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    1. O que o GNU/DebianO Debian um sistema operacional (SO) livre para seu computador. Um

    sistema operacional um conjunto de programas bsicos e utilitrios quefazem seu computador funcionar. O Debian usa o kernel Linux, mas grandeparte das ferramentas do sistema operacional vm do projeto GNU, da o nomeGNU/Linux.

    O Debian GNU/Linux mais que um simples SO: ele vem com mais de18733 pacotes contendo softwares pr-compilados e distribudos em um bomformato, que torna fcil a instalao deles na sua mquina.

    A ltima verso estvel do Debian 4.0, codinome etch. A ltimaatualizao desta verso foi feita em 8 de Abril de 2007.

    1.1. Quando surgiu?O Debian foi iniciado em agosto de 1993 por Ian Murdock, como uma

    nova distribuio que seria feita abertamente, no esprito do Linux e do projeto

    GNU. O Debian deveria ser feito cuidadosamente e conscienciosamente e sermantido e suportado com cuidado similar. Ele comeou como um grupopequeno de desenvolvedores de Software Livre e cresceu gradualmente parase tornar uma comunidade grande e bem organizada de desenvolvedores eusurios.

    Debian pronunciado /de.bi.n/. e o nome vem do nome de seucriador, Ian Murdock, e sua esposa, Debra.

    1.2. Stable, Testing e UnstableO desenvolvimento da distribuio Debian segue um rgido controle de

    qualidade. A verso conhecida como estvel (stable) exaustivamente testadae corrigida. Quando o conjunto de pacotes atinge esta maturidade, eles socongelados (freeze) na verso em que esto, e uma nova verso estvel lanada.

    O intervalo de tempo entre o lanamento de duas verses estveispode levar 1 ou at 2 anos. O compromisso com a qualidade, ao contrrio deoutras distribuies que soltam releases incompletos, devido as presses demercado. Isto motivo de alguma confuso para aqueles no habituados autilizar o Debian. Quando uma nova verso de um pacote lanada, digamos oGNOME 2.12, ele no includo na verso estvel, que disponibiliza apenas a

    srie 2.8 . Somente problemas graves, como um bug de segurana, quepermitem a alterao de um pacote da distribuio estvel.

    Digamos que a verso estvel do Debian esteja utilizando o Apache1.3.33. Se um bug de segurana for encontrado neste pacote, o time dedesenvolvimento do Apache vai lanar a verso corrigida com o nmero 1.3.33,por exemplo. O time de desenvolvimento do Debian tambm vai corrigir opacote, mas o nmero verso dele ser alterado para 1.3.33-1, por exemplo.Algum no habituado com o Debian pode achar que est usando uma versoerrada.

    Na estrutura de diretrios do software a nova verso do Debian est

    nas rvores teste e instvel. O time de desenvolvimento coloca seus pacotes

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    na rvore experimental. Em seguida os pacotes so migrados para a instvel e,apos algum tempo, eles so migrados para a rvore teste.

    Isto significa que ele j teve um tempo suficiente para testes e noapresentou problemas. possvel fazer a instalao de um sistema com a rvoreteste, mas isso exige conhecimento para resolver problemas com pacotesjovens.

    A verso instvel exige grande conhecimento e capacidade de resolverproblemas de configurao e instalao.O Debian tem sempre trs verses em manuteno constante: stable,testing e unstable.

    1.2.1. StableA distribuio stable contm a ltima distribuio oficialmente

    lanada pela Debian. Essa a verso de produo do Debian, ela arecomendada primariamente.

    A distribuio stable do Debian GNU/Linux est atualmente naverso 5.0 e seu codinome lenny. Ela foi lanada em 14 de fevereiro de 2009.

    1.2.2. TestingA distribuio testing contm pacotes que no foram aceitos

    numa verso stable ainda, mas eles j esto na fila para serem aceitos. Aprincipal vantagem de usar essa distribuio que ela tem verses maisnovas dos programas.

    A atual distribuio testing squeeze.

    1.2.3. Unstable na distribuio unstable que o desenvolvimento ininterrupto

    do Debian ocorre. Geralmente, os usurios dessa distribuio so os prpriosdesenvolvedores e pessoas que gostam de emoes fortes.

    A distribuio unstable sempre possu o codinome sid.

    1.3. Main, Contrib e Non-FreeTodos os pacotes includos distribuio oficial do Debian so livres de

    acordo com a Definio Debian de Software Livre (http://www.debian.org/intro/free) .Isso assegura uso livre e redistribuio de pacotes com seu cdigo fontecompleto. A distribuio oficial do Debian a que est contida na seo maindo repositrio do Debian.

    Como um servio para nossos usurios, provemos pacotes em seesseparadas que no podem ser includas na distribuio main por causa deuma licena restritiva ou problemas legais.

    Os pacotes podem ser classificados quanto ao tipo de Licena deSoftware que seguem. No site do Debian podemos encontrar a seguinteexplicao:

    Contrib - Pacotes nessa rea so livremente licenciados pelo detentordo copyright mas dependem de outros pacotes que no so livres.

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    Non-Free - Pacotes nessa rea tm algumas condies na licena querestringem o uso ou redistribuio do software.

    Non-US/Main - Pacotes nessa rea so livres mas no podem serexportados de um servidor nos EUA.

    Non-US/Non-Free - Pacotes nessa rea tm algumas condies nalicena que restringem o uso ou redistribuio do software. Eles no podem serexportados dos EUA porque eles so pacotes de criptografia que no soreconhecidos pelo procedimento de controle de exportaes, que usado paraos pacotes que esto no Main. Ou ento eles no podem ser armazenados emum servidor nos EUA porque eles esto envolvidos com problema de patentes.Pacotes nessa rea no cessariamente custam dinheiro, mas tm algumascondies onerosas na licena restringindo o uso ou distribuio do software.

    Non-US/Main e Non-US/Non-Free - Esses pacotes no podem serexportados dos EUA, eles so em sua maioria pacotes de software decriptografia ou software que est obstrudo por problemas com patentes. Amaioria deles livre mas alguns so no-livres.

    Note que os mesmos pacotes podem aparecer em muitas distribuies,mas com nmeros de verso diferentes.

    2. Parties, Sistemas de Arquivos e Diretrios

    2.1. PartiesSo divises existentes no disco rgido que marcam onde comea onde

    terminam um sistema de arquivos. Por causa destas divises, ns podemosusar mais de um Sistema Operacional no mesmo computador, ou dividir odisco rgido em uma ou mais partes para ser usado por um nico SistemaOperacional.

    Aps criada e formatada, a partio ser identificada como umdispositivo no diretrio /dev e dever ser montada para permitir seu uso nosistema.

    No Linux, os dispositivos existentes em seu computador soidentificados por um arquivo referente a este dispositivo no diretrio /dev.

    A identificao de discos rgidos no Linux feita da seguinte forma:/dev/hda1| | ||| | | |__ Indica o nmero da partio do HD.| | |___ Letra que indica o HD (a=primeiro, b=segundo...).| |_____ Sigla que indica o tipo do HD (hd=ide, sd=scsi ou sata).|________ Diretrio onde so armazenados dispositivos do sistema.

    2.2. Sistema de Arquivos criado durante a "formatao" da partio do disco. Aps a

    formatao, toda a estrutura para leitura/gravao de arquivos e diretrios

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    pelo Sistema Operacional estar pronta para ser usada. Normalmente estepasso feito durante a instalao de sua distribuio Linux.

    Cada sistema de arquivos tem uma caracterstica em particular mas seupropsito o mesmo: Oferecer ao Sistema Operacional a estrutura necessriapara ler/gravar os arquivos/diretrios.

    2.3. Estrutura de DiretriosO Linux acessa as parties existentes nos discos rgidos e disquetes

    atravs de diretrios. Os diretrios que so usados para acessar (montar)parties, so chamados de Pontos de Montagem. No DOS, cada letra deunidade (C:, D:, E:) identifica uma partio de disco. No Linux, os pontos demontagem fazem parte da grande estrutura do sistema de arquivos raiz.

    O sistema GNU/Linux possui a seguinte estrutura bsica de diretriosorganizados segundo o FHS (Filesystem Hierarchy Standard):

    / Diretrio Raiz ou sistema Raiz

    /binContm arquivos de programas do sistema que so usados comfreqncia pelos usurios.

    /boot Contm arquivos necessrios para inicializao do sistema.

    /cdrom Ponto de montagem de unidades de CD-ROM.

    /dev Contm arquivos usados para acessar dispositivos existentes nocomputador.

    /etc Arquivos de configurao de seu computador.

    /floppy Ponto de montagem de unidades de disquetes./home Diretrios contendo os arquivos dos usurios.

    /lib Bibliotecas compartilhadas pelos programa do sistema e mdulosdo kernel.

    /media,/mnt

    Pontos de montagem de outros dispositivos e unidades de rede.

    /proc

    Sistema de arquivos do kernel. Este diretrio no existe em seudisco rgido, ele colocado l pelo kernel e usado por diversos

    programas que fazem sua leitura, verificam configuraes dosistema ou modificar o funcionamento de dispositivos do sistemaatravs da alterao em seu arquivos.

    /root Diretrio do usurio root.

    /sbin

    Diretrio de programas usados pelo superusurio paraadministrao econtrole do funcionamento do sistema.

    /tmp Diretrio para armazenamento de arquivos temporrios criadospor programas.

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    /usrContm maior parte de seus programas. Normalmente acessvelsomente como leitura.

    /varContm maior parte dos arquivos que so gravados comfreqncia pelos programas do sistema.

    2.4. Por que Criar Vrias Parties ?Vamos citar apenas uma razo, que justamente a segurana. Caso

    venha ocorrer algum tipo de corrupo do sistema de arquivos, somenteaquela partio ser afetada, e desta forma, voc ter apenas que restaurar(atravs de backups que tenha feito) ou refazer aquela partio, nonecessitando realizar qualquer tipo de ajustes em outras partes do sistema.

    Hoje em dia, basicamente os usurios fazem pelo menos 4 parties:/boot partio para os arquivos de inicializao.

    / - partio para o sistema raiz.

    swap partio para memria virtual./home partio para os dados dos usurios.Muitos usurios avanados, assim como empresas de mdio e grande

    porte, se sentem mais seguros colocando os diretrios cruciais do sistema emparties separadas.

    3. Saindo/Reiniciando do/o SistemaOs comandos de reinicializao e de desligamento, somente podem ser

    utilizados pelo usurio root.Comando Descrio

    Logout ou ExitUtilizado pelo usurio para encerrar as atividades desua conta e voltar a tela de solicitao de login

    reboot ou shutdown -r utilizado pelo usurio root para reiniciar o sistema.

    shutdown -h now ouhalt

    utilizado pelo usurio root para desligar o sistemaimediatamente.

    H ainda uma alternativa para que qualquer usurio possa reiniciar osistema, bastando usar a combinao das teclas + + ,mas isto pode ser desabilitado no arquivo /etc/inittab .

    4. Conceitos Bsicos de Utilizao

    4.1. Terminais Virtuais (Consoles)Terminal (ou console) o conjunto de teclado e tela conectados em seu

    computador. O GNU/Linux, faz uso de sua caracterstica multi-usuria usando

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    os "terminais virtuais". Um terminal virtual, uma segunda seo de trabalhocompletamente independente de outras, que pode ser acessada nocomputador local ou remotamente.

    No Linux, em modo texto, voc pode acessar outros terminais virtuaispressionando a tecla e depois a . Cada tecla de funo,corresponde a um nmero de terminal do 1 ao 6 (o stimo usado por padro

    pelo ambiente grfico X). O GNU/Linux possui mais de 63 terminais virtuais,mas apenas 6 esto disponveis inicialmente por motivos de economia dememria RAM (cada terminal virtual ocupa aproximadamente 350 Kb dememria RAM).

    Se estiver usando o modo grfico, voc deve segurar + enquanto pressiona uma tecla de a .

    4.2. Background e ForegroundO Linux gerencia seus processos (programas executando na memria)

    utilizando o conceito de Background e Foreground. De forma simplificada,Foreground significa que os programas sero executados em 1 plano, ouseja, o programa ir utilizar a console corrente de maneira interativa, nopermitindo que o usurio use esta console para qualquer outra atividade.

    De forma contrria, Background significa que os programas seroexecutados em 2 plano, ou seja, eles sero executados de maneira no-interativa sendo que o console no ficar ocupado e o usurio poder utiliz-lo para outras finalidades.

    4.3. Automao na Console

    Por padro, o Debian utiliza um interpretador de comandos (shell)chamado Bash. O Bash inclui vrias facilidades para o usurio, entre eles aauto-complementao e uma combinao de teclas de funcionalidades.Abordaremos neste tpico alguns recursos bsicos que o usurio deverpossuir conhecimento para melhorar a sua experincia na utilizao da consoleou terminais virtuais:

    Comando Resultado

    CTRL + C Termina a execuo de um programa que esteja sendoexecutado em 1 plano.

    CTRL + Z Para (pausa) a execuo de um programa que esteja sendoexecutado em 1 plano.

    CTRL + I Limpa a tela.

    CTRL + A Posiciona o cursor no inicio da linha.

    CTRL + E Posiciona o cursor no final da linha.

    CTRL + D Sa do sistema (logout).

    CTRL + UApaga as expresses a partir do ponto onde o cursor est at oinicio da linha.

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    Insere um caracter aps arquivos executveis ('*'), diretrios('/'), soquete ('='), link simblico ('@') e pipe ('|'). Seu uso til para identificarde forma fcil tipos de arquivos nas listagens de diretrios.

    -G, --no-groupOculta a coluna de grupo do arquivo.

    -h, --human-readableMostra o tamanho dos arquivos em Kbytes, Mbytes, Gbytes.-H

    Faz o mesmo que -h, mas usa unidades de 1000 ao invs de1024 para especificar Kbytes, Mbytes, Gbytes.

    -lUsa o formato longo para listagem de arquivos. Lista as

    permisses, data de modificao, donos, grupos etc.-n

    Usa a identificao de usurio e grupo numrica ao invs dosnomes.

    -L, --dereferenceLista o arquivo original e no o link referente ao arquivo.

    -oUsa a listagem longa sem os donos dos arquivos (mesma

    coisa que -lG).-p

    Mesma coisa que -F, mas no inclui o smbolo '*' em arquivosexecutveis. Esta opo tpica de sistemas Linux.

    -RLista diretrios e sub-diretrios recursivamente.

    Uma listagem feita com o comando ls -la normalmente mostrada da seguinte maneira:

    -rwxr-xr-- 1 marcius gga 8192 nov 4 16:00 testeAbaixo as explicaes de cada parte:-rwxr-xr-- So as permisses de acesso ao arquivo teste. A

    primeira letra (da esquerda) identifica o tipo do arquivo, se tiver um d umdiretrio, se tiver um "-" um arquivo normal. As outras informaes so:

    1 Se for um diretrio, mostra a quantidade de sub-diretriosexistentes dentro dele. Caso for um arquivo, ser 1.marcius Nome do dono do arquivo teste.gga Nome do grupo que o arquivo teste pertence.8192 Tamanho do arquivo (em bytes).nov Ms da criao/ltima modificao do arquivo.4 Dia que o arquivo foi criado.16:00 Hora em que o arquivo foi criado/modificado. Se o arquivo

    foi criado h mais de um ano, em seu lugar mostrado o ano da criao doarquivo.

    teste Nome do arquivo.

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    Exemplos do uso do comando ls:ls - Lista os arquivos do diretrio atual.ls /bin /sbin - Lista os arquivos do diretrio /bin e /sbinls -la /bin - Listagem completa (vertical) dos arquivos do diretrio

    /bin inclusive os ocultos.

    5.1.2. cdEntra em um diretrio. Voc precisa ter a permisso de execuo

    para entrar no diretrio.cd [diretrio]

    onde:diretrio

    Diretrio que deseja entrar.Exemplos:

    Usando cd sem parmetros ou cd ~, voc retornar ao seu diretriode usurio (diretrio home).cd / - retornar ao diretrio raiz.cd - retornar ao diretrio anteriormente acessado.cd .. - sobe um diretrio.cd ../[diretrio] - sobe um diretrio e entra imediatamente no

    prximo (por exemplo, quando voc est em /usr/sbin, voc digita cd ../bin,o comando cd retorna um diretrio (/usr) e entra imediatamente no diretriobin (/usr/bin).

    5.1.3. pwdMostra o nome e caminho do diretrio atual.Voc pode usar o comando pwd para verificar em qual diretrio se

    encontra (caso seu aviso de comandos no mostre isso).

    5.1.4. mkdirCria um diretrio no sistema. Um diretrio usado para

    armazenar arquivos de um determinado tipo. O diretrio pode ser entendidocomo uma pasta onde voc guarda seus papeis (arquivos).

    Como uma pessoa organizada, voc utilizar uma pasta paraguardar cada tipo de documento, da mesma forma voc pode criar um diretriovendas para guardar seus arquivos relacionados com vendas naquele local.

    mkdir [opes] [caminho/diretrio] [caminho1/diretrio1]

    onde:caminho

    Caminho onde o diretrio ser criado.diretrio

    Nome do diretrio que ser criado.

    Opes

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    --verboseMostra uma mensagem para cada diretrio criado. As

    mensagens de erro sero mostradas mesmo que esta opo no seja usada.-p, --parentsCria os diretrios de nvel superior (diretrios pai) do diretrio

    que est sendo criado, caso eles no existo.Para criar um novo diretrio, voc deve ter permisso de gravao.Por exemplo, para criar um diretrio em /tmp com o nome de teste que serusado para gravar arquivos de teste, voc deve usar o comando mkdir/tmp/teste.

    Podem ser criados mais de um diretrio com um nico comando(mkdir /tmp/teste /tmp/teste1 /tmp/teste2).

    5.1.5. rmdirRemove um diretrio do sistema. Este comando faz exatamente o

    contrrio do mkdir. O diretrio a ser removido deve estar vazio e voc deve terpermisso de gravao para remove-lo.

    rmdir [caminho/diretrio] [caminho1/diretrio1]

    onde:caminho

    Caminho do diretrio que ser removido.diretrio

    Nome do diretrio que ser removido. necessrio que esteja um nvel acima do diretrio(s) que ser(o)

    removido(s). Para remover diretrios que contenham arquivos, use o comandorm com a opo -r.Por exemplo, para remover o diretrio /tmp/teste voc deve estar

    no diretrio tmp e executar o comando rmdir teste.

    5.2. Comandos para manipulao de Arquivos

    5.2.1. catMostra o contedo de um arquivo binrio ou texto.cat [opes] [diretrio/arquivo] [diretrio1/arquivo1]

    diretrio/arquivoLocalizao do arquivo que deseja visualizar o contedo.

    Opes

    -n, --numberMostra o nmero das linhas enquanto o contedo do arquivo

    mostrado.-s, --squeeze-blank

    No mostra mais que uma linha em branco entre um pargrafoe outro.

    -

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    L a entrada padro.O comando cat trabalha com arquivos texto. Use o comando zcat

    para ver diretamente arquivos compactados com gzip.Exemplo:

    cat /usr/doc/copyright/GPL

    5.2.2. tacMostra o contedo de um arquivo binrio ou texto (como o cat) s

    que em ordem inversa.tac [opes] [diretrio/arquivo] [diretrio1/arquivo1]

    diretrio/arquivo

    Localizao do arquivo que deseja visualizar o contedoOpes

    -s [string]

    Usa o [string] como separador de registros.-

    L a entrada padro.Exemplo:

    tac /usr/doc/copyright/GPL

    5.2.3. rmApaga arquivos. Tambm pode ser usado para apagar diretrios e

    sub-diretrios vazios ou que contenham arquivos.

    rm [opes][caminho][arquivo/diretrio]onde:

    caminho

    Localizao do arquivo que deseja apagar. Se omitido, assumeque o arquivo esteja no diretrio atual.

    arquivo/diretrio

    Arquivo que ser apagado.

    Opes

    -i, --interactive

    Pergunta antes de remover, esta ativada por padro.-v, --verbose

    Mostra os arquivos na medida que so removidos.

    -r, --recursive

    Usado para remover arquivos em sub-diretrios. Esta opotambm pode ser usada para remover sub-diretrios.

    -f, --force

    Remove os arquivos sem perguntar.

    -- arquivo

    Remove arquivos/diretrios que contm caracteres especiais.

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    O separador "--" funciona com todos os comandos do shell e permite que oscaracteres especiais como "*", "?", "-", etc. sejam interpretados comocaracteres comuns.

    Use com ateno o comando rm, uma vez que os arquivos ediretrios forem apagados, eles no podero ser mais recuperados.

    Exemplos:

    rm teste.txt - Apaga o arquivo teste.txt no diretrio atual.rm *.txt - Apaga todos os arquivos do diretrio atual que terminam

    com .txt.rm *.txt teste.novo - Apaga todos os arquivos do diretrio atual

    que terminam com.txt e tambm o arquivo teste.novo.rm -rf /tmp/teste/* - Apaga todos os arquivos e sub-diretrios do

    diretrio /tmp/teste mas mantm o sub-diretrio /tmp/teste.rm -rf /tmp/teste - Apaga todos os arquivos e sub-diretrios do

    diretrio /tmp/teste, inclusive /tmp/teste.rm -f -- --arquivo-- - Remove o arquivo de nome arquivo--.

    5.2.4. cpCopia arquivos.cp [opes] [origem] [destino]

    onde:origem

    Arquivo que ser copiado. Podem ser especificados mais de

    um arquivo para ser copiado usando Coringas.destino

    O caminho ou nome de arquivo onde ser copiado. Se odestino for um diretrio, os arquivos de origem sero copiados para dentro dodiretrio.

    Opes

    i, --interactivePergunta antes de substituir um arquivo existente.

    -f, --force

    No pergunta, substitui todos os arquivos caso j exista.-r

    Copia arquivos dos diretrios e subdiretrios da origem parao destino. recomendvel usar -R ao invs de -r.

    -R, --recursiveCopia arquivos e sub-diretrios (como a opo -r) e tambm

    os arquivos especiais FIFO e dispositivos.-v, --verbose

    Mostra os arquivos enquanto esto sendo copiados.

    O comando cp copia arquivos da ORIGEM para o DESTINO. Ambos

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    origem e destino tero o mesmo contedo aps a cpia.Exemplos:

    cp teste.txt teste1.txt - Copia o arquivo teste.txt para teste1.txt.cp teste.txt /tmp - Copia o arquivo teste.txt para dentro do

    diretrio /tmp.

    cp * /tmp - Copia todos os arquivos do diretrio atual para /tmp.cp /bin/* . - Copia todos os arquivos do diretrio /bin para odiretrio em que nos encontramos no momento.

    cp -R /bin /tmp - Copia o diretrio /bin e todos os arquivos/sub-diretrios existentes para o diretrio /tmp.

    cp -R /bin/* /tmp - Copia todos os arquivos do diretrio /bin (excetoo diretrio /bin) e todos os arquivos/sub-diretrios existentes dentro dele para /tmp.

    cp -R /bin /tmp - Copia todos os arquivos e o diretrio /bin para/tmp.

    5.2.5. mvMove ou renomeia arquivos e diretrios. O processo semelhante

    ao do comando cp mas o arquivo de origem apagado aps o trmino dacpia.

    mv [opes] [origem] [destino]

    onde:origem

    Arquivo/diretrio de origem.

    destinoLocal onde ser movido ou novo nome do arquivo/diretrio.

    Opes

    -f, --forceSubstitui o arquivo de destino sem perguntar.

    -i, --interactivePergunta antes de substituir. o padro.

    -v, --verboseMostra os arquivos que esto sendo movidos.

    O comando mv copia um arquivo da ORIGEM para o DESTINO(semelhante ao cp), mas aps a cpia, o arquivo de ORIGEM apagado.

    Exemplos:mv teste.txt teste1.txt - Muda o nome do arquivo teste.txt para

    teste1.txt.mv teste.txt /tmp - Move o arquivo teste.txt para /tmp. Lembre-se

    que o arquivo de origem apagado aps ser movido.mv teste.txt teste.new (supondo que teste.new j exista) - Copia o

    arquivo teste.txt por cima de teste.new e apaga teste.txt aps terminar a

    cpia.

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    5.3. Comandos Diversos

    5.3.1. clearLimpa a tela e posiciona o cursor no canto superior esquerdo do

    vdeo.clear

    5.3.2. datePermite ver/modificar a Data e Hora do Sistema. Voc precisa estar

    como usurio root para modificar a data e hora.date MesDiaHoraMinuto[AnoSegundos]

    onde:MesDiaHoraMinuto[AnoSegundos]So respectivamente os nmeros do ms, dia, hora e minutos

    sem espaos. Opcionalmente voc pode especificar o Ano (com 2 ou 4 dgitos)

    e os Segundos.+[FORMATO]Define o formato da listagem que ser usada pelo comando

    date. Os seguintes formatos so os mais usados:%d - Dia do Ms (00-31).%m - Ms do Ano (00-12).%y - Ano (dois dgitos).%Y - Ano (quatro dgitos).%H - Hora (00-24).

    %I - Hora (00-12).%M - Minuto (00-59).%j - Dia do ano (1-366).%p - AM/PM (til se utilizado com %d).%r - Formato de 12 horas completo (hh:mm:ss AM/PM).%T - Formato de 24 horas completo (hh:mm:ss).%w - Dia da semana (0-6).

    Outros formatos podem ser obtidos atravs da pgina de manualdo date. Para maiores detalhes, veja a pgina de manual do comando date.

    Para ver a data atual digite: dateSe quiser mudar a Data para 25/12 e a hora para 08:15 digite:date 12250815 .

    Para mostrar somente a data no formato dia/ms/ano:date +%d/%m/%Y .

    5.3.3. dfMostra o espao livre/ocupado de cada partio.df [opes]

    onde:

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    Opes

    -aInclui sistemas de arquivos com 0 blocos.-h, --human-readableMostra o espao livre/ocupado em Mb, Kb, Gb ao invs de

    blocos. -HIdntico a -h mas usa 1000 ao invs de 1024 como unidade

    de clculo.-kLista em Kbytes.-lSomente lista sistema de arquivos locais.-m

    Lista em Mbytes (equivalente a --block-size=1048576).Exemplos:dfdf -h

    df -t vfat

    5.3.4. lnCria links para arquivos e diretrios no sistema. O link um

    mecanismo que faz referncia a outro arquivo ou diretrio em outra

    localizao. O link em sistemas GNU/Linux faz referncia reais aoarquivo/diretrio podendo ser feita cpia do link (ser copiado o arquivo alvo),entrar no diretrio (caso o link faa referncia a um diretrio), etc.

    ln [opes] [origem] [link]

    Onde:origemDiretrio ou arquivo de onde ser feito o link.linkNome do link que ser criado.

    Opes-sCria um link simblico. Usado para criar ligaes com o

    arquivo/diretrio de destino.-vMostra o nome de cada arquivo antes de fazer o link.

    -dCria um hard link para diretrios. Somente o root pode usar

    esta opo.Existem 2 tipos de links: simblicos e hardlinks.O link simblico cria um arquivo especial no disco (do tipo link) que

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    tem como contedo o caminho para chegar at o arquivo alvo (isto pode serverificado pelo tamanho do arquivo do link). Use a opo -s para criar linkssimblicos.

    O hardlink faz referncia ao mesmo inodo do arquivo original,desta forma ele ser perfeitamente idntico, inclusive nas permisses deacesso, ao arquivo original.

    Ao contrrio dos links simblicos, no possvel fazer um hardlinkpara um diretrio ou fazer referncia a arquivos que estejam em partiesdiferentes.

    Observaes:

    Se for usado o comando rm com um link, somente o link serremovido.

    Se for usado o comando cp com um link, o arquivo original sercopiado ao invs do link.

    Se for usado o comando mv com um link, a modificao ser feita

    no link. Se for usado um comando de visualizao (como o cat), o arquivooriginal ser visualizado.

    Exemplos:

    Cria o link /dev/modem para o arquivo /dev/ttyS1.ln -s /dev/ttyS1 /dev/modem

    Cria um link ~/tmp para o diretrio /tmp.ln -s /tmp ~/tmp

    5.3.5. duMostra o espao ocupado por arquivos e sub-diretrios do diretrioatual.

    du [opes]

    Onde:Opes

    -a, --allMostra o espao ocupado por todos os arquivos.

    -b, --bytes

    Mostra o espao ocupado em bytes.-c, --totalFaz uma totalizao de todo espao listado.

    -DNo conta links simblicos.

    -h, --humanMostra o espao ocupado em formato legvel por humanos

    (Kb, Mb) ao invs de usar blocos.-H

    Como o anterior mas usa 1000 e no 1024 como unidade de

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    clculo.-kMostra o espao ocupado em Kbytes.

    -mMostra o espao ocupado em Mbytes.

    -S, --separate-dirsNo calcula o espao ocupado por sub-diretrios.

    Exemplo:

    du -hdu -hc

    5.3.6. findProcura por arquivos/diretrios no disco. find pode procurar

    arquivos atravs de sua data de modificao, tamanho etc atravs do uso de

    opes. O find, ao contrrio de outros programas, usa opes longas atravsde um "-".find [diretrio] [opes/expresso]Onde:

    diretrioInicia a procura neste diretrio, percorrendo todos os seus

    sub-diretrios.Opes/expresso

    -name [expresso]

    Procura pelo nome [expresso] nos nomes de arquivos ediretrios processados.-depthProcessa os sub-diretrios primeiro antes de processar os

    arquivos do diretrio principal.-maxdepth [num]Faz a procura at [num] sub-diretrios dentro do diretrio

    que est sendo pesquisado.-mindepth [num]No faz nenhuma procura em diretrios menores que [num]

    nveis.-mount, -xdevNo faz a pesquisa em sistemas de arquivos diferentes

    daquele de onde o comando find foi executado.-size [num]Procura por arquivos que tiverem o tamanho [num]. [num]

    pode ser antecedido de "+" ou "-" para especificar um arquivo maior ou menorque [num]. A opo -size pode ser seguida de:

    b - Especifica o tamanho em blocos de 512 bytes. o

    padro caso [num] no seja acompanhado de nenhuma letra.

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    c - Especifica o tamanho em bytes.k - Especifica o tamanho em Kbytes.

    -type [tipo]Procura por arquivos do [tipo] especificado. Os seguintes

    tipos so aceitos:

    b blococ caracterd diretriop pipef - arquivo regularl - link simblicos sockete

    A maior parte dos argumentos numricos podem serprecedidos por "+" ou "-". Para detalhes sobre outras opes e argumentos,

    consulte a pgina de manual.Exemplo:Procura no diretrio raiz e sub-diretrios um arquivo/diretrio

    chamado grep.find / -name grep -

    Procura no diretrio raiz e sub-diretrios at o terceiro nvel,um arquivo/diretrio chamado grep.

    find / -name grep -maxdepth 3

    Procura no diretrio atual e sub-diretrios um arquivo comtamanho maior que 1000 kbytes (1Mbyte).

    find . -size +1000k

    5.3.7. freeMostra detalhes sobre a utilizao da memria RAM do sistema.free [opes]

    onde:Opes

    -b

    Mostra o resultado em bytes.-k

    Mostra o resultado em Kbytes.

    -m

    Mostra o resultado em Mbytes.

    -o

    Oculta a linha de buffers.

    -t

    Mostra uma linha contendo o total.

    -s [num]

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    Mostra a utilizao da memria a cada [num] segundos.

    O free uma interface ao arquivo /proc/meminfo.

    5.3.8. grepProcura por um texto dentro de um arquivo(s) ou no dispositivo de

    entrada padro.grep [expresso] [arquivo] [opes]

    onde:expressopalavra ou frase que ser procurada no texto. Se tiver mais de

    duas palavras voc deve identifica-la com aspas "" caso contrrio o grepassumir que a segunda palavra o arquivo!

    arquivoArquivo onde ser feita a procura.

    Opes-A [nmero]

    Mostra o [nmero] de linhas aps a linha encontrada pelogrep.

    -B [nmero]Mostra o [nmero] de linhas antes da linha encontrada pelo

    grep.-f [arquivo]

    Especifica que o texto que ser localizado, est no arquivo[arquivo].

    -h, --no-filenameNo mostra os nomes dos arquivos durante a procura.

    -i, --ignore-caseIgnora diferena entre maisculas e minsculas no texto

    procurado e arquivo.-n, --line-number

    Mostra o nome de cada linha encontrada pelo grep.-U, --binaryTrata o arquivo que ser procurado como binrio. Se no for

    especificado o nome de um arquivo ou se for usado um hfen "-", grep rocurara string no dispositivo de entrada padro. O grep faz sua pesquisa em arquivostexto. Use o comando zgrep para pesquisar diretamente em arquivoscompactados com gzip, os comandos e opes so as mesmas.

    Exemplos:

    grep "capitulo" texto.txtps ax|grep inetdgrep "capitulo" texto.txt -A 2 -B 2

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    5.3.9. head

    Mostra as linhas iniciais de um arquivo texto.

    head [opes]

    onde:

    Opes-c [numero]

    Mostra o [numero] de bytes do inicio do arquivo.

    -n [numero]

    Mostra o [numero] de linhas do inicio do arquivo. Caso no forespecificado, o head mostra as 10 primeiras linhas.

    Exemplos:

    head teste.txt

    head -n 20 teste.txt

    5.3.10. ln

    Mostra o nmero de linhas junto com o contedo de um arquivo.nl [opes] [arquivo]

    onde:arquivo

    o arquivo ao qual se deseja exibir juntamente com a contagemdas linhas.

    Opes

    -f [opc]Faz a filtragem de sada de acordo com [opc]:a

    Numera todas as linhas.t

    No numera linhas vazias.n

    Numera linhas vazias.textoNumera somente linhas que contm o [texto].

    -v [num]Nmero inicial (o padro 1).

    -i [num]Nmero de linhas adicionadas a cada linha do arquivo (o

    padro 1).

    Exemplos:

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    nl /etc/passwdnl -i 2 /etc/passwd

    5.3.11. more

    Permite fazer a paginao de arquivos ou da entrada padro. O

    comando more pode ser usado como comando para leitura de arquivos queocupem mais de uma tela.

    Quando toda a tela ocupada, o more efetua uma pausa e permiteque voc pressione Enter ou espao para continuar avanando no arquivosendo visualizado. Para sair do more pressione c.

    more [arquivo]

    onde:

    arquivo

    o arquivo que ser paginado.

    Para visualizar diretamente arquivos texto compactados pelogzip .gz use o comando zmore.

    Exemplos:

    more /etc/passwd

    cat /etc/passwd | more

    5.3.12. less

    Permite fazer a paginao de arquivos ou da entrada padro. Ocomando less pode ser usado como comando para leitura de arquivos queocupem mais de uma tela.

    Quando toda a tela ocupada, o less efetua uma pausa(semelhante ao more) e permite que voc pressione Seta para Cima e Setapara Baixo ou PgUP/PgDown para fazer o rolamento da pgina. Para sair do lesspressione a tecla .

    less [arquivo]

    onde:

    arquivo

    o arquivo que ser paginado.

    Para visualizar diretamente arquivos texto compactados peloutilitrio gzip (arquivos .gz), use o comando zless.

    Exemplos:

    less /etc/passwd

    cat /etc/passwd | less

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    5.3.13. sort

    Organiza as linhas de um arquivo texto ou da entrada padro.sort [opes] [arquivo]

    onde:arquivo

    o nome do arquivo que ser organizado. Caso no forespecificado, ser usado o dispositivo de entrada padro (normalmente oteclado ou um "|").

    Opes

    -bIgnora linhas em branco.

    -dSomente usa letras, dgitos e espaos durante a organizao.

    -f

    Ignora a diferena entre maisculas e minsculas.-r

    Inverte o resultado da comparao.-n

    Caso estiver organizando um campo que contm nmeros,os nmeros sero organizados na ordem aritmtica. Por exemplo, se voc tiverum arquivo com os nmeros

    10010

    50Usando a opo -n, o arquivo ser organizado desta maneira:1050100

    Caso esta opo no for usada com o sort, ele organizarcomo uma listagem alfabtica (que comeam de a at z e do 0 at 9)

    10100

    50-c

    Verifica se o arquivo j esta organizado. Caso no estiver,retorna a mensagem "disorder on arquivo".

    -o arquivoGrava a sada do comando sort no arquivo.

    Abaixo, exemplos de uso do comando sort:Organiza o arquivo texto.txt em ordem crescente.

    sort texto.txt

    Organiza o contedo do arquivo texto.txt em ordem decrescente.

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    sort texto.txt -rFaz a mesma coisa que o primeiro exemplo, s que neste caso a

    sada do comando cat redirecionado a entrada padro do comando sort.cat texto.txt|sort

    Ignora diferenas entre letras maisculas e minsculas durante a

    organizao. sort -f texto.txt.

    5.3.14. tail

    Mostra as linhas finais de um arquivo texto.

    tail [opes]

    onde:

    Opes

    -c [numero]Mostra o [numero] de bytes do final do arquivo.

    -n [numero]

    Mostra o [numero] de linhas do final do arquivo.

    Exemplos:

    tail teste.txt

    tail -n 20 teste.txt.

    5.3.15. timeMede o tempo gasto para executar um processo (programa).

    time [comando]

    onde:

    comando

    o comando/programa que deseja medir o tempo gasto paraser concludo.

    Exemplo:

    time lstime find / -name crontab.

    5.3.16. touch

    Muda a data e hora que um arquivo/diretrio foi criado. Tambmpode ser usado para criar arquivos vazios. Caso o touch seja usado comarquivos que no existam, por padro ele criar estes arquivos.

    touch [opes] [arquivos]

    onde:

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    arquivos

    Arquivos que tero sua data/hora modificados.

    Opes

    -t [[SS]AA]MMDDhhmm[.ss]

    Usa (AA) Anos, Ms (MM), Dias (DD), Horas (hh), minutos(mm) e (ss) segundos para modificao do(s) arquivos ao invs da data e horaatual.

    -a, --time=atime

    Faz o touch mudar somente a data e hora do acesso aoarquivo.

    -c, --no-create

    No cria arquivos vazios, caso os arquivos no existam.

    -m, --time=mtime

    Faz o touch mudar somente a data e hora da modificao.

    -r [arquivo]

    Usa as horas no [arquivo] como referncia ao invs da horaatual.

    Exemplos:

    Cria o arquivo teste caso ele no existir.

    touch teste

    Altera a data e hora do arquivo para 01/10 e 12:30.touch -t 10011230 teste

    Altera da data, hora ano, e segundos do arquivo

    touch -t 120112301999.30 teste para 01/12/1999 e 12:30:30.

    Altera a data e hora do arquivo para 01/12 e 12:00.

    touch -t 12011200 *

    5.3.17. uptime

    Mostra o tempo de execuo do sistema desde que o computadorfoi ligado.

    uptime

    5.3.18. dmesg

    Mostra as mensagens de inicializao do kernel. So mostradas asmensagens da ltima inicializao do sistema. Serve para localizar problemasna mquina.

    dmesg|less

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    5.3.19. mesg

    Permite ou no o recebimentos de requisies de talk de outrosusurios.

    mesg [y/n]

    onde:

    y

    permite que voc receba talks de outros usurios.

    Digite mesg para saber se voc pode ou no receber talks de outrosusurios. Caso a resposta seja "n" voc poder enviar um talk para algummas o seu sistema se recusar em receber talks de outras pessoas.

    interessante colocar o comando mesg y em seu arquivo deinicializao .bash_profile para permitir o recebimento de talks toda vez queentrar no sistema.

    5.3.20. echo

    Mostra mensagens. Este comando til na construo de scriptspara mostrar mensagens na tela para o usurio acompanhar sua execuo.

    echo [mensagem]

    A opo -n pode ser usada para que no ocorra o salto de linhaaps a mensagem ser mostrada.

    5.3.21. su

    Permite o usurio mudar sua identidade para outro usurio semfazer o logout. til para executar um programa ou comando como root sem terque abandonar a seo atual.

    su [usurio]

    onde:

    usurio

    o nome do usurio que deseja usar para acessar o sistema. Seno digitado, assumido o usurio root.

    Ser pedida a senha do superusurio para autenticao. Digite exitquando desejar retornar a identificao de usurio anterior.

    5.3.22. sync

    Grava os dados do cache de disco na memria RAM para todos osdiscos rgidos e flexveis do sistema. O cache um mecanismo de aceleraoque permite que um arquivo seja armazenado na memria ao invs de serimediatamente gravado no disco, quando o sistema estiver ocioso, o arquivo gravado para o disco. O GNU/Linux procura utilizar toda memria RAMdisponvel para o cache de programas acelerando seu desempenho deleitura/gravao.

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    sync

    O uso do sync til em disquetes quando gravamos um programa eprecisamos que os dados sejam gravados imediatamente para retirar odisquete da unidade. Mas o mtodo recomendado especificar a opo syncdurante a montagem da unidade de disquetes.

    5.3.23. uname

    Retorna informaes sobre o sistema.

    uname [opes]

    onde:

    Opes

    -a

    Exibe todas as informaes.

    -rInformaes sobre a release (verso) do Kernel.

    5.3.24. reboot

    Reinicia o computador.

    reboot

    5.3.25. shutdown

    Desliga/reinicia o computador imediatamente ou aps determinadotempo (programvel) de forma segura. Todos os usurios do sistema soavisados que o computador ser desligado. Este comando somente pode serexecutado pelo usurio root ou quando usada a opo -a pelos usurioscadastrados no arquivo /etc/shutdown.allow que estejam logados no consolevirtual do sistema.

    shutdown [opes] [hora] [mensagem]

    hora

    Momento que o computador ser desligado. Voc pode usar HH:MM

    para definir a hora e minuto, MM para definir minutos, +SS para definir apsquantos segundos, ou now para imediatamente (equivalente a +0).

    O shutdown criar o arquivo /etc/nologin para no permitir quenovos usurios faam login no sistema (com excesso do root). Este arquivo removido caso a execuo do shutdown seja cancelada (opo -c) ou aps osistema ser reiniciado.

    mensagem

    Mensagem que ser mostrada a todos os usurios alertando sobre oreincio/desligamento do sistema.

    Opes

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    -h

    Inicia o processo para desligamento do computador.

    -r

    Reinicia o sistema

    -cCancela a execuo do shutdown. Voc pode acrescentar uma

    mensagem avisando aos usurios sobre o fato.

    O shutdown envia uma mensagem a todos os usurios do sistemaalertando sobre o desligamento durante os 15 minutos restantes e assimpermite que finalizem suas tarefas. Aps isto, o shutdown muda o nvel deexecuo atravs do comando init para 0 (desligamento), 1 (modomonousurio), 6 (reinicializao). recomendado utilizar o smbolo "&" no finalda linha de comando para que o shutdown seja executado em segundo plano.Quando restarem apenas 5 minutos para o reinicio/desligamento do sistema, o

    programa login ser desativado, impedindo a entrada de novos usurios nosistema.

    O programa shutdown pode ser chamado pelo init pressionando asteclas + + . Alterando-se o arquivo /etc/inittab. Istopermite que somente os usurios autorizados (ou o root) possam reinicializar osistema.

    Exemplos:

    "shutdown -h now" - Desligar o computador imediatamente.

    "shutdown -r now" - Reinicia o computador imediatamente.

    "shutdown 19:00 A manuteno do servidor ser iniciada s 19:00" -Faz o computador entrar em modo monousurio (init 1) s 19:00 enviando amensagem

    A manuteno do servidor ser iniciada s 19:00 a todos os usuriosconectados ao sistema.

    "shutdown -r 15:00 O sistema ser reiniciado s 15:00 horas" - Faz ocomputador ser reiniciado (init 6) s 15:00 horas enviando a mensagem Osistema ser reiniciado s 15:00 horas a todos os usurios conectados aosistema.

    shutdown -r 20 - Faz o sistema ser reiniciado aps 20 minutos.shutdown -c - Cancela a execuo do shutdown.

    5.3.26. wc

    Conta o nmero de palavras, bytes e linhas em um arquivo ouentrada padro. Se as opes forem omitidas, o wc mostra a quantidade delinhas, palavras, e bytes.

    wc [opes] [arquivo]

    onde:

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    -w, --equal-width

    Insere zeros na frente dos nmeros mantendo a seqnciaalinhada.

    Observaes:

    Se [primeiro] ou [incremento] forem omitidos, o valor padro 1 ser

    utilizado.Os nmeros recebidos so interpretados como nmeros em ponto

    flutuante.

    O [incremento] deve ser positivo se [primeiro] for menor do que oltimo, e negativo caso contrrio.

    Quando utilizarmos a opo --format, o argumento deve serexatamente %e, %f ou %g.

    Exemplos:

    seq 0 2 10seq -w 0 10

    seq -f%f 0 10

    seq -s", " 0 10

    5.4. Comandos de Rede

    Este captulo traz alguns comandos teis para uso em rede e ambientesmultiusurio.

    5.4.1. who

    Mostra quem est atualmente conectado no computador. Estecomando lista os nomes de usurios que esto conectados em seucomputador, o terminal e data da conexo.

    who [opes]

    Opes

    -H, --heading

    Mostra o cabealho das colunas.

    -i, -u, --idle

    Mostra o tempo que o usurio est parado emHoras:Minutos.

    -m, i am

    Mostra o nome do computador e usurio associado aonome. equivalente a digitar who i am ou who am i.

    -q, --count

    Mostra o total de usurios conectados aos terminais.

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    -T, -w, --mesg

    Mostra se o usurio pode receber mensagens via talk(conversao).

    + O usurio recebe mensagens via talk

    - O usurio no recebe mensagens via talk.

    ? No foi possvel determinar o dispositivo de terminal ondeo usurio est conectado.

    5.4.2. ssh

    Permite acesso a um computador remoto. necessrio fazerautenticao com usurio e senha vlidos na maquina remota para poder usaro computador remoto. Muito til, mas deve ser tomado cuidados aodisponibilizar este servio para evitar riscos de segurana.

    ssh [opes] [usuario@host]

    onde:

    usuario@host

    Permite informar o usurio e o endereo ou nome docomputador remoto que deseja-se conectar. Por exemplo,[email protected] .

    Opes

    -p

    Permite fornecer uma porta alternativa para realizar aconexo ao invs da padro (22).

    Exemplo:

    ssh paraiba@servidor

    ssh -p 30 [email protected]

    5.4.3. finger

    Mostra detalhes sobre os usurios de um sistema. Algumasverses do finger possuem bugs e podem significar um risco para a segurana

    do sistema. recomendado desativar este servio na mquina local.finger [opes] [usuario] [usuario@host]

    onde:

    usurio

    Nome do usurio que deseja obter detalhes do sistema. Se no fordigitado o nome de usurio, o sistema mostra detalhes de todos os usuriosconectados no momento.

    usuario@host

    Nome do usurio e endereo do computador que deseja obter

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    mailto:usuario@hostmailto:usuario@hostmailto:[email protected]:usuario@hostmailto:usuario@hostmailto:usuario@hostmailto:[email protected]:usuario@hostmailto:usuario@hostmailto:usuario@host
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    detalhes.

    Opes

    -l

    Mostra os detalhes de todos os usurios conectados no momento.Entre os detalhes, esto includos o nome do interpretador de comandos (shell)

    do usurio, diretrio home, nome do usurio, endereo, etc.-p

    No exibe o contedo dos arquivos .plan e .project

    Se for usado sem parmetros, mostra os dados de todos osusurios conectados atualmente ao seu sistema.

    Exemplo:

    finger

    finger root.

    5.4.4. ftp

    Permite a transferncia de arquivos do computador remoto/local evice versa. O FTP (File Transfer Protocol) o sistema de transmisso dearquivos mais usado na Internet. requerida a autenticao do usurio paraque seja permitida a conexo. Muitos servidores ftp disponibilizam acessoannimo aos usurios, com acesso restrito.

    Uma vez conectado a um servidor ftp, voc pode usar a maioriados comandos do GNU/Linux para oper-lo.

    ftp [ip/dns]

    Abaixo alguns dos comandos mais usados no ftp:

    ls - Lista arquivos do diretrio atual.

    cd [diretrio] - Entra em um diretrio.

    et [arquivo] - Copia um arquivo do servidor ftp para o computadorlocal. O arquivo gravado, por padro, no diretrio onde o programa ftp foiexecutado.

    hash [on/off] - Por padro esta opo est desligada. Quando

    ligada, faz com que o caracter # seja impresso na tela indicando o progressodo download.

    mget [arquivos] - Semelhante ao get, mas pode copiar diversosarquivos e permite o uso de coringas.

    send [arquivo] - Envia um arquivo para o diretrio atual doservidor FTP (voc precisa de uma conta com acesso a gravao para fazeristo).

    prompt [on/off] - Ativa ou desativa a pergunta para a cpia dearquivo. Se estiver como off assume sim para qualquer pergunta.

    Exemplo:

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    ftp ftp.br.debian.org.

    5.4.5. whoami

    Mostra o nome que usou para se conectar ao sistema. tilquando voc usa vrias contas e no sabe com qual nome entrou no sistema.

    whoami

    5.4.6. hostname

    Mostra ou muda o nome de seu computador na rede. necessriotambm, mudar alguns arquivos de configurao para trocar efetivamente onome do computador, alm de executar o hostname.

    hostname

    5.4.7. ping

    O comando ping envia requisies ICMP para maquinas remotas.til para descobrir se uma determinada maquina da rede responde asrequisies de rede (via ICMP) feitas a ela. Para que uma maquina possaresponder a uma requisio feito por ping, ela dever ter o protocolo IPconfigurado corretamente.

    ping [opes] [ip/dns]

    onde:

    ip/dns

    Endereo IP ou nome (DNS) do computador remoto quedesejamos enviar requisies ping.

    Opes

    -c

    Envia um determinado nmero de requisies.

    -s

    Permite especificar o tamanho do pacote em bytes, que pingenviar ao computador remoto. O padro 56.

    Exemplos:ping 10.15.15.5

    ping -s 1024 10.15.15.5

    5.4.8. nmap

    Permite verificar os estados das portas utilizadas pelo protocoloTCP/IP em um determinado computador remoto. Cada porta pode representarum servio de rede fornecido pela maquina remota. Os estados que as portaspodem assumir so :

    Open: Neste caso a porta esta aberta, permitindo conexo com o

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    ftp://ftp.br.debian.org/ftp://ftp.br.debian.org/
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    computador remoto atravs daquela porta.

    Filtered: A porta est filtrada, provavelmente por um Firewall.

    Closed: A porta est fechada e o servio inacessvel.

    nmap [opes] [ip/dns]

    onde:ip/dns

    Endereo IP ou nome (DNS) do computador remoto quedesejamos verificar o

    estado das portas.

    Opes

    -P0

    No realiza ping antes de realizar a verificao, necessrio

    para alguns computadores com implementaes de segurana mais austeras.-p [intervalo]

    Portas a serem verificadas. Pode-se fornecer apenas umaporta ou um intervalo no padro 1-1024 ou 80-8080 para se verificar.

    -O

    Tenta descobrir o sistema operacional do computador remoto.

    Exemplos:

    nmap -p 80 10.15.15.5

    nmap -O -p 22-80 10.15.15.5nmap localhost

    5.5. Comandos para Gerenciamento de Processos

    Esta seo descreve as ferramentas Linux para gerenciamento deprocessos.

    5.5.1. ps

    Lista os processos do sistema. Este comando muito til paraverificar o PID (nmero de identificao do processo) de um processo.

    ps [opes]

    onde:

    Opes

    -A

    Lista todos os processos existentes.

    -U [usurio]

    Lista os processos de um determinado usurio.

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    -C [comando]

    Permite pesquisar um processo pelo nome do executvel.

    Exemplos:

    ps -A

    ps -U marcius

    5.5.2. top

    Lista os processos do sistema em tempo real. Informaes sobre acarga do sistema, como uso de CPU e memria, tambm so providas por estecomando. Voc pode pressionar a tecla para encerrar a execuo do top.

    top [opes]

    Opes

    -u [usurio]

    Lista os processos de um determinado usurio.

    Exemplos:

    top

    top -u marcius

    5.5.3. bg

    Faz com que um programa seja executado em background (2plano). Voc tambm pode usar o operador & ao final de um comando para

    execut-lo em 2 plano.bg [id/comando]

    onde:

    id/comando

    o identificador de um processo que est parado (veja ocomando jobs) ou o nome de um comando que dever ser executado em 2plano.

    Exemplos:

    bg updatedbbg 1

    updatedb &

    5.5.4. fg

    Faz com que um programa seja executado em foreground (1plano).

    fg [id/comando]

    onde:

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    id/comando

    o identificador de um processo que est parado (veja ocomando jobs) ou o nome de um comando que dever ser executado em 1plano.

    Exemplos:

    fg updatedbfg 1

    5.5.5. jobs

    Exibe o status dos processos que esto parados ou executandoem background (2 plano).

    jobs

    O comando jobs exibir uma lista com identificadores (a

    esquerda entre chaves) que podero ser utilizados com os comandos fg e bg.

    5.5.6. kill

    Permite enviar um sinal a um comando/programa. Caso sejausado sem parmetros, o kill enviar um sinal de trmino ao processo sendoexecutado.

    kill [opes] [sinal] [nmero]

    Onde:

    nmero

    o nmero de identificao do processo obtido com ocomando ps. Tambm pode ser o nmero aps o sinal de % obtido pelocomando jobs para matar uma tarefa interrompida. Veja o comando jobs.

    sinal

    Sinal que ser enviado ao processo. Se omitido usa -15como padro.

    Opes

    -9

    Envia um sinal de destruio ao processo ou programa.Ele terminado imediatamente sem chances de salvar os dados ou apagar osarquivos temporrios criados por ele. Voc precisa ser o dono do processo ou ousurio root para termina-lo ou destru-lo.

    Voc pode verificar se o processo foi finalizado atravs docomando ps.

    Exemplos:

    kill 500

    kill -9 500

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    kill %1

    5.5.7. killall

    Permite finalizar processos atravs do nome.

    killall [opes] [sinal] [processo]

    Onde:

    processo

    Nome do processo que deseja finalizar

    Sinal

    Sinal que ser enviado ao processo (pode ser obtidousando a opo -i).

    Opes

    -iPede confirmao sobre a finalizao do processo.

    -l

    Lista o nome de todos os sinais conhecidos.

    -q

    Ignora a existncia do processo.

    -v

    Retorna se o sinal foi enviado com sucesso ao processo.

    -w

    Finaliza a execuo do killall somente aps finalizar todosos processos.

    Exemplo:

    killall -HUP inetd

    6. Permisses de acesso a arquivos e diretrios

    A permisso de acesso protege o sistema de arquivos Linux do acessoindevido de pessoas ou programas no autorizados.

    A permisso de acesso do GNU/Linux tambm impede que um programamal intencionado, por exemplo, apague um arquivo que no deve, enviearquivos para outra pessoa ou fornea acesso da rede para que outros usuriosinvadam o sistema. O sistema GNU/Linux muito seguro e como qualqueroutro sistema seguro e confivel impede que usurios iniciantes (ou malintencionados) instalem programas enviados por terceiros sem saber para queeles realmente servem e causem danos irreversveis em seus arquivos, seumicro ou sua empresa.

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    Esta seo pode se tornar um pouco difcil de se entender, entorecomendamos ler e ao mesmo tempo pratic-la para uma timacompreenso. No se preocupe, tambm coloquei exemplos para ajuda-lo aentender o sistema de permisses de acesso do ambiente GNU/Linux.

    6.1. Donos, grupos e outros usurios

    O princpio da segurana no sistema de arquivos GNU/Linux definir oacesso aos arquivos por donos, grupos e outros usurios:

    dono - a pessoa que criou o arquivo ou o diretrio. O nome do dono doarquivo/diretrio o mesmo do usurio usado para entrar no sistemaGNU/Linux. Somente o dono pode modificar as permisses de acesso doarquivo.

    As permisses de acesso do dono de um arquivo somente se aplicam aodono do arquivo /diretrio. A identificao do dono tambm chamada de userid (UID).

    A identificao de usurio e o nome do grupo que pertence soarmazenadas respectivamente nos arquivos /etc/passwd e /etc/group.Estes so arquivos textos comuns e podem ser editados em qualquereditor de texto, mas tenha cuidado para no modificar o campo quecontm a senha do usurio encriptada (que pode estar armazenada nestearquivo caso no estiver usando senhas ocultas).

    grupo - Para permitir que vrios usurios diferentes tivessem acesso aum mesmo arquivo (j que somente o dono poderia ter acesso ao arquivo),este recurso foi criado. Cada usurio pode fazer parte de um ou maisgrupos e ento acessar arquivos que pertenam ao mesmo grupo que oseu (mesmo que estes arquivos tenham outro dono).

    Por padro, quando um novo usurio criado, o grupo ele pertencerser o mesmo de seu grupo primrio (exceto pelas condies queexplicarei adiante) (veja isto atravs do comando id). A identificao dogrupo chamada de GID (group id).

    Um usurio pode pertencer a um ou mais grupos. Para detalhes de comoincluir o usurio em mais grupos veja adicionando o usurio a um grupoextra.

    outros - a categoria de usurios que no so donos ou no pertencem

    ao grupo do arquivo.Cada um dos tipos acima possuem trs tipos bsicos de permisses de

    acesso que sero vistas na prxima seo.

    6.2. Tipos de Permisses de acesso

    Quanto aos tipos de permisses que se aplicam ao dono, grupo e outrosusurios, temos 3 permisses bsicas:

    r - Permisso de leitura para arquivos. Caso for um diretrio, permitelistar seu contedo (atravs do comando ls, por exemplo).

    w - Permisso de gravao para arquivos. Caso for um diretrio, permite

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    a gravao de arquivos ou outros diretrios dentro dele.

    Para que um arquivo/diretrio possa ser apagado, necessrio o acesso agravao.

    x - Permite executar um arquivo (caso seja um programa executvel).Caso seja um diretrio, permite que seja acessado atravs do comando cd.

    As permisses de acesso a um arquivo/diretrio podem ser visualizadascom o uso do comando ls -la. As 3 letras (rwx) so agrupadas da seguinteforma:

    -rwxrwxrwx marcius users teste

    Virou uma baguna no? Vou explicar cada parte para entender o quequer dizer as 10 letras acima (da esquerda para a direita):

    A primeira letra diz qual o tipo do arquivo. Caso tiver um d umdiretrio, um l um link a um arquivo no sistema (veja ln para detalhes) ,um - quer dizer que um arquivo comum etc.

    Da segunda a quarta letra (rwx) dizem qual a permisso deacesso ao dono do arquivo. Neste caso marcius ele tem a permisso deler (r - read), gravar (w - write) e executar (x - execute) o arquivo teste.

    Da quinta a stima letra (rwx) diz qual a permisso de acesso aogrupo do arquivo. Neste caso todos os usurios que pertencem ao grupousers tem a permisso de ler (r), gravar (w), e tambm executar (x) oarquivo teste.

    Da oitava a dcima letra (rwx) diz qual a permisso de acessopara os outros usurios. Neste caso todos os usurios que no so donos

    do arquivo teste tem a permisso para ler, gravar e executar o programa.Veja o comando chmod para detalhes sobre a mudana das permisses

    de acesso de arquivos/diretrios.

    6.3. Etapas para acesso a um arquivo/diretrio

    O acesso a um arquivo/diretrio feito verificando primeiro se o usurioque acessar o arquivo o seu dono, caso seja, as permisses de dono doarquivo so aplicadas. Caso no seja o dono do arquivo/diretrio, verificadose ele pertence ao grupo correspondente, caso pertena, as permisses dogrupo so aplicadas. Caso no pertena ao grupo, so verificadas aspermisses de acesso para os outros usurios que no so donos e nopertencem ao grupo correspondente ao arquivo/diretrio.

    Aps verificar aonde o usurio se encaixa nas permisses de acesso doarquivo (se ele o dono, pertence ao grupo, ou outros usurios), verificadose ele ter permisso acesso para o que deseja fazer (ler, gravar ou executar oarquivo), caso no tenha, o acesso negado, mostrando uma mensagem dotipo: Permission denied (permisso negada).

    O que isto que dizer que mesmo que voc seja o dono do arquivo edefinir o acesso do dono (atravs do comando chmod) como somente leitura (r)mas o acesso dos outros usurios como leitura e gravao, voc somentepoder ler este arquivo mas os outros usurios podero ler/grava-lo.

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    As permisses de acesso (leitura, gravao, execuo) para donos,grupos e outros usurios so independentes, permitindo assim um nvel deacesso diferenciado. Para maiores detalhes veja Tipos de Permisses deacesso.

    Lembre-se: Somente o dono pode modificar um arquivo/diretrio!

    Para mais detalhes veja os comandos chown e chgrp.

    6.3.1. Exemplos prticos de permisses de acesso

    Abaixo dois exemplos prticos de permisso de acesso: Exemplo deacesso a um arquivo e a Exemplo de acesso a um diretrio. Os doisexemplos so explicados passo a passo para uma perfeita compreenso doassunto. Vamos a prtica!

    Exemplo de acesso a um arquivo

    Abaixo um exemplo e explicao das permisses de acesso a um

    arquivo no GNU/Linux (obtido com o comando ls -la, explicarei passo a passocada parte:

    -rwxr-xr-- 1 marcius user 8192 nov 4 16:00 teste

    -rwxr-xr-- Estas so as permisses de acesso ao arquivo teste. Umconjunto de 10 letras que especificam o tipo do arquivo, permisso do dono doarquivo, grupo do arquivo e outros usurios. Veja a explicao detalhada sobrecada uma abaixo:

    -rwxr-xr-- A primeira letra (do conjunto das 10 letras) determina otipo do arquivos. Se a letra for um d um diretrio, e voc poder acessa-lo

    usando o comando cd. Caso for um l um link simblico para algum arquivo oudiretrio no sistema (para detalhes veja o comando ln. Um - significa que umarquivo normal.

    -rwxr-xr-- Estas 3 letras (da segunda a quarta do conjunto das 10letras) so as permisses de acesso do dono do arquivo teste. O dono (nestecaso marcius) tem a permisso para ler (r), gravar (w) e executar (x) o arquivoteste.

    -rwxr-xr-- Estas 3 letras (da quinta a stima do conjunto das 10letras) so as permisses de acesso dos usurios que pertencem ao grupo userdo arquivo teste. Os usurios que pertencem ao grupo user tem a permisso

    somente para ler (r) e executar (x) o arquivo teste no podendo modifica-lo ouapaga-lo.

    -rwxr-xr-- Estas 3 letras (da oitava a dcima) so as permisses deacesso para usurios que no so donos do arquivo teste e que no pertencemao grupo user. Neste caso, estas pessoas somente tero a permisso para vero contedo do arquivo teste.

    marcius - Nome do dono do arquivo teste.

    user - Nome do grupo que o arquivo teste pertence.

    teste - Nome do arquivo.

    Exemplo de acesso a um diretrio

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    Abaixo um exemplo com explicaes das permisses de acesso aum diretrio no GNU/Linux:

    drwxr-x--- 2 marcius user 1024 nov 4 17:55 exemplo

    drwxr-x--- Permisses de acesso ao diretrio exemplo. umconjunto de 10 letras que especificam o tipo de arquivo, permisso do dono do

    diretrio, grupo que o diretrio pertence e permisso de acesso a outrosusurios. Veja as explicaes abaixo:

    drwxr-x--- A primeira letra (do conjunto das 10) determina o tipo doarquivo. Neste caso um diretrio porque tem a letra d.

    drwxr-x--- Estas 3 letras (da segunda a quarta) so as permisses deacesso do dono do diretrio exemplo. O dono do diretrio (neste caso marcius)tem a permisso para listar arquivos do diretrio (r), gravar arquivos nodiretrio (w) e entrar no diretrio (x).

    drwxr-x--- Estas 3 letras (da quinta a stima) so as permisses deacesso dos usurios que pertencem ao grupo user. Os usurios que pertencemao grupo user tem a permisso somente para listar arquivos do diretrio (r) eentrar no diretrio (x) exemplo.

    drwxr-x--- Estas 3 letras (da oitava a dcima) so as permisses deacesso para usurios que no so donos do diretrio exemplo e que nopertencem ao grupo user. Com as permisses acima, nenhum usurio que seencaixe nas condies de dono e grupo do diretrio tem a permisso deacessa-lo.

    marcius - Nome do dono do diretrio exemplo.

    user - Nome do grupo que diretrio exemplo pertence.

    exemplo - Nome do diretrio.

    Para detalhes de como alterar o dono/grupo de um arquivo/diretrio,veja os comandos chmod, chgrp e chown.

    Observaes: O usurio root no tem nenhuma restrio deacesso ao sistema.

    Se voc tem permisses de gravao no diretrio e tentar apagarum arquivo que voc no tem permisso de gravao, o sistema perguntar sevoc confirma a excluso do arquivo apesar do modo leitura. Caso voctenha permisses de gravao no arquivo, o arquivo ser apagado por padro

    sem mostrar nenhuma mensagem de erro (a no ser que seja especificada aopo -i com o comando rm).

    Por outro lado, mesmo que voc tenha permisses de gravao emum arquivo mas no tenha permisses de gravao em um diretrio, aexcluso do arquivo ser negada. Isto mostra que levado mais emconsiderao a permisso de acesso do diretrio do que as permisses dosarquivos e sub-diretrios que ele contm. Este ponto muitas vezes ignoradopor muitas pessoas e expem seu sistema a riscos de segurana.

    Imagine o problema que algum usurio que no tenha permisso degravao em um arquivo mas que a tenha no diretrio pode causar em um