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MANUAL DE FORMAÇÃO DO BOMBEIRO CIVIL DO
ESTADO DE GOIÁS
DE ACORDO COM A NBR 14.608/2007
Introdução
Os altos índices de violência, a imprudência, e muitos outros fatores sociais, vêm expondo os cidadãos
a perigos cada vez maiores onde o simples fato de atravessar uma rua poderá representar um ato
potencialmente perigoso.
DEDICATÓRIA
Dedico este manual de formação dos Bombeiros Civis do Estado de Goiás, em
primeiro ao Nosso Deus criador dos céus e da Terra e a minha Família: Lilia
Rodrigues Silva Santos (esposa) Maria Eduarda Magno Rodrigues Silva Santos
(filha) e Pedro Henrique Magno Rodrigues Silva Santos (filho) que sempre
acreditaram no meu sonho e na minha luta pessoal em tornar esta categoria
reconhecida em todo o Estado de Goiás , este manual de formação é apenas o
começo de uma longa jornada para todos os Bombeiros Civis do Estado de Goiás,
para que possam buscar mais conhecimentos nesta profissão que acaba de ser criada,
depois de 17 anos de espera, no dia 12 de Janeiro de 2009 a Lei 11.901 foi
sancionada pelo Presidente da República o Exmº Sr. Luiz Inácio Lula da Silva, e esta
lei reconhece este profissional como exclusivo na área de prevenção e combate a
incêndio.
SEJAM BEM VINDOS A ESTE SELETO GRUPO
"Se você é capaz de tremer de indignação a cada vez que se comete uma injustiça no mundo, então somos companheiros."
( Che Guevara )
LEGISLAÇÃO DO BOMBEIRO CIVIL
Tipos de Bombeiro no Brasil
Bombeiros Voluntários:
A mais de 120 anos desde 1892 no sul do Brasil na cidade de Joinville no estado de Santa Catarina, existe o Corpo de Bombeiros Voluntários
( o primeiro da América do Sul), como a região tem muitos imigrantes europeus, estes trouxeram essa tradição que é muito difundida ainda hoje
em toda Europa em especial Alemanha e Portugal e mundo a fora como Japão hope com mais de 5.000 bombeiros voluntários só na capital Tókio.
Voltando ao Brasil, hoje em no Estado de Santa Catarina existem mais de 4.300 Bombeiros Voluntários atendendo mais de 70 municípios, em
resumo o Bombeiro Voluntário surge de um grupo de pessoas em uma cidade onde não existe serviço público de atendimento e criam uma
associação para esse fim, essa associação cria e leva um projeto para reunião com a prefeitura, associações de moradores, juntas do comercial,
industrias e representantes da região, após aprovação do projeto a prefeitura cede local para ser a base e a junta comercial e demais entidades
sustentam os custos da base e fornecem por doações os equipamentos necessários. Este formato de bombeiro pode variar para o Bombeiro
Municipal, ocorre de forma semelhante ao voluntário, porém, este é contratado e recebe salário passando a ser um funcionário da prefeitura,
realidade em vários municípios do Estado de São Paulo.
Atuação: Área de atuação, resgate de rua, atendimento de todo tipo de emergência incluindo salvamento e combate a incêndio, podem ser classificados
como um serviço de utilidade pública, mesmo que mantidos por uma organização.
Formação: Esse Bombeiro tem formação por cursos ministrados por entidades contratadas ou apadrinhados por outros serviços voluntários mais antigos,
a grade e tempo de curso variam muito, em média são 6 meses de curso e desenvolvem experiência constante durante os plantões e atendimentos.
São de enorme aceitação e apareço por parte da comunidades onde atuam em especial pela maioria do efetivo ser voluntário, dependendo da receita
que a entidade tenha pode fornecer auxilio de custo a seus voluntários e até ter alguns contratados fixos principalmente na área administrativa. A
administração se da através de presidência e diretoria da associação responsável que costuma ter membros da sociedade, prefeitura e empresas da
região em seus conselhos. Detalhe, pela legislação uma pessoa só pode ser voluntária se estiver prestando esse serviço a uma entidade para esse
fim.
Bombeiro Militar:
Em 1856 o então imperador D. Pedro II decretou a formação do Corpo de Bombeiros da Corte na então capital do Brasil o Rio de Janeiro, esse
sistema evoluiu com as décadas para o que conhecemos hoje, em verdade os Bombeiros Militares são Policiais em função da segurança pública a
serviço do Estado.
Via de regra são muito bem treinados se exercitando e treinando constantemente, legalmente são os responsáveis pelo socorro e atendimento de
emergência.
Infelizmente estão presentes em uma parcela muito pequena das cidades do país, o que abriu espaço para os serviços voluntários e municipais.
Além das muitas atribuições que vão desde corte de arvores a salvamentos o corpo de bombeiros foi o único responsável pelo atendimento pré
hospitalar desde os anos 80, a tendência é que o Corpo de Bombeiros fique focado em atendimento a emergências, resgate e salvamento e que toda
parte de atendimento médico de urgência saia do Resgate do Corpo de Bombeiros e fique a cargo do SAMU-Serviço Atendimento Móvel de
Urgência do Ministério da Saúde. Seguindo o formato de outros países onde cada equipe é responsável por uma parte do atendimento ambas
trabalhando em conjunto e complementação.
Atuação: Toda e qualquer tipo de emergência que envolva risco a vida, meio ambiente ou patrimônio.
Por ser o serviço estadual oficial só o Corpo de Bombeiros pode fazer vistoria e emitir laudos técnicos sobre a segurança da edificação quanto a
incêndio.
Formação: O Bombeiro Militar antes de mais nada é um policial militar, é uma pessoa aprovada em concurso público e depois mais de 14 meses de
formação básica de soldado segue para o curso específico de Bombeiro, mais um ano, adquire enorme experiência durante o tempo de serviço em
muitos atendimentos diários. È indiscutível que são os mais bem preparados, quase dois anos e meio de intenso treinamento e atuação moldam o
profissional.
A administração se da por cadeia de comando militar onde o mais alto é o governador do Estado.
Bombeiro Municipal:
Similar ao sistema de Bombeiro Voluntário, a grande diferença é que a prefeitura é responsável direta pelo pessoal e serviço prestado, os
Bombeiros Municipais são civis contratados para tal e pagos pela prefeitura normalmente com auxilio da junta comercial do município.
Atuação:
Todo e qualquer tipo de emergência que surgir na região, são o serviço de emergência oficial do município.
Formação: A direção do serviço já contrata pessoal com formação e experiência, ou seleciona novos profissionais e os encaminha por convênio com
centros de formação privados os de órgãos públicos para treinamento especializado.
A administração se dá pela própria prefeitura.
Corpo de Bombeiros Misto
Variação de Corpo de Bombeiros Municipal e Militar: Existe o Bombeiro Misto, realidade em alguns municípios do Estado de São Paulo, é um caso onde a Policia Militar ou a Prefeitura implanta
uma base com um pequeno numero de Bombeiros Militares e um numero maior de Bombeiros Civis, todos atuam em conjunto, nesse caso os
responsáveis diretos são os Militares.
Bombeiro Civil:
Conhecido também como Bombeiro Industrial, surgiu desde os anos 60 pela necessidade das empresas em terem um profissional que fosse
Bombeiro para garantir tanto prevenção quanto combate a Incêndios, o militar não poderia prestar esse serviço por ser um funcionário público,
então empresas como a extinta SEARS traziam peritos internacionais para treinarem equipes de profissionais contratados como Bombeiros.
Hoje o mercado de trabalho do Bombeiro Civil está muito além de industrias e comércio, a cada dia novos decretos, leis e instruções técnicas
recomendam o profissional, além da própria necessidade das empresas em garantir seu patrimônio tanto quanto seu pessoal.
Existem cada vez mais profissionais em todo país principalmente na região sudeste, sindicatos, associações e demais entidades através de
articulação política procuram melhores soluções para profissão que até hoje não tem regulamentação própria, mesmo bem aceita e difundida no
mercado, não é um militar nem tão pouco autoridade pública, é alguém contratado ou que presta serviço a uma empresa.
Atuação: Muito diferente dos casos acima o Bombeiros Civil é empregado de uma empresa e só nesta presta serviços, só faz atendimento público em
casos específicos como os de shopping e eventos por exemplo.
O leque de atuação do Bombeiro Civil é imenso e variado, desde equipe de prevenção e combate a incêndio em uma grande refinaria,
atendimento de urgência em shows em eventos de grande porte, atua ainda em shopping, condomínios, entidades de ensino e outros
estabelecimentos de grandes proporções ou fluxo de pessoas e até em serviços de Bombeiro Municipal.
A principal atividade é verificação de equipamento relacionado a incêndio, treino e exercícios para estar em condições caso seja necessário
um combate ao fogo e prestar primeiros socorros até chegada de serviço médico especializado.
Após formado esse profissional empregado começa a se especializar na área de atuação.
Formação: O Bombeiro Civil é uma pessoa que faz um curso profissionalizante, esse curso tem 210 horas de acordo com a NBR 14608 (Bombeiro
Profissional Civil) , mesmo existindo uma norma regulamentadora sobre a grade do curso nem todos os centros de formação a respeitam, por isso é
importante pesquisar muito a entidade, após formado o profissional anualmente precisa atualizar seus conhecimentos.
Brigadista:
Mencionarei o Brigadista pois é muito comum que o leigo confunda este com o Bombeiro Civil.
O Brigadista é hoje um dos maiores equívocos que uma empresa pode ter quanto a um profissional, existem empresas que contratam
Brigadistas em vez de Bombeiros Civis acreditando estarem seguras e outros absurdos que fogem desse artigo.
Esclarecendo, não se contrata um Brigadista, se treina um empregado da empresa para ser Brigadista, este passa a ser alguém importante no plano
de emergência e uma força auxiliar a equipe de Bombeiros no caso de emergência .
O profissional adequado que a empresa precisa contratar e manter é o Bombeiro Civil.
O brigadista precisa ser visto tanto na limitação de seu breve treinamento quanto na sua importância e competência em situação de
emergência, ou seja se a empresa tem uma equipe de brigada é no mínimo de bom senso que tenha uma equipe de bombeiros para efetivamente
prestar a prevenção e no caso de incêndio estar a frente da brigada com muito mais chances de sucesso.
Atuação: Atuar no plano de emergência, auxiliar a equipe de bombeiros em caso de situação de combate a incêndio, em locais onde lamentavelmente
não existam bombeiros os brigadistas fazem, ou deveriam fazer, o combate inicial ao fogo e até primeiros socorros muito básicos.
Formação: Curso de 4 a 16 horas, dependendo do nível de risco na edificação.
COLOCAR A LEI 15.802
Lei Federal nº 11.901, 12/01/09
Profissão de Bombeiro Civil
Comentada pelo Prof Ivan Campos
ICBP - Instituto Brasileiro de Pesquisas
em Emergências Prof Ivan Campos
São Paulo-SP
2009
ICBP Instituto Brasileiro de Pesquisas Prof Ivan Campos 2009 www.ivancampos.com.br – www.icbp.com.br
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Lei Federal nº 11.901, 12/01/09 Profissão de Bombeiro Civil - Comentada
Apresentação do ICBP
O ICBP – Instituto Brasileiro de Pesquisas em Emergência Prof Ivan Campos é um entidade
independente de utilidade pública, sem fins lucrativos com atuação em todo Território Nacional.
Nosso objetivo é a pesquisa e divulgação de informações seguras e confiáveis nas áreas e para
pessoal de emergência, sejam estudantes ou profissionais novatos ou veteranos, independentemente de sua
formação ou atuação profissional, de forma clara, imparcial e acessível.
Introdução:
A Profissão de Bombeiro Civil existe no País desde os anos 60, difundido pelas grandes empresas
internacionais que trouxeram este conceito, os Bombeiros Voluntário já existem desde o início do País.
Constantes conflitos de identidade nos próprios profissionais, no mercado em si e até com
Bombeiros Militares, desinformação e outras complicações marcam a historia da profissão, desde 1991 um
projeto de Lei Federal para regulamentar a profissão ficou engavetado nos tramites do congresso por mais de
17 anos, sendo aprovada agora em janeiro de 2009.
Nesse tempo associações, sindicatos entidades e heróis solitários surgiram em prol da profissão,
normas foram publicadas e evoluiu-se muito desde os anos 80 e 90 quando se fazia o curso de Bombeiro
Civil em um final de semana, depois em uma semana e hoje em média de 3 meses.
Na história da profissão surgiram pessoas de má fé também, oferecendo para pessoas e empresas
desinformadas coisas que não existiam, explorando estudantes e profissionais de forma absurda, causando
prejuízos e desgastes a profissão. O meio ainda é fértil para este tipo de malfeitor, mas aos poucos o mercado
começa a percebe-los, e com uma Lei Federal as coisa tendem a melhorar muito.
A Lei Federal, mesmo bastante incompleta e vaga em alguns pontos, garante ao profissional alguns
pontos importantes que sempre geraram polemica e precisavam de melhor definição. A própria profissão de
Bombeiro Civil, era vista por alguns como clandestina, mesmo constando na Classificação Brasileira de
Ocupações do Ministério do Trabalho e Emprego desde os anos 90, e ser tão bem assimilada pelo mercado.
Hoje os principais documentos da profissão de Bombeiro Civil são:
· A Lei Federal nº 11.901, de 12 de Janeiro de 2009, comentada nas próximas páginas.
· O CBO Classificação Brasileira de Ocupações do Ministério do Trabalho e Emprego, fam.5.171
· A ABNT-NBR 14.608 Bombeiro Profissional Civil – Requisitos, hoje na 2º edição out.2007.
· As Diretrizes e Resoluções ICBP, sobre o assunto.
· Os benefícios assegurados em conquistas dos sindicatos.
Existem fóruns de discussão, de acesso publico, e muitas publicações sobre estes e outros temas no
site do ICBP, aceite nosso convite para participar no www.icbp.com.br para onde migra todo conteúdo do
www.ivancampos.com.br.
Espero que este trabalho colaborare com o entendimento da Lei Federal nº 11.901, 12 janeiro 2009.
O texto da Lei está em “preto” a os comentários estão em “vermelho”
Atenciosamente:
Prof Ivan Campos
ICBP Instituto Brasileiro de Pesquisas Prof Ivan Campos 2009 www.ivancampos.com.br – www.icbp.com.br
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Lei nº 11.901, de 12 de Janeiro de 2009
Dispõe sobre a profissão de Bombeiro Civil e dá outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º O exercício da profissão de Bombeiro Civil reger-seá pelo disposto nesta Lei.
Art. 2º Considera-se Bombeiro Civil aquele que, habilitado nos termos desta Lei, exerça, em caráter
habitual, função remunerada e exclusiva de prevenção e combate a incêndio, como empregado contratado
diretamente por empresas privadas ou públicas, sociedades de economia mista, ou empresas especializadas
em prestação de serviços de prevenção e combate a incêndio.
A lei considera Bombeiro Civil, aquele que exerce a atividade remunera, ou seja alguem contratado
de forma direta ou indireta para FUNÇÂO EXCLUSIVA de prevenção e combate a incêndio.
Entendo que esteja implícito na Prevenção e Combate à Incêndio toda ação de prevenção e socorro em
emergências e riscos que possam ocorrer no local onde este profissional trabalhe.
Este texto da Lei, bem como o explicito na NBR 14608 Bombeiro Profissional Civil Requisitos da
ABNT, e nas Diretrizes e Resoluções do ICBP, define o profissional como exclusivo para esta função, de
forma alguma o Bombeiro Civil deve exercer atividades de vigilância ou segurança patrimonial, de portaria,
manutenção ou outras fora do contexto de sua atividade explicita.
As empresas que tenham contratados “Vigilante Brigadista” exercendo a função de Bombeiro Civil
podem ser consideradas fora da legalidade, e completamente fora de Normas Técnicas Nacionais.
A prestação e primeiros socorros, mesmo não estando explicita no texto da lei, é implícita na
profissão, em especial o Suporte Básico á Vida e o primeiro atendimento, até chegada de Suporte Avançado
e ou pessoal especializado da área da saúde.
A segunda parte do segundo item, deixa ampla a possibilidade de emprego deste profissional.
§ 1º ( VETADO)
§ 2º No atendimento a sinistros em que atuem, em conjunto, os Bombeiros Civis e o Corpo de Bombeiros
Militar, a coordenação e a direção das ações caberão, com exclusividade e em qualquer hipótese, à
corporação militar.
Esta foi a primeira emenda que a lei ainda quando projeto em 1991 recebeu, acredito que se deu pela
responsabilidade do Estado em prestar segurança ao cidadão. Desta forma mesmo que empresas tenham
equipes de Bombeiro atuando em um sinistro, o Estado e o Município ainda são legalmente os responsáveis
de que não de mal aconteça, e a Policia Militar é representante do Estado.
Por maiores controvérsias e polemicas que o tema possa gerar, o texto é claro, no caso de Bombeiros
Voluntários ou Comunitários que atendam municípios sem forças estaduais será necessário um bom
entendimento entre as partes nos sinistros em que precisem atuar em conjunto.
Art. 3º ( VETADO)
Art. 4º As funções de Bombeiro Civil são assim classificadas:
I - Bombeiro Civil, nível básico, combatente direto ou não do fogo;
II - Bombeiro Civil Líder, o formado como técnico em prevenção e combate a incêndio, em nível de
ensino médio, comandante de guarnição em seu horário de trabalho;
III - Bombeiro Civil Mestre, o formado em engenharia com especialização em prevenção e combate a
incêndio, responsável pelo Departamento de Prevenção e Combate a Incêndio.
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Podemos entender que O Bombeiro Civil Básico, é o profissional que fez o curso de formação de
bombeiro nos moldes das Diretrizes 2009 para Curso de Bombeiro Civil do ICBP e da ABNT-NBR 14608
Bombeiro Profissional Civil - Requisitos, pelo menos até aconteçam novas publicações e um programa de
curso oficial vindo do Governo. O Bombeiro Civil Básico, é o profissional de base que compões as equipes,
estas equipes formam os turnos.
O Bombeiro Civil Líder, além da formação de Bombeiro Civil, a partir desta lei precisa ter curso
Técnico, o curso exigindo, Técnico em Prevenção e Combate a Incêndio, ainda não existe, e quando existir
não será um curso livre, devera seguir grade oficial e outros trâmites governamentais de cursos técnicos.
Entendemos que nesse tempo o Bombeiro Civil que tenha a função de Líder, dever ter o curso de
Técnico de Segurança do Trabalho e dependendo dos riscos da empresa em que trabalhe Técnico em
Química ou similar ao risco. A formação em Técnico de Segurança do Trabalho é a melhor opção ao
Bombeiro Civil Líder, até novidades governamentais, O Bombeiro Civil Líder é o responsável pela equipe,
cada turno tem seu Líder que é responsável nesse turno, prestando serviço no horário e junto a sua equipe.
Já o Bombeiro Civil Mestre, é um profissional que, além de recomendado a formação básica de
Bombeiro Civil, tenha curso superior de Engenharia, com especialização, entendemos que enquanto o
curso de especialização em Prevenção e Combate à Incêndio não pouco difundido, o Engenheiro com
especialização em Saúde e Segurança do Trabalho seja o profissional indicado para ser o responsável por
todas as equipes em todos os turnos, mesmo a distância e fora de seu turno de trabalho.
O Departamento de Prevenção e Combate a Incêndio, foi uma preocupação desde o início da Lei em
associar o Bombeiro Civil a suas atividades, ao departamento de Saúde e Segurança do Trabalho. O termo
hoje seria Departamento de Segurança Contra Incêndio e Emergências. É claro que a gerencia e
supervisão dos serviços de Bombeiro Civil deve ser própria e associada ao Departamento de Segurança do
Trabalho e de forma alguma a segurança patrimonial (vigilância) como acontece em algumas empresas.
Art. 5º A jornada do Bombeiro Civil é de 12 (doze) horas de trabalho por 36 (trinta e seis) horas de
descanso, num total de 36 (trinta e seis) horas semanais.
Esse excelente artigo cria as condições de trabalho para o profissional que passa a ter tempo para
recuperar-se do turno, descansar, viver, estudar, se aprimorar de forma física e intelectual para melhor
desempenho de suas atividades.
Empresas prestadoras de serviço que vendiam Bombeiros Civis como se fossem vigilantes em
escalas de 12 horas diárias em plantões de 4x1, 5x2, e outros absurdos, a partir desta lei precisarão adequar
tanto os turnos quanto a jornada semanal, o texto é claro 12x36 e 36 horas totais por semana.
Empresas de evento que exigiam, inescrupulosamente, do profissional virar mais de 20 horas em um
evento NÃO PODEM MAIS FAZE-LO. Já houve caso de morte em São Paulo de um profissional que virou
24 horas num evento e dormiu na direção ao voltar do trabalho. Mesmo em eventos o turno do Profissional
agora é de 12x36.
Art. 6º É assegurado ao Bombeiro Civil:
I - uniforme especial a expensas do empregador;
Vamos entender o uniforme operacional aquele de uso no dia a dia e os EPI e EPC próprios para
situação de combate a incêndio, socorro e salvamento relacionados a atividade. Entendemos que mesmo
prestadoras de serviço em eventos também são responsáveis por fornecer uniforme e equipamentos aos seus
profissionais durante a prestação do serviço, empresas de evento não estão acima da Lei.
II - seguro de vida em grupo, estipulado pelo empregador;
Não será descontado do profissional, como é estipulado pelo empregador este é responsável por ele.
III - adicional de periculosidade de 30% (trinta por cento) do salário mensal sem os acréscimos resultantes
de gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa;
Agora está bem explicito na Lei, este adicional é sobre sobre o salario que o profissional recebe.
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IV - o direito à reciclagem periódica.
A empresa a qual o profissional está contratado é obrigada a arcar com os custos da reciclagem.
Art. 7º ( VETADO)
Infelizmente foi vetado o artigo que estipulava o piso de 3 salários mínimos ao profissional, ficando
esta tarefa a cargo dos sindicatos regionais.
Art. 8º As empresas especializadas e os cursos de formação de Bombeiro Civil, bem como os cursos
técnicos de segundo grau de prevenção e combate a incêndio que infringirem as disposições desta Lei,
ficarão sujeitos às seguintes penalidades:
I - advertência;
II – (VETADO)
III - proibição temporária de funcionamento;
IV - cancelamento da autorização e registro para funcionar.
Entendemos que órgãos do Ministério Público serão responsáveis pela fiscalização em suas
instâncias, mas de forma alguma a Policia Militar através dos Corpos de Bombeiro Miliar deve responder
por habilitação ou registro destas entidades, experiências assim no Rio de Janeiro e agora no Espirito Santo
são desastrosas, arruinando a profissão nestes estados.
Entendemos que assim que os Órgãos Governamentais pertinentes estipularem os cursos o
profissional tenha um registro junto ao Ministério do trabalho como hoje acontece ao Técnico de Segurança
do Trabalho, continuamos na espectativa de mudanças. Existe trâmite para um Conselho da classe que deve
aflorar ainda este ano de 2009, enquanto isso os sindicatos regionais são a melhor opção para assegurar os
direitos e desenvolver a profissão, é altamente recomendado que se filiem, e caso não exista criem um.
Art. 9º As empresas e demais entidades que se utilizem do serviço de Bombeiro Civil poderão firmar
convênios com os Corpos de Bombeiros Militares dos Estados, dos Territórios e do Distrito Federal, para
assistência técnica a seus profissionais.
Vamos esclarecer bem este item. O convênio que se propõe este ponto é relacionado a apoio técnico
as serviço, de forma alguma autoriza militares a prestarem serviço de Bombeiro Civil, é proibido ao Policial
Militar fazer “bicos”, o serviço de Bombeiro Civil é de responsabilidade da entidade onde atuam.
Há uma enorme diferença nas atividades do Bombeiro Civil e do Bombeiro Militar, é tolo dizer que
um é melhor que o outro, ambos são excelentes em sua área de atuação, e ambos estariam deslocados em
outra área, é prudente considerar estas diferenças, um é policial e outro é um cidadão a serviço da empresa,
mudam ainda os meios de ação e situações para o qual estão preparados.
Pela Lei, uma escola ou empresa que preste serviço pode solicitar junto ao Corpo de Bombeiros
Militar da Região uma visita técnica, parecer sobre alguma questão ou similar a fim de melhorar a qualidade
do serviço prestado pelos Bombeiros Civis, o oposto também é benéfico e merece ser considerado.
Art. 10. (VETADO)
Art. 11. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Ou seja, já é valida em todo Território Nacional.
Brasília, 12 de janeiro de 2009; 188º da Independência e 121º da República.
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
Tarso Genro
, Carlos Lupi
, João Bernardo de Azevedo Bringel
, José Antonio Dias Toffoli
Publicação: Diário Oficial da União - Seção 1 - 13/01/2009 , Página 1
Fim do texto, participe dos fóruns de discussão no site www.icbp.com.br.
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A Lei Federal nº 11.901, 12/01/09 Profissão de Bombeiro Civil – Comentada,
é uma publicação de:
ICBP – Instituto Brasileiro de Pesquisas
em Emergências Prof Ivan Campos
São Paulo – SP
www.icbp.com.br
www.ivancampos.com.br
Com apoio de:
Suporte à Vida, Treinamentos e Equipamentos para pessoal de emergências.
Especializados em DEA- Desfibrilador e Suporte Básico à Vida.
www.suporteavida.com.br
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Sugestões para novas publicações, ao melhora desta, intenção de apoio entre em contato:
email [email protected] ou pelos sites www.ivancampos.com.br e www.icbp.com.br
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P.C.I
PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIO
ASPECTOS PSICOLÓGICOS DAS OPERAÇÕES DE
SALVAMENTO
Introdução
A ocorrência de situações adversas geralmente ocasiona o acionamento de socorros
governamentais que ao chegarem ao local do evento passarão a compor um quadro a ser
completo pela existência de vítimas e público. A seguir são apresentadas algumas considerações
sobre este trinômio que vão influenciar diretamente no desenvolvimento das operações de
salvamento. Elementos integrantes da área de operações: Vítima – Socorrista – Público
_ Vítima _ Aquela que é envolvida no evento. Recebe toda a carga decorrente da situação,
podendo ser: fatal ou não-fatal.
_ Socorrista _ É o elemento que, isoladamente ou em conjunto, propõe-se a solucionar o
evento, sendo inerente à sua atuação o chamado processo de iniciativa, originado
fisiologicamente pela descarga de adrenalina no organismo. Pode ser: governamental ou
não-governamental.
_ Público _ Presente em todo e qualquer evento, em maior ou menor número, pode ser
classificado em: tenso (direto e indireto), crítico, ajudante e observador.
Bases do Socorrista:
Da mais simples a mais complexa, a operação de salvamento estará apoiada sobre o seu mentor
que é o homem. Este, por sua vez, para que possa realmente sustentar o seu trabalho, precisará
estar alicerçado sobre o trinômio composto dos seguintes aspectos: Preparo Psicológico –
Preparo Físico – Preparo Técnico
Atuação do Socorrista
Para que sejam bem desencadeadas todas operações de salvamento, os elementos
componentes de uma guarnição devem ter conhecimento do desenvolvimento ordenado da
atuação do socorrista, cuja seqüência de etapas pode ser expressa pelo seguinte fluxograma:
aviso _ saída _ chegada ao local _ isolamento _ método _ desfecho
ESCAPE
Uma das reações instintivas de qualquer pessoa, que se encontra num incêndio ou em qualquer
outra situação fora de seu domínio, é fugir do ambiente hostil. Este instinto de conservação,
primitivo em sua origem, se vê, às vezes, neutralizado pelo valor material de bens pessoais.
Como a fuga é instintiva, a via de escape de qualquer ponto de um edifício , deve ser, a mais
curta possível, de fácil acesso e suficientemente ampla para acomodar a todos que tentarem
escapar, e deve estar livre de gases e de fumaça.
Como em todos os problemas relacionados com o fogo, a fuga depende do tempo. Desta forma,
o tempo de escape não pode ser o mesmo para todos os edifícios, pois é função basicamente do
número de ocupantes dos mesmos.
A segurança humana é uma das principais finalidade de escape nos incêndios. Na decisão do
percurso de evacuação a ser adotado devem-se considerar cinco variáveis . Destas três são
previsíveis e duas aleatórias:
Variáveis Previsíveis :
_ Características dos ocupantes - a característica principal que deve ser levada em
consideração é a mobilidade dos ocupantes de um local sinistrado. A mobilidade determina a
capacidade de uma pessoa escapar. Os problemas de evacuação são muito piores em locais
onde as concentrações de doentes, idosos e crianças sejam maiores.
_ Planta do edifício - a característica arquitetônica de uma edificação deve se considerada
de grande importância devido a distancia que uma pessoa terá que se deslocar até um ponto
seguro. Em geral, a segurança está relacionada com a altura de um edifício, mas a distância
pode ter igual importância em edifícios de um único piso.
_ Os sistemas de escape existentes - sabemos que os locais onde os sistema de segurança
são existentes, o trabalho de evacuação se tornará mais fácil .
Variáveis Aleatórias:
_ Locais que poderão ser atingidos pelo incêndio – através de conhecimento do local onde
se concentra o sinistro, podem-se traçar algumas projeções dos locais mais susceptíveis a
incêndio. Através desta análise, podem ser definidas as vias de escape mais rápidas e
seguras.
_ Localização de uma pessoa em um edifício sinistrado - em alguns edifícios podemos
prever os locais onde se encontram os seus ocupantes, e o numero provável de pessoas que
ali normalmente estejam. Nos centros comerciais onde a população é flutuante, tal previsão
torna-se impossível.
As operações de evacuação a serem realizadas pelas equipes de salvamento devem ser
realizadas através de determinadas técnicas e conceitos teóricos.
Técnicas de Escape:
_ Escape Imediato - retirada dos ocupantes do edifício e executado por uma via de escape
direta.
_ Escape por Fases - ocupantes de um edifício são conduzidos a locais intermediários, de
forma que a saída definitiva seja efetuada de maneira ordenada.
_ Escape para um Refúgio - ocupantes são transferidos para uma área protegida, dentro de
uma estrutura, até que a situação seja minimizada e, em seguida, são resgatados.
Conceitos Básicos:
_ O trabalho de evacuação de um local sinistrado deve ser executado obedecendo a
conceitos básicos, a fim de que a situação dos ocupantes do mesmo seja totalmente
minimizada. Sendo assim, a evacuação deve estar baseada nos seguintes princípios:
objetividade, precisão, disciplina e segurança.
_ É importante considerar que pessoas envolvidas por um sinistro, são tomadas pelo pânico,
apresentando reações próprias, tremores pelo corpo, choro convulsivo, ou simplesmente
permanecem estáticas, alheias a tudo que se passa. Cabe, portanto, ao homem que vai
efetuar o salvamento (evacuação), usar de sua criatividade, a fim de que esse quadro seja
revertido.
_ O primeiro objetivo a ser atingido é o aterramento do setor ou dos andares envolvidos,
através do seu sistema de emergência; logo a seguir, os andares diretamente envolvidos, com
os seguintes procedimentos:
- Realizar a abertura de todas as portas, inspecionar o interior dos ambientes, em
especial: banheiros, armários, sob camas e outros móveis que, porventura existam,
não esquecendo as escadas e janelas;
- Fazer a demarcação dos ambientes inspecionados;
- Conduzir as vítimas para as escadas de incêndio, deixando um bombeiro
encarregado de dar a orientação necessária para as vítimas, evitando a subida das
mesmas; mantendo a distância entre uma vítima e outra; mantendo-as de um lado
da escada, destinando o outro lado ao trânsito das equipes de salvamento; evitando
correrias e aglomerações desnecessárias;
- Concentrar as vítimas a fim de efetuar uma chamada e verificar se há falta de
pessoas;
- Solicitar o auxílio de pessoas que conheçam a estrutura do edifício.
PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA
É regra primordial que ninguém, no combate a incêndio, entre em ambiente saturado de gases,
fumaça e temperatura elevada, sem estar com equipamento de proteção respiratória. O fato de
deixar este tipo de material de lado nestas operações pode acarretar não só no fracasso do
socorro como também em conseqüências sérias, inclusive a morte. Isto porque o sistema
respiratório humano é mais vulnerável às agressões ambientais do que qualquer outra área do
corpo.
Podemos falar também da necessidade de usamos um equipamento de respiração autônoma nos
locais de diferentes índices de pressões atmosféricas (poços, túneis, cavernas) e no mergulho,
atividade existente no CBMERJ (GBS, Gmar ).
É muito importante salientarmos que nos incêndios encontramos quatro tipos distintos de riscos
no tocante a respiração: falta de oxigênio, temperatura elevada, fumaça e gases tóxicos.
PORCENTAGEM DE OXIGÊNIO NO AR
SINTOMAS
EQUIPAMENTO DE RESPIRAÇÃO AUTÔNOMA
Existem dois meios de se equipar:
_ Método de colocação por sobre a cabeça:
1) verificar a pressão no manômetro do cilindro;
2) o equipamento deve ser colocado no solo, com o cinto aberto, as alças de transporte
alargadas e colocadas para o lado de fora do suporte, para não atrapalhar o BM no
momento da colocação;
3) agachar ou ajoelhar-se na extremidade oposto ao registro do cilindro;
4) segurar o cilindro com as mãos, deixando as alças de transporte para o lado de fora;
5) levantar-se, erguendo o cilindro por sobre a cabeça e deixando que as alças de transporte
passem dos cotovelos;
6) inclinar-se levemente para frente, permitindo ao cilindro ficar nas costas, deixando as alças
caírem naturalmente sobre os ombros;
7) puxar os tirantes de ajuste, certificando-se que as alças não estejam torcidas;
8) ergue o corpo, fechar e ajustar o cinto e peitoral de forma que o equipamento acomode-se
confortavelmente; e
9) lembrar que a falta de ajuste da alça e do cinto provoca ma distribuição de peso.
a. Método de vestir:
1) verificar a pressão no manômetro do cilindro
2) vestir o equipamento, passando um braço por vez através da alças. Colocando-lo no solo,
com as alças alargadas e o cinto aberto;
3) agachar-se próximo à extremidade do registro do cilindro;
4) com a mão direita, segurar a alça que será colocada sobre o ombro direito ( ou, com, a
esquerda, a que será colocada sobre o ombro esquerdo );
5) levantar-se, colocando a correia no ombro, Durante este movimento, o cotovelo deve
passar por dentro da alça; e
6) ajustar as alças eo cinto como descrito no método anterior.
Colocação da peça facial:
1) alargar ao máximo os tirantes da máscara;
2) colocar a peça facial, introduzindo primeiramente o queixo dentro desta e, com as duas
mãos, colocar os tirantes por sobre a cabeça;
3) puxar simultaneamente e na mesma seqüência, os tirantes laterais interiores, o tirante
único superior e os dois temporais, para trás, ajustando-os com cuidado para não danificalos;
4) verificar a vedação da peça facial inspirando e tampando a entrada de ar. “Não pode
ocorrer entrada de ar“;
5) certificar-se de que a válvula de demanda de ar está fechada;
6) abrir o registro do cilindro;
7) efetuar a conexão da válvula de demanda da máscara; e
8) deve-se observar o funcionamento da válvula de exalação. Para tanto inspirar e expirar.
Com as costas das mãos sentir o ar sair pela válvula de exalação. Caso não ocorra a
saída do ar, expirar com força isto deverá liberar a válvula.
Principais cuidados
Observar:
1) conexão do cilindro ao redutor de pressão;
2) cinta que liga o cilindro ao suporte;
3) alças de transporte, cinto tirante peitoral ( confeccionados em NOMEX, para aumentar
a resistência ao calor );
4) placa de suporte;
5) conexão das mangueiras;
6) tirantes e peças facial;
7) pressão do cilindro;
8) vedação a alta pressão; e
9) alarme sonoro.
SALVAMENTO EM INCÊNDIO
Para melhor realizar operações de salvamento em locais de incêndio o BM tem que levar em
consideração primordialmente fatores como segurança, agilidade, controle, interação e
coordenação. Logo, não se pode esquecer de utilizar equipamento de proteção individual
adequado, assim como rádios portáteis, cabo guia, escadas enclausuradas (isoladas dos
pavimentos por portas corta-fogo, provendo saídas suficientes para todos os integrantes da
edificação), entre outros que serão comentados a seguir.
A finalidade das edificações também deve ser levada em consideração para se montar o estilo de
trabalho a ser utilizado pelas guarnições que realizará o salvamento, porque ocorrem sérias
complicações em locais de incêndio onde há concentração de público, como teatros, cinemas
estádios, salões de festas, mercados. Se as saídas normais ficarem bloqueadas, a situação
através de saídas pelas quais os ocupantes não estão familiarizados. O fator de existir fogo numa
edificação pode resultar em pânico e prejudicar a operação A organização para evacuar um local
de concentração de público é fundamental.
Locais como sanatórios, asilos e nosocômios apresentam circunstâncias especiais: alguns de
seus ocupantes podem estar incapacitados de se locomover. Aqueles que executam trabalhos de
salvamento nesses locais, têm que estar preparados paras remover as vítimas para local seguro
sem agravar, ainda mais, a situação destes. O sucesso da operação nesses locais depende
sempre de estudos e treinamentos prévios. Não se deve em hipótese usar o elevador e as
pessoas envolvidas devem ser levadas sempre para pavimentos inferiores (de saída ).
PROCEDIMENTOS PARA RETIRADA DE VÍTIMAS EM LOCAIS DE INCÊDIOS:
1) Usar sempre equipamentos de proteção respiratória. Lembrar que grande parte das vítimas
em situações de incêndios perde a vida ou sofre lesões em conseqüência da intoxicação por
monóxido de carbono (CO).
2) Se o local for desconhecido, com pouca visibilidade e perigoso, deve-se usar o cabo-guia, não
só para a comunicação entre os BC, mas também para maior segurança nos trabalhos, uma vez
que o caminho de volta ficará marcado. O melhor meio de se prender o cabo ao BC é através do
nó de penetração com soltura rápida.
3) O trabalho deve ser efetuado sempre em duplas.
4) Na parte externa do prédio devemos procurar observar todos os meios de fuga visíveis.
5) Antes de começar o trabalho, procurar saber se já existem outros BC no sinistro.
6) Se dentro da edificação a visibilidade for ruim, e o BC não puder ver seus pés, deve dar
continuidade à busca “engatinhando”.
7) Começar a busca, sempre que possível, pela parede que dá para o exterior. Isso permitirá ao
BM ventilar o ambiente ao abrir as janelas tão logo seja oportuno
8) Usar todos meios de sinalização possíveis para evento.
9) Usar lanternas.
10) Utilizar qualquer tipo de material para reter as portas com dispositivos de fechamento
automático. Pois isto manterá ventilação e caminho, pelo qual o BC entrou livre.
11) Procurar sustentar a posição de confiança ao demonstrar calma, segurança e racionalidade
nas ordens dadas às vítimas.
12) Manter na mediada do possível, todos os integrantes da guarnição cientes de tudo que se
passa.
13) Se o cômodo estiver muito quente para entrar, procurar somente nas proximidades da porta,
pois a possibilidade de se encontrar vítimas neste local é muito grande.
14) As buscas devem ser planejadas para se evitar o desgaste desnecessário, assim como, a
maior eficiência nos trabalhos.
15) Procurar estabelecer pontos de referência dentro da edificação (Ex.: direção da luz, da
ventilação e meios secundários de fuga ).
16) Lembrar sempre que a localização de uma vítima pode ocorrer desde a parte externa da
edificação.
17) Procurar em todos os compartimentos da edificação, principalmente armários e boxes dos
banheiros.
18) Para localizar vítimas sob as camas, colocar a perna ou utilizar uma ferramenta longa que
possibilite a vistoria.
19) Quando existir muita fumaça e conseqüentemente pouca visibilidade, descer e subir escadas
apoiando-se sobre as mãos e os joelhos. Mantendo a cabeça elevada.
20) Não existe um tempo preestabelecido para que os trabalhos sejam paralisados e portanto se
possa ouvir pedidos de socorro. Tosse, gemidos, choro ou outro sinal que indique a existência de
vítimas nas proximidades. Ao se confirmar algum destes sons, dirigir-se imediatamente até a
vítima estabelecendo troca de informações com a mesma, quando possível.
21) Sempre que encerrar as buscas num cômodo, deixar marcas visíveis de que todo o local já
foi vasculhado. Gavetas em cima da cama, colchões enrolados e portas de armários são bons
indicativos de que este tipo de trabalho já foi efetuado.
22) Ao terminar as buscas num pavimento, deixar uma marca visível na entrada do mesmo para
informar que a procura por vítimas ali estão encerradas.
23) Assim que retirar uma vítima da edificação, deixá-la sob cuidados de alguém. Evitando assim,
que a mesma venha a retornar para o sinistro, seja qual for o motivo.
EQUIPAMENTOS DE SALVAMENTO TERRESTRE
NÓS E AMARRAÇÕES
No salvamento terrestre são trabalhadas várias técnicas e equipamentos, como os de proteção respiratória, sistemas de força, aparelhos de poços, desencarceradores, alavancas, picaretas, machados, alavancas , pás e enxadas para o emprego nas mais diversas ocorrências Veja abaixo algumas fotos de equipamentos usados em salvamentos terrestre:
AUTOCORTE – EXPANSOR
O conjunto de salvamento “lukas” é um equipamento dotado de capacidades e dispositivos, que
torna adequado para serviços desta natureza.
Seus componentes foram desenvolvidos em laboratório, com o auxílio do computador, o que lhe
garante apesar de seu reduzido peso, o desenvolvimento de forças extremamente altas, aliado à
facilidade de operação em resgates ligeiros.
Devido a sua versatilidade, pode ser utilizado em acidentes envolvendo veículos, desabamentos,
ou até mesmo em trabalhos submersos, dentro do limite de 40 m de profundidade.
O autocorte-expansor cada vez mais é utilizado em todos os Corpos de Bombeiros pela sua
capacidade de soltar as vítimas com rapidez diminuindo o tempo de socorro neste tipo de
acidente. Com isso a longa espera que era causada pela falta de equipamentos específicos, para
salvamentos dessa natureza foi resolvida nos atendimentos hospitalares mais rápidos diminuindo
consideravelmente o número de óbitos.
O sistema consiste em um motor elétrico ou a gasolina que move uma bomba hidráulica, sendo
esta comum a todos os modelos. Ela se caracteriza por um aro que contém em seu interior quatro
pistões radiais permanentemente comprimidos por molas. No centro deste conjunto, há um
excêntrico movido pelo eixo do motor, que devido ao seu movimento irregular, ao passar por cada
um dos pistões provoca um movimento nos mesmos, impulsionando o fluído para dentro do aro
que é oco. No aro, há apenas uma saída, por onde escoa todo o fluído em direção à válvula.
Todo este conjunto permanece imerso no reservatório de óleo, tendo sob o aro, quatro tubos
pescadores que alimentam cada um dos pistões. No bloco da válvula, há ainda um pequeno tubo
encarregado de despejar o óleo que retorna das ferramentas hidráulicas.
Componentes:
O conjunto de salvamento é composto por: bomba hidráulica acionada por um motor a gasolina,
mangueiras com sistemas de engate rápido e várias ferramentas hidráulicas que podem ser
utilizadas para afastamento, tração e corte.
Componentes da moto-bomba:
- 1: Bocal de abastecimento da gasolina;
- 2: Tela de proteção;
- 3: Manopla de acionamento;
- 4: Bocal de abastecimento de óleo do motor;
- 5: Silencioso com escudo protetor;
- 6: Comando de partida, aceleração e parada ( Sistema Choke-a-Mantic );
- 7: Filtro de ar;
- 8: Carburador;
- 9: Cabeçote;
- 10: Vela;
- 11: Identificação do motor;
- 12: Bocal de abastecimento do fluído hidráulico;
- 13: Visor de nível do fluído hidráulico;
- 14: Bujão de dreno;
- 15: Identificação do modelo de bomba;
- 16: Reservatório do fluído hidráulico;
- 17: Alavanca de pressurização;
- 18: Bloco da válvula .
Pinça hidráulica (LKS 35)
- 1: Braços antideslizantes de aço;
- 2: Eixo central de fixação;
- 3: Manga de proteção;
- 4: Alça;
- 5: Disco anatômico para abertura e fechamento;
- 6: Punho;
- 7: Plug de engate rápido.
MOTOSSERRA
As motosserras constituem-se de um motor a explosão de dois tempos e um sabre com corrente,
sendo utilizadas para corte de madeira, especialmente troncos de árvores.
Atualmente, encontramos os modelos 08 S e 051 AV, da marca STIHL, sendo utilizados com
maior freqüência na Corporação. Existem técnicas especiais para o desenvolvimento dos cortes
de árvore, que veremos a seguir.
1 – Sabre
2 – Corrente
3 – Punho
4 – Filtro de ar
5 – Acelerador
6 – Trava do acelerador
7 – Afogador
8 –Protetor do punho
9 – Retém do acelerador
10 – Vela de ignição
11 – Tampa do cárter
12 – Garra
MOTOCORTADOR
Equipamentos de corte, movido a motor a explosão de dois tempos. Atualmente, encontramos o
modelo TS 08, da marca STIHL, sendo utilizado com maior freqüência na Corporação.
Os motocortadores possuem discos que podem ser acoplados ao aparelho. Estes discos podem
ser de vários tipos, de acordo com o material a ser cortado. Na corporação, utiliza-se o disco para
corte de ferro, aço ou concreto, de uso freqüente para a retirada de vítimas presas às ferragens
de veículos, arrombamentos de portas de aço (lojas) ou mesmo outros tipos e outras situações
onde caibam sua utilização, como, por exemplo, o corte de vergalhões em desabamentos.
NÓS E AMARRAÇÕES
a) De extremidade:
_ Nó Simples
É o mais simples de todos os nós, sendo mais conhecido por “Nó Cego”. Será utilizado como
base para o Nó de Fita. Pode ser usado também para melhorar a pegada numa corda quando
esta é utilizada como apoio para a escalada a determinado ponto (“LEPAR”). Para tanto, um dos
métodos de confecção dos nós na corda é pelo processo de “fradear a corda”.
_ Nó em Oito
Também conhecido por “Alemão”. Será usado como base para a Azelha em Oito pela Ponta ou
para confecção da Azelha Dupla em Oito.
_ Nó de Frade
Utilizado basicamente para “falcaçar” as pontas das cordas. Também serve como base para o
Assento Americano quando passamos o cabo solteiro em volta da cintura e damos as duas voltas
com a corda, que nada mais é do que o nó em questão.
b) De emenda ou junção:
_ Nó Direito
Utilizado para unir cordas de mesmo diâmetro. Deve obrigatoriamente ser arrematado, pois
quando “frouxo” desfaz-se com relativa facilidade. Será utilizado como finalização do Assento Americano.
_ Nó de Escota Simples
Seu uso destina-se a união de cordas de mesmo diâmetro ou de diâmetros diferentes.
Normalmente o utilizamos quando precisamos içar uma corda até determinado ponto através do
uso de uma retinida que é lançada até o chão.
_ Nó de Escota Dupla
Tem a mesma finalidade do Nó de Escota Simples, com a única e principal diferença de
aumentar a segurança evitando-se que o nó se desfaça. Em cordas molhadas é o ideal.
_ Nó de Fita
Também conhecido como “Nó Duplo”, é utilizado na maioria das vezes para unir as pontas de
fitas tubulares e/ou planas, formando anéis de fitas. Serve também para unir cordas, mas é pouco
utilizado para esse fim. Em nosso caso específico utilizaremos tal nó para unir pedaços de fitas
formando anéis que serão utilizados como “estropos” que poderão ser usados nas ancoragens.
_ Nó Pescador Simples
É confeccionado basicamente fazendo-se um nó simples sobre outra corda e vice-versa. Utilizado
para unir cordas de mesmo diâmetro e nos arremates quando não for possível realizar o nó
Pescador Duplo devido ao comprimento insuficiente do chicote.
c) Alceados
_ Nó Azelha Simples
Nada mais é do que um Nó Simples realizado com o seio de uma corda. Destina-se a ancorar a
corda em determinado objeto pontiagudo ou na confecção de estribos. Seu inconveniente é o fato
de que, após submetido a tensão, fica difícil de desfazer-se. Pode ser feito pelo seio ou pela
ponta (“induzido”).
_ Nó Azelha em Oito
Confeccionado como o Nó em Oito (ou Alemão), só que pelo seio de uma corda. Sua vantagem
em relação ao Nó de Azelha Simples é que possui fácil soltura depois de submetido à tensão.
Pode ser feito pelo seio ou pela ponta (“induzido”). É um dos nós mais utilizados nos
“encordoamentos” às cadeirinhas (baudrier) por ser um dos mais seguros. Alguns o citam como
sendo Azelha Dupla, o que parece incorreto, pois após confecção tem-se apenas uma alça.
_ Nó Azelha Dupla
A doutrina de um modo geral não apresenta uma definição exata do que seja uma Azelha Dupla.
Assim sendo, iremos considerar tal nó como sendo aquele que proporciona duas alças para
serem empregadas em trabalhos diversos.
_ Nó Lais de Guia Simples
Trata-se de um dos nós mais antigos utilizados por escaladores os quais, antes do invento das
cadeirinhas, o atavam ao peito para se “protegerem” em caso de queda (ficavam pendurados
pelo peito numa posição bem incômoda e que impunha um risco de vida caso não fossem
resgatados rapidamente). Não sendo arrematado torna-se um nó perigoso sendo apontado como
o “culpado” por alguns acidentes em altura.
_ Nó Lais de Guia Duplo
Muito utilizado nos encordoamentos, pois mesmo após ser submetido à tensão possui fácil
soltura. Por isso deve ser obrigatoriamente arrematado, preferencialmente com o Nó de Pescador
Duplo. Quando feito pelo seio é conhecido entre os bombeiros como Balso pelo Seio de Duas
Alças.
d) De arremate
_ Nó de Pescador Simples
Ver confecção e características na subunidade referente a nós de junção ou emenda. Uma
observação a se fazer é que quando se utiliza apenas uma das partes do nó como arremate,
pode ser denominado de “Meio Pescador Duplo”.
_ Cote
Nada mais é do que um Nó Fiel confeccionado com o chicote da corda que sobra do nó principal
feito na outra corda. Detalhe: quando o desenho do nó assemelha-se ao Nó Boca de Lobo, o nó
não deve ser considerado como Cote.
e) De ancoragem
_ Nó Boca de Lobo
Quando feito pela ponta deve ser arrematado sob pena de desfazer-se quando submetido à
tensão. Seu uso mais comum é pelo seio da corda ou fita. É utilizado para fixação dos anéis de
fita à cadeirinha. Seu ponto negativo é que, ao ser submetido à tensão, realiza um “efeito
guilhotina” sobre si mesmo, reduzindo em muito a resistência da corda (cerca de55%).
_ Nó Fiel
Trata-se do nó mais conhecido no CBMERJ e a prova de adestramento no tocante a confecção
de nós reside justamente no fato do bombeiro conseguir confeccioná-lo em condições mais
adversas possíveis, como de olhos vendados, na perna, etc. É um nó muito utilizado no
montanhismo, porém alguns profissionais o contra indicam sob a alegação de que depois de
confeccionado e sob tensão, as cordas se sobrepõem fazendo um “efeito guilhotina” (mordendo).
Não obstante isso é um nó extremamente confiável e de fácil confecção, podendo inclusive ser
feito num mosquetão com apenas uma das mãos, caso a outra esteja ocupada. Sendo
confeccionado e tencionado sobre uma superfície lisa e cilíndrica, pode correr com carga
aproximada de 400 kgf. Daí a importância do arremate quando o nó for feito pela ponta.
_ Nó Lais de Guia Duplo
Seu principal inconveniente em ocorrências reais é a demora na confecção. Nos treinamentos,
quando houver tempo para preparar o local de instrução, é o nó mais indicado para as
ancoragens, pois é fácil de desfazer-se após ser submetido à tensão. É o preferido por
escaladores por ser fácil de desfazer-se depois de submetido à tensão, no encordoamento da
cadeirinha.
f) Autoblocantes
_ Nó Prusik
Erroneamente chamado de Nó Prússico, é o nó autoblocante mais antigo que existe e seu nome
foi emprestado de seu inventor, um “músico” chamado Karl Prusik. Trata-se de um nó muito Sua
vantagem reside no fato de que pode ser confeccionado até mesmo com uma só mão e que se
trava em qualquer direção que for puxado. utilizado em “auto-resgates”. Alguns autores
recomendam apenas duas voltas em sua confecção. Por questões de segurança,
padronizaremos, no mínimo, três voltas.
_ Nó Machard
Também muito fácil de ser confeccionado, substitui à altura o Nó Prusik. Embora fique travado
em ambas as direções, é classificado como nó unidirecional (deve ser tracionado no sentido
oposto à alça).
_ Nó French Prusik
Também conhecido como Blocante Clássico, Machard pelo Seio ou Machard Bidirecional. É um
nó muito fácil de ser confeccionado e de ser afrouxado após receber carga. Sua característica
principal é a de aumentar em 200% a carga de ruptura do cordelete, uma vez que este é utilizado
de forma que fique dobrado, ou seja, o mosquetão é introduzido nas duas alças. Com isso, um
cordelete que tenha CR de750 kgf, p.ex., passa a suportar carga de 1500 kgf, desde que o nó
seja confeccionado com um número de voltas suficiente.
g) De segurança
_ Nó UIAA
De tão confiável, recebeu o nome da União Internacional das Associações de Alpinismo. Aliás, é
o único “dispositivo de frenagem” (freio) homologado pela referida entidade.Também conhecido
por Nó Dinâmico, serve como freio durante a segurança na escalada ou durante um rapel de
mergência. Seu inconveniente é que o princípio de funcionamento baseia-se no atrito gerado pela
fricção de duas partes da mesma corda numa peça metálica. Com isso, num uso constante, a
corda poderia vir a se romper (isso no caso específico do rapel). Lembre-se que ele é para uma
emergência.
h) De tracionamento
_ Nó Paulista
Nó bastante conhecido dos caminhoneiros por facilitar o arranjo da carga na carroceria do
caminhão. Como o atrito de corda com corda não é recomendável, deve-se confeccionar o nó
utilizando mosquetão ou o freio em oito.
PRIMEIROS SOCORROS
A ÉTICA E A HUMANIZAÇÃO NA REALIZAÇÃO
DOS PRIMEIROS SOCORROS
Toda pessoa possui uma consciência moral que a faz distinguir entre o certo e o errado, entre o bem e o
mal, ou seja, é capaz de nortear suas atitudes pela ética a qual pode-se dizer: é um conjunto de valores, que
se tornam deveres em determinadas culturas ou grupos, sendo expressos em ações. A ética é, normalmente,
uma norma de cunho moral que obriga a conduta de uma determinada pessoa, sob pena de sanção
específica, mas pode também regulamentar o comportamento de um grupo particular de pessoas, como, por
exemplo, enfermeiros, médicos, etc. A ética profissional, mais conhecida como deontologia, caracteriza-se
como conjunto de normas ou princípios que têm por fim orientar as relações profissionais entre pares,
destes com os cidadãos, com as instituições a que servem, entre outros. como, por exemplo, o Código de
Ética da Enfermagem, Código de Ética Médica, etc. Assim como a atividade do médico e do enfermeiro está
norteada pelo Código de Ética, o socorrista também deve ter sua conduta orientada em um Código que o
obriga a prestar seu serviço de atendimento pré-hospitalar calçado em valores e deveres morais e
humanísticos, não menos importantes, que o dos códigos dos profissionais de saúde.
Ao longo do Curso, serão preconizados protocolos internacionais que conduzirão o socorrista a atingir
resultados de modo a que possam prestar socorro de forma adequada, contribuindo com os órgãos
competentes e à sociedade. Entretanto, a técnica não deve desvincular-se dos preceitos que regem a ética
que minimizam o sofrimento da vítima e humanizam a prestação de socorro, eis que a ruptura deste
equilíbrio afetará a eficácia do atendimento.
Para um atendimento pré-hospitalar de qualidade o socorrista deverá possuir além do equilíbrio
emocional e da competência técnico-científica, uma competência ética alicerçada nos valores humanísticos,
pois, humanizar o atendimento não é apenas chamar a vítima pelo nome, nem ter um sorriso nos lábios
constantemente, mas também compreender seus medos, angústias, insegurança e desconfiança, prestando-
lhe apoio e atenção permanente, dando-lhe a certeza de que não será abandonado (a) em nenhum momento
e que seus direitos serão respeitados.
O socorrista humanizado é aquele cujas ações tornam o atendimento a um traumatizado mais digno e
complacente com o seu sofrimento.
Um atendimento perfeito ocorre quando, mesmo com o sucesso do emprego de todas as técnicas dominadas
pelo socorrista, atende-se a dignidade da pessoa humana, angariando o respeito e a admiração da vítima e
de todos os envolvidos, pelo elevado grau de profissionalismo e respeito à dignidade humana.
1 Não focalizar somente o objeto traumático, para não limitar-se apenas às questões físicas, mas
também aos aspectos emocionais cujos danos podem tornar-se irremediáveis;
2 Manter sempre contato com a vitima, buscando uma empatia por parte da mesma cujos frutos serão
a confiança uma boa comunicação;
3 Prestar atenção nas queixas, tentando sempre que possível aliviar a dor da vítima;
4 Manter a vitima, sempre que possível, informada quanto aos procedimentos a serem adotados;
5 Respeitar o modo de vida do traumatizado;
6 Respeitar a privacidade e o pudor, evitando expor a vítima sem necessidade;
7 Não julgar a conduta social da vítima. O atendimento deverá ser imparcial; Ter atenção especial
com crianças e idosos.
Atendimento pré-hospitalar-APH
Atendimento pré hospitalar (APH) é o atendimento emergencial em ambiente extra-hospitalar (fora do
hospital). É um dos elos da cadeia de atendimento a vítimas sendo também conhecida como primeiros socorros ou
resgate.
É destinado às vítimas de trauma (acidentes de trânsito, acidentes industriais, acidentes aéreos etc), violência
urbana (baleado, esfaquado etc), mal súbito (emergências cardiológicas, neurológicas etc) e distúrbios
psiquiátricos visando a sua estabilização clínica e remoção para uma unidade hospitalar adequada.
APH é realizado por profissionais especialmente treinados, (auxiliares e técnicos de enfermagem, enfermeiros
e médicos), no Brasil estes serviços de APH são na maioria realizados pelo SAMU e pelo Corpo de Bombeiros,
equipes altamente treinadas prontas a darem o suporte básico de vida aos traumatizados. Estes são subdivididos em
Equipe de Salvamento, Equipe de Suporte Básico à Vida (SBV) e Equipe de Suporte Avançado à Vida (SAV).
Com o surgimento do Bombeiro Profissional Civil, esta atividade também passou a ser exercida pelos
mesmos dentro de unidades privadas ( shopping’s, eventos, etc...), uma vez que recebem treinamento
especializado para esta prática, iniciando-se assim o atendimento básico de primeiros- socorros e o acionamento
das equipes de resgate (SAMU, bombeiros).
Primeiros socorros
Primeiros socorros são uma série de procedimentos simples com o intuito de manter vidas em situações de
emergência, feitos por pessoas comuns com esses conhecimentos, até a chegada de atendimento médico
especializado.
O melhor é obter treino em primeiros socorros antes de se precisar usar os procedimentos em quaisquer situações
de emergência.
Diversas situações podem precisar de primeiros socorros. As situações mais comuns são para atender vítimas de
acidentes automobilísticos, atropelamentos, incêndios, tumultos, afogamentos, catástrofes naturais, acidentes
industriais, tiroteios ou para atender pessoas que passem mal: apoplexia (ataque cardíaco), ataques epilépticos,
convulsões, etc.
1 Princípios Básicos dos Primeiros Socorros 2 Salvar Vida ;
3 Evitar o agravamento das lesões;
4 Alivia a dor;
5 Estabilizar a vitima (manter o sinais vitais);
6 Realizar o Transporte adequado.
Conceitos Importantes :
Emergência: Situação em que a vida de uma pessoa encontra-se ameaçada naquele exato momento, requer
atenção imediata. Ex: Parada Cardio-respiratória
Urgência: Situação que embora mereça atenção, não coloca a vida da vitima em risco iminente. Ex: Entorse
Trauma: Energia vulnerante capaz de produzir lesão.
Sinal: É a informação obtida a partir da observação da vítima.
Sintoma: É a informação a partir de um relato da vítima.
Socorrista
É a pessoa técnicamente capacitada e habilitada para, com segurança avaliar e identificar problemas que
comprometem a vida. Cabe ao socorrista prestar o adequado socorro pré-hospitalar e o transporte da vítima sem
agravar as lesões já existentes.
Socorrista > decisões corretas > bons resultados > depende de uma base de conhecimentos sólidos.
Características básicas de um socorrista
1 Ter espírito de liderança
2 Ter bom senso, compreensão, tolerância e paciência;
3 Saber planejar e executar suas ações;
4 Saber promover e improvisar com segurança;
5 Ter iniciativas e atitudes firmes;
6 Ter, acima de tudo, o espírito de solidariedade humana, o “Amor ao Próximo”
7 Reconhecer suas limitações
8 Criatividade
Aspectos legais dos primeiros socorros
• Art. 135 – constitui crime deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à criança
abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou em grave e iminente perigo; ou não
pedir, nesses casos, o socorro da autoridade pública.
Pela lei, um indivíduo pode ser enquadrado em lesão corporal ou homicídio culposo quando incorre em um
ou mais dos seguintes elementos:
Negligência: Não tomar as devidas precauções.
Ex:. Dirigir com criança pequena no banco da frente.Se houver um acidente com vítimas, pode ser configurado
um homicídio culposo por negligência.
Imprudência: Agir de forma arriscada.
Ex:. Brincar com armas de fogo, atravessar farol vermelho etc...
Imperícia: Falta de técnica ou devido conhecimento. Geralmente aplicável a profissionais como médico,
bombeiro civil, o operário, etc..
Ex.: o socorrista que utilizar o reanimador manual (Ambu), sem executar corretamente, por ausência de prática, as
técnicas de abertura das vias aéreas, durante a reanimação.
Direitos da vítima
Recusa do atendimento
•Não discuta com a vítima.
• Não questione suas razões, principalmente se elas forem baseadas em crenças religiosas.
• Não toque na vítima, isto poderá ser considerado como violação dos seus direitos.
• Converse com a vítima, informe a ela que você possui treinamento em primeiros socorros, que irá respeitar o
direito dela de recusar o atendimento, mas que está pronto para auxiliá-la no que for necessário.
crianças,
A recusa do atendimento pode ser feita pelo pai, pela mãe ou pelo responsável legal. Se a criança é retirada do
local do acidente antes da chegada do socorro especializado, o prestador de socorro deverá, se possível, arrolar
testemunhas que comprovem o fato.
O consentimento pode ser
• formal, quando a vítima verbaliza ou sinaliza que concorda com o atendimento,
• implícito, quando a vítima esteja inconsciente, confusa ou gravemente ferida a ponto de não poder verbalizar ou
sinalizar consentindo com o atendimento.
Cada acidente é diferente de outro e, por isso, só se pode falar na melhor forma de socorro quando se sabe
quais as suas características.
Um veículo que está se incendiando, um local perigoso (uma curva, uma ponte estreita), vítimas presas nas
ferragens, a presença de cargas perigosas, etc, tudo isso interfere na forma do socorro.
Estas ações também vão ser diferentes caso haja outras pessoas iniciando os socorros, ou mesmo se você estiver
ferido.
Função do socorrista
1 Mantenha a calma;
2 Afaste os curiosos;
3 Evitar 2º trauma
4 Faça uma barreira com seu carro, protegendo você e a vítima de um novo trauma;
5 Chame uma ambulância;
6 Evite movimentos desnecessários da vítima, para não causar maiores e/ou novas lesões, ex. lesões na
coluna cervical , hemorragias ,etc;
7 Utilize luvas, para evitar contato direto com sangue ou outras secreções.(luvas descartáveis).
O importante é ter sempre em mente a seqüência dessas ações. E também saber que uma ação pode ser
iniciada sem que outra tenha sido terminada. Como, por exemplo, começar a garantir a segurança, sinalizando o
local, parar para pedir socorro e voltar depois a completar a segurança do local, controlando ainda toda a situação.
Com calma e bom senso, os primeiros socorros podem evitar que as conseqüências do acidente sejam ampliadas
(ABRAMET, 2005).
Avaliação da cena
O socorrista deverá avaliar o local da ocorrência, observando principalmente os seguintes aspectos (3 S):
1 Situação ( o que realmente aconteceu?, mecanismo de trauma e nª de vítimas);
2 Segurança ( potencial de risco, EPI’s);
3 Sinalização.
Figura: sinalização de cena de colisão moto x poste.
O socorrista deve avaliar minuciosamente o local do acidente;
Avaliar o mecanismo do trauma (cinemática do trauma);
Condições de segurança do cenário (a cena é segura?);
Solicitar auxílio (SAMU ou Bombeiros);
Isolar a área;
Sinalizar a área;
1 EM UM ACIDENTE COM VÍTIMAS, QUANDO POSSÍVEL, DEVEMOS MANTER O
TRÁFEGO FLUINDO POR VÁRIOS MOTIVOS. PARA A VÍTIMA O MAIS IMPORTANTE É:
2 A VIATURA DO RESGATE CHEGAR ATÉ ELA.
1 PARA EMPREGAR UMA PESSOA NA SINALIZAÇÃO DO ACIDENTE É NECESSÁRIO QUE:
1 ESTA FIQUE NA LATERAL DA PISTA SEMPRE DE FRENTE PARA O FLUXO DOS
VEÍCULOS.
Manter a Calma
Manter a calma é a primeira atitude que você deve tomar no caso de um acidente.
Cada pessoa reage de forma diferente, e é claro que é muito difícil ter atitudes racionais e coerentes na
situação: o susto, as perdas materiais, a raiva pelo ocorrido, o pânico no caso de vítimas, etc.
Tudo colabora para que as nossas reações sejam intempestivas, mal-pensadas. Deve-se ter cuidado, pois
ações desesperadas normalmente acabam agravando a situação.
Por isso, antes de agir, é fundamental recobrar rapidamente a lucidez, reorganizar os pensamentos e se
manter calmo.
Segundo a ABRAMET (2005), para ficar calmo após um acidente é imprescindível seguir o seguinte roteiro:
1) Parar e pensar! Não fazer nada por instinto ou por impulso;
2) Respirar profundamente, algumas vezes;
3) Ver se você sofreu ferimentos, caso seja um dos envolvidos;
4) Avaliar a gravidade geral do acidente;
5) Confortar os ocupantes do seu veículo;
6) Manter a calma. Você precisa dela para controlar a situação e agir.
2 Como Garantir a Segurança de Todos
As diversas ações num acidente de trânsito podem ser feitas por mais de uma pessoa, ao mesmo tempo.
Enquanto uma pessoa telefona, outra sinaliza o local e assim por diante. Assim, ganha-se tempo para o
atendimento, fazer a sinalização e garantir a segurança no local.
Os acidentes acontecem nas ruas e estradas, impedindo ou dificultando a passagem normal dos outros
veículos. Por isso, esteja certo de que situações de perigo vão ocorrer (novos acidentes ou atropelamentos), se
você demorar muito ou não sinalizar o local de forma adequada. Segundo a ABRAMET (2005), algumas regras
são fundamentais para você fazer a sinalização do acidente:
a) Iniciar a sinalização em um ponto em que os motoristas ainda não possam ver o acidente;
Não adianta ver o acidente quando já não há tempo suficiente para parar ou diminuir a velocidade. No caso
de vias de fluxo rápido, com veículos ou obstáculos na pista, é preciso alertar os motoristas antes que eles
percebam o acidente. Assim, vai dar tempo para reduzir a velocidade, concentrar a atenção e desviar. Então, não
se esqueça que a sinalização deve começar antes do local do acidente ser visível.
Nem é preciso dizer que a sinalização deverá ser feita antes da visualização nos dois sentidos (ida e volta),
nos casos em que o acidente interferir no tráfego das duas mãos de direção.
b) Demarcar todo o desvio do tráfego até o acidente;
Não é só a sinalização que deve se iniciar bem antes do acidente. É necessário que todo o trecho, do início da
sinalização até o acidente, seja demarcado, indicando quando houver desvio de direção. Se isso não puder ser
feito de forma completa, faça o melhor que puder, aguardando as equipes de socorro, que deverão completar a
sinalização e os desvios.
c) Manter o tráfego fluindo;
Outro objetivo importante na sinalização é manter a fluidez do tráfego, isto é, apesar do afunilamento
provocado pelo acidente, deve sempre ser mantida uma via segura para os veículos passarem.
Faça isso por duas razões: se ocorrer uma parada no tráfego, o congestionamento, ao surgir repentinamente,
pode provocar novas colisões. Além disso, não se esqueça que, com o trânsito parado, as viaturas de socorro vão
demorar mais a chegar.
Para manter o tráfego fluindo, tome as seguintes providências:
• Manter, dentro do possível, as vias livres para o tráfego fluir;
• Colocar pessoas ao longo do trecho sinalizado para cuidarem da fluidez;
• Não permitir que curiosos parem na via destinada ao tráfego.
d) Sinalizar o local do acidente;
Ao passar por um acidente, todos ficam curiosos e querem ver o que ocorreu, diminuindo a marcha ou até
parando. Para evitar isso, alguém deverá ficar sinalizando no local do acidente, para manter o tráfego fluindo e
garantir a segurança.
Existem muitos materiais fabricados especialmente para sinalização, mas na hora do acidente,
provavelmente, você terá apenas o triângulo de segurança à mão, já que ele é um dos itens obrigatórios de todos
os veículos. Use o seu triângulo e os dos motoristas que estejam no local. Não se preocupe, pois com a chegada
das viaturas de socorro, eles já poderão ser substituídos por equipamentos mais adequados e devolvidos aos seus
donos.
Outros itens que forem encontrados nas imediações também podem ser usados, como: galhos de árvore,
cavaletes de obra, latas, pedaços de madeira, pedaços de tecidos, plásticos etc.
À noite ou com neblina, a sinalização deve ser feita com materiais luminosos. Lanternas, pisca-alerta e faróis dos
veículos devem sempre ser utilizados.
O importante é lembrar que tudo o que for usado para sinalização deve ser de fácil visualização e não pode
oferecer risco, transformando-se em verdadeiras armadilhas para os passantes e outros motoristas.
O emprego de pessoas sinalizando é bastante eficiente, porém é sempre arriscado. Ao se colocar pessoas na
sinalização, é necessário tomar alguns cuidados:
• Suas roupas devem ser coloridas e contrastar com o terreno;
• As pessoas devem ficar na lateral da pista sempre de frente para o fluxo dos veículos;
• Devem ficar o tempo todo agitando um pano colorido para alertar os motoristas;
• Prestar muita atenção e estar sempre preparado para o caso de surgir algum veículo desgovernado.
As pessoas nunca devem ficar logo depois de uma curva ou em outro local perigoso. Elas têm que ser vistas, de
longe, pelos motoristas.
A sinalização deve ser iniciada, para ser visível pelos motoristas de outros veículos, antes que eles vejam o
acidente.
Não adianta falar em metros, é melhor falar em passos, que podem ser medidos em qualquer situação. Cada
passo bem longo (ou largo) de um adulto corresponde a aproximadamente um metro.
As distâncias para o início da sinalização são calculadas com base no espaço necessário para o veículo parar
após iniciar a frenagem, mais o tempo de reação do motorista. Assim, quanto maior a velocidade, maior deverá ser
à distância para iniciar a sinalização. Na prática, a recomendação é seguir a tabela abaixo, onde o número de
passos longos corresponde à velocidade máxima permitida no local.
Tipo da via Velocidade
máxima
permitida
Distância para início
da sinalização (pista
seca)
Distância para início da sinalização
(chuva, neblina, fumaça, à noite)
Vias locais 40 km/h 40 passos longos 80 passos longos
Avenidas 60 km/h 60 passos longos 120 passos longos
Vias de fluxo rápido 80 km/h 80 passos longos 160 passos longos
Rodovias 100 km/h 100 passos longos 200 passos longos
Não se esqueça que os passos devem ser longos e dados por um adulto. Se não puder, peça a outra pessoa
para medir a distância.
Como se vê na tabela, existem casos onde as distâncias deverão ser dobradas, como à noite, com chuva,
neblina, fumaça.
À noite, além de aumentar a distância, a sinalização deverá ser feita com materiais luminosos.
Existem ainda outros casos que comprometem a visibilidade do acidente, como curvas e lombadas. Veja
como proceder nestes casos:
Quando você estiver contando os passos e encontrar uma curva, pare a contagem. Caminhe até o final da
curva e então recomece a contar a partir do zero. Faça a mesma coisa quando o acidente ocorrer no topo de uma
elevação, sem visibilidade para os veículos que estão subindo.
e) Como identificar riscos para garantir mais segurança;
O maior objetivo deste manual é dar orientações para que, numa situação de acidente, você possa tomar
providências a fim de:
1. Evitar o agravamento do acidente, com novas colisões, atropelamentos ou incêndios;
2. Garantir que as vítimas não terão suas lesões agravadas por uma demora no socorro ou uma remoção mal feita.
Segundo a ABRAMET (2005), além das providências como acionar o socorro, sinalizar o acidente e assumir
o controle da situação, se deve também observar os itens complementares de segurança, tendo em mente as
seguintes questões:
• Eu estou seguro?
• Minha família e os passageiros de meu veículo estão seguros?
• As vítimas estão seguras?
• Outras pessoas podem se ferir?
• O acidente pode tomar maiores proporções?
Para isso, é preciso evitar os riscos que surgem em cada acidente, agindo rapidamente para evitá-los.
f) Os riscos mais comuns e quais os cuidados iniciais;
É só acontecer um acidente que podem ocorrer várias situações de risco. De acordo com a ABRAMET
(2005), as principais são:
Novas Colisões
Ao sinalizar adequadamente o local do acidente, seguindo as instruções anteriormente mencionadas, fica
bem reduzida a possibilidade de novas colisões. Porém, imprevistos acontecem. Por isso, nunca é
demais usar simultaneamente mais de um procedimento, aumentando ainda mais a segurança.
Atropelamentos
Adotar as mesmas providências empregadas para evitar novas colisões. Mantendo o fluxo de veículos na
pista livre. Orientando para que curiosos não parem na área de fluxo e que pedestres não fiquem caminhando pela
via.
Isolar o local do acidente e evitar a presença de curiosos. Fazer isso, sempre solicitando auxílio e
distribuindo tarefas entre as pessoas que querem ajudar, mesmo que estas precisem ser orientadas.
Incêndio
Sempre existe o risco de incêndio. E ele aumenta bastante quando ocorre vazamento de combustível. Nesses
casos é importante adotar os seguintes procedimentos:
• Afastar os curiosos;
• Se for fácil e seguro, desligar o motor do veículo acidentado;
• Orientar para que não fumem no local;
• Pegar o extintor de seu veículo e deixe-o, pronto para uso, a uma distância segura do local de risco;
• Se houver risco elevado de incêndio e, principalmente, com vítimas presas nas ferragens, pedir a outros
motoristas que façam o mesmo com seus extintores, até a chegada do socorro.
Há dois tipos de extintor para uso em veículo: o do tipo BC, destinado a apagar fogo em combustível e em
sistemas elétricos, e o do tipo ABC, que também apaga o fogo em componentes de tapeçaria, painéis, bancos e
carroçaria. O extintor tipo BC deverá ser substituído pelo tipo ABC, a partir de 2005, assim que expirar a validade
do cilindro (Resolução n.º 157 CONTRAN). Verifique o tipo do extintor e a validade do cilindro. Saiba sempre
onde ele está em seu veículo.
Normalmente, seu lugar é próximo ao motorista para facilitar a utilização. Dependendo do veículo, ele pode
estar fixado:
• no banco sob as pernas do motorista;
• na lateral próximo aos pedais;
• na lateral do banco do motorista;
• sob o painel do lado do passageiro.
É importante verificar também, como é que se faz para tirá-lo de sua posição. Não deixe para ver isso numa
emergência.
Nunca um extintor deve ser guardado no porta-malas ou em outro lugar de difícil acesso. O extintor
deve ser mantido sempre carregado e com a pressão adequada. A sua carga deve ser trocada conforme a
regulamentação de trânsito e, também, sempre que o ponteiro do medidor de pressão estiver na área vermelha.
Para usar o extintor, deve-se seguir as seguintes instruções:
• Manter o extintor em pé, na posição vertical;
• Quebrar o lacre e acionar o gatilho;
• Dirigir o jato para a base das chamas e não para o meio do fogo;
• Fazer movimentos em forma de leque, cobrindo toda a área em chamas;
• Não jogar o conteúdo aos poucos. Para um melhor resultado, empregar grandes quantidades de produto, se
possível com o uso de vários extintores ao mesmo tempo.
Explosão
Se o acidente envolver algum caminhão de combustível, gás ou outro material inflamável que esteja vazando
ou já em chamas, a via deve ser totalmente interditada, conforme as distâncias recomendadas e todo o local
evacuado.
Cabos de eletricidade
Nas colisões com postes é muito comum que cabos elétricos se rompam e fiquem energizados, na pista ou
mesmo sobre os veículos. Alguns desses cabos são de alta voltagem e podem causar mortes. Jamais tenha contato
com esses cabos, mesmo que ache que eles não estão energizados.
No interior dos veículos as pessoas estão seguras, desde que os pneus estejam intactos e não haja nenhum contato
com o chão. Se o cabo estiver sobre o veículo, elas podem ser eletrocutadas ao tocar o solo. Isso já não ocorre se
permanecerem no seu interior, pois o mesmo está isolado pelos pneus.
Outro risco é do cabo chicotear próximo a um vazamento de combustível, pois a faísca produzida poderá
causar um incêndio.
Mesmo não havendo esses riscos, não se deve mexer nos cabos, apenas isolar o local e afastar os curiosos.
Caso exista qualquer dos riscos citados ou alguém eletrocutado, recomenda-se usar um cano longo de
plástico ou uma madeira seca e, num movimento brusco, afastar o cabo. Não se pode fazer isso com bambu, metal
ou madeira molhada. Nem nunca imaginar que o cabo já esteja desligado.
Óleo e obstáculos na pista
Os fragmentos dos veículos acidentados devem ser removidos da pista onde há trânsito de veículos e, se
possível, jogar terra ou areia sobre o óleo derramado.
Normalmente, isso é feito depois pelas equipes de socorro, mas se houver segurança para adiantar esta ação,
pode-se evitar mais riscos no local.
Vazamento de produtos perigosos
Interditar totalmente a pista e evacuar a área, quando veículos que transportam produtos perigosos estiverem
envolvidos no acidente e existir algum vazamento. Fazer a sinalização como já foi descrito.
Doenças infecto-contagiosas
Hoje, as doenças infecto-contagiosas são uma realidade. É necessário evitar qualquer contato com o sangue
ou secreções das vítimas nos acidentes. Por isso, tenha sempre em seu veículo um par de luvas de borracha para
tais situações. Podem ser luvas de procedimentos usadas pelos profissionais ou simples luvas de borracha para
uso doméstico.
Limpeza da pista
Encerrado o atendimento e não havendo equipes especializadas no local, deve-se retirar da pista a
sinalização de advertência do acidente e outros objetos que possam representar riscos ao trânsito de veículos.
Como Controlar a Situação
É necessário observar se alguém já tomou a iniciativa e está à frente das ações, caso já tenha ocorrido
ofereça-se para ajudar.
Se ninguém ainda tomou a frente, verifique se entre as pessoas presentes há algum médico, bombeiro,
policial militar ou qualquer profissional acostumado a lidar com este tipo de emergência.
Se não houver ninguém mais capacitado, assuma o controle e comece as ações. Com calma você vai
identificar o que é preciso fazer primeiro, mas tenha sempre em sua cabeça que:
• A ação inicial define todo o desenvolvimento do atendimento;
• Você precisa identificar os riscos para definir as ações.
Nem todo mundo está preparado para assumir a liderança após um acidente. Este pode ser o seu caso, mas
numa emergência você poderá ter que tomar a frente.
Siga as recomendações adiante, para que todos trabalhem de forma organizada e eficiente, diminuindo o
impacto do acidente:
• Mostre decisão e firmeza nas suas ações;
• Peça ajuda aos outros envolvidos no acidente e aos que estiverem próximos;
• Distribua tarefas às pessoas, ou
• Forme equipes para executar as tarefas;
• Não perca tempo discutindo;
• Passe as tarefas mais simples, nos locais mais afastados do acidente, às pessoas que estejam mais
desequilibradas ou contestadoras;
• Trabalhe muito, não fique só dando ordens;
• Motive a todos, elogiando e agradecendo cada ação realizada (ABRAMET, 2005).
4 Como Pedir o Socorro
Solicite um socorro profissional o mais rápido possível, pois quanto mais cedo ele chegar, melhor para as
vítimas do acidente.
Atualmente, no Brasil contamos com diversos serviços de atendimento às emergências. As Unidades de
Resgate, pertencentes aos Corpos de Bombeiros, os SAMUs, os atendimentos das próprias rodovias ou outros
tipos de socorro, recebem chamados por telefone, fazem uma triagem prévia e enviam equipes treinadas em
ambulâncias equipadas. No próprio local, após uma primeira avaliação, os feridos são atendidos
emergencialmente para que, em seguida, possam ser transferidos aos hospitais.
São serviços gratuitos, que têm, em muitos casos, números de telefone padronizados em todo o Brasil. Use o
seu celular, o de outra pessoa, os telefones dos acostamentos das rodovias, os telefones públicos ou peça para
alguém que esteja passando pelo local que vá até um telefone ou um posto rodoviário e acione rapidamente o
Socorro.
Os telefones de emergência mais comuns
Serviços e telefones de emergência Quando acionar
Resgate do Corpo de Bombeiros - 193 • Vítimas presas em ferragens;
• Qualquer situação de risco envolvendo fogo
fumaça, faísca, vazamento de substâncias,
gases, líquidos, combustíveis, locais instáveis
como ribanceiras, valas, muros abalados, etc.
SAMU - Serviço de Atendimento Móvel de Urgência –
192
• Emergências clínicas;
• Mal súbito em via pública;
* Emergências traumáticas.
Iniciando o socorro às vítimas
Infelizmente, vão existir algumas situações que o socorro, mesmo chegando rapidamente e com equipamentos
e profissionais treinados, pouco poderá fazer pela vítima. Mesmo nestas situações difíceis, não se espera que
alguém não habilitado faça algo para o qual não esteja preparado ou treinado.
Segundo a ABRAMET (2005) são quatro os procedimentos que podem agravar a situação das vítimas:
• movimentar uma vítima
• retirar capacetes de motociclistas
• aplicar torniquetes para estancar hemorragias (cautela)
• dar alguma coisa para a vítima tomar
Atendimento Inicial
Exame Primário
CHECAR A RESPOSTA DA VÍTIMA · Ajoelhe-se ao lado da vítima ao nível de seus ombros.
· Estimule a vítima verbalmente e balançando levemente os ombros para avaliar o nível de consciência - Você está
me ouvindo?
· Uma resposta verbal da vítima indica a ausência da necessidade de RCP - Vítima viva.
Automatismo
- prioridades
- lesões com risco de morte
(falta de oxigenação adequada aos
tecidos choque)
Figura: vítima sendo avaliada
Caso a vítima esteja com o ventre para baixo, ela só deve ser movida se não responder a seus estímulos - vítima
inconsciente - e se não houver certeza da presença de respiração.
· Cuidado com a coluna cervical em casos de trauma (cheque a resposta da vítima olhando-a nos olhos, para
evitar que se vire).
NO CASO DE AUSÊNCIA NA RESPOSTA - ATIVE O SISTEMA SEM (LIGUE 192 ou 193) E INICIE O
ABC
A avaliação da vítima segue a seqüência alfabética (A, B, C, D e E) que aborda procedimentos para avaliar
rapidamente o acidentado, identificando e tratando os traumas que põem em risco sua vida.
Impressão geral (15 a 30s)
Estados:
- respiratório
- circulatório
- neurológico
A Liberar as vias aéreas
• Elevação do queixo
• Tração da mandíbula
Imobilizar coluna
cervical
• Colar cervical
B Verificar a respiração
(ver, ouvir e sentir)
• Caso haja ausência dos
movimentos respiratórios,
iniciar respiração
artificial.
C Verificar circulação
• Pulsação (se ausente
aplicar a RCP)
• Perfusão capilar
periférica
• Hemorragia
• Estado de Choque
D Avaliar nível de
consciência
• A – alerta
• C – confuso
• D – dor
• N – nenhum
E Exposição da vítima
• Vitima consciente
• Exame da cabeça aos pés
A -Desobstrução das vias aéreas e imobilização da coluna cervical
Consiste na liberação das vias aéreas da vítima, para que a mesma não fique impossibilitada de respirar.
Caso não ocorra a desobstrução, a vítima poderá morrer ou ter danos irreversíveis no cérebro.
A obstrução das vias aéreas superiores é a causa mais comum da parada respiratória.
· A queda da língua sobre a faringe é a causa mais comum de obstrução de vias aéreas superiores. Os corpos
estranhos são menos comuns.
· A desobstrução tem prioridade em pacientes que não respondem.
Manobras de abertura de vias aéreas:
Figura: abertura de via aérea com elevação do queixo.
Figura: tração da mandíbula.
* Patência das vias aéreas
• Perigo de obstrução
• Suspeita de lesão medular - alinhamento e imobilização de todo o corpo do paciente (colar cervical e prancha
rígida).
1 OBJETOS OU ALIMENTOS TAMBÉM PODEM CAUSAR OBSTRUÇÃO DAS VIAS AÉREA S
Nesses casos pode-se utilizar a
Manobra de Heimlich:
1º passo:
2 coloque a pessoa em pé, abrace-a pelas costas apertando com seus braços a região epigástrica (“boca”
do estômago) da pessoa.
2º passo:
Manobra de Heimlich em adulto inconsciente:
Compressões abdominais, varredura digital, verificar ausência de respiração, iniciar respiração artificial
(se necessário)
Manobra de Heimlich em crianças:
Utilizar menos força nas compressões, associar tapotagem (crianças pequenas)
Manobra de Heimlich em Bebês:
Não utilizar compressões abdominais! Combinar tapotagem (5) com compressões torácicas (5), varredura
digital (dedo mínimo) + respiração artificial (bebê inconsciente)
Manobra de Heimlich em você mesmo:
Cânula de Guedel:
Figura: medindo a numeração da cânula-da rima da boca ao lóbulo da orelha.
Figura: introduza invertida e gire-a.
Figura: posição final
Colocando o colar cervical:
Figura: imobilização de coluna cervical com colar cervical.
B- Respiração (ventilação)
1 Veja os movimentos respiratórios. Observe a simetria da expansão e contração do tórax e a ausência de
esforço para executar esses movimentos;
2 Ouça o ar entrando e saindo do nariz e da boca. Os sons devem ser como os que normalmente ouvimos na
respiração ( sem roncos, não estar ofegante);
3 Sinta o ar, entrando e saindo do nariz e da boca.
Administração de Oxigênio
• Freqüência ventilatória
- Apnéia (parada respiratória);
- Lenta
- Normal
- Rápida
-Muito rápida
=> Observar profundidade e freqüência
ventilatórias
Figura: ver, ouvir e sentir.
Figura: respiração boca-a-boca.
VENTILAÇÃO - BOCA - a - BOCA - Como fazer? 1
o - Obstrução do Nariz: obstrua o nariz com os dedos polegar e indicador com a mesma mão que inclina a cabeça.
2o - Ventilação (soprar o Ar): Adapte a sua boca à do paciente de forma que não haja vazamentos, e sopre o ar pela
boca da vítima.
· A cada ventilação o tórax deve se elevar, fato que confirma um boca-a-boca eficaz.
· Após a primeira ventilação você deve virar a sua cabeça lateralmente observando o tórax e aguardar os pulmões
se esvaziarem para fazer a segunda respiração artificial - total de 2 ventilações.
· Mantenha as vias aéreas desobstruídas na inspiração e expiração.
· O volume de ar insuflado deve ser o suficiente para elevar o tórax. No Lactente geralmente o ar contido na boca é
o volume suficiente para ventilar.
· Se o tórax não se elevar após a primeira ventilação - repita a hiperextensão do pescoço e tente novamente o boca-
a-boca - Se não resolver - pense em obstrução por corpo estranho e execute a manobra de Heimlich (ver adiante).
· As próteses dentárias só devem ser retiradas se estiverem fora do lugar.
· O socorrista sela sua boca sobre a boca da vítima e efetua duas ventilações completas com intervalo de 3 a 5
segundos entre cada uma.
· O tempo de insuflação de cada ventilação deve ser de 1 a 2 segundos. Ventilações mais rápidas causam distensão
gástrica e vômitos freqüentes. Em lactentes, inclua também o nariz na boca do socorrista (Boca-a-Boca/Nariz).
· O importante durante a ventilação boca-a-boca é a observação da elevação e abaixamento do tórax, o que
significa o bom resultado da sua manobra.
Freqüência respiratória:
1 Homem: 13 – 18 ipm ( insuflações por minuto);
2 Mulher: 15 – 20 ipm;
3 Recém-nascido: 30 – 50 ipm;
4 Prematuros: 30 – 110 ipm.
Figura: Ambu- reanimador manual
Figura: máscara Pocket Masc.
Tenha a certeza de desobstruir as vias aéreas para fazer este diagnóstico.
· Se não houver movimentação do tórax e fluxo de ar pela boca - parada respiratória (apnéia).
· Estas manobras de reconhecimento devem durar 5 segundos.
· A desobstrução das vias aéreas (A) e a avaliação da respiração (B) devem ser completadas em 10 a 15 segundos.
C- Circulação e sangramento
DETERMINAR O PULSO ARTERIAL NA ARTÉRIA CARÓTIDA · Ausência do pulso arterial da carótida - parada cardíaca.
· Em lactentes a verificação é feita no pulso braquial.
· A manobra de verificação do pulso deve levar de 5 a 10 segundos.
Figura: palpação de pulso carotídeo
COMPRESSÃO CARDÍACA EXTERNA
· Aplicação de pressão sobre o tórax da vítima fazendo o sangue circular por todo o corpo.
· Só deve ser iniciada se não houver pulso arterial ou sinais de circulação - Parada Cardíaca.
10 - Tenha certeza de que não há pulso arterial ou sinais de circulação - parada cardíaca.
20 - Localize o ponto ideal utilizando os dedos indicador e médio através do abdome, de baixo para
cima até localizar o encontro das duas últimas costelas. Neste ponto você encontrará um osso pontiagudo
chamado apêndice xifóide. O ponto ideal será dois dedos acima.
30 - Coloque uma mão sobre o dorso da outra, com os dedos entrelaçados em flexão dorsal, e com os punhos em
extensão palmar.
40 - Com os cotovelos estendidos em angulo reto, debruçado sobre a vítima e usando o seu próprio peso, faça
pressão sobre o osso esterno de forma perpendicular sem apoiar-se sobre as costelas.
50 - Na compressão você deve fazer uma depressão aproximada de 3 a 5 cm no adulto. Em crianças a região de
compressão cardíaca é a mesma do adulto, porém utiliza-se menor força, e somente uma mão. No lactente
coloque o dedo indicador na linha imaginária entre os dois mamilos e suspenda o dedo indicador mantendo os
dedos anelar e médio- dois dedos - realizando a compressão de 1 a 3 cm.
60 - Faça a compressão cardíaca sem retirar a mão do local marcado permitindo ao tórax retornar ao normal. O
tempo de compressão e descompressão devem ser o mesmo. A velocidade de compressões é de 100 vezes por
minuto para adultos e crianças. Em lactentes devemos fazer 120 compressões cardíaca por minuto.
1 Para cada 30 compressões cardíacas 2 movimentos respiratórios. Seguir a seqüência até a chegada
do socorro médico ou até o recuperação dos movimentos cardíacos e respiratórios espontâneas.
QUANDO INICIAR AS MANOBRAS?
Confirmada a PCR, a RCP deve ser iniciada em todos os pacientes, exceto em 3 situações:
Rigor mortis (enrigecimento cadavérico).
Livores (mancha violácea em dorso).
Decomposição corporal (falta parte do corpo, putrefação ou outros).
QUANDO PARAR AS MANOBRAS?
Uma vez iniciada a RCP só pare quando:
Houver resposta e forem restabelecidas as funções respiratória e os batimentos cardíaco.
Houver exaustão do socorrista.
A chegada de uma equipe médica (Suporte Avançado de Vida).
· Existem casos de sucesso na reanimação em afogamento após 2 horas de RCP.
COMPLICAÇÕES DA RCP
· Siga as técnicas correta de RCP para minimizar as complicações.
· Mesmo seguindo as técnicas corretas podem ocorrer: fraturas de costelas e esterno, pneumotórax (ar em tórax),
hemotórax (sangue em tórax), trauma pulmonar, lacerações do fígado e/ou baço, e embolia gordurosa.
PROGNÓSTICO APÓS RCP
· O melhor resultado da RCP ocorre quando o Suporte Básico de Vida é iniciado em até 4 minutos, seguido pelo
Suporte Avançado de Vida em até 8 minutos.
· As melhores respostas a RCP ocorrem em: Infarto agudo do miocárdio, casos de fibrilação ventricular,
hipotermia, "overdose", obstrução de vias aéreas, parada respiratória primária e afogamento.
· Existem casos de afogamento atendidos por nosso grupo, que foram reanimados com mais de 15 minutos de
submersão, sem seqüelas, o que justifica todo empenho realizado nestes casos.
RISCO DE TRANSMISSÃO DE DOENÇAS DURANTE A RCP
· A maioria das RCP feita pelos guarda-vidas é realizada em vítimas não conhecidas.
· Em qualquer situação de emergência existe a exposição a alguns líquidos corpóreos com risco de transmissão de
doenças para o guarda-vidas e para a vítima.
· Embora algumas doenças possam ser potencialmente transmissíveis entre duas pessoas que se expõem, a
preocupação maior é com as doenças mais graves como a hepatite B e a AIDS. Ambas raramente são
transmissíveis durante a RCP, e os casos relatados até hoje foram decorrentes da
contaminação por sangue ou pela penetração inadvertida da pele por instrumentos cirúrgicos.
· A transmissão de Hepatite B e AIDS jamais foi documentada até hoje em casos de ventilação Boca-a-Boca.
· Recomenda-se a vacinação para hepatite tipo B em todos os socorristas.
Figura: RCP em crianças
Figura: RCP em bebês
Posicionar a vítima adequadamente após reanimação
Figura: posição de recuperação
Erros mais comuns nas manobras de Reanimação Cardiopulmonar
Extensão da cabeça (muito brusca ou incorreta)
Não apertar o nariz
Não soprar com pressão suficiente
Não contar durante a manobra
Comprimir o peito no local incorreto
Flexionar os joelhos durante as compressões
Flexionar os braços durante as compressões.
D
E
A
–
Salvando vidas com a desfibrilação automática externa
Com a recente introdução dos desfibriladores automáticos externos (DAE), foi estabelecido mais um elo entre o leigo e
as equipes de emergência: a desfibrilação precoce, com aumento significativo da taxa de sobrevivência. Os desfibriladores
permitem que o pessoal de emergência (policiais, bombeiros, enfermeiros), que não possuem treinamento avançado e nem
habilidades para o diagnóstico de arritmias, salvem vidas.
Atualmente recomenda-se que os desfibriladores automáticos externos estejam disponíveis em locais onde exista uma
grande concentração de pessoas, como por exemplo, estádios desportivos, centros comerciais, industriais e militares,
auditórios ou centros de conferência, aeroportos, navios e aviões. Recomenda-se, ainda, que um número cada vez maior de
pessoas seja treinada em seus protocolos e procedimentos de uso. Em Londrina, PR, o uso de desfibriladores é obrigatório
há cerca de dois anos em locais públicos que concentrem mais de mil pessoas.
Existem diferentes modelos de aparelhos e diferentes protocolos para a utilização dos desfibriladores automáticos
externos e o objetivo deste artigo é apenas oferecer uma visão geral desses aparelhos. Para a sua utilização, faz-se necessário
treinamento adequado e supervisão médica.
O que é a desfibrilação automática externa?
A desfibrilação cardíaca é um procedimento de atendimento pré-hospitalar que, nos países desenvolvidos, tem salvado
inúmeras vidas de pessoas vítimas de parada cardiorrespiratória.
A desfibrilação pode ser definida como o uso terapêutico do choque elétrico de corrente contínua, com grande
amplitude e curta duração, aplicado no tórax ou diretamente sobre o miocárdio. Durante uma atividade elétrica cardíaca
irregular, a desfibrilação despolariza todas as células cardíacas, permitindo o reinício do ciclo cardíaco normal, de forma
organizada em todo o miocárdio.
A importância da desfibrilação
Nos casos de parada cardíaca súbita, o ritmo mais freqüentemente observado é a fibrilação ventricular, onde o único
tratamento realmente eficaz é a desfibrilação elétrica. É importante lembrar que a probabilidade de sucesso na desfibrilação
decai rapidamente com o passar do tempo e a fibrilação ventricular tende a se transformar em assistolia em poucos minutos.
Estas considerações justificam que, em caso de parada cardíaca, a desfibrilação deva ser realizada o mais
precocemente possível. Além disso, é importante saber que, em caso de fibrilação ventricular, muitos adultos podem
sobreviver neurologicamente bem, mesmo se os desfibriladores forem usados tardiamente, após 6 a 10 minutos.
A RCP, realizada enquanto se espera pela desfibrilação, prolonga a fibrilação ventricular e conserva o miocárdio e o
cérebro. Isoladamente, no entanto, dificilmente converte uma fibrilação ventricular em ritmo regular.
Obviamente o sucesso da desfibrilação depende das condições metabólicas do miocárdio. Quanto maior a duração da
fibrilação ventricular, maior a deterioração metabólica e, conseqüentemente, menor a chance do choque elétrico convertê-la
a ritmo regular. Porém, se a mesma é de curta duração, como nos casos de parada cardíaca rapidamente atendida por pessoal
treinado em suporte básico, quase sempre a resposta ao choque é positiva. Isto justifica cada vez mais o treinamento de
leigos em emergência médica nos casos de parada cardíaca.
Fora do ambiente hospitalar, saber como proceder pode fazer a diferença. O uso dos desfibriladores automáticos
externos por leigos tem sido cada vez mais difundido e comprovadamente esse procedimento tem reduzindo o tempo entre o
colapso e a desfibrilação.
Como funciona?
Podemos dizer que o desfibrilador automático externo é um equipamento eletrônico que permite aplicar choques no
coração da vítima. Sabemos que o objetivo desses choques é o de restabelecer o ritmo cardíaco normal. Tais equipamentos
possuem pás adesivas que conectam-se com o tórax da vítima, transmitindo o sinal elétrico que vem do coração para análise
do ritmo cardíaco e, se for necessário, determinando automaticamente o choque a ser aplicado. O aparelho também possui
um gravador que registra o eletrocardiograma e as informações sobre o choque emitido.
A American Heart Association (AHA) reconheceu a importância da desfibrilação precoce como fator crítico,
comprovando que tal procedimento aumenta significativamente as chances de se restabelecer os batimentos cardíacos após
uma parada. Assim sendo, a AHA desenvolveu a idéia da Corrente da Vida, formada pelos seguintes elos e que devem estar
fortemente ligados:
1. Avaliação da vítima;
2. RCP precoce;
3. Desfibrilação precoce;
4. Suporte cardíaco avançado.
Quando usar o DEA?
Sempre que o coração torna-se arrítmico, ou seja, quando ele perde a possibilidade de bater de forma ordenada, o
sangue deixa de ser bombeado e conseqüentemente o oxigênio e nutrientes não chegam aos órgãos, iniciando um processo
degenerativo conhecido como morte biológica.
Sabemos que a fibrilação ventricular (FV) é a arritmia mais comum encontrada nos casos de parada cardiorrespiratória
em adultos.
A taquicardia ventricular (TV) é a segunda forma de arritmia mais comum e que também compromete a eficiência
cardíaca.
A maioria das pessoas que sofre morte súbita fora do hospital, encontra-se inicialmente em FV, antes de entrar em
assistolia; nos casos documentados em que há a monitorização cardíaca contínua, observa-se que mais de 60% dos casos
apresentam TV por curto espaço de tempo antes de entrar em FV.
Está bem estabelecido que o tratamento mais eficiente da FV é a desfibrilação elétrica, e que o fator mais importante
para a sobrevivência é a rapidez com que se aplica o tratamento.
Por isso, o DEA só deve ser utilizado se forem encontradas as seguintes circunstâncias:
1. Vítima inconsciente;
2. Sem respiração;
3. Sem pulso carotídeo.
Os três primeiros choques são dados numa seqüência de 200-300-360 joules ou 200-200-360 joules. Todos os choques
dados além desta seqüência serão de 360 joules. A equipe médica determinará o protocolo a ser seguido a partir da
desfibrilação e, se for preciso, a remoção da vítima.
Caso a vítima volte a apresentar pulso, será necessário suporte avançado de vida, segundo os protocolos do Advanced
Cardiac Life Support (ACLS).
A seguir algumas considerações importantes quanto ao uso do DEA:
1. Não é indicado para crianças menores de 8 anos ou com menos de 40 quilos;
2. Vítimas de trauma requerem transporte imediato e o mesmo não deverá ser retardado pela desfibrilação;
3. Medicamentos sob a forma de adesivos devem ser removidos antes de se iniciar a desfibrilação;
4. Pacientes hipotérmicos podem não responder bem à desfibrilação. Existem diferentes protocolos locais para tais
situações;
5. Marca-passos podem alterar a eficiência do DEA;
6. Uma vez iniciada a remoção, a desfibrilação deverá ser interrompida.
Precauções, segurança e manutenção dos desfibriladores
O pessoal encarregado do uso do desfibrilador deve seguir as normas para a segurança do paciente, bem como dos
membros da equipe presentes durante a descarga de energia.
É necessário manter um protocolo de prova e manutenção do equipamento.
Antes do início de um procedimento, deve-se ter à disposição um desfibrilador previamente testado.
Uma das precauções importantes é evitar proceder às descargas elétricas quando não há indicação clínica para tal.
Lembre-se que ondulações irregulares no monitor podem ser produzidas por artefatos como, por exemplo, quando o
paciente treme ou por uma interferência elétrica.
É essencial verificar se há presença ou ausência do pulso arterial antes de se proceder à desfibrilação.
É importante, depois de cada uso, limpar os eletrodos e os fios do desfibrilador, bem como todo o restante da
unidade, utilizando um pano úmido com água e detergente líquido.
Se a unidade não tiver sido utilizada, é necessário limpar sua superfície, periodicamente, com um pano umedecido
c
o
m
á
g
ua.
Protocolo para desfibrilação automática externa (segundo a SBC*)
Primeiro reanimador
1. Certificar-se de que o paciente está inconsciente. Pedir ajuda.
2. Abrir a via respiratória. Verificar a respiração. Proceder a duas ventilações.
3. Verificar o pulso. Se não houver pulso solicitar imediatamente o desfibrilador.
4. Começar com as compressões torácicas externas.
Segundo reanimador
1. Colocar o desfibrilador automático próximo ao paciente.
2. Ligar a unidade.
3. Conectar os eletrodos ao cabo.
4. Colocar o eletrodo branco debaixo da clavícula direita na parte paraesternal direita. Colocar
o eletrodo vermelho no lado esquerdo do tórax, dois centímetros abaixo do mamilo.
5. Ordenar a interrupção da RCR e afastar-se do paciente.
6. Ativar o analisador.
7. A unidade mostra que o choque está “indicado” e ordena “afaste-se”.
8. A unidade procede à 1ª desfibrilação de 200 joules. Em unidade semi-automática, o 2º
reanimador ativa manualmente o choque.
9. Repetir a seqüência indicada pelo analisador e, se houver ordem de choque, proceder à 2ª
descarga com 300 joules. Repetir o mesmo para a 3ª análise e choque; o 3º choque está
programado para 360 joules. Não proceder a RCR entre as 3 descargas.
10. Se o paciente continuar em FV (sem pulso) depois de 3 descargas consecutivas, continuar
com a RCR por 1 minuto e recomeçar com outras 3 desfibrilações se forem necessárias.
11. Quando a unidade emitir a mensagem “choque não indicado”, o reanimador deverá
verificar o pulso: se presente, manter os eletrodos no tórax e monitorar; se ausente, indicar
dissociação eletromecânica ou assistolia, continuando com a RCR.
Protocolo para um só reanimador com desfibrilador automático externo
(segundo a SBC*)
1. Verificar a inconsciência.
2. Abrir a via respiratória.
3. Verificar a respiração.
4. Dar duas ventilações.
5. Verificar pulso carotídeo.
6. Na ausência de pulso, ligar o desfibrilador automático externo.
7. Conectar os cabos aos eletrodos.
8. Colocar os eletrodos na posição adequada no tórax.
9. Ativar o analisador.
10. Se o choque estiver “indicado”, dar ordem de “afastar-se”. Choques de 200-300-360 joules,
ativando o analisador entre os choques.
11. Verificar o pulso e, se ausente, proceder RCR por 1 minuto.
12. Repetir a série de 3 desfibrilações, se houver indicação.
13. Se depois de qualquer desfibrilação, a unidade registrar que o choque não está “indicado”,
verificar o pulso: se presente, parar a RCR e desfibrilações; se ausente, continuar a RCR.
*Para saber mais acesse o site da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) em www.cardiol.br.
Conheça o programa do curso de primeiros socorros e RCP da PDIC.
Avaliação do comprometimento ou da falência do sistema circulatório:
• Tipos de hemorragia externa
- Sangramento capilar
- Sangramento venoso
- Sangramento arterial
Controle da hemorragia
- Pressão direta
- Elevação
- Pontos de pressão
- Torniquete
Figura: compressão direta em corte e elevação do membro
Figura: torniquete (usado com cautela em casos extremos)
• Suspeita de hemorragia interna
exposição do abdome
exposição do abdome
sinais de lesão
fratura pélvica
Perfusão
- Pulso
- Pele
* cor
* temperatura
* umidade
* tempo de enchimento capilar
D -Incapacidade (avaliação neurológica)
• Nível de consciência = medida
indireta da oxigenação cerebral
• Doente agressivo, combativo ou que não coopera hipóxia
• Histórico
• Diminuição de nível de consciência
- Oxigenação cerebral diminuída
- Lesão do SNC
- Intoxicação por drogas ou álcool
- Distúrbio metabólico
• Escala de Coma de Glasgow
– Abertura ocular
–Melhor resposta verbal
–Melhor resposta motora
* <8 : lesão grave
* 9 a 12 : lesão moderada
* 13 a 15 : lesão mínima
• Pupilas
Figura: anisocoria (pupilas desiguais), sinal de comprometimento neurológico.
• AVDI
A – Alerta
V – Responde a estímulo verbal
D – Responde a estímulo doloroso
I – Inconsciente
E - Exposição e proteção do ambiente
• Tirar as roupas do paciente
• “A parte do corpo que não está exposta pode ser a parte mais gravemente afetada”
• Acúmulo de sangue e absorção
• Conservação do calor corporal
Figura: a exposição do corpo da vítima permite expor lesões escondidas pelas roupas
Exame secundário
• Avaliação da cabeça aos pés
• Região por região, concluindo com exame neurológico detalhado
• Identificar lesões que não foram encontradas no exame primário
• Doente traumatizado grave
• História AMPLA
A – alergias
M –medicações
P – passado médico e antecedente cirúrgico
L – líquidos e alimentos ingeridos
A – ambiente e eventos que levaram ao trauma
• Relatório de Atendimento Pré-Hospitalar (RAPH)
- Registro legal- “Se não estiver no relatório, não foifeito”
Rinorragia Anisocoria
Exame físico: Pescoço Abdome
Tórax: ausculta e expansão pulmonar
Genitais
Membros Pelve
Exame do dorso
1 Rolamento de 90º
2 Exame do pescoço
3 Reg. Dorsal
4 Reg. glútea
Figura: exame do dorso. Observar que no rolamento lateral se deve manter o alinhamento da coluna vertebral.
TRANSPORTE DE FERIDOS
REMOÇÃO E TRANSPORTE DE VÍTIMAS
_ O conhecimento das várias técnicas de resgate é muito importante para iniciarmos o socorro.
_ O emprego de uma técnica errada pela equipe de resgate é arriscado para a vítima, que pode desenvolver o 2º
trauma, e arriscado para o próprio socorrista que pode desenvolver lesões musculares ou lesões na coluna.
_ A escolha da técnica utilizada no transporte das vítimas varia com a situação, com o risco no local , número
de socorristas e estabilidade do paciente.
EXTRICAÇÃO
Conjunto de manobras que tem como objetivo retirar o individuo de um local de onde ele não pode ou não
deve sair por seus próprios meios.
DESENCARCERAMENTO
É um tipo de extricação, porém o objetivo é retirar as ferragens e os escombros de cima da vítima.
ENCARCERAMENTO
É quando a vitima se encontra presa através de obstáculos físicos que podem ocorrer em situações de colisões
ou desabamentos
INDICAÇÕES DE EXTRICAÇÃO
1- Obstáculos físicos
2- Inconsciência
3- Risco de lesões secundárias
4- Combinação destes fatores
TÉCNICAS DE EXTRICAÇÃO
Existem duas técnicas de Extricação: A nossa escolha será feita de acordo com as condições do local e a gravidade do
paciente.
1- PADRÃO
Serve para cenas seguras e vitimas estáveis, ela emprega equipamentos de imobilização e deve ser a técnica
preferida.
2- RÁPIDA
Quando o paciente está instável ou quando há risco no local utilizando pouco ou nenhum equipamento.
Chave de Rauteck :Manobra desenvolvida para retirar, sem equipamento, rapidamente a vitima de um
acidente automobilístico, não encarcerada, e movimentando o mínimo possível a sua
coluna. É indicado quando existe risco iminente de vida para a vitima.
CONCEITO
Remoção da vítima de um local perigoso para um seguro e deve ser feito por pessoas treinadas e em algumas situações
com equipamentos especiais.
INDICAÇÕES:
Vítimas inconscientes.
Vítimas com queimaduras grandes.
Hemorrágicos.
Envenenados .
Chocados.
Vítimas sob suspeita de fraturas, luxações e entorses .
CUIDADOS:
Tem que verificar o que é mais grave no momento;
Observar os sinais vitais;
Controlar hemorragia;
Imobilizar (se houver suspeita de fratura);
Evitar ou controlar estado de choque;
Manter o corpo da vítima em linha reta;
Cada parte do corpo deve ser apoiada;
Em caso de suspeita de envenenamento , não deixar a vítima andar;
TIPOS DE TRANSPORTE
De apoio:
Auxiliar na locomoção, pode ser realizado com um ou dois socorristas. Para longas distâncias. Indicado para casos de
luxações, entorses, fraturas de membros inferiores (sem hemorragia). Não é indicado para envenenados.
-
Lua-de-mel:
Faz-se carregando a vítima, como noivos. Para longas distâncias. Indicado para transporte de pessoas inconscientes
sem suspeita de lesão da coluna.
Pegada de Bombeiro:
Indicado para remoção de vítimas com dificuldade de movimentação ou inconscientes. Contra indicado para suspeita
de lesão de colunas. Deve ser realizado por pessoas treinadas, pois pode machucar a vítima.
1.Segure a vítima, como na figura 1.
2.Levante-a, como na figura 2.
3.Apóie-a de pé, como na figura 3.
4.Ajoelhe-se e erga-a, como na figura 4.
Pegada pelas extremidades:
É o transporte utilizado com dois socorristas.
O socorrista que apoiará o tórax da vítima passa os seus braços por baixo da mesma e cruza-o sobre o peito da vítima.
As costas da vítima deve estar em contato com o peito do socorrista. O outro socorrista irá ajoelhar-se, colocar as pernas da
vítima sobre as suas, abraçar as pernas da vítimas e se levantar.
De arrasto:
Para curtas distâncias. Há várias formas de transporte de arrasto como usando lençol ou pelos braços. Indicado para
vítimas com suspeita de lesão colunar. Deve-se manter a cabeça da vítima imóvel durante o transporte.
De cadeira:
Faz-se com a vítima sentada na cadeira. Deve ser realizado por duas pessoas. Retirada de vítimas de locais onde seja
inviável o transporte de arrasto, dentre outros.
Figura: padiola feita com camisetas e madeira
Anatomia Humana
Estuda grandes estruturas e sistemas do corpo humano.
O corpo sempre foi objeto de curiosidade por ser uma engrenagem misteriosa. Esse fato levou com que cada
área do conhecimento humano apresentasse possíveis definições para o corpo como seu objeto de estudo.
Planos que delimitam o corpo
Ventral ou anterior
Dorsal ou posterior
Cranial ou superior
Inferior ou podálico(de podos = pé)
Lateral esquerdo e direito
Figura: divisão do abdome em 4 quadrantes.
Anatomia e fisiologia do sistema esquelético:
A estrutura de suporte do corpo é uma armação de ossos articulados chamada Esqueleto.
Ele permite ao homem manter-se ereto e realizar feitos extraordinários de beleza artística, esforço atlético e resistência
física.
Ao contrário do que aparentam , os ossos do esqueleto de um indivíduo são na realidade tecidos vivos.
Funções
• Suporte de tecidos circunjacentes
• Proteção dos órgãos vitais
• Auxiliar no movimento do corpo
• Produz células sanguíneas ( hematopoiese )
• Armazenamento sais minerais especialmente ( fósforo e cálcio )
Organização do Sistema Esquelético
Existem 206 ossos no esqueleto
Esqueleto Axial
1 Ossos do crânio e da face
2 Coluna Vertebral
3 Esterno
4 Costelas
Esqueleto Apendicular
Cintura Escapular ( Clávicula e Escápula )
1 Ossos do Membro Superior
1 Cintura Pélvica ( Sacro e Ilíaco e Cóccix )
1 Ossos do Membro Inferior
Classificação dos Ossos
1 Ossos Longos ( ex.: úmero e tíbia)
1 Curtos ( ex: carpo e tarso)
1 Planos ( ex costelas, escápula, ossos parietais e coxais)
1 Irregulares ( ex: vértebras, ossículos da orelha)
1 Sesamoiedes ( ex: Patela )
Coluna vertebral
Fraturas
Figura: fratura exposta em vários locais em perna D
1. Uma quebra no osso ou na cartilagem é denominado fratura
2. Uma fratura pode ser simples ou composta
1. Pode ser Completa ou Incompleta, dependendo da fratura se estender parcial ou totalmente através do osso
2. A fratura quanto a direção é classificada em : Transversa, Oblíqua, longitudinal ou espiral.
1. Numa fratura cominutiva o osso se divide em mais de 2 segmentos.
1 Sinais e Sintomas:
– Dor
– Impotência funcional
– Deformidade
– Aumento de volume
– Crepitação
1. Classificação
– Fratura fechada -pele íntegra
– Fratura aberta - comunica-se com o meio externo
Figura: fratura fechada com deformidade e após fratura aberta de tíbia e fíbula.
Atendimento:
2
– ABCDE
– Acionar serviço pré-hospitalar se existir
– Não mover a vítima até imobilizar a fratura
– Deixar as talas firmes
– Imobilizar incluindo articulação proximal e distal, uma acima e outra abaixo da fratura
– Conter hemorragias - proteja o ferimento com gaze ou pano limpo antes de qualquer procedimento.
– Evitar hipotermia
– Conduzir a vítima ate local de atendimento definitivo
1 Atendimento - Imobilizações
– Ossos longos - tração suave e alinhamento
– Articulações - Imobilizar na posição que se encontra
– Imobilizar do distal para o proximal, ou seja dos dedos para o tronco
– Não apertar as ataduras até garrotear o membro
– Deixar as extremidades á vista para se verificar a perfusão tecidual (enchimento capilar)
– Fraturas abertas - Controlar sangramento e curativo, alinhamento mínimo para imobilização
– Se houver exposição óssea -NÃO TENTAR COLOCAR O OSSO NO LUGAR
Figura: paciente com fratura em perna D imobilizada com talas de papelão improvisadas.
Figura: imobilização de perna com tala moldável e atadura.
Figura: imobilização de MSE
Figura: tipóia imobilizando MSD
O atendimento correto evita o agravamento das lesões reduzindo a dor e o sangramento
1 Coluna
– ABCDE
– Não manipular
– Imobilização
– Acionar serviço Pré-hospitalar
– Remoção adequada
Figura: prancha rígida e colar cervical para imobilização de coluna vertebral
1 Fêmur
– ABCDE
– Manter vítima deitada e aquecida
– Fazer leve tração mantendo o membro em posição normal
– Imobilizar
– Acionar o serviço pré-hospitalar
Figura: fratura exposta de perna E com fragmentação óssea
Figura: fraturas expostas de fêmur com perda óssea.
Figura: paciente imobilizado por equipe de resgate
LUXAÇÕES
Perda da congruência ( relação normal) entre duas superfícies ósseas
1 ARTICULAÇÕES MAIS COMUNS (ombro ,cotovelo e quadril)
2 TRAUMA DIRETO OU INDIRETO – QUEDAS
3 CONTRAÇÕES MUSCULARES INTENSAS
SINAIS E SINTOMAS
1 DOR
2 DEFORMIDADE LOCAL
3 IMPOTÊNCIA FUNCIONAL
4 PALIDEZ LOCALIZADA
5 EDEMA
6 ENCURTAMENTO OU ALONGAMENTO
7
Tratamento :
Imobilização e condução a serviço médico
TORÇÕES E OU ENTORSES
1 É a torção forçada de uma articulação, que estira , ou rompe, seus ligamentos mas não desloca os ossos. Os
ligamentos são estendidos além de suas capacidades.
2 Comuns nos membros inferiores (principalmente nos joelhos e tornozelos)
3 È a separação momentânea das superfícies ósseas ao nível da articulação.
Sinais e Sintomas
1 Dor intensa à movimentação
2 Considerável inchação – decorrente da ruptura dos vasos sangüíneos
3 Equimose no local – Extravasamento de líquidos (sangue) levando aos hematomas.
4 Dor local imediata
5 Aumento da temperatura
6 Dificuldade para movimentar ou apoiar o membro acometido
Conduta
1 Evite movimentar a região atingida
2 Aplique compressas geladas ou saco de gelo nas primeiras 48 horas.
3 Imobilize a região, como no caso da fratura fechada.
4 Coloque o acidentado em repouso
CONTUSÕES
1 É causada por uma batida em partes moles, sem fratura. Geralmente as partes lesadas constituem músculos,
fáscias e ligamentos.
Sinais e Sintomas
1 Na região surge uma hiperemia (vermelhidão)
2 Se houver rompimento de algum vaso (veia), ficará um hematoma (roxo).
Sistema muscular
É o conjunto de órgãos (músculos) que lhes permite moverem-se, tanto externa, como internamente.
Os músculos estriados são controlados pela vontade do homem, e por serem ligados aos ossos permitem a
movimentação do corpo. Os músculos lisos são involuntários e trabalham para movimentar os órgãos internos
(exemplo: movimentos do esôfago). O músculo cardíaco é um músculo estriado, que move o coração.
Sistema cardiovascular
Figura: coração
O sistema circulatório é constituído por: coração, vasos sanguíneos (artérias, veias e capilares). É o
responsável, através do transporte do sangue, pela condução, distribuição e remoção das mais diversas substâncias
dos e para os tecidos do corpo. Também, é essencial à comunicação entre vários tecidos.
A circulação sistêmica ou grande circulação inicia-se na aorta, seguindo pelos seus ramos arteriais e na
seqüência pelas arteríolas sistêmicas, capilares sistêmicos, vênulas sistêmicas e veias sistêmicas, estas se unindo
em dois grandes troncos, a veia cava inferior e a veia cava superior. Ambas desaguam no átrio direito do coração.
Sua primeira porção transporta sangue arterial. Nos capilares sistêmicos o sangue perde oxigênio para os tecidos e
aumenta seu teor de gás carbônico, passando a ser sangue venoso.
Funções
É responsável por conduzir elementos essenciais para todos os tecidos do corpo: oxigênio para as células,
hormônios (que são liberados pelas glândulas endócrinas) para os tecidos, condução de dióxido de carbono para
sua eliminação nos pulmões, coleta de excreções metabólicas e celulares, entrega de excreções nos órgãos
excretores, como os rins, transporte de hormônios, tem importante papel no sistema imunológico na defesa contra
infecções, termo-regulação: calor, vasodilatação periférica; frio, vasoconstrição periférica. Transporte de
nutrientes desde os locais de absorção até às células dos diferentes órgãos.
Figura: sistema circulatório: grande e pequena circulação.
O coração é um órgão muscular oco que bombeia o sangue de forma que circule no corpo.
Nos seres humanos o percurso do sangue bombeado pelo coração através de todo o organismo é feito em
aproximadamente 50 segundos em repouso.
Neste tempo o órgão bombeia sangue suficiente a uma pressão razoável, para percorrer todo o corpo nos
sentidos de ida e volta, transportando assim, oxigênio e nutrientes necessários às células que sustentam as
atividades orgânicas.O coração se localiza na caixa torácica, entre os pulmões. É um órgão muscular,pode se
contrair e se relaxar.
Utiliza-se a palavra pulso para designar o ritmo da pulsação arterial, que se pode medir, por exemplo,
apoiando um dedo sobre a artéria radial, na parte inferior do punho, perto da base do polegar.
Pulsos palpáveis:
1 Carotídeo
2 Radial
3 Femoral
4 Poplíteo
5 Temporal
Classificação
Hemorragia Externa Hemorragia Interna
Figura: corte em orelha E. Figura: hemopericárdio (trauma torácico)
FONTES DE SANGRAMENTO
ARTÉRIAS
– Cor: vermelho-viva;
– Velocidade: rápida, pulsando.
� VEIAS
– Cor: vermelho escura;
– Velocidade: fluxo estável.
� CAPILARES
– Cor: vermelho
– Velocidade: lenta, gotejamento estável
GRAVIDADE DEPENDE
� Rapidez com que o sangue flui;
� Tamanho do vaso;
� Se é artéria ou veia;
� Sangue flui pra cavidade ou livremente;
� Origem do sangramento;
� Idade e peso da vítima;
� Condição física geral da vítima e;
� Se o sangramento ameaça a respiração.
PREVINA-SE
� Coloque uma barreira entre você e a vítima (EPI):
– luvas de látex;
– filme plástico;
– papel alumínio;
– compressas de gaze;
– pano limpo e grosso, dobrado;
– a própria mão da vítima.
� Evite tocar seus lábios, nariz ou olhos durante o
atendimento;
� Ao final, lave cuidadosamente as mãos com água quente e
sabão ou agente anti-séptico, use escova para as unhas.
� Lave todos os itens que tiveram sangue da vítima.
HEMORRAGIA X HEMOSTASIA
1 Hemostasia: Tentativa de cessar o sangramento ocorrido em um vaso seccionado;
1 Trombo: Coágulo propriamente dita.
PRESSÃO DIRETA
Figura: compressão direta + elevação do membro.
Coloque um curativo estéril sobre o ferimento (material mais limpo
disponível);
� Pressione firme utilizando os dedos ou parte posterior da mão,
mantendo a pressão constante por 10 min;
� Eleve a região do sangramento de modo que fique acima do coração;
� Compressa fria pode ser usada;
� Verifique o curativo em intervalos curtos. Se estiver ensopado não
remova, apenas aplique outro curativo sobre o primeiro e aplique
pressão.
Cubra o ferimento com curativo grosso em todo o
ferimento;
� Segurando o curativo, passe a bandagem de
pressão ao redor do curativo com firmeza para
exercer pressão moderada;
� Verifique os pulsos distais, pele e unhas, se
apresentar alterações, diminua a pressão.
Figura: curativo compressivo
PRESSÃO INDIRETA
Se a pressão direta e a elevação não forem
suficientes, o sangramento pode ser controlado
comprimindo um ponto de pressão.
Figura: compressão indireta
Regiões recomendadas para compressão das artérias. (Pontos de Pressão)
O TORNIQUETE SÓ DEVE SER FEITO SE A TÉCNICA DE COMPRESSÃO DIRETA E ELEVAÇÃO DO
MEMBRO FERIDO NÃO SURTIR EFEITO.
Figura: como fazer um torniquete
� Usado somente como último recurso;
� Uso restrito aos membros;
� Considere o uso quando:
– Rompimento de grande artéria;
– Membro parcial ou totalmente decepado;
– Sangramento incontrolável.
� Material com ao menos 8 cm de largura;
� Segure o ponto de pressão, posicione o torniquete entre coração e o ferimento com 5 cm de pele integra entre ferimento e
o torniquete;
� Coloque compressa grossa sobre o tecido a ser comprimido
Passe o material do torniquete 2 vezes, apertando bem prenda-o com meio-nó na porção superior do membro;
� Insira um bastão sobre o meio-nó e em seguida faça um nó
direito;
� Torça o bastão até o sangramento parar.
� Prenda o bastão no local com as extremidades do
torniquete e deixe-o descoberto;
� Anote a posição do torniquete, a hora, e os sinais vitais, do
momento da aplicação; pregue o papel na roupa da vítima;
em seguida escreva TK na testa da vítima e a hora em que
foi aplicado.
Cuidados com o membro amputado:
1 Deve-se envolver o membro amputado em compressa estéril ou pano limpo umedecido com soro fisiológico
ou água limpa, coloca-lo dentro de um saco plástico e guarda-lo dentro de um recipiente com gelo, para ser
transportado junto com a vítima ao hospital. Nunca deve-se colocar o membro em contato direto com o gelo.
Empalamento
1 Objeto transfixado em partes do corpo, podendo atingir órgãos internos, causando
hemorragias, perda do órgão e morte.
Figura: criança com barra de ferro transfixada em seu tórax e homem transfixado por tora de madeira.
Figura: empalado ao pular cerca
Conduta:
1 No caso de tentativa de homicídio chame a Polícia-190 para fazer a segurança da cena, pois o agressor pode
estar por perto
2 Nunca retire objetos transfixados, porque isso poderá aumentar a lesão e a hemorragia.
3 Chame o serviço de emergência (Samu-192/bombeiros-193)
4 ABCDE
5 Faça curativo compressivo em torno do ferimento, sem mexer no objeto e estabilize-o, de forma que não
movimente quando a vítima for transportada.
HEMORRAGIA INTERNA
� Resultante de trauma fechado ou certas fraturas
(pélvica), não visível, podendo ocasionar a morte.
� Sinais e sintomas: inquietação, ansiedade, pele fria e
úmida, pulso rápido e fraco, respiração rápida e queda
de PA.
� Pode não causar sinais e sintomas.
CAUSAS COMUNS
� TRAUMA FECHADO:
� Hematoma; dor, sensibilidade, inchaço ou descoloração
no local da lesão;
� Na cabeça, sangramento da boca e sangue ou fluido
sanguinolento no nariz e ouvidos;
� No abdome, sangramento do reto ou sangramento nãomenstrual
da vagina.
� COSTELA OU ESTERNO FRATURADO:
� Tosse com sangue vermelho - vivo, espumoso;
respiração rápida e superficial.
� SANGRAMENTO DE ÚLCERA OU INGESTÃO
DE OBJETO PONTIAGUDO:
� Vômito tendo sangue vermelho – vivo
DOENÇA INTESTINAL, PARASITAS, TRAUMA FECHADO NO ABDOME:
� Fezes escuras; rigidez no abdome; espasmos dos músculos
abdominais.
� BLOQUEIO DA URETRA OU FRATURA PELVICA:
� Sangue na urina ou urina escura.
ATENDIMENTO
� Chame o serviço de resgate (192/193);
� Mantenha vias aéreas desobstruídas e monitore a coluna
vertebral, a respiração, a circulação e as incapacidades;
� Verifique se há fraturas – imobilize;
� Mantenha a vítima imóvel. Posicione a vítima: eleve os
pés 20 cm, mantenha aquecida. (se não houver fraturas);
� Coloque a vítima de lado (posição lateral de segurança),
com a face para baixo em casos de vômitos;
� Monitore os sinais vitais a cada 5 minutos até a chegada
do resgate.
SANGRAMENTO NASAL (epistaxe)
� Relativamente comum, podendo resultar de lesão,
doença, atividade, temperatura externas entre outras
causas.
� Se suspeitar que o sangramento resulta de fratura
do crânio, não interrompa o fluxo sanguíneo
(aumento da pressão intracraniana);
� Cubra o orifício nasal com gaze para absorver o
sangue e acione o resgate.
ATENDIMENTO
� Mantenha a vítima sentada, imóvel e inclinada para
frente (evitando aspirações);
� Se não houver fratura, aplique compressão nas narinas ou
coloque gaze entre o lábio superior e as gengivas e
pressione;
� Aplique compressas frias no nariz e face;
� Insira uma gaze pequena e limpa na narina e aplique
pressão;
� Aplique pressão sob a narina, acima do lábio superior;
� Ative o serviço de resgate.
Estado de Choque
É o quadro clínico que resulta da incapacidade do sistema cardiovascular em prover circulação sanguínea suficiente
para os órgãos. Vários fatores podem levar uma pessoa ao estado de choque, como por exemplo: hemorragias internas e
externas, emoções fortes, choques elétricos, queimaduras graves, envenenamento, ataques cardíacos, fraturas, infecções,
reações alérgicas, etc.
• Sinais apresentados por uma vítima em estado de choque:
1 Pele pálida, úmida e fria;
2 Pulso fraco e rápido;
3 Pressão arterial baixa;
4 Pupilas dilatadas e opacas;
5 Perfusão capilar lenta ou nula;
6 Lábios cianóticos ou pálidos;
7 Náuseas e vômitos;
8 Tremores de frio, pele arrepiada;
9 Tontura e desmaio;
10 Sede, tremor e agitação;
11 Rosto e peito vermelhos, coçando, queimando e inchaços; dor de cabeça e no peito; lábios e face inchados são sinais
de choque anafilático.
• Procedimentos:
1 Manter as vias aéreas desobstruídas;
2 Posicionar a vítima deitada com as extremidades inferiores elevadas cerca de 30 cm;
3 Controlar hemorragias;
4 Não administrar líquidos ou medicamentos;
5 Afrouxar as vestes;
6 Posicionar a vítima de acordo com a causa do choque;
7 Cobrir a vítima para manter a temperatura e/ou aquecê-la;
8 Tranqüilizar o paciente;
9 O transporte rápido é fundamental para aumentar as chances de sobrevivência.
Sistema tegumentar(pele)
A pele é o maior órgão do corpo humano, chegando a medir 2 m2 e pesar 4 Kg em um adulto. É constituída
por duas camadas distintas, firmemente unidas entre si - a epiderme (mais externa, formada por tecido epitelial) e
a derme (mais interna, formada por tecido conjuntivo).
Uma vez que toda a superfície cutânea é provida de terminações nervosas capazes de captar estímulos
térmicos, mecânicos ou dolorosos, a pele também é o maior órgão sensorial que possuímos, sendo
suficientemente sensível para discriminar um ponto em relevo com apenas 0,006 mm de altura e 0,04 mm de
largura quando tateado com a ponta do dedo. Essas terminações nervosas ou receptores cutâneos são
especializados na recepção de estímulos específicos. Não obstante, alguns podem captar estímulos de natureza
distinta. Cada receptor tem um axônio e, com exceção das terminações nervosas livres, todos eles estão
associados a tecidos não-neurais.
QUEIMADURAS
1 Lesões freqüentes
2 Atingem todas as idades principalmente crianças
3 Grande sofrimento físico
4 Causadas por:
Agentes térmicos
Agentes químicos
Eletricidade
Radiação
Classificação
1 Quanto a profundidade
Primeiro grau - Superficial - Epiderme
Pele avermelhada e quente
Dor leve a moderada(ardência)
Queimadura solar
Segundo grau - Epiderme e derme
Pele avermelhada e com bolhas
Dor severa
Se beneficiam de curativo adequado
Terceiro grau - Toda pele até subcutâneo, músculos, nervos óssos
Lesões esbranquiçadas, acizentadas ou pretas (carbonizadas)
Não dolorosas (terminações nervosas destruídas)
Se queimaduras de segundo grau, nos bordos a dor é intensa
Figura: queimadura por choque elétrico Figura: queimadura por químico
Figura: seqüela de queimadura de 3º grau
Regra dos nove:
1 Atendimento
Garantir a segurança da equipe
Precaver contra chamas, gazes tóxicos e fumaça.
Não coloque sua segurança em risco
Apagar o fogo com água, cobertor ou rolando a vítima
ABCDE
Adotar cuidados locais
Proteger área com curativo limpo
Queimaduras superficiais e pequenas - compressas estéreis ou pano limpo umedecidos com
soro fisiológico ou água.
Não perfurar bolhas
Atenção especial para vias aéreas em vítimas de queimaduras de face, pescoço e tórax.
Acionar serviço pré-hospitalar ( SAMU-192) ou remova para hospital
Remover roupas queimadas, exceto as aderidas a pele
Atenção para vias aéreas: cuidado com inalação de fumaça
Queimadura química - remover roupa e lavar com água abundante
Choque Elétrico
Os traumas por choque elétrico resultam dos efeitos diretos da corrente sobre as membranas celulares e o
músculo liso vascular e da conversão de energia elétrica em calórica, causando
queimaduras. Os fatores que determinam a gravidade do choque são: a magnitude da descarga, a resistência ao
fluxo da corrente, a duração, o tipo e o percurso da corrente.
Figura: queimadura por choque elétrico
Os ossos e a pele são os tecidos de maior resistência. E a pele constitui a barreira mais importante para o fluxo da
corrente.
O contato com uma fonte pode produzir contrações tetânicas, impedindo a vítima se libere.
O percurso mão-mão (transitório) é mais fatal que o mão-pé ou que o pé-pé (corrente vertical).
A parada cardiorespiratória é a causa primária de morte imediata provocada por trauma elétrico.
Mecanismos: corrente elétrica no bulbo, contração tetânica do diafragma, paralisia prolongada dos músculos respiratórios.
2 Atendimento
Garantir a segurança da equipe
Precaver contra fios energizados.
Não toque na pessoa para não colocar sua segurança em risco
Adotar cuidados locais
Acionar serviço local de eletricidade (CELG)
Interromper o processo de choque desligando a chave da casa.
Se for tentar retirar fios energizados do contato com a vítima, deve-se usar um pedaço de
madeira seca e estar com calçados com solas de borrachas e luvas emborrachadas:
ABCDE
Chamar o serviço de emegência local ( Samu 192).
Ao carregar a vítima, tome muito cuidado para não complicar eventuais lesões,
principalmente na coluna vertebral. Imobilize-a com colar cervical e prancha rígida.
INSOLAÇÃO (QUEIMADURA RADIOATIVA)
Ocorre devido à exposição prolongada aos raios solares.
Figura: queimadura por exposição ao sol por muitas horas
SINAIS E SINTOMAS:
Temperatura do corpo elevada;
Pele quente, avermelhada e seca;
Diferentes níveis de consciência;
Falta de ar;
Desidratação;
Dor de cabeça, náuseas e tontura.
INTERMAÇÃO
Ocorre devido à ação do calor em lugares fechados e não arejados (fundições, padarias, caldeiras etc.) e intenso
trabalho muscular.
SINAIS E SINTOMAS
Temperatura do corpo elevada;
Pele quente, avermelhada e seca;
Diferentes níveis de consciência;
Falta de ar;
Desidratação;
Dor de cabeça, náuseas e tontura;
Insuficiência respiratória.
PRIMEIROS SOCORROS
(Insolação e intermação)
Remover a vítima para lugar fresco e arejado;
Baixar a temperatura do corpo de modo progressivo, envolvendo-a com toalhas umedecidas;
Oferecer líquidos em pequenas quantidades e de forma freqüente;
Mantê-la deitada;
Avaliar nível de consciência, pulso e respiração;
Providenciar transporte adequado;
Encaminhar para atendimento hospitalar.
A exposição da pele e/ou mucosas à produtos químicos (ácidos e álcalis) pode causar queimaduras graves.
PRIMEIROS SOCORROS NAS QUEIMADURAS QUÍMICAS:
Despir a vítima (apenas o necessário);
Remover a substância diluindo-a com água corrente em abundância;
Evite que a água misturada ao produto se espalhe afetando outras áreas do corpo da vítima;
Utilize EPI e fique atento, pois, dependendo do mecanismo de ação da substância as luvas de
borracha podem ser corroídas;
Quando possível, fornecer ao médico o rótulo do produto ou informações do mesmo;
Conduzir ao hospital ou aguardar a USA.
Sistema respiratório
O conjunto de órgãos que se responsabiliza pela entrada, filtração, aquecimento, umidificação e saída do ar
constitui o sistema respiratório.
A respiração, função básica do sistema respiratório, garante as trocas gasosas com o meio. É um processo
fisiológico que ocorre por meio da inspiração, onde a contração da musculatura do diafragma e dos músculos
intercostais favorece a entrada de ar nos pulmões; e da expiração ocorrida pelo relaxamento da musculatura do
diafragma e dos músculos intercostais, que proporciona a saída do ar.
Os pulmões localizam-se na cavidade torácica, são envolvidos por uma membrana denominada pleura,
possuem 25 cm de comprimento.
É o principal órgão do aparelho respiratório, responsável pelas trocas gasosas.
As fossas nasais são duas cavidades que iniciam nas narinas e terminam na faringe; suas funções são filtrar,
umedecer e aquecer o ar.
O ar inspirado passa pela faringe antes de chegar à laringe, cavidade que corresponde à boca e as fossas
nasais.
A laringe possui forma de tubo e é constituída de cartilagem e músculos, por onde o ar passa a caminho dos
pulmões.
A traquéia se constitui por anéis de cartilagem, sua subdivisão dá origem aos dois brônquios que penetram
no pulmão.
O diafragma é um órgão músculo-membranoso que divide o tórax do abdômen. Durante a respiração, faz um
movimento para baixo, aumentado a área dos pulmões na inspiração.
TRAUMA TORÁCICO
Morte imediata (dentro de segundos a minutos)
1 Lesões cardíacas e de grandes vasos
Morte precoce ( dentro de minutos a horas)
Obstrucão das vias aéreas
Pneumotórax hipertensivo
Contusão pulmonar
Tamponamento cardíaco
Morte tardia ( dentro de dias a semanas)
1 Complicacões pulmonares
2 Sepsis
3 Lesões não diagnósticadas
Sinais e sintomas:
Dispnéia (dificuldade para respirar)
Dor intense no tórax
Respiração paradoxal ( fratura de costelas )
Expansão de um só pulmão
Respiração agônica
Desvio da traquéia
Sistema nervoso
Figura: meninges e medula espinhal Função O sistema nervoso é responsável pelo ajustamento do organismo ao ambiente. Sua função é perceber e identificar as condições ambientais externas, bem como as condições reinantes dentro do próprio corpo e elaborar respostas que adaptem a essas condições. A unidade básica do sistema nervoso é a célula nervosa, denominada neurônio, que é uma célula extremamente estimulável; é capaz de perceber as mínimas variações que ocorrem em torno de si, reagindo com uma alteração elétrica que percorre sua membrana. Essa alteração elétrica é o impulso nervoso. As células nervosas estabelecem conexões entre si de tal maneira que um neurônio pode transmitir a outros os estímulos recebidos do ambiente, gerando uma reação em cadeia.
Figura: funções desempenhadas por área
TRAUMATISMO CRANIOENCEFÁLICO TCE
DEFINIÇÃO:
– Define-se como TCE toda e qualquer lesão que envolva anatomicamente desde o couro cabeludo até o parênquima
encefálico.
Mecanismo do TCE:
_ As forças de impacto e inercial, quando aplicadas ao crânio, podem gerar deformações (compressão, tensão e/ou
cisalhamento).
_ As forças de impacto são responsáveis por efeitos locais na superfície. Ex.: laceração do couro cabeludo, fratura do
crânio, hematoma epidural, etc.
_ As forças inercial determina efeitos difusos. Ex.: contusões, hematoma subdural e
CLASSIFICAÇÃO DAS LESÕES:
– Lesões focais: lesões do escalpo, fraturas de crânio, contusões cerebrais, hematomas intracranianos, etc.
– Lesões difusas: LAD, lesão cerebral hipóxica, inchaço cerebral difuso e hemorragias petequiais múltiplas cerebrais..olva
anatomicamente desde o couro cabeludo até o parênquima encefálico.
- Aberto: há exposição (rompimento) da Dura Máter ou parênquima.
– Fechado: outras entidades.
– Grave: escore de Coma de Glasgow (ECG) for igual ou menor que 8.
– Moderado: ECG acima de 9.
– Leve: quando não altera a ECG.
Figura: fratura de crânio
PRINCIPAIS LESÕES:
– Lesão do couro cabeludo:
1 _ Escoriações
2 _ Contusão
3 _ Equimose
4 _ Laceração
– Fraturas de crânio:
1 _ Fratura linear
2 _ Fratura de convexidade ou de base posterior
3 _ Fratura de base média
4 _ Fratura de base anterior
– Fratura em afundamento:
1 _ Fechado
2 _ Aberto
- Contusão Cerebral
– Hemorragias:
1 _ Hematoma epidural
2 _ Hematoma subdural
3 _ Hematoma subaracnóide
4 _ Hematoma intracerebral
- Concussão Cerebral
– Lesão Axonal Difusa (LAD)
– Lesão Cerebral Hipóxica (LCH)
– Edema Cerebral
– TCE por agentes penetrantes
Sinais e sintomas:
SINAIS E SINTOMAS gerais:
Perda de sangue pelas narinas ou ouvidos;
Inconsciência ou não;
Náuseas ou vômito;
Tontura ou desmaio;
Cefaléia;
Lapso de memória;
Deformidade anatômica;
Rinoliquorragia;
Otoliquorragia;
Sangramento e edema decorrente trauma facial.
Figura: anisocoria- pode significar aumento da pressão intra-craniana
Concussão Cerebral: há alterações na função neurológica, a mais comum é a perda de consciência, sem lesão
intracraniana ao realizar TC. Pode haver também déficit de memória: amnésia anterógrada e retrógrada.
– Fraturas: rinorréia, otoliquorréia, equimose periorbital (olhos de guaxinim) e equimose na região retroauricular sob o
mastóide ( sinal de Batlle).
Figura: olhos de guaxinim sugere fratura de base de crânio
– Hematomas:
1 _ Epidural: curto período de perda de consciência, recobra a consciência e, em seguida, rápido rebaixamento do
nível de consciência.
2 _ Subdural: cefaléia, distúrbios visuais, alteração da personalidade, disartria, hemiparesia ou hemiplegia.
3 _ Intracerebral: convulsões e aumentos importantes da PIC.
Sinais e sintomas que sugerem hipertensão craniana:
1 Cefaléia, diminuição do nível de consciência, vômitos, hipertensão arterial, bradicardia, diâmetro pupilar e
fotorreação
PRIMEIROS SOCORROS:
ABCDE
Localizar e avaliar a lesão;
Observar se na lesão há fratura de crânio ou corpo estranho;
Nunca retirar fragmentos ósseos;
Observar se há perda de LCR;
Conter o sangramento através de compressão;
Observar respiração e caso necessário realizar RCP
Verificar o mecanismo do trauma;
Se a vítima estiver consciente, perguntar se está com dor de cabeça tontura e/ou vontade de
vomitar;
Questionar testemunhas se a vítima desmaiou e/ou vomitou (procurar indícios no local);
Verificar se houve perda de consciência e amnésia;
Promover a permeabilidade da via respiratória;
Palpar a cabeça procurando indícios de trauma;
Realizar hemostasia;
Verificar estado neurológico através da Escala de Coma; Posicionar vítima em decúbito dorsal com o
pescoço estabilizado.
Toda vítima de TCE necessita de cuidados médicos imediatos, portanto, a equipe de Resgate deverá
ser informada da situação.
LESÃO DE COLUNA-trauma raquimedular
O trauma raquimedular é uma agressão à medula espinhal que pode ocasionar danos neurológicos, tais como
alteração das funções motora, sensitiva e autônoma.
A medula espinhal é a principal via de comunicação entre o cérebro e o restante do organismo, é protegida pelos
ossos da coluna vertebral (vértebras). A parte anterior da medula espinhal contém os nervos motores, os quais
transmitem informações aos músculos e estimulam o movimento. A parte posterior e as partes laterais contêm os
nervos sensitivos, os quais transmitem informações ao cérebro sobre o tato, a posição, o calor e o frio.
Quando a medula espinhal é lesada em um acidente, a sua função pode ser total ou parcialmente destruída em
qualquer parte do corpo abaixo do nível da lesão. Os danos à medula espinhal variam de uma concussão transitória
até uma transecção completa da mesma, tornando a vítima paralisada abaixo do nível da lesão traumática.
SINAIS E SINTOMAS
Dor local intensa;
Diminuição da sensibilidade, formigamento ou dormência em membros inferiores e/ou superiores;
Paralisia dos segmentos do corpo, abaixo da lesão;
Perda do controle esfincteriano.
Todas as vitimas inconscientes deverão ser consideradas e tratadas como portadoras de lesões na
coluna.
Atendimento:
1 ABCDE
2 Manter a vítima agasalhada e imóvel
3 Não mexer nem deixar ninguém tocar na vítima até a chegada de socorro
4 Deite a vitima em decúbito dorsal (barriga para cima), com ajuda de mais duas pessoas, para se fazer o
rolamento em bloco, alinhando com cuidado a coluna sobre a prancha rígida.
5 O rolamento e o transporte realizado de forma imprópria poderão agravar as lesões causando seqüelas
irreversíveis à vítima.
Figura: rolamento lateral em bloco
6 Transportar o paciente em prancha rígida e com colar cervical
7 Evitar abalos no transporte, para não agravar as lesões
8 Observar a respiração e estar pronto para iniciar a Reanimação cardio-pulmonar.
INTOXICAÇÕES E ENVENENAMENTOS POR INGESTÃO
Medicamentos, plantas, alimentos estragados, a primeira medida é provocar vômito oferecendo bastante
líquido;
Não provoque o vômito, se a pessoa estiver desmaiada ou em convulsões nem se a intoxicação foi
provocada por produtos derivados de petróleo, por pesticidas ou substâncias cáusticas ou corrosivas (ácido
muriático, soda cáustica, etc.);
Guarde a embalagem do produto, restos da substância ou o material vomitado, para facilitar a
identificação pelo médico;
No caso de remédios, tente descobrir quantos comprimidos foram engolidos e, quando ocorreu a
ingestão;
Nunca dê bebida alcoólica para um intoxicado, remova imediatamente ao hospital.
Primeiros socorros
Pele
Retirar a roupa impregnada;
Lavar a região atingida com água em abundância;
Substâncias sólidas devem ser retiradas antes de lavar com água;
Agasalhar a vítima;
Encaminhar para atendimento hospitalar.
Aspiração
Proporcionar boa ventilação;
Abrir as vias áreas respiratórias;
Encaminhar para atendimento hospitalar.
ANIMAIS PEÇONHENTOS OU VENENOSOS?
Animais peçonhentos – Possuem glândula de veneno que se comunicam com dentes ocos, ferrões ou aguilhões
inoculadores do veneno;
Animais venenosos – Possuem o veneno, todavia, não tem um aparelho inoculador (dentes, ferrões).
Provocam envenenamento por contato (lagartas), por compressão (sapo) ou por ingestão (peixe-baiacu).
No mundo existem cerca 3 mil espécies de cobras. no Brasil, existem 250 dentre as quais, pelo menos 70
são venenosas, dessas, apenas 04 espécies são peçonhentas.
PICADAS E FERROADAS DE ANIMAIS PEÇONHENTOS
Uma vez injetado no corpo humano, o veneno poderá causar reações orgânicas que são classificadas em quatro
grupos:
1. Anticoagulante;
2. Hemolítica;
3. Neurotóxica;
4. Proteolítica.
MECANISMO DE AÇÃO DO VENENO
1. Anticoagulante – O veneno atua destruindo o fibrinogênio, fazendo com que o sangue não coagule, podendo
levar o indivíduo ao óbito por hemorragia.
2. Hemolítica – Ao atingir a corrente sanguínea, esse tipo de veneno age destruindo as hemácias do sangue
provocando uma anemia hemolítica aguda, e levará o indivíduo ao óbito, por asfixia celular.
3. Neurotóxica – O veneno age sobre o SNC causando mudanças no equilíbrio, consciência, distúrbios na
visão e demais sentidos, ptose palpebral, dormência no local da picada ou mordedura, podendo levar o indivíduo ao
estado de choque, a IRA e consequentemente ao óbito.
4. Proteolítica - Após injetado, o veneno desencadeia um processo de decomposição das proteínas, causando
a necrose do tecido, caso não seja tratado em tempo hábil, poderá causar por conseguinte a perda do membro
afetado, e até o óbito.
Sinais e sintomas Marcas da picada;
Dor, edema;
Manchas roxas, hemorragia;
Febre, náuseas;
Sudorese, urina escura;
Calafrios, perturbações visuais;
Eritema, cefaléia;
Distúrbios visuais;
Queda das pálpebras;
Convulsões;
Dispnéia.
PRIMEIROS SOCORROS COBRAS:
Havendo possibilidade, capturar o animal agressor;
Manter a vítima deitada em repouso absoluto;
Se a picada for na perna ou braço, mantenha-os em posição mais elevada que o coração;
Lavar a picada com água e sabão;
Colocar gelo ou água fria sobre o local;
Remover anéis, relógios, prevenindo assim complicações decorrentes do inchaço;
Encaminhar a vítima imediatamente ao serviço de saúde mais próximo, para que possa receber o
soro em tempo;
Não fazer garroteamento ou torniquete;
Não aspirar (chupar) o local na tentativa de retirar o veneno;
Não cortar ou perfurar o local da picada nem usar quaisquer produtos.
IDENTIFICAÇÃO DAS SERPENTES PEÇONHENTAS:
Anéis coloridos;
Guizo;
Fosseta loreal.
QUESTIONÁRIO DE IDENTIFICAÇÃO
Em caso de acidente, ainda que não seja uma cobra venenosa, é importante ministrar os primeiros socorros
adequados, e levar a vítima a um posto de saúde. Mesmo sem injetar veneno, a cobra poderá transmitir uma
infecção. Não mate as cobras, elas possuem um papel fundamental no ecossistema, e matanças poderão desequilibrar
o meio ambiente. Lembre-se: Na mata você é o estranho, enquanto a cobra é parte dela.
Sim
É cascavel.
Não
É jararaca
Sim
É surucucu
Não
A calda é ouriçada?
A serpente possui guizo?
Sim
É peçonhenta.
Não
Não é peçonhenta
Não
Possui fosseta loreal?
Sim
Cobra coral
A serpente possui anéis coloridos?
CASCAVEL JARARACA
jararacuçu, caiçara, urutu,
etc.
SURUCUCU CORAL
AÇÃO DO
VENENO
HEMOLÍTICO
NEUROTÓXICO
PROTEOLÍTICA
COAGULANTE
PROTEOLÍTICA
COAGULANTE
NEUROTÓXICA
SORO ANTICROTÁLICO ANTIBOTRÓPICO ANTILAQUÉTICO ANTIELAPÍDICO
Picadas e ferroadas de animais peçonhentos
Medidas preventivas
Usar botas de cano longo e perneiras;
Proteger as mãos com luvas;
Combater os ratos;
Preservar os predadores;
Cuidado ao calçar o coturno, bota ou qualquer calçado;
Conservar o meio ambiente.
Sinais e sintomas - Escorpiões/Aranhas
Dor;
Eritema;
Inchaço;
Febre;
Dor de cabeça.
Primeiros socorros
Os mesmos utilizados nas picadas de cobras;
Encaminhar a vítima imediatamente ao serviço de saúde mais próximo, para avaliar a necessidade de
soro específico.
PICADAS E FERROADAS DE INSETOS
Há pessoas alérgicas que sofrem reações graves ou generalizadas, devido a picadas de insetos (abelhas e
formigas).
Sinais e sintomas
Eritema local que pode se estender pelo corpo todo;
Prurido;
Dificuldade respiratória (Edema de glote).
Primeiros socorros
Retirar os ferrões introduzidos pelo inseto sem espremer;
Aplicar gelo ou lavar o local da picada com água corrente;
Encaminhar a vítima imediatamente ao serviço de saúde mais próximo, para avaliar a necessidade de
soro específico.
ACIDENTES COM MÚLTIPLAS VITÍMAS:
São aqueles eventos súbitos, que produzem um número de vítimas que levam um desequilibro entre os recursos
disponíveis e as necessidades, onde se consegue manter um padrão de atendimento adequado com os recursos locais.
Ministério da Saúde
DESASTRE:
Situação que resulta em um número de vítimas que excede a capacidade de atendimento do serviço
Ministério da Saúde
CATÁSTROFE:
Implica em uma ocorrência maior, com envolvimento do meio ambiente e prejuízo do abastecimento, da
comunicação, dos transportes e do acesso ao local
Ministério da Saúde
Várias Vítimas de Desastre no Pré-hospitalar
TRIAGEM
Processo utilizado em situações onde a emergência ultrapassa a capacidade de resposta da equipe de socorro. Utilizado
para alocar recursos e hierarquizar o atendimento de vítimas de acordo com um sistema de prioridades, de forma a
possibilitar o atendimento e o transporte rápido do maior número possível de vítimas.A Triagem no local é uma das mais
importantes etapas do atendimento. Busca racionalizar o atendimento e salvar o maior número possível de vítimas. O
critério de classificação deve ser conhecido por todos os envolvidos no atendimento.
O primeiro socorrista que chega numa cena da emergência com múltiplas vítimas enfrenta um grande problema. A
situação é diferente e seus métodos usuais de resposta e operação não são aplicáveis. Este profissional deve modificar sua
forma rotineira de trabalho buscando um novo método de atuação que lhe permita responder adequadamente a situação.
Como poderão então esses socorristas prestar um socorro adequado? Obviamente, se eles voltarem sua atenção para a
reanimação de uma ou mais vítimas, as outras potencialmente recuperáveis poderão morrer.
Portanto, logo que chegam na cena, esses primeiros socorristas devem avaliá-la, pedir reforços adicionais e
providenciar a segurança do local para, só então, dedicarem-se a seleção das vítimas enquanto as novas unidades de socorro
deslocam-se para o local da emergência.
Esses socorristas aproveitam assim o seu tempo da melhor maneira iniciando um processo de triagem. Este é o
primeiro passo para a organização dos melhores recursos na cena da emergência.
Triagem – Termo dado ao reconhecimento da situação e seleção das vítimas por prioridades na cena da emergência.
Palavra de origem francesa que significa “pegar, selecionar ou escolher”.
Podemos conceituar a triagem como sendo um processo utilizado em situações onde a emergência ultrapassa a
capacidade de resposta da equipe de socorro. Utilizado para alocar recursos e hierarquizar vítimas de acordo com um
sistema de prioridades, de forma a possibilitar o atendimento e o transporte rápido do maior número possível de vítimas.
É de responsabilidade do socorrista que primeiro chegar ao local do acidente múltiplo, montar um esquema e separar as
peças de um desastre de forma a propiciar o melhor cuidado possível a cada pessoa envolvida, solicitando recursos
adicionais e reforço para atender adequadamente a ocorrência.
Em resumo, o processo de triagem é usado quando a demanda de atenção supera nossa capacidade de resposta e,
portanto, devemos direcionar nossos esforços para salvar o maior número de vítimas possível, escolhendo aquelas que
apresentam maiores possibilidades de sobrevivência. O primeiro a chegar na cena deve dedicar-se à seleção das vítimas,
enquanto chegam as unidades de apoio.
Obs.: Se a ocorrência supera a capacidade de resposta da guarnição que primeiro chegar ao local, deveremos iniciar um
processo de triagem para avaliar e tratar a maior quantidade possível de vítimas com potencial de recuperação. Se a
guarnição se detém no atendimento de uma única vítima, todos os demais poderão não receber auxílio.
Atualmente é o modelo adotado pela Associação de Chefes de Bombeiros do Estado da Califórnia nos EUA. START é
a abreviatura de Simple Triage And Rapid Treatment (Triagem Simples e Tratamento Rápido) .
· Sistema de triagem simples.
· Permite triar uma vítima em menos de um minuto.
Esse método foi desenvolvido para o atendimento de ocorrências com múltiplas vítimas, pois permite a rápida
identificação daquelas vítimas que estão em grande risco de vida, seu pronto atendimento e a prioridade de transporte dos
envolvidos mais gravemente feridos.
CÓDIGO DE CORES NO PROCESSO DE TRIAGEM
Cor Vermelha
Significa primeira prioridade:
São as vítimas que apresentam sinais e sintomas
que demonstram um estado crítico e necessitam
tratamento e transporte imediato.
Cor Amarela
Significa segunda prioridade:
São as vítimas que apresentam sinais e sintomas que
permitem adiar a atenção e podem aguardar pelo
transporte.
Cor Verde
Significa terceira prioridade:
São as vítimas que apresentam lesões menores ou
sinais e sintomas que não requerem atenção imediata.
Cor Preta
Significa sem prioridade (morte clínica):
São as vítimas que apresentam lesões obviamente
mortais ou para identificação de cadáveres.
•S.T.A.R.T.:- SIMPLE TRIAGE AND RAPID TREATAMENT
•C.R.A.M.P.:- CIRCULAÇÃO, RESPIRAÇÃO, ABDOME, MOTILIDADE, PALAVRA
•ABCD TRAUMA:- VIAS AÉREAS. OXIGENAÇÃO/VENTILAÇÃO, CIRCULAÇÃO, NEUROLÓGICO
START
Figura: ficha de identificação de vítimas
O MÉTODO S.T.A.R.T. É UTILIZADO NA TRIAGEM INICIAL, OU SEJA, NA ZONA QUENTE;
ENQUANTO QUE OS MÉTODOS C.R.A.M.P. E ABCD TRAUMA SÃO MAIS UTILIZADOS NO P.M.A. E NO
INTRAHOSPITALAR. CONTUDO, CADA SERVIÇO ADOTA O MÉTODO QUE MELHOR SE ENCAIXA
EM SUA REALIDADE DE ATENDIMENTO, INCLUSIVE A MISCELÂNIA DELES.
TRIAGEM
S.T.A.R.T.:
TEM POR OBJETIVO CLASSIFICAR AS VÍTIMAS POR CRITÉRIOS DE GRAVIDADE COM 04 CORES.
PODE SER REALIZADO POR LEIGOS, BOMBEIROS, SAMU, DESDE QUE TREINADOS.
C.R.A.M.P.:
MAIS COMPLEXO; DEVE SER REALIZADO POR PROFISSIONAIS DE SAÚDE. SÃO ATRIBUÍDOS
ESCORES DE 0 A 2 PARA CADA ITEM E A SOMATÓRIA DEFINE A GRAVIDADE.
ABCD TRAUMA:
É UTILIZADO TANTO POR LEIGOS COMO POR PROFISSIONAIS DE SAÚDE. AVALIAÇÃO QUE NÃO
SOMA PONTOS; DETERMINA A GRAVIDADE PELOS ACHADOS TRAUMÁTICOS QUE AMEAÇAM A
VIDA. PODE SER CLASSIFICADO COM CORES, USANDO O SISTEMA DE CARTÕES.
Emergências Clínicas
Emergencias clínicas seriam aquelas que não tiveram nenhum fator externo que levasse a ela, por ex:
doenças infecciosas graves, infartos, embolias pulmonares, AVC, hipertensão, insuficiencias de orgãos de
origem não traumáticas, ou seja não sofreu injúria, não machucou ...
1 Se uma vítima sente-se mal ou apresenta sinais vitais atípicos, assuma que isto configura uma emergência clínica.
2 Uma emergência traumática pode produzir uma emergência clínica.
Ex.: o estresse de um acidente automobilístico poderá produzir um IAM ou AVC.
DESMAIO
É a perda súbita e temporária da consciência e da força muscular, geralmente devido à diminuição de oxigênio
no cérebro, tendo como causas: hipoglicemia, fator emocional, dor extrema, ambiente confinado, etc.
Conduta:
Colocar a vítima em local arejado e afastar curiosos;
Deitar a vítima na posição
anti-choque;
Afrouxar as roupas;
Encaminhar para atendimento hospitalar
Pode ser:
1 Emoções fortes (medo, angústia, surpresa)
2 Hipoglicemia
3 Calor excessivo
4 Anemia ou sangramento volumoso
5 Mudança brusca de posição
CONVULSÃO
Perda súbita da consciência acompanhada de contrações musculares bruscas e involuntárias, conhecida
popularmente como “epilepsia”. Causas variadas: epilepsia, febre alta, traumatismo craniano, etc.
Conduta:
Proteger a cabeça e o corpo de lesões;
Afastar objetos existentes ao redor da vitima;
Lateralizar a cabeça em caso de vômitos;
Afrouxar as roupas e deixar a vítima debater-se livremente;
Nas convulsões por febre alta diminuir a temperatura do corpo, envolvendo-o com pano embebido
Por água.
Causas
Epilepsia, é a causa principal;
Lesões na cabeça;
Infecções no cérebro
Parada respiratória;
1 Febres altas.
2 Overdose (dose excessiva de cocaina )
Estado pós-convulsivo
1 A pessoa pode ficar “perdida” confusa
2 Colocar a vítima em posição de recuperação
3 Palavras sem nexo
4 Sair caminhando sem direção
AVC – ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL
Conhecido como derrame cerebral, pode ser de dois tipos:
1 Acidente vascular isquêmico – falta de circulação numa área do cérebro provocada por obstrução de uma ou
mais artérias por ateromas, trombose ou embolia. Ocorre, em geral, em pessoas mais velhas, com diabetes, colesterol
elevado, hipertensão arterial, problemas vasculares e fumantes;
1 Acidente vascular hemorrágico – sangramento cerebral provocado pelo rompimento de uma artéria ou vaso
sangüíneo, em virtude de hipertensão arterial, problemas na coagulação do sangue, traumatismos. Pode ocorrer em
pessoas mais jovens e a evolução é mais grave.
3)
1 AVC é uma emergência médica. O paciente deve ser posto em repouso absoluto e encaminhado
imediatamente para o hospital.
SINAIS E SINTOMAS:
Acidente vascular isquêmico
1 Perda repentina da força muscular e/ou da visão;
2 Dificuldades da fala;
3 Tonturas;
4 Formigamento num dos lados do corpo;
5 Alterações da memória.
Algumas vezes, esses sintomas podem ser transitórios Ataque Isquêmico Transitório (AIT). Nem por isso deixam de
exigir cuidados médicos imediatos.
Acidente vascular hemorrágico
1 Cefaléia;
2 Edema cerebral;
3 Aumento da pressão intracraniana;
4 Náuseas e vômitos;
5 Déficits neurológicos semelhantes aos provocados pelo acidente vascular isquêmico
De maneira geral, a principal característica é a rapidez com que aparece as alterações; em questão de segundos
a horas (de maneira abrupta ou rapidamente progressiva). Podemos chamar a atenção para aquelas mais comuns:
2 Fraqueza ou adormecimento de um membro ou de um lado do corpo, com dificuldade para se movimentar;
3 Alteração da linguagem, passando a falar "enrolado" ou sem conseguir se expressar, ou ainda sem conseguir
entender o que lhe é dito;
perda de visão de um olho, ou parte do campo visual de ambos os olhos;
5 dor de cabeça súbita, semelhante a uma "paulada, sem causa aparente, seguida de vômitos, sonolência ou
coma; perda de memória, confusão mental e dificuldades para executar tarefas habituais (de início rápido).
Figura: paralisia de um lado da face no AVC
Atendimento:
1 ABCDE 2 Evite medicar sem orientação médica, por melhor que seja a sua intenção. Como exemplo,
muitas vezes a pressão arterial está elevada e, na ansiedade de querer baixá-la, corre-se o risco
de exagerar. Neste caso, a pressão baixa dificultará a chegada do sangue ao cérebro,
complicando o quadro.
3 Não ofereça nada para a pessoa beber ou comer, pois ela pode engasgar
4 Chame o Samu-192
Hipertensão Arterial Severa-HAS
1 Pressão Arterial: O coração bombeia o sangue para os demais órgãos do corpo por meio de tubos chamados
artérias. Quando o sangue é bombeado, ele é "empurrado” contra a parede dos vasos sangüíneos. Esta tensão gerada na
parede das artérias é denominada pressão arterial.
HAS: A hipertensão arterial ou “pressão alta” é a elevação da pressão arterial para números iguais ou maiores que
140/90 mm/Hg. Esta elevação anormal pode causar lesões em diferentes órgãos do corpo humano, tais como cérebro,
coração, olhos e rins.
1 A pressão arterial varia durante o dia dependendo da sua atividade.
Aumenta quando: você se exercita, quando está excitado ou nervoso e em dias muito frios;
Diminui quando: você está relaxado, quando você dorme e em dias muito quentes.
Até mesmo a postura – sentado ou em pé – influencia a pressão arterial.
O único meio de saber é a verificação de sua pressão arterial por um profissional da área de saúde.
Sinais e sintomas:
1 Cefaléia (dor de cabeça)
2 Náuseas
3 Ansiedade
4 Zumbido nos ouvidos
5 Dor na nuca
6 Alteração visual
7 Tontura
8 Hemorragia nasal
9 Formigamento na face e extremidades
Atendimento pré-hospitalar:
1 Mantenha a via aérea permeável
2 Identifique sinais de AVC
3 Coloque o paciente em posição de repouso
4 Promova o suporte emocional
5 Oriente para que tome a medicação habitual
6 Transporte o paciente até um CAIS ou chame o Samu
DIABETE MELLITUS
1 O pâncreas não produz insulina suficiente e o açúcar fica circulando no sangue sem ser absorvido.
2 O nível de glicose no sangue aumenta (Hiperglicemia), excreção de glicose na urina à medida que a
hiperglicemia aumenta.
Tipos de diabete melito
Tipo I – Diabete dependente de insulina- Diabete juvenil:
1 Ocorre abruptamente deficiência de insulina, a administração periódica de insulina. Desencadeada em
pessoas com menos de 20 anos.
Tipo II – Diabete Melito não- insulina – dependente
É muito mais comum que o tipo I, mais de 90% de todos os casos. Ocorre em pessoas superior a 35 anos e com
excesso de peso. As células alvos ficaram menos sensíveis a insulina.Os altos níveis de glicose no sangue pode ser
controlado:
1 Por dieta
2 Exercício
3 Redução de peso
Sinais e Sintomas
Os mais evidentes são:
1 sede intensa
2 aumento de apetite
3 a eliminação de urina também cresce consideravelmente
4 cansaço
5 perda de peso
Complicações diabéticas
Hipoglicemia: Glicose em quantidade insuficiente
No Diabético também pode ocorrer hipoglicemia quando a pessoa recebe uma dose de insulina ou de
medicamentos para o controle do Diabetes maior que o necessário ou quando consome bebida alcoólica em excesso.
A hipoglicemia pode ocorrer em qualquer hora do dia ou da noite, mas em geral acontece antes das refeições.
Os sinais e sintomas de hipoglicemia são: cansaço, suor frio, pele fria, pálida e úmida, tremor, coração
disparado, nervosismo, visão turva ou dupla, dor de cabeça, dormência nos lábios e língua, irritação, desorientação,
convulsões, tontura e sonolência.
Se a glicemia estiver abaixo de 50 a 60 mg/dl ou a pessoa estiver sentindo os sintomas referidos
acima ofereça-a bala ou meio copo de água com duas colheres de sopa de açúcar.
1 Hiperglicemia: O tecido recebe Glicose em excesso
Coma diabético
Alta concentração de glicose (açúcar) no sangue (hiperglicemia)
1 Baixas concentrações de insulina
Sinais e Sintomas
1 Sede excessiva
2 Boca seca
3 Dores de cabeça
4 Dor abdominal
5 Pele seca, vermelha e quente
6 Pulso rápido e fraco
7 Respiração profunda
8 Micção excessiva
9 Possível vômito
Conduta
1 Procure assistência médica de emergência
2 Examine o ABCDE e faça a respiração artificial ou RCP, se necessário
3 Deite o paciente inconsciente de lado para permitir a saída de líquidos ou de vômitos pela boca
Abdome Agudo
Afecção não traumática, localizada em estrutura na cavidade abdominal de manifestação súbita.
Com 6 horas de duração.
Causas de abdome agudo
Aparelho gastrointestinal
1 Apendicite aguda;
2 Obstrução do delgado;
3 Hérnia encarcerada;
4 Ulcera péptica perfurada;
5 Diverticulite de cólon;
6 Obstrução de cólon por neoplasia;
7 Adenite mesentérica;
8 Diverticulite de Meckel;
9 Colecistite aguda;
10 Pancreatite aguda;
11 Abscesso hepático;
12 Rotura de TU hepático;
13 Rotura de cisto hidático;
Figura: afecções que causam abdome agudo
Aparelho Urinário
1 Cólica nefrética ou ureteral;
2 Pielonefrite aguda;
Aparelho Ginecológico
1 Doença inflamatória pélvica;
2 Gravidez ectópica rota;
3 Cisto de ovário torcido ou roto;
Aparelho Vascular
1 Trombose mesentérica;
2 Colite isquêmica aguda;
3 Rotura de aneurisma e aorta;
Afecções do peritônio e omento
1 Abscesso intraperitoneal;
2 Peritonite primária;
3 Torção de omento;
Dor
1 É a chave para o diagnóstico;
2 Subjetiva;
3 Caracterização da dor;
Sintomas associados
1 Anorexia;
2 Náuseas;
3 Vômitos;
4 Parada de eliminação de gases e fezes;
5 Sensação de febre;
6 Sensação de fraqueza;
7 Perda de consciência;
Atendimento pré-hospitalar:
2 Não ofereça nada para a pessoa beber ou comer
3 Mantenha as vias aéreas e prepare-se para a ocorrência de vômito
4 Mantenha o paciente em repouso na posição em que melhor se adapte
5 Promova suporte emocional
6 Acione o Samu
DOENÇAS CARDÍACAS
A maioria dos problemas cardíacos resulta de circulação coronária deficiente.
Angina ou Dor no peito
Causas
1 Estresse
2 Trabalho físico excessivo após uma refeição pesada
3 Estreitamento das artérias coronárias
4 Pressão alta
5 Febre
Sintomas
1 Dor no tórax, aperto ou pressão
2 Dificuldade de respirar
3 Fraqueza, tontura e transpiração
Infarto Agudo do Miocárdio-IAM
Infarto é a morte de uma área de tecido pela interrupção de suprimento de sangue. Pode resultar de um coágulo
em uma das artérias coronárias.
Sinais e Sintomas
Desconforto torácico semelhante a angina. A dor as vezes se irradia para braços (principalmente esquerdo
ou pescoço)
Dor epigástriga
Vômitos
Sudorese
Ansiedade
Inquietação
falta de ar.
Parada cardíaca
Conduta
1 Realizar a avaliação primária ( ABCDE ) e estar preparado para iniciar RCP
2 Manter a vítima em repouso absoluto
3 Tranqüilizar pacientes lúcidos
4 Perguntar sobre outros episódios de dor e uso de medicação
5 Chamar socorro-Samu-192
6 Não deixe a pessoa sozinha
Insuficiência cardíaca congestiva-ICC
A doença cardiovascular é a principal causa de morbidade e mortalidade entre os idosos. Dentre elas, a
insuficiência cardíaca congestiva (ICC) destaca-se pelo pior prognóstico pelo grande número de internações e por
altas taxas de mortalidade hospitalar. A Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC) representa o conjunto de sinais e sintomas decorrentes do mal
funcionamento do coração, quando este não está sendo capaz de bombear o sangue em direção aos tecidos e suprir a
necessidade de oxigênio e nutrientes do organismo.
O processo que resulta na ICC é gradativo e os eventos têm a seguinte seqüência:
1. O bombeamento insuficiente do coração leva a uma congestão de sangue no interior das veias que chegam ao coração,
2. O acúmulo de sangue nas veias, associado à retenção de líquidos pelos rins, levam ao inchaço (edema) dos tecidos do
corpo.
3. O inchaço inicialmente afeta as pernas, mas pode subir e também atingir os pulmões (causando dificuldades para respirar)
e em outros tecidos e órgãos (levando à “barriga d’água, dores abdominais, pouca urina, etc).
4. O cansaço leva à falta de ar, à fraqueza muscular, à diminuição da atividade física e conseqüente invalidez.
A insuficiência cardíaca congestiva é freqüentemente a fase final de outra doença do coração como:
1. Doença Coronariana (levando à angina e ao Infarto agudo do coração);
2. Hipertensão arterial (que pode se complicar com os derrames cerebrais);
3. Doença Valvular do Coração (incluindo a doença reumática do coração);
4. Síndromes Congênitas ("de nascença") do Coração;
5. Miocardiopatias (doença do músculo do coração);
6. Infarto Agudo do Miocárdio (ataque cardíaco);
7. Arritmias Cardíacas (problemas onde o coração bate sem controle – mais rápido, mais devagar ou sem ritmo),
8. Exposições Tóxicas, incluindo o uso abusivo de álcool.
9. Hipertireoidismo, Diabetes e Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (Bronquite) também são fatores de risco para a
ICC. Todas estas desordens podem conduzir à insuficiência cardíaca congestiva debilitando o músculo do coração.
Conduta
7 Realizar a avaliação primária ( ABCDE ) e estar preparado para iniciar RCP
8 Manter a vítima em repouso absoluto
9 Tranqüilizar pacientes lúcidos
10 Perguntar sobre outros episódios de dor e uso de medicação
11 Chamar socorro-Samu-192
12 Não deixe a pessoa sozinha
PRODUTOS PERIGOSOS
Acidentes com produtos químicos
Cenários acidentais
Com o aumento da industrialização e da população, observa-se um aumento crescente na geração de resíduos
sólidos industriais, especialmente nos grandes centros industriais. Esse fato tem acarretado em mais uma fonte
potencialmente poluidora do meio ambiente, o que inclui a contaminação do solo, subsolo, águas superficiais,
subterrâneas e do ar.
Os acidentes ambientais envolvendo descarte de resíduos químicos ou de produtos químicos em vias
públicas, disposição indevida sob o solo, bem como o armazenamento inadequado de produtos químicos em
indústrias, galpões de armazenamento, massas falidas, terrenos baldios e instituições de ensino colocam em risco
a saúde pública e ao meio ambiente.
-
Armazena
mento em
galpões Di
sposição
de
resíduos
em terreno
baldio Ar
mazename
nto de
reagentes
químicos
em
laboratório
São inúmeros os casos atendidos por entidades públicas como Corpo de Bombeiros, Defesa Civil e órgãos
ambientais envolvendo o abandono de tambores, bombonas, sacos plásticos e outras embalagens em margens de
rodovias e seus acessos marginais, contendo resíduos químicos perigosos. Essas ocorrências são em geral
comunicadas pela população local, porém sem a identificação de seus responsáveis ou da placa dos veículo que
realizou o transporte clandestino. Isso dificulta o trabalho das autoridades, na medida em que não há quem
responsabilizar pelos danos acarretados e por sua remoção do local e recuperação da área impactada.
-
Descarte
de
tambores
com
resíduos
químicos
em
terreno
baldio De
scarte de
bombona
s com
resíduos
químicos
em área
rural Des
carte de
resíduos
químicos
em
sacaria
Os resíduos químicos perigosos, tanto líquidos como sólidos ou produtos químicos descartados muitas vezes
em função de roubo de carga, apresentam como principais riscos, a corrosividade, inflamabilidade, liberação de
COV - compostos orgânicos voláteis, reatividade com água podendo provocar explosão, desprendimento de
chamas ou de calor, formação de compostos, misturas, vapores ou gases perigosos.
Esses resíduos, normalmente dispostos diretamente sobre o solo e em margens de córregos e represas, podem
infiltrar-se no solo provocando a contaminação do meio incluindo em determinadas situações, o lençol freático.
Essa situação torna-se mais grave quando os resíduos são enterrados em terrenos baldios em áreas periféricas dos
grandes centros, e que somente são descobertos mediante denúncias da população ou quando são percebidos
apenas os seus efeitos, como por exemplo a redução da qualidade da água, os danos sofridos pela vegetação, ou
em casos mais graves, o surgimento de doenças ou mesmo a contaminação em pessoas e animais.
Dependendo da sua natureza química, os resíduos envolvidos causam a contaminação do ar provocando
incômodos às populações circunvizinhas. Essa situação se agrava quando alguns resíduos são queimados, o que
torna mais difícil a extinção do fogo por parte do corpo de bombeiros. Nesses casos há que se investigar o destino
das águas utilizadas no combate ao incêndio.
Incêndio em armazenamento contendo resíduos
químicos
As chuvas são agravantes em situações de emergência, por contribuírem no transporte dos poluentes para as
camadas mais profundas do subsolo, dependendo de sua natureza, como também para as águas subterrâneas e
superficiais.
As embalagens metálicas utilizadas para acondicionar resíduos químicos que são deliberadamente
descartados em vias públicas, encontram-se normalmente em avançado estado de corrosão, as sacarias em más
condições e as demais embalagens como latas, frascaria de laboratório, entre outras, em estado precário de
acondicionamento. Os responsáveis por esses atos ilícitos, têm o devido cuidado na maioria das situações de
retirar os rótulos das embalagens evitando assim o comprometimento da imagem da empresa procurando assim
isentar-se de suas responsabilidades.
Os resíduos químicos podem também serem dispostos de forma inadequada por meio de carga transportada
sem qualquer embalagem, contida apenas pela unidade de transporte, seja ela um tanque, vaso, caçamba ou
container-tanque.
São comuns situações em que instituições de ensino e de pesquisa, laboratórios de análises bioquímicas e
físico químicas estocam quantidades indesejáveis de produtos químicos, tornando problemático o tratamento e a
destinação final deste estoque, não apenas no aspecto técnico mas também do ponto de vista econômico. São
também comuns nesses casos a perda das informações contidas nos rótulos das embalagens como seu nome e
fabricante. Isso passa a ser um problema, uma vez, que torna-se necessário sua caracterização para posterior
destinação final.
-
Armazena
mento
inadequad
o de
reagentes
químicos
em
laboratóri
o
identificaç
ão Perda
parcial de
identificão
em rótulos
de
reagentes
químicos
Nesse contexto destacam-se também algumas massas falidas, via de regra áreas industriais fechadas ou
abandonadas nas quais no passado foram usadas substâncias nocivas e que ao encerrarem suas atividades
deixaram para trás resíduos químicos perigosos armazenados de forma inadequada, muitas vezes lançados
diretamente sobre o solo ou em condições precárias de armazenamento e muitas vezes com a ocupação humana
nesses locais.
-
Empresa
abandonada
contendo
resíduos
químicos
Outro agravante à saúde pública refere-se a tambores, bombonas e outros tipos de embalagens utilizados
para armazenar produtos químicos perigosos e resíduos químicos que quando descartados em terrenos baldios,
matagais e nas proximidades de aterros sanitários e lixões, fazem parte de uma espécie de economia informal dos
moradores de favelas da periferia dos grandes centros industriais como São Paulo.
Recolher tambores usados é fonte de renda para vários catadores de lixo. A contaminação pode ocorrer pelo
simples contato com essas embalagens ou em situação mais grave quando utiliza-se desse recipientes para
armazenar água em suas residências.
Dentre os diversos tipos de resíduos químicos usualmente descartados, destacam-se as borras de tintas e
solventes, areia de fundição, borra de alumínio, solventes a base de acrilato, resíduos fenólicos, efluentes de
banhos de galvanização, reagentes químicos para laboratório, óleo de transformador entre outros.
-
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de
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Abandono de
transformadores
contendo ascarel
Perigos associados às substâncias químicas
Incidentes envolvendo produtos químicos requerem sempre cuidados e medidas específicas a serem
desencadeadas para o controle das diferentes situações que podem ocorrer, razão pela qual a intervenção de
pessoas devidamente capacitadas e equipadas é fundamental para o sucesso destas operações.
Um fator de extrema importância para um atendimento emergencial adequado é o conhecimento dos perigos
intrínsecos às substâncias químicas. Os principais classes de riscos são:
- Substâncias explosivas;
- Gases (inflamáveis, não inflamáveis ou tóxicos);
- Liquido inflamáveis;
- Sólidos inflamáveis ou reativos;
- Oxidantes e peróxidos orgânicos;
- Substâncias tóxicas;
- Substâncias corrosivas.
Acidente químico
• Acidente químico ou emergência química é um acontecimento ou situação perigosa, envolvendo a liberação
de uma substância química, que afeta a saúde humana e/ou o ambiente, a curto ou longo prazo
• OECD. Health aspects of chemical accidents.1994
Incidente químico
• Incidente químico é uma liberação inesperada e incontrolada de uma substância química do seu container
• Um incidente químico para a saúde pública é aquele onde dois ou mais membros do público estão expostos
(ou ameaçados de estar expostos) a uma substância química
– IPCS. Public health and chemical incidents. 1999
1. Incluem:
• incêndios
• explosões
• fugas ou liberações de substâncias tóxicas
2. Podem provocar
• enfermidade
• lesão
• invalidez ou morte
Classificação dos acidentes químicos
• Segundo:
– substância química
– fonte de liberação
– extensão da área contaminada
– número de pessoas expostas
– vias de exposição
– conseqüências para a saúde
Substância química
O termo substância química (no inglês: chemical) é muito geral, e é usado para designar os
compostos básicos de toda a matéria viva ou não, que constitui o universo.
Freudenthal,R.I.; Freudenthal,S.L. What you need to know to live with chemicals. Hill and
Garnett Publishing, 1989.)
Produto químico é uma substancia química, seja só ou em mistura ou preparação, fabricada
ou obtida da natureza.
(Decisão 14/27 do Conselho de Administração do PNUMA, de 17 junho 1987- Diretrizes de
Londres...)
Perguntas no local do acidente envolvendo substâncias químicas
• Quais são as propriedades químicas da substância?
• Que ocorre quando a substância é aquecida?
• Os vapores são tóxicos?
• Ocorre reação violenta com outro material, outra substância química ou quando está misturado?
• Qual é o tipo de embalagem ?
• Qual é o tipo de extintor ?
• Quais são os efeitos da explosão a curto prazo e a longo prazo? (Isman & Carlson, 1980)
Toxicologia
• É a ciência que estuda os efeitos nocivos produzidos pelas substâncias químicas sobre os organismos vivos
Por que são necessários conhecimentos básicos de toxicologia?
• Para atender os objetivos da avaliação para a saúde das emergências químicas, em relação a:
– confirmar a existência de uma emergência química;
– identificar as características das substâncias químicas,
– identificar a fonte de liberação
– estimar o tipo, tamanho, localização e distribuição da fonte de liberação
– determinar a população para a qual a emergência química representa um risco e o impacto na saúde,
e
– avaliar a capacidade de resposta dos serviços locais de saúde
• (Rapid health assessment protocols for emergencies. WHO, 1999. Cap. 9
Classificação das substâncias químicas segundo:
• Uso
• Origem
• Composição química
• Órgão em que o efeito é produzido
• Mecanismo de ação
Estado físico das substâncias químicas
• Sólido
– cianeto de sódio,
• Líquido
– ácido sulfúrico, benzeno, clorofórmio
• Gasoso
– cloro, amoníaco
Classificação das substâncias perigosas segundo a ONU:
Nº ONU
• 1. Explosivas
Dose
Agente químico
Toxodinâmica: Interação do
agente químico-receptor,
no órgão
Exposição Ingresso
no organismo
Toxocinética: Absorção
Distribuição Biotranformaçao
Eliminação
Efeito
• 2. Gases comprimidos
• 3. Líquidos inflamáveis
• 4. Sólidos inflamáveis, substâncias combustíveis espontaneamente e as que reagem com a água
• 5. Oxidantes, incluindo peróxidos
• 6. Tóxicas, classe A e B, irritantes e que causam enfermidades
• 7. Radiativas
• 8. Ácidas, alcalinas e alguns líquidos e sólidos corrosivos
• 9. Outras não consideradas nas classes anteriores
Paracelso, 1493 - 1541
• Toda substância é tóxica,
não tem nenhuma que não seja tóxica,
é a dose que faz a diferença entre
uma substância tóxica e um medicamento
Toxicidade
• Capacidade inerente a uma substância química de produzir efeito adverso ou nocivo sobre um organismo
vivo
•
Exposição
• É uma medida do contato entre o agente químico e o organismo;
é função da concentração e do tempo
Fogo e substâncias químicas
• Nos incêndios se liberam, no ar, substâncias químicas
• Emissões de depósitos e fabricas,
– as pessoas que moram na vizinhança estão expostas as emissões
– fumaça acarreta substâncias químicas da combustão ou da pirólise
– inalação da fumaça causa mais mortes que o contato com a chama
Exposição de curta duração
• Uma ou várias exposições,
• num período de 24 horas ou menor;
• o agente químico é rápidamente absorvido e
• produz efeito agudo, intoxicação.
Exposição a longo prazo
• Exposição a quantidades pequenas,
• durante períodos longos,
• os efeitos podem aparecer de imediato, depois de cada exposição ou produzir efeitos crônicos
Absorção
• A absorção implica que a substância química atravessa membranas biológicas
• Vias
– respiratória
– digestiva
– dérmica
Distribuição
• As substâncias químicas transportadas pelo sangue se distribuem nos órgãos e sistemas
• Depende das características da substância química e das propriedades físicas
– barreiras: placenta e cérebro
Acumulação
• Ossos: chumbo, estrôncio, fluoreto
Homem. Ingresso de agentes químicos
Ar Água
Alimentos
Medicamentos (via oral,ip,iv)
Exposição ocupacional
(oral,dérmica, respiratória)
Exposição ocasional
(acidentes, uso de cosméticos)
• Gordura: DDT, PCBs
– Emagrecimento
Classificação das substâncias químicas segundo o efeito nocivo
• Irritante
• Asfixiante
• Anestésica
• Substâncias que prejudicam o pulmão
• Tóxicos sistêmicos
Intoxicação
• Diagnóstico
– clínico
– análises toxicológicas
Intoxicação aguda
• Se caracteriza por exposições de curta duração, absorção rápida do agente químico, uma dose única ou
várias doses, em um período não maior que 24 horas.
Os efeitos aparecem, em geral, rapidamente e a morte ou a cura são o resultado imediato.
Efeitos nocivos
• Sistema respiratório
– dano nas células do trato respiratório
– enfisema
– irritação
– constrição dos brônquios
– dispnéia
– alergia
• Trato gastrintestinal
– alteração das membranas celulares (NaOH)
• Pele
– vermelhidão
– inchaso
– coceira
– alergia
• Fígado
– acumulação excessiva de lipídeos
– necrose
– colestasis
• Rim
– efeitos sobre o tubo renal (Hg, Cd, Cr)
– morte das células
– alteração da função renal
• Sistema nervoso
– falta de oxigênio no cérebro (CO)
– perda de mielina (hexaclorobenceno)
– efeitos nos neuronas periféricas (Hg)
• Sistema reprodutivo
– redução na produção de esperma (DBCP)
– redução da fertilidade
– toxicidade reprodutiva
• Teratogênico
– efeitos na descendência que não se herdam (talidomida)
• Carcinogênico
– tumor maligno, câncer
Exemplo de produto químico e intervenções:
Ficha de Informação de Produto Químico e site que pode ser encontrados:
www.cetesb.sp.gov.br
Número e nome do produto Rótulo de risco1830ÁCIDO SULFÚRICO
Número de risco
80Classe / Subclasse
8Sinônimos
ÁCIDO PARA BATERIA ; ÓLEO DE VITRÍOLO ; ÁCIDO FERTILIZANTE ; SULFATO DE
HIDROGÊNIO.Aparência
LÍQUIDO OLEOSO ; SEM COLORAÇÃO ; SEM ODOR ; AFUNDA E MISTURA,
VIOLENTAMENTE, COM ÁGUA ; PRODUZ NÉVOA IRRITANTE.Fórmula molecular
H2 S O4 Família química
ÁCIDO INORGÂNICO.Fabricantes
Para informações atualizadas recomenda-se a consulta às seguintes instituições ou referências:
ABIQUIM - Associação Brasileira da Indústria Química: Fone 0800-118270
ANDEF - Associação Nacional de Defesa Vegetal: Fone (11) 3081-5033
Revista Química e Derivados - Guia geral de produtos químicos, Editora QD: Fone (11) 3826-6899
Programa Agrofit - Ministério da Agricultura
Medidas preventivas imediatas
EVITAR CONTATO COM O LÍQUIDO. MANTER AS PESSOAS AFASTADAS. PARAR O
VAZAMENTO, SE POSSÍVEL. ISOLAR E REMOVER O MATERIAL DERRAMADO. Equipamentos de
Proteção Individual (EPI)
USAR ROUPA DE ENCAPSULAMENTO, DE PVC OU POLIETILENO CLORADO, E MÁSCARA DE
RESPIRAÇÃO AUTÔNOMA.
Ações a serem tomadas quando o produto entra em combustão
NÃO É INFLAMÁVEL. PODE CAUSAR FOGO, EM CONTATO COM COMBUSTÍVEIS.
EXTINGUIR COM PÓ QUÍMICO SECO OU DIÓXIDO DE CARBONO.
Comportamento do produto no
fogo
NÃO É INFLAMÁVEL. Produtos perigosos da reação de combustão
NÃO PERTINENTE. Agentes de extinção que não podem ser usados
A ÁGUA USADA EM FOGO ADJACENTE DEVE SER CUIDADOSAMENTE MANUSEADA.
Limites de inflamabilidade no ar
Limite Superior: NÃO É INFLAMÁVEL
Limite Inferior: NÃO É INFLAMÁVEL Ponto de fulgor
NÃO É INFLAMÁVEL Temperatura de ignição
NÃO É INFLAMÁVEL Taxa de queima
NÃO É INFLAMÁVEL Taxa de evaporação (éter=1)
DADO NÃO DISPONÍVELNFPA (National Fire Protection Association)
Perigo de Saúde (Azul): 3
Inflamabilidade (Vermelho): 0
Reatividade (Amarelo): 2
Observação: (VER OBS,)
NFPA: (OBS.1)
Peso molecular
98,08 Ponto de ebulição (°C)
340 Ponto de fusão (°C)
10,49 Temperatura crítica (°C)
NÃO PERTINENTE Pressão crítica (atm)
NÃO PERTINENTE Densidade relativa do vapor
NÃO PERTINENTE Densidade relativa do líquido (ou sólido)
1,84 A 20 °C (LÍQ.) Pressão de vapor
NÃO PERTINENTE Calor latente de vaporização (cal/g)
NÃO PERTINENTE Calor de combustão (cal/g)
NÃO PERTINENTE Viscosidade (cP)
40(110%);19(100%);25(60%) Solubilidade na água
MISCÍVEL pH
< 7 Reatividade química com água
REAGE VIOLENTAMENTE, COM LIBERAÇÃO DE CALOR. OCORREM RESPINGOS, QUANDO A
ÁGUA É ADICIONADA AO COMPOSTO. Reatividade química com materiais comuns
EXTREMAMENTE PERIGOSO EM CONTATO COM MUITOS MATERIAIS, PARTICULARMENTE
METAIS E COMBUSTÍVEIS. O ÁCIDO DILUÍDO REAGE COM A MAIORIA DOS METAIS,
LIBERANDO HIDROGÊNIO, QUE PODE FORMAR MISTURA EXPLOSIVA COM O AR EM ÁREAS
CONFINADAS. Polimerização
NÃO OCORRE. Reatividade química com outros materiais
INCOMPATÍVEL COM PRODUTOS ORGÂNICOS, CLORATOS, CARBETOS, FULMINATOS, PICRATOS
E METAIS. Degradabilidade
PRODUTO INORGÂNICO. Potencial de concentração na cadeia alimentar
NENHUM. Demanda bioquímica de oxigênio (DBO)
NENHUMA. Neutralização e disposição final
PARA PEQUENAS QUANTIDADES: ADICIONAR O PRODUTO CAUTELOSAMENTE, EXCESSO DE
ÁGUA, SOB VIGOROSA AGITAÇÃO. AJUSTAR O pH PARA NEUTRO. SEPARAR QUAISQUER
SÓLIDOS OU LÍQUIDOS INSOLÚVEIS E ACONDICIONA-LOS PARA DISPOSIÇÃO COMO RESÍDUO
PERIGOSO. DRENAR A SOLUÇÃO AQUOSA PARA O ESGOTO, COM MUITA ÁGUA. AS REAÇÕES DE
HIDRÓLISE E NEUTRALIZAÇÃO DEVEM PRODUZIR CALOR E FUMOS, OS QUAIS PODEM SER
CONTROLADOS PELA VELOCIDADE DE ADIÇÃO, OU: ADICIONAR, LENTAMENTE, EM GRANDE
QUANTIDADE DE SOLUÇÃO DE CARBONATO DE SÓDIO E HIDRÓXIDO DE CÁLCIO, SOB
AGITAÇÃO. DRENAR A SOLUÇÃO PARA O ESGOTO COM MUITA ÁGUA. RECOMENDA-SE O
ACOMPANHAMENTO POR UM ESPECIALISTA DO ÓRGÃO AMBIENTAL. INFORMAÇÕES
Toxicidade - limites e padrões
L.P.O.: MAIOR QUE 1 mg/m³
P.P.: NÃO ESTABELECIDO
IDLH: 15 mg/m³
LT: Brasil - Valor Médio 48h: DADO NÃO DISPONÍVEL
LT: Brasil - Valor Teto: DADO NÃO DISPONÍVEL
LT: EUA - TWA: 1 mg/m³
LT: EUA - STEL: 3 mg/m³Toxicidade ao homem e animais superiores (vertebrados)
M.D.T.: DADO NÃO DISPONÍVEL
M.C.T.: (OBS.2) Toxicidade: Espécie: RATO
Via Respiração (CL50): LCLo (7h) = 178 ppm
Via Oral (DL 50): 2.140 mg/kg Toxicidade: Espécie: CAMUNDONGO
Via Respiração (CL50): LCLo (21 min) = 140 ppm Toxicidade: Espécie: OUTROS
Via Respiração (CL50): COBAIA: 18 mg/m³; COBAIA: LCLo (1h) = 48 ppm Via Cutânea (DL 50): COELHO:
IRRITAÇÃO SEVERA AOS OLHOS = 1.380 ug Toxicidade aos organismos aquáticos: PEIXES : Espécie
LEPOMIS MACROCHIRUS: LETAL A 24,5 ppm, EM 24 h - ÁGUA CONTINENTAL Toxicidade aos
organismos aquáticos: CRUSTÁCEOS : Espécie
CAMARÃO PITU: CL50 (48h) = 42,5 ppm - ÁGUA MARINHA
Toxicidade aos organismos aquáticos: ALGAS : Espécie
Toxicidade a outros organismos: BACTÉRIAS
Toxicidade a outros organismos: MUTAGENICIDADE
Toxicidade a outros organismos: OUTROS
Informações sobre intoxicação humana
EVITAR CONTATO COM O LÍQUIDO. MANTER AS PESSOAS AFASTADAS. PARAR O
VAZAMENTO, SE POSSÍVEL. ISOLAR E REMOVER O MATERIAL DERRAMADO.
Tipo de contato
NÉVOA
Síndrome tóxica
IRRITANTE PARA O NARIZ E A GARGANTA. IRRITANTE PARA OS OLHOS. SE INALADO,
CAUSARÁ TOSSE, DIFICULDADE RESPIRATÓRIA OU PERDA DA CONSCIÊNCIA.
Tratamento
MOVER PARA O AR FRESCO. MANTER AS PÁLPEBRAS ABERTAS E ENXAGUAR COM MUITA
ÁGUA. SE A RESPIRAÇÃO FOR DIFICULTADA OU PARAR, DAR OXIGÊNIO OU FAZER
RESPIRAÇÃO ARTIFICIAL.
Tipo de contato
LÍQUIDO
Síndrome tóxica
QUEIMARÁ A PELE. QUEIMARÁ OS OLHOS. PREJUDICIAL, SE INGERIDO.
Tratamento
REMOVER ROUPAS E SAPATOS CONTAMINADOS E ENXAGUAR COM MUITA ÁGUA.
MANTER AS PÁLPEBRAS ABERTAS E ENXAGUAR COM MUITA ÁGUA. NÃO PROVOCAR O
VÔMITO.
Temperatura e armazenamento
AMBIENTE.
Ventilação para transporte
ABERTA.
Estabilidade durante o transporte
ESTÁVEL. Usos
FABRICAÇÃO DE FERTILIZANTES, PRODUTOS QUÍMICOS DIVERSOS,PIGMENTOS
INORGÂNICOS, REFINO DE PETRÓLEO, BANHOS DE ELETRODEPOSIÇÃO (COMO
DECAPANTE DE FERRO E AÇO), FABRICAÇÃO DE RAYON E FILMES, REAGENTE DE
LABORATÓRIO, METALURGIA DOS NÃO FERROSOS. (OBS.3) Grau de pureza
TÉCNICO (33% a 98%).Radioatividade
NÃO TEM. Método de coleta
DADO NÃO DISPONÍVEL.
Código NAS (National Academy of Sciences)
FOGO
Fogo: 0 SAÚDE
Vapor Irritante: 2
Líquido/Sólido Irritante: 4
Venenos: 2 POLUIÇÃO DAS ÁGUAS
Toxicidade humana: 2
Toxicidade aquática: 3
Efeito estético: 2 REATIVIDADE
Outros Produtos Químicos: 4
Água: 3
Auto reação: 0
1) PROIBIDO USAR ÁGUA. 2) M.C.T.: SER HUMANO: TCLo = 800 ug/m³ (EFEITO TÓXICO NA BOCA)
TCLo(15 min) = 5 mg/m³ (EFEITO TÓXICO PULMONAR). 3) FABRICAÇÃO DE EXPLOSIVOS
INDUSTRIAIS, SENDO COMPONENTE DA MISTURA SULFO-NÍTRICA; USADA NA NITRAÇÃO DOS
COMPOSTOS QUE SE TORNAM EXPLOSIVOS. POTENCIAL DE IONIZAÇÃO (PI) = DADO NÃO
DISPONÍVEL. Mais informações:
www.abiquim.org.br/
Avaliação da ocorrência
Consiste no contato inicial com a ocorrência em campo, quando se determina preliminarmente as condições
potenciais de risco e promove o desencadeamento de ações iniciais para minimizar e ou reduzir os impactos
causados pela ocorrência.
Neste sentido, a equipe ao chegar ao local da ocorrência deve:
- se apresentar ao " Posto de Comando" da operação, se houver, ou ao órgão público que estiver efetuando
o atendimento, para se integrar ao desenvolvimento da ocorrência. Caso não esteja estabelecido um posto de
comando, o mesmo deverá ser criado, podendo ser coordenado por um representante de cada instituição pública e
assessorado por representantes de cada instituição privada;
- verificar as informações existentes e buscar o maior número de informações disponíveis.
- realizar uma avaliação detalhada do cenário, proximidade de áreas sensíveis como adensamento
populacionais, com a finalidade de auxiliar na elaboração do diagnóstico.
- circular na área com muita cautela; a direção do vento deverá, sempre que possível, ser mantida nas
costas, aproximar-se do local sinistrado cuidadosamente, evitando qualquer tipo de contato com o produto.
O esforço maior é o de rapidamente identificar riscos imediatos que possam afetar a equipe de atendimento,
o público ou o meio ambiente. A maior preocupação são com os reais ou potenciais riscos de incêndio, explosão,
contaminantes no ar, atmosferas deficientes de oxigênio e radiação ionizante.
Mesmo que grosseiros, os dados iniciais coletados serão usados para estabelecer as estratégias para o
controle da ocorrência, como definição dos recursos humanos que irão integrar as frentes de trabalho, dos
materiais e logística geral necessária (máquinas, equipamentos, ferramentas, materiais), e também dos cuidados
com a segurança, determinando-se o nível de proteção individual adequado para cada cenário.
Com estas informações a equipe poderá:
- Avaliar as ações necessárias para estabilizar e
solucionar a ocorrência;
- Determinar os riscos existentes que possam afetar a
equipe que realiza o atendimento;
- Determinar a necessidade ou não da equipe entrar no
local de risco;
- Coletar informações adicionais que contribuam para o
aumento do nível de segurança ao cenário acidental;
- Identificar os principais riscos e efeitos da ocorrência
sobre o meio ambiente.
Face a constatação de qualquer risco potencial e ou perigo, o local deverá ser imediatamente interditado e
isolado. Zonas de trabalho deverão ser estabelecidas obedecendo critérios técnicos, como os apresentados
abaixo:
Zona Quente - é uma área restrita, imediatamente ao redor do acidente, que se prolonga até o ponto em que
efeitos nocivos não possam mais afetar as pessoas posicionadas fora dela. Dentro desta área ocorrerão as ações de
controle, sendo permitida apenas a presença de pessoal técnico qualificado.
Zona Morna - é uma área demarcada após a zona quente, onde ocorrerão as atividades de descontaminação de
pessoas e equipamentos, bem como suporte ao pessoal de combate direto. Nesta área será permitida somente a
permanência de profissionais especializados, os quais darão apoio as ações de controle desenvolvidas dentro da
zona quente. Eventuais ações de resgate são desencadeadas também a partir desta área.
Zona Fria - área destinada para outras funções de apoio, também conhecida como zona limpa. Imediatamente
estabelecida após a zona morna. É o local onde estará a logística do atendimento como o posicionamento do
"Posto de Comando", estacionamento de viaturas e equipamentos, área de abrigo, descanso, alimentação entre
outros.
Zona de Exclusão - nessa área permanecerão as pessoas e instituições que não possuem qualquer envolvimento
direto com a ocorrência, como imprensa e comunidade.
Zonas de Trabalho - zona quente, zona morna, zona fria e zona de
exclusão
A definição dos limites de cada uma das zonas de trabalho, será dada pelos órgãos públicos envolvidos no
atendimento tais como Corpo de Bombeiros e órgão ambiental e, quando na ausência destes, por equipes técnicas
de outras instituições, qualificadas para o atendimento de emergência envolvendo produtos perigoso.
GÁS NATURAL VEICULAR
O Gás Natural Veicular (GNV) é um combustível “limpo”, composto por uma mistura de gases
extremamente leve, com aproximadamente 90% de metano (CH4). É econômico, pois
proporciona um rendimento maior para o veículo – um carro abastecido com R$50 de gás natural
anda uma distância maior do que um outro com o mesmo valor com gasolina. É seguro, por ser
inflamado apenas quando submetido a uma temperatura de 620º C ( o álcool se inflama a 200ºC
e a gasolina a 300ºC ). É ecológico, pelo fato de não emitir poluentes como óxidos nitrogenosos
(NOX), dióxido de carbono (CO2) e, principalmente, monóxido de carbono.
Os veículos podem ser adaptados em oficinas devidamente credenciadas pelo INMETRO, que os
tornam bi-combustíveis. Isto é, o motorista pode escolher entre o uso do gás natural e o
combustível original de seu veículo. Para isso, basta um clique em uma chave comutadora no
painel. Algumas montadoras já disponibilizam para compra carros estruturados para o uso do gás
natural com garantia de fábrica.
Adotado em diversos países como: Argentina, Austrália, Canadá e vários países da Comunidade
Européia, o GNV tem passado por muitas inovações tecnológicas em diversas montadoras,
principalmente na Europa. Vale lembrar que o GNV nada mais é do que o mesmo gás natural
usado também nos setores industrial, comercial, residencial e de geração de energia.
Atualmente, o Brasil conta com gás natural produzido em algumas regiões e com gás importado.
Antes de ser distribuído por gasodutos, o gás natural passa por uma unidade industrial
denominada Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN). O resultado desse
processamento é um combustível seco, limpo e com excelentes qualidades energéticas para o
consumo em diversos segmentos.
A rede de abastecimento de GNV já conta com mais de 1000 postos espalhados pelo território
nacional e continua em franca expansão, assim como os projetos da rede de gasodutos.
PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS – VEÍCULOS GNV
a)ESTABELECIMENTO DO SOCORRO
· Estabelecer o socorro a 100 mts. do local, no mínimo, em casos de veículos leves
(carros de passeio).
· Limitar as Linhas de mangueiras no menor número possível de militares no combate ao
veículo, em caso de chamas.
· Aproximar com o “vento pelas costas”, além de linha de mangueiras com jato em neblina,
a alta pressão, dando cobertura.
· Proteger as viaturas de forma a não ficarem expostas à linha de deslocamento de ar, em
casos de explosão ou “flashpoint”.
b) ISOLAMENTO
· Deverá ser adotada a evacuação de pessoas e animais, num raio inicial de 400 m. do
local, nos casos de simples vazamento.
100 metros
18
· Nos casos em que houver chamas envolvendo os cilindros, deverá ser adotado um raio
mínimo de 800 m.
· Fica terminantemente proibido o uso de aparelhos eletrônicos no local de socorro.
c) RECONHECIMENTO
Veículo movido a GNV, ainda não possui identificação legal, não sendo portanto, possível a
identificação imediata, sendo necessário observar:
· Quanto ao odor no local.
· Perguntar ao motorista do veículo se o mesmo é abastecido a GNV.
· Orientar quando na passagem de serviço, aos Comunicantes, para que tentem identificar a
informação quanto ao combustível do veículo, na solicitação do evento.
· Observar quanto à propagação não condizente quanto à classe “A”, ou seja, jatos ou
“línguas de fogo”.
· Observar quanto à coloração do fogo (chama azulada).
· Deverá o Comandante ou Chefe de Operações, identificar a fonte de vazamento
ou foco de incêndio e suas respectivas válvulas de fechamento, conforme o
esquema supracitado, verificando o melhor acesso ao local.
d) SALVAMENTO
Após ser estabelecido a segurança no local, deverá ser procedido ao salvamento das
vítimas. Quanto aos riscos para a saúde o GNV oferece:
· Pode ser nocivo se inalado.
· O contato poderá provocar queimaduras na pele.
· Os vapores podem causar tontura ou sufocação.
· O contato com o líquido, poderá causar lesões na pele por congelamento.
· Em contato com o fogo pode produzir gases irritantes ou venenosos. São obrigatórios o
uso da Roupa de Aproximação com capacete e viseira abaixada, além do uso de Equipamento
de Proteção Respiratória (EPR), máscara autônoma.
EMERGÊNCIAS EM ELEVADOR
EMERGÊNCIA EM ELEVADOR conhecer os princípios de funcionamento de um elevador e as emergências específicas de cada fabricante de elevador.
O elevador é um dos meios de transporte mais seguros do mundo, mas falhas no fornecimento de energia elétrica ou parada ocasional do elevador podem acontecer. Quando isso ocorre é comum, num primeiro momento, as pessoas ficarem assustadas. Mas, manter a calma e pedir ajuda são as atitudes mais corretas. Projetados para manter o mesmo nível de segurança durante essas ocorrências, os elevadores não representam nenhum perigo ao passageiro. Muito pelo contrário. Ficar dentro do elevador, esperando o resgate é muito mais seguro do que tentar sair a qualquer preço. As estatísticas comprovam que a maior incidência de acidentes com elevador está relacionada a atitudes incorretas no resgate de passageiros ou na precipitação do usuário em forçar a saída sem o auxílio de pessoal especializado. Por isso, o passageiro não deve aceitar a ajuda de pessoas não habilitadas para sair do elevador e nem tentar sair sozinho. O correto é pedir ajuda através do botão de alarme ou do interfone, permanecer calmo, de preferência sentado, e aguardar a equipe técnica. É importante salientar que a cabina do elevador possui aberturas de ventilação próprias para garantir a renovação do ar. As recomendações para administradores, zeladores, porteiros e moradores são: • Chame a Equipe de BC da edificação e informe que existe passageiro retido; • Identifique em qual piso o elevador está parado; • Contate o passageiro e procure tranqüilizá-lo. Se possível, converse com ele até a assistência técnica chegar; • Oriente o passageiro para não tentar sair da cabina e informe sobre as providências que estão sendo tomadas; • Em situações graves, fora de controle, acione também o Corpo de Bombeiros.
Emergência
Se faltar energia elétrica não se afobe. Não tente sair do elevador sozinho e muito cuidado com a ajuda de outras pessoas. Aguarde a rápida intervenção dos BC da edificação e da empresa que presta Serviços de Assistência Técnica que faz a manutenção do elevadores que dá prioridade para esses casos. Só assim a operação será inteiramente segura A ocorrência de elevador parado com passageiro retido na cabina tem prioridade de atendimento para a equipe de BC da edificação que tem Elevadores. Quando a Central de Atendimento recebe o chamado, imediatamente repassa a solicitação para a equipe técnica de campo. O técnico que estiver mais próximo do local é quem vai atender o chamado e efetuar o resgate do passageiro. "Chegando ao local, ele segue as recomendações da empresa para o resgate seguro dos passageiros e, posteriormente, avalia o que aconteceu com o elevador", Vale reforçar, que o grande problema está em administrar a ansiedade do passageiro e controlar o ímpeto de algumas pessoas em efetuar o resgate de forma incorreta, colocando em risco a vida do passageiro", os BC devem sempre estar em sintonia com as equipes
que fazem a manutenção do elevadores e estar bem preparados para realizarem o salvamento adequado.
Cursos para Bombeiros Civis Para evitar problemas no resgate de passageiros, os BC devem fazer cursos de resgate em elevadores, as empresas que fabricam estes elevadores, oferecem cursos para os profissionais que trabalhem na área operacional da edificação, Ex: Os Bombeiros Civis de edifícios com elevadores sob sua manutenção técnica. O objetivo é conscientizá-los dos riscos e responsabilidades de um resgate inadequado. Durante os cursos realizados nas Unidades da empresa, esses profissionais recebem informações sobre como funciona o elevador, quais são os cuidados que devem ser tomados para garantir seu pleno funcionamento e quais são os procedimentos corretos para evitar problemas ou acidentes, visando a segurança dos passageiros transportados. A programação inclui palestras com demonstrações em vídeo, debates sobre os temas apresentados.
Faça a coisa certa
RESGATE DE VÍTIMAS EM ESPAÇOS CONFINADOS
RESGATE DE VÍTIMAS EM ESPAÇOS CONFINADOS Conhecer as normas e procedimentos para resgate de vítimas em espaços confinados.
O QUE SÃO ESPAÇOS CONFINADOS?
SÃO ESPAÇOS QUE POSSUEM ABERTURAS DE ENTRADA E SAÍDALIMITADAS;
NÃO POSSUEM VENTILAÇÃO NATURAL;
PODEM TER POUCO OU NENHUM OXIGÊNIO
PODEM CONTER PRODUTOS TÓXICOSOU INFLAMÁVEIS;
PODEM CONTER OUTROS RISCOS, E
NÃO SÃO FEITOS PARA OCUPAÇÃOCONTÍNUA POR TRABALHADORES.
ONDE É ENCONTRADO O ESPAÇO CONFINADO?
INDÚSTRIA DE PAPEL E CELULOSE.
INDUSTRIA GRÁFICA
INDUSTRIA ALIMENTÍCIA
INDUSTRIA DA BORRACHA, DO COURO E TÊXTIL.
INDÚSTRIA NAVAL E OPERAÇÕES MARÍTIMAS.
INDUSTRIA QUÍMICA E PETROQUÍMICAS
Tanques de Armazenamento
Tubulações ONDE É ENCONTRADO O ESPAÇO CONFINADO?
SERVIÇOS DE GÁS.
SERVIÇOS DE ÁGUASE ESGOTO. SERVIÇOS DE ELETRICIDADE.
SERVIÇOS DE TELEFONIA.
CONSTRUÇÃO CIVIL.
BENEFICIAMENTO DE MINÉRIOS.
SIDERÚRGICAS E METALÚRGICAS.
SIDERÚRGICAS E METALÚRGICAS.
AGRICULTURA.
AGRO-INDÚSTRIA. TIPOS DE TRABALHOS EM ESPAÇOS CONFINADOS:
OBRAS DA CONSTRUÇÃO CIVIL.
OPERAÇÕES DE SALVAMENTO E RESGATE
MANUTENÇÃO, REPAROS, LIMPEZAOU INSPEÇÃO DE EQUIPAMENTOSOU RESERVATÓRIOS.
RISCOS QUANDO SE TRABALHA EM ESPAÇOS CONFINADOS:
FALTA OU EXCESSO DE OXIGÊNIO.
INCÊNDIO OU EXPLOSÃO, PELA PRESENÇADE VAPORES E GASES INFLAMÁVEIS.
INTOXICAÇÕES POR SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS.
INFECÇÕES POR AGENTES BIOLÓGICOS.
AFOGAMENTOS.
SOTERRAMENTOS.
QUEDAS.
CHOQUES ELÉTRICOS. TODOS ESTES RISCOS PODEM LEVAR A MORTES OU DOENÇAS.
COMO EVITAR ACIDENTES EM ESPAÇOS CONFINADOS? CERTIFICANDO-SE QUE A SUA EMPRESA: SEGUE A NBR 14.787 –“ESPAÇOS CONFINADOS –PREVENÇÃO DE ACIDENTES, PROCEDIMENTOS E MEDIDAS DE PROTEÇÃO”. E ATENDE A NR 18.20 –“LOCAIS CONFINADOS”.
QUANDO VOCÊ PODE ENTRAR EM UM ESPAÇO CONFINADO? SOMENTE QUANDO SUA EMPRESA FORNECER A :
AUTORIZAÇÃO NA FOLHA DE PERMISSÃO DE ENTRADA,
ESSA FOLHA DE PERMISSÃO DE ENTRADA POR LEI E É EXECUTADA PELO SUPERVISOR.
O SERVIÇO A SER EXECUTADO DEVE SEMPRE SER ACOMPANHADO.
A EMPRESA DEVE PROVIDENCIAR:
Treinamentos Inspeção Prévia do Local.
.Exames Médicos. Folha de Permissão de Entrada. A EMPRESA DEVE PROVIDENCIAR:
SINALIZAÇÃO E ISOLAMENTODA ÁREA .
SUPERVISOR DE BRIGADA DE ENTRADA E AUXILIAR (BC).
EQUIPAMENTOS MEDIDORES DE OXIGÊNIO, GASES E VAPORES TÓXICOS E
INFLAMÁVEIS.
EQUIPAMENTOS DE VENTILAÇÃO.
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃOINDIVIDUAL.
EQUIPAMENTOS DE COMUNICAÇÃO E ILUMINAÇÃO.
EQUIPAMENTOS DE RESGATE.
DIREITOS DO BOMBEIRO CIVIL – ENTRADA SEGURA ENTRAR EM ESPAÇO CONFINADO SOMENTE APÓS O SUPERVISOR DE BRIGADA DER ENTRADA E REALIZAR TODOS OS TESTES E ADOTAR AS MEDIDAS DE CONTROLE NECESSÁRIAS.
NÃO ENTRAR EM ESPAÇO CONFINADO, CASO AS CONDIÇÕES DE TRABALHO NÃO SEJAM SEGURAS.
Portaria nº 3214, do Ministério do Trabalho, Norma Regulamentadora nº9 –item 9.6.3.
CONHECER OS RISCOS DO TRABALHO A SER EXECUTADO.
CONHECER O TRABALHO A SER EXECUTADO.
CONHECER OS PROCEDIMENTOS E EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA PARA EXECUTARO TRABALHO
RECEBER TODOS OS EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA NECESSÁRIOS PARA EXECUÇÃO DOS TRABALHOS.
CONHECER OS PROCEDIMENTOS E EQUIPAMENTOS DE RESGATE E PRIMEIROS SOCORROS.
DEVERES DO BOMBEIRO CIVIL:
FAZER OS EXAMES MÉDICOS.
COMUNICAR RISCOS.
PARTICIPAR DOS TREINAMENTOS ESEGUIR AS INFORMAÇÕES DE SEGURANÇA.
USAR OS EQUIPAMENTOSDE PROTEÇÃO FORNECIDOS.
MEDIDAS DE SEGURANÇA – FOLHA DE PERMISSÃO DE ENTRADA
A FOLHA DE PERMISSÃO DE ENTRADA CONTÉM PROCEDIMENTOS ESCRITOS DE SEGURANÇA E EMERGÊNCIA.
VERIFICAR SE AS MEDIDAS DE SEGURANÇA FORAM IMPLANTADAS E SE A FOLHA DE PERMISSÃO DE ENTRADA ESTÁ ASSINADA PELO SUPERVISOR DE ENTRADA.
O TRABALHADOR DEVE ENTRAR NO ESPAÇO CONFINADO COM UMA CÓPIA DA FOLHA DE PERMISSÃO DE ENTRADA.
MEDIDAS DE SEGURANÇA – SINALIZAÇÃO E ISOLAMENTO DA ÁREA
A SINALIZAÇÃOÉIMPORTANTE PARAINFORMAÇÃO E ALERTA QUANTO AOSRISCOS EM ESPAÇOS CONFINADOS.
O ISOLAMENTO É NECESSÁRIO PARA EVITAR QUE PESSOAS NÃO AUTORIZADAS SE APROXIMEM DO ESPAÇO CONFINADO
MEDIDAS DE SEGURANÇA – SUPERVISOR DE BRIGADA DE ENTRADA O SUPERVISOR DE BRIGADA DE ENTRADA DEVE:
VERIFICAR OS RISCOS DE ACIDENTES.
REALIZAR AS MEDIÇÕES DO NÍVEL DE OXIGÊNIO, GASES E VAPORES TÓXICOS E INFLAMÁVEIS.
PROVIDENCIAR E MANTER OS EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA E DE RESGATE NECESSÁRIOS.
RESPONSABILIZAR-SE PELAS INFORMAÇÕES CONTIDAS NA FOLHA DE PERMISSÃO DE ENTRADA.
MEDIDAS DE SEGURANÇA – DESLIGAMENTO DE ENERGIA, TRANCA E SINALIZAÇÃO
O SUPERVISOR DE BRIGADA DE ENTRADA DEVE:
DESLIGAR A ENERGIA ELÉTRICA, TRANCAR COM CHAVE OU CADEADO E SINALIZAR QUADROS ELÉTRICOS PARA EVITAR MOVIMENTAÇÃO ACIDENTAL DE MÁQUINAS OU CHOQUES ELÉTRICOS QUANDO O TRABALHADOR AUTORIZADO ESTIVER NO INTERIOR DO ESPAÇO CONFINADO.
O BOMBEIRO CIVIL QUE FICAR DE FORA DO ESPAÇO CONFINADO DEVE:
FICAR O TEMPO TODOEMCONTATO COM A EQUIPE NO INTERIOR DO ESPAÇO CONFINADO.
ACIONAR OS SERVIÇO DE RESGATEE PRIMEIROS SOCORROS. MEDIDAS DE SEGURANÇA – TESTES DO AR
• OS TESTES DO AR INTERNO SÃO MEDIÇÕES PARA VERIFICAÇÃO DOS NÍVEIS DE OXIGÊNIO, GASES E VAPORES TÓXICOS E INFLAMÁVEIS
• ANTES QUE O BOMBEIRO CIVIL ENTRE EM UM ESPAÇO CONFINADO, O SUPERVISOR
DE BRIGADA DE ENTRADA DEVE REALIZAR TESTES INICIAIS DO AR INTERNO.
• DURANTE AS MEDIÇÕES, O SUPERVISOR DE BRIGADA DE ENTRADA DEVE ESTAR FORA DO ESPAÇO CONFINADO.
• AS MEDIÇÕES SÃO NECESSÁRIAS PARA QUE NÃO OCORRAM ACIDENTES POR ASFIXIA, INTOXICAÇÃO, INCÊNDIO OU EXPLOSÃO.
• AS MEDIÇÕES SÃO NECESSÁRIAS PARA QUE NÃO OCORRAM ACIDENTES POR ASFIXIA, INTOXICAÇÃO, INCÊNDIO OU EXPLOSÃO.
MEDIDAS DE SEGURANÇA – VENTILAÇÃO
NÃO VENTILAR ESPAÇOS CONFINADOS COM OXIGÊNIO
O USO DE OXIGÊNIO PARA VENTILAÇÃO DE LOCAL CONFINADO AUMENTA O RISCO DE INCÊNDIO E EXPLOSÃO.
DURANTE TODO O TRABALHO NO ESPAÇO CONFINADO DEVE SER UTILIZADA VENTILAÇÃO ADEQUADA PARA GARANTIR A RENOVAÇÃO CONTÍNUA DO AR.
MEDIDAS DE SEGURANÇA – EPI
OS EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL –EPIs DEVEM SER FORNECIDOS A TODOS OS BOMBEIROS CIVIS EM SERVIÇO.
DEVEM SER UTILIZADOS EPIs ADEQUADOS PARA CADA SITUAÇÃO DE RISCO EXISTENTE.
O BOMBEIRO CIVIL DEVE SER TREINADO QUANTO AO USO ADEQUADO DO EPI.
MEDIDAS DE SEGURANÇA – OBJETOS PROIBIDOS
CIGARROS NUNCA FUME NO ESPAÇO CONFINADO!
TELEFONE CELULAR NÃO DEVE SER UTILIZADO COMO APARELHO DE COMUNICAÇÃO E MESPAÇO CONFINADO.
VELAS – FÓSFOROS - ISQUEIROS NÃO DEVEM SER UTILIZADOS.
OBJETOS NECESSÁRIOS À EXECUÇÃO DO TRABALHO QUE PRODUZAM CALOR, CHAMAS OU FAÍSCAS, DEVEM SER PREVISTOS NA FOLHA DE PERMISSÃO DE ENTRADA.
MEDIDAS DE SEGURANÇA -EQUIPAMENTOS ESPECIAIS
DEVEM SER FORNECIDOS EQUIPAMENTOS ESPECIAIS PARA TRABALHOSEM ESPAÇOS CONFINADOS COMO:
LANTERNAS E RADIOS DE COMUNICAÇÃO
DETECTORES DE GASES, À PROVA DE EXPLOSÃO.
MEDIDAS DE EMERGÊNCIA E RESGATE
O SUPERVISOR DE BRIGADA DEVE ELABORAR E IMPLANTAR PROCEDIMENTOS DE EMERGÊNCIA E RESGATE ADEQUADOS AO ESPAÇO CONFINADO
O EMPREGADOR DEVE FORNECER EQUIPAMENTOS E ACESSÓRIOS QUE POSSIBILITEM MEIOS SEGUROS DE RESGATE.
OS BOMBEIROS CIVIS DEVEM SER TREINADOS PARA SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA E RESGATE.
SITUAÇÃO DE TREINAMENTO COM SIMULAÇÃO DE OPERAÇÃO DE SALVAMENTO E RESGATE.
HELIPONTO E HELIPORTO
colocar a norma técnica 031 do cbmgo
RESGATE DE VÍTIMAS EM ALTURAS
Técnicas de Salvamento em Grande Ângulo
Finalidades Para a concretização das diversas Operações de Salvamento (Resgate) em locais de difícil
acesso, edifícios de grande altura, em zonas de montanha ou alta montanha e, noutros
locais de risco acrescido, recorre-se às diversas técnicas de escalada & montanhismo. Estas,
são a base de todo o nosso trabalho.
Técnicas Especiais de Socorro Os equipamentos necessários para se realizar um resgate de um sinistrado sem que haja
algum dano para o resgatado e resgatador, são:
Reuniões;
Bloqueadores e descensores;
Roldanas;
Nós;
Cordas;
Macas;
Outros - todo o material de escalada, incluindo alguns
equipamentos especiais de protecção e transporte de sinistrados de zonas
isoladas para as viaturas de socorro; nestes, temos como meios de salvamento os
meios improvisados de transporte, meios flexíveis de transporte e meios rígidos
de transporte.
Ao utilizar técnicas de Socorro, é necessário:
Conhecer os materiais e técnicas de escalada;
Ter conhecimentos em Primeiros Socorros;
Conhecer os meios de salvamento;
Dominar as técnicas de salvamento (técnica de descensão – rappel,
técnica de ascensão, slide, tirolesa, progressão no solo).
Meios de Salvamento:
Meios Improvisados de Transporte (são todos os meios rápidos, capazes de solucionar uma eventual situação de
transporte de um ferido com o material disponível na ocasião);
Meios Flexíveis de Transporte (são os meios específicos utilizados por uma equipa de salvamento);
Meios Rígidos de Transporte (são os meios de salvamento que proporcionam um máximo de apoio e protecção á
vítima, graças á sua rigidez. Materiais já utilizados por uma equipa de salvamento.
Bouldering
Realização de técnicas específicas a baixa altura, incluindo deslocamentos laterais. Realizado
sem segurança, pode-se, no entanto, utilizar colchões de queda ou um companheiro que tenta
segura-lo em caso de queda.
Escalada com segurança por cima (top rope) Qualquer que seja o ponto onde se dê uma queda, o escalador não sofrerá muito pois a reunião encontra-se acima
dele, no topo da via.-
Escalada a abrir O escalador progride mosquetonando os pontos de protecção (sem os utilizar para descansar).
A queda terá, no caso do escalador ter passado acima do último ponto de protecção, o dobro
da distância percorrida acima daquele. É, por isso, mais desgastante quer física quer
mentalmente.
O escalador progride mosquetonando os pontos de protecção (sem os utilizar para descansar).
A queda terá, no caso do escalador ter passado acima do último ponto de protecção, o dobro
da distância percorrida acima daquele. É, por isso, mais desgastante quer física quer
mentalmente
.
Conhecer o material a utilizar: Corda
Para reter uma queda e absorver a sua energia, utilizamos uma corda em nylon do tipo
dinâmico que se alonga quando sofre um choque. A corda é constituída pelo exterior
entrelaçado que protege a alma do uso – a camisa. A alma é constituída por um entrelaçado
de poliamida. Para os nossos objectivos, a escolha recaiu em diversos tipos de cordas com
camisa reforçada e de diâmetro superior a 10mm, quer dinâmicas quer estáticas.
Fita
Utiliza-se para fazer as reuniões ou improvisação de arneses, devem preferir-se as de configuração tubular.
Baudrier
Também designado por arnês, é o elemento que faz a ligação da corda ao nosso corpo. Deve
ser escolhido criteriosamente tendo em conta o modelo e tamanho adequados. São utilizados
modelos reguláveis (adequam-se a vários tamanhos) com sistemas de fecho muito seguros.
"Expresses"
O nome pelo qual é conhecido o conjunto de dois mosquetões e uma cinta cosida. De um lado um mosquetão com
um gancho de abertura recto para mosquetonar a plaqueta e um curvo para mosquetonar a corda. São utilizados
em escalada desportiva ("a abrir").
Saco de Magnésio
Devido á transpiração, por vezes, perde-se aderência nas presas (pontos de apoio), servindo o
magnésio para contrariar esse efeito.
Pés de Gato
Sapatos especiais com elevada aderência e específicos para a escalada.
Mosquetão de segurança (ou de fecho)
Utilizado para várias técnicas e manobras na escalada.Podem ter fecho automático ou de rosca.
Descensor de oito
Usado na seguraça e no rappel. Existem vários modelos, mas convém que seja testado, pois é um dos raros
elementos sobre os quais não há contra-segurança.
Descensor catch (ou tubo)
Usado também na seguraça, apresenta-se como uma boa alternativa ao oito, pela sua leveza e simplicidade.
Grigri
Sistema de auto-blocagem muito seguro (basta abandonar o sistema que este se auto-bloqueie), também utilizado
na segurança. É um bom investimento, já que para descidas, só é necessário verificar se está corretamente
encordoado e se a corda tem o comprimento suficiente (dar um nó na corda no extremo contrário ao do
escalador).
Cuidados a ter com o material Corda
A corda deve ser homologada pelo UIAA;
Evitar a exposição aos raios UV do sol; Evitar a exposição ao calor excessivo (ex: deixar a corda dentro do carro
ao sol); Evitar deixa-la em contacto com produtos químicos (produtos corrosivos e até microorganismos em
ambiente húmido); Evitar a abrasão na rocha, o atrito dos mosquetões e as queimaduras do rappel; Marcar o meio
da corda com fita adesiva; Lavar a corda, se esta estiver muito suja, com água morna e sabão neutro e secando-a à
sombra. Substituir as cordas por períodos de 4 ou 5 anos ou, em caso de quedas extremas (factor acima de 1,5).
Baudrier Deve ser substituído em períodos de 5 anos, ou em caso de queda extrema; Tal como a corda, deve evitar-se a
exposição factores danificadores acima referidos.
Realizar os nós corretamente Os nós são a BASE DE TODO O TRABALHO. A realização dos nós deve, principalmente no início , ser
verificada por monitor ou formador responsável. Sugere-se um treino prévio e apurado dos mesmos, até
mesmo com os olhos vendados. Treinar também a execução de um nó ou de uma série de tarefas
encadeadas (por ex. fazer cadeirinha, colocar o mosquetão e encordoar o descensor oito para fazer
segurança). Convém que haja uma verificação de todos os procedimentos de segurança.
Técnicas Encordoamento O encordoamento deve ser feito directamente sobre os dois pontos de segurança do baudrier e
não só pelo anel. No caso da escalada na escola, pode fazer-se o nó de oito duplo e encordoar-se com um
mosquetão de segurança, evitando assim o fazer e o "desfazer" de sucessivos nós de oito.
Colocar o baudrier: O anel de segurança do baudrier deve ficar para frente, deve ficar ajustado e deve ser escolhido de acordo com as
medidas corporais do indivíduo. Deve prestar-se atenção aos fechos dos baudriers – "os «dangers» tapados".
Fazer a "cadeirinha" (com fitas) A utilização dos arneses improvisados ("cadeirinhas") deve ser evitado. No entanto, se optarmos pela sua
utilização deve-se redobrar a atenção relativamente à sua execução: devem utilizar-se nós apropriados para este
material (nó direito ou sangle), deve ficar justa e com dois pontos de segurança.
Utilização dos mosquetões Os mosquetões a utilizar nos principais pontos de segurança devem ser os chamados mosquetões de segurança
(ou fecho), que possuem um fecho automático ou em rosca, evitando assim a sua abertura acidental.
Mosquetonagem No caso da escalada a abrir é necessário ir colocando os expresses à medida que se sobe via. Esta técnica requer
alguma destreza e concentração, pois, aquando de uma subida com um nível de dificuldade mais elevado tem que
ser realizado rapidamente e com segurança. Podem ser usadas duas técnicas:
1ª Segurar o mosquetão com o dedo médio e mosquetonar a corda com o polegar e o indicador;
2ª Segurar o mosquetão com o polegar e empurrar a corda através do gancho com o indicador e o dedo médio.
Durante esta manobra, o escalador deve fixar a sua posição e mosquetonar, tendo em atenção o sentido da
progressão e a orientação dos mosquetões (ver as figuras seguintes).
Reuniões São os pontos onde se fixam os pontos de seguraça. Podem ser fixas, através de elementos
naturais, tais como grandes rochas (muito superiores ao peso dos escaladores e sem perigo de
deslizar), grandes árvores, etc., ou através de fixações artificiais, conjunto de plaquetas e
cadeados ou fitas. Quando não conhecemos a via a escalar devemos verificar o estado das
reuniões e das plaquetas.
Fazer a Segurança ao escalador Elemento de superior importância na escalada, o elemento segurador, deve ter muita atenção ao encordoamento
no oito de acordo com a técnica prevista, assim como, como a colocação das mãos e do mosquetão de segurança.
Deve ainda, prever as possíveis quedas nos passos mais difíceis da escalada, bloqueando antecipadamente a corda
com técnica adequada ("mão que segura a corda atrás das costas") prevenindo uma queda mais grave.
Outra possibilidade de fazer seguraça à escalada é através do grigri. Por ser um elemento auto-blocante, torna-se
mais fácil e mais seguro de utilizar.
Aspectos a ter em linha de conta: colocação e movimentação das mãos, quer seja com o descensor de oito, quer com o grigri; posição do corpo
(com um apoio avançado);
segurador deve estar perto da parede para evitar ser puxado contra ela em caso de queda e, caso isso aconteça,
deve colocar um pé contra a parede para amortecimento do choque; relação do peso do escalador com o
segurador; dar corda para descida em rappell ou para passo em dificuldade; no caso da escalada "a abrir", a
mosquetonagem, é sempre um momento crítico porque o escalador encontra-se suspenso de um só braço e está
acima da última protecção arriscando-se a cair ao puxar a corda, o que aumenta consideravelmente a queda;
no momento da queda o segurador pode dar um passo em frente para evitar que a queda seja demasiado "seca",
participando no amortecimento do choque; inicialmente colocar um colega a fazer dupla segurança.
Escalar em "top rope" ou "a abrir" Respeitando sempre os seguintes princípios: 3 pontos de apoio: o escalador deve, sempre que possível, ter
três pontos de apoio bem seguros para deslocar o outro.
Verticalidade (corpo próximo da parede): Durante a escalada (excepto nos declives positivos) o centro de
gravidade (g) não "cai" no normal polígono de sustentação, ou seja entre os dois pés quando nos encontramos de
pé no solo. Por isso os membros superiores têm que equilibrar a componente horizontal da força de gravidade.
No exemplo acima, na medida do possível, devemos estabilizar a linha de forças nos três pontos: (A) ponto de
aplicação da mão em apoio; (g) o centro de gravidade; (B) ponto de aplicação do pé em ação de elevação (fig 1).
Existem três possibilidades:
1º Passar o pé de acção para a linha do centro de gravidade (fig. 2);
2º Ou, transferir o centro de gravidade sobre o pé através de um deslocamento lateral (fig. 3);
3º Ou, por fim, tentar elevar-se aproximando o mais possível a bacia pélvica da parede, mantendo o alinhamento
inicial (fig. 4).
A regra das distâncias: as mãos e os pés devem percorrer pequenas distâncias entre os pontos de apoio. As mãos
devem manter-se abaixo da cabeça e pés abaixo dos joelhos. A progressão deve ser feita em pequenos passos.
Para uma maior economia de esforço, os membros superiores não deverão fazer a tração, esta deve ser feita,
sempre que possível, pelos membros inferiores.
Descer em rappel Depois de escalar a via é, por vezes, necessário desce-la sem segurança realizada por outro companheiro. A
técnica utilizada é o rappel através do descensor oito e deve ser complementada, para uma maior segurança, com
o nó Machard entrelaçado. Quando o escalador desce a via com o auxílio do companheiro que faz segurança,
aquele deve adoptar a mesma posição do corpo como no rappel. No caso de se utilizar a mesma corda da
escalada, deve utilizar-se em dupla, para depois ser possível recupera-la (ver fig.)
Queda Existem três tipos de quedas que nos interessam:
Queda do 1º sem nenhum ponto intermédio entre ele e a reunião. Evidente que o este tipo de queda é grave, o
escalador cai abaixo da reunião existindo mesmo o risco de a arrancar. Queda do 1º com um (ou mais) pontos de
segurança entre ele e a reunião. Queda do escalador seguro por cima.
Durante uma queda devemos tentar saltar para fora da parede e ter especial cuidado aquando do regresso a esta;
por isso, devemos permanecer virados para esta (agarrar a corda junto ao nó de oito e não o express, pois este
pode abrir). Na medida do possível, o contacto deve ser feito com os pés e em amortecimento.
Estratégia Antes
Recolher o máximo de informação acerca do local onde se vai fazer escalada ou salvamento, tais como:
quem equipou as vias; a idade do equipamento; condições meteorológicas; natureza da rocha; altura das
vias;
Antes de iniciar a escalada verificar todos os requisitos de segurança, tais como: nós, baudrier, etc.;
No caso da escalada a abrir, prever os pontos de mosquetonagem e preparar previamente os expresses de
acordo com a progressão prevista;
Verificar se as condições atmosféricas permitem uma subida em segurança.
Durante
Permanecer concentrado;
Saber descansar física e mentalmente, restabelecendo a circulação sanguínea e a respiração após uma ação
mais vigorosa, nomeadamente em contração estática;
Saber observar as presas para uma melhor utilização das mesmas e imaginar os passos seguintes.
Após
Saber descontrair e voltar à calma;
Refletir sobre a prática, avaliando os aspectos positivos e negativos realizados;
Código Fonético e código Q
A função do código fonético e código Q, é simplificar, dar maior fluidez, e principalmente o entendimento entre operadores de radiocomunicação em qualquer idioma, tanto falado, quanto codificado em Código Morse, pela substituição de informações por um conjunto de três letras, sempre iniciadas pela letra Q.
Código Fonético A – Alfa B - Bravo C – Charlie D - Delta E – Eco F - Fox G – Golf H - Hotel I – Índia J - Juliet K – Kilo L - Lima M – Myke N - November O – Oscar P - Papa Q – Quebec R - Romeo S – Sierra T - Tango U – Uniform V - Victor W – Whisky X - Ex-Ray Y – Yankee Z - Zulu
Código Q
QRA - Nome da estação QRB - Qual a distância? QRD - Qual a sua localização QRG - Freqüência de operação QRI - Tonalidade de sinais (1 a 5) QRH - Sua freqüência varia QRK - Inteligibilidade dos sinais (1 a 5) QRL - Estou ocupado, não interfira QRM - Interferência de outra estação QRN - Interferência atmosférica ou estática QRO - Aumente sua potência QRP - Diminuir sua potência QRQ - Manipule mais rápido QRR - S.O.S. terrestre QRS - Manipule mais devagar QRT - Vou parar de transmitir QRU - Você tem algo para mim? QRV - Estarei à sua disposição QRW - Estação “X” chama em ...KHz/s QRX - Aguarde sua vez de transmitir
QRY - Quando será minha vez de transmitir QRZ - Quem me chama? QSA - Intensidade dos sinais QSB - Seu sinal varia QSD - Sua Transmissão é defeituosa QSJ - Taxa, dinheiro QSL - Entendido, confirmado QSM - Repita a última mensagem QSN - Escutou-me? QSO - Comunicado, contato QSP - Retransmissão de mensagem de outra estação QST - Comunicado de interesse geral QSU - Transmitir ou escutar em KHz/s QSV - Transmita uma série em “V” QSW - Transmitirei nesta ou em outra freqüência QSX - Escutarei sua chamada em ...KHz/s QSY - Vou transmitir em outra freqüência QSZ - Devo transmitir cada palavra ou grupo? QTA - Anule a mensagem anterior QTB - Concordo com sua contagem de palavras QTC - Mensagem, Notícia QTH - Local da estação QTR - Horas QTX - Sairei por tempo indeterminado QUD - Recebi seu sinal de urgência QUF - Recebi seu sinal de perigo QAP - Permaneça na escuta Radioamador: O objetivo do radioamador é a intercomunicação, instrução pessoal e os estudos técnicos, sem fins lucrativos. De acordo com a Anatel - Agência Nacional de Telecomunicações - para se tornar um radioamador é necessário autorização, que depende da prévia verificação da capacidade operacional e técnica do interessado, observado através de exames. Com base no resultado dos testes, o radiamador é incluído nas classes A, B, C ou D.
A Licença de Funcionamento de Estação de Radioamador é documento obrigatório que autoriza a instalação e o funcionamento de estação de radioamador. Para a obtenção da licença deve-se comprovar o recolhimento de R$ 32,52 para cada estação fixa; R$ 32,52 para cada estação repetidora e R$ 26,83 para cada estação móvel. Além disso, deverão ser pagos os encargos referentes à execução do serviço e o direito da radiofrequência.
Os interessados em fazer o exame de radioamador devem procurar as diretorias do Labre (Liga Brasileira de Radioamadores), nas capitais dos Estados, ou nos escritórios/unidades operacionais da Anatel para verificar o calendário anual de realização de testes para obtenção do Certificado de Operador de Estação de Radioamador – COER. Para obter o COER não existe qualquer despesa.
Classe A - acesso restrito ao radioamador classe “B”, após decorridos um ano da data de expedição do certificado COER - Certificado de Operador de Estação de Radioamador na classe “B”;
Classe B – menores de 18 anos, após terem decorrido dois anos da data de expedição do COER - Certificado de Operador de Estação de Radioamador classe “C”; ou maiores de 18 anos, em qualquer hipótese;
Classe C – maiores de 10 anos, aprovados nos testes de Técnica e Ética Operacional e Legislação de Telecomunicações;Transmissão e Recepção Auditiva de Sinais em Código Morse;
Classe D - maiores de 10 anos, aprovados nos testes de Técnica e Ética Operacional e Legislação de Telecomunicações.
A licença será concedida apenas nos seguintes casos:
• A brasileiro e maior de 10 anos cabendo aos pais ou responsáveis a responsabilidade de atos ou omissões do menor. • Aos portugueses que tenham obtido o reconhecimento de igualdade de direitos e deveres para com os brasileiros. • A estrangeiros, funcionários de organismos internacionais, dos quais o governo brasileiro participe, desde que estejam prestando serviços no País.
Para saber quais rádios estão homologados pela Anatel basta ligar para (61) 312-2318 ou 312-2613. Mais informações no site www.anatel.gov.br
O Serviço de Rádio do Cidadão, ou PX como é conhecido, continua sendo uma opção de localização, segurança e um meio para conversar com os colegas de profissão.
88 - Beijo 73/51 - Aperto de mão e um abraço Atrás do loco/Corujando - Só ouvindo Aparato - Rádio Ana Maria - (AM) Amplitude modulada Asa dura - Avião Baixar freqüência linha de 500 - Telefonema Batente - Trabalho, serviço Bicorar/Modular - Falar Break - Solicitar QRG Botina - Amplificador de RF Barra móvel - Automóvel Botina branca - Médico Botina preta - Polícia Rodoviária Bailarina - Caneta Balaio de gato - Bagunça no QRG Bigode a bigode - Pessoalmente (ele/ele) Banda lateral - Rádio c/ freqüência SSB Batom a batom - Pessoalmente (ele/ela) Bigodeira - Interferência, batimento Biônica - Estação sofisticada Bruxa - Ventania Copiar - Escutar Capacete - Sogro Chá de Urubu - Café Chá de piriquito - Chimarrão, mate Canaleta - Canal Curto-circuito - Briga Cristalografia - Família Cristal - Esposa Cristalina - Filha Cristalóide - Filho Carvão - Esposo Comer barbante - Esperar Caxinha Preta - Rádio Transmissor Carga pesada - Caminhão Chucrutar - Aumentar canais CQ - Chamada geral Cambio espada - Mensagem longa
Cristalíssima/primeiríssima - Mãe Diamante - Pai Dois metros horizontais - Dormir DX - Contato distante Esparadrapo - Irmão Ducha - Tomar banho Feiticeiro - Técnico de rádio Filamentos - ligar/desligar rádio Fundo de poço - Sinal fraco Gordurames - Comida Grega - Viagem Munhecada - Mancada/erro Loura suada - Cerveja Lambari - Estação fraca Lilico - Butina, bulinear Munheca de pau - Operador novo Macaco preto - Telefone Musiqueiro - Rádio AM/FM Mosca branca - Zona de silêncio Pé de pato/barra náutica - Barco Pé de borracha/ Barra móvel - Carro Pé de sola - a pé Perneta - Colega Pitimbado - Doente/Quebrado Portadora - Transmissão sem áudio Papai Noel - Dentel Pára-raio - Sogra Pirambeira - Sair/Descolar Pipoca - Afilhado PX Maior - Deus QTO - Sanitário Roger-Roger - Câmbio, RR Reco-reco nas costelas - Abraço Shack - Local da estação Santiago - Sinal Trapizunga - Aparelhagem de transmissão Turmalina - Namorada Tapete Branco - Papel Tapete Preto - Asfalto Tubarão - Estação forte KS - Obrigado Terezinha Vasconcelos - Televisão
BIBLIOGRAFIA
APOSTILA DO CURSO DE FORMAÇÃO DE CABOS DO RIO DE JANEIRO (CFAP)
MANUAL DE FORMAÇÃO DOS BOMBEIROS MILITARES DE SÃO PAULO
MANUAL DA ABIQUIM
MANUAL DOS BOMBEIROS DE PORTUGAL
NORMA TÉCNICA 031 DO CBMGO
GUIA PRÁTICO DO BOMBEIRO CIVIL DO RIO DE JANEIRO
GUIA PRÁTICO DO CETESB-PRODUTOS PERIGOSOS
GUIA-ESPAÇO CONFINADO - FUNDACENTRO
ABNT NBR 15219 PLANO DE EMERGÊNCIA CONTRA INCÊNDIO
ABNT NBR 14787 ESPAÇO CONFINADO
ABNT NBR 11861 MANGUEIRAS DE INCÊNDIO – REQUISITOS E MÉTODOS DE ENSAIO
ABNT NBR 12779 MANGUEIRAS DE INCÊNDIO – INSPEÇÃO, MANUTENÇÃO E CUIDADOS
ABNT NBR 14277 INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS PARA TREINAMENTOS DE COMBATE A
INCÊNDIO – REQUISITOS
ABNT NBR 14608 BOMBEIRO PROFISSIONAL CIVIL
NR 18.20 MTE
THYSSEN KRUPP - ELEVADORES
LEI 11.901 – BOMBEIRO CIVIL
PROFESSOR IVAN CAMPOS
LEI 15.802 CÓDIGO ESTADUAL DE PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO, EXPLOSÃO, PÂNICO E
DESASTRES
AMERICAM HEART
WWW.SAUDEEMMOVIMENTO.COM.BR
WWW.GOOGLE.COM.BR
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Departamento Estadual de Trânsito de Goiás. MANUAL DE PRIMEIROSL DE NO TRÂNSITO/ DETRAN-Go ; (org.) Clives Pereira Sanches. Goiânia:
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LIVRO - PHTLS - ATENDIMENTO PRÉ HOSPITALAR AO TRAUMATIZADO- Norman E. McSwain -
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Frame- Jeffrey P. Salomone 6ª edição-editora Elsevier-2007
DÂNGELO, José Geraldo; FATTINI, Carlo Américo. Anatomia Humana Sistêmica e Segmentar. 2ed. São
Paulo: Atheneu, 2001.
Responsáveis pela elaboração do Manual de Formação dos Bombeiros Civis do Estado de Goiás
CRIADORES:
Magno Cesar Silva Santos
Profissão: Bombeiro Civil a 12 anos
Presidente Fundador do Sindicato dos Bombeiros Civis, Socorristas, salva-Vidas das Empresas e das Prestadoras
de Serviços do Estado de Goiás.
Ricardo Guimarães da Rocha
Profissão: Técnico de Enfermagem a 5 anos
Acadêmico em Enfermagem (UNIP) 7º Período