Apostila_calculoIII_2014

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    CLCULO III

    Prof. Luly Rodrigues

    Prof. Edna Alves Oliveira

    - 2013 -

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    UNIVERSIDADE FUMEC FEA / FACULDADE DE ENGENHARIA E ARQUITETURA

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    FFUUNNCCEESSDDEEVVRRIIAASSVVAARRIIVVEEIISSIINNDDEEPPEENNDDEENNTTEESS

    1. DEFINIES:

    Considere o exemplo: "uma caixa d'gua na forma retangular, com capacidade para

    256 litros, sem tampa, deve ser construda com chapa de ferro galvanizado de

    espessura desprezvel. Calcular as dimenses da caixa de maneira que seja mnima a

    quantidade de chapa metlica necessria para constru-Ia".

    Figura 3-Caixa d'gua retangular

    A quantidade de chapa metlica necessria para construir a caixa d'gua ser

    determinada pela rea total: Atotal = 2xz + xy + 2yz - a cada terno de valores

    atribudos a x, y, e z (domnio) corresponde um valor da rea total (imagem). Dizemos

    que a rea total (Atotal) uma funo com trs variveis independentes.

    Mas, sabe-se que xyz = 256 litros (equao), ento, neste exemplo podemos diminuir

    o nmero de variveis independentes para duas, pois, z = 256 / xy.

    Portanto,

    total

    512 512A xy

    y x= + + .

    Peloexemplo, pode-se definir funoe equao:

    Funo: " uma correspondncia que associa a cada elemento de seu domnio (D)

    a exatamente um elemento do seu contradomnio (I)".

    z

    y

    x

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    Equao algbrica: " uma igualdade com incgnitas - representadas por variveis

    (x, y, z) que pertencem ao conjunto dos reais".

    Uma funo f de duas variveis uma regra que associa, a cadapar ordenado

    de nmeros reais (x, y)de um conjunto D, um nico valor realdenotado por f(x,y).

    O conjunto D o domnio de f, e sua imagem, o conjunto de valores possveis de f, ou

    seja, { }f x y x y D( , ) ( , ) .(STEWART, 2007)

    Utilizando notaes, pode-se definir uma funo de vrias variveis da seguinte

    forma:

    D : Rn I : R

    Portanto, uma funo de duas variveis reais:

    D : R2 I : R

    =D:(x,y) I:z f (x,y)

    Representao grfica:

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    2. ESTUDO DO DOMINIO

    Domnio de uma funo de duas variveis (f(x,y)): o mais amplo subconjunto

    de R2 em cujos pontos a funo assume valores reais bem definidos.

    Exemplos:

    a) Considere a funo: ( )x y

    f x,yx y

    +=

    . Este quociente s no definido

    quando x - y = O, isto , quando y = x. O domnio , pois, o conjunto:

    { }2

    D (x,y) R / y x= .

    Geometricamente, D o conjunto dos pontos do plano xyque no pertencem

    reta y = x.

    b)Examinemos a funo: ( )2 2

    x y 7f x,y1 x y

    + =

    O numerador um polinmio do 10grau nas variveis x e y, e, como tal, definido

    em R2.

    Para que o denominador seja real e no nulo, deve-se ter:

    1 -x2-y2> 0, ou x2+ y2< 1.

    Segue-se que o domnio da funo f (x, y) Sabe-se da Geometria Analtica que D

    { 2 2 2D (x,y) / x y 1= +

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    EXERCCIOS SOBRE DOMNIO DAS FUNES DE DUAS OU TRS VARIVEIS

    1.Estude o domnio das funes (represente algbrica e geometricamente).

    a) = =z f(x,y) xy

    Resposta: representao algbrica ( ) }= 2D x,y R / x 0 e y 0 x 0 e y 0 ,

    representao geomtrica do domnio: o primeiro e o terceiro quadrantes incluindo os eixos.

    b) = = z f(x,y) ln(y 3x)

    Resposta: ( ){ }= >2D x,y R / y 3x

    c)z=y

    yxyxf12

    34),( 3 +++=

    Resposta: ( )

    = >

    2 3D x,y R / x y 04

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    d) = =+2 2y

    z f(x,y)x y

    Resposta: ( ) ( ) ( )0,0,/, 2 = yxRyxD

    e)( )

    = = 2 22xyz f(x,y)

    ln 36 x 9y

    Resposta: ( )

    = +

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    g) = =

    uvz f(u,v)

    u 2v

    Resposta: todos os pontos do plano uv,exceto os pontos da reta u = 2v.

    h)z=2 23

    ( , )9

    x yf x y

    x y

    +=

    Resposta: ( ){ }= 2 2 2D x,y R / x y 9

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    3. GRFICO DE FUNES DE DUAS VARIVEIS INDEPENDENTES (IMAGEM)

    As propriedades da funo refletem-se no seu grfico, por isso, este um elemento de

    valor no estudo da funo. Ao observar o grfico de uma funo, percebe-se

    imediatamente vrias propriedades desta.

    O grfico de uma funo de duas variveis trata-se de um subconjunto do espao

    tridimensional R3. Esse grfico denomina-se superfcie representativa da funo. A

    figura 4 ilustra o grfico de funes duas variveis. Cada ponto P = (x, y)do domnio

    D da funo corresponde um nico valor realz, na forma de notao tem-se:z = F (x,

    y).

    Figura 4 Grfico de funes de duas variveis

    Exemplos:

    a)Represente graficamente = = z f (x,y) 6 2x 3y .

    Soluo:esta funo pode ser escrita na forma + + =2x 3y z 6 o que corresponde

    a equao de um plano. Sabe-se que, para representar geometricamente um

    plano, so necessrios, no mnimo, trs pontos, por exemplo:

    = = =

    = = =

    = = =

    se x 0 e y 0 z 6

    se x 0 e z 0 y 2

    se y 0 e z 0 x 3

    z

    y

    x

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    b)Represente graficamente = =z f (x,y) 5 .

    Soluo:a superfcie um plano paralelo ao plano cartesiano XY, que intercepta

    o eixo Z em 5.

    c) Represente graficamente = = 2 2z f (x,y) 100 x y e trace as curvas de nvel f(x,

    y)=0, f(x, y)=51 e f(x, y) = 75 no domnio de f no plano.

    Soluo: o domnio de f o plano xy, e a imagem de f o conjunto de nmeros

    reais menores ou iguais a 100. O grfico o parabolide z = 100 x2 y2, uma

    parte se encontra ilustrada na figura 5.

    A curva de nvel f(x, y)= 0 o conjunto de pontos no plano xynos quais:

    2 2 2 2f (x,y) 100 x y 0 ou x y 100= = + =

    que representa uma circunferncia de raio 10 centrada na "origem. Similarmente as

    curvas de nvel f(x,y) 51 e f(x,y) 75= = (figura 5) so as circunferncias:

    2 2 2 2f (x,y) 100 x y 51 ou x y 49= = + =

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    2 2 2 2f (x,y) 100 x y 75 ou x y 25= = + =

    A curva de nvel f(x, y)= 100 consiste apenas a origem (ainda uma curva de

    nvel).

    Figura 5 - Grfico e curvas de nvel selecionadas da funo f (x,y) = 100 x2 y2

    Observe que a projeo (ortogonal) da superfcie S sobre o plano xy

    precisamente o domnio D da funo.

    d) Represente graficamente = = 2 2z f (x,y) 1 x y .

    Soluo:a superfcie gerada uma semi-esfera de centro na origem e raio 1.

    e) Represente graficamente = = +2 2z f (x,y) x y .

    Soluo:a superfcie gerada um parabolide de revoluo.

    100

    z

    f(x,y)=75

    1

    1f x

    A superfciez = (f, x) = 100 x2 y2 ogrfico de f

    y

    f(x,y) = 51(uma curva de nveltpica no domnio da funo)

    x

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    f) Represente graficamente = = z f (x,y) 6 2x 3y .

    Soluo:esta funo pode ser escrita na forma + + =2x 3y z 6 o que corresponde

    a equao de um plano. Sabe-se que, para representar geometricamente um

    plano, so necessrios, no mnimo, trs pontos, por exemplo:

    = = =

    = = =

    = = =

    se x 0 e y 0 z 6

    se x 0 e z 0 y 2

    se y 0 e z 0 x 3

    3.1 SUPERFCIES QUDRICAS

    Vimos que, em duas dimenses, o grfico de qualquer equao do segundo graux e y,

    + + + + + =2 2Ax By Cx Dy Exy F 0

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    umaseo cnica(salvo em casos degenerados). Em trs dimenses, o grfico de

    uma equao de segundo grau emx, y, z,

    + + + + + + + + + =2 2 2Ax By Cz Dxy Exz Fyz Gx Hy Iz J 0

    uma superfcie qudrica (salvo em casos degenerados). Por simplicidade,limitaremos o estudo ao caso em que os coeficientes D, E, F, H, eI so todos zero. As

    equaes mais gerais podem reduzir-se a este caso mediante translaes e rotaes

    adequadas de eixos.

    H trs tipos de superfcies qudricas: elipsides, hiperbolides e parabolides. Os

    nomes se devem ao fato de que os traos em planos paralelos aos planos coordenados

    so em geral elipses, hiprboles e parbolas, respectivamente. A seguir, apresentam-

    se algumas superfcies qudricas com os traos em cada plano cartesiano.

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    ELIPSIDE

    Trao Equao do

    Trao

    Descrio

    do TraoEsboo do Trao

    Trao-xy 2 22 2

    x y1

    a b+ =

    Elipse

    Trao-yz 2 22 2

    y z1

    b c+ =

    Elipse

    Trao-xz 2 22 2

    x z1

    a c+ =

    Elipse

    + + =2 2 2

    2 2 2

    x y z1

    a b c

    x

    y

    (0, b, 0)

    (a,

    z

    z

    y(0, b,

    x

    (0, 0,

    z

    y(0, b,

    x

    (0, 0,

    (a, 0,

    z

    y

    (0, b, 0)

    x

    (0, 0, c)

    (a, 0, 0)

    trao-yz

    trao-xytrao-xz

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    HIPERBOLIDE DE UMA FOLHA

    Trao Equao doTrao

    Descrio

    do TraoEsboo do Trao

    Trao-xy 2 22 2

    x y1

    a b+ =

    Elipse

    Trao-yz =

    2 2

    2 2

    y z1

    b c

    Hiprbole

    Trao-xz =

    2 2

    2 2

    x z1

    a c

    Hiprbole

    + =2 2 2

    2 2 2

    x y z1

    a b c

    z

    y

    (0, b, 0)

    x

    (a, 0, 0)

    z

    y

    (0, b, 0)

    x

    z

    y

    x

    (a, 0, 0)

    z

    yx

    trao emz = -k

    z = k

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    HIPERBOLIDE DE DUAS FOLHAS

    Trao Equao doTrao

    Descrio

    do Trao Esboo do Trao

    Trao-xz 2 22 2

    x y1

    a b =

    Hiprbole

    Trao-xz =

    2 2

    2 2

    x z1

    a c

    Hiprbole

    + =2 2 2

    2 2 2

    x y z1

    a b c

    trao emz = -k

    Trao emZ=K

    y

    z

    x

    z

    y(0, b,

    x

    z

    y

    x

    (0, 0,

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    - TABELA 1

    OS SEIS TIPOS NO DEGENERADOS DAS SUPERFCIES QUDRICAS

    SUPERFCIE EQUAES SUPERFCIE EQUAES

    ELIPSIDES

    2 2 2

    2 2 2

    x y z1

    a b c+ + =

    Os traos nos planoscoordenados soelipses, comotambm so elipsesos traos em planosparalelos aos planoscoordenados, queinterceptam a

    superfcie em maisde um ponto.

    CONE ELPTICO= +

    2 22

    2 2

    x yz

    a b

    Os traos do planoxy um ponto (aorigem) e os traosem planos paralelosao planoxynoelipses. Os traos yze

    xy so pares de retasque se interceptam na

    origem. Os traos emplanos paralelos aestes so hiprboles.

    HIPERBOLIDE DE

    UMA FOLHA

    2 2 2

    2 2 2

    x y z1

    a b c+ =

    O trao no planoxy uma elipse, comoso os traos nosplanos paralelos aoplano xy. Os traosnos planos yz exz

    so hiprboles, bemcomo os traos nosplanos paralelos aeles que no passampelos interceptosxey. Nestesinterceptos, ostraos so pares deretas concorrentes.

    PARABOLIDE ELPTICO 2 2

    2 2

    x yz

    a b= +

    O traos em planoxyum ponto (a origem) eos traos em planos

    paralelos e acima delesaio elipses. Os traosnos planosxy exz,bem como em planosparalelos a eles soparbolas.

    HIPERBOLIDE DEDUAS FOLHAS

    2 2 2

    2 2 2

    z x y1

    c a b =

    No h trao noplanoxy. Em planosparalelos ao plano

    xyque interceptama superfcie em maisdo que um ponto ostraos so elipses.Nos planos yz, xz enos planos paralelosa eles, os traos sohiprboles.

    PARABOLIDEHIPERBLICO

    2 2

    2 2

    y xz

    b a=

    O trao no planoxy um par de retas quecruzam na origem. Ostraos em planosparalelos ao planoxyso hiprboles. Ashiprboles acima doplanoxyabrem-se nadireo y e as abaixona direox. Ostraos nos planos yze

    xz so parbolas,assim como os traosnos planos paralelos a

    estes.

    Y

    X

    z

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    EXERCCIOS SOBRE IMAGEM DAS FUNES DE DUAS VARIVEIS

    1.Represente a funo dada desenhando algumas curvas de nvel, no mesmo plano

    coordenado, e tente visualizar a superfcie a partir do mapa de contorno resultante.

    a) = = +2 2z f(x,y) x y : Resposta: curvas de nvel circunferncias concntricas

    centradas na origem / superfcie parabolide circular

    b) = = 2 2z f(x,y) y x Resposta: curvas de nvel hiprboles que interceptam os

    eixos x (se K < 0) e o eixo y (se K > 0) e retas que passam pela origem (se K = 0) /

    superfcie: parabolide hiperblico (sela)

    2.Esboce a superfcie definida pelas funes ou equaes.

    a) 2 2z f(x,y) 36 9x 4y= = e) 2 2z f(x,y) 9x 4y 36= = +

    b) 2 2z f(x,y) 72 4x 9y= = + f) 2 2z f(x,y) 9x 4y 36= = + +

    c) 2 2z f(x,y) 9 x y= = g) 2 2z f(x,y) 25 x y= =

    d) = = z f(x,y) 4 4x 2y h) + + =2 2x 4y z 16

    3.Ache a equao da curva ouda superfcie de nvel de fque contm o ponto P.

    a) f(x,y) yarctg x;P(1;4)= : Resposta: y arctg x =

    b)2 xy

    f (x,y) (2x y ) e ; P(0; 2)= + Resposta: (2x + y2

    ) exy

    = 4

    c) = + 2 2 2f(x,y,z) x 4y z ; P(2; 1; 3) / FAA UM ESBOO DA SUPERFCIE DE NVEL

    Resposta: 2 2 2x 4y z 1 + = / hiperbolide de duas folhas

    d) 2 2f (x,y) 2x y ; P(0, 2)= + / FAA UM ESBOO DA CURVA DE NVEL QUE CONTM P

    Resposta:2 2x y

    12 4

    + = / elipse

    e) 2 2f (x,y,z) x 4y z; P(2; 1; 12)= + / FAA UM ESBOO DA SUPERFCIE DE NVEL

    Resposta: 2 2z x 4y 4= + / parabolide elptico

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    4. Uma chapa plana de metal est situada em um plano xy, de modo que a

    temperatura T(em C no ponto (x,y) inversamente proporcional distncia do

    ponto at a origem.

    a)Descreva as isotrmicas; Resposta: crculos com centro na origem

    b)Se a temperatura no ponto P (4, 3) de 40C, ache a equao da isotrmica para

    uma temperatura de 20C. Resposta: x2+ y2= 100

    5.De acordo com a lei da gravitao universal de Newton, se uma partcula de massa

    m0 est na origem de um sistema coordenado xyz, ento o mdulo F da fora

    exercida sobre uma partcula de massa msituada no ponto (x, y, z) dada por:

    02 2 2

    Gm mF

    x y z=

    + +

    em que G a constante de gravitao universal.

    a)Quantas variveis independentes esto presentes?

    b) Se m0 e m so constantes, descreva as superfcies de nvel da funo x, y, z

    resultante. Qual o significado fsico dessas superfcies de nvel.

    Respostas:a) cinco

    b) esferas com centro na origem.

    6. Se o potencial eltrico no ponto P(x, y, z) dado por V = 6 / (x2+ y2+ 9z2)1/2,ache a equao da superfcie equipotencial (superfcie de nvel) quando V = 120

    volts e faa um esboo desta superfcie.

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    4. DERIVADAS PARCIAIS DE PRIMEIRA ORDEM

    Se z f (x,y),= ento a derivada parcial de fem relao x (tambm chamada

    de derivada de z em relao x) a derivada em relao y da funo que

    resulta quando y mantido fixo e x permitido variar. Essa derivada parcial

    denotada por xf

    f (x,y)x

    =

    e pode ser expressa como limite:

    + = =

    x x 0

    f f (x x,y) f (x,y)f (x,y) lim

    x x

    Analogamente, a derivada parcial de f em relao y (tambm chamada de

    derivada parcial de z em relao y) a derivada em relao y da funo que

    resulta quando x mantido fixo e y permitido variar. Esta derivada parcial

    denotada por

    + = =

    y y 0

    f f (x,y y) f(x,y)f (x,y) lim

    y y

    Exemplos:

    a)Determinar as derivadas parciais de primeira ordem da funo

    ( ) ( )= = + 3 2

    z f (x,y) x y sen 2x :

    Soluo

    ( ) ( ) ( )

    = = + + 2 3 2

    x

    ff (x,y) 3x sen 2x 2 x y cos 2x y cons tante

    x

    ( )

    = = yf

    f (x,y) 2y sen 2x x cons tantey

    b) Exemplo de uma funo de trs variveis independentesSe os resistores eltricos R1, R2, R3ohms so conectados em paralelo para formar um

    resistor de R ohms, o valor de Rpode ser encontrado a partir da equao:

    1 2 3

    1 1 1 1R R R R

    = + +

    (Figura 6). Encontre o valor2

    RR

    quando R1= 30, R2= 45 e R3= 90 ohms.

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    Figura 6 Resistores em paralelo

    Soluo: para encontrarmos2

    R

    R

    tratamos R

    1e R

    3como constantes e derivamos

    ambos os lados da equao em relao a R2.

    ++

    =

    32122 R

    1

    R

    1

    R

    1

    RR

    1

    R

    0R

    10

    R

    R

    R

    1

    2222

    +=

    2

    22

    2

    2

    2 R

    R

    R

    R

    R

    R

    ==

    Quando R1=30, R2=45 e R3=90,

    15

    1

    90

    1

    45

    1

    30

    1

    R

    1=++= ,

    assim R = 15 e

    9

    1

    3

    1

    45

    15

    R

    R 22

    2

    =

    =

    =

    + -

    R1

    R2

    R3

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    4.1 Interpretao geomtrica das derivadas parciais

    A derivada parcial ( )0000 ,),( yxx

    fyxfx

    = a inclinao da tangente `a curva C1 [z =

    f(x, y0)] no ponto P (x0, y0) - (tangente trigonomtrica do ngulo que a tangente curva C1em P forma com o eixo X) ver figura 7.

    Figura 7 Interseo do plano y = y0com a superfciez = f(x, y)vista de um

    ponto acima do primeiro quadrante do planoxy Fonte/ THOMAS, 2003.

    A derivada parcialy

    f)y,x(fy

    = a inclinao da tangente `a curva C2[z = f(x0, y)] no

    ponto P (tangente trigonomtrica do ngulo que a tangente curva C2em P forma

    com o eixo Y) ver figura 8.

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    Figura 8 Interseo do plano x = x0com a superfciez = f(x, y)vista de um

    ponto acima do primeiro quadrante do planoxy Fonte/ THOMAS, 2003.

    As tangentes s duas curvas C1e C2em P so, em geral, duas retas concorrentes

    em P (figura 9), as quais determinam um plano que se diz plano tangente

    superfcie definida pela funoz = f(x, y).

    Figura 9 As figuras 7 e 8 combinadas as retas tangentes no ponto P (x 0,y0)

    determinam um plano tangente superfciez = f(x, y).

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    EXERCCIOS SOBRE DERIVADAS PARCIAIS DE PRIMEIRA ORDEM

    1. Em cada caso achar as derivadas parciaisy

    yxfex

    yxf

    ),(),( das funes dadas:

    a) f(x, y) = ( x + y ) ( x y ) d)f(x, y) = ln ( x + 3y )b)f(x, y) = sen ( x + y ) + cos ( x y ) e)

    )y3x(

    y)y,x(f

    +=

    c) f(x, y) = ( x + xy + y ) f) xye)ylnx()y,x(f = g)

    2xye)y,x(f =

    Respostas:

    a) fx=4x + y - 3xy , fy= 3xy - x - 4y

    b) fx = cos (x + y) sen (x y) , fy= cos ( x + y ) + sen ( x y )

    c) fx=3( x + xy +y ) ( 2x + y ) , fy= 3( x + xy +y ) ( x + 2y )

    d)232

    2

    yx

    xxf

    += ,

    232

    6

    yx

    yyf

    +=

    e)2

    3y)(x

    yxf

    +

    = ,2

    3y)(x

    xyf

    +

    =

    f) ylny)xy(1ex

    f xy += ;

    =

    y

    1xlnyxeyf

    2xy

    2. Calcular as derivadas parciais primeiras da funo f(x,y) = ln ( x tg (y) )no ponto

    4;3:

    P .

    Respostas: 2)(31)( =

    =

    P

    yfeP

    xf

    3. O volume de uma certa quantidade de gs determinada pela temperatura (T) epela presso (P) atravs da frmula 0,08

    TV

    P= . Calcule e interprete

    V Ve

    P T

    quando P = 20 N/m e T = 300 K.

    Respostas:

    3 3

    2(20;300) 0,06 (20;300) 0,04/

    V m V meP N m T K

    = =

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    4. Calcule as derivadas parciais de primeira ordem - )y;x(x

    f

    e )y;x(

    y

    f

    - da funo

    ( ) 32

    22 yx)y,x(f += e descreva em quais pontos as derivadas parciais de primeira

    ordem deixam de existir (faa o grfico).

    5. Imagine uma chapa metlica fina e retangular desigualmente aquecida sobre oplanoXY, com o canto inferior esquerdo na origemx e y, conforme Figura 1:

    Figura 1 - Chapa metlica sobre o planoXY(X e Y so distncias em centmetros).

    A temperatura (em graus Celsius) no ponto (x, y) 22

    5),(

    yx

    xyxT

    += . No ponto P (3,

    4), pede-se:

    (a) a taxa de variao instantnea da temperatura em relao distncia

    quando uma partcula, sobre a placa, move-se para a direita e paralelamente ao

    eixoX,a partir do ponto P;

    (b) a taxa de variao instantnea da temperatura em relao distncia

    quando uma partcula, sobre a placa, move-se para cima e paralelamente ao

    eixo Y, a partir do ponto P;

    (c) interprete os resultados encontrados nas letras (a) e (b).

    6. Calcular a inclinao da tangente curva segundo a qual o plano y = 1 corta oparabolide de revoluo z = x + y, no ponto P:( 2; 1; 5 ).

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    Resposta:14tan

    = .

    7. Calcular a inclinao da tangente curva C1, que corresponde interseo dasuperfcie 2 3z f x y 4x y xy( , )= = com o plano y = 2, no ponto P (3, 2, 48).

    Resposta: ( )1 40 88 57tan , = = .

    5. DIFERENCIAL TOTAL

    A diferencial de uma funo fem um ponto uma combinao linear das diferenciais

    das projees x e y tendo como coeficientes as derivadas parciais da funo no dito

    ponto.

    Se f = f (x, y), tem-se:

    f fdf dx df

    x y

    = +

    Se f uma funo de n variveis, a diferencial dada pela expresso:

    1 2 3 n1 2 3 n

    f f f f df dx dx dx ... dx

    x x x x

    = + + +

    Usando um somatrio, pode-se escrever, de modo mais condensado:

    n

    kk l k

    fdf dx

    x=

    =

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    EXERCCIOS SOBRE DIFERENCIAL TOTAL

    1. Determinar a diferencial total da funo:

    =

    yz arc tg x

    a)em um ponto genrico ( x, y ), x O; Resposta: ( )= ++2 21

    dz ydx xdyx y

    b)no ponto P:( 1,-2). Resposta: ( )= +1

    dz 2dx dy5

    2. Uma lata de metal fechada, na forma de um cilindro circular reto, deve possuiraltura interna igual a 6 cm, raio interno de 2 cm e espessura de 0,1 cm. Se o

    custo do metal a ser usado de 10 centavos por cm3, encontre por diferenciao

    o custo aproximado do metal a ser usado na fabricao da lata.

    Resposta:custo por lata = R$ 1,00

    3. Deseja-se dimensionar um vaso, na forma de um cilindro circular reto, de aoinoxidvel, cujas dimenses internas so: altura igual a 40 cm, dimetro de 20cm. Sabendo que a espessura da chapa de 1 mm, qual o volume do material

    empregado? (USE O CONCEITO DE DIFERENCIAL TOTAL)

    4. Determine a quantidade de estanho numa lata cilndrica fechada com 7,5 cm dedimetro e 15 cm de altura se a espessura da folha de estanho for de 0,03 cm.

    (Utilize o conceito de diferencial total). Resposta: v 4 219, = cm3

    5. Utilize o conceito de diferencial total para determinar o mximo erro no clculo darea da superfcie e no clculo de volume de uma caixa aberta retangular com

    altura = 25 m, largura = 30 cm e comprimento = 70 cm , com erro mximo de

    0,3 cm em cada dimenso. Respostas: v 1380 = cm3e A 120 = cm2

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    27

    6. A potncia consumida numa resistncia eltrica dada porR

    VP

    2

    = watts.

    Se V = 12 volts e R = 6 ohms, determine o valor da variao da potncia se V

    aumentada de 0,015 volts e R aumentada de 0,002 ohms. Interprete o sinal do

    resultado: a potncia reduzida ou aumentada? (Utilize o conceito de diferencial

    total). Resposta: P 0 052, = watts

    7. Seja um retngulo com lados 3=x cm e 4=y cm. Utilize o conceito de diferencialtotal para definir a variao aproximada da diagonal deste retngulo, sabendo que

    o lado x foi aumentado 005,0 cm e o lado y diminudo 0,004 cm. Resposta:

    0002,0=dD cm

    8. A resistncia de um circuito eltrico dada por ERI

    (= ohms). Sabendo que

    E = 18 V (volts) e I = 6 A (ampres), porm, foi feita a leitura de E= 17,985 Ve

    I = 6,125 A, determinar a variao da resistncia. (Utilize o conceito de diferencial

    total). Resposta: R 0 063, = (ohms)

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    EXERCCIOS SOBRE DERIVADAS PARCIAIS DE ORDEM SUPERIOR

    1. Calcular as derivadas parciais de segunda ordem das funes e verificar quexy yxf f=

    a) xf (x, y) e sen(y) ln(xy)= +

    b)2 2x y

    f(x,y) ,x 0 e y 0y x

    =

    c)xy yf(x,y) e ln ,x 0 e y 0

    x

    = + > >

    Respostas:

    a) x x xxx yy xy yx21 1

    f e seny , f e seny , f f e cos y2 y

    = = = =

    b) x x xxx yy xy yx21 1

    f e seny , f e seny , f f e cos y2 y

    = = = =

    c)

    = + =

    x xy y

    xx yy2 2 3 2

    1 1 x x 1f e , f e 2

    yy x y y

    = =

    xy

    xy yx 21 xf f e 1

    yy

    2. Determine o conjunto domnioe calcule as derivadas parciais de 2aordemdecada uma das funes:

    a)x

    xyyyxf24

    712),(2 ++= b) 325 158),( yxxyyxf ++=

    c)y

    yxyxf 1234),( 3 +++= d) 223),( xxt

    ttxf ++=

    e) 125),( 25 +++= srsrsrf f) yyxyxf 5)cos()sen(3),( 2 ++=

    Respostas:

    a) 23

    127

    =

    xy

    x

    f 2

    5

    2

    2

    18)(

    =

    x

    x

    f xy

    y

    f724 +=

    24

    )( 2

    2

    =

    y

    f

    722

    =

    =

    xy

    f

    yx

    f { }0/),( 2

    )( >= xIRyxD

    f

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    29

    b) 354

    2)15(5

    1xyx

    x

    f+=

    35

    9

    2

    2

    2)15(25

    4

    )(yx

    x

    f+

    =

    2238 yx

    y

    f=

    yxy

    f 22

    2

    6)(

    =

    2

    22

    6xyxy

    f

    yx

    f=

    =

    { }2

    )(),( IRyxD

    f =

    c) 21

    )34(2

    +=

    x

    x

    f 2

    3

    2

    2

    )34(4)(

    +=

    x

    x

    f 23

    2

    123

    1 =

    yy

    y

    f 33

    5

    2

    2

    249

    2

    )(

    +

    =

    yy

    y

    f

    022

    =

    =

    xy

    f

    yx

    f

    = 0,4

    3/),( 2)( yxIRyxD f

    d) xtxx

    f22 +=

    22)(

    3

    2

    2

    +=

    tx

    x

    f 136 +=

    xt

    t

    f 4

    2

    2

    18)(

    =

    t

    t

    f

    2

    22

    =

    =

    x

    xt

    f

    tx

    f { }2fD x t IR x 0 e t 0( ) ( , ) / =

    e) 2425 srr

    f+=

    3

    2

    2

    100)(

    rr

    f=

    2

    1

    )12(2

    ++=

    srs

    s

    f 2

    3

    2

    2

    )12(2)(

    +=

    sr

    s

    f

    srs

    f

    sr

    f2

    22

    =

    =

    =2

    1/),( 2)( sIRsrD f

    f) )cos(3 xx

    f=

    )sen(3

    )( 2

    2

    xx

    f=

    5)sen(2 2 +=

    yy

    y

    f

    )sen(2)cos(4)(

    222

    2

    2

    yyyy

    f=

    0

    22

    =

    =

    xy

    f

    yx

    f 2)( ),( IRyxD f =

    3. Determine o domnio (algbrico e geomtrico) e a derivada parcial4

    xzyx

    ff

    x y z x

    =

    da funo

    ( )

    2f ( x, y,z ) 3xz

    x y z 4= +

    + + , no ponto P (1, -1,

    1).

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    30

    6. PLANO TANGENTE E RETA NORMAL

    6.1 Plano tangente

    Seja z =f (x, y) uma funo diferencivel no ponto P:(xo; yo). Quando passamos do ponto P

    a um ponto prximo (x, y) o acrscimo z f = da funo (eq. [1]) :

    f fz f (P) x (P) y

    x y

    = = +

    [1]

    ou

    0 0 0f fz z (P)(x x ) (P)(y y )x y = +

    [2]

    A equao [2] representa um plano do espao, o qual passa pelo ponto P:(xo; Yo),

    pertencente ao grfico da funoz = f(x, y). Trata-se do plano tangenteao grfico

    de f no ponto P. Observando os resultados, conclumos que o valor f (x, y) da funo

    em um ponto (x, y) prximo de (x0; y0) aproximadamente igual cotazdo plano

    tangente ao grfico de f no ponto P:(x0; Y0; f(x0; y0)). Desse modo quando

    escrevemos (eq.[3]):

    x0

    x0Z = f (x,

    z0

    0 0f

    tg (x ,y )y

    y

    z

    P: (x0, y0, z0)

    xx

    0 0

    ftg (x y )

    x

    =

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    0 0f f

    f (x,y) (P)(x x ) (P)(y y )x y

    +

    [3]

    estamos substituindo a superfcie de equaoz f(x, y), na vizinhana do ponto P:(x0,

    y0, f(x0;y0)), pelo plano tangente neste ponto.

    6.2 Reta normal

    A normal superfcie no ponto P a reta que passa por P e perpendicular ao plano

    tangente neste ponto.

    Portanto, da equao [2] do plano tangente: 0 0f f(P)(x x ) (P)(y y ) (z c) 0

    x y

    + =

    deduzimos que a direo da normal dada pelo vetor

    =

    ur f fv (P); (P); 1

    x y.

    Portanto, podemos escrever a equao cartesiana da normal superfcie em P na

    forma (eq. [4]):

    0 0 0x x y y z zf f 1(P) (P)x y

    = =

    [4]

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    32

    EXERCCIOS SOBRE PLANO TANGENTE E RETA NORMAL

    1. Achar a equao do plano tangente e a equao da normal ao parabolide elptico:= = +2 2z f (x, y) 2x 5y no ponto P:( -2; 1: 13 )

    Resposta:plano tangente: 8x-10y+z+13=0 reta normal:2 1 13

    8 10 1

    x y z+ = =

    .

    2. Considere a superfcie definida pela funo z = f(x,y)= e3x sen(3y) e o ponto

    P : 0,6

    . Determine:

    a)a inclinao do plano tangente em relao aos eixos cartesianos no ponto Pe a

    equao cartesiana do plano;

    b)a equao da reta normal superfcie em P.

    Respostas:

    a) Inclinao do plano = = = 1x yf (P) 3 tan 3 e f (P) 0 plano paralelo aoeixo Y / Equao do plano tangente: 3x z + 1 = 0;

    b) retax 3t

    normal: y6

    z t 1

    =

    =

    = +

    Equao paramtrica da reta

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    33

    7. DERIVADA DIRECIONAL/ GRADIENTE

    A derivada da funo f = f(x, y), no ponto P, na direo de um vetor Sur

    dada pelo

    produto escalar do gradiente ( )f(P)ur

    e o vetor unitrio 0S ,ur

    isto :

    = =

    ur

    ur urur 0S

    fD f(P) f(P) S

    S

    Sendo: 0S

    SS

    =

    rr

    r - vetor unitrio;

    i j kx y z

    = + +

    rr r r- operador diferencial vetorial;

    f f ff i j k

    x y z

    = + +

    rr r r- gradiente de uma funo f = f(x, y, z).

    EXERCCIOS SOBRE DERIVADA DIRECIONAL / GRADIENTE

    1. Calcular a derivada da funo 4 2 2 3z x 3x y 2y 5xy 3x 5= + + + z, no pontoP:(-1,2), na direode cada um dos vetores dados a seguir:

    a) = +v v v3 1u i j

    2 2 Resposta: ( )

    117 13 3

    2 +

    b) = v v vu 6i 3j Resposta:

    9

    5

    c) AB, sendo A :(1; 3) e B:(3; 5) uv

    Resposta: 2 2

    d)w z(P)= uv uv

    Resposta: 458

    2. Dada a superfcie de nvel: e2z (sen x - cos y) = 1 e o ponto P:(0, , 0).Determine:

    a)o gradiente da funo f (x,y, z) em P; Resposta: f (P) gradf (P) i 2K = = +

    ur v uv

    b)explique o significado geomtrico do resultado obtido na letra a.

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    3. Determinar a equao do plano tangente esfera x2+ y2+ z2= 14, no P:(3, 1, -2).

    Resposta: 3x + y - 2z - 14 = O .

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    EXERCCIOS COMPLEMENTARES

    1. Esboce o domnio de f. Use as linhas cheias para a parte que inclui a fronteira no

    domnio e linhas tracejadas para as que noincluem.

    a) xylny)f(x, = ;

    b)3

    1y)f(x,

    2

    22

    +

    +=

    y

    yx;

    c) 222x-25z)y,f(x, zy = .

    Respostas: a) primeiro e terceiro quadrante, exceto os pontos pertencentes aos

    eixos cartesianos; b) os pontos pertencentes circunferncia centrada na origem

    de raio 1 e os externos essa circunferncia; c) esfera centrada na origem de raio

    5 e os pontos externos essa esfera.

    2. Esboce a superfcie definida pela funo:.

    a) 22x-1y)f(x, y= ;

    b) 1y)f(x, 22 += yx ;

    c) 3y-2x-6y)f(x,z == ;

    d) 164x-yy)f(x, 22 =

    Respostas:

    a) b)

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    c) d)

    3. Esboce as curvas de nvel de fpara os valores dados de k.

    a)22

    yy)f(x, x= k = -4 , 0 , 9

    b) yx = 2y)f(x, k = -2 , 0 , 3

    c) ( ) ( )22 32-xy)f(x, ++= y k = 1 , 4 , 9

    Respostas:

    a) b) c)

    4. Esboce a superfcie de nvel de f(x,y,z) = k.

    a) 222 44xz)y,f(x, zy ++= , k = 16;

    b) f(x,y,z) 4x 2y z= + , k = 1.

    5. Determine o gradiente de fem Pe ento use o gradiente para calcular a derivadade fna direo do vetor u

    r. Sendo:

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    ( ) kjiuPzyzyxrrrr

    13

    12

    13

    4

    13

    3;4,2,1;)32xln(),,(f 222 =++=

    Respostas:741

    314)(;

    57

    24

    57

    8

    57

    2)(fgrad =++= PfDkjiP ur

    rrr

    6. Determine a derivada direcional de ( )zx

    yzyxf

    +=,, em P(2, 1, -1)na direo de Pa

    Q(-1, 2, 0).

    Resposta:11

    3

    7. Determine um vetor unitrio na direo do qual fcresce mais rapidamente em Pe

    determine a taxa de crescimento de fnaquela direo.

    ( )1,1,1;1),,(f 323 ++= Pzzyzxzyx Respostas: 23)(;

    2

    1

    2

    1== Pfgradjiu

    rrr

    8. A temperatura (em graus Celsius) em um ponto (x, y, z) de um slido de metal

    ( )22

    1

    ,,

    zx

    xyzzyxT

    ++

    =

    (a)Determine a taxa de variao da temperatura em relao distncia em P(1,

    1, 1)na direo da origem.

    (b)Determine a direo na qual a temperatura eleva-se mais rapidamente a

    partir do ponto P. (Expresse a sua resposta como um vetor unitrio).

    (c)Determine a taxa na qual a temperatura eleva-se movendo de Pna direo

    obtida na letra (b).

    9. A temperatura (em graus Celsius) em uma regio no espao dada por:

    T(x, y, z) = 2x2 xyz.

    Uma partcula se move nesta regio e sua posio no instante t dada porx = 2t2,

    y = 3t,z = -t2, onde o tempo medido em segundos e a distncia em metros.

    (a)Qual a taxa de variao mxima da temperatura sentida pela partcula em

    graus Celsius por metro quando a partcula est no ponto P:(8, 6, -4).

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    (b)Qual a taxa de variao da sentida pela partcula em graus Celsius por

    segundo em P?

    Respostas: (a) 80,4 C/m ; (b) 352 C/s

    EXERCCIOS DE APLICAO

    10. Um prdio industrial de formato retangular com dimenses x, y, e z est

    esquematizado na Fig.1 (a). Na Fig. 1 (b) fornecemos a quantidade de calor

    perdida por dia atravs de cada uma das laterais do prdio, do teto, e do piso,medidas em unidade apropriada de calor, por metro quadrado. Seja f(x,y,z) a

    perda de calor total em um dia.

    Figura 1 Esquema do formato retangular de um prdio retangular e quantidade de calor

    perdida por dia

    (a) Encontre uma frmula para f(x,y,z).

    (b) Encontre a perda total de calor diria tendo o prdio o comprimento de 100 m,

    largura de 70 m e altura de 50 m.

    (c) Calculex

    f

    ,

    y

    f

    e

    z

    f.

    (d) Calcule )1,3,2(f

    z

    .

    (e) Interprete o resultado obtido na letra (d)

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    11. FUNO PRODUO

    Os custos de um processo de manufatura podem em geral ser classificados em dois

    tipos: custo de mo-de-obra e custo de capital. O significado do custo de mo-de-

    obra evidente. Por custo de capital entendemos a soma de diversos custos, como

    o de prdios, ferramentas, maquinrio e itens similares utilizados no processo de

    produo. Usualmente um empresrio tem algum controle sobre parte dos custos

    de mo-de-obra e capital utilizados em seu processo de produo. Ele pode

    automatizar completamente a produo, de forma a reduzir a mo-de-obra para o

    mnimo possvel, ou pode utilizar mo-de-obra ao mximo e reduzir os custos de

    capital. Suponha que x unidade de mo-de-obra e y de capital sejam utilizadas.

    Seja f(x,y) o nmero de unidades acabadas do produto manufaturado. Economistas

    descobriram que f(x,y) freqentemente uma funo da forma:

    Ay = 1AxCy)f(x, ,

    em que A e C so constantes, 0 < A < 1. Um funo desse tipo chamada de

    Funo Produo de Cobb-Douglas. (SCHNEIDER, David I.; LAY, David C.;

    GOLDSTEIN, Larry J. Matemtica Aplicada Porto Alegre: Bookman, 2000).

    (Produo em uma empresa)Suponha que durante um certo perodo de tempo o

    nmero de unidades de bens produzidos, quando utilizando xunidade de mo-de-

    obra e yunidades de capital, 4/13/4x60y)f(x, y= .

    (a)Quantas unidades do bem sero produzidas, utilizando 81 unidades de mo-

    de-obra e 16 unidades de capital?

    (b)Mostre que a produo ser dobrada sempre que as quantidades de mo-de-

    obra e capital forem dobradas. (Economistas dizem que a funo produo

    tem retorno constante por escala).

    (c)Determine a curva de nvel na qual 600 unidades so produzidas.

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    Resposta:

    Figura 2 Representao geomtrica da curva de nvel definida na letra (c).

    (d)Encontrex

    f

    e

    y

    f

    .

    Observao: as quantidadesx

    f

    e

    y

    f

    so comumente chamadas de

    produtividade marginal de mo-de-obra e de produtividade marginal de

    capital.

    (e)Encontrex

    f

    e

    y

    f

    , em x = 81 e y = 16.

    (f)Interprete os valores obtidos na parte (e).

    12. A produtividade de um pas dada por 3/12/3x300y)f(x, y= , em quex a unidade

    de mo-de-obra e yunidades de capital.

    (a)Calcule as produtividades marginais de mo-de-obra e capital quando x =

    125 e y = 64.

    (b)Seja h um nmero pequeno. Utilize o resultado do item (a) para determinar

    o efeito aproximado na produo, provocado pela mudana na quantidade demo-de-obra de 125 para 125+h unidades, enquanto o capital permanece

    fixo em 64 unidades.

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    (c)Utilize o resultado da letra (b) para determinar o efeito aproximado de

    decrescer a mo-de-obra de 125 para 124 unidades, enquanto o capital

    permanece fixo em 64 unidades.

    (d)Qual seria, aproximadamente, o efeito na produtividade provocado pelo

    aumento de capital de 64 para 66 unidades, enquanto a mo-de-obra

    permanece fixa em 125 unidades?

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

    ANTON, Howard. Clculo um novo horizonte. Trad. Cyro de Carvalho Patarra. 6 ed.

    Porto Alegre: Bookman, 2000. (Traduo de: Calculus). V.2.

    VILA, Geraldo S. S. Clculo. Rio de Janeiro: Livros Tcnicos e Cientficos, 2v.

    LElTHOLD, Luiz. Oclculo com geometria analtica. Trad. Cyro de Carvalho Patarra. 3ed. So Paulo: Harbra, 1984. 688 - 1178p. (Traduo de: The calculus with analytic

    geometry). V.2.

    SIMMONS, George F. Clculo com geometria analtica. Trad. Seiji Hariki. So Paulo:

    McGraw-Hill, 1987. 807p. (Traduo de: The calculus with analytic geometry). V.2.

    SWOKOWSKI, Earl. W. Clculo com geometria analtica. Trad. Alfredo Alves de Faria.

    2 ed. So Paulo: Makron Books. (Traduo de: Calculus). Y.2.

    Notas de aula do Prof. Edson Duro Judice Funes de Vrias Variveis.

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    IINNTTEEGGRRAALLDDUUPPLLAA

    1. DEFINIO E INTERPRETAO GEOMTRICA

    Na tentativa de resolver o problema de determinar reas, chegamos definio deintegral definida. Vamos aplicar procedimento semelhante para calcular o volume de

    um slido e, no processo, chegar definio de integral dupla.

    Considere uma funo f de duas variveis definida em um retngulo fechado (FIG. 1)

    R = [a,b] x [c,d] = {(x,y) IR2| a < x < b, c < y < d }.

    Figura 1 Regio retangular R.

    Vamos, inicialmente, supor f(x, y) > 0. O grfico de f a superfcie de equaoz =

    f(x,y) conforme ilustra a figura 1.

    Figura 2 Grfico de uma superfcie Sdefinida em um retngulo fechado R.

    Seja S o slido que est contido na regio acima de R e abaixo do grfico de S, ou

    seja,

    y

    ba x

    d

    c

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    S = {(x,y,z) IR3| (x,y) R, 0 < z < f(x,y)}.

    Nosso objetivo determinar o volume de S.

    O primeiro passo consiste em dividir o retngulo R em sub-retngulos. Faremos isso

    dividindo o intervalo [a,b] em m subintervalos [xi-1 , xi], de mesmo comprimento

    x = (b a) / m, e o intervalo [c,d] em n subintervalos [yj-1 , y j], de mesmo

    comprimento y = (b a) / n. traando retas paralelas aos eixos coordenados

    passando pelos extremos dos subintervalos, formamos os sub-retngulos.

    Rij= [x i-1,x i] x [y j-1,y j ] = {(x,y) | x i-1< x < x i, y j-1< y < y j } cada um dos quais

    com rea A = xy ver figura 3.

    Figura 3 Diviso da regio retangular Rem sub retngulos.

    Se escolhermos um ponto arbitrrio (xij, yij) em cada Rij, podemos aproximar a parte

    de S que est acima de cada R ij por uma caixa retangular fina (ou um prisma) com

    base Rije altura f(xij, y ij). O volume desta caixa dado pela sua altura vezes a rea

    do retngulo da base (Figura 4):

    Vij= f(xij, yij)A.

    Se seguirmos com esse procedimento para todos os retngulos e somarmos os

    volumes das caixas correspondentes, obteremos uma aproximao do volume total de

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    S:

    V ==

    m

    1j

    ijij

    n

    1i

    A)y,x(f

    Essa dupla soma significa que, para cada sub-retngulo, calculamos o valor de f no

    ponto amostra escolhido, multiplicamos esse valor pela rea do sub-retngulo e,

    ento, adicionamos os resultados.

    Figura 4 Volume de um prisma (Vij) interno ao slido limitado inferiormente pela regio Re

    superiormente pela superfcie S.

    A aproximao V ==

    m

    1j

    ijij

    n

    1i

    A)y,x(f melhora quando aumentamos os valores de m e

    de n e, portanto, devemos esperar que:

    V = ==

    m

    1j

    ijij

    n

    1in,m

    A)y,x(flim .

    Usamos essa expresso para definir o volume do slido S que corresponde regio

    que est acima do retngulo Re abaixo do grfico de f.

    Mesmo fno sendo uma funo positiva, podemos dar a seguinte definio:

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    A integral duplade f sobre o retngulo R

    =R dA)y,x(f == m

    1jijij

    n

    1in,m A)y,x(flim

    se esse limite existir.

    Pode-se provar que o limite existe sempre que ffor uma funo contnua. Alm disso,

    se f(x,y) > 0, ento o volume do slido que est acima do retngulo R e abaixo da

    superfcie z = f(x.y) :

    =R

    dA)y,x(fV .

    A soma ==

    m

    1j

    ijij

    n

    1i

    A)y,x(f chamada soma dupla de Riemann e usada como

    aproximao do valor da integral dupla.

    2. PROPRIEDADES DAS INTEGRAIS DUPLAS:

    1) +=+DDD

    dA)y,x(gdA)y,x(fdA)]y,x(g)y,x(f[

    2) =DD

    dA)y,x(fcdA)y,x(cf , onde c uma constante

    3) +=21 DDD

    dA)y,x(fdA)y,x(fdA)y,x(f , se D = D1D2, onde D1e D2no sesobrepem exceto, possivelmente,nas fronteiras.

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    3. EXEMPLO

    O volume do slido que est acima do quadrado R = [0,2] x [0,2] e abaixo do

    parabolide elptico z = 16 x2 2y2pode ser aproximado pela subdiviso de R em

    quatro quadrados iguais e a escolha do ponto amostra como o canto superior de cada

    quadrado Rij.

    Soluo:Os quadrados esto ilustrados na figura acima e a rea de cada um vale

    1. O parabolide o grfico de f(x,y) = 16 x2 2y2. Aproximando o volume pela

    soma de Riemann com m = n = 2, temos:

    ==

    2

    1j

    ijij

    2

    1i

    A)y,x(fV = f(1,1)A + f(1,2) A + f(2,1) A + f(2,2) A

    = 13(1) + 7(1) + 10(1) + 4(1) = 34

    Esse um volume aproximado das caixas, como mostra a figura 5:

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    Figura 5 Slido limitado superiormente pelo parabolide elptico e inferiormente pelo

    retngulo R.

    Obtemos melhor aproximao do volume quando aumentamos o nmero de

    quadrados. A figura 6 mostra como as figuras comeam a parecer mais com o slido

    verdadeiro e as aproximaes correspondentes vo se tornando mais precisas quando

    usamos 16, 64 e 256 quadrados.

    Figura 6 Melhor preciso matemtica: maiores subdivises retangulares.

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    INTEGRAIS ITERADAS

    Se f for contnua no retngulo R = { (x,y) | a < x < b, c < y < d }, ento

    calculamos a integral dupla de f em R atravs de integrais iteradas, como mostrado

    abaixo:

    =

    =

    d

    c

    b

    a

    b

    a

    d

    cR

    dydx)y,x(fdxdy)y,x(fdA)y,x(f

    Este resultado, conhecido como Teorema de Fubini, vale sempre que f for

    limitada em R, podendo ser descontnua em um nmero finito de pontos de R.

    Exemplo 2: Calcule o valor da integral R

    2 ydAx , onde R = [0,3] x [1,2]

    Soluo: R2

    ydAx =

    3

    0

    2

    1

    2

    dxydyx =

    3

    0

    2

    1

    22

    dx2

    y

    x =

    3

    0

    22

    dx2

    1x2

    4x =

    y

    3

    2

    x

    1

    0

    R

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    3

    0

    2 dxx2

    3=

    3

    0

    3

    3

    x

    2

    3

    = 5,13

    2

    27

    2

    x3

    0

    3

    ==

    ou

    R

    2 ydAx =

    2

    1

    3

    0

    2 dyydxx =

    2

    1

    3

    0

    3

    dyy3

    x=

    2

    1

    dy0y3

    27=

    ( )=2

    1

    dyy9 =

    2

    1

    2

    2

    y9

    =

    5,132

    27

    2

    9

    2

    36===

    O valor obtido o volume do slido

    acima de R e abaixo do grfico da

    funo f(x,y) = x2y (Veja figura ao

    lado)

    Exemplo 3: Calcule R

    dA)xysen(y , onde R = [1,2] x [0,].

    Soluo:

    [ ]

    00sen0sen2

    1sensen

    2

    1

    yseny2sen2

    1dy)ycosy2cos(

    dyxycosdydx)xysen(ydA)xysen(y

    00

    0

    2

    1

    0

    2

    1R

    =++

    =

    +=+

    ===

    Obs.:1) Se mudarmos a ordem de integrao, invertendo as integrais iteradas, a

    resoluo das mesmas ir requerer a aplicao de tcnicas de integrao, tornando

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    50

    o trabalho mais demorado. Portanto, importante observar o tipo de funo que

    iremos integrar e fazer uma boa escolha da ordem de integrao.

    2) O valor obtido nesta integral representa a diferena do volume da parte do

    slido que est acima do retngulo R e do volume da parte do slido que est

    abaixo de R. Como o resultado foi zero, estes volumes so iguais.

    Exemplo 4: Determine o volume do slido S que delimitado pelo parabolide

    elptico x2+ 2y2+ z = 16, os planos x = 2 e y = 2 e os trs planos coordenados.

    Soluo: Observemos, primeiro, que

    S o slido que est abaixo da superfcie

    z = 16 x2 2y2e acima do retngulo R =

    [0,2] x [0,2], como mostra a figura.

    Vamos calcular o volume deste slido

    usando integral dupla:

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    ( )

    ( )

    48

    3

    8.42.88

    3

    y4y

    3

    88

    dyy43

    88

    dyy43

    832

    dyxy23

    xx16

    dydxy2x16

    dAy2x16V

    2

    0

    3

    2

    0

    2

    2

    0

    2

    2

    0

    2

    0

    23

    2

    0

    2

    0

    22

    R

    22

    =

    =

    =

    =

    =

    =

    =

    =

    INTEGRAIS DUPLAS EM REGIES NO RETANGULARES (IRREGULARES)

    Para integrais simples, a regio sobre a qual integramos sempre um

    intervalo. Mas, para integrais duplas, queremos ser capazes de integrar a funo f,

    no somente sobre retngulos, mas tambm sobre um regio D de forma mais geral,

    como mostra a figura abaixo. Vamos supor que D seja uma regio limitada, o que

    significa que D pode ser cercada por uma regio retangular R. Definimos, ento, uma

    nova funo F com domnio R por

    ( )f ( x, y ), se x, y estem DF( x,y )

    0, se( x, y )estem Dmas noestem R

    =

    D

    RRR RRR

    x x

    yy

    0 0

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    Se a integral dupla de F sobre D existe, ento definimos a integral dupla de f

    sobre Rpor

    R D

    f ( x, y )dA F( x, y )dA=

    Clculo da integral dupla em regies planas no retangulares (irregulares)

    1)Regies planas inscritas em faixas verticais:

    Consideremos uma regio D inscrita na faixa vertical a < x < b e entre ogrfico de duas funes contnuas de x, ou seja:

    D = { (x,y) | a < x < b, g1(x) < y < g2(x) }

    onde g1e g2so contnuas em [a,b]. Por exemplo, as regies D representadas abaixo:

    A integral dupla de fem D calculada pelas seguintes integrais iteradas:

    =b

    a

    )x(g

    )x(gD

    dxdy)y,x(fdA)y,x(f2

    1

    sempre que ffor contnua em D.2)Regies planas inscritas em faixas horizontais:

    DDD

    x

    y

    0

    DDD

    x

    y

    0

    DDD

    x

    y

    0

    bbb aa

    a y = g1(x)y = g1(x) y = g1(x)

    y = g2(x)y = g2(x)y = g2(x)

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    Consideremos uma regio D inscrita na faixa horizontal c < y < d e entre o

    grfico de duas funes contnuas de y, ou seja:

    D = { (x,y) | c < y < d, h1(y) < x < h2(y) }

    onde h1e h2so contnuas em [c,d]. Por exemplo, as regies D representadas abaixo:

    A integral dupla de f em D calculada pelas seguintes integrais iteradas:

    =d

    c

    )x(h

    )x(hD

    dydx)y,x(fdA)y,x(f2

    1

    sempre que f for contnua em D.

    Exemplo 5: Calcule +D

    dA)y2x( onde D a regio limitada pelas parbolas

    y = 2x2 e y = 1 + x2.

    Soluo:

    A regio D est inscrita na faixa vertical

    1 < x < 1, pois essas so as abscissas dos pontos

    de interseco das duas parbolas e podemos

    escrever:

    D = { (x,y) | 1 < x < 1, 2x2< y < 1 + x2 }

    DDD

    x

    y

    0

    DDD

    x

    y

    0

    DDD

    x

    y

    0

    dd

    d

    ccc

    x = h1(y)

    x = h1(y)

    x = h1(y)

    x = h2(y)

    x = h2(y)x = h2(y)

    x

    y

    1 1

    y = 2x2

    y = 1 + x2

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    Assim, calculamos a integral dupla atravs das seguintes integrais iteradas:

    [ ]

    [ ] [ ]

    ( )

    ( )

    15

    32

    x2

    x

    3

    x

    24

    x

    5

    x

    3

    dx1xx2xx3

    dxx4x2xx21xx

    dxx4x2)x1()x1(x

    dxyxydxdy)y2x(dA)y2x(

    1

    1

    2345

    1

    1

    234

    1

    1

    43423

    1

    1

    43222

    1

    1

    x1

    x22

    1

    1

    x1

    x2D

    2

    2

    2

    =

    +++=

    +++=

    ++++=

    ++++=

    +=

    +=+

    +

    +

    Exemplo 6: Determine o volume do slido que est abaixo do parabolide z = x2+ y2

    e acima da regio do plano xy limitada pela reta y = 2x e pela parbola y

    = x2.

    Soluo: D uma regio inscrita na faixa vertical 0 < x < 2, portanto:

    D = { (x,y) | 0 < x < 2, x2< y < 2x }

    Assim, o volume :

    ( ) ( )

    35

    216

    21

    128

    5

    32

    12

    16.14

    21

    x

    5

    x

    12

    x14dx

    3

    xx

    3

    x14

    dx3

    xx

    3

    x8x2dx

    3

    yyx

    dxdyyxdAyxV

    2

    0

    7542

    0

    64

    3

    2

    0

    64

    33

    2

    0

    x2

    x

    32

    2

    0

    x2

    x

    22

    D

    22

    2

    2

    ==

    =

    =

    +=

    +=

    +=+=

    y = 2x

    y = x2

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    Mas tambm podemos inscrever a regio D na faixa horizontal 0 < y < 4, com:

    D = { (x,y) | 0 < y < 4, yx2

    y }

    Portanto, o volume pode ser calculado como:

    ( ) ( )

    35

    216256.

    96

    13128.

    7

    232.

    5

    2y

    96

    13y

    7

    2y

    15

    2dyy

    24

    13yy

    3

    1

    dy2

    y

    24

    yy

    3

    yxy

    3

    xdydxyxdAyx(V

    4

    0

    427

    25

    4

    0

    325

    23

    4

    0

    33

    252

    34

    0

    y

    2y

    234

    0

    y

    2y

    22

    D

    22

    =+=

    +=

    +=

    +=

    +=

    +=+=

    Exemplo 7: Calcule D

    xydA , onde D a regio limitada pela reta y = x 1 e pela

    parbola y2= 2x + 6.

    Soluo:

    A interseco das duas curvas calculada da seguinte maneira:

    [y2= 2x + 6] [y = x 1] 2

    6yx

    2 = e x = y + 1 1y

    2

    6y2+=

    y2 2y 8 =

    0

    y = 2 ( x = 1 ) ou y = 4 (x = 5 )

    y2= 2x + 6

    y = x 1

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    Portanto os pontos de interseco das curvas so (-1,-2) e (5,4).

    Novamente, a regio D pode ser considerada inscrita tanto em uma faixa

    vertical como em uma faixa horizontal. Mas a descrio de D considerada inscrita na

    faixa vertical -3 < x < 5 mais complicada, pois sua fronteira inferior constituda

    por mais de uma curva.

    Assim, preferimos expressar D como:

    D = { (x,y) | -2 < y < 4,2

    6y 2 < x < y + 1 }

    Logo:

    36643

    6464

    3

    32256

    3

    5121024

    3

    2048

    8

    1

    y163

    y8y4

    6

    y

    8

    1

    dy4

    y32y8y16y

    2

    1

    dy)8

    y36y12y

    2

    yy2y(

    dyy2

    xdyxydxxydA

    4

    2

    23

    46

    4

    2

    235

    4

    2

    3523

    4

    2

    1y

    2

    6y

    24

    2

    1y

    26yD

    22

    =

    +++++=

    ++=

    ++=

    +

    ++=

    =

    =

    +

    +

    Exemplo 8: Determine o volume do tetraedro limitado pelos planos x + 2y + z = 2, x

    = 2y, x = 0 e z = 0.

    Soluo: Em uma questo como esta, prudente desenhar dois diagramas: um do

    slido tridimensional e outro da regio plana D sobre a qual o slido est.Igualando as equaes dos planos, duas a duas, obtemos as retas que

    contm as arestas do tetraedro:

    (0, 1, 0)

    (0, 0, 2)

    x + 2y + z =

    x = 2y

    y

    zy

    1

    x + 2y = 2

    D

    T

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    57

    A figura acima, esquerda, mostra o tetraedro T limitado pelos planoscoordenados x = 0, z = 0, o plano vertical x = 2y e o plano x + 2y + z = 2.

    Como x + 2y + z = 2 intercepta o plano xy (de equao z = 0) na reta x + 2y

    = 2, vemos que T est sobre a regio triangular D, do plano xy, limitada pelas retas x

    = 2y, x + 2y = 2 e x = 0.

    O plano x + 2y + z = 2 pode ser escrito como z = 2 x 2y e a regio D

    como:

    D = { (x,y) | 0 < x < 1, x/2 < y < 1 x/2 }.

    Portanto o volume de T :

    ( ) ( ) [ ]

    ( )3

    1

    3

    xxxdxxx21

    dx4

    x

    2

    xx

    4

    xx1

    2

    xxx2

    dx4

    x

    2

    xx

    2

    x1

    2

    x1x

    2

    x12

    dxyxyy2dxdyy2x2dAy2x2V

    1

    0

    32

    1

    0

    2

    1

    0

    2222

    1

    0

    222

    1

    0

    2x1

    2x

    21

    0

    2x1

    2/xD

    =

    +=+=

    ++++=

    ++

    =

    ===

    x1

    x = 2y

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    EXERCCIOS SOBRE INTEGRAL DUPLA EM COORDENADA CARTESIANA E

    POLAR

    1. Faa um esboo da regio R (regio de integrao) e calcule as integrais:

    a) 2

    1

    2

    0

    32 dxdyyx

    b) 1

    0 22

    y

    ydydxyx

    c) 4

    0

    2

    3

    0

    2

    16

    x

    dxdyx

    d) ( ) +

    +2

    1

    2

    221

    y

    ydydxx

    2. Calcule a integral dupla R

    dAxy2 (considerando dA = dx dy e dA = dy dx),

    sendo R a regio entre a parbola 2yx= e a reta xy= ,

    3. Calcule a integral dupla ( )

    +

    R

    dAx21 (considerando dA = dx dy e dA = dy dx). R

    a regio limitada entre a parbola 2yx= e a reta 2=yx ,

    4. Calcule a integralR

    I x dS= , sendo R a regio, pertencente ao plano XY (no 1

    quadrante), limitada pelas equaes 2y x= , y x= e 2 2 4x y+ = .

    5. Utilize integral dupla para calcular o volume do tetraedro limitado pelos planos

    2 4x y z+ + = , x = 0, y = 0 e z = 0.

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    59

    6. Calcule a integralR

    I y dS= , sendo R a regio, pertencente ao plano XY (no 1

    quadrante), limitada pelas equaes 2y x= , y x= e 2 2 16x y+ = .

    7. Utilize integral dupla para calcular o volume do tetraedro limitado pelos planos

    2 2x y z+ + = , x = 0, y = 2x e z = 0.

    8. Use a integral dupla para calcular as reas das regies limitadas pelas curvas:

    a) 2yx= e 2=xy

    b) 2xxy = e 0=+xy

    c) 2=xy e 2=xy

    d) 2yx= e xy=

    e) xy= e 23 xxy =

    EXERCCIOS SOBRE COORDENADA POLAR E INTEGRAL DUPLA EM

    COORDENADA POLAR

    1.Determine as equaes polares para as curvas dadas em equaes cartesianas:

    (a)xy = 3 Resposta: r2sen 2= 6

    (b)(x2+ y2)2= x2 y2 Resposta: r2= cos 2

    (c)x3= y2(2a x) Resposta: r = 2a sentg

    2.Esboce o grfico das seguintes equaes polares:

    (a)r = a

    (b)=6

    3. Converta a funo em coordenadas polares r = 2a sen para coordenadas

    cartesianas e faa um esboo da curva definida pela funo.

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    60

    4.Ache a rea da menor das regies delimitadas pelo eixo polar, pelos grficos de r=1

    e r=2 e pela parte da espiral r=1 de =2

    1a =1. Resposta: 1

    5. Utilize coordenadas polares para calcular ( ) +R

    dSyx 23

    22 onde R a

    circunferncia x2+ y2= 4.

    Resposta:5

    64

    6.Ache a rea da regio R exterior ao crculo r = a e interior ao crculo r = 2a sen.

    Resposta: 1,9a2(u.a)

    7.Ache o volume da regio que fica no exterior do cilindro x2+ y2= 9 e no interior da

    esfera x2+ y2+ z2= 25. Resposta:3

    256

    8.Calcule +

    R

    yx dxyde22

    , usando coordenadas polares, onde R a regio semicircular

    limitada pelo eixo x e pela curva 2x1y = . Resposta:2

    (e-1).

    9. Calcular a integral convertendo para coordenadas polares

    +1

    0

    x1

    0

    222

    dxyd)yx( .

    x

    r = 2r = 1

    r= 1

    = 6

    5

    r = 2a sen

    r = a

    = 6

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    Resposta:8

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    62

    QUESTES DE PROVA DOS SEMESTRES ANTERIORES

    1. Considere a integral

    1 6 3

    0 3 ( , )

    x

    xI f x y dydx

    = , pede-se:(a)faa um esboo regio Rde integrao;

    (b)considere a regio definida na letra (a) e, inverta a ordem de integrao, isto

    , defina os limites das integrais considerando ( , )R

    I f x y dxdy= .

    2. Resolva a integral ( )G

    I x y dV= + , sendo G o slido, no 2 octante, que fica no

    interior do parabolide 2 236z x y= e interno ao cilindro de equao

    2 216x y+ = - obs.: regio limitada por circunferncia. (Determine todos os pontos

    de interseo do slido com os eixos cartesianos e as equaes das curvas no plano

    xy).

    3. Utilize uma integral dupla para calcular o volume do slido limitado pelos planos

    2 2x y z+ + = ,1

    2x y= , 0y= , 0z= . (Faa um esboo do slido)

    4. Considere a integral1

    1 24

    0 2( , )

    x

    xI f x y dydx

    = , pede-se:

    (a)faa um esboo regio Rde integrao;

    (b)considere a regio definida na letra (a) e, inverta a ordem de integrao, isto

    , defina os limites das integrais considerando ( , )

    R

    I f x y dxdy= .

    5. Resolva a integral ( )G

    I x y dV= + , sendo G o slido, no 1 octante, que fica no

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    interior do parabolide 2 216z x y= e interno ao cilindro de equao 2 2 4x y+ = -

    obs.: regio limitada por circunferncia. (Determine todos os pontos de interseo do

    slido com os eixos cartesianos e as equaes das curvas no plano xy).

    6. Utilize uma integral dupla para calcular o volume do slido limitado pelos planos

    2 2x y z+ + = , 2x y= , 0x= , 0z= . (Faa um esboo do slido)

    7. Considere a integral1 1

    2

    02

    ( , )x

    xI f x y dydx

    = , pede-se:

    (a)faa um esboo regio Rde integrao;

    (b)considere a regio definida na letra (a) e, inverta a ordem de integrao, isto

    , defina os limites das integrais considerando ( , )R

    I f x y dxdy= .

    8. Dada a integral2

    1 2

    0( , )

    y

    yI f x y dxdy

    = , pede-se:

    (a)faa um esboo regio Rde integrao;

    (b)considere a regio definida na letra (a) e inverta a ordem de integrao, isto

    , defina os limites das integrais considerando ( , )R

    I f x y dydx=

    .

    9. Dada a integral2

    1 2

    0( , )

    x

    xI f x y dy dx

    +

    = , pede-se:

    (a)faa um esboo regio Rde integrao;

    (b)considere a regio definida na letra (a) e inverta a ordem de integrao, isto

    , defina os limites das integrais considerando ( , )R

    I f x y dxdy= .

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    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

    ANTON, Howard. Clculo um novo horizonte. Trad. Cyro de Carvalho Patarra. 6 ed.

    Porto Alegre: Bookman, 2000. (Traduo de: Calculus). V.2.

    VILA, Geraldo S. S. Clculo. Rio de Janeiro: Livros Tcnicos e Cientficos, 2v.

    LElTHOLD, Luiz. Oclculo com geometria analtica. Trad. Cyro de Carvalho Patarra. 3

    ed. So Paulo: Harbra, 1984. 688 - 1178p. (Traduo de: The calculus with analytic

    geometry). V.2.

    Notas de aula do Prof. Edson Duro Judice Funes de Vrias Variveis, 1975.

    SIMMONS, George F. Clculo com geometria analtica. Trad. Seiji Hariki. So Paulo:

    McGraw-Hill, 1987. 807p. (Traduo de: The calculus with analytic geometry). V.2.

    SWOKOWSKI, Earl. W. Clculo com geometria analtica. Trad. Alfredo Alves de Faria.

    2 ed. So Paulo: Makron Books. (Traduo de: Calculus). Y.2.

    www.pucrs.br/famat/beatriz/calculoII/INTEGRAL_DUPLA.doc

    INTEGRAL TRIPLA

    1. INTEGRAL TRIPLA EM COORDENADAS CARTESIANAS (RETANGULARES)Sejaf(x, y, z)uma funo de trs variveis independentes definida em uma regio fechada e limitada

    (slido G) do espao XYZ.

    Se subdividir G em pequenas sub-regies traando planos paralelos aos planos cartesianos e

    considerar um ponto arbitrrio P (xk, yk, zk) para cada paraleleppedo no interior de G, conforme

    ilustra a figura 1 (FIG. 1), tem-se:

    ( )=

    n

    k

    kkkk Vzyxf

    1

    ,,

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    Onde kV o volume do paraleleppedo no interior do slido G.

    Figura 1 Slido G (regio fechada e limitada do espao XYZ).

    Para considerar os nparaleleppedos (cujo volume kV ), todos os pontos internos ao slido G e

    que as arestas dos paraleleppedos tendem a zero quando n, deve-se fazer:

    ( )=

    n

    k

    kkkkn Vzyxf

    1

    ,,lim .

    Este limite (se existir) definido como integral tripla de f (x, y ,z) em relao ao slido G e

    representa-se da seguinte forma:

    ( ) dVzyxfVzyxfG

    n

    k

    kkkkn ==

    ),,(,,lim

    1

    Cujas propriedades, de forma anloga integral dupla, so:

    a. ;,),,(),,( RcdVzyxfcdVzyxfc

    GG

    =

    b. ( ) dVgdVfdVgf

    GGG

    = , sendo quefe gso funes de (x, y, z);

    c. dVfdVfdVf

    GGG

    =21

    , 21 GGG =

    COMO CALCULAR UMA INTEGRAL TRIPLA

    A integral tripla pode ser calculada atravs de integraes sucessivas, reduzindo-a inicialmente a

    uma integral dupla. Neste caso, podem-se ter diversas situaes, conforme ilustram as figuras FIG.

    2, FIG. 3 e FIG. 4, designadas como Regio tipo I, tipo II e tipo III, respectivamente.

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    REGIO TIPO I

    Figura 2 O slido G limitado inferiormente pela funo h1(x, y)e superiormente pelo grfico de h2(x, y), onde h1e h2

    so funes contnuas sobre a regio R pertencente ao plano XY.

    REGIO TIPO II

    Figura 3 O slido G limitado esquerda pelo grfico p1(x, z)e direita pelo grfico de p2(x, z), ondep1ep2 so

    funes contnuas sobre a regio R do plano XZ.

    REGIO TIPO III

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    Figura 4 O slido G limitado na parte de trs pelo grfico q1(y, z)e na frente pelo grfico de q2(y, z), ondep1ep2 so

    funes contnuas sobre a regio R do plano YZ.

    EXEMPLO: EXERCCIO RESOLVIDO

    1. Determine os limites de integrao para calcular a integral tripla de uma funoF(x, y, z)sobre o tetraedro, no primeiro octante, limitado pelos planosz = 0, y = x

    + z e y = 1.

    SOLUO:

    REGIO TIPO I

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    1

    0 0 0( , , ) ( , , )

    y y x

    G

    F x y z dV F x y z dz dx dy

    =

    ou

    1 1

    0 0

    ( , , ) ( , , )y x

    xG

    F x y z dV F x y z dzdydx

    =

    Por exemplo, se F(x, y, z) = 1, encontrar-se-ia o volume do tetraedro:

    1 1

    0 0

    1 1

    0

    11

    2

    0

    12

    0

    1

    2 3

    0

    ( )

    1

    2

    1 1

    2 2

    1 1 1

    2 2 6

    1

    ( . )6

    y x

    x

    x

    y

    y x

    V dzdydx

    V y x dydx

    V y xy dx

    V x x dx

    V x x x

    V u v

    =

    =

    =

    =

    =

    = +

    = +

    =

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    REGIO TIPO II

    1 1 1

    0 0( , , ) ( , , )

    x

    x zG

    F x y z dV F x y z dy dz dx

    +=

    ou

    1 1 1

    0 0( , , ) ( , , )

    z

    x zG

    F x y z dV F x y z dy dxdz

    +=

    Se considerar F(x, y, z) = 1, o resultado ser o mesmo obtido na regio anterior:

    ( )1

    .6

    V u v= . Tente e verifique!!!

    REGIO TIPO III

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    1

    0 0 0( , , ) ( , , )

    y y z

    G

    F x y z dV F x y z dxdz dy

    =

    ou

    1 1

    0 0( , , ) ( , , )

    y z

    zG

    F x y z dV F x y z dxdy dz

    =

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    EXERCCIOS

    1. Utilize uma integral tripla em coordenadas cartesianas para calcular o volume do

    slido G limitado pelos planos y = 0, z = 0, y + z = 4 e pelo cilindro parablico

    24 xz = . (FAA UM ESBOO DO SLIDO)

    Resposta:

    50

    3V= (u. v).

    2. Esboar a regio de integrao e calcular as integrais:

    a)1 1 1

    0 0 0

    y x ydzdxdy

    b) 21 2

    0 0

    x x y

    xxdzdxdy

    Respostas:

    a) b)

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    3. Resolva a integral triplaG

    I dV= , onde G o slido, no 1 octante, delimitado

    pelo cilindro parablico 24x y= , pelos planos 5y z+ = ,1

    3y x= e x = 0. Em

    seguida, defina o significado do resultado encontrado. (FAA UM ESBOO DO

    SLIDO)

    Resposta:

    24V= (u. v).

    4. Calcule a integralG

    I dV= , onde G o slido, no 1 octante, delimitado pelo

    cilindro 2 2 4 0x y y+ = , pelo plano 10x y z+ + = e pelo plano z = 2. Em seguida,

    defina o significado do resultado encontrado.

    Resposta:

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    ( )127 1

    . .8 12

    V u v

    =

    5. Resolva a integral ( )2 2G

    I x y dV= + onde G o cilindro2 2 1x y+ e 0 4z .

    Resposta: ( )2 2 2G

    x y dV + = .

    Bom estudo!

    Edna.

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

    ANTON, Howard. Clculo um novo horizonte. Trad. Cyro de Carvalho Patarra. 6 ed.

    Porto Alegre: Bookman, 2000. (Traduo de: Calculus). V.2.

    LElTHOLD, Luiz. Oclculo com geometria analtica. Trad. Cyro de Carvalho Patarra. 3

    ed. So Paulo: Harbra, 1984. 688 - 1178p. (Traduo de: The calculus with analytic

    geometry). V.2.

    SIMMONS, George F. Clculo com geometria analtica. Trad. Seiji Hariki. So Paulo:

    McGraw-Hill, 1987. 807p. (Traduo de: The calculus with analytic geometry). V.2.

    SWOKOWSKI, Earl. W. Clculo com geometria analtica. Trad. Alfredo Alves de Faria.

    2 ed. So Paulo: Makron Books. (Traduo de: Calculus). V.2.