

Outros Produtos Químicos: 4

Água: 3

Auto reação: 0

1) PROIBIDO USAR ÁGUA. 2) M.C.T.: SER HUMANO: TCLo = 800 ug/m³ (EFEITO TÓXICO NA BOCA)

TCLo(15 min) = 5 mg/m³ (EFEITO TÓXICO PULMONAR). 3) FABRICAÇÃO DE EXPLOSIVOS

INDUSTRIAIS, SENDO COMPONENTE DA MISTURA SULFO-NÍTRICA; USADA NA NITRAÇÃO DOS

COMPOSTOS QUE SE TORNAM EXPLOSIVOS. POTENCIAL DE IONIZAÇÃO (PI) = DADO NÃO

DISPONÍVEL. Mais informações:

www.abiquim.org.br/

Avaliação da ocorrência

Consiste no contato inicial com a ocorrência em campo, quando se determina preliminarmente as condições

potenciais de risco e promove o desencadeamento de ações iniciais para minimizar e ou reduzir os impactos

causados pela ocorrência.

Page 247: apostilanova.doc1

Neste sentido, a equipe ao chegar ao local da ocorrência deve:

- se apresentar ao " Posto de Comando" da operação, se houver, ou ao órgão público que estiver efetuando

o atendimento, para se integrar ao desenvolvimento da ocorrência. Caso não esteja estabelecido um posto de

comando, o mesmo deverá ser criado, podendo ser coordenado por um representante de cada instituição pública e

assessorado por representantes de cada instituição privada;

- verificar as informações existentes e buscar o maior número de informações disponíveis.

- realizar uma avaliação detalhada do cenário, proximidade de áreas sensíveis como adensamento

populacionais, com a finalidade de auxiliar na elaboração do diagnóstico.

- circular na área com muita cautela; a direção do vento deverá, sempre que possível, ser mantida nas

costas, aproximar-se do local sinistrado cuidadosamente, evitando qualquer tipo de contato com o produto.

O esforço maior é o de rapidamente identificar riscos imediatos que possam afetar a equipe de atendimento,

o público ou o meio ambiente. A maior preocupação são com os reais ou potenciais riscos de incêndio, explosão,

contaminantes no ar, atmosferas deficientes de oxigênio e radiação ionizante.

Mesmo que grosseiros, os dados iniciais coletados serão usados para estabelecer as estratégias para o

controle da ocorrência, como definição dos recursos humanos que irão integrar as frentes de trabalho, dos

materiais e logística geral necessária (máquinas, equipamentos, ferramentas, materiais), e também dos cuidados

com a segurança, determinando-se o nível de proteção individual adequado para cada cenário.

Com estas informações a equipe poderá:

- Avaliar as ações necessárias para estabilizar e

solucionar a ocorrência;

- Determinar os riscos existentes que possam afetar a

equipe que realiza o atendimento;

- Determinar a necessidade ou não da equipe entrar no

local de risco;

- Coletar informações adicionais que contribuam para o

aumento do nível de segurança ao cenário acidental;

- Identificar os principais riscos e efeitos da ocorrência

sobre o meio ambiente.

Face a constatação de qualquer risco potencial e ou perigo, o local deverá ser imediatamente interditado e

isolado. Zonas de trabalho deverão ser estabelecidas obedecendo critérios técnicos, como os apresentados

abaixo:

Zona Quente - é uma área restrita, imediatamente ao redor do acidente, que se prolonga até o ponto em que

efeitos nocivos não possam mais afetar as pessoas posicionadas fora dela. Dentro desta área ocorrerão as ações de

controle, sendo permitida apenas a presença de pessoal técnico qualificado.

Zona Morna - é uma área demarcada após a zona quente, onde ocorrerão as atividades de descontaminação de

pessoas e equipamentos, bem como suporte ao pessoal de combate direto. Nesta área será permitida somente a

permanência de profissionais especializados, os quais darão apoio as ações de controle desenvolvidas dentro da

zona quente. Eventuais ações de resgate são desencadeadas também a partir desta área.

Zona Fria - área destinada para outras funções de apoio, também conhecida como zona limpa. Imediatamente

estabelecida após a zona morna. É o local onde estará a logística do atendimento como o posicionamento do

"Posto de Comando", estacionamento de viaturas e equipamentos, área de abrigo, descanso, alimentação entre

outros.

Page 248: apostilanova.doc1

Zona de Exclusão - nessa área permanecerão as pessoas e instituições que não possuem qualquer envolvimento

direto com a ocorrência, como imprensa e comunidade.

Zonas de Trabalho - zona quente, zona morna, zona fria e zona de

exclusão

A definição dos limites de cada uma das zonas de trabalho, será dada pelos órgãos públicos envolvidos no

atendimento tais como Corpo de Bombeiros e órgão ambiental e, quando na ausência destes, por equipes técnicas

de outras instituições, qualificadas para o atendimento de emergência envolvendo produtos perigoso.

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GÁS NATURAL VEICULAR

O Gás Natural Veicular (GNV) é um combustível “limpo”, composto por uma mistura de gases

extremamente leve, com aproximadamente 90% de metano (CH4). É econômico, pois

proporciona um rendimento maior para o veículo – um carro abastecido com R$50 de gás natural

anda uma distância maior do que um outro com o mesmo valor com gasolina. É seguro, por ser

inflamado apenas quando submetido a uma temperatura de 620º C ( o álcool se inflama a 200ºC

e a gasolina a 300ºC ). É ecológico, pelo fato de não emitir poluentes como óxidos nitrogenosos

(NOX), dióxido de carbono (CO2) e, principalmente, monóxido de carbono.

Os veículos podem ser adaptados em oficinas devidamente credenciadas pelo INMETRO, que os

tornam bi-combustíveis. Isto é, o motorista pode escolher entre o uso do gás natural e o

combustível original de seu veículo. Para isso, basta um clique em uma chave comutadora no

painel. Algumas montadoras já disponibilizam para compra carros estruturados para o uso do gás

natural com garantia de fábrica.

Adotado em diversos países como: Argentina, Austrália, Canadá e vários países da Comunidade

Européia, o GNV tem passado por muitas inovações tecnológicas em diversas montadoras,

principalmente na Europa. Vale lembrar que o GNV nada mais é do que o mesmo gás natural

usado também nos setores industrial, comercial, residencial e de geração de energia.

Atualmente, o Brasil conta com gás natural produzido em algumas regiões e com gás importado.

Antes de ser distribuído por gasodutos, o gás natural passa por uma unidade industrial

denominada Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN). O resultado desse

processamento é um combustível seco, limpo e com excelentes qualidades energéticas para o

consumo em diversos segmentos.

A rede de abastecimento de GNV já conta com mais de 1000 postos espalhados pelo território

nacional e continua em franca expansão, assim como os projetos da rede de gasodutos.

PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS – VEÍCULOS GNV

a)ESTABELECIMENTO DO SOCORRO

· Estabelecer o socorro a 100 mts. do local, no mínimo, em casos de veículos leves

(carros de passeio).

· Limitar as Linhas de mangueiras no menor número possível de militares no combate ao

veículo, em caso de chamas.

· Aproximar com o “vento pelas costas”, além de linha de mangueiras com jato em neblina,

a alta pressão, dando cobertura.

· Proteger as viaturas de forma a não ficarem expostas à linha de deslocamento de ar, em

casos de explosão ou “flashpoint”.

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b) ISOLAMENTO

· Deverá ser adotada a evacuação de pessoas e animais, num raio inicial de 400 m. do

local, nos casos de simples vazamento.

100 metros

18

· Nos casos em que houver chamas envolvendo os cilindros, deverá ser adotado um raio

mínimo de 800 m.

· Fica terminantemente proibido o uso de aparelhos eletrônicos no local de socorro.

c) RECONHECIMENTO

Veículo movido a GNV, ainda não possui identificação legal, não sendo portanto, possível a

identificação imediata, sendo necessário observar:

· Quanto ao odor no local.

· Perguntar ao motorista do veículo se o mesmo é abastecido a GNV.

· Orientar quando na passagem de serviço, aos Comunicantes, para que tentem identificar a

informação quanto ao combustível do veículo, na solicitação do evento.

· Observar quanto à propagação não condizente quanto à classe “A”, ou seja, jatos ou

“línguas de fogo”.

· Observar quanto à coloração do fogo (chama azulada).

· Deverá o Comandante ou Chefe de Operações, identificar a fonte de vazamento

ou foco de incêndio e suas respectivas válvulas de fechamento, conforme o

esquema supracitado, verificando o melhor acesso ao local.

d) SALVAMENTO

Após ser estabelecido a segurança no local, deverá ser procedido ao salvamento das

vítimas. Quanto aos riscos para a saúde o GNV oferece:

· Pode ser nocivo se inalado.

· O contato poderá provocar queimaduras na pele.

· Os vapores podem causar tontura ou sufocação.

· O contato com o líquido, poderá causar lesões na pele por congelamento.

· Em contato com o fogo pode produzir gases irritantes ou venenosos. São obrigatórios o

uso da Roupa de Aproximação com capacete e viseira abaixada, além do uso de Equipamento

de Proteção Respiratória (EPR), máscara autônoma.

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EMERGÊNCIAS EM ELEVADOR

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EMERGÊNCIA EM ELEVADOR conhecer os princípios de funcionamento de um elevador e as emergências específicas de cada fabricante de elevador.

O elevador é um dos meios de transporte mais seguros do mundo, mas falhas no fornecimento de energia elétrica ou parada ocasional do elevador podem acontecer. Quando isso ocorre é comum, num primeiro momento, as pessoas ficarem assustadas. Mas, manter a calma e pedir ajuda são as atitudes mais corretas. Projetados para manter o mesmo nível de segurança durante essas ocorrências, os elevadores não representam nenhum perigo ao passageiro. Muito pelo contrário. Ficar dentro do elevador, esperando o resgate é muito mais seguro do que tentar sair a qualquer preço. As estatísticas comprovam que a maior incidência de acidentes com elevador está relacionada a atitudes incorretas no resgate de passageiros ou na precipitação do usuário em forçar a saída sem o auxílio de pessoal especializado. Por isso, o passageiro não deve aceitar a ajuda de pessoas não habilitadas para sair do elevador e nem tentar sair sozinho. O correto é pedir ajuda através do botão de alarme ou do interfone, permanecer calmo, de preferência sentado, e aguardar a equipe técnica. É importante salientar que a cabina do elevador possui aberturas de ventilação próprias para garantir a renovação do ar. As recomendações para administradores, zeladores, porteiros e moradores são: • Chame a Equipe de BC da edificação e informe que existe passageiro retido; • Identifique em qual piso o elevador está parado; • Contate o passageiro e procure tranqüilizá-lo. Se possível, converse com ele até a assistência técnica chegar; • Oriente o passageiro para não tentar sair da cabina e informe sobre as providências que estão sendo tomadas; • Em situações graves, fora de controle, acione também o Corpo de Bombeiros.

Emergência

Se faltar energia elétrica não se afobe. Não tente sair do elevador sozinho e muito cuidado com a ajuda de outras pessoas. Aguarde a rápida intervenção dos BC da edificação e da empresa que presta Serviços de Assistência Técnica que faz a manutenção do elevadores que dá prioridade para esses casos. Só assim a operação será inteiramente segura A ocorrência de elevador parado com passageiro retido na cabina tem prioridade de atendimento para a equipe de BC da edificação que tem Elevadores. Quando a Central de Atendimento recebe o chamado, imediatamente repassa a solicitação para a equipe técnica de campo. O técnico que estiver mais próximo do local é quem vai atender o chamado e efetuar o resgate do passageiro. "Chegando ao local, ele segue as recomendações da empresa para o resgate seguro dos passageiros e, posteriormente, avalia o que aconteceu com o elevador", Vale reforçar, que o grande problema está em administrar a ansiedade do passageiro e controlar o ímpeto de algumas pessoas em efetuar o resgate de forma incorreta, colocando em risco a vida do passageiro", os BC devem sempre estar em sintonia com as equipes

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que fazem a manutenção do elevadores e estar bem preparados para realizarem o salvamento adequado.

Cursos para Bombeiros Civis Para evitar problemas no resgate de passageiros, os BC devem fazer cursos de resgate em elevadores, as empresas que fabricam estes elevadores, oferecem cursos para os profissionais que trabalhem na área operacional da edificação, Ex: Os Bombeiros Civis de edifícios com elevadores sob sua manutenção técnica. O objetivo é conscientizá-los dos riscos e responsabilidades de um resgate inadequado. Durante os cursos realizados nas Unidades da empresa, esses profissionais recebem informações sobre como funciona o elevador, quais são os cuidados que devem ser tomados para garantir seu pleno funcionamento e quais são os procedimentos corretos para evitar problemas ou acidentes, visando a segurança dos passageiros transportados. A programação inclui palestras com demonstrações em vídeo, debates sobre os temas apresentados.

Faça a coisa certa

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RESGATE DE VÍTIMAS EM ESPAÇOS CONFINADOS

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RESGATE DE VÍTIMAS EM ESPAÇOS CONFINADOS Conhecer as normas e procedimentos para resgate de vítimas em espaços confinados.

O QUE SÃO ESPAÇOS CONFINADOS?

SÃO ESPAÇOS QUE POSSUEM ABERTURAS DE ENTRADA E SAÍDALIMITADAS;

NÃO POSSUEM VENTILAÇÃO NATURAL;

PODEM TER POUCO OU NENHUM OXIGÊNIO

PODEM CONTER PRODUTOS TÓXICOSOU INFLAMÁVEIS;

PODEM CONTER OUTROS RISCOS, E

NÃO SÃO FEITOS PARA OCUPAÇÃOCONTÍNUA POR TRABALHADORES.

ONDE É ENCONTRADO O ESPAÇO CONFINADO?

INDÚSTRIA DE PAPEL E CELULOSE.

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INDUSTRIA GRÁFICA

INDUSTRIA ALIMENTÍCIA

INDUSTRIA DA BORRACHA, DO COURO E TÊXTIL.

INDÚSTRIA NAVAL E OPERAÇÕES MARÍTIMAS.

INDUSTRIA QUÍMICA E PETROQUÍMICAS

Tanques de Armazenamento

Tubulações ONDE É ENCONTRADO O ESPAÇO CONFINADO?

SERVIÇOS DE GÁS.

SERVIÇOS DE ÁGUASE ESGOTO. SERVIÇOS DE ELETRICIDADE.

SERVIÇOS DE TELEFONIA.

CONSTRUÇÃO CIVIL.

BENEFICIAMENTO DE MINÉRIOS.

SIDERÚRGICAS E METALÚRGICAS.

SIDERÚRGICAS E METALÚRGICAS.

AGRICULTURA.

AGRO-INDÚSTRIA. TIPOS DE TRABALHOS EM ESPAÇOS CONFINADOS:

OBRAS DA CONSTRUÇÃO CIVIL.

OPERAÇÕES DE SALVAMENTO E RESGATE

MANUTENÇÃO, REPAROS, LIMPEZAOU INSPEÇÃO DE EQUIPAMENTOSOU RESERVATÓRIOS.

RISCOS QUANDO SE TRABALHA EM ESPAÇOS CONFINADOS:

FALTA OU EXCESSO DE OXIGÊNIO.

INCÊNDIO OU EXPLOSÃO, PELA PRESENÇADE VAPORES E GASES INFLAMÁVEIS.

INTOXICAÇÕES POR SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS.

INFECÇÕES POR AGENTES BIOLÓGICOS.

AFOGAMENTOS.

SOTERRAMENTOS.

QUEDAS.

CHOQUES ELÉTRICOS. TODOS ESTES RISCOS PODEM LEVAR A MORTES OU DOENÇAS.

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COMO EVITAR ACIDENTES EM ESPAÇOS CONFINADOS? CERTIFICANDO-SE QUE A SUA EMPRESA: SEGUE A NBR 14.787 –“ESPAÇOS CONFINADOS –PREVENÇÃO DE ACIDENTES, PROCEDIMENTOS E MEDIDAS DE PROTEÇÃO”. E ATENDE A NR 18.20 –“LOCAIS CONFINADOS”.

QUANDO VOCÊ PODE ENTRAR EM UM ESPAÇO CONFINADO? SOMENTE QUANDO SUA EMPRESA FORNECER A :

AUTORIZAÇÃO NA FOLHA DE PERMISSÃO DE ENTRADA,

ESSA FOLHA DE PERMISSÃO DE ENTRADA POR LEI E É EXECUTADA PELO SUPERVISOR.

O SERVIÇO A SER EXECUTADO DEVE SEMPRE SER ACOMPANHADO.

A EMPRESA DEVE PROVIDENCIAR:

Treinamentos Inspeção Prévia do Local.

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.Exames Médicos. Folha de Permissão de Entrada. A EMPRESA DEVE PROVIDENCIAR:

SINALIZAÇÃO E ISOLAMENTODA ÁREA .

SUPERVISOR DE BRIGADA DE ENTRADA E AUXILIAR (BC).

EQUIPAMENTOS MEDIDORES DE OXIGÊNIO, GASES E VAPORES TÓXICOS E

INFLAMÁVEIS.

EQUIPAMENTOS DE VENTILAÇÃO.

EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃOINDIVIDUAL.

EQUIPAMENTOS DE COMUNICAÇÃO E ILUMINAÇÃO.

EQUIPAMENTOS DE RESGATE.

DIREITOS DO BOMBEIRO CIVIL – ENTRADA SEGURA ENTRAR EM ESPAÇO CONFINADO SOMENTE APÓS O SUPERVISOR DE BRIGADA DER ENTRADA E REALIZAR TODOS OS TESTES E ADOTAR AS MEDIDAS DE CONTROLE NECESSÁRIAS.

NÃO ENTRAR EM ESPAÇO CONFINADO, CASO AS CONDIÇÕES DE TRABALHO NÃO SEJAM SEGURAS.

Portaria nº 3214, do Ministério do Trabalho, Norma Regulamentadora nº9 –item 9.6.3.

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CONHECER OS RISCOS DO TRABALHO A SER EXECUTADO.

CONHECER O TRABALHO A SER EXECUTADO.

CONHECER OS PROCEDIMENTOS E EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA PARA EXECUTARO TRABALHO

RECEBER TODOS OS EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA NECESSÁRIOS PARA EXECUÇÃO DOS TRABALHOS.

CONHECER OS PROCEDIMENTOS E EQUIPAMENTOS DE RESGATE E PRIMEIROS SOCORROS.

DEVERES DO BOMBEIRO CIVIL:

FAZER OS EXAMES MÉDICOS.

COMUNICAR RISCOS.

PARTICIPAR DOS TREINAMENTOS ESEGUIR AS INFORMAÇÕES DE SEGURANÇA.

USAR OS EQUIPAMENTOSDE PROTEÇÃO FORNECIDOS.

MEDIDAS DE SEGURANÇA – FOLHA DE PERMISSÃO DE ENTRADA

A FOLHA DE PERMISSÃO DE ENTRADA CONTÉM PROCEDIMENTOS ESCRITOS DE SEGURANÇA E EMERGÊNCIA.

VERIFICAR SE AS MEDIDAS DE SEGURANÇA FORAM IMPLANTADAS E SE A FOLHA DE PERMISSÃO DE ENTRADA ESTÁ ASSINADA PELO SUPERVISOR DE ENTRADA.

O TRABALHADOR DEVE ENTRAR NO ESPAÇO CONFINADO COM UMA CÓPIA DA FOLHA DE PERMISSÃO DE ENTRADA.

MEDIDAS DE SEGURANÇA – SINALIZAÇÃO E ISOLAMENTO DA ÁREA

A SINALIZAÇÃOÉIMPORTANTE PARAINFORMAÇÃO E ALERTA QUANTO AOSRISCOS EM ESPAÇOS CONFINADOS.

O ISOLAMENTO É NECESSÁRIO PARA EVITAR QUE PESSOAS NÃO AUTORIZADAS SE APROXIMEM DO ESPAÇO CONFINADO

MEDIDAS DE SEGURANÇA – SUPERVISOR DE BRIGADA DE ENTRADA O SUPERVISOR DE BRIGADA DE ENTRADA DEVE:

VERIFICAR OS RISCOS DE ACIDENTES.

REALIZAR AS MEDIÇÕES DO NÍVEL DE OXIGÊNIO, GASES E VAPORES TÓXICOS E INFLAMÁVEIS.

PROVIDENCIAR E MANTER OS EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA E DE RESGATE NECESSÁRIOS.

RESPONSABILIZAR-SE PELAS INFORMAÇÕES CONTIDAS NA FOLHA DE PERMISSÃO DE ENTRADA.

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MEDIDAS DE SEGURANÇA – DESLIGAMENTO DE ENERGIA, TRANCA E SINALIZAÇÃO

O SUPERVISOR DE BRIGADA DE ENTRADA DEVE:

DESLIGAR A ENERGIA ELÉTRICA, TRANCAR COM CHAVE OU CADEADO E SINALIZAR QUADROS ELÉTRICOS PARA EVITAR MOVIMENTAÇÃO ACIDENTAL DE MÁQUINAS OU CHOQUES ELÉTRICOS QUANDO O TRABALHADOR AUTORIZADO ESTIVER NO INTERIOR DO ESPAÇO CONFINADO.

O BOMBEIRO CIVIL QUE FICAR DE FORA DO ESPAÇO CONFINADO DEVE:

FICAR O TEMPO TODOEMCONTATO COM A EQUIPE NO INTERIOR DO ESPAÇO CONFINADO.

ACIONAR OS SERVIÇO DE RESGATEE PRIMEIROS SOCORROS. MEDIDAS DE SEGURANÇA – TESTES DO AR

• OS TESTES DO AR INTERNO SÃO MEDIÇÕES PARA VERIFICAÇÃO DOS NÍVEIS DE OXIGÊNIO, GASES E VAPORES TÓXICOS E INFLAMÁVEIS

• ANTES QUE O BOMBEIRO CIVIL ENTRE EM UM ESPAÇO CONFINADO, O SUPERVISOR

DE BRIGADA DE ENTRADA DEVE REALIZAR TESTES INICIAIS DO AR INTERNO.

• DURANTE AS MEDIÇÕES, O SUPERVISOR DE BRIGADA DE ENTRADA DEVE ESTAR FORA DO ESPAÇO CONFINADO.

• AS MEDIÇÕES SÃO NECESSÁRIAS PARA QUE NÃO OCORRAM ACIDENTES POR ASFIXIA, INTOXICAÇÃO, INCÊNDIO OU EXPLOSÃO.

• AS MEDIÇÕES SÃO NECESSÁRIAS PARA QUE NÃO OCORRAM ACIDENTES POR ASFIXIA, INTOXICAÇÃO, INCÊNDIO OU EXPLOSÃO.

MEDIDAS DE SEGURANÇA – VENTILAÇÃO

NÃO VENTILAR ESPAÇOS CONFINADOS COM OXIGÊNIO

O USO DE OXIGÊNIO PARA VENTILAÇÃO DE LOCAL CONFINADO AUMENTA O RISCO DE INCÊNDIO E EXPLOSÃO.

DURANTE TODO O TRABALHO NO ESPAÇO CONFINADO DEVE SER UTILIZADA VENTILAÇÃO ADEQUADA PARA GARANTIR A RENOVAÇÃO CONTÍNUA DO AR.

MEDIDAS DE SEGURANÇA – EPI

OS EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL –EPIs DEVEM SER FORNECIDOS A TODOS OS BOMBEIROS CIVIS EM SERVIÇO.

DEVEM SER UTILIZADOS EPIs ADEQUADOS PARA CADA SITUAÇÃO DE RISCO EXISTENTE.

O BOMBEIRO CIVIL DEVE SER TREINADO QUANTO AO USO ADEQUADO DO EPI.

MEDIDAS DE SEGURANÇA – OBJETOS PROIBIDOS

CIGARROS NUNCA FUME NO ESPAÇO CONFINADO!

TELEFONE CELULAR NÃO DEVE SER UTILIZADO COMO APARELHO DE COMUNICAÇÃO E MESPAÇO CONFINADO.

VELAS – FÓSFOROS - ISQUEIROS NÃO DEVEM SER UTILIZADOS.

OBJETOS NECESSÁRIOS À EXECUÇÃO DO TRABALHO QUE PRODUZAM CALOR, CHAMAS OU FAÍSCAS, DEVEM SER PREVISTOS NA FOLHA DE PERMISSÃO DE ENTRADA.

MEDIDAS DE SEGURANÇA -EQUIPAMENTOS ESPECIAIS

DEVEM SER FORNECIDOS EQUIPAMENTOS ESPECIAIS PARA TRABALHOSEM ESPAÇOS CONFINADOS COMO:

LANTERNAS E RADIOS DE COMUNICAÇÃO

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DETECTORES DE GASES, À PROVA DE EXPLOSÃO.

MEDIDAS DE EMERGÊNCIA E RESGATE

O SUPERVISOR DE BRIGADA DEVE ELABORAR E IMPLANTAR PROCEDIMENTOS DE EMERGÊNCIA E RESGATE ADEQUADOS AO ESPAÇO CONFINADO

O EMPREGADOR DEVE FORNECER EQUIPAMENTOS E ACESSÓRIOS QUE POSSIBILITEM MEIOS SEGUROS DE RESGATE.

OS BOMBEIROS CIVIS DEVEM SER TREINADOS PARA SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA E RESGATE.

SITUAÇÃO DE TREINAMENTO COM SIMULAÇÃO DE OPERAÇÃO DE SALVAMENTO E RESGATE.

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HELIPONTO E HELIPORTO

colocar a norma técnica 031 do cbmgo

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RESGATE DE VÍTIMAS EM ALTURAS

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Técnicas de Salvamento em Grande Ângulo

Finalidades Para a concretização das diversas Operações de Salvamento (Resgate) em locais de difícil

acesso, edifícios de grande altura, em zonas de montanha ou alta montanha e, noutros

locais de risco acrescido, recorre-se às diversas técnicas de escalada & montanhismo. Estas,

são a base de todo o nosso trabalho.

Técnicas Especiais de Socorro Os equipamentos necessários para se realizar um resgate de um sinistrado sem que haja

algum dano para o resgatado e resgatador, são:

Reuniões;

Bloqueadores e descensores;

Roldanas;

Nós;

Cordas;

Macas;

Outros - todo o material de escalada, incluindo alguns

equipamentos especiais de protecção e transporte de sinistrados de zonas

isoladas para as viaturas de socorro; nestes, temos como meios de salvamento os

meios improvisados de transporte, meios flexíveis de transporte e meios rígidos

de transporte.

Ao utilizar técnicas de Socorro, é necessário:

Conhecer os materiais e técnicas de escalada;

Ter conhecimentos em Primeiros Socorros;

Conhecer os meios de salvamento;

Dominar as técnicas de salvamento (técnica de descensão – rappel,

técnica de ascensão, slide, tirolesa, progressão no solo).

Meios de Salvamento:

Meios Improvisados de Transporte (são todos os meios rápidos, capazes de solucionar uma eventual situação de

transporte de um ferido com o material disponível na ocasião);

Meios Flexíveis de Transporte (são os meios específicos utilizados por uma equipa de salvamento);

Meios Rígidos de Transporte (são os meios de salvamento que proporcionam um máximo de apoio e protecção á

vítima, graças á sua rigidez. Materiais já utilizados por uma equipa de salvamento.

Bouldering

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Realização de técnicas específicas a baixa altura, incluindo deslocamentos laterais. Realizado

sem segurança, pode-se, no entanto, utilizar colchões de queda ou um companheiro que tenta

segura-lo em caso de queda.

Escalada com segurança por cima (top rope) Qualquer que seja o ponto onde se dê uma queda, o escalador não sofrerá muito pois a reunião encontra-se acima

dele, no topo da via.-

Escalada a abrir O escalador progride mosquetonando os pontos de protecção (sem os utilizar para descansar).

A queda terá, no caso do escalador ter passado acima do último ponto de protecção, o dobro

da distância percorrida acima daquele. É, por isso, mais desgastante quer física quer

mentalmente.

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O escalador progride mosquetonando os pontos de protecção (sem os utilizar para descansar).

A queda terá, no caso do escalador ter passado acima do último ponto de protecção, o dobro

da distância percorrida acima daquele. É, por isso, mais desgastante quer física quer

mentalmente

.

Conhecer o material a utilizar: Corda

Para reter uma queda e absorver a sua energia, utilizamos uma corda em nylon do tipo

dinâmico que se alonga quando sofre um choque. A corda é constituída pelo exterior

entrelaçado que protege a alma do uso – a camisa. A alma é constituída por um entrelaçado

de poliamida. Para os nossos objectivos, a escolha recaiu em diversos tipos de cordas com

camisa reforçada e de diâmetro superior a 10mm, quer dinâmicas quer estáticas.

Fita

Utiliza-se para fazer as reuniões ou improvisação de arneses, devem preferir-se as de configuração tubular.

Baudrier

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Também designado por arnês, é o elemento que faz a ligação da corda ao nosso corpo. Deve

ser escolhido criteriosamente tendo em conta o modelo e tamanho adequados. São utilizados

modelos reguláveis (adequam-se a vários tamanhos) com sistemas de fecho muito seguros.

"Expresses"

O nome pelo qual é conhecido o conjunto de dois mosquetões e uma cinta cosida. De um lado um mosquetão com

um gancho de abertura recto para mosquetonar a plaqueta e um curvo para mosquetonar a corda. São utilizados

em escalada desportiva ("a abrir").

Saco de Magnésio

Devido á transpiração, por vezes, perde-se aderência nas presas (pontos de apoio), servindo o

magnésio para contrariar esse efeito.

Pés de Gato

Sapatos especiais com elevada aderência e específicos para a escalada.

Mosquetão de segurança (ou de fecho)

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Utilizado para várias técnicas e manobras na escalada.Podem ter fecho automático ou de rosca.

Descensor de oito

Usado na seguraça e no rappel. Existem vários modelos, mas convém que seja testado, pois é um dos raros

elementos sobre os quais não há contra-segurança.

Descensor catch (ou tubo)

Usado também na seguraça, apresenta-se como uma boa alternativa ao oito, pela sua leveza e simplicidade.

Grigri

Sistema de auto-blocagem muito seguro (basta abandonar o sistema que este se auto-bloqueie), também utilizado

na segurança. É um bom investimento, já que para descidas, só é necessário verificar se está corretamente

encordoado e se a corda tem o comprimento suficiente (dar um nó na corda no extremo contrário ao do

escalador).

Cuidados a ter com o material Corda

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A corda deve ser homologada pelo UIAA;

Evitar a exposição aos raios UV do sol; Evitar a exposição ao calor excessivo (ex: deixar a corda dentro do carro

ao sol); Evitar deixa-la em contacto com produtos químicos (produtos corrosivos e até microorganismos em

ambiente húmido); Evitar a abrasão na rocha, o atrito dos mosquetões e as queimaduras do rappel; Marcar o meio

da corda com fita adesiva; Lavar a corda, se esta estiver muito suja, com água morna e sabão neutro e secando-a à

sombra. Substituir as cordas por períodos de 4 ou 5 anos ou, em caso de quedas extremas (factor acima de 1,5).

Baudrier Deve ser substituído em períodos de 5 anos, ou em caso de queda extrema; Tal como a corda, deve evitar-se a

exposição factores danificadores acima referidos.

Realizar os nós corretamente Os nós são a BASE DE TODO O TRABALHO. A realização dos nós deve, principalmente no início , ser

verificada por monitor ou formador responsável. Sugere-se um treino prévio e apurado dos mesmos, até

mesmo com os olhos vendados. Treinar também a execução de um nó ou de uma série de tarefas

encadeadas (por ex. fazer cadeirinha, colocar o mosquetão e encordoar o descensor oito para fazer

segurança). Convém que haja uma verificação de todos os procedimentos de segurança.

Técnicas Encordoamento O encordoamento deve ser feito directamente sobre os dois pontos de segurança do baudrier e

não só pelo anel. No caso da escalada na escola, pode fazer-se o nó de oito duplo e encordoar-se com um

mosquetão de segurança, evitando assim o fazer e o "desfazer" de sucessivos nós de oito.

Colocar o baudrier: O anel de segurança do baudrier deve ficar para frente, deve ficar ajustado e deve ser escolhido de acordo com as

medidas corporais do indivíduo. Deve prestar-se atenção aos fechos dos baudriers – "os «dangers» tapados".

Fazer a "cadeirinha" (com fitas) A utilização dos arneses improvisados ("cadeirinhas") deve ser evitado. No entanto, se optarmos pela sua

utilização deve-se redobrar a atenção relativamente à sua execução: devem utilizar-se nós apropriados para este

material (nó direito ou sangle), deve ficar justa e com dois pontos de segurança.

Utilização dos mosquetões Os mosquetões a utilizar nos principais pontos de segurança devem ser os chamados mosquetões de segurança

(ou fecho), que possuem um fecho automático ou em rosca, evitando assim a sua abertura acidental.

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Mosquetonagem No caso da escalada a abrir é necessário ir colocando os expresses à medida que se sobe via. Esta técnica requer

alguma destreza e concentração, pois, aquando de uma subida com um nível de dificuldade mais elevado tem que

ser realizado rapidamente e com segurança. Podem ser usadas duas técnicas:

1ª Segurar o mosquetão com o dedo médio e mosquetonar a corda com o polegar e o indicador;

2ª Segurar o mosquetão com o polegar e empurrar a corda através do gancho com o indicador e o dedo médio.

Durante esta manobra, o escalador deve fixar a sua posição e mosquetonar, tendo em atenção o sentido da

progressão e a orientação dos mosquetões (ver as figuras seguintes).

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Reuniões São os pontos onde se fixam os pontos de seguraça. Podem ser fixas, através de elementos

naturais, tais como grandes rochas (muito superiores ao peso dos escaladores e sem perigo de

deslizar), grandes árvores, etc., ou através de fixações artificiais, conjunto de plaquetas e

cadeados ou fitas. Quando não conhecemos a via a escalar devemos verificar o estado das

reuniões e das plaquetas.

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Fazer a Segurança ao escalador Elemento de superior importância na escalada, o elemento segurador, deve ter muita atenção ao encordoamento

no oito de acordo com a técnica prevista, assim como, como a colocação das mãos e do mosquetão de segurança.

Deve ainda, prever as possíveis quedas nos passos mais difíceis da escalada, bloqueando antecipadamente a corda

com técnica adequada ("mão que segura a corda atrás das costas") prevenindo uma queda mais grave.

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Outra possibilidade de fazer seguraça à escalada é através do grigri. Por ser um elemento auto-blocante, torna-se

mais fácil e mais seguro de utilizar.

Aspectos a ter em linha de conta: colocação e movimentação das mãos, quer seja com o descensor de oito, quer com o grigri; posição do corpo

(com um apoio avançado);

segurador deve estar perto da parede para evitar ser puxado contra ela em caso de queda e, caso isso aconteça,

deve colocar um pé contra a parede para amortecimento do choque; relação do peso do escalador com o

segurador; dar corda para descida em rappell ou para passo em dificuldade; no caso da escalada "a abrir", a

mosquetonagem, é sempre um momento crítico porque o escalador encontra-se suspenso de um só braço e está

acima da última protecção arriscando-se a cair ao puxar a corda, o que aumenta consideravelmente a queda;

no momento da queda o segurador pode dar um passo em frente para evitar que a queda seja demasiado "seca",

participando no amortecimento do choque; inicialmente colocar um colega a fazer dupla segurança.

Escalar em "top rope" ou "a abrir" Respeitando sempre os seguintes princípios: 3 pontos de apoio: o escalador deve, sempre que possível, ter

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três pontos de apoio bem seguros para deslocar o outro.

Verticalidade (corpo próximo da parede): Durante a escalada (excepto nos declives positivos) o centro de

gravidade (g) não "cai" no normal polígono de sustentação, ou seja entre os dois pés quando nos encontramos de

pé no solo. Por isso os membros superiores têm que equilibrar a componente horizontal da força de gravidade.

No exemplo acima, na medida do possível, devemos estabilizar a linha de forças nos três pontos: (A) ponto de

aplicação da mão em apoio; (g) o centro de gravidade; (B) ponto de aplicação do pé em ação de elevação (fig 1).

Existem três possibilidades:

1º Passar o pé de acção para a linha do centro de gravidade (fig. 2);

2º Ou, transferir o centro de gravidade sobre o pé através de um deslocamento lateral (fig. 3);

3º Ou, por fim, tentar elevar-se aproximando o mais possível a bacia pélvica da parede, mantendo o alinhamento

inicial (fig. 4).

A regra das distâncias: as mãos e os pés devem percorrer pequenas distâncias entre os pontos de apoio. As mãos

devem manter-se abaixo da cabeça e pés abaixo dos joelhos. A progressão deve ser feita em pequenos passos.

Para uma maior economia de esforço, os membros superiores não deverão fazer a tração, esta deve ser feita,

sempre que possível, pelos membros inferiores.

Descer em rappel Depois de escalar a via é, por vezes, necessário desce-la sem segurança realizada por outro companheiro. A

técnica utilizada é o rappel através do descensor oito e deve ser complementada, para uma maior segurança, com

o nó Machard entrelaçado. Quando o escalador desce a via com o auxílio do companheiro que faz segurança,

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aquele deve adoptar a mesma posição do corpo como no rappel. No caso de se utilizar a mesma corda da

escalada, deve utilizar-se em dupla, para depois ser possível recupera-la (ver fig.)

Queda Existem três tipos de quedas que nos interessam:

Queda do 1º sem nenhum ponto intermédio entre ele e a reunião. Evidente que o este tipo de queda é grave, o

escalador cai abaixo da reunião existindo mesmo o risco de a arrancar. Queda do 1º com um (ou mais) pontos de

segurança entre ele e a reunião. Queda do escalador seguro por cima.

Durante uma queda devemos tentar saltar para fora da parede e ter especial cuidado aquando do regresso a esta;

por isso, devemos permanecer virados para esta (agarrar a corda junto ao nó de oito e não o express, pois este

pode abrir). Na medida do possível, o contacto deve ser feito com os pés e em amortecimento.

Estratégia Antes

Recolher o máximo de informação acerca do local onde se vai fazer escalada ou salvamento, tais como:

quem equipou as vias; a idade do equipamento; condições meteorológicas; natureza da rocha; altura das

vias;

Antes de iniciar a escalada verificar todos os requisitos de segurança, tais como: nós, baudrier, etc.;

No caso da escalada a abrir, prever os pontos de mosquetonagem e preparar previamente os expresses de

acordo com a progressão prevista;

Verificar se as condições atmosféricas permitem uma subida em segurança.

Durante

Permanecer concentrado;

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Saber descansar física e mentalmente, restabelecendo a circulação sanguínea e a respiração após uma ação

mais vigorosa, nomeadamente em contração estática;

Saber observar as presas para uma melhor utilização das mesmas e imaginar os passos seguintes.

Após

Saber descontrair e voltar à calma;

Refletir sobre a prática, avaliando os aspectos positivos e negativos realizados;

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Código Fonético e código Q

A função do código fonético e código Q, é simplificar, dar maior fluidez, e principalmente o entendimento entre operadores de radiocomunicação em qualquer idioma, tanto falado, quanto codificado em Código Morse, pela substituição de informações por um conjunto de três letras, sempre iniciadas pela letra Q.

Código Fonético A – Alfa B - Bravo C – Charlie D - Delta E – Eco F - Fox G – Golf H - Hotel I – Índia J - Juliet K – Kilo L - Lima M – Myke N - November O – Oscar P - Papa Q – Quebec R - Romeo S – Sierra T - Tango U – Uniform V - Victor W – Whisky X - Ex-Ray Y – Yankee Z - Zulu

Código Q

QRA - Nome da estação QRB - Qual a distância? QRD - Qual a sua localização QRG - Freqüência de operação QRI - Tonalidade de sinais (1 a 5) QRH - Sua freqüência varia QRK - Inteligibilidade dos sinais (1 a 5) QRL - Estou ocupado, não interfira QRM - Interferência de outra estação QRN - Interferência atmosférica ou estática QRO - Aumente sua potência QRP - Diminuir sua potência QRQ - Manipule mais rápido QRR - S.O.S. terrestre QRS - Manipule mais devagar QRT - Vou parar de transmitir QRU - Você tem algo para mim? QRV - Estarei à sua disposição QRW - Estação “X” chama em ...KHz/s QRX - Aguarde sua vez de transmitir

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QRY - Quando será minha vez de transmitir QRZ - Quem me chama? QSA - Intensidade dos sinais QSB - Seu sinal varia QSD - Sua Transmissão é defeituosa QSJ - Taxa, dinheiro QSL - Entendido, confirmado QSM - Repita a última mensagem QSN - Escutou-me? QSO - Comunicado, contato QSP - Retransmissão de mensagem de outra estação QST - Comunicado de interesse geral QSU - Transmitir ou escutar em KHz/s QSV - Transmita uma série em “V” QSW - Transmitirei nesta ou em outra freqüência QSX - Escutarei sua chamada em ...KHz/s QSY - Vou transmitir em outra freqüência QSZ - Devo transmitir cada palavra ou grupo? QTA - Anule a mensagem anterior QTB - Concordo com sua contagem de palavras QTC - Mensagem, Notícia QTH - Local da estação QTR - Horas QTX - Sairei por tempo indeterminado QUD - Recebi seu sinal de urgência QUF - Recebi seu sinal de perigo QAP - Permaneça na escuta Radioamador: O objetivo do radioamador é a intercomunicação, instrução pessoal e os estudos técnicos, sem fins lucrativos. De acordo com a Anatel - Agência Nacional de Telecomunicações - para se tornar um radioamador é necessário autorização, que depende da prévia verificação da capacidade operacional e técnica do interessado, observado através de exames. Com base no resultado dos testes, o radiamador é incluído nas classes A, B, C ou D.

A Licença de Funcionamento de Estação de Radioamador é documento obrigatório que autoriza a instalação e o funcionamento de estação de radioamador. Para a obtenção da licença deve-se comprovar o recolhimento de R$ 32,52 para cada estação fixa; R$ 32,52 para cada estação repetidora e R$ 26,83 para cada estação móvel. Além disso, deverão ser pagos os encargos referentes à execução do serviço e o direito da radiofrequência.

Os interessados em fazer o exame de radioamador devem procurar as diretorias do Labre (Liga Brasileira de Radioamadores), nas capitais dos Estados, ou nos escritórios/unidades operacionais da Anatel para verificar o calendário anual de realização de testes para obtenção do Certificado de Operador de Estação de Radioamador – COER. Para obter o COER não existe qualquer despesa.

Classe A - acesso restrito ao radioamador classe “B”, após decorridos um ano da data de expedição do certificado COER - Certificado de Operador de Estação de Radioamador na classe “B”;

Classe B – menores de 18 anos, após terem decorrido dois anos da data de expedição do COER - Certificado de Operador de Estação de Radioamador classe “C”; ou maiores de 18 anos, em qualquer hipótese;

Classe C – maiores de 10 anos, aprovados nos testes de Técnica e Ética Operacional e Legislação de Telecomunicações;Transmissão e Recepção Auditiva de Sinais em Código Morse;

Classe D - maiores de 10 anos, aprovados nos testes de Técnica e Ética Operacional e Legislação de Telecomunicações.

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A licença será concedida apenas nos seguintes casos:

• A brasileiro e maior de 10 anos cabendo aos pais ou responsáveis a responsabilidade de atos ou omissões do menor. • Aos portugueses que tenham obtido o reconhecimento de igualdade de direitos e deveres para com os brasileiros. • A estrangeiros, funcionários de organismos internacionais, dos quais o governo brasileiro participe, desde que estejam prestando serviços no País.

Para saber quais rádios estão homologados pela Anatel basta ligar para (61) 312-2318 ou 312-2613. Mais informações no site www.anatel.gov.br

O Serviço de Rádio do Cidadão, ou PX como é conhecido, continua sendo uma opção de localização, segurança e um meio para conversar com os colegas de profissão.

88 - Beijo 73/51 - Aperto de mão e um abraço Atrás do loco/Corujando - Só ouvindo Aparato - Rádio Ana Maria - (AM) Amplitude modulada Asa dura - Avião Baixar freqüência linha de 500 - Telefonema Batente - Trabalho, serviço Bicorar/Modular - Falar Break - Solicitar QRG Botina - Amplificador de RF Barra móvel - Automóvel Botina branca - Médico Botina preta - Polícia Rodoviária Bailarina - Caneta Balaio de gato - Bagunça no QRG Bigode a bigode - Pessoalmente (ele/ele) Banda lateral - Rádio c/ freqüência SSB Batom a batom - Pessoalmente (ele/ela) Bigodeira - Interferência, batimento Biônica - Estação sofisticada Bruxa - Ventania Copiar - Escutar Capacete - Sogro Chá de Urubu - Café Chá de piriquito - Chimarrão, mate Canaleta - Canal Curto-circuito - Briga Cristalografia - Família Cristal - Esposa Cristalina - Filha Cristalóide - Filho Carvão - Esposo Comer barbante - Esperar Caxinha Preta - Rádio Transmissor Carga pesada - Caminhão Chucrutar - Aumentar canais CQ - Chamada geral Cambio espada - Mensagem longa

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Cristalíssima/primeiríssima - Mãe Diamante - Pai Dois metros horizontais - Dormir DX - Contato distante Esparadrapo - Irmão Ducha - Tomar banho Feiticeiro - Técnico de rádio Filamentos - ligar/desligar rádio Fundo de poço - Sinal fraco Gordurames - Comida Grega - Viagem Munhecada - Mancada/erro Loura suada - Cerveja Lambari - Estação fraca Lilico - Butina, bulinear Munheca de pau - Operador novo Macaco preto - Telefone Musiqueiro - Rádio AM/FM Mosca branca - Zona de silêncio Pé de pato/barra náutica - Barco Pé de borracha/ Barra móvel - Carro Pé de sola - a pé Perneta - Colega Pitimbado - Doente/Quebrado Portadora - Transmissão sem áudio Papai Noel - Dentel Pára-raio - Sogra Pirambeira - Sair/Descolar Pipoca - Afilhado PX Maior - Deus QTO - Sanitário Roger-Roger - Câmbio, RR Reco-reco nas costelas - Abraço Shack - Local da estação Santiago - Sinal Trapizunga - Aparelhagem de transmissão Turmalina - Namorada Tapete Branco - Papel Tapete Preto - Asfalto Tubarão - Estação forte KS - Obrigado Terezinha Vasconcelos - Televisão

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BIBLIOGRAFIA

APOSTILA DO CURSO DE FORMAÇÃO DE CABOS DO RIO DE JANEIRO (CFAP)

MANUAL DE FORMAÇÃO DOS BOMBEIROS MILITARES DE SÃO PAULO

MANUAL DA ABIQUIM

MANUAL DOS BOMBEIROS DE PORTUGAL

NORMA TÉCNICA 031 DO CBMGO

GUIA PRÁTICO DO BOMBEIRO CIVIL DO RIO DE JANEIRO

GUIA PRÁTICO DO CETESB-PRODUTOS PERIGOSOS

GUIA-ESPAÇO CONFINADO - FUNDACENTRO

ABNT NBR 15219 PLANO DE EMERGÊNCIA CONTRA INCÊNDIO

ABNT NBR 14787 ESPAÇO CONFINADO

ABNT NBR 11861 MANGUEIRAS DE INCÊNDIO – REQUISITOS E MÉTODOS DE ENSAIO

ABNT NBR 12779 MANGUEIRAS DE INCÊNDIO – INSPEÇÃO, MANUTENÇÃO E CUIDADOS

ABNT NBR 14277 INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS PARA TREINAMENTOS DE COMBATE A

INCÊNDIO – REQUISITOS

ABNT NBR 14608 BOMBEIRO PROFISSIONAL CIVIL

NR 18.20 MTE

THYSSEN KRUPP - ELEVADORES

LEI 11.901 – BOMBEIRO CIVIL

PROFESSOR IVAN CAMPOS

LEI 15.802 CÓDIGO ESTADUAL DE PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO, EXPLOSÃO, PÂNICO E

DESASTRES

AMERICAM HEART

WWW.SAUDEEMMOVIMENTO.COM.BR

WWW.GOOGLE.COM.BR

WWW.SAMU.SAUDE.SC.GOV.BR

WWW.SAMUGOIANIA.COM.BR

Departamento Estadual de Trânsito de Goiás. MANUAL DE PRIMEIROSL DE NO TRÂNSITO/ DETRAN-Go ; (org.) Clives Pereira Sanches. Goiânia:

DETRAN-Go, 2005.

SOBOTA, Johannes. Atlas de Anatomia Humana. 21 Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000.

LIVRO - PHTLS - ATENDIMENTO PRÉ HOSPITALAR AO TRAUMATIZADO- Norman E. McSwain -

Scott

Frame- Jeffrey P. Salomone 6ª edição-editora Elsevier-2007

DÂNGELO, José Geraldo; FATTINI, Carlo Américo. Anatomia Humana Sistêmica e Segmentar. 2ed. São

Paulo: Atheneu, 2001.

Responsáveis pela elaboração do Manual de Formação dos Bombeiros Civis do Estado de Goiás

CRIADORES:

Magno Cesar Silva Santos

Profissão: Bombeiro Civil a 12 anos

Presidente Fundador do Sindicato dos Bombeiros Civis, Socorristas, salva-Vidas das Empresas e das Prestadoras

de Serviços do Estado de Goiás.

Ricardo Guimarães da Rocha

Profissão: Técnico de Enfermagem a 5 anos

Acadêmico em Enfermagem (UNIP) 7º Período

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